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Lipideos
Universidade Púnguè
Tete
2022
Jolamo Avelino Moio
Estudo de Lipedeio
Universidade Púnguè
Tete
2022
Índice
1. Introducao..............................................................................................................................1
1.2.Objectivos............................................................................................................................2
1.2.1. Geral.................................................................................................................................2
1.2.3. Especificos.......................................................................................................................2
1.3. Metodologia........................................................................................................................3
2. Lipideos..................................................................................................................................4
2.1.conceito................................................................................................................................4
2. Classificação e definição dos lipídeos....................................................................................4
3. Metabolismo.........................................................................................................................11
3.1. Biossíntese dos ácidos gordos...........................................................................................12
3.2. Composicao Quimoca do Leite Materno..........................................................................13
3.4. Metabolismo Tecido Nervoso...........................................................................................14
3.5. composicao quimica do plasma seminal..........................................................................14
3.5. Via das pentoses................................................................................................................15
3.6. metabolismo de ácidos graxos..........................................................................................16
3.7. jejum prolongado..............................................................................................................17
Conclusao.................................................................................................................................18
Referencia................................................................................................................................19
1. Introducao
Os lipídeos definem um conjunto de substâncias químicas derivadas de hidrocarbonos
diversificadas que, ao contrário das outras classes de compostos orgânicos, não são
caracterizadas por algum grupo funcional comum, e sim pela sua alta solubilidade em
solventes orgânicos e baixa solubilidade em água. Fazem parte de um grupo conhecido como
biomoléculas onde encontram-se distribuídas em todos os tecidos do organismo animal,
principalmente constituindo as membranas celulares e os adipócitos.
1.2.1. Geral
Falar do metabolismo lipídico que refere-se à síntese e degradação de lipídios nas
células .
1.2.3. Especificos
Descrever fenómeno complexo através do qual são produzidas os lipideos que
conferem especificidade a uma dada célula. Especificos
Falar do metabolismo lipídico que refere-se à síntese e degradação de lipídios nas
células
Representar esquemática da associação entre o ribossomo, o RNAt e o RNAm, para a
formação da proteína.
1.3. Metodologia
Para a análise e compreensão do tema em estudo, foi realizada uma pesquisa bibliográfica.
Através de fontes documentais, com o objetivo de proporcionar uma melhor compreensão do
estudo realizado, houve uma busca de informações a partir de fontes coletadas para o
desenvolvimento da pesquisa.
Na visão desse mesmo autor, as técnicas mais importantes da pesquisa bibliográfica são o
levantamento e a seleção bibliográfica, a leitura e o fichário.
Assim utilizou-se dessas técnicas para uma melhor análise da pesquisa. Para o
desenvolvimento do referencial teórico, foram utilizadas fontes através de levantamento
bibliográfico, com o objetivo de discutir teorias e pensamentos dos utores clássicos sobre
ética e responsabilidade social, abordando em livros, revistas, artigos científicos e sites.
Para atingir os objetivos do trabalho, fez-se uma seleção bibliográfica das obras coletadas,
que servirá de base para a leitura. Ao iniciar a leitura, é possível conseguir as informações
sobre o tema da pesquisa. Posteriormente, os dados coletados serão analisados e interpretados
a fim de se obter um melhor resultado.
2. Lipideos
2.1.conceito
Os lipídeos são definidos por um conjunto de substâncias químicas que, ao contrário das
outras classes de compostos orgânicos, não são caracterizadas por algum grupo funcional
comum, e sim pela sua alta solubilidade em solventes orgânicos e baixa solubilidade em
água. Fazem parte de um grupo conhecido como biomoléculas. Os lipídeos se encontram
distribuídos em todos os tecidos, principalmente nas membranas celulares e nas células de
gordura. Algumas substâncias classificadas entre os lipídeos possuem intensa atividade
biológica, entre elas incluem algumas como as vitaminas e hormônios.
Os lipídeos são compostos que ocorrem na natureza. Pode-se também defini-los como
moléculas orgânicas naturais isoladas de células e tecidos por extração com solventes
orgânicos não polares. As características que melhor definem os lipídeos estão relacionadas
com sua solubilidade, pois são relativamente insolúveis na água e são solúveis nos solventes
não polares, tais como o éter, o clorofórmio e o benzeno. Gorduras e óleos são lipídeos
típicos em termos de solubilidade, mas esse fato não define realmente sua natureza química.
