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Uilldison Da Paz Agostinho

Organização molecular da célula – Biomoléculas (ácidos nucleicos, proteínas, Hidratos


de carbono e Lípidos)

(Licenciatura em Ensino de Biologia.1oAno.)

Universidade Rovuma

Lichinga

2022
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Uilldison Da Paz Agostinho

Organização molecular da célula – Biomoléculas (ácidos nucleicos, proteínas, Hidratos


de carbono e Lípidos)

(Licenciatura em Ensino de Biologia.1oAno)

Trabalho da cadeira de B.C.M a ser


submetido no departamento de Ciências,
tecnologia, Engenharia e Matemática, com
fins avaliativos sob Orientação do Docente:
Balduíno Milton Aleixo.

Universidade Rovuma

Lichinga

2022
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Índice
1.Introdução.......................................................................................................................4

1.0.Objectivo geral.........................................................................................................4

1.1.Objectivos Específicos.............................................................................................4

2.Metodologia....................................................................................................................4

3.ORGANIZAÇÃO MOLECULAR DA CÉLULA......................................................5

3.0.A CÉLULA..............................................................................................................5

4.ÁCIDOS NUCLEICOS..................................................................................................6

4.0.Estrutura dos ácidos nucleicos.................................................................................8

4.0.1.A duplicação do DNA.........................................................................................11

4.0.2.Transcrição da informação genética...................................................................12

4.0.3.Estrutura química do ATP..................................................................................14

5.PROTEÍNAS................................................................................................................14

5.0.Principais funções das proteínas............................................................................14

5.0.1.Estruturas da proteína.........................................................................................16

6.HIDRATOS DE CARBONO.......................................................................................17

6.0.Monossacáridos.....................................................................................................18

6.0.1.Oligossacáridos...................................................................................................18

6.0.2.Polissacáridos......................................................................................................19

7.LIPÍDEOS....................................................................................................................21

7.0.Principais Funções dos Lipídeos............................................................................23

7.0.1.Formas de utilização dos lipídeos.......................................................................23

7.0.2.Classificação dos Ácidos Graxos........................................................................25

8.Conclusão.....................................................................................................................26

9.Bibliografia...................................................................................................................27
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1.Introdução
Este trabalho visa debruçar assuntos referentes a Organização molecular da célula, na qual
serão abordados assuntos como Biomoléculas, Ácidos nucleicos, Proteínas Hidratos de
carbono e Lípidos. Com isto pode-se afirmar que as Células são constituídas por vários tipos
de biomoléculas com funções específicas que interagem entre si. Os organismos vivos
utilizam os mesmos tipos de moléculas para assegurar o seu metabolismo, mas cada espécie
possui um conjunto específico de ácidos nucleicos e proteínas responsáveis pela sua
identidade. Objectivos do trabalho:

1.0.Objectivo geral
 Apresentar e descrever Organização molecular da célula – Biomoléculas.

1.1.Objectivos Específicos
 Descrever os Ácidos nucleicos, sua estrutura e tipos de ácidos nucleicos;
 Descrever as Proteínas e apresentar suas funções;
 Indicar e descrever os Hidratos de carbono e seus tipos;
 Descrever os Lípidos, suas funções e formas de utilização.

2.Metodologia
Trata-se de um estudo descritivo e analítico de revisão bibliográfica, realizado por meio de
pesquisa em livros e artigos fundamentados nas bases científicas Académicas.
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3.ORGANIZAÇÃO MOLECULAR DA CÉLULA

3.0.A CÉLULA
A célula representa a unidade básica na organização estrutural e funcional dos seres
pluricelulares. Rodeada por uma membrana plasmática contendo no seu interior o núcleo e
diversos organitos, tais como as mitocôndrias, o retículo endoplasmático, as ribossomas e o
aparelho de Golgi, (J.M. Amabis; G.R 2006).

Segundo J.M. Amabis; G.R (2006) A célula constitui a fracção mais pequena dos
organismos pluricelulares em que se manifestam todas as características da vida. A membrana
é constituída por uma dupla camada fosfolipídea. As porções polares dos fosfolipídeos
contactam o solvente aquoso e as suas longas porções hidrofóbicas situam- se no interior da
membrana, longe da água. Na membrana encontram-se proteínas de dois tipos:

Periféricas

Encontram-se associadas à superfície da membrana, normalmente por interacções não


co-valentes. Não atravessam membrana. Muitas vezes podem ser removidas por tratamento
das membranas com concentrações crescentes de sal, que enfraquecem as ligações iónicas
entre estas proteínas e os fosfolipídeos e/ou outros componentes membranares.

Integrais

Encontram-se profundamente embebidas na membrana, atravessando-a e contactando


simultaneamente com o citoplasma e com o meio extracelular. A sua remoção exige a
utilização de detergentes.

Todas as células possuem material genético, na forma de moléculas de ADN (ácido


desoxirribonucleico) que contém toda a informação genética para dirigir tudo o que a célula
faz.

Todas as células contêm moléculas que funcionam como mensageiros de informação


que levam às ribossomas a informação genética que vai dirigir a síntese de proteínas (J.M.
Amabis; G.R 2006).

