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O filo Arthropoda (do grego, arthron = articulação + podos = pés) é o mais numerosos da Terra
atual. Contém cerca de 1.000.000 de espécies conhecidas, o que é pelo menos quatro vezes o
total de todos os outros grupos de animais reunidos. Além disso, possuem boa adaptação a
diferentes ambientes; vantagens em competição com outras espécies; excepcional capacidade
reprodutora; eficiência na execução de suas funções; resistência a substâncias tóxicas e perfeita
organização social, caso das abelhas, formigas e cupins.
Características gerais
Insetos
São artrópodes com seis patas distribuída em três pares ligadas ao tórax. Os insetos apresentam
o corpo subdividido cabeça, tórax e abdome. Possuem um par de antenas, dois pares de asas,
na maioria das vezes, mas há espécies com apenas um par e outras sem asas.
Didaticamente, podemos distinguir três porções do tubo digestório: anterior, médio e posterior. As
porções anterior e posterior são revestidas internamente por quitina. A porção anterior é
responsável principalmente pelo tratamento mecânico dos alimentos, embora possa haver atuação
de enzimas digestivas produzidas na porção média. É na porção média que acontece a digestão
química, apartir de enzimas provenientes de suas paredes ou de pregueamentos formados nessa
região. A porção anterior é responsável pela reabsorção de água e elaboração das fezes.
Na boca, desembocam duas glândulas salivares cuja secreção inicia o processo de digestão
química. Destaca-se ainda, no tubo digestório, um papo de paredes finas, e uma moela de
paredes grossas. No papo ocorre a ação de diversas enzimas digestivas e na moela se dá a
trituração do alimento.
O produto de excreção nitrogenada dos insetos é o ácido úrico, substância que requer
pequeníssima quantidade de água para a sua eliminação (outro fator importante na adaptação dos
insetos ao meio terrestre).
Os insetos respiram por traquéias, pequenos canais que ligam as células do interior do corpo com
o meio ambiente. Cada túbulo traqueal se ramifica e gera túbulos cada vez mais delgados que
penetram nas células, oxigenando-as e removendo o gás carbônico como produto da respiração.
Movimento de contração dos músculos abdominais renovam continuamente o ar das traquéias, de
mode semelhante a um fole.
Alguns insetos holometábolos possuem fase larval aquática, como é o caso de importântes
mosquitos vetores de doenças. Exs.: Culex, que transmite a elefantíase, Anopheles, que transmite
a malária, Aedes aegypti, que transmite a gengue e a febre amarela.
Crustáceos
Os crustáceos são componentes da classe Crustacea que deriva do fato de muitas espécies que
compõem esse grupo possuirem um exoesqueleto enriquecido com carbonato de cálcio, formando
uma crosta. É o que ocorre nas lagostas, camarões, siris e caranguejos, os representantes mais
conhecidos do grupo.
A maioria dos crustáceos vive em ambiente marinho, embora existam muitos representantes de
água doce. Entre eles verificam-se desde formas microscópicas que abundam no plâncton, até
formas maiores, adaptadas a nadar, a andar sobre o fundo, e até mesmo forma sésseis, cujos
adultos vivem fixos nas rochas. Além das formas de vida livre, há crustáceos que parasitam outros
animais.
Embora a maioria dos crustáceos seja aquática, ha espécies que invadiram o meio terrestre, como
é o caso do tatuzinho de jardim (ou tatu-bola), da barata-da-praia (gênero Ligia) e dos
caranguejos terrestres ou caranguejo-fantasma (gênero Ocypode), muito comum nas partes secas
das nossas praias e dunas de areia.
Estas formas, entretanto, não têm adaptações completas ao meio terrestre, dependendo de
brânquias para a sua respiração, que devem ser sempre umedecidas ou mantidas úmidas para as
trocas gasosas.
A excreção dos crustáceos é feita através de um par de glândulas verdes ou antenas, localizado
próximo às antenas e abrindo-se para o exterior através de um poro excretor na base ventral das
segundas antenas.
Em algumas espécies, como é o caso do lagostim, as fases larvais são suprimidas, sendo que do
ovo emerge um jovem: o desenvolvimento, nesses casos, é direto.
Aracnídeos
A classe Arachnida inclui as aranhas, os escorpiões, os ácaros e os carrapatos. Apesar de
existir grande diversidade de formas entre os aracnídios, eles apresentam muitas características
em comum.
Os aracnídeos diferem dos outros artrópodes por não possuírem antenas nem mandíbulas. Eles
possuem, como estrutura desenvolvida com a manipulação do alimento ao redor da boca,
asquelíceras, fato que deu ao grupo o nome de animais quelicerados, ao contrário dos insetos,
crustáceos e miriápodes, que, por possuírem mandíbulas, são chamados de mandibulados. Além
das queliceras, os aracnídeos possuem ao redor da boca, um par de pedipalpos, estrutura que
pode ter funções das mais variadas dependendo do grupo. Os pedipalpos também são estruturas
exclusivas dos quelicerados, não ocorrendo nos mandibulados.
Alimentação e veneno
As aranhas e os escorpiões são basicamente
carnívoros, predando outros artrópodes e pequenos
animais. Muitos possuem glândulas de veneno,
que utilizam para paralisar a suas presas. Nas
aranhas, estas glândulas estão associadas às
quelíceras e, nos escorpiões, ao aguilhão ou télson,
que corresponde a uma modificação do ultimo
segmento do pós-abdome.
O veneno da maioria das aranhas e dos escorpiões
não é tóxico para o homem, mas existem espécies
que podem representar algum perigo, especialmente
para crianças. Entretanto, o número de casos fatais
é baixo e existem soros contra a picada desses
animais.
A excreção nos aracnídeos é feitas por túbulos de Malpighi, semelhantes aos dos insetos, e
também por glândulas localizadas na base das pernas, denominadas glândulas coxais.
Diferem, no entanto, em muitos aspectos: a lacraia é achatada e tem corpo dividido em cabeça,
tórax (contendo quatro segmentos) e abdômen. No primeiro segmento do corpo da lacraia há um
par de garras inoculadoras de veneno. Nos demais, excetuando-se o último, há um par de patas
locomotoras por segmento. O piolho de cobra não possui garras inoculadoras de veneno (ele não é
venenoso) e dois dos segmentos torácico apresentam um par de patas cada um. Já no abdômen,
cada segmento possui dois pares de patas cada um.
A lacraia atua como predadora e se move rapidamente em busca de presas, pequenos roedores,
insetos e minhocas; os piolhos -de-cobra movem-se lentamente e são comedores de detritos
vegetais.
Ambos preferem lugares úmidos e escuros, sob troncos caídos, madeira, pedras, vasos e têm
hábito predominantemente noturno.
Respiram por traquéias, excretam por meio de túbulos de Malpighi. Os sexos são separados
(dióicos) e os jovens, quanto à forma, se assemelham aos adultos.