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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS (FCA)

LICENCIATURA EM ENGENHARIA AGRO-PECUÁRIA

Disciplina: Bioquímica

Tema: Metabolismo Energético

Discentes:

Epifania Da Consolata Brígido Eduardo

Código: 213052071012

Docente:

Eng. Joaquim Viola

Ulóngué, Maio de 2022


UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS (FCA)

LICENCIATURA EM ENGENHARIA AGRO-PECUÁRIA

Disciplina: Bioquímica

Tema: Metabolismo Energético

Discentes:

Epifania Da Consolata Brígido Eduardo

Código: 213052071012

Docente:
Eng. Joaquim Viola

Trabalho elaborado pela Estudante do Curso de


Engenharia de agro-pecuária da Universidade Zambeze –
Faculdade de Ciências Agrárias (FCA) no âmbito da
disciplina Bioquímica para fins avaliativos, pela
orientação do docente da cadeira.

Ulóngué, Maio de 2022


Índice
Objectivos................................................................................................................................5

Metodologia.............................................................................................................................6

Historial de metabolismo..........................................................................................................7

Revisao Bibliografica...............................................................................................................8

O metabolismo tem quatro funções específicas’.......................................................................8

Fases do metabolismo..............................................................................................................9

Metabolismo energetico..........................................................................................................9

Unidades de Energia...............................................................................................................11

Métodos que Determinam o Valor Energético dos Alimentos................................................11

Glicose e Glicólise.................................................................................................................12

Fontes de energia metabólica.................................................................................................13

Particularidades do metabolismo energético no gênero Mycobacterium................................13

Conclusão...........................................................................................................................14

Referencias bibliográficas......................................................................................................15
Introdução

No presente trabalho irei abordar o seguinte tema: Metabolismo energético. O ser vivo
alimenta-se para satisfazer duas necessidades básicas que são obter substâncias que lhe
são essenciais, obter energia para a manutenção dos processos vitais e fornecer energia
para o organismo.

Metabolismo energético compreende todas as vias utilizadas pelo organismo para


obter e usar energia química oriunda do rompimento das ligações químicas presentes-
nos nutrientes que compõem os alimentos.
Então, duma forma resumida vou abordar aspectos mais relevantes sobre o tema em
questão, como historial, definições, E também de uma forma clara e breve vou detalhar
cada ponto que irei apresentar para melhor e boa percepção do trabalho.

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Objectivos
Objectivo geral.

 Tem como objectivo intender os processos químicos da satisfação das


necessidades da energia do individuo.

Objectivos específicos

 Conceituar as substâncias que lhe são essenciais;


 Apontar energia para a manutenção dos processos vitais
 Demostrar as funções especificas de metabolismo

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Metodologia
Segundo PRODANOV & FREITAS (2013; 14) define metodologia como sendo o
caminho ou procedimento para se chegar a um determinado fim ou alcançar um certo
objectivo.

A finalidade desta pesquisa é de carácter descritivo onde busca-se evidenciar processos


satisfação de energia nos seres humanos.

De acordo com Aidil Barros e Neide Aparecida (1990):

Na pesquisa descritiva ocorre: [...] descrição do objecto por meio da observação e do


levantamento de dados ou ainda pela pesquisa bibliográfica e documental. (Aidil &
Neide, 1990, p. 34).

Quanto ao método, a pesquisa será bibliográfica onde é estendida a partir de material


publicado, constituído principalmente de livros e artigos em periódicos, (Lakatos &
Marconi, 2010). A colecta de dados será totalmente electrónica por meio da internet, na
qual será orientada pelas palavras-chaves envolvidas na temática estudada como:
Metabolismo energético.

Será pesquisado por meio de livros disponibilizados na Internet, onde todo material
pesquisado será analisado e revisado. Também foram pesquisados e analisados alguns
livros envolvendo a temática abordada.