Todas as células possuem vários tipos de mecanismos capazes de assegurar as várias


transformações energéticas necessárias ao funcionamento e crescimento das células,
(Carvalho, Wanderley, 2002).
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Todas as células vivas crescem, reproduzem-se e respondem a alterações do meio ambiente.


As células mais complexas possuem núcleo e designam-se células eucarióticas. As células
mais simples não possuem núcleo e designam-se procarióticas. A membrana plasmática serve
para separar o citoplasma da célula do meio ambiente externo e seleccionar a passagem de
substâncias para dentro e para fora das células. Os lípidos formam uma barreira mais ou
menos impermeável à maior parte das substâncias que têm que atravessar a membrana,
(Carvalho, Wanderley, 2002).

Imagem 1. Ilustração da célula (As unidades monoméricas e essa hierarquia estrutural são
compartilhadas por todas as células vivas).

4.ÁCIDOS NUCLEICOS
J.M. Amabis; G.R (2006) Os ácidos nucleicos são macromoléculas, formadas por
unidades monoméricas menores conhecidas como nucleotídeos. Ocorrem em todas as células
vivas e são responsáveis pelo armazenamento e transmissão da informação genética e, por sua
tradução, que é expressa pela síntese precisa das proteínas.

 Nos eucariontes ficam armazenados no núcleo das células e nos procariontes dispersos
no hialoplasm

Os ácidos nucleicos são assim chamados por seu caráter ácido, e por terem sido
originalmente descobertos no núcleo das células.

A partir da década de 1940, os ácidos nucleicos passaram a ser intensivamente estudados, pois
se descobriu que eles formam os genes responsáveis pela herança biológica.
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Os ácidos nucleicos são constituídos por três tipos de componentes:

 glicídios do grupo das pentoses;


 ácido fosfórico;
 bases nitrogenadas.

Esses componentes organizam-se em trios moleculares denominados nucleotídios, que


se encadeiam às centenas ou aos milhares para formar uma molécula de ácido nucleico,( J.M.
Amabis; G.R 2006).

Imagem 2. Representação de nucleotideos ( fonte :NEUROticker / public domain)

Há dois tipos de ácidos nucleicos:

 ácido desoxirribonucleico conhecido como DNA;

 ácido ribonucleico conhecido como RNA.

Essas substâncias apresentam, respectivamente, desoxirribose e ribose em suas


moléculas. Dos cinco tipos de base nitrogenadas presentes nos ácidos nucleicos, três ocorrem
tanto no DNA quanto no RNA, (Carvalho, Wanderley, 2002).

 Adenina (A), citosina (C), guanina (G)

A base nitrogenada timina (T) ocorre exclusivamente no DNA, enquanto a base uracila(U)
ocorre exclusivamente no RNA. Disso decorre que uma molécula de DNA, por maior que
seja, terá apenas 4 tipos de nucleotídeos, todos possuindo desoxirribose, no entanto, diferindo
quanto ao tipo de base. Já numa molécula de RNA, os 4 tipos de nucleotídeos terão a ribose, e
uma das 4 bases nitrogenadas, (Carvalho, Wanderley, 2002).
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Imagem3. Representação de bases nitrogenadas, açucares e ácido fosfórico.

As bases nitrogenadas são classificadas em pirimídicas e púricas .

A bases pirimídicas são formadas por uma cadeia fechada com quatro átomos de
carbono e dois de nitrogênio. São elas: citosina (C), timina (T), uracila (U).

As bases púricas, por sua vez, apresentam estrutura química constituída por duas
cadeias fechadas, e também chamadas aneis. São elas: adenina (A) ou guanina (G).

4.0.Estrutura dos ácidos nucleicos


Moléculas de DNA são constituídas por duas cadeias de nucleotídeos enroladas uma
sobre a outra, lembrando um escada helicoidal.

As duas cadeias mantêm-se unidas entre si por meio de um tipo especial de ligação, a
ligação de hidrogênio (ou ponte de hidrogênio) entre pares de bases específicos.

A adenina emparelha-se e forma ponte de hidrogênio com timina; a guanina emparelha-se e


forma ponte de hidrogênio com citosina.

Moléculas de RNA são geralmente formadas por cadeia única, que se enrola sobre si
mesma. Alguns vírus, no entanto, como o do mosico-do-tabaco, possuem RNA de dupla-
cadeia .
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Imagem4. Diferentes formas de representar uma molécula de DNA: representação plana: duas cadeias
por duas bases nitrogenadas, representada na seleção retangular acima um nucleotídeo. Representado da
dupla-hélice no espaço, mostrando as ligações de ponte de hidrogênio. Representação dos átomos por
modelos de esfera.

A molécula de DNA possui uma configuração estrutural bastante distinta. O modelo inicial
que explica a estrutura do DNA foi proposto por James D. Wastson e Francis H.C. Crick em
1953.

Segundo eles, a molécula de DNA é uma fita dupla constituída por duas cadeias
paralelas que correm em direções opostas. Os emparelhamentos são estabelecidos graças à
afinidade química entre as bases adenina e timina (A-T) e guanina e citosina (G-C).

