Você está na página 1de 19

FILO ARTHROPODA

1. Visão Geral
Curiosidades:
- Existem cerca de 10^24 de artrópodes terrestres.

- 200 milhões de insetos para cada ser humano.

- Biomassa incrivelmente grande.

- Variedade também imensa sendo o filo mais diverso que existe, representando 80% da
diversidade total.

- Acredita-se que ainda existem muitas espécies para serem descobertas.

- Habitam os mais diversos ambientes, desde o mais frio ao mais quente.

Subfilos:
Chelicerata: Aranhas, ácaros, carrapatos, escorpiões, pseudoescorpiões, aranhas do mar e
outros.

Myriapoda: Lacraias/centopeias, piolhos de cobra.

Crustacea: Caranguejos, camarões, lagostas, tatuzinho de jardim, barata de praia e outros.

Hexapoda: Vasta diversidade de insetos e outros animais que podem ser chamados de insetos.

Trilobitomorpha: Abriga mais de 20 mil espécies fósseis.

Importância para o ser humano:


- Alguns são vetores de doenças, como o mosquito.

- Alguns são venenosos, como lacraia e aranhas.

- Alguns são pragas, causando patogenias em plantas.

- Tem importância na indústria, como a cochonilha que produz corante, as abelhas que
produzem mel ou o bicho da seda, que produz, pasmem, seda.

- Vitais para o ser humano, realizando polinização, controle biológico e reciclagem de matéria
orgânica.
2. Morfologia Externa
Exoesqueleto rígido:
- Estrutura rígida externa a epiderme com intuito de proteção contra choques mecânicos,
predadores, patógenos e estresse ambiental. Também ajudam na manutenção da forma do
corpo.

Composição:

- Ele é produzido pela epiderme, localizada abaixo da cutícula.

- O exoesqueleto, chamado de cutícula, é formado por epicutícula e procutícula.

A epicutícula é uma camada lipoproteica, contendo também cera e é responsável por evitar
perda de água e invasão por patógenos.

A procutícula é uma camada mais espessa, conferindo a rigidez do exoesqueleto. É formado


principalmente por proteína e quitina.

Organização:

- A articulação do exoesqueleto é permitida pela presença de escleritos, ou seja, placas de


cutícula que se conectam tal como uma armadura medieval.

Tipicamente existem três tipos de placas: Tergitos, Esternitos e os Pleuritos.

Tergitos revestem parte dorsal, Esternitos a parte ventral e Pleuritos a parte lateral.

- Entre os escleritos existe uma área de cutícula fina e flexível chamada de membrana
artrodial. Ela conecta os diferentes escleritos e sua presença confere a movimentação do
animal sem a danificação do exoesqueleto. Nem todos os artrópodes apresentarão os três
tipos de escleritos.

Formação:

- O exoesqueleto limita o crescimento do animal, portanto, é necessário que ele seja


constantemente trocado. Este processo de troca é chamado de ecdise.

- Este período é dividido em quatro fases:

1. Intermuda: O tecido do animal cresce até preencher todo o espaço disponível dentro da
cutícula.

2. Pré-Muda: O animal começa a secretar uma nova epicutícula e lança enzimas entre as duas
cutículas, degradando a velha a partir da recém formada. No final deste processo ele
apresenta uma epicutícula nova e a antiga cutícula bem reduzida em espessura e solta no
corpo.

3. Muda: O animal ingere ar ou água, se for aquático, inchando seu corpo e rompendo a velha
cutícula, vivendo apenas com o novo exoesqueleto.

4. Pós-Muda: A nova muda é ainda bem frágil e nessa fase ocorre seu enrijecimento, a
esclerotização. Após enrijecida, o animal elimina o fluido que usou para inchar, criando um
espaço vazio entre a cutícula e a epiderme em que poderá crescer.
Segmentação:
- Consiste na repetição de segmentos ao longo do corpo sendo bem comum em diversos
artrópodes.

- Reflete-se também em sistemas internos como excreção, circulatório e etc.

- Não é presente em todos os táxons, mas mesmo nestes casos “seu desenvolvimento
embrionário deixa claro o caráter segmentar de seu corpo”.

- Estes segmentos podem ser chamados também de somitos.

Tagmose:
- Consiste no agrupamento de segmentos em regiões especializadas no corpo dos artrópodes.

- Estas regiões são chamadas de tagmas e em geral apresentam uma estrutura, função e
apêndices similares.

- Estas organizações e características variam entre diferentes táxons de artrópodes.

Apêndices segmentares, pares e articulados:


- Artrópodes apresentam estruturas pareadas em seus segmentos, ou seja, uma em cada lado.
A presença entre segmentos é bastante variada entre cada táxon.

- Apêndices são formados por artículos, cilindros de exoesqueleto que se conectam entre si e
na base se conectam ao corpo do animal. Pernas e antenas, por exemplo, são apêndices.

Entre cada artículo existe uma região de membrana artrodial, permitindo uma movimentação
de cada artículo independentemente. Existe região de musculatura nestas regiões permitindo
a movimentação.