Para análise dos dados será utilizada a abordagem qualitativa onde a aplicação desse
método considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o objecto de
pesquisa, que não pode ser traduzido em números, sendo utilizada a interpretação dos
fenómenos e a atribuição de significados por meio de qualidade, características ou ainda
narrativas (Prodanov, 2013)

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Historial de metabolismo

A história do estudo científico do metabolismo estende-se por quatro séculos, tendo


evoluído da observação de organismos animais inteiros até ao estudo de reacções
metabólicas individuais na Bioquímica moderna. As primeiras experiências conduzidas
de forma controlada foram publicadas por Santorio Santorio em 1614 no seu livro Ars
de statica medecina. Neste, Santorio descreveu como determinou o seu próprio peso
antes e depois de comer, beber, dormir, trabalhar, ter relações sexuais, jejuar e excretar.
Ele descobriu que a maior parte da comida ingerida era perdida no que ele chamou de
"perspiração insensível"

Nestes estudos iniciais, os mecanismos destes processos metabólicos não eram


conhecidos; pensava-se que o tecido vivo era animado por uma "força vital". No século
XIX, enquanto estudava a fermentação do açúcar a álcool por leveduras, Louis
Pasteur concluiu que a fermentação era catalisada por substâncias dentro das células de
levedura, a que ele chamou de "fermentos". Pasteur escreveu que "a fermentação
alcoólica é um acto correlacionado com a vida e organização das células de levedura,
não com a morte ou putrefacção das células." Esta descoberta, junto com a publicação
da síntese química da ureia por Friedrich Wöhler em 1828, provou que os compostos
orgânicos e as reacções químicas existentes nas células partilham o mesmo princípio
que qualquer outra área da Química.

A descoberta das enzimas no início do século XX, por Eduard Buchner, separou o


estudo das reacções químicas do metabolismo do estudo biológico das células,
marcando o início da Bioquímica como ciência independente. A quantidade de
conhecimento bioquímico cresceu rapidamente durante o início do século XX. Um
dos bioquímicos mais prolíficos dessa época foi Hans Krebs, que fez diversas
contribuições no estudo do metabolismo. Ele descobriu o ciclo da ureia e, mais tarde,
junto com Hans Kornberg, o ciclo dos ácidos tricarboxílicos  (também conhecido por
esta razão como ciclo de Krebs) e o ciclo do glioxilato.

A investigação bioquímica moderna tem sido ajudada com a invenção e


desenvolvimento de diversas técnicas, como a cromatografia, a difracção de raios X,
a espectroscopia de ressonância magnética nuclear, a marcação isotópica, a microscopia
electrónica e simulações de dinâmica molecular. Estas técnicas permitiram a descoberta
e análise detalhada de diversas moléculas e vias metabólicas nas células

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Revisão Bibliográfica
(Segundo Lauren & Victor, 2020) Metabolismo é o nome dado ao conjunto de todas as
reacções que ocorrem no organismo. Essas inúmeras reacções são reguladas e
catalisadas por enzimas. Dentre as funções do metabolismo, podemos destacar a
obtenção de energia. Existem dois grandes processos metabólicos, o catabolismo e o
anabolismo.

O metabolismo pode ser definido também como o conjunto de todas as reacções que
ocorrem no organismo para controlar os recursos materiais e energéticos, de forma a
suprir as suas necessidades estruturais e energéticas. Essas reacções são catalisadas por
diversas enzimas e têm como objectivos: obtenção de energia química; conversão das
moléculas dos nutrientes em precursoras de macronutrientes, como aminoácidos, bases
nitrogenadas, açúcares e ácidos graxos; produção de macromoléculas, como proteínas,
ácidos nucleicos, polissacarídeos e lipídios; síntese e degradação de biomoléculas
especializadas.

O metabolismo tem quatro funções específicas


 Obter energia energia química pela degradação de nutrientes ricos em energia
oriundos do ambiente;
 Converter as moléculas dos nutrientes em unidades fundamentais precursoras
das macromoléculas celulares;

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 Reunir e organizar estas unidades fundamentais em proteínas, ácidos nucleicos e
outros componentes celulares;
 Sintetizar e degradar biomoléculas necessárias às funções especializadas das
células.