Notamos que a ligação se faz sempre entre uma base púrica e uma base pirimídica e que há
afinidade química somente entre adenina, e timina, e guanina e citosina, ,( J.M. Amabis; G.R
2006).

Na verdade, essa afinidade pode ser constatada observando-se as ligações que se


estabelecem entre as bases e que se chamam ponte de hidrogênio. Estas são ligações fracas
que ocorrem entre átomos de hidrogênio e alguns outros maiores que ele, entre os quais estão
o oxigênio,o nitrogênio e o flúor.

O modelo adotado até hoje abriu um novo e importante campo de estudo: o da genética
molecular. Isso rendeu a Watson, a Crick e a Wilkins o prêmio Nobel de Medicina e
Fisiologia de 1962.
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Imagem 5.

O RNA tem origem a partir da molécula de DNA.

O RNA, ou ácido ribonucleico, é uma molécula em cadeia simples, apresentando uma


estrutura primária semelhante à do DNA. Como principais diferenças em relação ao DNA, o
RNA:

Imagem 6.

 possui a ribose em vez da 2`-desoxirribose, o que lhe confere uma desvantagem


estrutural, pois torna-se menos resistente à hidrólise;
 É composto por duas bases heterocíclicas da família das purinas (guanina e adenina) e
duas pirimidinas (citosina e uracila, em detrimento da timina, presente no DNA) ;

 apresenta-se, normalmente, sob a forma de cadeia simples, podendo ocorrer


emparelhamento das bases a nível intramolécular (o que torna o RNA não
redundante), assumindo formas complexas e pouco usuais;
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Tal como no DNA, no RNA, os nucleotídeos estão ligados por ligações fosfodiéster 3'5'.
Apesar destes ácidos nucleicos poderem formar duplexos, estão normalmente sob a forma de
cadeia simples;

Representação estrutural de um ribonucleotídeo, mais especificamente da uridina-5'-


monofosfato (ou ácido 5'-uridílico),( J.M. Amabis; G.R 2006).

Os RNA, existem na célula como produto direto de genes e pertencem a 3 classes


distintas:

• o RNA mensageiro (mRNA), o qual alberga informação que posteriormente será


traduzida numa proteína;

4.0.1.A duplicação do DNA


Segundo J.M. Amabis; G.R (2006), O modelo estrutural do DNA proposto por
Watson e Crick explica a duplicação dos genes: as duas cadeias do DNA se separam e cada
uma delas orienta a fabricação de uma metade complementar.

O experimento dos pesquisadores Meselson e Stahl confirmou que a duplicação do DNA é


semiconservativa, isto é, que metade da molécula original se conserva íntegra em cada uma
das duas moléculas-filhas.

Imagem 7.

No processo de duplicação do DNA, as pontes de hidrogênio entre as bases se rompem e as


duas cadeias começam a se separar. À medida que as bases vão sendo expostas, nucleotídeos
que vagam pelo meio ao redor vão se unindo a elas, sempre respeitando a especificidade de
emparelhamento :
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A com T, T com A, C com G e G com C. Uma vez ordenados sobre a cadeia que está
servindo de modelo, os nucleotídeos se ligam em sequência e formam uma cadeia
complementar sobre cada uma das cadeias da molécula original, ,( J.M. Amabis; G.R 2006).

Assim, uma molécula de DNA reproduz duas moléculas idênticas a ela.

Imagem 8. Esquema de duplicação de DNA .

Diversos aspectos da duplicação do DNA já foram desvendados pelos cientistas. Hoje, sabe-
se que há diversas enzimas envolvidas nesse processo.

Certas enzimas desemparelham as duas cadeias de DNA, abrindo a molécula. Outras


desenrolam a hélice dupla, e há, ainda, aquelas que unem os nucleotídeos entre si. A enzima
que promove a ligação dos nucleotídeos é conhecida como DNA polimerase, pois sua função
é construir um polímero (do grego poli, muitas, e meros, parte) de nucleotídeos, (Carvalho,
Wanderley, 2002).

4.0.2.Transcrição da informação genética


A síntese de RNA (mensageiro, por exemplo) se inicia com a separação das duas fitas
de DNA. Apenas uma das fitas do DNA serve de molde para a produção da molécula de
RNAm. A outra fita não é transcrita. Essa é uma das diferenças entre a duplicação do DNA e
a produção do RNA .

As outras diferenças são:

os nucleotídeos utilizados possuem o açúcar ribose no lugar da desoxirribose; há a


participação de nucleotídeos de uracila no lugar de nucleotídeos de timina; Assim, se na fita
de DNA que está sendo transcrita aparecer adenina, encaminha-se para ela um nucleotídeo
complementar contendo uracila;
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Imaginando um segmento hipotético de um filamento de DNA com a sequência de bases:

 DNA- ATGCCGAAATTTGCG

O segmento de RNAm formado na transcrição terá a sequência de bases :

 RNA- UACGGCUUUAAACGC

Em uma célula eucariótica, o RNAm produzido destaca-se de seu molde e, após passar por
um processamento, atravessa a carioteca e se dirige para o citoplasma, onde se dará a síntese
proteica. Com o fim da transcrição, as duas fitas de DNA seu unem novamente, refazendo-se
a dupla hélice, (Carvalho, Wanderley, 2002).

