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ARTRÓPODES

O FILO DOS ARTRÓPODES (GR. ARTHROS =


ARTICULADO + PODA = PÉ) CONTÉM A MAIORIA DOS
ANIMAIS CONHECIDOS (MAIS DE 3 EM CADA 4
ESPÉCIES ANIMAIS), MAIS DE 1 MILHÃO DE ESPÉCIES,
MUITAS DAS QUAIS EXTREMAMENTE ABUNDANTES EM
NÚMERO DE INDIVÍDUOS.
CARACTERÍSTICAS

• Do grego arthros, articulação, e podos, pé, perna.


• - É o filo mais diversificado do planeta.
• - Os mais conhecidos são os insetos, crustáceos e aracnídeos.
• - O sucesso da “estratégia artrópode” é atribuído
principalmente ao esqueleto corporal externo,
• o exoesqueleto, que protege o corpo do animal como uma
armadura articulada.
• - O exoesqueleto fornece pontos de apoio firmes para a ação
dos músculos, tornando a movimentação muito eficiente.
• - Outros motivos de sucesso, sobretudo para os insetos, foram
a respiração aérea e a capacidade de voar, que permitiram
explorar e colonizar praticamente todos os ambientes de
terra firme.
CARACTERÍSTICAS

• - São triblásticos.
• - Celomados.
• - Simetria bilateral.
• - Sistema digestório completo.
• - Corpo segmentado.
• - Na maioria dos artrópodes, ocorre a fusão dos
metâmeros para formar certas partes do corpo,os
tagmas.
CLASSIFICAÇÃO

• A classificação dos artrópodes reflete a grande


diversidade do filo. Isso a torna bastante complexa,
envolvendo inúmeros grupos e subgrupos taxonômicos.
O que veremos a seguir é uma simplificação desta
classificação, na qual os artrópodes atuais podem ser
divididos em:
Classe Insecta
• Classe Arachnida
• Classe Crustacea
• Classe Chilopoda
• Classe Diplopoda
EXOESQUELETO

• O exoesqueleto é o esqueleto externo dos artrópodes. Ele


dá sustentação e proteção ao corpo do animal, sendo uma
barreira física entre as partes moles do corpo e o ambiente,
e evita também a perda de água.
• A quitina que compõe o exoesqueleto é um material
extraordinário. Pode constituir uma verdadeira armadura,
como ocorre nos crustáceos (nos quais o exoesqueleto é
impregnado com grande quantidade de sais de cálcio), mas se
mantém fina e flexível nas juntas e articulações, facilitando os
movimentos. Como a quitina é rígida e impermeável,
proporciona sustentação, proteção mecânica e atua contra a
desidratação, o que representa uma importante adaptação à
vida em meio terrestre.
EXOESQUELETO

• A quitina também é componente das peças bucais, das asas, de partes de


vários órgãos sensoriais, e até mesmo da lente do olho do artrópode.

Entretanto, o exoesqueleto é inflexível, constituído por material não-vivo, e
reveste completamente todo o corpo. Isso limita o crescimento do animal.
Para que um artrópode possa crescer, o esqueleto antigo deve ser
periodicamente eliminado e substituído por outro mais novo e maior.
• A eliminação do velho esqueleto e formação de um novo é conhecida como
muda ou ecdise. Neste processo, o animal secreta uma nova cutícula, bastante
mole, e, depois de romper a velha cutícula através de uma fenda, sai de dentro
dela.
• Enquanto a nova cutícula estiver mole e expansível, o animal cresce
bombeando ar ou água para seu interior. Quando finalmente a cutícula
endurece, ar ou água são substituídos por um real crescimento de tecidos. A
muda é perigosa, pois o animal que acabou de realizá-la torna-se vulnerável a
predadores e também à perda de água, no caso dos animais terrestres. Assim,
muitos artrópodes buscam refúgio até que a nova cutícula tenha endurecido.
EXOESQUELETO

