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O PDF da aula foi criado pensando em ser enviado ao whatsapp da turma para que possam
acompanhar o conteúdo.
Farei a chamada dos alunos e seguirei explicando que, ao final das aulas, espero que tenham
uma noção de como o conhecimento acerca da vida está sendo construído por diferentes
autores ao longo do tempo, que possibilitam, aos poucos inferirmos a sua origem e os
mecanismos que a mantém.
Para que possam se familiarizar um pouco mais com a tecnologia e as possibilidades, vou
explicar de maneira simplificada sobre o que compõe os microscópios óptico e eletrônico.
Ambos consistem na sobreposição de lentes com curvaturas e distâncias específicas e de uma
fonte de luz ou feixes de eletróns.
O microscópio óptico terá então uma fonte de luz e acima desta, uma lente para condensar o
feixe de luz para a platina, onde estará, logo acima, a amostra. Acima desta, um conjunto de
lentes objetivas com aumentos de 10x, 40x e 100x e, por fim, um par de lentes oculares, que
ficarão próximas aos olhos do observador, e que geram, normalmente, um aumento de 10x,
que multiplicado pelo aumento da lente objetiva, podem alcançar magnitudes de 100x, 400x e
1000x. As amostras são preparadas em lamínas de vidro e cobertas por laminas muito finas,
denominadas lamínulas. Muitas amostras precisam ser coradas para que possamos identificá-
las e, para visualizar células em tecidos, é necessário que sejam cortes muito finos,
denominados, cortes histológicos.
Na microscopia eletrônica, a fote emite feixes de elétrons que também passarão por um
condensador que vai direcioná-los à amostra. Em seguida passarão para a lente objetiva e
então à lente do projetor para ser transmitida na tela de visualização. As amostras também
precisam passar por um tratamento para serem observáveis, através de cortes muito finas e
exposição a metais pesados.
Com os aumentos da microscopia óptica, podemos visualizar resoluções de até 0,2μm, cerca de
1000x menor que a resolução perceptível a olho nu. Pontos a uma distância menor que está
não serão diferenciados. Já o microsópio eletrônico pode alcançar resoluções de até 0,2nm,
1000x mais que o microscópio óptico e um milhão de vez mais que os nossos olhos.
Foi com o advento da microscopia que conseguimos compreender que a célula é a unidade
básica da vida, formada com a união de moléculas, diferenciadas do meio externo por uma
membrana semipermeável. Estas podem viver solitárias ou organizarem-se em colonias ou até
mesmo, fazerem parte de seres complexos, formados pela conexão de células especializadas
que formam órgãos, pertencentes a um sistema pertence a um indivíduo, e todas as formas de
vida e matéria interagem de alguma forma, fazendo parte da nossa biosfera.
Sendo considerada a unidade básica da vida, é natural que a ela sejam associadas teorias para
o surgimento da vida. Há 3,8 bilhoes de anos deve ter surgido a primeira célula, primitiva, a
partir da individualização das moléculas de ácido nucleico em uma biomembrana. Com o
surgimento das cianobactérias e sua capacidade fotossintética, a Terra começa a ter sua
atmosfera oxigenada. Desta primera célula surgiram as bactérias atuais e de um ancestral
comum com o subreino archea, surgiram as primerias células eucarióticas, com sistemas de
biomembranas internas e provável assimilação de outras bactérias para obtenção de energia.
Hoje classificamos a vida de maneira geral em 5 Reinos. O Reino monera contem as bactérias e
Archea, seres unicelulares procariotos. Os demais 5 reinos são todos formados por células
eucarióticas.
Todas as células possuem água e minerais e são formadas por 4 tipod principais de moléculas:
ácidos nucleicos, que forma o DNA e o RNA, proteínas, carboidratos e lipídios, ao últimos 3
possuindo funções estruturais e metabólicas.