- Apêndices podem ser unirremes ou birremes, podendo apresentar um ramo principal ou


dois.

- A região basal de um apêndice é chamada de protopodito e a região do comprimento


principal é chamada de telopodito.

- Em cada tagma encontramos apêndices com funções específicas. Na cabeça costumamos ver
apêndices de percepção sensorial e no tórax apêndices de movimentação.

As características citadas não são exclusivas de artrópodes, havendo, por exemplo,


segmentação também em anelídeos.
3. Morfologia Interna
Musculatura:
- A musculatura dos artrópodes é organizada em feixes individuais. Eles são intersegmentares,
conectando diferentes segmentos, permitindo contração dorsal e extensão ventral.

- Há também musculaturas que se originam no corpo e se estendem aos apêndices, chamados


músculos extrínsecos. Eles controlam a posição relativa dos apêndices em relação ao corpo.

- Há também os músculos intrínsecos, sendo regionalizados e que se originam e localizam no


próprio apêndice, permitindo extensão e contração dos artículos.

Estes músculos ocorrem aos pares pois funcionam de forma antagônica. Existem os músculos
extensores e flexores. Quando o flexor se contrai ocorre flexão do artículo e quando o extensor
se contrai ocorre a extensão dele.

- A musculatura se conecta ao exoesqueleto por meio dos apódemas. Eles são invaginações do
exoesqueleto e servem como local de fixação da musculatura.

Sistema Digestivo:
- O Sistema é geralmente reto, indo da boca anterior ao ânus posterior.

- Ele pode ser dividido em três partes com morfologias e funções distintas. Elas são o
estomodeu, o mesênteron e o proctodeu, também chamados de trato digestivo anterior,
médio e posterior.

Os tratos anterior e posterior são derivados da ectoderme embrionária, significando que há


revestimento por cutícula nestas duas partes.

- O trato digestivo produz uma membrana chamada de peritrófica que envolve o alimento
ingerido. Ela protege o trato de abrasão e ajuda a concentrar enzimas no redor do alimento.
Ainda assim, permite a saída de água e nutrientes dela.

Circulação e Trocas Gasosas:


- Por não apresentar esqueleto hidrostático, o celoma é fortemente reduzido nos artrópodes,
sendo basicamente limitados às gônadas e estruturas excretoras.

- A principal cavidade destes animais é a hemocele. Ela pode ser dividida em dois ou três seios.

- A hemocele é preenchida por hemolinfa, o equivalente do sangue para os artrópodes. Ela é


bombeada por um coração dorsal tubular com musculatura associada, a qual realiza a
expansão e contração.
Este movimento peristáltico carrega a hemolinfa em direção a região anterior do animal sendo
liberada na hemocele. Ela então corre em direção a região posterior do organismo e retorna
ao coração, realizando ao longo do caminho as trocas gasosas e difusão de nutrientes pelo
corpo.

Nem sempre haverá sistema de trocas gasosas! Em animais com alta razão de
superfície/volume as trocas ocorrem diretamente pela parede do corpo do animal.

Excreção e Osmorregulação:
- A excreção em artrópode se dá basicamente por Nefrídios Saculiformes, mais comuns em
crustáceos e presente em Chelicerata, ou Túbulos de Malpighi, mais comuns em insetos e
miriápodes ocorrendo também em Chelicerata.

- Ambas as estruturas são formadas por estruturas de fundo cego diretamente banhadas pela
hemolinfa do animal.

- Nos Nefrídios Saculiformes a hemolinfa atravessa a parede do saco terminal, entrando no


nefrídeo e sofre diversas modificações. Na região dos túbulos, sais e nutrientes são
reabsorvidos, restando na bexiga apenas alta concentração de excretas nitrogenadas. Elas são
eliminadas diretamente no ambiente por um poro, voltado para o exterior do animal.

- Os Túbulos de Malpighi ocorrem principalmente em artrópodes terrestres. Os túbulos são


diretamente ligados ao trato digestivo e são banhados pela hemolinfa, de onde retiram
excretas nitrogenadas, sais e nutrientes.

Tudo isto é lançado na luz do trato digestivo. Na porção final do trato, os nutrientes são
reabsorvidos, enquanto as excretas nitrogenadas são eliminadas pelas vezes.

- Artrópodes aquáticos secretam mais amônia enquanto os terrestres secretam ácido úrico.

Sistema Nervoso e Órgãos Sensoriais:


Sistema Nervoso:

- O sistema nervoso dos artrópodes é composto por um cérebro e pelo cordão nervoso central.

- O cérebro é composto de três gânglios na ordem anteroposterior: protocérebro o


deutocérebro e o tritocérebro.

- O cordão nervoso central apresenta pares de gânglios se repetindo a cada segmento. Sua
morfologia reflete a tagmose dos táxons.

- Estas duas regiões são conectadas pelo conectivo circo-entérico, ligando os gânglios cerebrais
até o gânglio subesofágico associado ao cordão nervoso central.

