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Roteiro para as aulas de introdução ao estudo de citologia

O PDF da aula foi criado pensando em ser enviado ao whatsapp da turma para que possam
acompanhar o conteúdo.

Iniciarei a aula me apresentando e explicando que ministrarei as aulas referentes ao capítulo 7


do livro didático Moderna Plus 1.

Farei a chamada dos alunos e seguirei explicando que, ao final das aulas, espero que tenham
uma noção de como o conhecimento acerca da vida está sendo construído por diferentes
autores ao longo do tempo, que possibilitam, aos poucos inferirmos a sua origem e os
mecanismos que a mantém.

Em 1590 é datada a criação do primeiro protótipo de um microscópio e consistia em duas


lentes posicionadas em um tubo. Robert Hook, 75 anos depois, publicou uma obra chamada
Micrografia, onde cunhava o uso do termo célula pela primeira vez. Menos de 10 anos após,
Leeuwenhoek vizualizou as primeiras células vivas, animais e inclusive bactérias e em 1839 é
então proposta a teoria celular por Schleiden e Schwann, com base no estudo de células de
plantas e animais. reconhecendo a célula como a unidade funcional básica da vida. Se
pararmos para pensar, não é difícil listarmos uma sequência de benefícios que advém do uso
da microscopia óptica. Desde de o reconhecimento dos agentes e mecanismos por trás de
diversas doenças, à geração da vida através da fertilização in vitro. Em 1931 é construído o
primeiro primeiro microscópio eletrônico. A partir do uso de feixes de elétrons, foi possivel
vizualizar as organleas celulares e até mesmo estruturas moleculares, abrindo também as
portas para o desenvolvimento da nanotecnologia.

Para que possam se familiarizar um pouco mais com a tecnologia e as possibilidades, vou
explicar de maneira simplificada sobre o que compõe os microscópios óptico e eletrônico.
Ambos consistem na sobreposição de lentes com curvaturas e distâncias específicas e de uma
fonte de luz ou feixes de eletróns.

O microscópio óptico terá então uma fonte de luz e acima desta, uma lente para condensar o
feixe de luz para a platina, onde estará, logo acima, a amostra. Acima desta, um conjunto de
lentes objetivas com aumentos de 10x, 40x e 100x e, por fim, um par de lentes oculares, que
ficarão próximas aos olhos do observador, e que geram, normalmente, um aumento de 10x,
que multiplicado pelo aumento da lente objetiva, podem alcançar magnitudes de 100x, 400x e
1000x. As amostras são preparadas em lamínas de vidro e cobertas por laminas muito finas,
denominadas lamínulas. Muitas amostras precisam ser coradas para que possamos identificá-
las e, para visualizar células em tecidos, é necessário que sejam cortes muito finos,
denominados, cortes histológicos.

Na microscopia eletrônica, a fote emite feixes de elétrons que também passarão por um
condensador que vai direcioná-los à amostra. Em seguida passarão para a lente objetiva e
então à lente do projetor para ser transmitida na tela de visualização. As amostras também
precisam passar por um tratamento para serem observáveis, através de cortes muito finas e
exposição a metais pesados.
Com os aumentos da microscopia óptica, podemos visualizar resoluções de até 0,2μm, cerca de
1000x menor que a resolução perceptível a olho nu. Pontos a uma distância menor que está
não serão diferenciados. Já o microsópio eletrônico pode alcançar resoluções de até 0,2nm,
1000x mais que o microscópio óptico e um milhão de vez mais que os nossos olhos.

Foi com o advento da microscopia que conseguimos compreender que a célula é a unidade
básica da vida, formada com a união de moléculas, diferenciadas do meio externo por uma
membrana semipermeável. Estas podem viver solitárias ou organizarem-se em colonias ou até
mesmo, fazerem parte de seres complexos, formados pela conexão de células especializadas
que formam órgãos, pertencentes a um sistema pertence a um indivíduo, e todas as formas de
vida e matéria interagem de alguma forma, fazendo parte da nossa biosfera.

Sendo considerada a unidade básica da vida, é natural que a ela sejam associadas teorias para
o surgimento da vida. Há 3,8 bilhoes de anos deve ter surgido a primeira célula, primitiva, a
partir da individualização das moléculas de ácido nucleico em uma biomembrana. Com o
surgimento das cianobactérias e sua capacidade fotossintética, a Terra começa a ter sua
atmosfera oxigenada. Desta primera célula surgiram as bactérias atuais e de um ancestral
comum com o subreino archea, surgiram as primerias células eucarióticas, com sistemas de
biomembranas internas e provável assimilação de outras bactérias para obtenção de energia.

Hoje classificamos a vida de maneira geral em 5 Reinos. O Reino monera contem as bactérias e
Archea, seres unicelulares procariotos. Os demais 5 reinos são todos formados por células
eucarióticas.

