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Características das aves

As aves constituem um grupo de animais normalmente lembrado pelo voo e canto de


alguns de seus representantes. Encontradas em praticamente todo o globo, são
descritas na atualidade aproximadamente 12 mil espécies, que variam em forma, cor e
tamanho. Só no Brasil, são encontradas cerca de 1825 espécies de aves.

Uma das características mais marcantes desse grupo é a presença de penas, uma
estrutura epidérmica exclusiva das aves que, além de facilitar o voo, ajuda na
conservação do calor do corpo, favorece a comunicação entre indivíduos e pode até
mesmo ajudar algumas espécies na camuflagem, atuando, desse modo, como uma forma de
defesa contra predadores.

As penas são lubrificadas por uma substância lipídica produzida por uma glândula
localizada na região da cauda e denominada uropigiana. É possível observar
constantemente algumas aves passando o bico na glândula e posteriormente sobre seu
corpo para que a substância seja espalhada.

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Além das penas que auxiliam no voo das aves, estas possuem um esqueleto muito bem
adaptado para essa função. Os ossos desses animais são bastante porosos (ossos
pneumáticos) quando comparados com os de outros vertebrados. Isso faz com que essa
estrutura seja mais leve que as outras, diminuindo o peso do corpo e favorecendo o
voo.

Ainda em relação ao esqueleto, em aves que voam é possível observar o osso esterno
com uma quilha, estrutura que possui papel crucial para a locomoção dessas
espécies. É na quilha, também chamada de carena, que se ancoram os músculos
peitorais, que ajudam na movimentação das asas. Vale lembrar, no entanto, que nem
toda ave voa.

Estrutura esquelética de uma ave


A quilha do esterno ou carena é o osso onde se prendem os músculos peitorais que
ajudam no voo.
No que diz respeito à alimentação das aves, elas possuem sistema digestório
completo e dieta variada. Cada ave possui um tipo de bico específico e diretamente
associado ao alimento ingerido. Esses bicos não apresentam dentes, mais uma
característica que ajuda na redução do peso corpóreo.

Duas estruturas merecem destaque no sistema digestório das aves: o papo e a moela.
O papo é uma região do esôfago na qual parte do alimento fica armazenada e
umedecida. Já a moela é uma espécie de estômago mecânico, uma vez que os alimentos
são triturados sem o auxílio de enzimas. Nesse local é comum encontrar pequenas
pedras que o animal ingere para auxiliar na trituração dos alimentos. O estômago
químico é chamado de proventrículo. Nas aves, o sistema digestório termina na
cloaca, na qual também terminam o sistema excretor e o reprodutor.

Anatomia de uma galinha


Observe as principais estruturas presentes na anatomia de uma galinha.
O sistema excretor é formado por rins, e a substância excretada é o ácido úrico.
Nesses animais, há a ausência de bexiga urinária, sendo assim, dos rins o material
excretado é levado pelos ureteres até a cloaca, na qual é eliminado com as fezes.
Em algumas espécies, existem glândulas de sal, cuja função principal é a eliminação
de grande quantidade de sal. Essa estrutura é comum em aves marinhas.

A respiração das aves acontece graças a pulmões. Nesses órgãos, ligam-se os sacos
aéreos, que não realizam trocas gasosas, porém atuam reduzindo o peso do corpo das
aves e funcionam como uma reserva de ar. É no sistema respiratório das aves, mais
precisamente na bifurcação dos brônquios, que se encontra a siringe, órgão
responsável pela produção do canto desses animais.
O sistema circulatório é formado por um coração com dois átrios e dois ventrículos,
que impedem a mistura de sangue rico em oxigênio com o sangue desoxigenado. A
circulação é chamada de dupla e completa. As aves destacam-se ainda por serem
animais endotérmicos, ou seja, são capazes de usar o calor metabólico para manter
sua temperatura corporal constante.

O sistema nervoso é composto por um encéfalo e nervos. Em relação aos sentidos das
aves, elas destacam-se por sua visão e audição bastante aguçadas. A visão desses
animais é em cores, possuem amplo campo visual, e, para protegerem seus olhos
durante os voos, possuem uma membrana fina, chamada de nictitante, que os protege.
Além disso, algumas aves são capazes de perceber campos magnéticos, que as ajudam
nas grandes migrações.

Veja também: Tipos de respiração dos animais

Como as aves voam?


Tucano, ave que possui um grande bico, sobrevoando uma paisagem verde
Apesar de grande, o bico do tucano é bastante leve e não prejudica o voo desse
animal.
O voo é uma característica marcante no grupo das aves, entretanto, nem todas as
espécies de aves apresentam essa capacidade. Aves como avestruz, casuar, emu, kiwi
e pinguim não apresentam capacidade de voo.

A seguir, citaremos as principais adaptações que as aves apresentam para o voo:

Presença de penas.

Presença de esqueleto formado por ossos ocos, os quais reduzem o peso do animal.

Membros anteriores modificados em asas.

Corpo aerodinâmico.

Osso esterno expandido em quilha, no qual estão presos os músculos peitorais


responsáveis pelo batimento das asas.

Bicos desprovidos de dentes, o que reduz o peso da cabeça.

Pulmões compactos e presença de sacos aéreos.

Ausência de bexiga urinária, o que torna o corpo do animal mais leve.

Todas as aves são ovíparas, o que também ajuda na redução do peso do animal.

Alimentação das aves


As aves podem ser carnívoras, herbívoras ou então onívoras, apresentando uma grande
diversidade de hábitos alimentares. Como salientando, para cada tipo de alimento, a
ave conta com um diferente tipo de bico. O bico do beija-flor, por exemplo, é
longo, garantindo que essa ave seja capaz de se alimentar do néctar das flores. Já
os periquitos apresentam bico curvo e forte que permite quebrar sementes. O gavião,
por sua vez, possui bico que permite rasgar a carne de suas presas.

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