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Ensino de Biologia-Bioquímica
B0028
Universidade Católica de Moçambique
Centro de Ensino `a Distância
Moçambique-Beira
Telefone: 23 32 64 05
Cel: 82 50 18 44 0
Fax:23 32 64 06
E-mail:ced@ucm.ac.mz
Website: www..ucm.ac.mz
Agradecimentos
Pela contribuição do conteúdo. dr. Arlindo Elisio Pedro Supinho (Colaborador e Docente na
UCM-CED – Departamento de Biologia).
Pelo desenho e maquetização dr. Arlindo Elisio Pedro Supinho (Docente na UCM-CED) & dr.
Sérgio Daniel Artur, coordenador e docente de Cursos de Química
e de Biologia;
Pela revisão linguística dr. Sérgio Daniel Artur (Coordenador e Docente na UCM-CED –
Curso de Lic em Ensino de Biologia e de Química).
Índice
Visão Geral 01
Benvindo a ecologia humana e educação ambiental ............................................................... 01
Objectivos da cadeira .............................................................................................................. 01
Quem deveria estudar esta cadeira ......................................................................................... 01
Como está estruturada este cadeira ........................................................................................ 02
Ícones de actividade................................................................................................................ 02
Habilidades de estudo ............................................................................................................. 03
Precisa de apoio? ................................................................................................................... 03
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ....................................................................................... 04
Avaliação ...................................................................................................................... 04
Unidades de Estudo-B0028
Unidade 01. Introdução ao Estudo da Bioquimica................................................................... 05
Unidade 02. Aminoácidos........................................................................................................ 10
Unidade 03. Aminoácidos- Conclusão ..................................................................................... 15
Unidade 04. Proteinas ............................................................................................................. 23
Unidade 05. Proteinas-Continuação ........................................................................................ 28
Unidade 06. Proteinas-Continuação...........................................................................................32
Unidade 07. Proteinas-Conclusão..............................................................................................37
Unidade 08. Enzimas..................................................................................................................43
Unidade 09. Enzimas-Continuação............................................................................................ 47
Unidade 10. Enzimas-Continuação.............................................................................................51
Unidade 11. Enzimas-Conclusão................................................................................................54
Unidade 12. Bioenergética..........................................................................................................58
Unidade 13. Bioenergética-Continuação.....................................................................................61
Unidade 14. Bioenergética-Conclusão........................................................................................66
Unidade 15. Glicidos...................................................................................................................70
Unidade 16. Glicidos-Continuação..............................................................................................74
Unidade 17. Glicidos-Continuação..............................................................................................77
Unidade18. Glicidos-Conclusão..................................................................................................80
Unidade 19. Lipidos....................................................................................................................83
Unidade 20. Lipidos-Continuação...............................................................................................87
Unidade 21. Lipidos-Continuação...............................................................................................90
Unidade 22. Lipidos-Continuação...............................................................................................93
Unidade 23. Lipidos-Continuação...............................................................................................97
Unidade 24. Lipidos-Conclusão.................................................................................................100
i
Visão Geral
Benvindo a Bioquímica
Caro estudante, bem-vindo a Bioquímica. Bioquímica é um campo das
ciências biológicas que se ocupa com o estudo das processos
metabólicos ao nível do organismo. Também, merecerá a nossa
atenção, o estudo das diferentes vias que o organismo usa para os
processos de anabolismo e catabolismo apartir das principais fontes de
energia ao nível das células, os alimentos.
Objectivos da Cadeira
Quando caro estudante, terminar o estudo da Bioquímica será capaz de:
1
Biologia, dos programas do Centro de Ensino `a Distância, e para
aqueles que desejam consolidar seus conhecimentos em Bioquímica,
para que sejam capazes de compreender melhor intereções entre o
seres vivos em particular o Homem com o seu meio ambiente ou a
natureza.
Páginas introdutórias
Um índice completo.
Uma visão geral detalhada da cadeira, resumindo os aspectos-
chave que você precisa conhecer para completar o estudo.
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes
de começar o seu estudo.
Conteúdo da cadeira
A cadeira está estruturada em unidades de aprendizagem. Cada unidade
incluirá, o tema, uma introdução, objectivos da unidade, conteúdo
da unidade incluindo actividades de aprendizagem, um sumário da
unidade e uma ou mais actividades para auto-avaliação.
Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma
lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem
incluir livros, artigos ou sites na internet.
Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação
Tarefas de avaliação para esta cadeira, encontram-se no final de cada
unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para
desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes
elementos encontram-se no final do manual.
Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários
sobre a estrutura e o conteúdo da cadeira. Os seus comentários serão
úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este manual.
Ícones de Actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens
das folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do
processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de
texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.
2
Habilidades de Estudo
Caro estudante, procure olhar para você em três dimensões
nomeadamente: O lado social, professional e estudante, dai ser
importante planificar muito bem o seu tempo.
Procure reservar no mínimo 2 (duas) horas de estudo por dia e use ao
máximo o tempo disponível nos finais de semana. Lembre-se que é
necessário elaborar um plano de estudo individual, que inclui, a data, o
dia, a hora, o que estudar, como estudar e com quem estudar (sozinho,
com colegas, outros).
Evite o estudo baseado em memorização, pois é cansativo e não produz
bons resultados, use métodos mais activos, procure desenvolver suas
competências mediante a resolução de problemas específicos, estudos
de caso, reflexão, etc.
Os manuais contêm muita informação, algumas chaves, outras
complementares, dai ser importante saber filtrar e apresentar a
informação mais relevante. Use estas informações para a resolução dos
exercícios, problemas e desenvolvimento de actividades. A tomada de
notas desenpenha um papel muito importante.
Um aspecto importante a ter em conta é a elaboração de um plano de
desenvolvimento pessoal (PDP), onde você reflecte sobre os seus
pontos fracos e fortes e perspectivas o seu desenvolvimento.
Lembre-se que o teu sucesso depende da sua entrega, você é o
responsável pela sua própria aprendizagem e cabe a ti planificar,
organizar, gerir, controlar e avaliar o seu próprio progresso.
Precisa de Apoio?
