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Universidade Federal do Sergipe

Introdução aos BILATERIA –


PLATYHELMINTHES

Professor: Roberto Schwarz Junior


Os BILATERIA

A vasta maioria dos animais apresenta simetria do tipo bilateral, algumas


formas podendo atingir tamanhos bastante grandes.

A simetria bilateral fornece um plano de bi seção, com metades


especulares direita e esquerda.
Os BILATERIA

Além disso, o corpo é polarizado ao longo de dois eixos: ântero posterior e


dorso-ventral.

Na simetria radial as partes do corpo estão distribuídas regularmente ao


redor do corpo do animal
Os BILATERIA

A polarização do corpo ao longo de um gradiente locomotor originou o eixo


ântero-posterior.

A extremidade anterior foi adaptada a sentir o ambiente e transmitir esta


informação à porção posterior.

No eixo dorso-ventral, o lado dorsal foi adaptado às condições do meio


(superfície protetora) ao passo que o lado ventral foi adaptado para
interagir com o meio (superfície locomotora).

Mudou aí o sentido de locomoção (direcional - que antes era vertical em


relação ao substrato).

Essa mudança desencadeou uma concentração de tecido nervoso e


órgãos sensoriais na região anterior e assim, a cefalização.

Com a junção de cefalização e locomoção direcional, os bilatérios


tornaram-se capazes de detectar alvos, nadando a favor ou contra estes.
Os BILATERIA

A boca quase sempre está também localizada na extremidade anterior.

Além de perceber o alimento, os bilatérios desenvolveram musculaturas


especializadas na locomoção mais eficiente.

Quase sempre há uma musculatura circular (que causa alongamento)


externa que encerra uma musculatura longitudinal interna (permitem ao
animal se dobrar e se curvar).
Compartimentalização dos Bilateria:

Embora em cnidários e ctenóforos tenha surgido uma primeira cavidade


para digestão extracelular, esta mesma cavidade servia além da digestão e
absorção, como local de transporte interno (circulação), suporte
hidrostático, excreção e reprodução.

Assim, a cavidade gastrovascular não poderia evoluir em um trato


digestivo especializado, até que se livrou das funções circulatória,
hidrostática, excretora e reprodutiva.
Os BILATERIA

Compartimentalização dos Bilateria:

Para que o trato digestivo pudesse se especializar na digestão e absorção,


foi necessária a evolução de um novo compartimento interno separado do
trato digestivo – CELOMA.

O celoma surgiu então como um outro compartimento interno para


regulação fisiológica e especialização, além de esqueleto hidrostático,
transporte interno, excreção e reprodução.
Os BILATERIA

Compartimentalização dos Bilateria:

Animais com celoma são conhecidos como celomados.

Muitos bilatérios pequenos não possuem celoma ou o mesmo está


representado pela cavidade gonadal (gonocele) ou pela cavidade de
excreção.

Estes animais pequenos são chamados de compactos ou acelomados.

Um sistema de vasos que surge no tecido conjuntivo, encarregou-se do


transporte de líquidos e gases para todo o corpo do animal, conhecido
como sistema hemal.
Os BILATERIA

Compartimentalização dos Bilateria:

Outro advento foi a formação de um trato digestivo completo, com boca e


ânus – permitiu um movimento unidirecional do alimento através dele (linha
de montagem especializada em funções como digestão, estocagem,
absorção, formação e eliminação de fezes, etc.)

Assim os animais com trato digestivo completo podiam se alimentar


mesmo quando ainda havia alimento dentro deles sendo
digerido/absorvido.
Os BILATERIA

Troca de gases e pigmentos respiratórios:

Grandes bilatérios possuem amplas superfícies especializadas em trocas


gasosas.

Entre os aquáticos geralmente há evaginações da superfície do corpo


conhecidas como brânquias.

O oxigênio atravessa a parede do corpo nestas estruturas e é levado ao


plasma sangüíneo ou fluído celômico onde pode se ligar a pigmentos
respiratórios (hemoglobina, hemeritrina e hemocianina).

