Você está na página 1de 202

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

CENTRO DE ENSINO À DISTÂNCIA

Manual de Licenciatura em Ensino de Biologia

Ecologia Geral- B0036

Introdução à Ecologia Geral

Universidade Católica de Moçambique (UCM)


Centro de Ensino à Distância (CED)
Direitos de autor (copyright)
Este Manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino à
Distância (CED) e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou
reprodução deste manual, no seu todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por
quaisquer meios (electrónicos, mecânico, gravações, fotocópias ou outros), sem
permissão expressa de entidade editora (Universidade Católica de Moçambique – Centro
de Ensino à Distância). O não cuprimento desta Advertência é possível a processo judicial.

Elaborado por: dr. Mauane Manuel

Licenciado em Ensino de Biologia pela Universidade Pedagógica – Delegação da Beira.

Coordenador e docente na área de Biologia no Centro de Ensino à Distância pela


Universidade Católica de Moçambique (UCM).

Formado em Educação à Distância pela Universidade Livre de Amesterdão (Holanda) e


cooperação com o SAIDE e SLO.

Universidade Católica de Moçambique


Centro de Ensino à Distância -CED
Rua Correia de Brito Nº 613-Ponta-Gêa

Moçambique – Beira
Telefone 23326405
Cel: 825018440

Fax: 23326406
E-mail:ced@ucm.ac.mz
Website: www.ucm.ac.mz
Agradecimentos
A Universidade Católica de Moçambique – Centro de Ensino à Distância e o autor do
presente manual, dr.Mauane Manuel, agradece a colaboração dos seguintes indivíduos e
Instituições na elaboração deste manual.

Pela contribuição de desenho do plano dr.Inácio Vurande, docente da


temático Universidade Pedagógica (UP) - Beira

Pela contribuição pela maquetização e dr. Osório João Bacar e dr.Carlos


censura dos conteúdos Penicela, docentes na UniZambeze e
Universidade Católica de Moçambique,
(UCM-CED) respectivamente.
, Introdução à Ecologia Geral
i

Índice

Ecologia Geral- B0036 1

Visão geral 1
Bem-vindo a Ecologia Geral Introdução à Ecologia Geral ............................................... 1

Unidade n°.01-B0036 9
Tema: História da Ecologia ............................................................................................ 9

Unidade n°.02-B0036 19
Tema: Inteirações entre organismos e factores ambientais. ........................................ 19

Unidade n°.03-B0036 41
Tema: Interações entre os organismos ........................................................................ 41

Unidade n°.04-B0036 67
Tema: Transferência de Energia no Ecossistema .......................................................... 67

2a parte do Módulo (2as sessões presencias). 74

Unidade n°.05-B0036 74
Tema: A produtividade dos ecossistemas. ................................................................... 74

Unidade n°.06-B0036 80
Tema: ciclos biogequímicos ......................................................................................... 80

Unidade n°.07-B0036 107


Tema: Sistemas Ecológicos da Biosfera ...................................................................... 107

Unidade n°.08-B0036 114


Tema: Limnociclo ou água doce ................................................................................. 114

3ª parte do módulo,3ªs sessões presenciais. 118

Unidade n°.09-B0036 118


ii , Introdução à Ecologia Geral

Tema: Epinocicle ....................................................................................................... 118

Unidade n°.10-B003 145


Tema: Problemas ambientais e acção antropogenica ................................................ 145

Unidade n°.11-B0036 173


Tema: População ....................................................................................................... 173
, Introdução à Ecologia Geral
1

Visão geral

Bem-vindo a Ecologia Geral


Introdução à Ecologia Geral
Caro estudante, a Ecologia Geral é uma ciência de ramo da
Biologia que estuda a interação entre os seres vivos e o meio
ambiente. Ele oferece um conhecimento sobre a
interdependência entre os seres vivos e também estuda a
importância da mesma para o Homem. Um facto importante é
que a natureza depende do Homem, mas também o Homem
depende completamente da natureza. Por isso que cada país
tem ecologistas a estudar todos os aspectos do ambiente.

Nesta cadeira serão discutidos os seguintes aspectos: História


da Ecologia, Interação entre os seres vivos, Transferência de
energia, ciclo Bio geoquímico e sistema ecológico da Biosfera.
, Introdução à Ecologia Geral
2

Objectivos do curso

Quando terminar o estudo de Ecologia Geral, o estudante deve


ser capaz de:

 Compreender as interações dos seres vivos com o


meio em que vivem;

 Interpretar enorme biodiversidade existente na terra e


Objectivos
sua regulação apoiando-se muitas vezes na teoria evolutiva;

 Conhecer a biodiversidade animal e vegetal;

 Interpretar modelos de dinâmica e de interações


populacionais;

 Interpretar fenómenos e processos ecológicos


provenientes da população humana na sua interação
ecossistemática com o meio.

Quem deveria estudar este módulo

Este Módulo foi concebido para todos aqueles que estão a


frequentar o 3º ano no curso de Licenciatura em Biologia e
para aqueles que querem consolidar os seus conhecimentos
com vista a melhorar o trabalho de docência na sala de aulas.
, Introdução à Ecologia Geral
3

Como está estruturado este módulo


Todos os módulos dos cursos produzidos pela universidade
Católica de Moçambique – Centro de Ensino à Distância (UCM-
CED) encontram-se estruturados da seguinte maneira:

Páginas introdutórias

 Um índice completo.

 Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo


os aspectos-chave que você precisa conhecer para completar o
estudo. Recomendamos vivamente que leia esta secção com
atenção antes de começar o seu estudo.

