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Células Procariontes, Eucariontes e Composição Química

da Célula

Laís Bernardo Lopes


15/04/2019
2019.1.05.027

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Introdução

A vida terrestre passou, ao longo dos anos, por várias mudanças,


tais quais possibilitaram a sobrevivência e proliferação de certas
espécies. A seleção natural, juntamente com mutações, essas
espontâneas, foi o mecanismo que possibilitou a evolução.
Inicialmente, surgiram as células procariontes, mais simples e
menores, mais tarde, com a evolução, vieram as eucariontes, com
estrutura mais elaborada e assim, possibilitando o surgimento de
espécies mais elaboradas, como espécies multicelulares.
Como consequência da fragilidade e não complexidade das células
procariontes, os primeiros seres celulares eram simples,
unicelulares, heterotróficos e fermentadores. Com o surgimento das
células mais desenvolvidas e que permitiam a sobrevivência de
seres com maior complexidade, organismos multicelulares.

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Células Procariontes
As células Procariontes constituem as bactérias, que são os
menores seres vivos e os mais simples do ponto de vista estrutural.
Por não possuir compartimentos separados por membranas, ou
seja, organelas internas, seu tamanho é reduzido, por isso,
diferentemente das células eucariontes, os metabólicos apenas se
difundem pelo citoplasma.
As bactérias podem assumir diversas formas, entre elas: esféricas,
e essas são denominadas cocos, ou também alongadas,
denominadas bacilos e quando estão em formas helicoidais, são
denominadas espirilos. Frequentemente aparecem em grupos,
assim denominados: os Coco e passar os formam os diplococos,
em fileiras formam os estreptococos e em cachos de uva,
estafilococos.

A estrutura das bactérias é simples, apesar de sua complexidade


metabólica. Não possuem o envoltório nuclear, porém envolvendo
seu citoplasma há várias camadas: primeiramente, uma membrana
plasmática, em seguida, envolvendo a membrana, uma rígida e
espessa camada, a parede bacteriana e, por fora da parece, pode-
se formar uma terceira camada, viscosa, a cápsula.

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A membrana plasmática bacteriana é semelhante a membrana
plasmática das células eucariontes, ambas possuem a mesma
estrutura trilaminar. É nessa estrutura que se situam receptores
(proteínas) relacionados ao transporte transmembrana e as
moléculas da cadeia respiratória, análoga à existente na membrana
interna das mitocôndrias – levando a presente em células
eucariontes.
Por vezes, pode-se observar invaginações irregulares da
membrana, dando origem a um complexo, esse denominado
mesosoma (meso- meio, e, soma- corpo), estrutura que tem função
de aumentar a superfície de contato da membrana, lugar onde
estão situadas as enzimas respiratórias e tem ligação também com
a formação de septos e da parede, que aparecem durante a divisão
bacteriana.
Toda bactéria contém um ou mais nucleóides, que são massas
arredondadas, formadas por um filamento circular de DNA e que
prende -se a uma invaginação da membrana plasmática. Tal DNA é
constituído por uma dupla hélice e é denominado cromossoma
bacteriano. Ele se divide por fissão longitudinal, e, diferentemente
da mitose nas células eucariontes, não ocorre o aparecimento de
cromossomas condensados.
A parede bacteriana é rígida, e por isso responsável pela forma da
célula e mantém a função de proteção contra a cultura e contra a
penetração de vírus. A grande parte das bactérias mantém pressão
osmótica interna em torno de 5 a 20 atmosferas, pelo transporte
ativo de moléculas e íons, pressão essa mais elevada do que a
pressão osmótica dos ambiente onde elas vivem naturalmente.
Porque a parede impede a ruptura das bactérias, ela podem
sobreviver e se multiplicar em meios hipotônicos. Apesar de rígida e
resistente, a parede bacteriana é permeável, o que permite nutrição
célula e a saída de moléculas diversas nela produzidas.

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As bactérias podem ser divididas em dois grupos levando em conta
as propriedades de suas paredes: Gram-positivas e Gram-
negativas. A separação das bactérias em cada grupo varia de
acordo com sua resposta a coloração Gram.
1. Gram-positivas

As bactérias Gram-positivas, após o método de coloração Gram,


aparecem coradas de roxo, como ilustra a imagem acima. A parede
dessas células é simples, sendo formada apenas por uma espessa
camada de peptidoglicanas, que fica entre a membrana
citoplasmatica e a cápsula. Esse é um composto comum das
paredes bacterianas, é responsável pela rigidez e resistência delas.
Geralmente a parede das células Gram-positivas possui moléculas
de ácidos teicóicos.