Químicamente, pode-se dizer que o lipídeo é uma mistura de compostos que compartilham
algumas propriedades com base em semelhanças estruturais, principalmente uma
preponderância de grupos apolares. Uma classificação que se relacione com a sua natureza
química poderia ser aquela que encaixa os lipídeos em dois grupos principais.
Caracteristicas do lipideos
Como características gerais dos lipídeos podemos citar: não se misturam em água
(solubilidade relativa); são ésteres ou substâncias capazes de formá-los; possuem funções
variadas predominando as estruturais e as energéticas (armazenamento) pois possuem baixo
estado de oxidação (altamente reduzido) com alta quantidade de energia retida em suas
moléculas.
Os lipídeos podem ser divididos em classes da na forma de: Triaglicerol; Ácidos Graxos;
Ceras; Fosfolipídios; Esfingolipídios; Glicolipídios; Glicerofosfolipídios; Plamalogênios;
Esteroides; Terpenos; Vitaminas lipossolúveis e Eicosanóides.
2.2 Lipídeos de armazenamento
Os triacilgliceróis são lipídios formados pela ligação de três moléculas de ácidos graxos com
uma de glicerol (triácool; figura 2) através de ligações do tipo éster. São absolutamente
hidrofóbicos, sendo também chamados de "Gorduras Neutras", ou triglicerídeos.
Os triacilgliceróis podem ser hidrolisados, liberando com isso ácidos graxos e glicerol
(Figura 2). Se esta hidrólise é feita em meio alcalino, formam-se sais de ácidos graxos, os
sabões, e o processo chamado de saponificação. Inclusive, sendo esse o processo de
fabricação de sabão a partir de gordura animal, em meio com hidróxido de sódio ou hidróxido
de potássio.
Os ácidos graxos são ácidos monocarboxílicos que se classificam de acordo com sua cadeia
lateral, seu número de carbonos e perante sua necessidade na dieta alimentar. A hidrólise dos
triacilglicerídios leva à formação dos correspondentes ácidos carboxílicos conhecidos como
ácidos graxos (Figura 3) Essas moléculas são ácidos orgânicos de cadeias lineares de
hidrocarbonetos com um grupo carboxila em uma terminação e um grupo metil na outra as
quais fornece-os uma característica anfipática em que o grupo carboxila é hidrofílico e a
cauda de hidrocarboneto oposta é hidrofóbica (figura 4).
Ácido graxo é o grupo mais abundante de lipídeos contido nos seres vivos, sendo compostos
derivados dos ácidos carboxílicos. Este grupo é geralmente chamado de lipídeos
saponificáveis, pois sua reação com uma solução quente de hidróxido de sódio produz o
correspondente sal sódico do ácido carboxílico, isto é, o sabão.
Os ácidos graxos podem receber quatro tipos de classificações as quais podem ser: de acordo
com o grau de saturação da cadeia carbônica seja ela saturada ou insaturada; pelo tipo da
cadeia lateral existindo as lineares, ramificadas, cíclicas e hidroxiladas; pelo número de
carbonos da cadeia principal em que se dividem em par, impar, cadeia curta (2 a 8 carbonos),
cadeia média (9 a 14 carbonos) e cadeia longa (>14 carbonos ) e, finalmente, pela
necessidade de inclusão na dieta em que se dividem em essenciais os quais devem ser
suplementados e os não-essenciais os quais o próprio organismo animal é responsável pela
sua síntese.
As mais importantes classificações dos ácidos graxos estudadas na nutrição animal moderna
consiste do grau de saturação da cadeia carbônica (Figura 5) e da sua necessidade de inclusão
na dieta, pois diferentes formas de ácidos graxos de igual número de carbonos podem ter
efeitos distintos no organismo. Diante disso, destacamos aqui a definição das principais
classificações utilizadas, bem como a fonte de maior concentração destes componentes.
Ácidos graxos saturados: apresentam apenas ligações simples entre os carbonos na cadeia,
assim, não possuem ligações duplas e geralmente são sólidos à temperatura ambiente. A
principal fonte são as gorduras de origem animal tais como carne bovina, aves, suínos e
laticínios em geral e também alguns alimentos vegetais, como a palmeira e sua semente e
também o óleo de coco.
- Ácidos graxos insaturados: possuem uma ou mais duplas ligações (mono ou poli-
insaturados) e geralmente são líquidos à temperatura ambiente, e a dupla ligação, quando
ocorre em um AG natural, é sempre do tipo “cis”. Os óleos vegetais são ricos em AG
insaturados e quando existem mais de uma dupla ligação, estas são sempre separadas por pelo
menos três carbonos, nunca sendo adjacentes e nem conjugadas.