Órgãos Sensoriais:

- Os artrópodes carregam diversas sensilas, estruturas sensoriais como cerdas, pelos, fendas
ou poros, que permitem que os animais captem pistas do ambiente em que se encontram.
- As sensilas mecanorreceptores são sensíveis ao toque, detectando vibrações ou correntes de
ar.

- As sensilas quimiorreceptoras são sensíveis a substâncias químicas difundidas no ar.

- As sensilas proprioceptoras permitem que tenham controle sobre a posição relativa dos
apêndices, sendo muitas vezes encontradas nas articulações.

4. Táxons
A. Subfilo Chelicerata
Fatos gerais:
- Filogenia mais recente dos artrópodes viventes, formando grupo monofilético irmão a todos
os demais artrópodes.

- Abrigam cerca de 120 mil espécies viventes.

- Ele está dividido em duas classes: Pycnogonida e Euchelicerta, abrigando a maioria das
espécies do subfilo.

- De maneira geral, são carnívoros com dieta líquida, existindo exceções, claro. Seu processo
de alimentação consiste geralmente na captura da presa, seguida pela digestão externa e
ingestão da presa já liquefeita.

Seus apêndices anteriores estão associados às etapas iniciais deste processo.

- Vários Chelicerata apresentam modificações na base dos artículos voltadas para a linha
mediana do corpo chamadas de enditos ou gnatobases.

Características específicas:
- Não possuem cabeça bem delimitada.

- Não apresentam antenas.

- Corpo divido em dois tagmas: prossoma e opistossoma.

No prossoma vemos um segmento ocular seguido de seis segmentos que carregam, no sentido
anteroposterior, um par de quelíceras, um par de pedipalpos e quatro pares de pernas.

No opistossoma vemos de um até doze segmentos, variando entre os táxons.

A.1. Classe Pycnogonida


Fatos Gerais:
- Possuem uma única ordem, Pantopoda.

- São conhecidos como aranhas do mar.

- Apresentam 1300 espécies.


- São exclusivamente marinhos e distribuídos nos mares de todo o mundo, desde zona entre
marés até 7 000 metros de profundidade.

- Variam de 1 a 10mm, com exceções em regiões polares ou profundas que podem alcançar
até 60cm.

- A maioria é bentônica. Algumas se alimentam de algas, outras de detritos, mas a maioria é


carnívora, alimentando-se de pequenos invertebrados como anêmonas, poliquetas, moluscos
e outros.

Morfologia Externa:
- Carregam quatro olhos medianos.

- Possuem tagmose não muito clara, possuindo a maioria do corpo de prossoma. Sua
nomenclatura anterior é chamada de céfalo e posterior de tronco.

- Apresentam probóscide, sua sinapomorfia. No seu ápice encontramos a boca e dentes. Eles
mordem um invertebrado, se fixam a ele e sugam seu conteúdo interno.

- Apresentam um par de quilíforos, seu equivalente de quelíceras, e uma par de palpos, o


equivalente de pedipalpos.

- Apresentam quatro pares de pernas após os palpos, sendo que no primeiro par possuem
ovígeros, outra sinapomorfia da classe. São mais desenvolvidos nos machos e são utilizados
para carregar a massa de ovos, ocorrendo também em algumas fêmeas. Podem também ter
função na manipulação de alimentos, limpeza e outras funções.

Morfologia Interna:
- Possuem gonóporos múltiplos na região das pernas, outra sinapomorfia da classe, por onde
os gametas são lançados.

- Órgãos internos geralmente se encontram no opistossoma de Chelicerata, porém, devido a


diminuição do tamanho do mesmo nos Pycnogonida, o tubo digestivo do animal se prolonga
pelas pernas.

Não possuem também estruturas para troca gasosa, ocorrendo pela superfície corporal e
pequenos poros da cutícula que permitem a passagem de gases.

A excreção também ocorre pela superfície do animal, mas já foram encontradas estruturas
semelhantes a nefrídios saculiformes no quelíforo.

- As gônodas também se encontram na perna, se estendendo desde o tronco. A fertilização


ocorre pelo meio externo, com machos e fêmeas liberando gametas no ambiente. O macho
também secreta uma substância que agrega os ovos.

Os animais nascem como larvas e vão ganhando com o passar do tempo mais segmentos.
A.2. Classe Euchelicerata
- Além das características dos Pycnogonida em relação a organização em prossoma e
opistossoma, os Euchelicerta apresentam geralmente um prossoma protegido por um escudo
semelhante a carapaça.

- Seu opistossoma em geral não possui apêndices ou são reduzidos.

A.2.1. Subclasse Merostomata


A.2.1.1 Ordem Eurypterida
Fatos Gerais:
- Encontra-se extinta e engloba os chamados “Escorpiões Aquáticos”. Surgiram no período
cambriano e viveram grande parte do paleozoico.

- Inclui animais com até 3 metros de comprimento, com cerca de 250 espécies fósseis
conhecidas.