Conteúdo do curso / módulo

O curso está estruturado em unidades. Cada unidade incluirá


uma introdução, objectivos da unidade, conteúdo da
unidade incluindo actividades de aprendizagem, um sumario
da unidade e uma ou mais actividades para autoavaliação.

Outros recursos

Para quem esteja interessado em aprender mais,


apresentamos uma lista de recursos adicionais para você
explorar. Estes recursos podem incluir livros, artigos ou sites na
Internet.

Tarefas de avaliação e/ou Autoavaliação

Tarefas de avaliação para este módulo encontram-se no final


de cada unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas
individuais para desenvolver as tarefas, assim como instruções
para as completar. Estes elementos encontram-se no final do
modulo.

Comentários e sugestões

Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer


comentários sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo.
Os seus comentários serão úteis para nos ajudar a avaliar e
melhorar este curso / módulo.
, Introdução à Ecologia Geral
4

Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas
margens das folhas. Estes ícones servem para identificar
diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar
uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou
tarefa, uma mudança de actividade, etc.

Acerca dos ícones


Os ícones usados neste manual são símbolos africanos,
conhecidos por adrinka. Estes símbolos têm origem no povo
Ashante de África Ocidental, datam do século 17 e ainda se
usam hoje em dia.

Habilidades de estudo
Caro estudante, procure olhar para você em três dimensões
nomeadamente: O lado social, profissional e estudante, daí ser
importante planificar muito bem o seu tempo.

Procure reservar no máximo 2 (duas) horas de estudo por dia e


use ao máximo o tempo disponível nos finais de semana.
Lembre-se que é necessário elaborar um plano de estudo
individual, que inclui, a d, o dia, a hora, o que estudar, como
estudar e com que estudar (sozinho, com colegas, outros).

Evite estudo baseado em memorização, pois é cansativo e não


produz bons resultados, use métodos mais activos, procure
desenvolver as suas compêtencia mediante a resolução de
problemas específicos, estudos de casos, reflexões etc.

Os manuais contêm muitas informações, algumas chaves e


outra complementares, daí ser importante saber filtrar e
apresentar a informação mais relevante. Use estas informações
para a resolução dos exercícios, problemas e desenvolvimentos
de actividades.

A tomada de nota desempenha um papel muito importante.


, Introdução à Ecologia Geral
5

Um aspecto importante a ter em conta é a elaboração do


plano de desenvolvimento pessoal (PDP) onde você reflecte os
seus pontos fracos e fortes e perspectivas o seu
desenvolvimento.

Lembre-se que o seu sucesso depende da sua entrega, você é o


responsável pela sua própria aprendizagem e cabe a si
planificar, organizar gerir, controlar o seu próprio progresso.

Precisa de apoio?
Caro estudante, temos a certeza de que por uma outra situação, o
material impresso, lhe pode suscitar alguma dúvida (falta de clareza,
alguns erros de natureza frásica, prováveis erros ortográficos, falta
de clareza conteudística, etc). Nestes casos, contacte o tutor, via
telefone escreva uma carta participando a situação e se estiver
próximo do tutor contacte- o pessoalmente.

Os tutores têm obrigação, monitorar a sua aprendizagem, daí o


estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o
tutor usando para o efeito um dos mecanismos apresentados acima.

Todos os tutores têm obrigação de facilitar a interação, em caso de


problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado,
numa fase posterior contacte o coordenador do curso e se o
problema for de natureza geral, contacte a Direcção do CED, pelo
número 825018440.

Os contactos só se podem efectuar nos dias úteis e nas horas


normais de trabalho de expediente.

As sessões presenciais são um momento em que você, caro


estudante, tem a oportunidade de você interagir com todo o staff do
CED. Neste período pode apresentar dúvidas, tratar de questões
Administrativas e entre outras.

O estudo em grupo com os colegas é uma forma a ter em conta,


busque apoio com os colegas discutam juntos, apoiem-se
mutuamente, reflictam sobre estratégias de superação, mas produza
de uma forma independente o seu próprio saber e desenvolva as
suas competências.

Juntos na Educação à Distancia, vencendo a distância


, Introdução à Ecologia Geral
6

Tarefas (avaliação e
autoavaliação)
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios,
actividades e autoavaliação), contudo nem todas as tarefas
deverão ser entregues, mas é importante que sejam realizadas.
As tarefas devem ser entregues antes de período presencial.

Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o


não cumprimento dos prazos de entrega, implica a não
classificação do estudante. Os trabalhos devem ser entregues
ao CED e os mesmos devem ser dirigidos aos tutores/
docentes.

Podem ser utilizados diferentes fontes e matérias de pesquisa,


contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados
respeitando os direitos do autor.

O plágio deve ser evitado, transcrição fiel de mais de 8 palavras


de um autor, sem o citar é confederado plágio. A honestidade,
humildade científica e o respeito pelos direitos do autor devem
marcar a realização dos trabalhos.

Avaliação
Você será avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e o
período presencial (20%). A avaliação do estudante é regulamentada
com base no Regulamento de avaliação.

Os trabalhos de campo por si desenvolvidos, durante o estudo


individual, concorrem para os 25% do cálculo da média de frequência
da cadeira.

Os testes são realizados durante as sessões presenciais e concorrem


para os 75% do cálculo da média de frequência da cadeira.

Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões


presencias, eles representam 60%, o que adicionado aos 40% da
média de frequência, determinam a nota final com a qual o
estudante conclui a cadeira.
, Introdução à Ecologia Geral
7

A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da


cadeira.

Nesta cadeira, o estudante deverá realizar 2 (dois) trabalhos, 1


(um) teste e 1 (exame).

Não estarão previstas quaisquer avaliações orais.

Algumas actividades práticas, relatórios e reflexão serão


utilizadas como ferramentas de avaliação formativa.

Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter


consideração: a apresentação, a coerência textual, o grau de
cientificado, a forma de conclusão dos assuntos, as
recomendações, a indicação das referências utilizadas, o
respeito pelo direito do autor, entre outros.

Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no


manual.

Consulte-os. Alguns feedbacks imediatos estão apresentados


no manual
, Introdução à Ecologia Geral
9

Unidade n°.01-B0036

Tema: História da Ecologia

Introdução

Caro estudante, nesta unidade é convidado a uma discussão a


volta da história ou do surgimento da Ecologia.Vai abordar dos
primeiros pensadores nesta área e a importâcia da disciplina.

Vai se falar também nesta unidade falar da origem da plavra


Ecologia e quando começou a ser divulgada como Ciência.
Ecologia: Palavra de origem grega “oikos”, que significa casa e
“logos” que
significa estudo, ou seja: Ecologia é o estudo da casa, do ambiente.
Aqui a significado da palavra casa seria - o local onde os seres
vivem.
http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspe
os%20gerais%20da%20Ecologia%20aula1.pdf.

A definição mais aceita para Ecologia é: Estudo das condições de


existência dos seres vivos e as interações, de qualquer natureza,
existente entre esses seres vivos e o seu meio.

Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:

 Definir o conceito Ecologia

Objectivos  Conhecer a evolução da história da Ecologia Geral

 Conhecer os cientistas que contribuíram para o


surgimento da Ecologia

 Saber a importância da Ecologia


, Introdução à Ecologia Geral
10

“oikos” significa casa ou ambiente

“lógia” significa estudos ou Ciência

1. História da Ecologia
O Homem sempre se interessou pela Ecologia, de uma forma
prática desde os primeiros tempos da sua história. Na
sociedade primitiva, cada indivíduo para sobreviver, precisaria
de ter conhecimento concreto sobre o ambiente, isto é, das
forças da natureza, das plantas e dos animais que o rodeavam.
A civilização começou, de facto, quando o homem aprendeu
servir-se do fogo e de outros instrumentos para modificar o seu
ambiente. Esta modificação foi influenciando a vida do Homem
ao longo dos tempos do primitivo para cá. As consequências
das queimadas, poluição, da industrialização, da agricultura, da
pesca, da guerra e todos outros actos do Homem sobre a
Natureza foram criando as tais modificações.

A palavra ecologia deriva do grupo “oikos” que significa casa ou


mais em geral ambiente e “lógia” significa estudos ou Ciência.

Neste caso a Ecologia é uma Ciência que estuda as relações


existentes entre os seres vivos e o seu meio ambiente.
, Introdução à Ecologia Geral
11

Começa com as obras de Hipócrates, Aristóteles e outros


filósofos da cultura grega contêm matéria da natureza
claramente Ecológica. Sem dúvidas os gregos não tiveram uma
palavra própria para a designar. A palavra “ecologia” é de
aquisição recente e foi proposta pela primeira vez pelo biólogo
Alemão Ernest Heackel em 1869. Antes disso muitos dos
homens do renascimento biólogo do sec XVIII e XIX tinham
contribuído para o tema embora designação de “ecologia” não
fosse ainda utilizada. Por exemplo, AntonVan Leeuwenhoek
mais conhecido como pioneiro da microscopia dos princípios
dos anos 70, foi também pioneiro de estudo das “ cadeias
alimentares” e da regulação da população, duas áreas
importantes da Ecologia moderna.

Como um domínio específico aceite da Biologia, a ciência surge


por volta de 1900, passando a fazer parte do vocabulário geral
apenas no século passado.

Hoje toda a gente está ciente que as ciências do ambiente


constituem um instrumento indispensável para manter e criar
a civilização humana. Em consequência, a ecologia está
tornando rapidamente um ramo da ciência mais importante
para a vida quotidiano de todo o homem, mulher e criança.

1.2 Divisão da Ecologia

A Ecologia divide-se em três grupos:

Auto ecologia, Sineeocologia e Demoecologia.

a) Autoecologia- trata do estudo do organismo individual ou


de uma dada espécie geralmente destacam-se as biologias e o
comportamento como meios de adaptação ao meio ambiente,
, Introdução à Ecologia Geral
12

representa o organismo ou indivíduo com o ambiente, (um


indivíduo com o seu ambiente).

b) Sinecologia – Trata de grupos de organismos que se


encontram associados uns aos outros formando uma unidade,
relações entre as populações com o meio ambiente.

c) Demoecologia – relação entre indíviduo de uma população


com o meio ambiente.

Para além da divisão já referida acima a ecologia devide ainda


em - Ecologia animal: que trata da vida dos animais;

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%20
da%20Ecologia%20aula1.pdf

Ecologia vegetal, trata das plantas ou vegetais

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%20da%2
0Ecologia%20aula1.pdf
, Introdução à Ecologia Geral
13

Ecologia geral, dos demais temas, incluindo a vida do ser humano


e sua
relação com o meio.

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%20da%
20Ecologia%20aula1.pdf

Melhor que a classificação acima, a ecologia pode ser dividida


pelos três níveis
de Biosfera:

Mar – Ecologia Marinha

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%20da%2
0Ecologia%20aula1.pdf
, Introdução à Ecologia Geral
14

Terrestre – Ecologia Terrestre

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%20da%2
0Ecologia%20aula1.pdf

Água doce – Ecologia Límnica

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%
20da%20Ecologia%20aula1.pdf
, Introdução à Ecologia Geral
15

Ao longo deste módulo, o estudo vai estar em volta destes


três níveis da Bioesfera. Irão ser abordadadas as relações entre
os seres vivos, e dos seres vivos com e o meio ambiente em que
eles vivem. Conhecer as displinas relacionadas com a Ecologia
é importante para compreender e interpreitar os fenómenos que
decorrem na natureza ligadaos a ecologia.

