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Annelida/Polychaeta
Disciplina: Invertebrados II (CH 873)
Professor: Paulo Cascon
Departamento de Biologia
Universidade Federal do Ceará
Metazoa
Ecdysozoa
Lophotrochozoa
Spiralia Protostomia
Deuterostomia
Bilateria Triblástico
Protostômios
Deuterostômios
Vantagens proporcionadas
pelo Celoma (blastoceloma
ou euceloma):
Vantagens proporcionadas pelo Celoma:
• CELOMA: preenchido
por um líquido,
funciona como um
ESQUELETO
HIDROSTÁTICO
contra o qual os
músculos agem para
mudar a forma do
corpo (volume do
fluido se mantém
constante).
Filo Annelida
• Segmentados.
Evolução da Segmentação
• Surgimento de uma série de partições
(SEPTOS) dividindo a cavidade celômica
em uma série de compartimentos => corpo
segmentado.
Celoma Annelida
• CAVIDADE CELÔMICA de cada segmento
dividida em uma metade esquerda e uma direita
por MESENTÉRIOS LONGITUDINAIS, um dorsal
e um ventral ao tubo digestivo.
mesentério
Segmentação Annelida
• Movimentação Peristáltica:
– Ondas alternadas de contrações das
musculaturas longitudinal e circular.
– Contração da MUSCULATURA LONGITUDINAL:
encurtamento e alargamento do segmento.
– Contração da MUSCULATURA CIRCULAR:
alongamento e afilamento do segmento.
Vantagens Adaptativas da Segmentação
• Prostômio.
• Tronco
Segmentado.
• Pigídio.
• PROSTÔMIO:
• Parte Anterior do
corpo.
• Apresenta o
cérebro
(condição basal)
e órgãos
sensoriais.
• Não é
considerado um
segmento.
•TRONCO::
• Alongado e
constituído por uma
série de unidades
corporais similares
chamados de
segmentos
(=metâmeros ou
somitos).
• TRONCO::
• PERISTÔMIO = 1o
segmento (também o
mais antigo), situa-
se imediatamente
atrás do prostômio,
circundando a boca
ventralmente.
• TRONCO:
• Zona de
crescimento
(adição de novos
segmentos)=>
imediatamente à
frente do pigídio.
• PIGÍDIO::
• Porção terminal do
corpo.
• NÃO é considerado
um segmento.
• Apresenta o ânus.
Regiões corporais correspondentes de uma larva
trocófora e de um anelídeo adulto.
Parede do Corpo Annelida
Cerdas
Cerdas
Proscoloplos
(Orbiniidae).
Bondi,
Australia.
SEM and
Light
micrographs.
Sistema Nervoso Annelida
• Um par de
• Cérebro conectivos
anterior dorsal circunfaríngeos
(acima do tudo ligam o cérebro
digestivo), dorsal ao par de
geralmente cordões nervosos
bilobado. longitudinais
ventrais.
• Um par de
cordões • Um par de gânglios
nervosos em cada segmento.
longitudinais • Um nervo
ventrais, transversal
geralmente (comissura) ligando
fundidos em os gânglios em cada
graus variados. segmento => arranjo
em “escada”.
Sistema Nervoso Annelida
Transporte Interno Annelida
• Nefrídios filtradores
de dois tipos:
– METANEFRÍDIOS.
– PROTONEFRÍDIOS.
Excreção Annelida
• “Polychaeta”: apresentam
protonefrídios (todas larvas e alguns
poucos adultos) ou metanefrídios (a
grande maioria dos adultos).
Faringe
não
Evertida.
Faringe
Faringe
Evertida.
Estrutura dos Poliquetas
• PERISTÔMIO: (segmento bucal; 1º segmento verdadeiro)
– Forma as margens laterais e ventral da BOCA.
– Apresenta, freqüentemente, cirros tentaculares
sensoriais ou dois longos apêndices alimentares,
chamados de palpos tentaculares.
Estrutura dos Poliquetas
• PROSTÔMIO:
forma a margem
superior da
PROSTÔMIO
boca.
• PERISTÔMIO:
formas as
margens laterais BOCA
e inferior da
boca.
PERISTÔMIO
Estrutura dos Poliquetas
• PIGÍDIO: região não segmentar terminal, portadora
do ânus. Primitivamente com um par de cirros
pigidiais (sensoriais).