Caro estudante, temos a certeza de que por uma ou por outra situação, o
material impresso, lhe pode suscitar alguma dúvida (falta de clareza,
alguns erros de natureza frásica, prováveis erros ortográficos, falta de
clareza conteudística, etc). Nestes casos, contacte o tutor, via telefone,
escreva uma carta participando a situação e se estiver próximo do tutor,
contacte-o pessoalmente.
Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o
estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o tutor,
usando para o efeito os mecanismos apresentados acima.
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interação, em caso de
problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado, numa
fase posterior contacte o coordenador do curso e se o problema for da
natureza geral, contacte a direcção do CED, pelo número 825018440.
Os contactos so se podem efectuar, nos dias úteis e nas horas normais
de expediente.
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante,
tem a oportunidade de interagir com todo o staff do CED, neste período
pode apresentar dúvidas, tratar questões administrativas, entre outras.
O estudo em grupo, com os colegas é uma forma a ter em conta, busque
apoio com os colegas, discutam juntos, apoiem-me mutuamnte, reflictam
sobre estratégias de superação, mas produza de forma independente o
seu próprio saber e desenvolva suas competências.
Juntos na Educação `a Distância, vencedo a distância..
3
Tarefas (avaliação e auto-avaliação)
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e
auto-avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é
importante que sejem realizadas.As tarefas devem ser entregues antes
do período presencial.
Para cada tarefa serão estabelecidos prazaos de entrga, e o não
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do
estudante.
Os trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem ser
dirigidos ao tutor/docentes.
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo
os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os
direitos do autor.
O plagiarismo deve ser evitado, a transcrição fiel de mais de 8 (oito)
palavras de um autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade,
humildade científica e o respeito pelos direitos autorais devem marcar a
realização dos trabalhos.
Avaliação
Vocé será avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e o
período presencial (20%). A avaliação do estudante é regulamentada
com base no chamado regulamento de avaliação.
Os trabalhos de campo por ti desenvolvidos, durante o estudo individual,
concorrem para os 25% do cálculo da média de frequência da cadeira.
Os testes são realizados durante as sessões presenciais e concorrem
para os 75% do cálculo da média de frequência da cadeira.
Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões
presenciais, eles representam 60%, o que adicionado aos 40% da média
de frequência, determinam a nota final com a qual o estudante conclui a
cadeira.
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira.
Nesta cadeira o estudante deverá realizar: 3 (três) trabalhos; 2 (dois)
teste e 1 (exame).
Não estão previstas quaisquer avaliações orais.
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizadas
como ferramentas de avaliação formativa.
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em
consideração: a apresentação; a coerência textual; o grau de
cientificidade; a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a
indicação das referências utilizadas, o respeito pelos direitos do autor,
entre outros.
Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no manual.
Consulte-os.
Alguns feedbacks imediatos estão apresentados no manual.
4
Unidade 01
5
A Bioquímica tem como principal objectivo a descrição da estrutura,
organização e funcionamento da matéria viva em termos moleculares. O
seu campo de acção pode ser dividido em três áreas principais:
6
organização molecular e depende de novas formas de organização da
matéria resultante do aparecimento de novas funções biológicas. O
estudo do metaboloma celular realiza-se, através da análise da:
7
Desde então a Bioquímica tem avançado, especialmente desde a
metade do século XX com o desenvolvimento de novas técnicas como a
cromatografia, a difracção de raios X, marcação por isótopos e o
microscópio eletrônico. Estas técnicas abriram o caminho para a análise
detalhada e a descoberta de muitas moléculas e rotas metabólicas das
células, como a glicólise e o ciclo de Krebs.
Sumário
8
conexão do conhecimento científico biológico e químico. Os seres vivos
são sistemas:
9
Unidade 02
Tema: Aminoácidos
10
Figura 2: Estrutura de Aminoácido. Fonte: Auto-elaboração do Autor
Síntese de imunoproteínas;
Síntese de proteínas estruturais: colágeno, elastina, fibras
musculares contrátil;
Fonte de calorias no metabolismo energético quando outras
fontes energéticas são insuficientes, através da gliconeogênese;
Síntese de substâncias funcionais como o grupo da hemoglobina;
Síntese de hormônios: insulina, catecolaminas;
Síntese das proteínas enzimáticas ativas: biocatalizadores cuja
existência é condição prévia para a vida.
11
outros amargos. Com excepção da glicina, que é solúvel em água, os
demais apresentam solubilidade variável. São as unidades
fundamentais das proteínas. Todas as proteínas são formadas a partir
da ligação em sequência de apenas 20 aminoácidos. Analisando as
fórmulas estruturais, percebemos que os - aminoácidos, com exceção
da glicina, apresentam carbono assimétrico; assim, esses compostos
apresentam actividade óptica, aparecendo quase sempre na forma
levógira.
12
Sumário
13
1. Porque é que os aminoácidos são considerados
compostos quaternários de carbono?
R: São compostos quaternários de carbono (C), hidrogênio
(H), oxigênio (O) e nitrogênio (N) ou Azoto, às vezes contêm
enxofre (S).
2. Qual é a diferenca entre aminoácidos essenciais e não-
essenciais?
R: Aminoácidos não-essenciais: são aqueles os quais o
corpo humano pode sintetizar enquanto que aminoácidos
essenciais são aqueles que não podem ser produzidos pelo
14
Unidade 03
Tema: Aminoácidos-Conclusão
15
peptídica assim como, os dois carbonos vicinais da ligação é uma
estrutura planar. Esta ordenação planar rígida é o resultado da
estabilização por ressonância da ligação peptídica. Por isso, o
esqueleto resultante é uma série de planos sucessivos separados por
grupos metilenos substituidos. Isso impõe restrições importantes no
número de conformações que uma proteína pode adotar.
16
2. A do 3-fosfoglicerato de onde são derivados a serina, a glicina e
a cisteína;
3. O oxaloacetato dá origem ao aspartato, que vai originar a
asparagina, a metionina, a treonina e a lisina;
4. O piruvato dará origem a alanina, a valina, a leucina e a
isoleucina.
