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TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS

Todos os seres vivos que utilizam respiração aeróbia utilizam O2 do


meio ambiente e libertam CO2 o ambiente

Os organismos terrestres obtêm o O2 do ar atmosférico e os


organismos aquáticos através do O2 que se encontra dissolvido na
água (e não do oxigénio da molécula de água).
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
O tipo de superfície respiratória varia sobretudo com:
- o tamanho e estrutura do corpo dos organismos;
- a natureza do ambiente em que vivem.

Os animais terrestres possuem vantagens em relação aos animais


aquáticos:
- a água, mesmo saturada de oxigénio, contém apenas 5% deste
gás relativamente a igual volume de ar;
- o aumento da salinidade e da temperatura da água reduz ainda
mais a quantidade de oxigénio dissolvido;

Limitação do animal ao meio terrestre :


- Como os gases são solúveis na água, os animais terrestres têm de
possuir uma superfície húmida.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Seres vivos de menores dimensões Seres vivos de maiores dimensões
Paramécia e minhoca Homem

Apresentam uma relação área Apresentam uma relação área


superficial/ volume elevada superficial/ volume reduzida

Podem obter O2 através da sua A superfície corporal não é suficiente


superfície corporal para a obtenção do O2 necessário.

As trocas gasosas indispensáveis à Necessitam de superfícies


respiração celular ocorrem respiratórias especializadas nas
diretamente com o meio. trocas gasosas (devem ser finas,
extensas e húmidas), uma vez que
nem todas as células contactam
diretamente com o meio
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Ambiente terrestre: algumas Ambiente aquático: algumas dificuldades
dificuldades
Quando expostas ao ar as células O O2 da água tem duas origens: ar
perdem água, desidratando atmosférico e fotossíntese realizada pelos
rapidamente seres aquáticos fotossintéticos.
Alguns animais combatem essa Na água existe menor quantidade de O2
tendência vivendo em locais dissolvido do que no ar (o O2 é pouco solúvel
húmidos (minhoca). na água e esse facto agrava-se quando a
A maioria possui superfícies temperatura e a salinidade aumentam).
impermeabilizantes (quitina nos Por isso são necessárias grandes superfícies
insetos; queratina no Homem), que respiratórias, mesmo nos seres de reduzidas
reduzem as perdas de água. dimensões.
Mas as superfícies Uma vez que não existe perigo de
impermeabilizantes dificultam a desidratação, as superfícies respiratórias
difusão dos gases, por isso os podem ser externas (girinos). Mas mesmo
animais têm de ter superfícies assim, como existe o perigo de se
respiratórias especializadas danificarem, muitos organismos
(pulmões nas aves e nos mamíferos desenvolveram-nas no interior do seu corpo
e traqueias nos insetos) (brânquias, nos peixes)
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
A difusão simples, é o
único processo físico
envolvido no movimento
dos gases respiratórios,
que pode processar-se
de duas formas: difusão
direta e difusão indireta

Difusão direta – as trocas gasosas ocorrem diretamente entre as células e o


meio exterior (superfície respiratória), sem intervenção de um fluído
transportador

Difusão indireta – um fluido circulante transporta os gases respiratórios


entre as células e o meio exterior (superfície respiratória).

Hematose – Troca de gases entre exterior/ superfície respiratória e o fluido


circulante e entre este e as células
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Os animais mais primitivos, com poucas células, com uma
elevada razão área/volume e que apresentam uma reduzida taxa
metabólica, realizam trocas diretas com o meio, por DIFUSÃO
SIMPLES…(O2 vai passando célula a célula – processo é lento, mas
para estes seres é suficiente.

