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ZOOLOGIA

Mamíferos

Os mamíferos destacam-se, principalmente, pela presença de pelos e


pela capacidade de produzir leite. O pelo é uma estrutura que tem origem
dérmica e apresenta como funções o isolamento térmico, protegendo o animal
contra o frio, camuflagem, comunicação e percepção do meio ambiente.

Em relação à produção de leite, é importante destacar que todas as


espécies de mamíferos possuem fêmeas que alimentam seus filhotes com
essa substância. Nos machos, a glândula mamária está presente nos grupos
dos monotremados e eutérios, entretanto, são raros os casos de produção de
leite.

Além das glândulas mamárias, os mamíferos possuem outras glândulas,


como as sebáceas e as sudoríparas. As glândulas sebáceas produzem uma
substância oleosa denominada de sebo que impermeabiliza e lubrifica o pelo.
Já as glândulas sudoríparas atuam na termorregulação, ajudando no controle
da temperatura do corpo. Mamíferos apresentam também garras, unhas e
cascos, estruturas ricas em queratina que atuam na locomoção, defesa e
ataque desses animais.

Os mamíferos, exceto os da subclasse prototheria, também se destacam


pelos vários tipos de dentes, adaptados às diferentes dietas desses animais.
Os dentes presentes nos mamíferos recebem o nome de incisivos, caninos,
pré-molares e molares. Os mamíferos possuem dois conjuntos de dentição. O
primeiro conjunto é de dentes de leite, e o segundo, de dentes permanentes.
Os molares estão ausentes na dentição de leite.

Os hábitos alimentares dos mamíferos são bem variados. Herbívoros,


carnívoros ou onívoros, as espécies podem se dividir entre essas preferências,
ou ainda fazer uma mistura.
Os mamíferos herbívoros se alimentam de capim, brotos, folhas, frutas e
plantas. Muitos têm preferência por certas partes de plantas ou determinados
frutos, ou tipos de folhas. Alguns herbívoros requerem adaptações de
alimentação especializadas, como ranger os dentes para mastigar material
vegetal resistente. Os mamíferos herbívoros incluem veados, antílopes,

elefantes, zebras, cavalos e coelhos. Os mamíferos herbívoros são divididos


em dois grupos: os herbívoros ruminantes e os herbívoros monogástricos.

Os ruminantes são mamíferos herbívoros que se caracterizam
por mastigar novamente o alimento que retorna do estômago. Esses animais
apresentam também um estômago dividido em quatro compartimentos. São
exemplos de ruminantes, o boi, o carneiro, o veado, o camelo e a cabra.

A divisão do estômago dos ruminantes em compartimentos é de extrema


importância, pois permite um melhor aproveitamento da celulose, um
importante nutriente presente nos vegetais ingeridos por esses animais.

O estômago dos ruminantes divide-se em:

Pança ou rúmen: nesse compartimento, o alimento ingerido e já


mastigado sofrerá a ação de microrganismos que ali vivem. Esses
microrganismos atuam na digestão da celulose. Nesse processo, serão
produzidos também ácidos, vitaminas e alguns gases, como o metano e
o gás carbônico;

Barrete ou retículo: esse é o segundo compartimento para onde o


alimento segue. Aqui sofrerá também a ação de microrganismos que
continuarão com a digestão da celulose. O alimento mistura-se com
saliva por causa da presença de glândulas semelhantes às da boca e é,
então, regurgitado para ser novamente mastigado;

Folhoso ou omaso: após ser novamente mastigado, o alimento


segue para esse terceiro compartimento, onde parte da água presente é
removida e ele será triturado;
Coagulador ou abomaso: nesse compartimento, o alimento e os
microrganismos presentes serão digeridos pela ação de enzimas.

A digestão nos ruminantes encerra-se no intestino, que também


apresenta adaptações. Esse órgão dos herbívoros, em geral, é maior do
que nos carnívoros por causa da maior dificuldade de digestão de seu
alimento.