Trifosfato de adenosina (ATP)

As células necessitam de suprimento constante de energia para manter sua organização


e sua funcionamento. A energia, que provém primariamente de degradação de moléculas
orgânicas do alimento, encontra-se armazenada em moléculas de uma substância chamada
trifosfato de adenosina (Carvalho, Wanderley, 2002).

Imagem 10.

Essa substância tem por função:

 captar a energia liberada nas reações exergônicas (ou seja, aquelas que liberam
energia);
 armazená-las em ligações moleculares de alta energia;
 transferir energia para processos endergônicos (isto é, que absorvem energia).
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4.0.3.Estrutura química do ATP


Do ponto de vista químico, o ATP é um nucleotídeo que é constituído pela base nitrogenada
adenina, unida ao glicídio ribose, unido, por sua vez, a três grupos fosfatos encadeados. As
ligações químicas entre dois fosfatos do ATP são ligações de alta energia; são representadas
graficamente pelo símbolo ~. (Carvalho, Wanderley, 2002).

Imagem 11. Ilustração da Formula estrutural do ATP. A partir da molécula formada pela adenina e pela
ribose é chamada adenosina. A adição de um fosfato à adenosina origina o monofosfato de adenosina
(AMP) , a adição de um segundo fosfato dá origem ao disfosfato de adenosina (ADP) e a um terceiro
fosfato origina o trifosfato de adenosina (ATP).

5.PROTEÍNAS
As proteínas são as moléculas biológicas mais abundantes, ocorrendo em todas as
células e em todas as suas partes. É a principal forma pela qual a informação genética se
expressa, (Voet, D.; Voet, J.; Pratt, C. 2000).

 As Proteínas são compostas por repetições de aminoácidos


 Todas as proteínas são formadas a partir da ligação em sequência de 20 aminoácidos.

5.0.Principais funções das proteínas


De acordo com Voet, D.; Voet, J.; Pratt, C. (2000) As proteínas exercem funções cruciais em
todos os processos biológicos, algumas das principais funções são:

1 - Catálise enzimática: As proteínas catalisam tanto as reacções complicadas, como


as simples. Ex: replicação de todo um cromossomo ou hidratação do dióxido de carbono,
respectivamente. As enzimas aumentam a velocidade das reações em até um milhão de vezes.
Todas as enzimas conhecidas são proteínas.
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2 - Transporte e armazenamento: Moléculas e iontes são transportadas por


proteínas específicas. Ex: hemoglobina transporta o oxigénio nas hemácias, a mioglobina
transporta oxigénio nos músculos e a transferrina transporta o ferro no plasma sangüíneo.

3 - Movimento coordenado: As proteínas são o principal componente do músculo. A


contracção muscular é normal, quando dois tipos de filamentos proteicos, estão presentes.

4 - Sustentação mecânica: A alta força de tensão da pele e do osso é devida à


presença de colágeno, uma proteína fibrosa.

5 - Protecção imunitária: Anticorpos são proteínas altamente especificas que


reconhecem e se combinam com substâncias estranhas tais como vírus, bactérias e células de
outro organismo.

6 - Geração e transmissão de impulsos nervosos: A resposta das células nervosas a


estímulos específicos é afeta através de proteínas receptoras. Ex: a rodopsina é a proteína
sensível à luz nos bastonetes da retina; a acetil-colina, é responsável pela transmissão de
impulsos nervosos nas sinapses, (nas junções entre as células nervosas).

7 - Controle do crescimento e da diferenciação: A expressão sequencial controlada


da informação genética é essencial para o crescimento e a diferenciação ordenada das células.
Ex: o factor de crescimento de nervos guia a formação de redes neurais. As actividades
celulares são coordenadas por harmónios; como a insulina e o harmónio estimulante da
tireóide, são proteínas. Proteínas servem em todas as células como sensores que controlam o
fluxo de energia e de matéria.

As proteínas são constituídas a partir de um repertório de 20 aas, que podem ou não serem
ligados por ligações peptídicas para formar cadeias polipeptídicas, sendo estas cadeias
ramificadas ou não. As sequências particulares de asas são especificadas por genes, que
podem vir a forma algumas das mais importantes estrutura molecular – DNA.

Se uma proteína for submetida a modificação ou clivagem molecular, isto lhe


conferira uma nova capacidade molecular de interacção com o meio. Sendo que as cadeias
peptídicas podem se dobrar em estruturas regulares, tais como a-hélice.

Essas conformações só são possíveis devido algumas características das proteínas em fazer
determinados tipos de ligação como, por exemplo, ligação de pontes de hidrogênio, ligação
iônica e ligação de VanderWaals.
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Outra característica das proteínas é a solubilidade. Estas, quando são hidrossolúveis,


têm a capacidade de se envolvem em estruturas compactas com o interior apolar, tornando-se
solúvel em meio polar. E quando, as proteínas, projectam para o interior de sua estrutura
molecular, a parte polar, estas têm agora uma capacidade de interagir com o meio apolar,
( Stryer, L.; Tymoczko, J.L.; Berg, J.M. 2004).