• O período entre duas mudas sucessivas é conhecido como


intermuda, durante o qual o crescimento do animal é muito lento,
feito às custas de proteínas e outros compostos orgânicos
sintetizados, repondo os fluidos absorvidos após a ecdise.
• O grande aumento de tamanho e peso ocorro no período
imediatamente seguinte à muda, quando a cutícula mole pode ainda
ser distendida. Assim, o crescimento dos artrópodes tem uma certa
continuidade, embora com variações de intensidade. A duração das
intermudas torna-se maior à medida que o animal envelhece. Alguns
artrópodes, como as lagostas e a maioria dos caranguejos, continuam
sofrendo mudas durante toda a vida. Outros, como os insetos e as
aranhas, cessam as mudas quando atingem a maturidade sexual.
• A muda é controlada por hormônios, como a ecdisona, secretados
por glândulas especiais, e que circulam pela corrente sangüínea,
atuando diretamente sobre as células epidérmicas. Há inclusive
hormônios encarregados de regular a produção de ecdisona.
GRÁFICO DO CRESCIMENTO DE
UM ARTRÓPODE
CRESCIMENTO DOS ARTRÓPODES
FUNÇÕES

• Nutrição e Digestão
• De forma geral, o tubo digestivo dos artrópodes é completo.
Algumas variações podem surgir, dependendo do animal. Entre os
insetos, por exemplo, o tubo digestivo é formado por: boca;
faringe muscular; esôfago curto, associado a glândulas
salivares, produtoras de secreções que umedecem o alimento;
papo grande para armazenamento; moela ou proventrículo
para trituração mecânica; estômago, ligado a cecos gástricos
glandulares, que secretam sucos para a digestão química;
intestino, área de maior absorção alimentar; reto, onde é feita a
absorção final de água; e ânus.
Nos aracnídeos, o tubo digestivo é pouco diferente, contendo um
estômago sugador, operado por músculos, que atua na
absorção dos fluidos corporais da presa, seguido de um
estômago químico, onde é feita a digestão enzimática.
SISTEMA DIGESTÓRIO
SISTEMA DIGESTÓRIO
RESPIRAÇÃO

• Nos artrópodes, podem ser encontrados três tipos diferentes de estruturas


respiratórias:

• • as brânquias são típicas das formas que predominam nos ecossistemas aquáticos, os
crustáceos. São constituídas por filamentos muito finos, repletos de vasos sangüíneos,
e realizam as trocas gasosas diretamente da água. As brânquias ficam frequentemente
alojadas em câmaras branquiais, permanentemente cheias de água, o que permite a
respiração do animal mesmo quando está em terra. É por isso que siris e caranguejos
podem se deslocar temporariamente pelo ambiente terrestre. O número de brânquias
varia de acordo com o tipo de crustáceo.

• • as traquéias formam um sistema de tubos aéreos, revestidos por quitina, que


conduzem o ar diretamente aos tecidos do corpo. O fluxo do ar é regulado pela
abertura e pelo fechamento de poros especiais situados no exoesqueleto,
denominados estigmas. Existem em insetos, aracnídeos, quilópodes e diplópodes. Na
respiração traqueal, o sangue não participa; todo o transporte gasoso é feito pelas
traquéias.
RESPIRAÇÃO - CONTINUAÇÃO

• as filotraquéias ou pulmões foliáceos são estruturas exclusivas dos


aracnídeos, sempre existindo aos pares. Cada pulmão foliáceo é uma
invaginação (reentrância) da parede abdominal ventral, formando uma
bolsa onde várias lamelas paralelas (lembrando as folhas de um livro
entreaberto), altamente vascularizadas, realizam as trocas gasosas
diretamente com o ar que entra por uma abertura do exoesqueleto. A
organização das filotraquéias lembra a das brânquias, com a diferença de
que estão adaptadas à respiração aérea. Algumas aranhas pequenas e os
carrapatos têm, apenas, respiração traqueal.
RESPIRAÇÃO
RESPIRAÇÃO
CIRCULAÇÃO

• O sistema circulatório dos artrópodes é do tipo aberto, no qual o


sangue deixa os vasos e passa a fluir por espaços livres entre os
tecidos, as lacunas ou hemoceles.
• O coração muscular fica situado dorsalmente e bombeia o sangue
para todo o corpo. Aracnídeos e crustáceos possuem sangue quase
incolor, contendo hemocianina como pigmento respiratório,
responsável pelo transporte gasoso.
• Insetos, quilópodes e diplópodes possuem o sangue totalmente
incolor, denominado hemolinfa, desprovido de pigmentos e
responsável apenas pelo transporte alimentar, uma vez que o oxigênio
chega diretamente aos tecidos pelo sistema traqueal. Isso pode
explicar o fato de, apesar da circulação aberta, com menor pressão
sangüínea e fluxo mais lento, os movimentos serem rápidos. Há uma
completa independência entre respiração e circulação nos insetos.
SISTEMA CIRCULATÓRIO
SISTEMA NERVOSO
REPRODUÇÃO

• Os artrópodes, em geral, são dióicos. As formas


terrestres têm fecundação interna, utilizando
apêndices modificados na copulação. Já as formas
aquáticas podem realizar externa ou interna. A
maioria das formas apresenta estágio larval, sendo
o estágio adulto atingido através de metamorfose.
Mecanismos de corte precedem a copulação em
diversas formas.
REPRODUÇÃO
CLASSE INSECTA

• têm o corpo dividido em cabeça, tórax e abdome.