A.2.1.2 Ordem Xiphosura


Fatos Gerais:
- Também surge no cambriano, mas ainda possui 4 espécies viventes, chamadas de
“caranguejo-ferradura”. Engloba também várias espécies fósseis.

- São encontradas na costa leste da América do Norte e no litoral asiático.

- São todos marinhos e vivem em águas rasas.

- São chamados de fósseis vivos pois surgiram no cambriano e ainda são extremamente
semelhantes a espécies fósseis encontradas.

- Alimentam-se de pequenos invertebrados mas podem também comer matéria orgânica em


decomposição e algas.

- A reprodução ocorre em águas rasas. O macho sobe sobre a fêmea, agarrando-a com os
pedipalpos. A fêmea cava um buraco, deposita os ovos, o macho lança os espermatozoide por
meio de poros atrás do opérculos genitais. A fêmea tampa o buraco, as larvas eclodem e após
mudas adquirem a forma do adulto.

Morfologia Externa:
- Podemos ver a divisão entre prossoma e opistossoma em sua carapaça, indo o opistossoma
até a cauda.
No prossoma, carregam um par de olhos compostos e ocelos medianos.

No opistossoma, vemos a parte basal do corpo e o télson, seu espinho caudal.

- Vemos quelíceras, pedipalpos e pares de pernas comuns aos Chelicerata. Porém suas pernas
terminam em quelas, pinças, e seu último par de pernas é mais forte, responsável pela
locomoção.

- A boca fica entre as quelíceras e o ânus entre o télson.

- Vemos no opistossoma uma câmara branquial, composta por apêndices achatados


responsáveis pela troca gasosa chamados de lamelas branquiais.

- Nos machos, o pedipalpo não é quelado, apresentando um gancho na parte terminal


responsável por segura as fêmeas durante a cópula.

- Na base das pernas encontramos estruturas em formas de dentes chamadas de gnatobases.


Se encontram na linha mediana e são responsáveis por quebrarem partículas alimentícias. Não
é exclusiva dos Xiphosura.

Morfologia Interna:
- A troca gasosa ocorre na câmara branquial, formada por brânquias e posteriormente lamelas
branquiais, estruturas de aspecto foliáceo achatadas e preenchidas por hemolinfa. São
numerosas e formam uma grande área de superfície.

O movimento das brânquias criam uma corrente inalante que parte da área dorsal para a
ventral, atravessando no meio as lamelas branquiais.

- Nesse processo de trocas gasosas são também eliminadas excretas nitrogenadas, porém
possuem glândulas coxais excretoras que se comunicam com o meio externo por meio de
poros localizados no último par de pernas.

São nefrídios saculiformes e são empregadas principalmente para osmorregulação.

A.2.2. Subclasse Arachnida


Fatos Gerais:
- Apresenta a maioria das espécies do subfilo

- Consistem na linhagem dos Chelicerata que invadiu o meio terrestre, com possível retorno
aos mares de forma secundária

- Apresentam a divisão em prossoma e opistossoma, como todos os Chelicerata. A


segmentação no adulto não é clara, mas a segmentação no embrião confirma suas
características

- Apresentam morfologia diferente na coxa do pedipalpo auxiliando na trituração da presa

- Apresentam hábitos noturnos, evitando a perda d’água


- Sua alimentação consiste na captura da presa, sua digestão externa por meio da trituração
das gnatobases e ação de um coquetel enzimático e por fim, quando em um estado liquefeito,
a presa é ingerida.

- São gonocóricos, apresentando machos e fêmeas, e geralmente com fertilização interna.


Porém, a transferência do esperma pode ser direta, com uso de órgão copulador, ou indireta,
com auxílio apêndices ou espermatóforos (bolsa que envolve espermatozoides, podendo ser
deixado no ambiente ou posto no corpo da fêmea) como é geralmente.

- Maioria ovípara, tendo frequentemente corte

Morfologia:
- Aracnídeos apresentam faringe e estômago bombeadores, que bombeiam o alimento para o
interior do animal.

- Sua trocas gasosas ocorrem por meio de pulmões foliáceos e traqueias, ambos frutos da
invaginação da parede do corpo destes animais.

Os pulmões se abrem pela superfície ventral do opistossoma por meio de aberturas chamadas
de espiráculos. Internamente apresentam uma cavidade principal chamada de átrio e lamelas
dispostas como páginas de um livro. O ar entra pelo espiráculos no átrio e invade o espaço
interlamelar, trocando gases com as lamelas preenchidas por hemolinfa que apresentam uma
camada bem fina e permeável de cutícula. A hemolinfa oxigenada é levada ao seio
pericárdico, onde se encontra o coração, que então transporta-a para o corpo do animal.

As traqueias se ramificam na forma de túbulos, não lamelas, revestidos por cutícula fina e
permeável. Esta estrutura é banhada por hemolinfa. O ar entra pelos túbulos pelo espiráculo e
troca gases diretamente com a hemolinfa.

- Suas excretas são eliminadas por glândulas coxais, que são nefrídios saculiformes que se
abrem na base das coxas, e/ou túbulos de Malpighi. Nos aracnídeos os túbulos se originam no
trato digestivo médio, portanto, originados da endoderme.