Os monogástricos são herbívoros com estômagos simples, mas com


intestinos longos, que retardam a passagem dos alimentos e partes digestivas
especializadas com microrganismos para realizar a fermentação.

Por outro lado, outros deste grupo desenvolveram a coprofagia, ou seja,


o consumo de sua própria matéria fecal a fim de passá-la novamente pelo
processo digestivo e assim ingerir nutrientes de forma mais eficiente, pois este
primeiro processo digestivo produz certas vitaminas e substâncias das quais o
animal se aproveita consumindo suas fezes.

Os mamíferos carnívoros se alimentam de outros animais e têm que


localizar, matar e depois comer suas presas. Um predador carnívoro
geralmente está no topo da cadeia alimentar na vida selvagem. Tubarões,
grandes felinos (leões e tigres), hienas e lobos, por exemplo.

Onívoros se alimentam de uma grande variedade de alimentos e são


espécies que comem plantas e animais como sua principal fonte de alimento. A
maioria carece de adaptações especializadas de alimentação. Ao invés disso,
os onívoros requerem flexibilidade comportamental e anatômica para localizar,
processar e utilizar sua ampla gama de alimentos. Os suínos são um exemplo
bem conhecido de um onívoro. Os seres humanos também são onívoros.

Mamíferos não exploraram tão bem o espaço aéreo como fizeram as


aves. Poucos animais se locomovem nesse meio. Os únicos mamíferos
realmente voadores são os Chiroptera (morcegos). Outros realizam saltos
espetaculares (ex: macaco gibão e esquilo voador).
Morcegos adotaram um espaço vazio deixado pelas aves (ex. céu
noturno, cavernas). Maior conquista foi a capacidade de navegação por
ecolocalização (sonar), através do qual se orientam e localizam alimento
(insetos). Durante o voo emitem pulsos numa frequência ultrassônica que
voltam como ecos. Esse eco é identificado pelos ouvidos. Cada eco é recebido
antes que novo pulso seja emitido. Com a aproximação de um objeto (ex.
alimento ou barreira) os intervalos entre emissão e recebimento diminuem,
fornecendo mais informações sobre o objeto. Especialistas dizem que o
morcego pode até formar uma imagem (como se fosse visual) e registrá-la na
memória só com as informações dessa navegação refinada.

Todos os mamíferos apresentam coração com quatro cavidades: dois


átrios e dois ventrículos, característica também presente em aves. O sistema
circulatório é fechado, ou seja, o sangue nunca abandona os vasos, e a
circulação é dupla, ou seja, o sangue passa duas vezes pelo coração. Outro
ponto importante é a presença de hemácias (glóbulos vermelhos) anucleadas.

Os mamíferos possuem respiração pulmonar. Os pulmões desses


animais são esponjosos em virtude da grande quantidade de alvéolos
pulmonares, estruturas em formato de pequenos sacos que são o local para a
realização da hematose. Existe ainda a presença do músculo denominado de
diafragma, que separa a cavidade torácica da abdominal e garante a eficiência
do processo de inspiração e expiração.

O sistema urinário é composto por dois rins, onde é formada a urina.


Dos rins, a urina parte pelos ureteres até a bexiga, onde é armazenada até o
momento da eliminação pela uretra.

No que diz respeito aos sistemas sensoriais, os mamíferos destacam-se


por seu encéfalo bem desenvolvido. Além disso, possuem uma audição e olfato
muito acurados. A visão nesses organismos é menos eficiente do que em
outros grupos, como as aves.

O esqueleto dos mamíferos também conta com algumas distinções dos


outros grupos, como a presença de ouvido interno com três ossículos (martelo,
estribo e bigorna), e ossos pélvicos fundidos. Além disso, a estrutura destes
animais conta com pálpebras móveis, para proteção dos olhos.