• Apresentam um par de antenas e três pares de patas.
• Podem ter asas, sendo os únicos invertebrados capazes de
voar.
• Representam cerca de 90% de todos os artrópodes
(aproximadamente 900 mil espécies).
• Entre os representantes mais conhecidos, podem ser
citados os gafanhotos, formigas, besouros e borboletas.
CLASSE INSECTA
CLASSE INSECTA

• Os insetos perfazem mais de 1 milhão espécies


(fato que justifica uma ciência para os estudar –
entomologia), sendo os mais abundantes, mais
bem sucedidos e mais diversamente distribuídos
dos animais terrestres. No entanto, estima-se que
possam existir entre 5 e 10 milhões.
CARACTERIZAÇÃO DOS INSETOS

• As principais características dos insetos incluem cabeça,


tórax e abdome distintos, todos com função determinada.
• A cabeça suporta o aparelho bucal, cuja forma e
composição pode ser muito variada, e a maioria dos órgãos
sensoriais (olhos e antenas). Apresenta, assim, os seguintes
apêndices:
• um par de antenas;
• armadura bucal - formada por peças especializadas
em mastigar, sugar ou lamber e que inclui:
• um par de mandíbulas;
• um par de maxilas;
CARACTERIZAÇÃO DOS INSETOS

• O tórax, importante para a locomoção, tem 3


segmentos, cada um com um par de apêndices
locomotores e geralmente 2 pares de asas (ou apenas
um par ou nenhum), que não são mais que expansões
dorsais do revestimento do corpo.
• O abdome com 11 segmentos no máximo e apresenta
os sistemas vegetativos (digestão e excreção, por
exemplo) e reprodutores. Não contém apêndices
embora as partes terminais estejam modificadas como
genitália externa.
CLASSE INSECTA

• Aparelhos bucais
• Associado à boca destes invertebrados existe um conjunto de
peças, chamado, aparelho bucal. Sua forma varia de acordo com
os hábitos alimentares de cada tipo de inseto. Os aparelhos
bucais podem ser classificados em cinco tipos, segundo sua
função. São os seguintes:
• - sugador => no caso da mosca e da borboleta;
- picador-sugador => no caso dos mosquitos e dos
piolhos;
- mastigador ou triturador => no caso do gafanhoto, do
grilo, da barata e dos besouros;
- pungitivo => o caso das cigarras; e
- lambedor-sugador => no caso das abelhas.
APARELHOS BUCAIS
METAMORFOSE NOS INSETOS

• Chama-se metamorfose o conjunto de transformações externas e


internas que o inseto sofre desde o ovo até o estágio adulto.
• Os insetos que passam por uma metamorfose muito simples, pois já
nascem com o aspecto dos adultos, chamam-se ametábolos - a traça é
um exemplo.
• Os insetos de metamorfose incompleta, ou hemimetábolos, são ninfas
em seus estágios iniciais. Una ninfa é quase sempre muito parecida ao
estágio adulto – chamado imago-. Por exemplo: eles já têm olhos como
os adultos, e não ocelos como as larvas; já têm patas verdadeiras; e
esboços de asas. Esse tipo de desenvolvimento aparece nos percevejos,
nos gafanhotos, nos pulgões...
• Por último, os que passam pela metamorfose completa (holometábolos)
atravessam várias etapas. No estado larval eles são muito diferentes dos
adultos: não têm olhos compostos, nem patas, nem esboços de asas.
METAMORFOSE
OS INSETOS E O SER HUMANO

• Aspectos positivos
• Algumas espécies têm papel fundamental na
polinização de flores. Ex: abelhas.
• Muitos insetos são usados em técnicas de controle
biológico, auxiliam o homem no combate a espécies
nocivas. Ex: joaninha.
• Aspectos negativos
• Ataque a plantações. Exs: bicudo, pulgão, etc.
• Transmissão de doenças.
• Prejuízos domésticos. Exs: traças, cupins.
INSETOS
CRUSTÁCEOS