Fases do metabolismo
O catabolismo é a fase de gradativa do metabolismo; nela, as moléculas orgânicas
nutrientes, carboidratos, lipídios e proteínas provenientes do ambiente ou dos
reservatórios de nutrientes da própria célula são degradados por reacções consecutivas
em produtos finais menores e mais simples.

O anabolismo é uma fase sintetizante do metabolismo. É nele que as unidades


fundamentais são reunidas para formar as macromoléculas componentes das células,
como as proteínas, DNA etc..

Metabolismo energético

Biologia plural editora, 2010

O metabolismo energético compreende o conjunto de reacções que envolvem trocas


energéticas no organismo. Para que essas reacções ocorram, são necessários substratos
energéticos, que são provenientes da alimentação. As principais fontes de energia
utilizadas nessas reacções são os carboidratos, os lipídios e as proteínas. No processo de
digestão, os alimentos são quebrados em moléculas menores e absorvidos, indo para a
corrente sanguínea ” (FAO/OMS –  1985)

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 Necessidade de energia:
 
“Dose de energia alimentar ingerida que compensa o gasto de energia, quando o tamanho e
composição do organismo e grau de actividade física desse indivíduo é compatível com
um estado duradouro de boa saúde e permite a manutenção da actividade física que seja
economicamente necessária e socialmente desejável” (FAO/OMS –  1985)
 
 Gasto Energético:
 
 Taxa metabólica basal + efeito térmico da actividade física + efeito térmico do
alimento + termogênese facultativa = GASTO ENERGÉTICO DE 24 HORAS.

 TAXA METABÓLICA BASAL - TMB:  > componente do gasto energético 


– 60 a 75% do gasto energético diário – manutenção dos processos vitais.

 Massa corporal magra  –  principal determinante da TMB

 EFEITO TÉRMICO DA ATIVIDADE FÍSICA –  segundo > componente do


gasto energético – 15 a 30% das necessidades de energia

 EFEITO TÉRMICO DOS ALIMENTOS –  10% do gasto energético diário e equivale ao


incremento no gasto energético acima da TMB

 TERMOGÊNESE FACULTATIVA:  modificação no gasto de energia decorrente


de mudanças na temperatura, ingestão de alimentos, estrese emocional e outros
factores. (humanos?)

 SEXO, IDADE, COMPOSIÇÃO CORPORAL, GRAVIDEZ

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Unidades de Energia
(Prof. Renato Moreira Nunes, 2011)

 Caloria:
• Unidade de energia + utilizada – quilocaloria = 1000 calorias.
• 1 Caloria é a quantidade de calor necessário para aumentar a temperatura de 1
Kg de água a 1°C.
 Joule:
• Unidade de medida da energia no sistema Internacional de unidades (SI).
• Quantidade de energia utilizada quando 1 Kg é movido 1 metro pela força de 1
Newton.
• 1 Kcal = 4,184 KJ.

Métodos que Determinam o Valor Energético dos Alimentos

 Calorimetria Directa
• Mede directamente o calor (energia) produzido pelo alimento.
 Equipamento:
• Bomba Calorimétrica (recipiente de metal fechado e imerso em água)
 Funcionamento:
• Amostra de alimento é queimada e a elevação da temperatura da água
= energia calorífica ou calorias geradas pelo alimento.
 Mede a energia bruta dos alimentos:
• 1g de CHO 4,10 cal
• 1g de LIP 9,45 cal
• 1g de PTN 5,65 cal
• 1g de Álcool 7,10 cal

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Glicose e Glicólise
A glicose apresenta um papel central no metabolismo energético como combustível e
fonte de carbono, representando grande reserva de energia potencial. Além disso, é um
precursor altamente versátil de aminoácidos, coenzimas, ácidos graxos, colesterol,
dentre outros (Nelson & Cox, 2011).

A captação de glicose nas células ocorre por meio de transportadores proteicos


específicos denominados de GLUT (“Glucose Transporter” - transportadores de
glicose). Um grande número de isoformas de GLUT já foram identificados e clonados,
apresentando diferentes afinidades e capacidades de transportar glicose, sendo expressos
em diferentes tecidos (Manolescu, et al., 2007).