Diferente de Chelicerata aquáticos, os Arachnida não excretam amônia, eliminando guanina,


adenina, xantina ou ácido úrico.

Apresentam células especializadas chamadas nefrócitos, encontradas na hemocele e que


sequestram resíduos metabólicos.

A.2.2.1. Ordem Araneae


Fatos Gerais:
- Das mais de 110 mil espécies de aracnídeos, mais de 45 mil são aranhas

- Possuem prossoma e opitossoma bem evidentes

- Entre os dois tagmas existe o pedicelo, uma ponte entre os dois tagmas, algo como uma
cintura
- Possuem quelíceras formadas por dois artículos, formada por peça basal e aguilhão, ou presa.
Este aguilhão é móvel e dentro da peça basal encontra-se a glândula de veneno que se abre no
topo do aguilhão

- A base de seus pedipalpos é expandida e formam gnatobases, são também chamadas de


maxilas, estando diretamente ligadas a alimentação

- São revestidas por basicamente dois escleritos, o externo, ocupando maior parte da área
ventral do prossoma, e apicalmente o lábio

- A alimentação das aranhas separa elas entre sedentárias e errante, cursórias, que não
dependem de teia para comer.

Nas sedentárias, as teias são produzidas em lugares que maximizam a captura de presas. Uma
vez retida na teia, os movimentos da presa na teia enviam sinais para a aranha de forma que
ela consegue saber onde está. Daí, insere suas quelíceras para paralisar a presa e/ou envolve-a
em seda.

As errantes dependem primariamente da visão para capturarem suas presasm, tal como as
papa-moscas. Existem aranhas que caçam ativamente suas presas e outras que utilizam de
estratégias de emboscadas.

Morfologia:
- Apresentam fiandeiras, apêndices modificados envolvidos na produção de seda, geralmente
localizadas na porção apical do opistossoma e em algumas aranhas na fase ventral mediana do
opistossoma. Cada fiandeira possui fúsulas por onde sai a seda

A produção de seda ocorres glândulas de seda no opistossoma, até 7, e cada uma produz um
tipo de seda. O número e tipo varia entre táxons, mas a contribuição de cada uma que gera
sedas com diferentes propriedades.

Todas as aranhas produzem seda, mas nem toda seda é usada para teias, existem aranhas que
não produzem teia. A seda pode ser usada para envolver os ovos, formando ootecas, produzir
fio-guia, para evitar a queda de lugares altos, construir ninhos, servir de plataforma para
depósito de espermas, capturar presas e outras funções.

- Os pedipalpos das fêmeas não são muito diferentes das pernas, porém em machos, na
porção distal, são mais expandidos apicalmente e assemelham-se a maçanetas. Estão
diretamente envolvidos na transferência de espermatozoides, pois aranhas NÃO TEM PINTO!

- São gonocóricas, NÃO TEM PINTO e os pedipalpos modificados dos machos transmitem o
espermatozoide para as fêmeas.

A abertura do sistema reprodutor encontra-se no opistossoma. O macho tece uma teia


espermática onde deposita uma gota de esperma. Ele então carrega seus pedipalpos com este
esperma, onde há uma câmara de armazenamento de esperma.

Na fêmea há um esclerito chamado de epígino. Nele existem duas aberturas, os orifícios


copulatórios. O macho insere o pedipalpo neste orifício que está ligado a um receptáculo
seminal e os espermatozoides se transferem para o último. Estes espermatozoides saem em
direção ao ovário onde encontram-se os ovos da fêmea e os fecundam. Uma vez fecundados,
os ovos são postos pelo gonóporo, outro orifício.

A.2.2.2. Ordem Scorpiones


Fatos Gerais:
- Possuem mais de 2 mil espécies, ocorrendo em diversos ambientes

- São de hábitos noturnos, saindo de noite para caçar

- Alimentam-se de insetos e as vezes de vertebrados

- Ao capturar presas, os escorpiões a seguram com seus pedipalpos e curvam seu inserem seu
acúleo nela

- Escorpiões são vivíparos e os filhotes vivem no corpo da mãe até a primeira muda

Morfologia:
- O opistossoma dos escorpiões pode ser dividido em duas regiões: o mesossoma, com 7
segmentos, e o metassoma, com 5 segmentos, sendo a região mais estreitada do corpo

- Na região anterior, apresentam pedipalpos bem desenvolvidos terminando em quelas


relacionadas a alimentação.

- No início da fase ventral do opistossoma existem pentes, apêndices sensoriais característicos

- No final do corpo possuem uma glândula de veneno no telson com musculatura associada e
um espinho com um poro por onde o veneno sai chamado de acúleo

- Apresentam uma série de cerdas nas pernas e pedipalpos que ajudam a detectar
perturbações no ar ou substrato, detectando aproximação de presas

- Escorpiões são gonocóricos e fazem a transferência de gametas por espermatóforos, bolsas


de esperma, que caracterizam uma reprodução de forma indireta. NÃO TEM PINTO também.