17
Por exemplo: a conversão de serina a glicina produz unidades de um
carbono que podem ser utilizadas nas biossíntese de outras moléculas (
timina e metionina), assim como para repor o grupo perdido pela
metionina em muitas reacções de metilação (onde actua como
doadora). Os carbonos da glicina contribuem para a formação de
purinas, heme-compostos, glutationina, cisteína e até produtos de
detoxificação em animais. Enquanto são necessárias três enzimas para
a conversão de 3-P-D-glicerato a serina, a conversão desta a glicina
envolve um único, mas complexo passo. Já a biossíntese de cisteína
envolve a transferência de grupos sulfidril à serina activada. Também o
triptofano pode ser considerado desta família uma vez que a serina
pode ser incorporada na síntese deste aminoácido (assim como na
síntese de fosfolipídios).
18
Treonina Tirosina
Triptofano Serina
19
ácido fumárico permite a fixação de NH3 num composto orgânico. O
ácido fumárico e o ponto de entrada no ciclo de Krebs de metade dos
átomos de carbono da tirosina e da fenilalanina.
20
Sumário
21
1. Quais são as etapas de desaminação oxidante?
R: Desidrogenação (aminoácido → iminoácido); redução
FAD a FADH2 e hidrolização em alfa cetoácido e amoníaco.
4. O que entendes por uma ligação peptídica?
R: É uma ligação química que ocorre entre duas moléculas
quando o grupo carboxilo de uma molécula reage com o
grupo amina de outra molécula, libertando uma molécula de
água (H2O).
3. Qual é importante do desvio do 3-P-glicerato para a
síntese dos aminoácidos da família da serina?
R: É importante não apenas para produção destes
Exercicios
aminoácidos e sua incorporação em proteínas, mas também
pela grande variedade de funções desempenhadas por
estes aminoácidos.
4. Como é que é definida desaminação?
R: A degradação dos aminoácidos pode ser definida como a
remoção do grupo amino e a oxidação da cadeia carbônica
remanescente.
22
Unidade 04
Tema: Proteinas
As proteinas, são uma classe de substâncias muito importantes para o
organismo, desempenhando várias funções. Esta unidade é reservada a
uma discussão sobre as proteinas onde iremos destacar aspectos que
achamos relevantes para compreensão desta matéria.
Prezado estudante como sempre mais uma vez é convidado para uma
discussão participativa e activa sobre as proteinas.
Caracterizar as proteinas.
Descrever a estrutura das Proteinas.
Explicar a importância das Proteinas.
Descrever as funcoes das proteinas.
Classificação das proteinas segundo a sua função.
Objectivos
Classificação das proteinas segundo a sua estrutura.
23
Baixo valor biológico: existem nos alimentos de origem
vegetal, especialmente nas leguminosas frescas (ervilhas, favas)
e secas (grão de bico, feijão e lentilhas).
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como de ferimentos, produzindo proteínas de coagulação
sanguínea como o fibrinogênio e a trombina. Os venenos de
cobras, toxinas bactérias e proteínas vegetais tóxicas também
actuam na defesa desses organismos;
Proteínas reguladoras: os hormônios são proteínas que
regulam inúmeras actividades metabólicas. Entre eles podemos
citar a insulina e o glucagon, que possuem função antagônica no
metabolismo da glicose;
Proteínas nutrientes (armazenamento): muitas proteínas são
nutrientes na alimentação, como é o caso da albumina do ovo e
a caseína do leite. Algumas plantas armazenam proteínas
nutrientes em suas sementes para a germinação e crescimento;
Proteínas de motilidade (contrácteis): Algumas proteínas
actuam na contração de células e produção de movimento, como
é o caso da actina e da miosina, que se contraem produzindo o
movimento muscular.
25
alanina e arginina. Apenas pelo facto de na proteína C haver
leucina no trecho de molécula considerado, as proteínas C o D
são diferentes;
3. Pela sequência dos aminoácidos: uma proteína E é formada, em
determinado trecho de sua molécula, pelos aminoácidos cisteína,
serina, metionina, leucina, histidina e lisina. Uma proteína F é
formada pelos mesmos aminciácidos, mas, no tracho em exame,
há uma inversão na posição de dois deles; cisteína, metionina,
serina, leucina, hístidina e lisina. Por causa disso, as proteínas E
F são diferentes;
4. Pelo formato da molécula: as moléculas protéicas assumem
determinados formatos é, quando os formatos de duas
moléculas são diferentes, elas também o são.
Sumário
26
1. A importância das proteínas pode ser dividida de acordo
com as proporções de cada aminoácido essencial que
contém. Comente.
R: Alto valor biológico: encontram-se nos alimentos de
origem animal possuem aminoácidos em quantidades e
proporções adequadas às necessidades do organismo.
Baixo valor biológico: existem nos alimentos de origem
vegetal, especialmente nas leguminosas frescas.
2. Explique 2 funções das proteinas?
R: Proteínas transportadoras: podemos encontrar proteínas
27
Unidade 05
Tema: Proteinas-Continuação
As proteinas são uma classe de substâncias muito importantes para o
organismo, desempenhando várias funções. Esta unidade é reservada
ao estudo das principais fontes e classifição das proteínas.
Prezado estudante como sempre mais uma vez é convidado para uma
discussão participativa e activa sobre o tema da unidade.
28
derivados, e ovos, mas habitualmente consomem muitos grãos integrais
e seus derivados, muitas leguminosas e tem uma ingestão bem
diversificada de vegetais, o que lhe garante um aporte satisfatório de
proteínas, explica. Na dieta vegetariana, as verduras, legumes, cereais
e leguminosas são à base da alimentação, com porções adequadas ao
atendimento de energia, proteínas e micronutriente, as vitaminas e
minerais.
1. Quanto a Composição:
3. Quanto à Forma:
29
b) Proteínas Globulares: estrutura espacial mais complexa é +/-
esféricas. São geralmente solúveis nos solventes aquosos com
pesos moleculares entre 10.000 e vários milhões (enzimas,
transportadores como a hemoglobina, etc.)
Sumário
30
1. Quais são as principais fontes das proteinas?
R: As carnes, os ovos, leite e seus derivados, os cereais
integrais, os feijões, e diversos legumes e folhosos.
2. Como são classificadas as proteinas?
R: Quanto a composição: proteínas simples conjugadas;
quanto ao número de cadeias polipeptídicas: proteínas
monoméricas e oligoméricas: quanto à forma: proteínas
fibrosas e globulares.