Desta forma as proteínas podem ter várias conformações estruturais, a qual pode lhe
conferir diferentes tipos de actividades, estas conformações ou níveis básicos de estruturas,
são descritos em quatro níveis de estruturas:

5.0.1.Estruturas da proteína
 Estrutura primária: Sendo formada por meio das ligações lineares entre os aas.
 Estrutura secundária: refere-se ao arranjo espacial de radicais de asas que estejam
perto um do outro na sequência linear (estrutura primária).

Algumas dessas relações estéricas são de um tipo regular, dando origem a uma estrutura
periódica. Ex: a -hélice e a fita são elementos de estrutura secundária;

 Estrutura terciária: refere-se a ligação entre os arranjos espacial de radicais de aas


que estão próximos na sequência linear.

A proteína que contém mais de uma cadeia polipeptídica em tal proteína, esta cadeia
extra é denominada de subunidade.

Estrutura quaternária: refere-se ao arranjo espacial de subunidades e à natureza de sues


contatos. Ex: a hemoglobina é constituída de duas cadeias a e duas b; as interfaces das
subunidades nesse tetrâmero participam na transmissão de informações entre centros de
ligação distantes para O2, CO2 e H+. A sequência de aas de uma proteína é que determina sua
estrutura tridimensional, sendo as ligações específicas e as alterações estruturais a essência
das acções das proteínas, ( Stryer, L.; Tymoczko, J.L.; Berg, J.M. 2004).

Sequência de Aminoácidos serve como Informação da Cadeia Polipeptidica

1 - A sequência de uma proteína de interesse pode ser comparada com todas as outras
sequências conhecidas para verificar se existem semelhanças significativas.
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Ex. A mioglobina e a hemoglobina pertencem à família das globinas. A quimotripsina e a


tripsina são membros da família das serina-protease.

2 - A comparação de seqüências da mesma proteína em diferentes espécies gera uma


riqueza de informações acerca das vias evolutivas.

Ex. Uma comparação das albuminas do soro de primatas indica que os seres humanos e os
macacos africanos divergiram há apenas cinco milhões de anos, e não há 30 milhões de anos
como antes se pensava.

3 - As sequências de aas podem ser investigadas quanto à presença de repetições


internas.

Ex. A calmodulina, um sensor de cálcio onipresente em eucariontes, contém quatro módulos


ligantes de cálcio semelhantes que surgiram da duplicação de genes.

4 - As sequências de aas contêm sinais que determinam o destino das proteínas e


controlam seu processamento.

5 - Os dados de sequência fornecem uma base para o preparo de anticorpos específicos para
uma proteína de interesse.

6 - As sequências de aas são também valiosas para as feituras de sondas de ADN que sejam
específicas para os genes que codificam as proteínas correspondentes, (Voet, D.; Voet, J.;
Pratt, C. 2000).

6.HIDRATOS DE CARBONO
Segundo Ricardo, C.P. e Teixeira, A.N., (1983) Os hidratos de carbono são um grupo
químico cujas moléculas contêm átomos de carbono, hidrogénio e oxigénio.

Esta designação foi introduzida no século XIX, porque a fórmula dos hidratos de carbono
mais simples apresentava a estrutura genérica CnHnOn ou Cn(H2O)n e daí a sua designação.

Em virtude de conterem elevado número de ligações carbono-hidrogénio, as quais libertam


energia quando quebradas, os hidratos de carbono são de facto compostos adequados para o
armazenamento de energia.
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6.0.Monossacáridos
Entre os hidratos de carbono mais simples encontram-se os monossacáridos. Estes são
hidratos de carbono simples, cuja molécula é constituída por uma única unidade (monómero).
Alguns destes açúcares desempenham um papel essencial no processo de armazenamento da
energia. É o caso da glucose , um monossacárido com seis átomos de carbono, cuja fórmula é
C6H12O6.

Em 1891, Emil Hermann Fischer (1852-1919), químico de nacionalidade alemã,


anunciou a elucidação da estrutura desta molécula (bglucose), tendo em 1902 recebido o
prémio Nobel da química pelo seu contributo para o estudo das estruturas dos hidratos de
carbono e purinas, (Ricardo, C.P. e Teixeira, A.N., 1983).

6.0.1.Oligossacáridos
Em muitos organismos, em particular nos animais, a glucose circula no sangue sob a
forma simples, isto é como monossacárido. No entanto, outros organismos, nomeadamente os
vegetais, apresentam estes hidratos de carbono sob a forma mais complexa. Estes polímeros
são constituídos por um número não muito elevado de monossacáridos (entre 2 e 10 unidades)
e tomam a designação de oligossacáridos, os quais são solúveis em água. Incluem-se neste
grupo os dissacarídeos, como é o caso da sacarose existente em grandes quantidades em
diversos órgãos de vegetais, em particular no caule da cana-de-açúcar (Sacharum officinarum)
e na raiz da beterraba (Beta vulgaris).

A sacarose acumula-se nestes órgãos das duas plantas a nível dos vacúolos, variando a
sua concentração entre 15 a 20%.