- Machos e fêmeas possuem um gonóporo por onde o gameta é depositado.

A.2.2.3. “Acari”
Fatos Gerais:
- Não trata-se de um grupo mofilético, englobando “acariformes” e “parasitiformes” ou mais
ordens dependendo do cladograma

- Incluem ácaros e carrapatos


- Não apresentam diferenciação clara entre prossoma e opistossoma nem possuem
segmentação evidente

- São os mais diversos, tendo mais de 54 mil espécies

Existem duas nomenclaturas para a divisão do corpo destes animais: uma delas divide o corpo
em capítulo ou gnatossomo, região anterior composta por quelíceras e pedipalpos, e
idiossoma, englobando todo o resto do corpo.

Outra nomenclatura divide os animais em proterossoma, indo das quelíceras até o segundo
par de pernas, e o histerossoma, indo do terceiro par de pernas até o final. A divisão entre os
dois não é sempre evidente entre as espécies.

- Ocorrem em todos os tipos de ambientes, sendo a maioria terrestre

- Muitos são parasitas de invertebrados ou vertebrados

- Existem alguns que são predadores, outros que são herbívoros, comem fungos u ou matéria
em decomposição

- Suas quelíceras podem assumir grandes formas, podendo ser em forma de estilete,
denteadas e outros

- São gonocóricos. Tanto machos quanto fêmeas tem gonóporo na face ventral. A
transferência é indireta na maioria das espécies por espermatóforo, sendo largado no
ambiente ou transmitido por modificação nas quelíceras ou através do terceiro par de pernas.

Alguns ácaros TEM PINTO!

A.2.2.4. Ordem Opiliones


- Formada por animais chamados de opiliões

- Tem mais de 6500 espécies, tendo maior diversidade nas regiões tropicais

- Leigos podem confundi-los com aranhas, mas estes animais não possuem pedicelo, tendo o
prossoma e opistossoma fortemente unido. Além disso, suas pernas são muito grandes.

Seu corpo tem de 1-10mm mas contando com pernas podem chegar a até 30cm

Não produzem seda, não tem veneno e não picam, mas na região anterior do corpo possuem
um par de aberturas de glândulas repugnatórias, podendo produzir um odor bem ruim

- Em geral, seu segundo par de pernas é maior, tendo função sensorial

- Seu pedipalpo é semelhante a uma perna, mas em alguns pode ter espinhos para aprisionar
presas

- Eles, ao contrário dos demais aracnídeos, podem ingerir partículas sólidas

- São predadores generalistas, alimentando-se majoritariamente pequenos artrópodes.


Capturam as presas com os pedipalpos que levam-nas até as quelíceras que terminam em
pinças e trituram o alimento. Apresentam também gnatobases que auxiliam na quebra do
alimento.

Nem todos são predadores, alguns são herbívoros e outros alimentam-se de matéria em
decomposição

- São gonocóricos e tem transferência direta, TENDO PINTO

A.2.2.5. Ordem Pseudoscorpiones


- Formado por cerca de 3500 espécies

- Animais bem comuns, mas pouco notados por terem de 1-4mm e hábitos noturnos

- Compartilham características com escorpiões, como pedipalpo bem desenvolvido, porém


possuem glândulas de veneno neles

Também produzem seda como as aranhas, mas suas glândulas abrem-se nas quelíceras, sendo
usada principalmente para construção de ninhos e deposição de ovos

- Fazem forésia, ou sejam, se fixam a outros animais de forma a pegar carona, normalmente
com insetos alados

- Se alimentam de pequenos artrópodes, capturando e paralisando-os com pedipalpos e em


seguida os trituram com as quelíceras

- São gonocóricos, apresentando um par de gonóporos na face ventral da região anterior.


Transferência indireta, NÃO TEM PINTO, com o macho produzindo um espermatóforo e o
depositando no ambiente. A fêmea encontra o espermatóforo ou, assim como nos escorpiões,
o macho arrasta a fêmea por cima do espermatóforo.

A fêmea produz ninhos e libera os ovos em sacos membranosos conectados ao gonóporo da


mãe. Os jovens eclodem, realizam algumas ecdises e depois vivem sua vida
independentemente.

A.2.2.6. Ordem Solifugae


- Ordem de pouco mais de 1100 espécies, maioria na África, em desertos e áreas quentes

- São chamados de aranhas do vento, por serem velozes, ou do sol, por terem frequentemente
hábito diurno

- Sua maior características são suas imensas quelíceras denteadas terminando em pinça

- Se alimentam principalmente de cupins e de outros artrópodes

- Pedipalpos táteis com na ponta um órgão adesivo usado para capturar presas e escalar

- Seu primeiro par de pernas tem forma de uma antena, sendo sensorial

- No quarto par de pernas apresentam estruturas chamadas de maléolos ou órgãos em


raquete, estruturas sensoriais bem típicas
- Fazem transferência indireta de esperma, NÃO TEM PINTO, usando espermatóforos. Nesse
caso, usam as quelíceras para a transferência. Ele levanta o opistossoma da fêmea e introduz
os gametas diretamente no gonóporo, localizado na região anterior ventral do opistossoma.
Algumas espécies fazem transferência direta, tendo os gonóporos em contato.