1.3 Interdisciplinaridade da ecologia

Agrupa Ciências Naturais e Sociais, ela estuda a natureza como


um todo, abordagem unitaria é que faz dela, uma matéria mais
vasta. O teu tema Central é a interdependência dos seres vivos.

Assim fazem parte da Ecologia as seguintes disciplinas: Física,


Antropologia Evolução, Genética, Historia, política, Química
Tecnologia, Economia, Microbiologia Humana, Sociologia,
Geografia, Zoologia e etc.

Sumário
Ecologia é uma Ciência que estuda as relações existentes entre os
seres vivos e o seu meio ambiente. Foi o cientista alemão Ernesto
Haverdes, em 1869, quem primeiro usou este termo para
designar a parte da Biologia que estuda as relações entre os
seres vivos e o ambiente em que vivem, além da distribuição e
abundância dos seres vivos no planeta. Como um domínio
específico aceite da Biologia, ciência surge por volta de 1900,
passando a fazer parte do vocabulário geral apenas no século passado.

Hoje toda a gente está ciente que as ciências do ambiente constituem


um instrumento indispensável para manter e criar a civilização humana.
Em consequência, a ecologia está tornando rapidamente um ramo da
ciência mais importante para a vida quotidiano de todo o homem,
mulher e criança.
, Introdução à Ecologia Geral
16

Alemão, Ernst Haeckel (1834-1919), o cientista quem propôs a palavra Ecologia , a


Ciência que estuda as relações entre organismos.

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%
20da%20Ecologia%20aula1.pdf
, Introdução à Ecologia Geral
17

Exercícios
Sobre a evolução da História da Ecologia:

1. Definir o conceito Ecologia

2. Fale em poucas palavras da História da Ecologia, como que ela


surge.

3. Comente sobre a importância de estudo da Ecologia.

4. Quais as sub divisões da Ecologia?

5. Fale da interdisciplinaridade da Ecologia, quais as outras


ciências que se interliga a ela e porque?

NB: Resolver e entregar todos os exercícios.

Autoavaliação

Qual é o objecto de estudo da ecologia

O objecto do da Ecologia é de estudar as relações entre os animais e o


meio ambiente em que vivem.

Quem é o cientista que chamou Ecologia como ciência pela primeira


vez?

O cientista que chamou Ecologia pela primeira vez foi o Alemão


Ernest Heackel em 1869.
, Introdução à Ecologia Geral
19

Unidade n°.02-B0036

Tema: Inteirações entre


organismos e factores
ambientais.

Introdução
Nesta unidade iremos falar dos factores ambientais que
influenciam os seres vivos. Iremos também tratar dos factores
bióticos e abióticos.

Iremos aprofundar sobre como os factores bióticos e abióticos


influenciam nas plantas e nos animais, é claro que eles também
influem no ecossistema, ecossistema este que o conjunto dos
organismos e ambiente.

Por exemplo num terreno de pastagem onde há queimadas


existem plantas e animais diferentes de um terreno natural
como uma floresta. A pastagem e as queimadas limitam a
vegetação e por isso as árvores e os arbustos das pastagens são
resistente ao fogo e o capim e as ervas são resistente ao sol
forte. Ao contrário, na floresta existem muitas árvores com
folhas grandes e o capim e as ervas que têm folhas frágeis
porque as árvores garantem uma protecção contra o sol forte e
garante também uma humidade elevada
, Introdução à Ecologia Geral
20

Os Factores ambientais são elementos que podem influenciar


os organismos de uma forma de recta ou indirecta e que
podem ser divido em dois (2) grupos: Abióticos e Bióticos.

Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:

 Identificar os factores abióticos e bióticos;

 Explicar a lei do mínimo;


Objectivos
 Conhecer o conceito tolerância;

2. Interações entre organismos e factores ambientais

2.1 Lei do Mínimo e noção de factores limitantes

2.1.1 Factores ambientais

Os factores ambientais podem ser divididos em dois grupos


que são factores ambientais abióticos e bióticos .

a) Fatores abióticos:

Os factores abiótico são aqueles que influenciam os seres vivos


(seres que não tem vida.).

Dentro de ecossistema, cada organismo depende dos factores


abióticos ( seres sem vida), por sua vez pode se dividir em
factores físicos e factores químicos.

1 Factores físicos são como por exemplo, o sol o tipo de


estrutura do solo a chuva, a nuvem, o vento, a temperatura (o
clima).
, Introdução à Ecologia Geral
21

2 Factores Químicos são como por exemplo a quantidade


de H2O, CO2, O2 e sais minerais no solo e no ar.

As plantas no ecossistema, quer as culturas como mandioca e


milho, quer as ervas daninhas, depende do sol, dióxido e da
água a fim de realizar a fotossíntese. É através de fotossíntese
que o ecossistema produz substancia orgânicas que contém a
energia química que entra no ecossistema na forma de luz
solar.

Para a síntese de lipidos e proteínas as plantas verdes precisam


também de sais minerais. É por isso que os camponeses devem
por adubo na machamba.

b) Factores bióticos

Os factores bióticos são relações entre os seres vivos. Como


por exemplo a competição entre as plantas, relação de
predatismo, parasitismo, etc.

2.1.2 Tolerância

Todos factores que actuam directamente no organismo e


possuem certas limitações. Dentro destas limitações o
organismo pode crescer e reproduzir e esta capacidade é
conhecida por Tolerância.

Neste caso, Tolerância é reacção do organismo na sua


variabilidade.

“Lei” da tolerância de Shelford.