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2. Gram-negativas

As bactérias Gram-negativas, após a coloração Gram não retêm a


cor roxa, mas para facilitar sua observação através do microscópio
é corada de vermelho, como ilustra a imagem acima. A parede das
bactérias Gram-negativas é mais complexa, formada por uma
camada de peptidoglicanas, mais delgada que a das Gram-
positivas, em seguida uma camada de lipoproteínas, depois a
membrana externa e a camada de lipossacarídeos.

O metabolismo bacteriano é muito diversificado, graças a essa


característica que asa bactérias são encontradas nas mais diversas
condições ecológicas. Do ponto de vista metabólico, as bactérias
podem ser dívidas entre fototróficas (photos- luz, e, trophe-
nutrição) e quimiotróficas. A primeira obtémsua energia a partir da
luz solar, e a segunda, a partir dos compostos químicos.
Funções das partes das bactérias:

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 Cápsula: antigênica e de adesão
 Nucleóide: contém informação genética
 Parede: manutenção da forma e proteção
 Mesosomas: concentração de enzimas respiratórias
 Membrana plasmática: sede de enzimas de respiração
aeróbica
 Grânulo: acúmulo de alimento
 Citosol: sede de enzimas de processos metabólicos
 Polirribosomas: sintetizar proteínas
 Plasmideo: contém informação genética
Para resistir aos ambientes adversos, as bactérias formam esporos,
estruturas resistentes que suportam condições críticas de
temperatura e falta de água que, normalmente, levariam à morte.
A divisão das bactérias ocorre sem mitose, por formação de septos.
É um processo rápido (em condições ideais pode ocorrer a cada 20
minutos). A síntese de DNA bacteriano ocorre de modo
semiconservador, como também acontece nas células eucariontes.
À medida que o DNA do cromossoma original separar suas duas
cadeias, cata uma delas serve como molde, ou seja, como fonte
fonte de informações para a formação de uma nova cadeia de DNA.
Os novos cromossomas têm, cada um, uma cadeia antiga e uma
cadeia nova de DNA.

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Células Eucariontes

As células eucariontes são mais e mais desenvolvidas que as


procariontes. Algumas vivem vida livre e unicelular, como as
leveduras e as amebas, outras vivem em agrupamentos
multicelulares.
Todas as células eucarióticas possuem núcleo, isso significa
possuir também uma variedade de outras organelas, tais como
mitocôndrias, cloroplastos, membrana internas, aparelho de Golgi,
etc.
1. Núcleo
É no núcleo que o DNA fica contido, sendo assim o depósito de
informações da célula. Ele é a organelas mais sobressalente de
uma célula. É envolvido por uma dupla membrana concêntrica que
forma o envelope nuclear e contém moléculas de DNA.

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2. Mitocôndrias
As mitocôndrias estão presentes em todas as células eucariontes.
Possuem uma estrutura distinta sob o microscópio eletrônico: cada
mitocôndria tem uma estrutura similar a uma salsicha e é envolvida
por duas membranas separadas. A membrana interna é formada
por dobras que se projetam para seu interior. Elas têm seu próprio
DNA e se reproduzem dividindo -se em duas. Por sua similaridade
com as bactérias, supõe -se que se originaram delas, pela teoria
endossimbiotica.

As mitocôndrias são geradoras de energia química para a célula.


Elas realizam respiração celular, processo no qual consomem
oxigênio e liberam dióxido de carbono. Além disso, elas aproveitam
a energia a partir da oxidação de moléculas alimentares para
produzir ATP (adenosina trifosfato).

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3. Cloroplastos
Os cloroplastos são grandes organelas verde encontradas apenas
nas células vegetais e algas. Possuem uma estrutura ainda mais
complexas que a das mitocôndrias: além das duas membranas,
possuem pilhas internas de membranas contendo o pigmento
clorofila.

Os animais apenas podem utilizar a energia química que eles


obtêm através da alimentação, já as plantas podem obter sua
energia diretamente através da luz solar, e as organelas que
permitem isso são os cloroplastos. Os cloroplastos, partindo do
ponto de vista da vida na Terra, realizam uma função mais
importante que as mitocôndrias, isto é, capturam a energia solar em
moléculas de clorofila e utilizam essa energia para produzir
moléculas de açúcar ricas em energia.
Assim como as mitocôndrias, os cloroplastos possuem DNA próprio
e reproduzem-se dividindo em dois.
4. Membranas Internas
O citoplasma contém uma abundância de outras organelas, a
maioria envolvida por membranas simples, que realizam várias
funções. Grande parte dessas estruturas estão envolvida com a
exportação e importação de materiais crus, substâncias
manufaturadas e produtos que não serão úteis. O tamanho dessas
organelas varia de acordo com a necessidade de utilização em
cada célula específica.