A.2.2.7. Ordem Ricinulei


- Cerca de 78 espécies descritas

- Tem até 1cm de comprimento

- Os viventes ficam na América e na África, na região tropical

- Encontrados em cavernas e serapilheira

- Tem cuculo, uma placa, uma aba, que se articula a região anterior do prossoma, podendo ser
abaixada ou elevada. Abaixada, cobre as quelíceras e a boca.

- Quelíceras e pedipalpos terminam em pinças. O segundo par de pernas tem função sensorial.

O terceiro par de pernas tem uma modificação no ápice. Ele é empregado na reprodução,
uado para transferir o esperma do macho para a fêmea.

A.2.2.8. Ordem Amblypygi


- Podem ser parecidos com as aranhas, mas não produzem seda nem tem veneno

- Seu corpo é bem achatado

- Seu pedipalpo é forte e raptatorial, usado para capturar presas, tendo espinhos na face
interna

- Seu primeiro par de pernas é bem alongado em forma de antena, sendo sensorial

- Não andam para frente ou para atrás, mas sim de lado

- Transferência de esperma indireta usando espermatóforos

A.2.2.9. Ordem Thelyphonida


- Tem 119 espécies

- Maioria no sudeste asiático

- Podem chegar a até 8 cm

- Apresentam pedipalpos fortes e roliços, empregados na alimentação, aprisionando presas

- Possuem estrutura na parte final do corpo chamada de flagelo ou telson. Supostamente é


sensorial, movimentando-se enquanto ele move, podendo detectar predadores vindo por trás

- O primeiro par de pernas é mais longo e mais fino, assumindo também função sensorial
- Apresentam um par de glândulas repugnatórias na região do ânus, composta por ácido
acético, dando o nome a eles de escorpiões vinagre

A.2.2.10. Ordem Schizomida


- Apresentam cerca de 260 espécies

- Tendo de 8 a 13 mm

- São grupo irmão dos Thelyphonida, tendo também pedipalpos raptatorais, primeiro par de
pernas mais longo, tenot glândulas repugnatorias no anus

- Tem o opistossoma dividido como os escorpiões em mesossoma e metassoma

- Diferente dos Thelyphonida, seu flagelo é bem curto

- Seu prossoma é dividido em 3 regiões dorsais, diferente dos Thelyphonida que tem só uma
placa

A.2.2.11. Ordem Palpigradi


- Tem cerca de 80 espécies

- São pequenos aracnídeos com tamanho normalmente menor que 1,5mm

- São encontrados no solo, folhiço ou no subterrâneo

- Não possuem coloração

- Apresentam flagelo

- Como os Schizomida, não tem o prossoma coberto por um só esclerito

- Também como os Schizomida e os Thelyphonida possuem primeiro par de pernas sensorial

- Tem pedipalpo mais semelhante as pernas, servindo para locomoção

- Apesar de terem semelhanças com Schizomida e Thelyphonida, não são proximamente


aparentados, mostrando que a evolução de prossoma divido em mais de um tergito
desenvolveu-se independentemente, sendo associada a necessidade de locomoção mais
flexível entre as partículas do substrato

B. Subfilo Myriapoda
- Divididos em quatro classes: Diplopoda, Chilopoda, Symphyla e Pauropoda. As duas primeiras
são as mais diversas, as duas últimas incluem apenas algumas espécies.

- Inclui centopeias e piolhos de cobra

- O nome faz referência ao grande número de pernas que estes animais possuem
- Grupo irmão dos crustáceos e hexápodes. Juntos formam o clado Mandibulata devido a
presença de mandíbulas. O segmento que carrega as mandíbulas dos Mandibulata é o mesmo
que carrega o primeiro par de pernas nos Chelicerata

- O corpo dos miriápodes é divido em dois tagmas: cabeça e tronco. A cabeça corresponde a
fusão dos seis primeiros segmentos e o tronco envolve um número variável de segmentos
indiferenciados e articulados entre si, podendo haver fusão de pares de segmentos.

- O 1º segmento é o segmento ocular, incluindo olhos e protocérebro, uma das 3 partes que
compõe o cérebro dos artrópodes

O 2º segmento é o segmento antenal, incluindo o par de antenas e o deutocérebro

O 3º segmento é chamado de premandibular ou intercalar, não possui apêndices, apenas


abriga o tritocérebro

O 4º segmento é o segmento mandibular, apresentando o par de mandíbulas

O 5º e o 6º segmento são chamados de 1º e 2º segmento maxilar respectivamente, carregando


o 1º e o 2º par de maxilas. O 1º par pode ser fundido em alguns táxons e o 2º pode estar
ausente, parcial ou completamente fundido em alguns táxons

No tronco existe um número variado de segmentos, mas em geral com pernas em cada um.
Existem muitos miriápodes com um par de pernas.