Animais sem sistema respiratório


TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Superfície respiratória é diferente de sistema respiratório

Estruturas/ Locais onde se


Conjunto de órgãos
efetua a troca de gases
envolvidos no
respiratórios entre o meio
movimento de gases e
externo e interno do
nas trocas gasosas!
organismo

NEM TODOS OS ANIMAIS TÊM UM SISTEMA


RESPIRATÓRIO, MAS TODOS ELES POSSUEM UMA
SUPERFÍCIE RESPIRATÓRIA! A minhoca não possui sistema
respiratório; a sua superfície respiratória é a pele….
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Características das superfícies respiratórias

- serem superfícies húmidas ( os gases difundem-


se através das membranas biológicas apenas se
estiverem dissolvidos);

- serem estruturas finas constituídas por uma


camada de células;

- se apresentarem ricamente vascularizadas, no


caso de difusão indireta;

- possuírem uma grande área de contacto ao


meio externo.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Superfícies respiratórias
Superfície corporal - (Hidra, planária)

Tegumento (superfície corporal) - (minhoca, rã)

Traqueia - (insetos)

Brânquias - (peixes)

Pulmões – alvéolos pulmonares (anfíbios, répteis,


aves e mamíferos
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Superfície Corporal

DIFUSÃO DIRETA

Em certos animais a superfície do corpo pode funcionar como órgão de trocas


gasosas, com difusão direta de gases, sem necessidade de um sistema
respiratório diferenciado.

É o caso de animais aquáticos simples como a hidra e a planária


TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
DIFUSÃO DIRETA
Superfície Corporal
A maioria das células contactam diretamente com
a água

A hidra tem apenas duas camadas celulares,


estando o contacto entre as células e a água
garantido. A epiderme contacta diretamente com
a água e a gastroderme realiza trocas com a água
da cavidade gastrovascular.

Na planária a forma achatada proporciona uma


grande superfície relativamente ao volume. Este
facto possibilita que a grande maioria das suas
células contactem diretamente com o meio
externo.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
DIFUSÃO DIRETA
Traqueias - (insetos)

Sistema constituído por uma rede de tubos, as traqueias por onde circula
o ar. O ar penetra nas traqueias através de espiráculos. As traqueias
ramificam-se em tubos mais finos, as traquíolas, que contactam
diretamente com as células. As trocas gasosas dão-se por difusão direta
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
DIFUSÃO DIRETA
Traqueias - (insetos)

O ar entra por orifícios – espiráculos – localizados ao longo do corpo e enche


as traqueias, num fluxo de oxigénio que permite elevadas taxas metabólicas
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
DIFUSÃO DIRETA
Traqueias - (insetos)
O ar entra na traqueia através
dos espiráculos (aberturas na
superfície corporal), percorre as
traqueíolas e entra em contacto
direto com as células

Por este motivo a hemolinfa dos


insetos é “descorada” – é que o
sistema respiratório e
circulatório são completamente
independentes (não há
transporte de gases pelo líquido
circulante).
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Traqueias - (insetos) DIFUSÃO DIRETA

 Os insetos possuem canais


internos ramificados (traqueias) que
abrem para o exterior através de
orifícios (opérculos).
 Um movimento rítmico dos insetos
provoca a abertura dos opérculos e
a entrada e saída de ar para as
traqueias Alguns insetos (voadores,
com mais necessidade de energia)
têm sacos de ar associados às
traqueias, aumentando ainda mais a
quantidade de ar que entra no
sistema e que pode ficar
armazenado.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Tegumento (superfície corporal) DIFUSÃO INDIRETA
Características da pele
que favorecem a
hematose cutânea:

- numerosas glândulas
produtoras de muco que
permitem manter a pele
húmida.
Superfície respiratória

- é muito vascularizada

Possui sistema circulatório


muito próximo da pele
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Tegumento (superfície corporal) DIFUSÃO INDIRETA

A minhoca realiza as trocas gasosas (O2 e CO2) através do seu tegumento,


mas com a intervenção de um fluido transportador - Difusão indireta

Sistema circulatório fechado ( mais eficiente e rápido)


TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Tegumento (superfície corporal) DIFUSÃO INDIRETA

A minhoca não tem sistema respiratório


no entanto, o seu sistema circulatório é
muito eficiente e próximo da superfície
corporal – o O2vai logo para a rede de
capilares abaixo da pele, sendo
transportado pelo sangue a todas as
regiões do corpo);

apesar de terrestre a sua pele (tegumento) tem glândulas


produtoras de muco o qual mantém a humidade!)
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Tegumento (superfície corporal) DIFUSÃO INDIRETA