Parapódios Polychaeta
• PARAPÓDIOS: projeções laterais carnosas que
se estendem a partir da parede corporal, sendo
mais ou menos lateralmente comprimidos. Um par
por segmento.
Parapódios Polychaeta
Parapódios Polychaeta
• BIRREMES: apresentam dois ramos, lobos ou
divisões, primitivamente, cada um com um
feixe de cerdas.
• NOTOPÓDIO (lobo dorsal).
• NEUROPÓDIO (lobo ventral).
Parapódios Polychaeta
• ACÍCULAS = bastões quitinosos que, em número de
um ou mais, sustentam internamente cada lobo de um
parapódio. Músculos parapodiais presos às acículas
movimentam os parapódios.
Parapódios Polychaeta
• CERDAS QUITINOSAS:
– Se projetam em feixes em ambos lobos
dos parapódios.
Parapódios Polychaeta
Funções das Cerdas: (também funções dos parapódios)
– Tração para a locomoção (maioria).
– Escavação (cerdas espatuladas = páleas).
– Fixação às paredes internas dos tubos e dos
buracos.
– Defesa.
Parapódios Polychaeta
Funções das Cerdas:
• DEFESA: cerdas quebradiças, tubulares e
calcárias, e que contém veneno, encontradas nos
membros da família Amphinomidae, predominante
tropical, que vivem em corais e debaixo de pedras.
Polychaeta Amphinomidae
SEGMENTOS CORPORAIS POLYCHAETA
POLIQUETAS HABITANTES
DE BURACOS
Tubos de Polychaeta
Recifes de Areia
produzidos por
Polychaeta tubícolas
(Phragmatopoma)
Recifes de Areia
produzidos por
Polychaeta tubícolas
(Phragmatopoma)
Recifes de Areia
produzidos por
Polychaeta tubícolas
(Phragmatopoma)
Recifes de Areia
produzidos por
Polychaeta tubícolas
(Phragmatopoma)
NUTRIÇÃO POLYCHAETA
• Predadores.
• Herbívoros.
• Onívoros.
• Saprófagos.
• Consumidores de depósito (sedimentívoros)
não seletivos (diretos).
• Consumidores de depósito (sedimentívoros)
seletivos (indiretos).
• Consumidores de material em suspensão na
água = Filtradores ou Suspensívoros.
Predadores Polychaeta
• Formas que vivem sobre o substrato, formas
pelágicas e algumas tubícolas ou habitantes de
buracos.
• Presas: vários invertebrados pequenos,
inclusive outros poliquetas.
Predadores Polychaeta
faringe evertida de
um Nereididae,
Neanthes vaalii,
exibindo as
mandíbulas.
Faringe evertida de um
Nereididae, Neanthes vaalii,
exibindo as mandíbulas.
Quando retraídas (direita) as
mandíbulas dos Nereididae,
são alojadas dentro do corpo.
Polychaeta
Eunicidae
Eunice sp.
Predador
Polychaeta
Nereis sp.
Nutrição Polychaeta
Platynereis dumerilii
herbívoro
Nutrição Polychaeta
• Poliquetas escavadores
e tubícolas.
Nutrição Polychaeta
Consumidores de depósito não seletivos:
Nutrição Polychaeta
• Consumidores de Depósito Seletivos:
• Estruturas especiais da
cabeça se estendem
sobre ou no interior do
substrato.
• O material do depósito
adere a secreções
mucosas na superfície
destas estruturas
alimentares e é depois
transportado até a boca
ao longo de tratos ou
sulcos ciliados.
Polychaeta Terebellidae
Thelepus crispus
Polychaeta Terebellidae
Suspensívoros (Filtradores) Polychaeta
Comum entre
muitas formas
tubícolas e
escavadores
sedentários.
Sabellidae
Eudistylia polymorpha
Suspensívoros (Filtradores) Polychaeta
• Muitos apresentam tentáculos ciliados
(RADÍOLOS) com ampla superfície para
aprisionar partículas em suspensão (ex.
Sabelidae).
• As partículas aderem à superfície e são
depois transportadas até a boca ao longo
de sulcos ciliados.
Suspensívoros (Filtradores) Polychaeta
Sabellestarte
australis
Austrália; faixa
intertidal; 15 cm
de diâmetro.
