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As trocas gasosas nas plantas são mais intensas nos órgãos fotossintéticos, em especial
nas folhas, garantindo o desenrolar da fotossíntese e a realização de trocas gasosas necessárias
à respiração aeróbia, consumindo O2 e libertando CO2.
As cutículas que revestem a epiderme das folhas reduzem a perda de água para o
exterior, facilitando a adaptação das plantas aos ambientes terrestres, além de também
dificultarem a difusão do oxigénio e do dióxido de carbono.
Nas folhas, as trocas gasosas efetuam-se através dos estomas, pequenas estruturas da
epiderme constituídas por duas células fotossintéticas, as células estomáticas ou células-
guarda, que delimitam uma pequena abertura, o ostíolo. É também através dos estomas que
ocorre perda de água por transpiração, um processo responsável pelo movimento da seiva
bruta no xilema das plantas.
A região da parede celular que delimita o ostíolo é mais espessa do que a parede
oposta ao ostíolo. Deste modo, a parede menos espessa alonga mais quando a célula fica
túrgida e menos quando fica plasmolisada. O grau de abertura dos ostíolos é influenciado pelo
teor de dióxido de carbono no mesófilo, pela luz, pela humidade do ar, pela variação da
temperatura, pelo vento e pela variação da água no solo.
1. As células estomáticas transportam iões K* para o seu interior por transporte ativo
o estoma abre
2. saem iões K*, por difusão, para o exterior das células estomáticas
o estoma fecha
Trocas gasosas nos animais
Nos animais, as trocas gasosas estão essencialmente relacionadas com a respiração
celular, sendo tanto mais intensas quanto maior for a taxa metabólica do organismo.
Tendo em conta a complexidade dos animais existem dois tipos de trocas gasosas:
estas ocorrem através de superfícies respiratórias (tecidos através dos quais os gases se
difundem entre o meio externo e interno)
hematose: trocas gasosas ao nível das superfícies respiratórias entre o meio externo e o
sangue, distinguindo-se das trocas gasosas que ocorrem ao nível dos tecidos.
Características das superfícies respiratórias
Nos animais, a difusão dos gases ocorre através das membranas plasmáticas das
células das superfícies respiratórias. Os gases difundem-se do meio onde a sua pressão parcial
e mais alta para o meio onde essa pressão é mais baixa, ou seja, a favor do gradiente de
concentração.
pequena espessura - uma única camada de células rápida difusão dos gases;
grande área - que permite uma elevada difusão dos gases, uma vez que o volume das
trocas é diretamente proporcional à área da superfície respiratória;
humedecimento - que favorece a dissolução dos gases necessária à sua difusão através
das membranas celulares;
vascularização - correspondente à extensa rede de capilares que contacta com as
superfícies respiratórias, aumentando a rapidez da difusão indireta. (os insetos não
têm)
Tegumento
Ocorrem também através do tecido que reveste a superfície do corpo, ou seja, do seu
tegumento
processo de hematose cutânea difusão indireta de gases entre o exterior e o sangue, que
percorre a abundante rede de capilares que irrigam a pele do animal
favorecida pelo habitat húmido e pela produção glandular de muco ao nível do tegumento, e
nos anfíbios, através da sua pele permanentemente humedecida
Nota: A conjugação destes processos varia com as condições ambientais, permitindo manter
taxas metabólicas ajustadas a períodos de hibernação ou de atividade.
Traqueias
O sistema respiratório dos insetos é constituído por uma rede de finos canais - as
traqueias - que conduzem o ar diretamente do meio externo até às células. No interior do
corpo, as traqueias vão-se ramificando em traquíolas (túbulos terminais de diâmetro muito
reduzido e com paredes muito finas, através das quais ocorre a difusão direta de gases entre o
interior das traquíolas e as células).
Brânquias
Nos peixes ósseos, como a truta, as brânquias estão localizadas lateralmente, na zona
da cabeça, protegidas pelo opérculo (estrutura óssea laminar que abre para o exterior pela
fenda opercular).
banha as brânquias
Nas aves, os pulmões são constituídos por estruturas tubulares -os parabrônquios -, ao
nível das quais ocorre a hematose. Os pulmões encontram-se ligados a sacos aéreos que
possibilitam o fluxo contínuo e unidirecional de ar, sempre renovado, através dos
parabrônquios. Nesses canais, o ar movimenta-se em sentido diferente ao da circulação
sanguínea, num mecanismo de corrente cruzada que torna a hematose das aves altamente
eficaz e capaz de satisfazer a elevada atividade metabólica que se observa nestes vertebrados.