3. Depois classificação faça a destinção entre dois tipos.
Exercicios R: Quanto ao número de cadeias polipeptídicas: proteínas
monoméricas formadas por apenas uma cadeia
polipeptídica e proteínas oligoméricas formadas por mais
de uma cadeia polipeptídica.
4. Como são formadas as proteínas fibrosas?
R: São formadas geralmente por longas moléculas +/-
rectilíneas e paralelas ao eixo da fibra (proteínas de
estrutura-colágeno do conjuntivo, as queratinas dos
cabelos, a fibrina do soro sanguíneo ou a miosina dos
músculos).
31
Unidade 06
Tema: Proteinas-Continuação
Nesta unidade iremos discutir os níveis estruturais e biossintese das
proteínas. As proteínas são substâncias indispensáveis para o
organismo pois desempenham várias funções.
32
somente a sequência dos aminoácidos, sem se preocupar com a
orientação espacial da molécula.
33
estrutura quaternária é a hemoglobina. Sua estrutura é formada por
quatro cadeias polipeptídicas.
34
de ARN transcritos do ADN são responsáveis pela síntese de proteínas
no citoplasma.
Sumário
35
1. Quais são 4 principais estruturas das proteinas?
R: As estruturas são: primária, secundária, terciária e
quaternária.
2. Distinga duas a sua escolha.
R: Estrutura secundária é determinada pelo
relacionamento estrutural de curta distância enquanto que
a terciária é caracterizada pelas interações de longa
distância entre aminoácidos, denominadas interações
Exercicios hidrofóbicas, e pelas interações elestrostáticas.
3. Quais são os interveniente na síntese proteica?
R: Neste processo intervêm: ARN mensageiro; os
ribossomas; o ARN transferência; enzimas e o ATP.
4. Porque e que a hemoglobina e um dos principais
exemplos de estrutura quaternária?
R: É a hemoglobina porque a sua estrutura é formada por
quatro cadeias polipeptídicas.
36
Unidade 07
Tema: Proteinas-Conclusão
Os ácidos nucléicos são importantes porque conservam as
características de geração para geração. Os ácidos nucléicos são
responsáveis pela síntese de proteínas que ocorre no citoplasma da
celular.
37
7.1.1. A Replicação do ADN:
38
7.1.2. A Transcrição:
Ocorre no interior do núcleo das células e consiste na síntese de uma
molécula de ARN mensageiro a partir da leitura da informação contida
numa molécula de ADN. Esse ARN formado é o ARNmensageiro, que
tem como função "informar" ao ARNtransportador a ordem correcta dos
aminoácidos a serem sintetizados em proteínas. O processo é
catalisado pela enzima RNA-polimerase. Os factores de transcrição
(auxiliares da RNA-polomerase) são responsáveis por romper as pontes
de hidrogênio entre as bases nitrogenadas dos dois filamentos de DNA,
como se fosse um zíper.
A partir deste momento, a enzima escolhe uma das fitas de ADN como
molde para se construir o ARNm, ligando bases nitrogenadas de ARN
(adenina, citosina, uracila e guanina) à essa fita de ADN. Ao se concluir
essas ligações, o processo está completo. A enzima destaca o filamento
de ARN formado a partir do ADN, e volta a unir as duas fitas de ADN.
Para a ligação entre a ARN-polimerase acontecer são necessários
factores de transcrição ou (TF) em células eucarióticas. Já,
homologamente aos factores de transcrição, em células procarióticas
existem os chamados factores sigma.
1. Fase da Iniciação:
39
2. Fase da Alongação:
3. Fase da Terminação:
40
Figura 9: Esquema da Tradução (sintese protéica)
Sumário
41
1. Defina a replicação
R: A replicação do ADN é o processo de auto-duplicação
do material genético ou seja a duplicação da molécula de
ADN, mantendo o padrão hereditário ao longo de várias
gerações numa determinada espécie de seres vivos.
2. Mencione 2 enzimas que intervêm na replicação.
R: A polimerase do ADN propriamente dita e a
exonuclease 3'.
3. A bioissintese das proteínas pode ser resumida em
três fases. Explique a fase de iniciação.
Exercicios R: AUG que específica, tendo por base o código
genético, o aminoácido metionina.
4. Qual e o primeiro aminoácidos em proteínas recém-
sintetizadas?
R: Todas as proteínas recém-sintetizadas = metionina
como primeiro aminoácido, que é frequentemente clivado
pouco depois por uma amino peptidase e a tradução é
iniciada com a formação de um complexo de iniciação ao
nível do codão de iniciação (AUG).
42
Unidade 08
Tema: Enzimas
No nosso organismo, há reacções que não ocorrem sem a presença
de uma enzima, pois elas têm a função de baixar a energia de
activação de uma reacção desfavorável para torná-la favorável.
Caracterizar as enzimas;
Descrever a estrutura das enzimas;
Explicar as propriedades das enzimas;
Descrever princípio de acção das enzimas;
Explicar os factores que influenciam a acção das enzimas;
Objectivos Fazer a nomenclatura das enzimas segundo o tipo de reacção
catalizada.
43
investigação de patologias com origem em deficiências enzimáticas. A
esmagadora maioria das reacções bioquímicas dá-se em vias
metabólicas, que são sequências de reacções em que o produto de
uma reacção é utilizado como reagente na reacção seguinte.
Diferentes enzimas catalisam diferentes passos de vias metabólicas,
agindo de forma concertada de modo a não interromper o fluxo nessas
vias.
Q
u
a
nFigura 10: Especificidade das Enzim as. Fonte: Auto-elaboração
d
Quando um substrato se liga ao centro activo, forma-se o chamado
complexo enzima-substrato (ES). Embora esta designação possa
parecer uma formalidade, a formação do ES é importante na
determinação da velocidade de reacção e, por conseguinte, na
velocidade de formação de produto (s). O substrato sofre uma
44
alteração enquanto se encontra ligado à enzima, transformando-se
num produto; existe então, de forma transiente, um complexo enzima-
produto. O produto desliga-se posteriormente da enzima e esta
encontra-se preparada para novo ciclo catalítico.
Sumário
45
1. O que são as enzimas?
R: As enzimas são proteínas que, actuando como
catalisadores na maioria das reacções bioquímicas,
baixam a energia de activação necessária para que se dê
uma reacção química.