 Na minhoca o tegumento (pele) é a


superfície respiratória, ou seja, a
superfície através da qual se dão as
trocas gasosas com o meio. Diz-se que
ocorre hematose cutânea.
 Trata-se também de difusão indireta,
pois a hematose cutânea e celular
ocorrem com intermediação de um
líquido circulante em vasos (sangue).
 A hematose cutânea ocorre noutros
animais invertebrados que vivem
em lugares húmidos.
 Alguns vertebrados, como os anfíbios
adultos, utilizam a hematose cutânea
e pulmonar simultaneamente.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Brânquias ou guelras DIFUSÃO INDIRETA

As brânquias ou guelras são os órgãos respiratórios típicos dos


animais aquáticos e, em regra, diferenciam-se em evaginações
da superfície corporal

Estas estruturas, morfologicamente protegidas ou não,


contactam diretamente com água
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Brânquias ou guelras DIFUSÃO INDIRETA

Localização externa

Localização interna
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Brânquias ou guelras DIFUSÃO INDIRETA

São superfícies respiratórias de grande área e ricamente vascularizadas

A água entra pela boca e, depois de passar pela faringe, banha as brânquias,
saindo pelas fendas operculares. A água circula em sentido contrário ao do
sangue no interior dos filamentos branquiais.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Brânquias ou guelras DIFUSÃO INDIRETA

Água passa para a HEMATOSE


Abertura da câmara branquial BRANQUIAL
boca e fecho do onde estão as (o oxigénio
opérculo brânquias dissolvido na
água passa para o
sangue que irriga
as brânquias e o
dióxido de
carbono passa do
sangue para a
água
Abertura do opérculo e
saída da água ( rica em
dióxido de carbono e pobre
em oxigénio)
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Brânquias ou guelras DIFUSÃO INDIRETA

Hematose
Branquial

A disposição das lamelas facilita a hematose branquial na medida em


que o sentido de circulação de sangue nas lamelas é contrário ao fluxo
de água que passa entre elas. À água que entra pela boca do peixe
circula em contracorrente com o sangue da rede de capilares
Este fluxo de água resulta da contínua renovação no interior das
cavidades branquiais, entrando pela boca e saindo pelas fendas
operculares
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Brânquias ou guelras
Mantém-se um coeficiente de
difusão elevado, que permite que
cerca de 80% de O2 da H2O se
difunda para o sangue.
Simultaneamente, e pelo mesmo
mecanismo, o CO2 difunde-se em
sentido contrário.
Existência de mecanismo de
contracorrente é muito
importante pois a quantidade de
O2 dissolvido na H2O é muito
inferior à que existe na atmosfera

O mecanismo contracorrente
permite aumentar a eficiência das
trocas gasosas nas brânquias. O
sangue está sempre a contactar
com água mais rica em O2
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Brânquias ou guelras DIFUSÃO INDIRETA

Este mecanismo contracorrente permite que o sangue em circulação nas lamelas


vá ficando progressivamente enriquecido em oxigénio, que se difunde da água,
mas sempre em contacto com água renovada
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Brânquias ou guelras DIFUSÃO INDIRETA
Mecanismo de contracorrente

A circulação cruzada mantém o


gradiente de concentração de
O2 entre o sangue e a água, o
que intensifica a difusão deste
gás.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Brânquias ou guelras DIFUSÃO INDIRETA

A água entra na boca


A superfície respiratória dos peixes, tal
do peixe e sai por
como da maior parte dos animais duas aberturas laterais
aquáticos, são as brânquias. (fendas operculares)

A hematose ocorre entre a água (que


tem gases respiratórios dissolvidos) e
o sangue – difusão indireta.

O peixe coordena a abertura da boca e


dos opérculos de modo a assegurar
Ocorre hematose entre
um fluxo contínuo de água nas a água e os capilares
brânquias. dos filamentos
branquiais.

Os filamentos branquiais, muito finos, A água atravessa os


estão em estreito contacto com o filamentos branquiais.
sangue dos capilares, facilitando assim
as trocas entre a água e o sangue.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Pulmões DIFUSÃO INDIRETA

Os pulmões são superfícies respiratórias presentes em todos os vertebrados


terrestres
Dos anfíbios aos mamíferos, os pulmões apresentam uma crescente
complexidade e progressivo aumento da área superficial, características
relacionadas com a crescente dimensão e necessidades metabólicas dos
organismos.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Pulmões DIFUSÃO INDIRETA

Os pulmões são superfícies respiratórias, invaginadas no interior do corpo, mais


evoluídas que existem.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Pulmões DIFUSÃO INDIRETA
São especializados na realização de trocas gasosas com
ar atmosférico

Assemelham-se a sacos de ar com superfícies internas


muito vascularizadas, que surgiram por invaginações
da parede do corpo.