Os pigmentos possuem geralmente sítios de ligação reversíveis com


oxigênio e CO2.

Bilatérios pequenos geralmente não possuem órgãos respiratórios e as


trocas gasosas se dão pela superfície do corpo.
Os BILATERIA

Excreção:

Em organismos aquáticos, os compostos nitrogenados são eliminados na


forma de amônia.

Embora tóxica, a amônia atravessa a superfície da brânquia e é diluída


pela água (e levada para longe por correntes).

Além disso, os bilatérios (em especial os de água doce) têm que lidar com
o ganho constante de água.

Para isso possuem estruturas especializadas conhecidas como nefrídios,


que se encarregam de excretar o excesso de água e compostos
metabólicos, íons, hormônios e toxinas através da urina.

Bilatérios pequenos possuem protonefrídios, que são pequenos tubos


ciliados que atuam no papel de filtração e excreção.
Os BILATERIA - Gastrulação

Todos os zigotos de bilatérios sofrem gastrulação para formar embriões


com três camadas germinativas: ectoderme, mesoderme e endoderme
(Triploblásticos)

Cada um dos folhetos vai então dar origem a um epitélio: a ectoderme vai
formar a epiderme, a mesoderme o mesotélio e a endoderme a
gastroderme.

A epiderme reveste o corpo e secreta a cutícula, além de outras células


especializadas sensoriais, glandulares ou de absorção.

O mesotélio reveste celomas, forma a musculatura, septos e mesentérios e


junto com os gametas constitui as gônadas.

A gastroderme reveste o trato digestivo e possui células ciliadas,


secretoras, de absorção e de estoque.

A blastocele diferencia-se em vasos sangüíneos, seios hemocele e


sangue.
Os BILATERIA – Destino do Blastóporo

Diferenciam-se aí dois grandes táxons de bilatérios, os Deuterostômios e


os Protostômios

Nos Deuterostômios o blastóporo dará origem ao ânus do adulto e a boca


irá se formar como uma nova estrutura.

Nos Protostômios o blastóporo dá origem à boca e o ânus se forma em


outra posição.

Deuterostômios incluem hemicordados, equinodermos, cordados e


quetógnatos.

Os Protostômios incluem todo o restante dos Bilateria (Anellida, Mollusca,


Arthropoda, Platyhelminthes, etc.)
INTRODUÇÃO AOS PLATYHELMINTHES

Os platelmintos são em sua maioria vermes aquáticos, pequenos, de corpo


achatado e mole que nadam sobre rochas, sedimentos, detritos, algas e
nos tecidos de suas presas.
INTRODUÇÃO AOS PLATYHELMINTHES

Incluem os vermes chatos de vida-livre (Turbellaria), vermes parasitas


(Trematoda) e solitárias (Cestoda).

São todos acelomados (sem celoma), não possuem sistema hemal, nem
cutícula e em táxons parasitas epiderme e trato digestivo estão também
ausentes.

São cerca de 20.000 espécies e uma miríade de formas do corpo e estilos


de vida.

São animais pequenos, sem sistema de circulação ou respiração, o que se


dá por difusão.

Seriam estas características primitivas ou derivadas? Indagações


permanentes na pesquisa filogenética contemporânea.
INTRODUÇÃO AOS PLATYHELMINTHES

TURBELLARIA

Turbelários são os vermes achatados de vida livre, conhecidos como


planárias, que podem em alguns (poucos) casos serem bastante grandes e
serem vistos sob rochas em um rio, em costões rochosos ou recifes de
corais.
INTRODUÇÃO AOS PLATYHELMINTHES

TURBELLARIA

A maioria porém é formada por animais microscópicos que raramente


excedem poucos milímetros.

São predominantemente aquáticos e a maioria é marinha, vivendo


geralmente no fundo.

Outras formas são de água-doce e habitam lagos, poças, riachos e


nascentes.
TURBELLARIA – Parede do corpo

Turbelários apresentam uma epiderme ciliada, na qual cada célula porta


muitos cílios.

Não possuem cutícula e a epiderme é muitas vezes bastante glandular que


secreta substâncias adesivas, muco entre outras.