2. Como é que as enzimas catalisam diferentes passos
de vias metabólicas?
R: Enzimas catalisam diferentes passos de vias
metabólicas, agindo de forma concertada de modo a não
Exercicios interromper o fluxo nessas vias.
2. Diga como é que as enzimas actuam.
R: As enzimas actuam diminuindo a energia de activação
da reacção que catalisam, não alterando, no entanto, o
seu equilíbrio.
3. Quantas reacções catalisa uma enzima?
R: Em geral, uma enzima catalisa apenas um substrato,
algo que é condicionado pela estrutura do centro activo
da enzima.
46
Unidade 09
Tema: Enzimas-Continuação
Nesta unidade iremos continuar o estudo das enzimas. Portanto, fará
parte da nossa discussão a classificação, estrutura e funcionamento
das enzimas.
Classificar as enzimas;
Descrever a estrutura das enzimas;
Explicar o funcionamento das enzimas;
Distinguir os diferentes tipos de enzimas;
Relacionar o nome da enzima com a função;
Objectivos
Descrever o papel dos cofactores na acção das enzimas.
47
Tabela 3: Classificação das Enzimas
48
Coenzima: refere-se a cofactores complexos, que não são
apenas iões metálicos;
Grupo prostético: cofactor ligado de forma covalente à cadeia
polipeptídica.
Sumário
49
1. À medida que enzimas foram sendo descobertas,
receberam nomes arbitrários. Comente dando exemplo.
R: Como exemplo, a lisozima recebeu o seu nome por
ter a capacidade de fazer a lise da parede celular de
determinadas bactérias.
2. Qual foi o critério usado para classificar as enzimas?
R: O critério usado foi o tipo de reacção que cada
enzima cataliza.
3. Explique a diferença entre enzimas oxidorredutases e
Exercicios
transferases.
R: Oxidorredutases: catalisam reacções de oxirredução
enquanto que as transferases: transferem grupos
químicos entre moléculas.
4. Qual é a função da enzima isomerases?
R: Transformam uma molécula num seu isômero.
50
Unidade 10
Tema: Enzimas-Continuação
A cinética enzimática é o estudo das velocidades com que as reacções
ocorrem. As reacções enzimáticas, pelo facto de serem catalisadas por
enzimas, diferem das outras reacções químicas em vários aspectos.
51
enzimáticas raramente apresentam produtos secundários. Por
exemplo, na síntese enzimática de proteínas nos ribossomas,
sintetizam-se polipéptidos de muito mais de 1000 aminoácidos
sem erros.
52
Sumário
53
Unidade 11
Tema: Enzimas-Conclusão
A cinética enzimática é o estudo das velocidades com que as reacções
ocorrem. As reacções enzimáticas, pelo facto de serem catalisadas por
enzimas, diferem das outras reacções químicas em vários aspectos.
1. Modulação Alostérica:
54
b) A ligação do modulador induz a modificações conformacionais
na estrutura espacial da enzima, modificando a afinidade desta
para com os seus substratos;
c) Um modelo muito comum de regulação alostérica é a inibição
por "feed-back", onde o próprio produto da reacção actua como
modulador da enzima que a catalisa.
2. Modulação Covalente:
55
11.3. Enzimas Alostéricas
As enzimas alostéricas são um dos tipos de enzimas que não pode ser
explicadas pelo modelo de Michaelis-Menten. As enzimas alostéricas
frequentemente exibem gráficos sigmóides da velocidade da reacção
versus concentração de substrato [S], em vez de gráficos hiperbólicos
previstos pela equação de Michaeli-Menten. As ezimas alostéricas são
sensíveis reguladores do metabolismo, porque ao se ligarem a
determinados metabólitos celulares sua actividade sofre grandes
alterações. Estes metabólitos também podem ser chamados de
efectuadores ou moduladores alostéricos, e podem ser positivos
(aumento da velocidade de reacção) ou negativos (redução da
velocidade de reacção) de acordo com o seu efeito.
Sumário
56
As ezimas alostéricas são sensíveis reguladores do metabolismo,
porque ao se ligarem a determinados metabólitos celulares sua
actividade sofre grandes alterações. Estes metabólitos também podem
ser chamados de efectuadores ou moduladores alostéricos, e podem
ser positivos (aumento da velocidade de reacção) ou negativos
(redução da velocidade de reacção) de acordo com o seu efeito. Nas
maioria das vias metabólicas, é comum que o produto final actue como
modulador alostérico negativo da enzima que catalisa as primeiras
reacções da via.
57
Unidade 12
Tema: Bionergética
A bioenergética também chamada de termodinâmica bioquímica
estuda as transformações de energia que ocorrem nas células. Segue
os princípios da termodinâmica que explicam por que algumas
reacções ocorrem e outras não.
Definir a bionergética;
Descrever a bionergética do organismo;
Descrever as vias da oxidação biológica;
Explicar a importância da oxidação biológica;
Objectivos
Relacionar a oxidação biológica e obtenção de energia.
58
2. Sistema ATP – CP (anaeróbico alático): Ao iniciar um exercício,
o organismo lança mão da energia mais prontamente disponível,
que provém do ATP – CP ou sistema adenosina trifosfato –
fosfocreatina. Essa fonte energética, embora bastante limitada,
não é dependente da presença do oxigênio e nem produz lactato
e, portanto, é denominada via anaeróbica alática. Como referido
acima, o estoque de ATP – CP disponível está limitado, sendo que
a quantidade celular disponível de ATP é de aproximadamente
2,43 mmol/100g de tecido seco, o que permite que uma actividade
de alta intensidade dure apenas 2 segundos às custas desse
substrato;
59
Sumário
O que é bioenergética?
R: Bioenergética é o estudo quantitativo da transdução de
energia que ocorre em células vivas e da Natureza e
também a função dos processos químicos que
fundamentam essas transduções.
No metabolismo energético quais são as vias de
transformação da energia química?
R: Reservas do sistema ATP – CP; glicólise (Metabolismo
Exercicios anaeróbico); metabolismo oxidativo (Metabolismo
aeróbico).
Explique em poucas palavras o sistema oxidativo:
R: Na presença de oxigênio, o ácido pirúvico formado pela
glicose vai até Acetil-coenzima A, que por meio das
etapas do ciclo de Krebs, ou do ácido cítrico, dará origem
a 38 moléculas de ATP, água e gás carbônico.