Chifres e cornos: os chifres são caráter derivados presentes nos veados


(família Cevidae). São estruturas ósseas perdidas e substituídas anualmente, e
sua função é ser utilizada em disputa entre indivíduos. Animais com chifres
maiores são mais respeitados dentro do grupo. Por outro lado, os cornos são
formados por tecidos epidérmicos (queratina) ou com algum suporte ósseo
revestido por pele, como no caso das girafas. Os cornos da família Bovidae
(bois, por exemplo) são perenes, ou seja, não são trocados anualmente.

Os mamíferos são animais que apresentam sexos separados e a


fecundação é sempre interna. Existem espécies ovíparas e espécies vivíparas.

São divididos em três subclasses, que são: methateria (marsupiais),


eutheria (mamíferos placentários) e prototheria (monotrêmata).

Methateria (marsupiais): Os animais pertencentes à subclasse Metatheria são


muito conhecidos como marsupiais e os seus representantes mais conhecidos
são cangurus e coalas encontrados na Austrália; e gambás e cuícas
encontrados na América do Sul.

O nome marsupial vem do termo marsúpio, que denomina uma bolsa de


pele que as fêmeas desses animais têm em seu ventre, utilizada para carregar
seus filhotes e onde são encontradas as glândulas mamárias. Há espécies
de marsupiais que apresentam essa bolsa somente no período reprodutivo,
enquanto que em outras ela está totalmente ausente.

A gestação desses animais é bem curta, durando de 13 a 35 dias.


Quando o filhote ainda imaturo nasce, ele se agarra aos pelos da mãe e se
desloca até o marsúpio, onde começa a mamar até completar seu
desenvolvimento, que pode levar de semanas até meses. Nas espécies onde o
marsúpio está ausente, os filhotes ficam agarrados aos mamilos das mães
entre dobras de pele do seu ventre.
Eutheria (mamíferos placentários): Os eutérios, também chamados
de mamíferos placentários, são o maior grupo da classe dos mamíferos,
compreendendo aproximadamente cinco mil espécies, ou seja, 95% das
espécies de mamíferos. Os eutérios podem ser encontrados nos mais variados
ambientes e com uma grande diversidade de adaptações.

Os filhotes desses animais completam seu desenvolvimento embrionário


no útero materno, no interior da placenta. É através do cordão umbilical que se
liga à placenta que o embrião recebe nutrientes e oxigênio e elimina gás
carbônico e excreções. Além da placenta também estão presentes o córion, o
âmnio, a alantoide e o saco vitelínico. Após o parto, a placenta se desprende
do útero e é eliminada. Após o nascimento, os filhotes recebem o cuidado das
mães, responsáveis pela amamentação. 

Prototheria (monotrêmata): Tais indivíduos, dotados de pelos e


glândulas mamárias, botam ovos, ou seja: são ovíparos. Entretanto,
diferentemente do que ocorre nos répteis e aves, o ovo permanece por certo
tempo dentro do corpo da mãe, de onde retira e recebe nutrientes.

Além disso, não possuem ânus, apresentando apenas uma abertura


para a reprodução e também para eliminação de fezes e resíduos
nitrogenados: a cloaca. Não possuem dentes quando adultos, e nem tetas ou
mamilos, sendo o leite expelido pelas glândulas e lambido pelos filhotes. Estes
terão assistência de pelo menos um dos pais durante certo tempo da vida, ou
seja: estes animais desenvolvem cuidado parental.
https://www.preparaenem.com/amp/biologia/euterios.htm

https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/subclasse-
metatheria.htm#:~:text=Os%20animais%20pertencentes
%20%C3%A0%20subclasse,encontrados%20na%20Am%C3%A9rica%20do
%20Sul

https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/subclasse-prototheria.htm

https://www.biologianet.com/zoologia/mamiferos.htm

https://www.biologianet.com/zoologia/animais-ruminantes.htm#:~:text=Os
%20animais%20ruminantes%20s%C3%A3o%20mam%C3%ADferos,o
%20camelo%20e%20a%20cabra.

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