• Os crustáceos (do latim crusta, ‘crosta’) são artrópodos


caracterizados principalmente pelo corpo protegido por
uma crosta formada pelo espesso exoesqueleto quitinoso
(casca de camarão), a qual ainda é freqüentemente
impregnada de sais calcários (casca de siri). Durante a muda
para o crescimento, os crustáceos largam a sua crosta e,
durante um certo período, apresentam-se desprotegidos. É
o que se observa com o popular "siri mole", encontrado nas
praias ou escondido nas pedras.
CARACTERÍSTICAS DOS
CRUSTÁCEOS
• Corpo revestido por uma crosta quitinosa freqüentemente impregnada de sais
calcários.
• Divisão do corpo em dois segmentos: o cefalotórax (cabeça e tórax) e o
abdome.
• Presença de dois pares de antenas (são tetráceros), sendo um par de antenas e
um par de antênulas, ambos com funções sensoriais de tato e olfato.
• Olhos pedunculados ou sésseis.
• Número de patas variável de acordo com as espécies, notando-se, contudo,
a distinção entre patas ambulacrárias ou andadoras (grandes e situadas no
cefalotórax) e patas natatoriais (pequenas e situadas nos anéis do abdome).
• Respiração braquial realizada por brânquias situadas na base das patas
ambulacrárias.
• Excreção feita por glândulas verdes ou antenais, localizadas na parte
anterior do corpo (região da cabeção), abrindo-se para o exterior na base de
uma saliência rígida e pontiaguda chamada rostro.
CARACTERÍSTICAS DOS
CRUSTÁCEOS - CONTINUAÇÃO
• Circulação aberta (lacunosa) e sangue com
hemocianina (pigmento respiratório de cor azul
contendo cobre) dissolvida no plasma.
• Reprodução sexuada e evolução por etapas com mudas
periódicas.
• Subdivisão em duas subclasses: Entomostraca
(microcrustáceos ou espécies minúsculas) e Malacostraca
(crustáceos mais desenvolvidos).
MORFOLOGIA EXTERNA

• A Cabeça é formada pela fusão de 5 segmentos, cada um deles com 1 par de


apêndices bifurcados. Há 2 pares de antenas (tetráceros), 1 par de mandíbulas e 2
pares de maxilas.
• O Tórax apresenta segmentos com número variável, podendo estar fundidos ou
não. Seus apêndices são divididos em dois grupos, Maxilípedes e Pereiópodes. Os
Maxilípedes servem para a apresentação de alimento e ainda funcionam como
elementos tácteis, quimioreceptores e respiratórios. Os Pereiópodes, ou patas
locomotoras, formam nos primeiros segmentos, a pinça ou quela, usada para ataque
ou defesa.
• No Abdômen, os segmentos não são fundidos e seus apêndices são: Pleiópodes e
Urópodes. Os Pleiópodes são natatórios e, nos machos, o primeiro par é
transformado em órgão copulador; os Urópodes são chamados também
natatórios, formados por lâminas alargadas, que nas fêmeas, protegem os ovos. O
último segmento é o Telson.
MORFOLOGIA EXTERNA -
CONTINUAÇÃO
• . Sistema Digestivo
• É completo e a digestão é extra-celular. É comum a existência de um
estômago mastigador: o molimete-gástrico. Nos crustáceos mais simples
(microcrustáceos) há eficientes mecanismos de filtragem de água para a coleta
de nutrientes e de organismos do fitoplâncton.
• . Sistema Sensorial
• Os órgão sensoriais são bem desenvolvidos. Os olhos podem ser simples ou
compostos, sésseis ou pedunculados. Os olhos compostos são formados por
muitas unidades, os omatídeos.
• Há órgãos de equilíbrio, os estatocistos, na base das antenas e órgão tácteis
e olfativos, especialmente na região da cabeça.
• . Reprodução
• A maioria é unissexuada e as aberturas genitais encontram-se na parte
ventral.
MORFOLOGIA EXTERNA -
CONTINUAÇÃO
HABITAT DOS CRUSTÁCEOS

• São animais predominantemente aquáticos, marinhos e


dulcícolas.
• Podem viver na areia das faixas litorâneas (caranguejo), em
terra úmida(tatuzinho-de-jardim), e algumas espécies, como
as cracas, vivem fixas às rochas, pilares de pontes, cascos de
navios, etc.
CARANGUEJO E SIRI
ARACNÍDEOS