60
Unidade 13
Tema: Bionergética-Continuação
A bioenergética também chamada de termodinâmica bioquímica
estuda as transformações de energia que ocorrem nas células. Segue
os princípios da termodinâmica que explicam por que algumas
reacções ocorrem e outras não.
Definir a bionergética;
Caracterizar a oxidação biológica;
Descrever as vias da oxidação biológica;
Descrever os passos da oxidação biológica;
Objectivos
Comparar os passos da oxidacao biológica;
Explicar a importância da oxidação biológica;
Relacionar a oxidação biológica e obtenção de energia.
61
estrutura metabólica semelhante está provavelmente associada à
grande eficiência dessas vias e na sua antiguidade na história da
evolução.
62
Passo 4: Clivagem de açúcar com 6 carbonos e produção de 2
moléculas de 3 carbonos cada, somente o gliceraldeído-3-fosfato
prosegue pela glicólise;
Passo 5: O outro produto do passo 4, o diidroxiacetona fosfato é
isomerizado para formar gliceraldeído-3-fosfato;
Passo 6: Oxidação das 2 moléculas de gliceraldeído-3-fosfato e
formação de NADH para iniciar a geração de energia. Formação de
uma nova ligação anidrídica de alta energia no fosfato
Passo 7: Transferência do grupo fosfato de alta energia gerado no
passo 6 ao ADP para formação de ATP;
Passo 8: Ligação fosfodiéster remanescente no 3-fosfoglicerato que
tem uma energia livre de hidrólise relativamente baixa. É transferida
do carbono 3 ao carbono 2-fosfoglicerato;
Passo 9: Remoção da água do 2-fosfoglicerato, cria ligação
fosfoenólica;
Passo 10: Transferência do grupo fosfato de alta energia gerado no
passo 9 ao ADP e forma ATP completando a glicólise.
Figura 12: Esquema dos Passos da Glicólise. Fonte: Fundamentos de Biologia Celular
(Alberts e Outros)
63
Depois de ocorrer a glicólise seguem-se ciclo de Krebs e fermentação,
repespectivamente.
64
c) Fermentação Anaeróbica
65
Unidade 14
Tema: Bionergética-Conclusão
A energia é a capacidade que os organismos tem de realizar trabalho.
Os alimentos são a principal fonte de obtenção de energia em todos
seres vivos. Estes por sua vez, são compostos de substâncias
nutritivas.
Definir alimentos;
Descrever a composição dos alimentos;
Explicar o valor energético dos alimentos;
Distinguir os vários grupos dos alimentos;
Objectivos
Relacionar o rendimento energético com actividade física.
66
3. Proteína: A energia libertada pela queima da porção protéica
de um alimento também varia em função de factores: o tipo de
proteína no alimento e o conteúdo de nitrogênio da proteína
específica. Proteínas encontradas no ovo, carne ou feijão
contém aproximadamente 16% de nitrogênio e possuem calor
de combustão em torno de 5,7 Kcal. As proteínas presentes
nas nozes possuem um conteúdo nitrogenado maior (18%).
Um valor médio para o calor de combustão das proteínas é de
5,65 Kcal por grama de proteína oxidada. Em função da perda
dos compostos nitrogenados que são combinados com átomos
de hidrogênio e formam uréia, existe uma perda de 19% de
energia das moléculas protéicas que passam a ter um calor de
combustão de aproximadamente 4,6 Kcal/g.
67
energia consumido em média para simplesmente estar em
repouso (BARBARA et alii, 1993).
Homens Mulheres
(METS) (METS)
Ligeiro 1,6-3,9 1,2-2,7
Moderado 4,0-5,9 2,8-4,3
Intenso 6,0-7,9 4,4-5,9
Muito Intenso 8,0-9,9 6,0-7,5
Extremamente 10 7,6
Intenso
Sumário
68
1. O que entendes por energia alimentar?
R: A energia alimentar é a quantidade de energia na
comida que está disponível na digestão.
2. Como são expressados os valores para a energia
alimentar.
R: Os valores para a energia alimentar são expressados
em kilocalorias (kcal) e kilojoules (kJ).
3. Qual é o valor energético das proteinas?
Exercicios R: Proteínas encontradas no ovo, carne ou feijão contêm
aproximadamente 16% de nitrogênio e possuem calor de
combustão em torno de 5,7 Kcal.
4. Qual é a quantidade de energia fornecida pelos
gorduras em indivíduos bem nutridos?
R: Em repouso, nos indivíduos bem nutridos, a gordura
pode proporcionar até 80 a 90% da demanda energética
do corpo. O conteúdo de gordura do corpo constitui cerca
de 15% do peso corporal dos homens e 25% do peso das
mulheres.
69
Unidade 15
Tema: Glicidos
Nesta unidade iremos discutir sobre os glícidos, também denominados
carboidratos. Os glícidos são muito importantes para os organismos
vivos, pois, têm diversas funções constituindo-se como principal fonte
de energia para todas formas de vida.
Definir os glicidos;
Explicar a importância dos glicidos;
Descrever a bionergética do organismo;
Descrever a formula estrututural dos glicidos;
Objectivos Explicar as funções dos glícidos para o organismo;
Reconhecer a importância dos glícidos para o organismo.
15.1. Conceito
Os glícidos, também denominados hidratos de carbono, carbo-hidratos
ou carboidratos, glúcidos, sacarídeos ou glicídios, são moléculas
contendo vários grupos químicos funcionais hidroxilo e um aldeído ou
cetona, ou polímeros hidrolisáveis constituídos por tais moléculas. São
o grupo de moléculas existentes em sistemas vivos mais abundantes
na terra. A posição do grupo carbonilo na cadeia permite distinguir
duas famílias de monossacarídeos: as aldoses e as cetoses. As
aldoses possuem o grupo carbonilo na extremidade da cadeia de
carbono (sendo então um grupo aldeído) e as cetoses possuem o
grupo carbonilo num outro carbono, que não numa extremidade (sendo
então um grupo cetona).