Em geral, as células possuem a capacidade de assimilar os nutrientes do meio, e transformá-los


visando o seu crescimento e divisão. Algumas conseguem ainda interagir e trocar material
genático com outras células e movimentarem-se ou diferenciarem-se.

Todas as células possuem água e minerais e são formadas por 4 tipod principais de moléculas:
ácidos nucleicos, que forma o DNA e o RNA, proteínas, carboidratos e lipídios, ao últimos 3
possuindo funções estruturais e metabólicas.

Para que a primeira célula surgisse, foi necessário que houvesse um isolamento das moléculas
orgânicas permeável, onde ainda pudesse manter trocas controladas com o meio. Esta é
exatamente a função da membrana plasmática e das demais biomembranas das células
eucarióticas. Esta estrutura fluida e semipermeável somente é possivel pela sua contituição,
formada por uma bicamada de fosfolipídios , onde, na parte interna, ficam as porções
hidrofóbias dos fosfolipídios, e em contato com o meio interno e externo, a porção hidrofílica
das moléculas. Assim, as trocas com o meio são feitas a partir de microporos e proteínas
associadas às membranas. As membranas possuem também carboidratos associados aos
lipidios e proteínas o glicocálix, que confere a capacidade de reconhecimento e adesão a
outras células.

Faremos agora uma atividade prática, extraindo o DNA das células do morango.

Para tanto, nós vamos precisar esmagar os morangos, expô-los a uma soluçção de detergente e
sal, filtrar a solução e adicionar álcool ao filtrado. Por que será que é necessário esmagar e
colocar sal e sabão? Ao macerar, estamos separando mecanicamente os tecidos em uniddes
menores, expondo mais células à solução de lise. A solução é composta por detergente para
fazerf a quebra das moléculas de gordura que formam as biomembranas. As moléculas de DNA
ficarão então dissolvidas na solução, e com o auxílio do álcool e dos íos fornecidos pelo sal, o
DNA precipita e pode aparecer como uma nuvem na superfície.

Dando continuidade ao conteúdo, falaremos agora da composição dos tipos celulares, a


começar pelos procariotos.

O reino Monera engloba todas as formas de vida procarionte, que exibem, de maneira geral,
uma membrana plasmática e a ela associadas moléculas que fazem parte do processo de
respiração. Possuem o material genético condensado em um nucléolo e ribossomos dispersos
no citoplasma, para a produção de proteínas. Algumas podem possuir cromossomos menores,
chamados de plasmídeos, que conferem funções específicas para diferenciação e defesa, não
estando associado às funções metabólicas vitais. Recobrindo a membrana plasmática encontra-
se a parede celular, uma estrutura rígida que confere a forma a célula. Esta forma é
determinada genéticamente e tem relação com a forma como a mesma explora o ambiente.
Também podem apresentar flagelos para locomoção e fímbrias para a transferência
unidirecional de DNA. A parede celular também pode ser revestida por uma capsula gelatinosa
para proteção. Especialmente, as cianobactérias podem apresentar pigmentos fotossintético
presentes em granulos chamados cianossomos.

As células eucariontes diferenciam-se principalmente pelo sistema interno de biomembranas


que compartimentaliza suas funções metabólicas. Geralmente são maiores e mais complexas
estrturalmente que as que procariontes.

Possui um núcleo que envolve os cromossomos e suas membranas possuem poros para a
passagem do RNA e proteínas, próximo ao nucleo, está o retículo endoplasmático rugoso,
associado aos ribossomos na produção de proteínas. O retículo endoplasmático liso está
associado a produção de outras moléculas, em especial, os lipídios. O complexo de Golgi é
responsável por empacotar e enviar as proteínas produzidas ao seu destino. Especula-se que as
mitocôndrias sejam bacterias que foram englobadas pelas células eucarioticas primitivas,
devido ao fato de possuirem um DNA próprio. Elas cumprem a função de respiração celular, ou
seja, a quebra de moléculas orgânicas para obtenção de energia. Os lisossomos são
responsáveis pela digestão e reciclagem de nutrientes intracelular e os peroxissomos pela
degradação de compostos tóxicos, em especial, o peróxido de hidrogênio H2O2). O citoesquele
além de conferir susrtentação e resistência, está realcionado com o transporte de moléculas
dentro da célula e também com sua movimentação no meio. Algumas estruturas não estão
presentes em todas as células, como os vacúolos. Normalmente estes estão associados ao
armazenamento e digestão de substâncias. A Parede celular, ausente em células animais,
confere forma e proteção à célula, inclusive contra o rompimento devido ao acúmulo de água
quando em meio hipotônico. Por fim, os cloroplastos estão presentes em células
fotossintetizantes e apresentam DNA próprio e um sistema de membrana que forma os
tilacoides. Támbém infere-se que sua origem seja semelhante à das mitocôndrias, pelo
englobamento de células bacterianas.

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