- A circulação dos miriápode segue o padrão dos artrópodes.

- As trocas gasosas ocorrem a partir de traqueias, invaginações da parede do corpo que se


ramificam par ao interior do animal. Na parte mais interna, temos canais de parede fina
preenchidos por líquido, as traquéloas. No seu final, temos as células traqueolares onde
ocorrem as trocas gasosas nos miriápodes. Esse sistema ramificado se abre para o meio
externo a partir dos espiráculos, aberturas traqueais, normalmente encontrados em cada
segmento.

A borda dos espiráculos pode ser cuticular chamada de peritrema, podendo também existir
cerdas e espinhos, os três impedindo a entrada de partículas estranhas.

Em alguns miriápodes existem válvulas na entrada do sistema que o animal pode fechar para
obstruir os espiráculos.

- A excreção e osmorregulação se dá através de túbulos de Malpighi e em alguns por nefrídios


associados aos segmentos maxilares.

Os túbulos estarão associados ao proctodeu, o trato digestivo posterior, sendo derivados da


ectoderme. Podem existir no geral um a dois pares de túbulos nos miriápodes.

- A cutícula dos miriápodes não carrega a camada de cera presente em Chelicerata e


hexápodes, podendo perder mais água. Para evitar dessecação, vivem em lugares protegidos
durante o dia, sendo mais ativos durante a noite.

- Os miriápodes podem ter olhos, mas muitas são cegas. Mesmo as que possuem, os olhos são
feitos por unidades independentes que se agrupam frouxamente, estando normalmente
associadas à claro e escuro.
Porém, as antenas são fortemente sensíveis, sendo repletas de sensilas. Em sua base existem o
chamado órgão de Tömösváry, uma estrutura sensorial cuja função precisa ainda é misteriosa.

- Em geral são gonocóricos e ovíparos, existindo também espécies partenogenéticas. A


transferência de esperma é indireta, NÃO TEM PINTO, usando espermatóforos, podendo variar
entre diferentes espécies.

O desenvolvimento pode ser epimórfico, já nascendo com todos os segmentos do adulto, ou


anamórfico, onde o animal nasce com um número reduzido de apêndices e vai ganhando ao
longo do desenvolvimento.

B.1. Classe Chilopoda


- Possuem cerca de 3300 espécies

- Conhecidos como centopeias, lacrais e centípedes. O nome dá entender que tem cem pernas,
mas É MENTIRA. O número de pernas varia, podendo ser maior ou menor que cem, mas
raramente cem.

- Ocupam ambientes semelhantes aos quelicerados, sendo encontrados em folhiço, solo,


cascas de árvore, pedras e cavernas, abrigando sempre locais protegidos para evitar a perda
de água.

- Os quilópodes apresentando na região da cabeça um parte de antenas e dois pares de


maxilas, sendo o 1º par bem pequenino.

A mandíbula fica atrás dos apêndices orais dos quilópodes, estando bem no início do canal
alimentar.

Os quilópodes possuem um par de olhos, com unidades oculares frouxamente agrupados, e


alguns nem têm olhos. Estes percebem o ambiente com a ajuda de outras estruturas
sensoriais.

O primeiro par de pernas é modificado em forcípulas, também chamadas de maxilípedes,


sinapomorfia dos quilópodes. Muitos acham que fazem parte da região da cabeça, mas É
MENTIRA. Elas têm na ponta estruturas inoculadora de veneno que injetam o veneno
produzido na base do apêndice usado para capturar presas e defender-se.

Na base das forcípulas a coxa foi fundida ao esternito. Essa fusão ao 1º esternito do tronco dá
origem a placa que reveste a parte ventral da cabeça, sendo chamada de coxoesternito.

- O tronco dos quilópodes apresenta um par de pernas por segmento. Existem segmentos sem
pernas, mas em geral todos têm. Em geral também, cada segmento é composto por um tergito
dorsal, um esternito ventral e um pleurito lateral, onde as pernas se inserem. Inclusive, o
pleurito tem uma cutícula mais fina para melhor inserir as pernas.

O número de segmentos varia entre táxons, fazendo variar também o número de pernas. O
número e comprimento dos tergitos também varia.
CHILOPODA TEM 2 PARES DE MAXILAS

SYMPHYLA TEM 1º E 2º PAR PRESENTE, SENDO O 2º FUNDIDO, CHAMADO DE LÁBIO

DIPLOPODA NÃO TEM 2º PAR DE MAXILA COM 1º PAR FUNDIDO, CHAMADO DE


GNATOQUILÁRIO

PAUROPODA NAÕ TEM 2º PAR DE MAXILA E 1º PAR FUNDIDO CHMADO DE GNATOQUILÁRIO

CHILOPODA TEM MANDIBULA ENFIADA DENTRO DA CAVIDADE PRE ORAL

MANDIBULA MAIS AUSENTE EMPREGADA DIRETAMENTE NA ALIMENTAÇÃO

Você também pode gostar