70
15.2. Importância dos Glicidos
Os glícidos são muito importantes para os organismos vivos, pois, têm
diversas funções, sendo as mais relevantes descritas mais abaixo:
71
hidrogênio e oxigênio, alguns carboidratos apresentam nitrogênio,
fósforo ou enxofre em sua composição. Com carboidratos em excesso
podemos engordar.
Sumário
72
1. O que são os glicidos?
R: São moléculas contendo vários grupos químicos
funcionais hidroxilo e um aldeído ou cetona, ou polímeros
hidrolisáveis constituídos por tais moléculas.
2. Como é que podemos distinguir as duas famílias de
monossacarideos?
R: A posição do grupo carbonilo na cadeia permite
distinguir duas famílias de monossacarídeos: as aldoses
Exercicios e as cetoses.
3. Porque é que os glícidos são muito importantes para os
organismos vivos?
R: Têm diversas funções, sendo as mais relevantes
descritas mais abaixo: energética, estrutural e reserva
energética.
4. Como são constituídos os carboidratos?
R: Os carboidratos são compostos orgânicos constituídos
por carbono, hidrogênio e oxigênio, que geralmente
seguem a fórmula geral [C(H2O)]n, sendo n ≥ 3.
73
Unidade 16
Tema: Glicidos-Continuação
Os carboidratos são as biomoléculas mais abundantes na natureza. O
corpo armazena carboidratos em três lugares: fígado, músculo e
sangue. O carboidrato é a única fonte de energia aceita pelo cérebro,
importante para o funcionamento do coração e todo sistema nervoso.
Classificar os glicidos;
Explicar a classificação dos glícidos;
Explicar a distribuição dos glícidos na natureza;
Conhecer a distribuição dos glícidos na natureza;
Objectivos Descrever os critérios de classificação dos glícidos.
74
16.2. Classificação dos Glúcidos
Os carboidratos mais simples são denominados monossacarídeos,
possuindo pelo menos um átomo de carbono assimétrico que
caracteriza a região denominada centro quiral, pois fornece isômeros
ópticos. Possuem de 3 à 8 carbonos, sendo denominado,
respectivamente, trioses, tetroses, pentoses, hexoses, heptoses e
octoses.
Sumário
75
carboidrato é a única fonte de energia aceita pelo cérebro, importante
para o funcionamento do coração e todo sistema nervoso.
76
Unidade 17
Tema: Glicidos-Continuação
Definir os carboidratos;
Descrever as caracteristicas dos carboidratos;
Conhecer as características dos carboidratos;
Explicar as formas de obtenção de carboidratos;
Objectivos Explicar as formas de obtenção dos carboidratos nas plantas e
animais.
77
precisando obtê-los através da alimentação, produzindo CO2
(excrectado para a atmosfera), água e energia (utilizados nas reacções
intracelulares).
Sumário
78
1. Quais são as características dos glicidos?
R: Os glícidos fisicamente, são substâncias cristalinas,
incolores, geralmente de sabor adocicado. São solúveis
em água e insolúveis em solventes apolares.
2. Qual é a importância da assimetria de distribuição de
grupos carbonilo e hidroxilo ao longo da cadeia
R: A assimetria de distribuição de grupos carbonilo e
hidroxilo ao longo da cadeia leva à existência de diversos
centros quirais, pelo que os monossacarídeos apresentam
Exercicios
uma estereoquímica complexa.
3. Como é que os vegetais obtêm os glicidos?
R: Os vegetais são auto-suficientes na produção de
carboidratos pela fotossintese.
4. Qual é a fonte de glicidos para os animais?
R: Os animais precisam alimentar-se de células vegetais
(ou de animais herbívoros) para obter glicose e O2 para
produzir energia para suas reacções metabólicas.
79
Unidade 18
Tema: Glicidos-Conclusão
Esta unidade também esta reservada ao estudo dos glicidos. Nela
iremos destacar as características e o valor nutritivo dos glicidos. Para
sustentar a nossa discussão iremos tomar como exemplo um
praticante regular de futebol.
Definir metabolismo;
Explicar o valor nutritivo dos glicidos;
Descrever o metabolismo dos glicidos;
Explicar a respiracao anaeróbia e aeróbia;
Objectivos Distinguir as fases de metabolismo dos glicidos;
Explicar cada as fases do metabolismo dos glícidos.
80
Do ponto de vista da bioquímica, respiração celular é o processo de
conversão das ligações químicas de moléculas ricas em energia que
possa ser usada nos processos vitais. A respiração celular processa-se
nas seguintes etapas:
Glicólise;
Ciclo de Krebs;
Cadeia respiratória;
Fosforilação oxidativa.
81
Sumário
82
Unidade 19
Tema: Lípidos
Definir os lipidos;
Caracterizar os lípidos;
Explicar as funções dos lípidos;
Explicar a composição de lípidos;
Objectivos Descrever a fórmula geral dos lípidos;
Identificar a formula geral dos lipidos.
83
Uma regra geral é que todas as gorduras consistem de três moléculas
de ácidos graxos com uma molécula de glicerol, formando uma
estrutura conhecida como triacilglicerol. As gorduras apresentam a
seguinte fórmula: C57H110O6. As propriedades das móleculas de
gordura dependem dos ácidos graxos que as formam. Os diferentes
ácidos graxos são formados por um número diferente de átomos de
carbono e hidrogênio.
84
Com alta percentagem: Manteiga, óleo, maionese, margarina,
gorduras das carnes;
Com porcentagem mais baixa: leite integral (contém cerca de
8 g por copo sendo que o desnatado contém de 0,5 à 1,0 g)
queijo, nozes, sobremesas, salgadinhos, biscoitos, chips, e
uma grande variedade de produtos industrializados.
85
Sumário
86
Unidade 20
Tema: Lipidos-Continuação
Caro estudante, na unidade anterior vimos que os lipidos são
substâncias, que fazem parte da dieta alimentar de quase todos seres.
Nesta unidade iremos discutir a importância e as principais fontes dos
lipidos.
87
denominado hipoderme, a qual protege o individuo contra as
variações de temperatura;
d) Protecção Mecânica: A gordura age como suporte mecânico
para certos órgãos internos e sob a pele de aves e mamiferos,
protegendo-os contra choques e traumatismos.
88
Sumário
89
Unidade 21
Tema: Lipidos-Continuação
Definir os lipidos;
Classificar os lipidos;
Distinguir os vários tipos de lipidos;
Comparar os vários tipos de lipidos;
Objectivos Descrever as caracteristicas dos lipidos.