Os dissacarídeos funcionam como efectivos reservatórios de glucose, a qual não pode ser
metabolizada directamente pelos enzimas responsáveis pela sua degradação, antes de um
enzima específico desta reacção quebrar a ligação química que liga os dois monossacáridos.

Na formação dos dissacarídeos há dois aspectos que obrigatoriamente devem ser


salientados. Trata-se da identidade dos monossacáridos e da natureza da ligação química
existente entre eles. Assim, a glucose forma com outros monossacáridos (galactose, frutose),
ou com a própria glucose, dissacarídeos que apresentam propriedades distintas da dos
monossacáridos que lhe deram origem, (Ricardo, C.P. e Teixeira, A.N., 1983).

Exemplo: quando duas moléculas de glucose estabelecem ligações glicosídeas entre o


carbono 1 de uma delas com o carbono 4 da outra, os dissacarídeos resultantes são a maltose e
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a celobiose. Outro dissacarídeo importante é a trealose, que resulta igualmente da


condensação de duas moléculas de glucose através de uma ligação glicosídica, mas entre os
carbonos 1 dos dois monossacáridos. Este dissacarídeo, ao contrário dos anteriores que
existem apenas nas plantas como resultado da hidrólise do amido (maltose) e da degradação
da celulose (celobiose), é o principal hidrato de carbono da hemolinfa dos insectos, e o
oligossacárido característico dos fungos. Encontrase igualmente presente em alguns vegetais,
nomeadamente em algas e pteridófitos.

Imagem 12.

A glucose pode, de igual modo, formar dissacarídeos com os seus isómeros. São os casos da
sacarose e da lactose (imagem 12). O primeiro resulta da condensação de dois
monossacáridos - glucose e frutose - ligados entre si por uma ponte glicosídica entre os
carbonos 1 da glucose e o carbono 2 da frutose. Este dissacarídeo é um dos mais importantes
compostos acumulados no decurso do processo fotossintético e é sem dúvida o açúcar com
maior significado no metabolismo vegetal e uso na alimentação humana, (Mathews, C.K. e
Van HOLDE, K.E., 1990).Quanto à lactose, um dissacarídeo existente sobretudo no leite dos
mamíferos, resulta da ligação da glucose com o seu isómero - a galactose - através de uma
ponte ß-glicosídea estabelecida entre os carbono 1 e 4 dos dois monossacáridos.

6.0.2.Polissacáridos
São polímeros de monossacáridos, mas formados por um número elevado de unidades
(superior a 10). A sua solubilidade na água é em geral reduzida. Existem dois tipos distintos
de polissacáridos:
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 homopolissacáridos e heteropolissacáridos.

Homopolissacáridos

Segundo Mathews, C.K. e Van HOLDE, K.E., (1990) São Constituídos apenas por
monossacáridos de um único tipo. Por exemplo, o amido, o glicogénio e a celulose são
polímeros da glucose.

Heteropolissacáridos

São constituídos por monossacáridos de mais de um tipo (exs. hemiceluloses, pectinas, gomas
e as mucilagens vegetais).

Nas plantas, o polissacárido de reserva mais comum é o amido, formado por dois
componentes, a amilose e a amilopectina. A amilose é constituída por centenas de moléculas
de glucose associadas entre si de forma não ramificada. Cada ligação efectua-se entre o
carbono 1 de uma molécula de glucose e o carbono 4 da molécula seguinte. A existência de
ligações glicosídicas do tipo a1,4, confere à cadeia de amilose uma característica especial, o
seu enrolamento em hélice, (Mathews, C.K. e Van HOLDE, K.E., 1990).

De certa forma, podemos considerar a amilose como uma forma especial de maltose.
No caso da amilopectina, este composto é formado por cadeias principais de glucose com
ligações do tipo a-1,4 e cadeias laterais ramificadas constituídas a partir de ligações
glicosídicas do tipo a-1,6.

Imagem 13.

O amido difere dos restantes polissacáridos pelo facto de existir sobre a forma de grãos que
são sintetizados no interior de plastos.
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A dimensão e a forma destes grãos são bastante variáveis, apresentando características


específicas que podem ser utilizadas na distinção de espécies afins.

O processo de formação destes grãos envolve a deposição do amido em camadas


concêntricas à volta de um ponto central denominado hilo. Estas camadas são constituídas por
complexos cristalinos de amilose e amilopectina arranjados radialmente.

Nos animais, a glucose de reserva encontra-se estruturada em polissacáridos que apresentam


estrutura e composição semelhantes às da amilopectina. Este polissacárido que se encontra
armazenado no fígado e nos músculos, embora também possa ser encontrado em algumas
algas e na maioria dos fungos, denomina-se glicogénio. Embora a sua estrutura se aproxime
da amilopectina difere dela, quer pela natureza e dimensão das cadeias que o constituem, quer
pela maior dimensão da sua molécula. A sua solubilidade é maior do que a do amido e
apresenta coloração vermelha pela solução de lugol.