Myxicola infundibulum
(Renier, 1804)
Trocas Gasosas Polychaeta
• Em geral ocorrem
através da superfície
do corpo.
• BRÂNQUIAS
frequentemente
presentes, variando
entre as diversas
formas de poliquetas
em estrutura e
localização, indicando
que elas surgiram
independentemente
várias vezes.
Sistema Nervoso Polychaeta
• GÂNGLIOS PEDAIS:
– Gânglios adicionais,exclusivos dos poliquetas.
– Comumente associados aos nervos segmentares
nas bases dos PARAPÓDIOS.
– Importantes centros de controle dos complexos
movimentos parapodiais.
Sistema Nervoso Polychaeta
Sistema
Nervoso
Polychaeta
Sistema Nervoso Polychaeta
• ÓRGÃOS NUCAIS:
– Exclusivos dos Polychaeta.
– QUIMIORRECEPTORES;
localização de alimento; mais
desenvolvidos nas formas
predadoras.
Órgãos Sensoriais Polychaeta
Numerosas células sensoriais (MECANO e
QUIMIORRECEPTORAS) nos tentáculos e
palpos do prostômio, nos cirros tentaculares do
peristômio, nos cirros dorsais e ventrais dos
parapódios e nos cirros pigidiais.
A phyllodocid, Sige fusigera, Sweden, anterior end in dorsal view,
arrows indicate palp, paired antenna (P ANT) and nuchal organ (NO) on
the left side.
A nereidid, Hediste diversicolor, Sweden, anterior end in ventral view.
Arrows indicate paired antenna (PA), palpostyle (PS) and palpophore
(PP), right side.
Regeneração Polychaeta
• Capacidade de REGENERAÇÃO é
relativamente grande entre os poliquetas.
Brotamento
Reprodução Clonal / Polychaeta
• Transformação direta do
indivíduo inteiro (Nereididae).
– Os segmentos posteriores
reprodutivos, que formam a
REGIÃO EPITOQUIANA, se
enchem de gametas e ficam muito
aumentados, além de poderem
apresentar também parapódios
providos de leques de cerdas
natatórias longas e espatuladas.
– Devenvolvimento de olhos grandes
e atrofia do tubo digestivo.
Epitoquia Polychaeta
• Diferenciação e separação da
extremidade posterior do ÁTOCO
(Eunicidae).
Epitoquia Polychaeta
– Produção de novos epítocos a partir de
átocos através de reprodução assexuada
(Syllidae).
• Brotamento na extremidade caudal do átoco.
• Clones em uma série linear.
Epítoco de Hediste diversicolor
(Polychaeta: Eunicidae).
Enxameamento Polychaeta
• ENXAMEAMENTO: fenômeno em que as
formas epítocas nadam de forma sincronizada
para a superfície durante a eliminação dos
óvulos e dos espermatozóides, desta forma
aumentando a probabilidade de fertilização.
Enxameamento Polychaeta
• Machos e fêmeas se
atraem e estimulam a
liberação de gametas
dos indívíduos do outro
sexo.
• Estímulos do ambiente
como luminosidade e
fases lunares podem
induzir o
enxameamento.
The portion containing the reproductive gametes (the
epitoke) of the palolo worm, Palolo viridis, is considered a
delicacy in Samoa and other Pacific islands. (Photo:
Smithsonian Institution)
Desenvolvimento Polychaeta
✓O embrião
geralmente se
desenvolve em
uma LARVA
TROCÓFORA
planctônica,
em forma de
pião.
Desenvolvimento Polychaeta
Bathymodiolus
platifrons
colony
(-1600 m)
Fontes de Hidrocarbonetos (nascentes
frias ou “cold seeps”)
Compostos de
enxofre do
basalto ou de Ácido
sulfatos Sulfídrico
dissolvidos na
água
• Perfuram ossos
de baleias
mortas para
obter seu
alimento.
• Descobertos em
2002.
• 2 a 7 cm de
comp. (fêmeas).
Osedax (Siboglinidae)
Huusgaard RS, Vismann B, Kühl M, Macnaugton M, Colmander V, et al. (2012) The Potent
Respiratory System of Osedax mucofloris (Siboglinidae, Annelida) - A Prerequisite for the Origin
of Bone-Eating Osedax?. PLOS ONE 7(4): e35975. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0035975
http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0035975