São altamente compartimentados o que aumenta a


área de superfície de trocas gasosas.
Hematose Os anfíbios possuem os pulmões mais simples do reino
Pulmonar animal.

Quanto mais ativo for o animal mais O2 ele precisa! Assim, a superfície
respiratória terá de ser maior (muitas vezes a área pulmonar é aumentada
através de invaginações crescentes da parede dos pulmões)
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Pulmões DIFUSÃO INDIRETA

A hematose cutânea também existe em animais vertebrados, como a rã.

Nestes casos, as trocas de gases através do tegumento funcionam como


complemento da hematose pulmonar.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Pulmões (AVES) DIFUSÃO INDIRETA

As aves têm de ter um mecanismo de ventilação


bastante eficiente

As trocas gasosas ocorrem ao nível dos pulmões


que possuem finos canais designados de
parabrônquios (são canais intrapulmonares)

É neles que ocorre a hematose

As aves possuem ainda, espalhados pelo corpo, sacos aéreos anteriores e


sacos aéreos posteriores!
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Pulmões (AVES) DIFUSÃO INDIRETA

Apresentam um metabolismo muito


elevado (voo), pelo que necessitam de
elevadas quantidades de oxigénio.
Apresentam uma grande superfície
respiratória e uma eficiente ventilação
pulmonar.

Para além dos pulmões possuem sacos


aéreos anteriores(SAA) e posteriores
(SAP), que constituem reservas de ar,
melhorando assim a eficácia da
ventilação.

Os sacos aéreos facilitam o voo pois,


tornam as aves menos densas e
contribuem para a dissipação do calor.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Pulmões (AVES) DIFUSÃO INDIRETA

O ar circula apenas num sentido, num


circuito que passa pelos SAA e SAP

A hematose ocorre apenas nos pulmões


(hematose pulmonar), mais
propriamente nos parabrônquios, que
são finos canais, abertos nas duas
extremidades.

Nos SAA e SAP não ocorre hematose,


mas estas estruturas mantêm o ar a
circular num único sentido.

Para que o ar percorra todo o sistema


respiratório são necessários 2 ciclos
respiratórios: 2 inspirações e 2
expirações.
(AVES)
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Primeira Inspiração
O ar desloca-se da traqueia para os sacos
aéreos posteriores

Primeira Expiração
O ar desloca-se dos sacos aéreos
posteriores para os pulmões
Ocorre Hematose

Segunda Inspiração
Sacos aéreos posteriores recebem novo
ar; o ar que estava nos pulmões passa
para os sacos aéreos anteriores

Segunda Expiração
O ar que inicialmente entrou sai agora
para o exterior pela traqueia; o ar que
estava nos sacos aéreos posteriores
passa para o pulmão
(AVES)
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Usando este processo o ar circula
num só sentido.

Só o ar inspirado, rico em O2 passa


pelos parabrônquios dos pulmões

O ciclo respiratório tem duas


inspirações e duas expirações. A
ventilação é contínua.
(AVES)
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS

Tal como nos peixes, os animais que apresentam pulmões fazem circular
o ar em contracorrente, o que aumenta significativamente a eficiência da
hematose
(AVES)
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Vantagens da ventilação contínua
Fluxo unidirecional de ar nas vias respiratórias

O ar oxigenado que entra e que passa pelas


vias respiratórias não se mistura com ar menos
oxigenado que permanece nos pulmões entre
os ciclos de inspiração e expiração, que é o que
acontece nos mamíferos.