Nos animais e fungos a celulose é substituída pela quitina, um polissacárido formado


por unidades de N-acetilglucosamina associadas através de ligações glicosídicas do tipo ß-1,4.
Este polissacárido existe como constituinte principal das carapaças dos insectos e crustáceos,
assim como elemento essencial da parede celular da grande maioria dos fungos. A quitina,
como a celulose, é de degradação difícil, sendo igualmente poucos os organismos que
dispõem de capacidade enzimática para o fazer.

Imagem 14. Ilustração da quitina.

7.LIPÍDEOS
De acordo com Campbell, M., (2000) Os lipídeos são definidos por um conjunto de
substâncias químicas que, ao contrário das outras classes de compostos orgânicos, não são
caracterizadas por algum grupo funcional comum, e sim pela sua alta solubilidade em
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solventes orgânicos e baixa solubilidade em água. Fazem parte de um grupo conhecido como
biomoléculas.

Os lipídeos se encontram distribuídos em todos os tecidos, principalmente nas


membranas celulares e nas células de gordura. Algumas substâncias classificadas entre os
lipídeos possuem intensa actividade biológica, entre elas incluem algumas como as vitaminas
e harmónios.

Embora os lipídeos sejam uma classe distinta de biomoléculas, veremos que eles
geralmente ocorrem combinados, seja valentemente ou através de ligações fracas, como
membros de outras classes de biomoléculas, para produzir moléculas hídricas tais como
glicolipídeos, que contêm tanto carboidratos quanto grupos lipídicos, e lipoproteínas, que
contêm tanto lipídeos como proteínas. Em tais biomoléculas, as distintas propriedades
químicas e físicas de seus componentes estão combinadas para preencher funções biológicas
especializadas.

Existem diversos tipos de moléculas diferentes que pertencem à classe dos lipídeos.
Embora não apresentem nenhuma característica estrutural comum todas elas possuem muito
mais ligações carbono-hidrogénio do que as outras biomoléculas, e a grande maioria possui
poucos heteroátomos. Isto faz com que estas moléculas sejam pobres em dipolos localizados
(carbono e hidrogénio possuem electronegatividade semelhante). Uma das leis clássicas da
química diz que “o semelhante dissolve o semelhante”: daí a razão para estas moléculas serem
fracamente solúveis em água ou etanol (solventes polares) e altamente solúveis em solventes
orgânicos (geralmente apolares hexano).Ao contrário das demais biomoléculas, os lipídeos
não são polímeros, isto é, não são repetições de uma unidade básica. Embora possam
apresentar uma estrutura química relativamente simples, as funções dos lipídeos são
complexas e diversas, actuando em muitas etapas cruciais do metabolismo e na definição das
estruturas celulares. (Campbell, M., 2000).

 Os químicos podem separar os lipídeos de uma amostra biológica através de uma


técnica conhecida como extracção;
 Um solvente orgânico é adicionado a uma solução aquosa da amostra e, com um
auxílio de um funil de separação, obtém-se a fase orgânica rica em lipídeos. Com a
evaporação do solvente orgânico obtém-se o lipídeo. E desta maneira que pode se
obter o óleo vegetal.
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Alguns lipídeos têm a habilidade de formar filmes sobre a superfície da água, ou mesmo de
formar agregados organizados na solução; estes possuem uma região, na molécula, polar ou
iónica, que é facilmente hidratada. Este comportamento é característico dos lipídeos que
compõe a membrana celular. Os lipossomas são “microenvelopes” capazes de envolverem
moléculas orgânicas e entregarem-nas ao “endereço biológico” correto, (Nelson, D. L. & Cox,
M. 2002).

7.0.Principais Funções dos Lipídeos


 Desempenham várias funções biológicas importantes no organismo, entre elas: -
Reserva de energia (1 g de gordura = 9 kcal) em animais e sementes oleaginosas,
sendo a principal forma de armazenamento os triacilgliceróis (triglicerídeos);
 Armazenamento e transporte de combustível metabólico;
 Componente estrutural das membranas biológicas;
 São moléculas que podem funcionar como combustível alternativo à glicose, pois são
os compostos bioquímicos mais calóricos em geração de energia metabólica através da
oxidação de ácidos graxos;
 Oferecem isolamento térmico, eléctrico e mecânico para protecção de células e órgãos
e para todo o organismo, o qual ajuda a dar a forma estética característica;
 Dão origem a moléculas mensageiras, como harmónios, prostaglandinas;
 As gorduras (triacilgliceróis), devido à sua função de substâncias de reserva, são
acumuladas principalmente no tecido adiposo, para ocasiões em que há alimentação
insuficiente.
 A reserva sob a forma de gordura é muito favorável à célula por dois motivos:
 Em primeiro lugar, as gorduras são insolúveis na água e, portanto não contribuem para
a pressão osmótica dentro da célula, e em segundo lugar, as gorduras são ricas em
energia; na sua oxidação total são liberados 38,13 kJ/g de gordura

7.0.1.Formas de utilização dos lipídeos


 Na alimentação: como óleos de cozinha, margarina, manteiga, maionese;
 Produtos manufacturados: sabões, resinas, cosméticos, lubrificantes.
 Combustíveis alternativos: como é o caso do óleo vegetal transesterificado que
corresponde a uma mistura de ácidos graxos vegetais tratados com etanol e ácido
sulfúrico que substitui o óleo diesel, não sendo preciso nenhuma modificação do
motor, além de ser muito menos poluente e isento de enxofre.
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Lipídeos são Classificados de Acordo com sua Solubilidade:

Imagem 15.