A existência e o sucesso de um organismo depende do integral


de complexo de condições.
, Introdução à Ecologia Geral
22

A ausência ou insucesso de organismo poder ser provocado


pela dificiencia ou excesso qualitativo ou quantitativo
relativamente a qualquer dos diversos factores que aproximam
os limites de tolerância para esse organismo.

Ora vejamos

Não apenas a exiguidade de qualquer coisa pode constituir


factor limitante como propôs Liebig, mas também o excesso,
como no caso de factores como calor, luz, água, eteríssima os
organismos têm um máximo e um mínimo ecológico, que
representa os limites de tolerância, entre ambos.

Alguns autores subsidiariam a “lei” da tolerância enunciando


da forma seguinte:

1) Os organismos podem, ter uma amplitude larga de


tolerância um factor e uma amplitude para outro.
2) Os organismos com amplitudes largas de tolerância para
todos os factores são aqueles que têm mais possibilidades de
se encontrarem mais amplamente distribuídos.
3) Verifica-se com frequência que os organismos não vivem
na natureza efectivamente nos níveis óptimos em relação a um
dado factor físico particular. Em tais casos verifica-se que outro
factor ou outros factores tem maior importância. Exemplo de
algumas orquídeas tropicais desenvolve-se bem em plena luz
do sol do que a sombra com condição de manter fresca, na
natureza crescem, porém apenas na sombra uma vez que não
podem a tolerar a luz do sol directa.

O período de reprodução é usualmente um período crítico


durante o qual é mais provável que os factores do ambiente
sejam imitantes. Os limetes de tolerância são usualmente mais
estreitos para as fases reprodutivas, semente, ovos embriões e
, Introdução à Ecologia Geral
23

larvas, do para as plantas e nos animais adultos nas fases


somáticas.

2.1.3 Potência

Potencia é forma específica com que o organismo reage sob


diferentes factores (capacidade de reacção). Significa que cada
organismo reage de uma forma um pouco diferente dos outros
condicionado por vários factores: idade, sexo, estado
fisicamente.

Existem três tipos de esteno potência: oligo-estenopotencia ,


Mesoestenopotencia e poli-estenoponcia.

a) oligo estenopotencia- é uma intensuidade baixa de um


factor, isto é, o organismo reage com uma intensidade baixa de
um factor.

Exemplo de oligo- estenopotencia do factor temperatura

o o
Clamydomona nivalis ---------0 C ----40 C ----optimo
crescimento

b) Meso-esteno potenciar o organismo reage com baixa e


altas intensidades ou melhor reage com uma intensidade
normal (óptima) de um factor.

Exemplo de meso estenopotencia do factor temperatura.

Tritucum sativum (trigo)----18oC---20oC---Óptima colheita.


(péssima ) 13oC 27 oC (Péssima)
, Introdução à Ecologia Geral
24

c) Poli-estenopotencia –o organismo reage com uma


intensidade alta de um factor.

Exemplo de poli-estenopotencia do factor temperatura

Synechococcus spec------------65C-------75C ----óptimo


crescimento.

“Lei“ do mínimo de Justus Von Liebig (1840)

Para ocorrer e prosperar numa dada situação, um organismo


precisa de contar com materiais essenciais ao seu crescimento
e a sua reprodução. Estes requisitos básicos variam com a
espécie e a situação. Em condições em “estado constantes ou
de equilíbrio, o material essencial disponível em quantidade
que mais se aproxime do mínimo crítico indispensável tende a
ser o material limitante. Esta “lei” do mínimo é menos aplicável
sob condições de “estado transitório” quando os quantitativos
e se os efeitos de muitos constituintes se alteram rapidamente.

A ideia de que um organismo não é mais forte que o elo mais


fraco da sua cadeia ecológico de requisito foi expressa
claramente pela primeira vez por Justus Leibig em 1840. Liebig
foi o pioneiro no estudo do efeito dos vários factores no
crescimento das plantas.Verificou, tal como fazem hoje os
agricultores, que a produção das culturas era com frequência
limitada não por nutriente necessários em quantidades, como
o dióxido de carbono e água, uma vez estes encontram-se em
abundante na natureza, mas por alguma matéria prima como o
boro por exemplo necessários em quantidades pequenas
embora muito escassas no solo. O seu enunciado de que” o
crescimento de uma planta depende da quantidade da matéria
, Introdução à Ecologia Geral
25

alimentar que lhe é facultada em quantidades mínimas “


passou a ser conhecido por “lei” do mínimo de Liebig. Outros
autores ampliaram o enunciado incluindo para além de
nutrientes outros factores como temperatura e o elemento
tempo.

A lei do mínimo não é mais que um aspecto de factores


limitantes o qual, de sua parte, não é mais de que um control
dos organismos pelo ambiente.

2.2. Factores ambientais primários ou ecológicos

2.2.1. Calor.

Calor é uma forma de energia que não sofre transformações em


muitas outras formas de energia.

A energia radiante distribuída na Biosfera não é a mesma para


todos os pontos. A forma de terra e sua posição em relação ao
sistema solar afectam a distribuição de radiação solar na
superfície do nosso planeta, lugares diferentes recebem
quantidades diferentes de radiação.

Para uma superfície activa a energia necessária é de 4,2J.

cm2 ; .min-1

significa que a temperatura influi directa ou indirectamente a


todos os processos do organismo.

Ao longo de um ano, as regiões próximas do equador recebem


mais energia, as regiões polares recebem menos.

Isto ocorre devido a dois factores;

a) Espessura de camada atmosférica:


, Introdução à Ecologia Geral
26

Parte da energia solar é absorvida ao atravessar a atmosfera e


quando maior for a espessura da camada atmosférica, maior é a
quantidade de energia absorvida.