Um acúmulo de células secretoras anteriores é chamado de glândula


frontal – característica dos turbelários – provavelmente associada a defesa,
produção de muco, locomoção e adesão.
TURBELLARIA – Parede do corpo

Como são pequenos e sem apêndices, os turbelários dependem dos seus


cílios para locomoção, porém a musculatura está presente e permite a
execução de uma série de movimentos.

Geralmente os turbelários usam cílios ao passo que os maiores usam


movimentos musculares (ajudados por cílios) para se movimentarem.
INTRODUÇÃO AOS PLATYHELMINTHES

TURBELLARIA – Sistema nervoso e órgãos dos sentidos

O sistema nervoso é formado basicamente por cérebro circular


subepidérmico do qual partem cordões nervosos longitudinais que se
ramificam e se ligam à musculatura da parede do corpo.

Alguns turbelários há um cérebro concentrado bilateralmente e dois


cordões longitudinais ventro-laterais, conectados lateralmente.
INTRODUÇÃO AOS PLATYHELMINTHES

TURBELLARIA – Sistema nervoso e órgãos dos sentidos

Ocelos estão presentes em muitas formas e a maioria dos turbelários


responde negativamente à luz.

Possuem ainda estruturas responsáveis pela percepção mecânica do meio


– os estatocistos.

O tecido conjuntivo localizado entre a musculatura da parede do corpo e o


trato digestivo é chamado de parênquima.
INTRODUÇÃO AOS PLATYHELMINTHES

TURBELLARIA – Sistema digestivo e Nutrição

Geralmente turbelários possuem trato digestivo de fundo cego – a boca é


utilizada para ingestão e egestão.

A forma do trato digestivo está em parte relacionada com o comprimento do


verme, podendo ter ramificações laterais que se estendem até a margem
do corpo.

A boca geralmente localiza-se sob o meio da superfície ventral.

A forma da faringe é bastante variável e em alguns turbelários ela pode ser


protraída e retraída e em alguns casos pode tornar-se bulbosa e sugadora
(parasitismo).

Turbelários são principalmente carnívoros e predam vários invertebrados


pequenos e corpos de animais mortos que chegam ao fundo.

Outras formas se alimentam de algas (pelo menos durante a fase jovem).


INTRODUÇÃO AOS PLATYHELMINTHES

TURBELLARIA – Reprodução

Planárias têm enorme capacidade de regeneração.

Quando cortadas longitudinalmente, as planárias rapidamente cicatrizam e


regeneram as partes perdidas.

De fato um fragmento com 1/300 do corpo original é capaz de geral um


novo verme.

Princípio da polaridade – cortando-se em fatias, a cabeça surge sempre no


lado da fatia que se encontrava mais próximo da cabeça.

Além disso, a velocidade de regeneração da cabeça é maior nas fatias


mais próximas da cabeça original.
INTRODUÇÃO AOS PLATYHELMINTHES

TURBELLARIA – Reprodução clonal

Muitos turbelários de água doce reproduzem-se por fissão ou brotamento.

Geralmente dividem-se em duas partes e regeneram a parte perdida.


TURBELLARIA – Reprodução sexual e desenvolvimento

Todos os turbelários exceto algumas poucas exceções são hermafroditas


que podem reproduzir-se por copulação e fertilização interna.

As partes feminina e masculina dos aparelhos reprodutores são bastante


especializados, e pelo tamanho reduzido, os turbelários produzem ovos em
pequena quantidade por fertilização interna.

Ocorre em muitos casos a fecundação cruzada e impregnação hipodérmica


na qual o pênis contendo estilete é empurrado através da parede do
cônjuge – parênquima e atinge os ovários.

Ovos muitas vezes são encapsulados e depositados no meio, onde


desenvolvem novos turbelários (ovos de verão e ovos de resistência).

No geral os turbelários possuem desenvolvimento direto, mas algumas


formas podem produzir larvas ciliadas que são a larva de Goette (quatro
braços) e a larva de Mueller (com oito braços).