Assim, nas aves o ar que estabelece


trocas com o sangue é mais rico em
oxigénio que nos mamíferos, e essas
trocas são mais eficazes.
(AVES)
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Vantagens da existência de sacos aéreos

Diminui a densidade do corpo

Ajuda a dissipar o calor


resultante do metabolismo

Constituem reservas de ar

Como o Sistema Respiratório está


ligado ao esqueleto as aves
apresentam um esqueleto
pneumático (leve)
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Constituição do sistema respiratório humano
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS

Constituição do sistema respiratório humano

O sistema respiratório é constituído


pelos pulmões, localizados no interior
da caixa torácica, e pelas vias
respiratórias (formadas pelas fossas
nasais, faringe, laringe, traqueia,
brônquios e bronquíolos), que
estabelecem a comunicação entre os
pulmões e o exterior.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Constituição do sistema respiratório humano

Faringe
Fossas
nasais
Laringe

Traqueia
Pulmão
Brônquio

Bronquíolos

Alvéolos
Diafragma
pulmonares
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS

Constituição do sistema respiratório humano

Fossas nasais
Duas cavidades revestidas por uma membrana pegajosa coberta de muco
que aquece e humedece o ar e filtra poeiras e micróbios.

Faringe
Canal muscular que faz a ligação entre as fossas nasais e a laringe e entre a
boca e o esófago.

Laringe
Caixa formada por peças cartilagíneas contendo pregas membranosas, as
cordas vocais. Liga a faringe à traqueia.

Traqueia
Tubo formado por anéis cartilagíneos incompletos, revestido por células
ciliadas e por células produtoras de muco.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Constituição do sistema respiratório humano

Pulmões
Órgãos de aspeto esponjoso, constituídos por milhões
de álveolos pulmonares. Assentam no diafragma e estão envolvidos por uma
dupla membrana, a pleura.

Brônquios
Canais formados por anéis cartilagíneos completos, revestidos internamente
por células ciliadas e por células produtoras de muco. Ramificam-se em
tubos cada vez mais finos.

Bronquíolos
Pequenos tubos resultantes das ramificações dos brônquios. Possuem sacos
alveolares nas suas extremidades.

Alvéolos pulmonares
Câmaras esféricas microscópicas, com paredes formadas por uma única
camada de células, envolvidas por uma rede de capilares sanguíneos.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Trocas gasosas
Permite que o oxigénio contido no ar passe para o sangue
e que o dióxido de carbono do sangue passe para o ar.

Controlo do pH do sangue
Pode fazer variar o pH sanguíneo ao alterar a concentração
de CO2 no sangue.

Comunicação oral
Para a produção do som, é essencial que o ar atravesse as
cordas vocais.

Olfato
Os cheiros são detetados quando as moléculas que se
encontram no ar atravessam as fossas nasais.

Proteção
Protege o corpo de micro-organismos existentes no ar,
dificultando a sua entrada e expulsando-os das vias
aéreas.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS

Constituição do sistema respiratório humano

Entrada do ar nas fossas nasais


O ar entra pelas fossas nasais,
sendo aquecido pelo sangue que
circula nos capilares das suas
paredes e filtrado e humedecido
pelos seus mucos.

Passagem do ar pela faringe


O ar passa pela faringe, onde as
amígdalas intercetam e destroem
microrganismos nocivos.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS

Constituição do sistema respiratório humano

Passagem do ar na laringe
O ar atravessa a laringe e entra na
traqueia. Na extremidade superior da
laringe, a epiglote impede o acesso
dos alimentos às vias respiratórias
durante a deglutição.
A laringe também participa na fonação
ou emissão de sons, pois a passagem
do ar expirado através da laringe
provoca a vibração das cordas
vocais.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Constituição do sistema respiratório humano
Base da língua
Durante a deglutição, a epiglote
dobra-se para evitar que a comida Epiglote descida
ou a bebida passem para as vias
Laringe
respiratórias.

Durante a fala, a epiglote


permanece levantada, para
Epiglote
que o ar expirado faça vibrar levantada
as cordas vocais,
produzindo som

Durante a respiração, as
cordas vocais são afastadas,
permitindo que o ar entre
Cordas
para a traqueia. vocais
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Constituição do sistema respiratório humano

Passagem do ar na traqueia
O ar percorre a traqueia, cujo muco aprisiona poeiras e bactérias que ali
conseguiram chegar, devolvendo-as às fossas nasais e à boca por ação
dos cílios vibráteis que revestem as suas paredes.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Constituição do sistema respiratório humano Traqueia

Brônquio

Bronquíolo

Saco alveolar

A traqueia bifurca em dois brônquios, que encaminham o ar para os


bronquíolos, até chegar aos alvéolos pulmonares, os sacos
microscópicos onde se realizam as trocas gasosas com os capilares
sanguíneos.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Constituição do sistema respiratório humano
Estruturas e funções do sistema respiratório
Aquecem e humedecem o ar inspirado. Retêm poeiras e outros corpos
Fossas nasais estranhos. Recebem estímulos olfativos. Participam na fonação como caixa de
ressonância.