Os raios que incidem verticalmente na superfície terrestre


atravessam menos atmosfera que os demais e por isso, as partes
da terra onde a luz incide verticalmente recebem mais energia.

b)Ângulo de incidência da radiação solar.

A radiação solar que não incide verticalmente na superfície


terrestre sofre dispersão.

Uma lanterna pode ser usada para mostrar isso. Quando sua luz
incide verticalmente sobre uma superfície, vemos um círculo
brilhante.

Se inclinarmos a lanterna, vemos uma superfície oval e


ligeiramente mais opaca, isto porque a luz se dispersou em uma
área maior

A medida que a terra gira ao redor do sol a inclinação do


seu eixo provoca insolação diferente conforme a latitude.

Isto significa que ao meio-dia 21de Junho, a radiação solar


incide verticalmente na superfície terrestre até um ângulo de
23º 27º, ao norte do equador (ao longo do trópico de Câncer) e
a 21 de Dezembro incide em um ângulo de 23º 27º, ao sul do
equador (ao longo do trópico de Capricórnio).

O sol nunca está incidindo verticalmente em nenhum


ponto ao norte ou ao sul dessas latitudes; nos pólos nunca está a
mais de 23º 27, acima do horizonte.
, Introdução à Ecologia Geral
27

Assim, a radiação solar recebida pela terra é maior


entre os trópicos e decresce rapidamente em direcção aos pólos.

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%20da%20E
cologia%20aula1.pdf

A posição da Terra em relação ao Sol influi na intensidade de


radiação que chega à Terra.

2.2.2. Luz

A Luz está na base do aparecimento da vida à superfície


terrestre mesmo que, alguns casos indirectamente.

No entanto, há seres vivos com maior ou menor


dependência de luz. É o caso de algumas plantas, como as
árvores o girassol, etc. que necessitam de muita luminosidade –
plantas de sol ou heliófilas.

Outros seres, como fetos, preferem locais mais sombrios –


são plantas de sombra ou esquiófilas.

Este é um dos aspectos de luz que é a sua duração que


pode ser um dador do tempo (Zeitgeber).

Zeitgeber – dador ou orientador do tempo.


, Introdução à Ecologia Geral
28

Esta duração da luz favorece o crescimento, o


desenvolvimento, a diferenciação e a orientação dos
organismos.

2.2.3. Agua

A água é um bem essencial sem o qual a vida é impossível.


Apresenta-se na natureza nos estados sólidos, líquidos, e
gasoso, e é mobilizada através de um ciclo hidrológico contínuo.

Neste caso, os organismos terrestres reagem com base a


estas relações das águas (Humidade, gelo, vapor).

Os oceanos são a principal fonte de vapor de água para o


meio terrestre e é trazido para a terra pelo ar circulante.

Por isso, compreender a circulação do ar atmosférico é


muito importante para compreender também as condições de
temperatura e humidade da terra, e estas, por sua vez, são os
dois factores mais importantes para se entender a distribuição
dos organismos.

A água aquecida evapora-se mais depressa do que a água


fria. O ar aquecido contém mais vapor de que água do que o ar
frio.

Assim, o ar quando passa sobre águas oceânicas aquecidas,


absorve muito vapor de água e quando o ar esfria, o vapor de
água cai como chuva ou neve.

A precipitação pode ocorrer quando o ar passa de uma área


oceânica aquecida para uma área terrestre mais fria e o vapor de
água pode precipitar-se ao encontrar massa de ar mais fria.
, Introdução à Ecologia Geral
29

Um exemplo disso, são as penetrações da massa


equatorial continental, no verão provocam fortes aguaceiros,
principalmente no sul do Brasil.

a) Corrente de ar planetário “El Nino”

El Nino – Oscilação sul, constitui um fenómeno de dois


componentes: uma da Natureza oceânica, no caso do El Nino, e
outra de Natureza atmosférica, representada pela Oscilação Sul.

A denominação El Nino remota ao séc. XVIII e foi utilizado pela


1ª vês por pescadores peruanos para designar uma corrente de
água quente que surgiu no oceano Pacifico na Costa de América
do sul, no final do mês de Dezembro.

Em alusão ao natal e ao “ Menino Jesus”, essa corrente de água


quente foi chamada de El Nino, expressão Espanhola que
significa “Menino”.

Para aqueles pescadores o El Nino indicava o final de estação de


pesca uma vez que as agua quentes significavam a atenuação de
ressurgências de águas frias e ricas em nutrientes do fundo do
oceano e, com isso, afastavam os peixes da região.

Desde alguns anos, notava-se que essas águas eram mais


quentes do que o normal e esses eram os anos de excessos de
chuvas em regiões geralmente secas, como do peru e do
Equador.

Quando o componente atmosférico, os trabalhos do Gilbert


Walker, no inicio do séc. XX, demonstraram uma correlação
inversa entre a pressão na superfície sobre os oceanos pacíficos
e Indico, denominada Oscilação sul: quando a pressão é alta no
Oceano pacífico, ela tende a ser baixa no Oceano Indico. Esses
, Introdução à Ecologia Geral
30

trabalhos tentavam correlacionar a Oscilação sul com as


monções na Índia.

b) Classificação das chuvas

Nas regiões de baixa pressão chove mais (Equador) e nas


regiões de alta pressão chove menos (Regiões Polares). Assim
podemos classificar as chuvas em três grupos: Chuvas
orográficas (de relevo) Chuvas de Convecção e Chuva das
frentes frias.

1º Chuvas orográficas

Nestas chuvas, o ar sobe pelas encostas das montanhas. Á


medida que vai subindo, arrefece. Este arrefecimento provoca o
aumento da humidade relativa podendo atingir o ponto de
saturação. E só chove nas vertentes.