• Esta classe compreende artrópodes


incorretamente confundidos com os insetos. Mas
distinguem-se deles nitidamente pela divisão do
corpo, pelo número de patas e pela ausência de
antenas. Como aracnídeos, são englobados as
aranhas, os escorpiões, os carrapatos, os pseudo-
escorpiões e os opilões.
ARACNÍDEOS
ARACNÍDEOS

• Principais características
• Corpo dividido em cefalotórax e abdome.
• Possuem quatro pares de patas (animais octópodes).
• Ausência de antenas (são áceros).
• Presença de palpos (apêndices semelhantes a patas, mas sem
finalidade de locomoção; servem para prender vítimas e
alimentos ou possuem função sexual).
• Muitas espécies venenosas e perigosas. Outras são parasitas
(sarna, acne, carrapatos), ocorrendo, através de algumas, a
transmissão de doenças infecto-contagiosas.
• Na maioria, a respiração por filotraquéias ou pulmões-livro.
• São a maioria terrestres, vivendo sob troncos, pedras, buracos no
solo, em vários habitats, desde o nível do mar até altas
montanhas.
ARACNÍDEOS

• Araneídeos
• Engloba todas as aranhas.
• Corpo com cefalotórax ligado ao abdome globoso por um istmo ou
pedículo muito delgado. Dois pares de apêndices ao redor da boca: o
primeiro par são as quelíceras (órgãos inoculadores de veneno), que
servem para capturar e paralisar a presa; o segundo par são os
pedipalpos, servem para o corte e mastigação; nos machos, a
extremidade dilatada dos pedipalpos serve para armazenar e transferir
espermatozóides para o corpo das fêmeas.
• Pulmões foliáceos ou pulmões-livro (filotraquéias).
• Algumas vivem em teia. Possuem glândulas secretoras da substância que
forma o fio e tecem a teia com as fiandeiras, localizadas na parte terminal
do abdome.
• Outras são errantes e vivem em buracos no solo ou sob pedras e paus
podres. Habitam todos os climas, desde as praias, os desertos e as
florestas até as montanhas.
• Há espécies com veneno de ação dolorosa, necrosante e, às vezes,
mortal.
MORFOLOGIA DAS ARANHAS
ARACNÍDEOS

• Escorpinídeos
• O corpo é dividido em cefalotórax e abdome
• Cefalotórax — onde se localizam as quelíceras, que servem para
triturar o alimento, os pedipalpos, atuam como pinças preensoras, e
quatro pares de patas.
• Abdome ¾ localizam-se as glândulas de veneno, numa dilatação
denominada télson, portadora do aguilhão.
• Respiração por filotraquéias.
• Comuns nos locais de clima quente ou temperado. Há diversas
espécies com dimensões e coloridos muito variados.
• As espécies mais comuns são o Tytius bahiensis e o Tytius serrulatus.
ESCORPIÕES
ARACNÍDEOS

• Os ácaros (do latim acarus, ‘carrapato’) compreendem pequenos


artrópodes de corpo mal delimitado, pois o cefalotórax e o abdome
parecem fundidos numa peça única globosa ou achatada, discóide.
• Muitas espécies atuam como parasitas de plantas diversas.
• Outras parasitam animais diversos, inclusive o homem. Ex: Sarcoptes
scabiei (causador da sarna por sua multiplicação e irritação das
camadas profundas da pele) e Demodex folliculorum (encontrado nos
folículos pilosos e glândulas sebáceas da pele humana, agravando as
manifestações de acne ou cravo).
• Existem ainda os ácaros que se nutrem de matéria orgânica em
decomposição, de pêlos, de penas e de resíduos epiteliais. Ex: O
Dermatophagoides farinae.
• Entre os ácaros conhecidos como carrapatos, estão os hematófagos,
que sugam o sangue de animais selvagens e domésticos e também do
homem.
ARACNÍDEOS - CONTINUAÇÃO

• Opiliões
• Artrópodes frágeis, com certa semelhança com as aranhas, mas
dotado de corpo muito pequeno e pernas exageradamente
longas.
• Inofensivos.
• Vivem em cantos das casas e nos banheiros velhos.
• Em função das pernas muito longas, apresentam um andar
bamboleante.
• Exemplo: Phalalgium sp., vulgarmente conhecido como opilião ou
budum.
OPILIÕES
ÁCAROS
ARACNÍDEOS