- Ácidos graxos poli-insaturados: São ácidos graxos que possuem duas ou mais duplas
ligações em sua composição. Existem duas principais famílias desse grupo de ácidos graxos o
ômega 3 e ômega 6. Estes têm funções ainda não muito bem conhecidas no tratamento de
muitas doenças do organismo, como por exemplo: esclerose múltipla, artrite reumatoide e
dermatite atípica, assim como na prevenção de aterosclerose.
- Ácidos graxos essenciais: têm como definição um ácido graxo que o organismo humano não
tem a capacidade de produzir e por isso ele se torna um nutriente obtido essencialmente pela
dieta, no caso, com a ingestão de óleos vegetais. Temos como exemplo o ácido linoléico,
ácido linolênico e o araquidônico. É um ácido graxo poliinsaturado, encontrado nos óleos de
açafrão, soja, milho, semente de algodão e de amendoim.
- Ácidos graxos cis ou trans: são nomenclaturas para diferentes posições dos hidrogênios nas
cadeias dos ácidos graxos monoinsaturados (figura 6). A forma cis provoca uma prega na
cadeia hidrocarbonada no local da dupla ligação. A forma trans tem um formato semelhante
aos ácidos graxos saturados, com a cadeia estendida. Estão presentes nas margarinas que são
preparadas na forma de hidrogenação (transformação de óleos líquidos em semissólidos e
mais estáveis), bem como nas frituras comercializadas, produtos de panificação, ricos em
gorduras e lanches salgados.
Os ácidos graxos trans no organismo humano podem tornar-se extremamente tóxicos. Deste
modo, na hidrogenação da margarina, por exemplo, há a formação abundante de ácidos
graxos trans que podem inclusive inibir enzimas importantes como a delta 6 dessaturase que
transforma o ácido linoleico em ácido gama-linolênico o qual pode ser metabolizado pelo
organismo até outros ácidos graxos essenciais de maior cadeia carbônica e poli-insaturados.
Hidrogenação é o processo pelo qual os átomos de hidrogênio são adicionados aos ácidos
graxos para torná-los mais sólidos e saturados.
Exemplo: se fosse um ácido graxo com uma cadeia carbônica de 18 carbonos, com duas
duplas, uma entre os carbonos 9 e 10 e a outra entre os carbonos 12 e 13, a designação seria a
seguinte: 18:2 Δ9,12, tratando-se do ácido linoleico. Lembrando que a numeração se inicia no
grupo carboxila (carbono 1). Na Tabela 2, são apresentados alguns ácidos graxos com suas
insaturações.
Tabela 2. Número de carbonos, grau de instauração e fórmula dos principais ácidos graxos de
cadeia longa.
O ácido linoleico (ω6), ilustrado na Figura 7, está presente de forma abundante nas sementes
de vegetais e nos óleos que elas produzem como o óleo de milho, açafrão, algodão, soja e
girassol. O ácido linolênico (ω3) que também está presente em alguns óleos vegetais, ainda
que em menor proporção que o ácido linoleico é encontrado em castanhas e sementes de
linhaça. Já os óleos de peixe e marisco são ricos em ácido docosahexaenóico (DHA) e ácido
eicosapentanóico (EPA), derivados do ω3. Além de possuírem alto valor energético, os
ácidos graxos essenciais têm grande importância na nutrição clínica devido a seu papel
farmacológico no sistema biológico animal.
3. Metabolismo
Quílomícrons: Maiores partículas. Transportam a gordura e o colesterol da
alimentação, do intestino delgado para a periferia. Na corrente sanguínea, os
triglicerídeos nos quilomícrons são hidrolisados pela lipase lipoproteíca.
Lipoproteínas de Densidade Muito Baixa (VLDL): São sintetizadas no fígado para
transportar triglicerídeos endógenos e colesterol. 60% desta partícula são
triglicerídeos.
Lipoproteínas de Densidade Intermediária (IDL): São formadas com o catabolismo do
VLDL e são precursoras do LDL.
Lipoproteínas de Baixa Densidade (LDL): São os transportadores primários de
colesterol no sangue. Consequentemente, o Colesterol Total e a LDL – Colesterol
estão altamente correlacionados.