A larva absorve os braços e se assenta no substrato como um verme jovem.


NEODERMATA: Os vermes parasitas

Incluem a Classe Trematoda (Digenea + Aspidogastrea)), vermes parasitas


de peixes e outros vertebrados, os Cercomeromorpha (Monogenea) e os
Cestoda ou tênias.

Nesta disciplina serão tratados somente os Trematoda digêneos e


Monogenea.

Os platelmintos parasitas possuem uma característica distintiva que é a


substituição da epiderme celular por uma camada sincicial não celular
chamada neoderme ou tegumento – por isso são chamados de
Neodermata.

Uma camada sincicial é como uma célula multinucleada sem espaços


intercelulares – regulação fisiológica e proteção.

Os TREMATODA

Inclui dois subtáxons, os DIGENEA, com grande importância médica ou


econômica e os APIDOGASTREA com pouca importância médica ou
econômica.
NEODERMATA: Os vermes parasitas

Os TREMATODA - DIGENEA:

São endoparasitos muito comuns em peixes, anfíbios, répteis aves e


mamíferos.

Possuem cerca de 11.000 espécies, o segundo maior grupo de metazoários


parasitas.

O ciclo de vida inclui dois ou mais hospedeiros, e pelo menos dois estágios
infectantes, por isso o nome DIGENEA.

O primeiro hospedeiro intermediário é geralmente um molusco gastrópode


(caramujo)

O segundo hospedeiro intermediário é um artrópode ou um peixe

Um vertebrado é o hospedeiro definitivo ou final


NEODERMATA: Os vermes parasitas

Os TREMATODA

DIGENEA:

Portanto o ciclo de vida consiste nos seguintes estágios:

Zigoto >>> larva miracídio >>> esporocisto >>> rédia >>> cercária >>>
metacercária >>> adulto

O ciclo de um digêneo inicia-se com a liberação de ovos pelo hospedeiro


vertebrado em suas fezes ou urina.

Quando na água, os ovos eclodem, liberando uma larva ciliada denominada


miracídio, que penetra na parede do corpo de um caramujo aquático.

No caramujo, o miracídio sofre metamorfose e transforma-se em um


esporocisto, que não possui trato digestivo e contém em seu interior
diversos embriões.
Os platelmintos parasitas.

Trematoda:

Cada embrião se desenvolve em novos esporocistos ou rédias (estes sim


com trato digestivo) que possuem em seu interior novos embriões

Dentro da rédia, cada embrião se desenvolve em uma cercária, esta por sua
vez possui trato digestivo, ventosas e cauda.

A cercária deixa o caramujo e nada em busca do segundo hospedeiro


intermediário (peixe).

Após ficar sobre a vegetação aguardando a ingestão pelo segundo


hospedeiro, a cercária quando penetra no peixe perde a sua cauda e
encista na forma de uma metacercária.
Os platelmintos parasitas.

Trematoda:

Quando alguém se alimenta deste peixe, a metacercária escapa de seu


cisto e invade diversos tecidos até atingir a forma sexual.

Infecções geralmente acometem o sistema hemal, o trato digestivo e outros


órgãos como intestino, fígado, dutos biliares, dutos pancreáticos e pulmões.

Acredita-se que mais de 20 milhões de asiáticos estejam infectados por


trematódeos do fígado transmitidos por peixe cru. Um verme pode viver por
8 anos.
Os platelmintos parasitas.

Trematoda:

Trematódeos adultos variam de


0,2 mm a 6 cm de comprimento.
São em geral achatados
dorsoventralmente.

Possuem uma ventosa oral que


serve para fixação e transporte
de alimento à boca.

Em alguns casos há uma ventosa


ventral-mediana ou posterior.

Corpo coberto pela neoderme


(Neodermata) – provê proteção
contra enzimas do hospedeiro.
Trematoda

Outro trematódeo bastante conhecido é o pertencente aos


Schistosomatidae, espécies que produzem a doença humana conhecida
como esquistosomose.

Schistosoma mansoni é uma das muitas espécies parasitas de seres


humanos.