2º Chuvas de convecção:

Nestas chuvas o ar húmido em é contacto com a superfície


muito aquecida, aquece, torna-se mais leve expande-se e sobe.

O ar arrefece e satura-se produzindo-se a condensação de


vapor de agua. Estas chuvas são bravas e abundantes.

3º Chuvas das frentes frias ou ciclónicas.

São produzidas quando há passagem de fontes frias. O


encontro de duas massas de ar com temperatura e humidade
diferentes, provoca sempre a subida do ar mais quente por ser
mais leve, o que resulta o seu arrefecimento e
consequentemente a formação de chuvas.

2.3. Factores Químicos.


, Introdução à Ecologia Geral
31

Os factores químicos são por exemplo, a quantidade


de H2O, CO2, O2 e sais minerais no solo e no ar.

A composição destes factores no ar é seguinte:

 78,1% de N2 fixação biológica, 108 toneladas por ano;


 20,99% de O2 O3, isto é transforma-se em ozono;
 0,945% de ar;

 0,03% de CO2 entra no processo de fotossíntese.

a) Oxigénio.

Quanto mais baixa for a temperatura da água, maior será


absorção do O2 ou a quantidade de O2. Este é um gás utilizado
pelos organismos vegetais e animais no processo da respiração.

b) Dióxido de Carbono

O dióxido de carbono é um gás solúvel em água por isso, as


plantas aquáticas absorvem-no com facilidade. Significa que é
um gás utilizado pelas plantas no processo de fotossíntese.

A formação de bicarbonato de cálcio esta directamente


ligada a actividades biológicas.

Ca CO3+H2 CO3 Ca(HCO3)2

O bicarbonato de cálcio representa o CO2 fixado, e em


águas calcarias encontramos 1,8 vol. % CO2. Essas águas
geralmente são azuis e apresentam vários organismos vegetais,
além das águas.

c) Água

A maior parte da água do nosso planeta situa-se nos


oceanos e uma pequena porção nos rios e nos lagos.
, Introdução à Ecologia Geral
32

Por isso, existem dois tipos de água: água salgada, com


uma alta concentração de NaCl, e água doce, rica em
bicarbonato de cálcio – Ca(HCO3)2.

As águas continentais podem ser quimicamente muito


diferente em relação as oceânicas porque aquelas sofrem muitas
mudanças, são menos estáveis, possuem uma temperatura
variável e sofrem vários factores ecológicos.

b) Solo

O solo é o produto da decomposição superficial das rochas que


constituem a crosta terrestre.

Para os agrónomos, o solo é apenas a camada superficial


espalhada pelos sistemas radiculares, que tem uma
profundidade de 0,5 a 2 metros.

Para o geólogo, o solo é toda a camada superficial da crosta que


foi desintegrada e decomposta.

Perfil do Solo

Os solos evoluídos possuem normalmente várias camadas


sobrepostas, designadas por horizontes.

Estas camadas são formadas pela acção simultânea dos


processos físicos, químicos e biológicos e distinguir-se entre si
através de determinadas propriedades, como por exemplo a cor,
a textura e o teor em argila.
, Introdução à Ecologia Geral
33

Fonte: http://www.dct.uminho.pt/pnpg/gloss/gifs/perfil.jpg

O solo constitui um ecossistema e como tal, é formado por dois


tipos de componentes: abióticos (sem vida) e bióticos (com
vida).

1º Componentes abióticos do solo

A formação do solo esta na dependência de vários factores,


dependendo primariamente da rocha-mãe e depois do clima e
ainda, esta na dependência de vegetação que influi sobre o tipo
de solo.

Há uma íntima dependência entre solo e vegetação.

A rocha-mãe sofrendo um intemperismo, vai se desintegrando


ou se decompondo.

Os tipos de intemperismo são: físico, químico e biológico.


, Introdução à Ecologia Geral
34

1) Intemperismo físico:

O intemperismo físico provoca normalmente a desintegração do


solo e a variação da temperatura provoca dilatação e
contracção. Ocorre mais nas regiões secas e frias.

2) Intemperismo químico:

Este leva a decomposição da rocha. Pode ocorrer por:

- Hidrólise de substâncias;

- Dissolução á custa de H2 CO3;

- Dissolução á custa de HNO3;

- Oxidações dos minerais que formam a rocha;

Ocorre mais nas regiões húmidas e quentes: Equador e Trópicos.

3-) Intemperismo biológico

Pela penetração das raízes nas fendas das rochas, há pequenas


que produzem substâncias ácidas que decompõem a rocha.

2º Composição gosnulometrica ou textura

É a composição de rocha quanto ao tamanho de seus grãos.


Assim sendo podemos distinguir:

1) Solo arenoso:

Quando as partículas são maiores, atingindo um tamanho de


0,02 a 2mm.

2) Solo siltoso:

Tamanho entre 0,02 a 0,002mm.

3) Solo argiloso:
, Introdução à Ecologia Geral
35

Menor que 0,002mm.

3º Importância do solo

O solo é importante sob 3 aspectos fundamentais:

1) Como substrato a fixação:

Solos pouco expressos não oferecem condições para fixação:


solos muito delgados (litossolo), também não dão boa fixação
para a planta pois as raízes são obrigadas a crescerem
horizontalmente. Assim como solos de pouca consistência
oferecem problemas á fixação.

2) Como reservatório de agua:

Quando chove o solo retém parte da água e outra parte e


drenada (água de drenagem ou gravitacional)

A retenção da água depende de dois processo: absorção e


capilaridade.