A hidrólise ácida dos triacilglicerídios leva aos correspondentes ácidos carboxílicos -


conhecidos como ácidos graxos. Este é o grupo mais abundante de lipídeos nos seres vivos, e
são compostos derivados dos ácidos carboxílicos.Este grupo é geralmente chamado de
lipídeos saponificáveis, porque a reação destes com uma solução quente de hidróxido de sódio
produzem o correspondente sal do ácido carboxílico, isto é, o denominado sabão sódico,
(Nelson, D. L. & Cox, M. 2002).

Os ácidos graxos possuem um pKa da ordem de 4,8. Isto significa que, em uma solução onde
o pH é 4,8, metade da concentração o ácido está ionizado;

A um pH maior (7, por exemplo) praticamente todo o ácido encontra-se ionizado, formando
um sal com o seu contra-íon; num pH menor (3, por exemplo) todo o ácido encontra-se
protonado. A natureza do cátion determina as propriedades do sal carboxílico formado.

Em geral, sais com cátions divalentes (Ca2+ ou Mg2+) não são bem solúveis em água,
ao contrário do formado com metais alcalinos (Na+ e K+), que são bastante solúveis em água
e em óleo são conhecidos como sabão. É por este motivo que, em regiões onde a água é rica
em metais alcalinos terrosos, é necessário se utilizar formulações especiais de sabão na hora
de lavar a roupa.

Na água, em altas concentrações destes sais, ocorre a formação de micelas - glóbulos


microscópicos formados pela agregação destas moléculas. Nas micelas, as regiões polares das
moléculas de sabão encontram-se em contacto com as moléculas de água, enquanto as regiões
hidrofóbicas ficam no interior do glóbulo, em uma pseudofase orgânica, sem contacto com a
água, (Nelson, D. L. & Cox, M. 2002).
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7.0.2.Classificação dos Ácidos Graxos


Os ácidos graxos podem ser classificados como saturados ou insaturados, dependendo da
ausência ou presença de ligações duplas entre carbono-carbono. Os insaturados (que contém
tais ligações) são facilmente convertidos em saturados através da hidrogenação catalítica (este
processo é chamado de redução).

A presença de insaturação nas cadeias de ácido carboxílico dificulta a interacção


intermolecular, fazendo com que, em geral, estes se apresentem, à temperatura ambiente, no
estado líquido; já os saturados, com uma maior facilidade de empacotamento intermolecular,
são sólidos. A margarina, por exemplo, é obtida através da hidrogenação de um líquido - o
óleo de soja ou de milho, que é rico em ácidos graxos insaturados. (Nelson, D. L. & Cox, M.
2002).

Imagem 16.
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8.Conclusão
Mediante o apresentado acima, pude constatar que Apesar da diversidade do mundo
biológico, a linguagem química que caracteriza esse mundo é na maioria dos casos comum.
Os organismos vivos são constituídos por unidades ou entidades químicas, as quais podem ou
não estar estruturadas sob a forma polimérica. No entanto, é sob a forma de polímeros que o
seu papel é mais significativo na dinâmica da vida. Entre os polímeros que caracterizam um
organismo salientam-se os polissacáridos (moléculas que armazenam energia química), as
proteínas (moléculas estruturais que podem facilitar reacções químicas específicas) e os
ácidos núcleicos (moléculas nas quais a informação hereditária é armazenada). Além destas
macromoléculas, encontramos outros compostos, igualmente responsáveis pela construção
dos organismos biológicos. Trata-se dos lípidos, nomeadamente fosfolípidos, componentes
essenciais das membranas biológicas, e dos nucleótidos, como o transportador principal da
energia química na célula, a adenosina-5'trifosfato (ATP).
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9.Bibliografia
CAMPBELL, M. Bioquímica. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

CARVALHO, Wanderley; Biologia em Foco, volume único – São Paulo: FTD, 2002.

J.M. Amabis; G.R. Martho; Fundamentos da Biologia Moderna,4.Ed,São


Paulo:Moderna.2006.

MATHEWS, C.K. e VAN HOLDE, K.E., “Biochemistry”.The Benjamin / Cummings


Publishing Company, Inc. (ed.), Menlo Park (California) 1990.

NELSON, D. L. & Cox, M. Lehninger – Princípios de Bioquímica. São Paulo: Sarvier, 3ª ed.,
2002.

RICARDO, C.P. e TEIXEIRA, A.N., “Moléculas biológicas - estrutura e propriedades”, 3ª


ed., Didáctica (ed.), Lisboa, 1983.

STRYER, L.; Tymoczko, J.L.; Berg, J.M. Bioquímica. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan, 5ª
ed., 2004.

VOET, D.; Voet, J.; Pratt, C. Fundamentos de Bioquímica. Porto Alegre: Artes Médicas,
2000.

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