Faringe Regula a passagem do ar e do alimento.

Laringe Liga a faringe à traqueia. Contém cordas vocais cuja vibração produz sons.

Retém poeiras e bactérias, que são enviadas para trás, no sentido da boca,
Traqueia devido à produção de mucos e aos movimentos dos cílios vibráteis das suas
paredes.
Brônquios Recebem e distribuem o ar pela árvore respiratória.
Bronquíolos Encaminham o ar para os sacos alveolares existentes nas suas extremidades.

Alvéolos
Realizam as trocas gasosas com o sangue que circula nos capilares sanguíneos.
pulmonares

Asseguram, a partir do ar atmosférico, o fornecimento constante de oxigénio


Pulmões
às células e a libertação de dióxido de carbono.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Artéria pulmonar
Veia pulmonar

Bronquíolo

Alvéolo pulmonar

Capilar sanguíneo
Eritrócito

Nos alvéolos pulmonares, as trocas de gases respiratórios permitem a


conversão do sangue venoso em sangue arterial.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Hematose alveolar Ventilação

PCO2
40
Sangue venoso PO2
mmHg
104 Sangue arterial
mmHg
Intercâmbio de oxigénio
e dióxido de carbono
entre o ar presente nos
alvéolos e o sangue que
PCO2
circula nos capilares que PO2 45
os envolvem. 40 mmHg
mmHg

As forças que determinam o sentido da difusão dos gases respiratórios são


as pressões parciais de oxigénio e de dióxido de carbono no sangue e no
ar alveolar.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Hematose tecidular
PO2 PCO2
104 40
mmHg mmHg

CO2
CO2 O2
O2

PO2 PCO2
40 45
mmHg mmHg

Intercâmbio de oxigénio e dióxido de carbono entre o sangue e as células.


TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Hematose tecidular

CO2
CO2 O2
O2

Respiração celular — Processo de transformação química da glicose, na


presença de oxigénio, de que resulta energia biológica, dióxido de
carbono e água.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Ventilação pulmonar

CO2
CO2 O2
O2

A ventilação pulmonar é um processo mecânico pelo qual o ar entra e sai


do pulmão.
Resulta de dois movimentos respiratórios: a inspiração, um processo ativo
no qual o ar entra nos pulmões, e a expiração, um processo passivo no
qual o ar é expulso dos pulmões.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Ventilação pulmonar

Entrada de ar

CO2
CO2 O2
O2

Na inspiração, o aumento do volume da caixa torácica e a dilatação dos


pulmões provocam a descida da pressão no seu interior e consequente
entrada de ar.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Ventilação pulmonar
Inspiração

CO2
CO2 O2 Contração do diafragma e dos
O2
músculos intercostais.

Aumento do volume da caixa


torácica.

Aumento do volume dos


pulmões.

Diminuição da pressão
intrapulmonar.

Entrada do ar.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Ventilação pulmonar

Saída de ar

CO2
CO2 O2
O2

Na expiração, a diminuição do volume da caixa torácica, devido ao


relaxamento dos músculos intercostais e do diafragma, provoca a subida
da pressão no interior dos pulmões, obrigando à saída de ar.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Ventilação pulmonar
Expiração

CO2
CO2 O2
O2 Relaxamento do diafragma e
dos músculos intercostais.

Diminuição do volume da caixa


torácica.

Diminuição do volume dos


pulmões.

Aumento da pressão
intrapulmonar.

Saída do ar.
TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS
Pulmões DIFUSÃO INDIRETA

Constituída por milhões de alvéolos pulmonares, de parede muito fina e


ricamente vascularizada, que constituem eficazes superfícies de trocas de gases
respiratórios por difusão indireta. O ar circula em dois sentidos opostos.

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