Ao entrar na célula, a glicose pode ser fosforilada pela acção da enzima hexocinase
(HK) e o produto desta reacção é a glicose-6-fosfato (G6P) que apresenta variáveis
destinos, podendo ser incorporada a outras moléculas como o glicogénio e outros
glicoconjugados, ou seguir vias metabólicas como a glicólise e a via das pentoses-
fosfato (Nelson & Cox, 2011).

A oxidação da glicose pela via glicolítica é um importante caminho metabólico sendo


bastante conservado na degradação de carboidratos na maioria dos organismos. Esta via
gera como produto final duas moléculas de piruvato através de dez reações sequenciais
realizadas por diferentes enzimas. As reacções glicolíticas ocorrem no citosol e
normalmente são separadas em duas fases. A primeira fase é dita preparatória, onde há o
requerimento de energia na forma de ATP para ativar a molécula de glicose através da
sua fosforilação para as reações oxidativas posteriores, e a segunda, é denominada de
pagamento ou produtora de energia.

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O ATP consiste em uma molécula de adenosina (formada pela união de adenina e uma
ribose) ligada a uma série de três grupos fosfato. Observe ao lado a fórmula estrutural
do ATP:

Quando perde um de seus fosfatos, o ATP torna-se ADP, ou adenosina de fosfato.

Fontes de energia metabólica


Os carboidratos, gorduras e proteínas são produtos de alto conteúdo energético ingerido
pelos animais, para os quais constituem a única fonte energética e de compostos
químicos para a construção de células. Estes compostos seguem rotas metabólicas
diferentes, que têm como finalidade produzir compostos finais específico se essenciais
para a vida.

Particularidades do metabolismo energético no género Mycobacterium


A classificação das microbactérias iniciou-se em 1896 quando Lehmann e Neumann
propuseram pela primeira vez o género Mycobacterium, no qual incluíram
Mycobacterium tuberculosis e Mycobacterium leprae. Com o avanço dos métodos e
técnicas de identificação, muitas outras espécies de microbactérias foram descobertas e
classificadas. Actualmente são reconhecidas 148 espécies e 11 subespécies dentro do
género, das quais aproximadamente 60 podem causar doença no homem (Jarzembowski
& Young, 2008; Wu, Lu & Lai, 2009).

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Conclusão
Os processos vitais requerem que as moléculas consumidas como nutrientes sejam
decompostas para se sua extrair a energia e também para que sejam fornecidos os blocos
de construção para a criação de novas moléculas. O processo de extracção de energia
ocorre em uma série de pequenas etapas, nas quais os doadores de electrões transferem
energia aos aceptores de electrões. Essas reacções de óxido redução são fundamentais
para a extracção de energia de moléculas como a glicose.

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Referencias bibliográficas
 BERG, J. M.; TYMOCZKO, J. L.; STRYER, L. Bioquímica. 5 ed. Rio de
Janeiro: Guanabara-Koogan, 2004.
 CHAMPE, P. C.; HARVEY, R. A. Bioquímica Ilustrada. 2 ed. Editora Artes
Médicas, 1997.
 CAMPBELL, M. K.; FARRELL, S.O. Bioquímica. v. 3. Tradução da 5 ed. São
Paulo: Thompson, 2008.
 MARZZOCO, A.; TORRES, B. B. Bioquímica Básica. 3 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara-Koogan, 2007.
 MOTTA, V. T. Bioquímica. 1 ed. Caxias do Sul: EDUCS, 2005. NELSON, D.
L.; COX, M. M. Lehninger Princípios de Bioquímica. 3 ed. São Paulo: Sarvier,
2002.
 ANDERSON, L.; DIBBLE, M. V.; TURKKI, P. R.; MITCHELL, H. S.;
RYNBERGEN, M. S. Utilização de Nutrientes: Digestão, Absorção e
Metabolismo. In: Nutrição. 17. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988. cap. 9, p.
147-187.

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