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4¹. Retículo Endoplasmático (RE)
É um labirinto irregular de espaços interconectados envolvido por
uma membrana dobrada. É o espaço no qual a maioria dos
componentes da membrana celular são sintetizados.

4². Aparelho de Golgi


É uma pilha de sacos achatados envolvidos por membranas.
Recebe e frequentemente modifica quimicamente as moléculas
sintetizadas no RE e então as excreta.

4³. Lisossomos
São organelas pequenas de forma irregular nas quais ocorre a
digestão intracelular, liberando nutrientes a partir de pedaços de
alimentos e degradando moléculas indesejáveis pata excreção.

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4⁴. Peroxissomos
São pequenas vesículas envolvidas por membranas que fornecem
um meio abrangente de reações nas quais o peróxido de hidrogênio
é gerado e degradado.

Células animais podem englobar partículas muito grande ou até


mesmo células estranhas inteiras por endocitose. A exocitose, que
é o processo reverso, ocorre quando as vesículas do interior da
célula se fusionam com a membrana plasmática e liberam seus
conteudos para o meio externo. Ambos os processos estão
representados na figura abaixo:

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5. Citosol
O citosol é um gel aquoso concentrado, formado de moléculas
grandes e pequenas. É aquilo que resta na célula se a membrana
plasmática e as organelas fossem retiradas. Em grande parte das
células, o citosol preenche o maior compartimento, que no caso das
bacterias, é o único compartimento intracelular. Ele é onde ocorrem
várias reações químicas fundamentais para a existência da célula.
A manufatura das proteínas, um dos processos de síntese mais
básico da célula, ocorre no citosol.

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6. Citoesqueleto
O citoesqueleto é responsável pelos movimentos celulares
direcionados. Nas células eucarióticas, o citosol é cruzado por
filamentos longoa e finos de proteínas. Normalmente são vistos
ancorados por uma extremidade à membrana plasmática. Esse
sistema de filamentos é chamado de citoesqueleto. Os filamentos
mais finos são os filamentos de actina, que são encontrados em
maior número dentro das células musculares, onde ocorre
contrações. Os filamentos mais grossos são os microtúbulos, são
parte da divisão celular, puxando os cromossomos duplicados em
direções opostas. Os filamentos que têm espessura média são os
filamentos intermediários, que têm função de sustentação estrutural
na célula.

Composição Química das Células


As células são constituídas por íons minerais, água (65%),
proteínas, ácidos nucleicos, lipídeos, polissacarideos e moléculas
orgânicas menores.
1. Água
As primeiras células surgiram surgiram na massa líquida que cobria
a maioria da superfície terrestre, há bilhões de anos. De qualquer
modo, a origem das células está relacionada com a água, tal que
essa é a molécula mais abundante em todas as células. A água e
seus íons influem poderosamente na configuração e propriedades
biológicas das macromoléculas.

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A molécula da água é morfologica e eletricamente assimétrica. A
molécula de água, apesar de ser representada com H-O-H, não é
reta. Por causa da grande atração exercida pelo núcleo de oxigênio
sobre os elétrons, a molécula é relativamente positiva no lado do
dois hidrogênio, e relativamente negativa no lado do oxigênio, ou
seja, a molécula de água é um dipolo.
Por sua natureza dipolar, a água é um dos melhores solventes
conhecidos (solvente universal). Essa alta solubilidade tem papel
importante nas propriedades biológicas das macromoléculas. Os
polímeros celulares são polares (carboxila, hidroxila, aldeído, sulfato
e fosfato) e apolares.
2. Compostos de Carbono
Praticamente todas as moléculas de uma célula têm o carbono
como base. O carbono é inigualável na sua capacidade de formar
moléculas grandes a partir da ligação C-C, uma ligação altamente
estável, de momo a compor cadeias e anéis, e, assim, formar
moléculas grande e complexas, não havendo um limite para o
tamanho. Os compostos de carbono na célula são denominados
moléculas orgânicas, e as demais moléculas, inorgânicas.
Todas as moléculas orgânicas são sintetizadas e degradadas a
partir de um mesmo conjunto de compostos simples.

Blocos constitutivos das células Grandes unidades das células


Açúcares Polissacarideos
Ácidos Graxos Gorduras, lipídeos, membranas
Aminoácidos Proteínas
Nucleotídeos Ácidos nucleicos

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Bibliografia
JUNQUEIRA, L. C. e CARNEIRO, J. Biologia Celular, 2° edição. Rio
de Janeiro, Guarnabara Koogan.
JUNQUEIRA, L. C. e CARNEIRO, José. Biologia Celular e
Molecular, 6° edição. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan.
ALBERTS, B. Fundamentos da Biologia Celular, 2° edição. Artmed.

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