90
outras gorduras os átomos de carbono podem estar ligados a
apenas um átomo de hidrogênio e terem uma ligação dupla com
um carbono vizinho. Isto resulta em um ácido graxo insaturado
(vegetal). Ainda podem ser monoinsaturado ou polinsaturado;
Esteróides: os principais lipídios esteróides são o éster de
colesteril, a vitamina D e os hormônios esteróides (hormônios
sexuais e aldosterona). O colesterol é um álcool que, associado
a uma molécula de ácido graxo, origina o éster de colesteril;
Colesterol: o colesterol é sintetizado exclusivamente em células
animais; nas plantas é substituído pelo fitoesterol. Uma parcela
do colesterol precisa ser obtida pela dieta e a outra é fabricada
pelo corpo, principalmente no fígado, que reúne o colesterol com
triglicerídios e proteínas para formar os corpúsculos de HDL
(lipoproteína de alta densidade) e LDL (lipoproteína de baixa
densidade). O Colesterol é um esteroide lipídico encontrado nas
membranas celulares e transportado no plasma sanguíneo de
todos os animais. O colesterol é o principal esterol sintetizado
pelos animais, mas pequenas quantidades são também
sintetizadas por outros eucariotas, como plantas e fungos.
Sumário
91
1. Mencione as caracteristicas principais dos lipidos?
R: Baixa solubilidade em água e outros solventes polares e alta
solubilidade em solventes apolares.
2. Com quem estão relacionadas as propriedades físicas dos
lipidos?
R: Estão relacionadas com a natureza hidrofóbica das suas
estruturas, sendo todos sintetizados apartir de acetil-coA
Exercicios 3. Quais são as diferenças entre ácidos graxos saturados e
insaturados?
R: Saturado quando um ácido graxo é tipicamente ligado a dois
átomos de hidrogênio é pois os átomos de carbono estão saturados
com hidrogênio enquanto que insaturado quando os átomos de
carbono estão ligados a apenas um átomo de hidrogênio e terem
uma ligação dupla com um carbono vizinho.
92
Unidade 22
Tema: Lipidos-Continuação
Os lipídeos como já sabemos são compostos orgânico formados por
átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. São indispensáveis à
diversas estruturas celulares e vias metabólicas, estando presentes em
diversas formas no corpo humano, com destaque para: triglicérides,
colesterol e ácidos graxos.
93
Mas quando a cadeia de ácidos gordos for ímpar, o produto final da β-
oxidação será o propionil-CoA, esse composto, através da
incorporação de CO2 e gasto energético através de quebras de
ligações do ATP, se transforma em succinil-CoA, que é um composto
do Ciclo de Krebs. Após a β-oxidação, os resíduos acetila do acetil-
CoA são oxidados até chegarem a CO2, o que ocorre no ciclo do ácido
cítrico. Os acetil-coa vindos da oxidação vão entrar nessa via junto
com os acetil-coA provenientes da desidrogenação e descarboxilação
do piruvato pelo complexo enzimático da piruvato desidrogenase.
Nessa etapa haverá produção de NADH e FADH2 para suprir de
elétrons a cadeia respiratória da mitocôndria, que os levará ao
oxigênio. Junto a esse fluxo de está a fosforilação do ADP em ATP.
Com isso a energia gerada na oxidação de ácidos graxos vai ser
conservada na forma de ATP.
94
No caso do excesso de ATP, tanto ciclo de krebs e cadeia respiratória
são bloqueados causando o acúmulo de acetil-coA dentro da
mitocôndria, então o mesmo sai para o citoplasma na forma de citrato
e através da enzima citrato liase no citoplasma celular volta a ser
acetil-coA.
Figura 13: Esquema de Biossintese Mitocondrial de Acido Graxo Via Acetil CoA.
Fonte: Internet
Via glicolítica;
Via das pentoses;
Via síntese de acido graxo;
Via síntese de triglicérides;
95
Glicogenese.
Sumário
96
Unidade 23
Tema: Lipidos-Continuação
Os ácidos graxos são uma classe dos lípidos. Os lípidos quando
decompostos podem resultar em ácidos graxo e glicerol. Os ácidos
graxos são basicamente constituídos por unidades de molécula de
Acetil-CoA.
97
AMP + PPi. Na mitocôndria, a acil-CoA penetra com o auxílio de
um composto transportador chamado carnitina;
2. Desidrogenação da Acil-CoA: catalisada pela enzima acil-CoA
desidrogenase, utiliza o FADH2 como transportador dos dois
+
elétrons e dois H libertados, formando o enoil-CoA;
3. Hidratação do enoil-CoA: sob a acção da enzima enoil-CoA
hidratase, forma o 3-OH-acil-CoA;
4. Desidrogenação do 3-OH-acil-CoA: a enzima 3-OH-acil-CoA
desidrogenase utiliza o NADH como transportador de dois
elétrons e um H+ retirados do substrato, formando o 3-ceto-acil-
CoA;
5. Término: clivagem (quebra) do 3-ceto-acil-CoA: há a quebra
da molécula gerando uma molécula de acetil-CoA e o restante
do ácido graxo original, agora com dois carbonos a menos, que
novamente liga-se a outra molécula de CoA gerando um novo
acil-CoA. O ciclo recomeça até a formação da última molécula de
acetil-CoA. A β-oxidação é uma via extremamente eficaz na
produção de energia, já que as moléculas de acetil-CoA, NADH
e FADH2 formadas.
98
Sumário
99
Unidade 24
Tema: Lipidos-Conclusão
Na alimentação trocar a gordura por carboidrato como combustível de
energia, não vai trazer benefícios nem para a saúde nem para a boa
forma. Os alimentos nos proporcionam a energia e os nutrientes que o
corpo necessita para manter a saúde e a vida.
100
Existem vitaminas que são só solubilizadas pelas gorduras, conhecidas
como vitaminas lipossolúveis, como exemplo as vitaminas A,D,E, e K.
Isso significa que elas só são digeridas, absorvidas e transportadas em
conjunto com a gordura. Além disso a gordura é a principal fonte de
ácidos graxos, muito importante na dieta.
101
Sumário
102
103