Lipoproteínas de Alta Densidade (HDL): Contêm mais proteínas do que qualquer
outra lipoproteína. A teoria mais aceita para o efeito antiaterogênico do HDL é que
ele está envolvido no transporte do colesterol em excesso das membranas para as
lipoproteínas ricas em triglicerídeos, que são então removidas por receptores no
fígado. Este é o processo de transporte de colesterol reverso, que ajuda o organismo a
livrar-se do colesterol e previne o acúmulo de lipídios na parede arterial. Nas análises
clínicas laboratoriais, normalmente usa-se a fórmula: LDL – C = (Colesterol Total) –
(HDL - C) – (TG/5), pois algumas vezes não é quantificado o LDL-C diretamente,
principalmente quando TG < 400g/dl.
O leite também é composto por lipídios, os quais constituem a maior parte da reserva
energética do organismo, são componentes estruturais de todos os tecidos e são
indispensáveis para à síntese de membranas celulares. Atuam como isolante térmico e
elétrico, protegem os órgãos vitais e são precursores de hormônios e mediadores bioquímicos
responsáveis pelas funções essenciais no organismo. Outros componentes encontrados no
leite são hidratos de carbono, vitaminas, sais minerais, fatores imunológicos,
imunomoduladores, enzimas e hormônios (EUCLYDES, 2005).
A composição da gordura do leite humano é relativamente estável, cerca de 40% são ácidos
graxos saturados e 57% são ácidos graxos insaturados, sua concentração é diretamente
influenciada pela dieta e composição dos lipídios corpóreos da mãe e pode se alterar com o
tempo da gestação, período de lactação, durante diferentes horas do dia e de pessoa para
pessoa. Os ácidos graxos insaturados de cadeia longa são muito importantes para o
desenvolvimento e mielinização do cérebro da criança (CASTRO, 2006)
Caso a pessoa tenha deficiência da enzima marca passo G6PD, terá um tipo de anemia
hemolítica pois a glutationa é um potente agente antioxidante, e no interior da hemácias
pode-se notar que há grande quantidade de oxigênio (potente oxidante), que retira elétrons da
membrana dos eritrócitos, estourando-os.
A deficiência de desidrogenase de glicose-6-fosfato não exibir sinais e sintomas até que seus
glóbulos vermelhos são expostos a determinadas substâncias químicas em alimentos,
medicamentos, infecções ou stress. Em casos mais graves, a conseqüência mais importante da
deficiência de G6PD é a anemia hemolítica. Os principais sintomas da anemia hemolítica são
icterícia, urina escura, dor abdominal, dor nas costas, diminuição da contagem de células
vermelhas do sangue, e bilirrubina elevada.
palidez (a palidez de pele mais escura as crianças às vezes é melhor visto na boca,
especialmente nos lábios ou na língua)
cansaço extremo
batimentos rápidos do coração
respiração rápida ou dificuldade em respirar
icterícia ou amarelamento da pele e dos olhos, especialmente em recémnascidos
aumento do baço
urina escura, a cor do chá
Os recém-nascidos com deficiência de G6PD são cerca de 1,5 vezes mais chances de obter a
icterícia neonatal do recém-nascido sem deficiência de G6PD. Uma vez que o gatilho é
removido ou resolvidas, os sintomas de deficiência de G6PD geralmente desaparecem
rapidamente, geralmente dentro de algumas semanas.
Os ácidos graxos com até 12 carbonos atravessam a membrana mitocondrial sem problemas.
Para ácidos graxos maiores entram em ação as enzimas carnitina-aciltransferase I e carnitina
aciltransferase II. A primeira catalisa a transesterificação da acil-CoA com a carnitina
formando acilcarnitina e CoASH. A acil-carnitina atravessa sem problemas a membrana
mitocondrial, e do outro lado a segunda enzima catalisa a transesterificação da acil-carnitina
com a CoASH, formando acil-CoA e carnitina.
ACKERMAN, L. Terapia com ácidos graxos. Boletim Informativo Anclivepa, São Paulo, Ed.
Guará, p.3-4. 1998.
ALLEN, M. S.; PIANTONI, P. Metabolic control of feed intake: Implications for metabolic
disease of fresh cows. Veterinary Clinics of North America: Food Animal Practice, v. 29, p.
279-297, 2013.
ANDRIGUETTO, J. M.; PERLY, L.; MINARDI, I.; GEMAEL, A.; FLEMMING, J. S.;
SOUZA, G. A.; BONA FILHO, A. (1983) Nutrição animal: Alimentação Animal. 3. ed. São
Paulo: Nobel, 1989. v. 2, 428p.