Os adultos vivem em veias do intestino e bexiga. Macho e fêmeas


permanecem pareados por toda a vida.

Quando depositados os ovos nas veias do intestino, estes perfuram-nas e


atingem o lúmen do intestino e são eliminados pelas fezes.

Se a defecação ocorre na água, os ovos eclodem e os miracídios


escapam.

Os miracídios buscam então uma espécie em particular de caramujo de


água doce
Trematoda

Quando penetram no caramujo, eles se transformam em esporocistos que


podem gerar uma segunda geração de esporocistos (multiplicam-se)

Estes passam então pelo estágio de rédia e transformam-se em cercárias.

As cercárias deixam o hospedeiro molusco e entram em contato com a


pele humana, perfurando e penetrando-a.

Os esquistossômulos (juvenis) passam pela corrente sangüínea, passam


pelos pulmões, fígado, até atingirem as veias do intestino e bexiga. Neste
trajeto transformam-se em adultos.

A esquistosomose é uma doença debilitante que pode ser letal. Estima-se


que no mundo cerca de 300 milhões de pessoas estejam infectadas por
uma das três espécies de Schistosoma.
CERCOMEROMORPHA - MONOGENEA
São cerca de 11.000 espécies,
principalmente ectoparasitas de
vertebrados aquáticos, em especial
peixes.

Possuem um grande órgão de fixação


posterior denominado de haptor, com
ganchos e ventosas.

Possuem tamanho de 1 a 5 mm, mas


alguns alcançam cerca de 20mm.

O ciclo de um monogêneo difere dos


Digenea por não existirem
hospedeiros intermediários, e um ovo
dá origem a apenas um verme adulto.
O ovo se desenvolve em um oncomiracídio com ganchos.

O corpo do adulto é dividido em cabeça, tronco e haptor.

No sistema digestivo dos monogêneos, a faringe secreta proteinase que


digere a pele do hospedeiro, permitindo o parasita ingerir sangue e restos
celulares.

Várias espécies de Dactylogirus são ectoparasitas comuns de vários


peixes de água doce.

Dactylogirus pode ser um problema sério em larvicultura de peixes,


causando alta mortalidade por infecções secundárias, ou por asfixia por
excesso de muco ou perda de sangue.

Ovos do parasita são liberados na água e os oncomiracídios infectam os


peixes.

Uma maior quantidade de ovos é liberada com um aumento da


temperatura da água (problema no verão).
Um último táxon evolutivamente mais derivado dentre os platelmintos, são
as 3.400 espécies endoparasitas do trato digestivo de vertebrados, os
CESTODA, ou tênias.

Tênias são platelmintos em forma de fita que possuem o corpo dividido em:

Escólex, que está adaptado para a fixação ao hospedeiro – possui


ventosas ou ganchos.

Seguindo o escólex encontra-se o colo estreito (zona de crescimento com


células tronco)

O estróbilo segmentado constitui a maior parte do corpo do verme – cada


segmento do tronco recebe o nome de proglótide. Estrobilização, número
enorme de ovos.

Solitárias podem chegar a medir cerca de 25 metros de comprimento.


Como são parasitas que muitas vezes não envolvem a fase aquática,
serão considerados aqui somente as fases que envolvem um ciclo
aquático, como é o caso de Diphyllobotrium.

Diphillobotrium é um cestóide parasita intestinal de muitos carnívoros que


se alimentam de peixes, incluindo o homem ( Diphyllobotrium latum).

Se os ovos nas fezes são depositados na água, cada ovo se desenvolve


em uma oncosfera, ciliada de natação livre (coracídio) que possui três
pares de pequenos ganchos.

A oncosfera é ingerida por um crustáceo copépode e penetra na parede


intestinal do copépode, onde se desenvolve em um procercóide.

Ao ser comido por um peixe, o procercóide penetra no trato digestivo do


peixe e migra para a musculatura, onde se desenvolve em uma nova forma
– plerocercóide.

Quando um carnívoro de sangue quente devora este peixe, o


plerocercóide se desenvolve em uma solitária adulta no trato digestivo do
hospedeiro.

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