Para que a primeira célula surgisse, foi necessário que houvesse um isolamento das moléculas
orgânicas permeável, onde ainda pudesse manter trocas controladas com o meio. Esta é
exatamente a função da membrana plasmática e das demais biomembranas das células
eucarióticas. Esta estrutura fluida e semipermeável somente é possivel pela sua contituição,
formada por uma bicamada de fosfolipídios , onde, na parte interna, ficam as porções
hidrofóbias dos fosfolipídios, e em contato com o meio interno e externo, a porção hidrofílica
das moléculas. Assim, as trocas com o meio são feitas a partir de microporos e proteínas
associadas às membranas. As membranas possuem também carboidratos associados aos
lipidios e proteínas o glicocálix, que confere a capacidade de reconhecimento e adesão a
outras células.
Faremos agora uma atividade prática, extraindo o DNA das células do morango.
Para tanto, nós vamos precisar esmagar os morangos, expô-los a uma soluçção de detergente e
sal, filtrar a solução e adicionar álcool ao filtrado. Por que será que é necessário esmagar e
colocar sal e sabão? Ao macerar, estamos separando mecanicamente os tecidos em uniddes
menores, expondo mais células à solução de lise. A solução é composta por detergente para
fazerf a quebra das moléculas de gordura que formam as biomembranas. As moléculas de DNA
ficarão então dissolvidas na solução, e com o auxílio do álcool e dos íos fornecidos pelo sal, o
DNA precipita e pode aparecer como uma nuvem na superfície.
O reino Monera engloba todas as formas de vida procarionte, que exibem, de maneira geral,
uma membrana plasmática e a ela associadas moléculas que fazem parte do processo de
respiração. Possuem o material genético condensado em um nucléolo e ribossomos dispersos
no citoplasma, para a produção de proteínas. Algumas podem possuir cromossomos menores,
chamados de plasmídeos, que conferem funções específicas para diferenciação e defesa, não
estando associado às funções metabólicas vitais. Recobrindo a membrana plasmática encontra-
se a parede celular, uma estrutura rígida que confere a forma a célula. Esta forma é
determinada genéticamente e tem relação com a forma como a mesma explora o ambiente.
Também podem apresentar flagelos para locomoção e fímbrias para a transferência
unidirecional de DNA. A parede celular também pode ser revestida por uma capsula gelatinosa
para proteção. Especialmente, as cianobactérias podem apresentar pigmentos fotossintético
presentes em granulos chamados cianossomos.
Possui um núcleo que envolve os cromossomos e suas membranas possuem poros para a
passagem do RNA e proteínas, próximo ao nucleo, está o retículo endoplasmático rugoso,
associado aos ribossomos na produção de proteínas. O retículo endoplasmático liso está
associado a produção de outras moléculas, em especial, os lipídios. O complexo de Golgi é
responsável por empacotar e enviar as proteínas produzidas ao seu destino. Especula-se que as
mitocôndrias sejam bacterias que foram englobadas pelas células eucarioticas primitivas,
devido ao fato de possuirem um DNA próprio. Elas cumprem a função de respiração celular, ou
seja, a quebra de moléculas orgânicas para obtenção de energia. Os lisossomos são
responsáveis pela digestão e reciclagem de nutrientes intracelular e os peroxissomos pela
degradação de compostos tóxicos, em especial, o peróxido de hidrogênio H2O2). O citoesquele
além de conferir susrtentação e resistência, está realcionado com o transporte de moléculas
dentro da célula e também com sua movimentação no meio. Algumas estruturas não estão
presentes em todas as células, como os vacúolos. Normalmente estes estão associados ao
armazenamento e digestão de substâncias. A Parede celular, ausente em células animais,
confere forma e proteção à célula, inclusive contra o rompimento devido ao acúmulo de água
quando em meio hipotônico. Por fim, os cloroplastos estão presentes em células
fotossintetizantes e apresentam DNA próprio e um sistema de membrana que forma os
tilacoides. Támbém infere-se que sua origem seja semelhante à das mitocôndrias, pelo
englobamento de células bacterianas.