• FUNÇÕES
• Sistema Digestivo
• É do tipo completo e a digestão é extra-celular e extra-intestinal, nas aranhas, onde seus sucos
digestivos são injetados no corpo das presas (local onde é feita a digestão do animal).
• A aranha não devora uma presa, pois apenas pode absorver líquidos. Injeta-lhe saliva e depois aspira o
líquido resultante da digestão dos órgãos da presa.
• Sistema Circulatório
• A circulação é lacunar e o coração é dorsal no abdome. O "sangue" é formado por um plasma, contendo
amebócitos e hemocianina como pigmento respiratório. É comum chamar a hemolinfa o líquido
circulatório dos artrópodes.
ARACNÍDEOS - CONTINUAÇÃO

• Sistema Excretor
• A excreção é feita por um par de Tubos de Malpighi, ramificados, e
ainda um ou dois pares de glândulas coxais situadas no assoalho do
cefalotórax (excretam por ductos que se abrem entre as pernas).
• Sistema Nervoso
• Apresentam um cérebro, ligado por um anel nervoso a uma cadeia
ganglionar ventral, semelhante aos insetos.
• Sistema Sensorial
• Como órgão visuais há os ocelos, com função táctil, há os
pedipalpos e há células quimioreceptores nos apêndices.
• Reprodução
• São animais de sexos separados, com diformismo sexual e
fecundação interna. Nas aranhas o macho utiliza o pedipalpo como
o órgão copulador. São ovíparos e vivíparos (escorpiões). Possuem
desenvolvimento direto. Há partenogênese em alguns ácaros.
QUILÓPODES

• Conhecidos como lacraias ou centopéias, os quilópodes são animais terrestres


agressivos. Seu veneno é muito doloroso.
• Têm corpo longo, cilíndrico, ligeiramente achatado dorsoventralmente segmentado em
numeroso anéis, nos quais se prendem as patas articuladas (um par para cada
segmento).
• A divisão do corpo é simples, compreendendo apenas a cabeça e o tronco.
• Além do par de antenas, a cabeça é dotada de peças bucais adaptada para a inoculação
de peçonha e um par de olhos simples.
• Na extremidade posterior do tronco, observa-se um par de apêndices que simulam um
aguilhão, freqüentemente enganando as pessoas, que julgam estar ali o órgão injetor da
peçonha.
• São dotados de sistema digestivo completo.
• A excreção se dá por túbulos de Malpighi.
• Apresentam respiração traqueal.
• São dióicos, com fecundação interna.
• Carnívoros, alimentam-se de insetos diversos.
DIPLÓPODES

• Conhecidos como gongolôs, embuás ou piolhos-de-


cobra, são artrópodes terrestres.
• O corpo dividido em cabeça, um pequeno tórax e um
abdome longo.
• Além de um par de antenas, a cabeça é dotada de
peças bucais e dois ocelos.
• Possuem dois pares de patas em cada anel.
• Organismos dióicos.
• São todos inofensivos, já que não possuem glândulas
secretoras de peçonha.
• Vivem em buracos no solo. Enroscam-se quando
agredidos.
DIFERENCIAÇÃO ENTRE
QUILÓPODES E DIPLÓPODES
Quilópodes Diplópodes
• Apresentam movimentos • Apresentam movimentos
rápidos; lentos;
• São carnívoros; • São herbívoros;
• Têm um par de antenas • Têm um par de antenas
longas; curtas;
• Produzem veneno; • Não produzem veneno;
• Dotados de patas longas; • Dotados de patas curtas;
• Incapazes de enrolar-se; • Capazes de enrolar-se em
espiral;
• Corpo mais achatado;
• Menor número de • Corpo mais circular;
segmentos. • Maior número de segmentos.
DIVISÕES DE CLASSES
Muitos artrópodes são importantes vetores de
várias parasitoses, bacterioses e viroses ...

Flebotomíneos Culicíneos
(leishmaniose) (filaríase)

Triatomíneos
Simulídeos Tripanossomíase
(oncocercíase) americana
Ixodídeos
(Riquetsiose, Babesiose)
Anofelinos
(malária)
Sifonápteros
(peste)
...MAS...
Não esquecer: os artrópodos que passivamente
transmitem parasitas (ovos, cistos, oocistos,
bactérias e virus)

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