Lixiviáção – é lavagem do solo pela água da chuva, pois esta é


rica em iões de H2. chegando a ter contacto com as partículas do
solo que possuem nutrientes, a água vai lentamente retirando
os catiões nutrientes do solo e substituindo-os pelo H+ o que
torna um solo mais pobre em nutrientes e, ainda um solo ácido.
Um bom PH para o solo está entre 6 e 6,5 e abaixo desse valor é
impróprio para a lavoura.

2) Como fonte de nutrientes

O húmus constitui substâncias formadas no solo num processo


conhecido por humificação (decomposição incompleta).
, Introdução à Ecologia Geral
36

Na huminificação formam-se dois tipos de substâncias:


humina ou ácido húmico e lignina que são substâncias que não
sofrem a decomposição.

O húmus é rico em nutrientes tais como sai de Zn+ K+, Ca+, etc.

4º Componentes bióticos do solo

No solo encontramos grandes quantidades de organismos vivos


chamados edatonos ou edaphon, como algas, bactérias, fungos,
organismos isolados ou associados, vivendo em simbiose, como
micorrizas, bacteriorizas, grande quantidade de nomátodos,
aracnídeos e anelídeos.

2.4. Factores químicos antropogénicos.

O Homem utiliza para a sua sobrevivência grande quantidade de


substâncias químicas poluindo as aguas e o solo tais como:
detergentes, adubos, pesticidas, insecticidas, hesercidas,
nematicidades, metais, etc.

A agricultura não se reduz á simples obtenção do produto


biológico, nas compostas também a manutenção e o reforço da
fertilidade do solo através do recurso a adubos e a pesticidas.

Os adubos são necessários para repor no solo os elementos que


foram retirados pelas plantas enquanto que os pesticidas são
utilizados com o intuito de eliminar determinadas populações
animais ou vegetais.

E é de salientar que de aplicação dos pesticidas aniquilam


organismos nocivos para a prática agrícola e também
organismos benéficos, como por exemplo polinizadores.

De forma a evitar esta acção indiscriminada dos bicudas


(substancias químicas capazes de provocar a morte) e a reduzir
, Introdução à Ecologia Geral
37

formas de poluição química começam a instituir-se praticas


de combate combates biológicos, por exemplo, a eliminação de
pragas de pulgões tem sido levada a cabo por um predador
natural destes organismos, as Joaninhas por exemplo.

Os pesticidas evidenciam ainda, nomeadamente, não são bio


degradáveis e são transmitidos dos níveis trópicos inferiores
para os superiores, traduzindo-se num efeito conhecido por bio
acumulação.

Na agua por, exemplo os detergentes contém fosfatos, o que


constitui um óptimo alimentos para as algas que, graças a eles,
passam a proliferar rapidamente, cobrindo a superfície dos lagos
e dos rios.

A espessa camada de algas impede a penetração de luz solar, e


as plantas que ficam abaixo da superfície não podem realizar a
fotossíntese e morrem.

São bem conhecidos os efeitos do D.D.T. (dicloro difenil


tricloretano) um insecticida usado para eliminar insecto parasita
e hoje o D.D.T. é proibido em todos os países.

Existem resíduos industriais acompanhados por metais pesados


que também podem provocar uma poluição.

2.5. Factores mecânicos e físicos

Hoje novos factores aparecem resultantes do aparecimento, no


meio, de resíduos radioactivos dos reactores e explosões
nucleares. Essas substâncias voltam para o solo junto com as
poeiras e as chuvas, podendo algumas delas virem a serem
absorvidas pela vegetação. O consumo dessas plantas pelo
homem e outros animais leva a acumulação dessas substâncias
, Introdução à Ecologia Geral
38

em órgãos diversos, onde poderão vir a desencadear


perturbações graves.

Um outro factor (factor térmico) consiste fundamentalmente,


na elevação da temperatura da água ocasionada pelo
lançamento de águas de refrigeração de máquinas utilizadas em
muitas indústrias. As próprias centrais atómicas despejam águas
quentes utilizada na refrigeração de reactores.

O aquecimento da água faz diminuir a quantidade de gases


dissolvidos como por exemplo o O2 e o CO2. Quando parte da
fauna e flora nomeadamente seres aeróbicos muito sensíveis a
essas mudanças de concentração, podem morrer.

Nos factores físicos, há ainda a considerar o factor mecânico


resultante do lançamento de detritos sólidos como resíduos das
serrações e das minas que pode dificultar a penetração dos
raios solares, por esse motivo determina a diminuição da flora
fotossintética e também a da quantidade de O2 dissolvido na
agua, resultando dai a morte de inúmeros animais.

As queimadas são outros factores que provocam destruição dos


vegetais. Estas queimadas podem ser provocadas pelo homem
ou pelo calor e raios solares (queimadas naturais).

Existem dois tipos de queimadas: queimadas frias e queimadas


quentes.

1º Queimadas frias:

Estas queimadas realizam-se quando o solo é húmido,


principalmente de manhã ou num dia com pouco vento e pouco
material orgânico.

2º Queimadas quentes:
, Introdução à Ecologia Geral
39

Estas queimadas realizam-se quando o solo é seco,


principalmente ao meio-dia ou na época seca e quando há muito
vento e muito material orgânico.

As queimadas frias são mais vantajosas porque em relação as


quentes porque as primeiras conservam as raízes e húmus
enquanto que as ultimas queimam tudo, incluindo raízes e
húmus. Significa que um solo fértil torna-se num solo árido e o
pasto demora a rebentar.

Sumário
Sobre a inteiração entre organismos e os ambientais, é
importante referir que desde muito tempo os estudiosos se
preocuparam em saber do crescimento óptimo dos organismos.

Conhecer a tolerância e a potencia dos organismos, factores


pelos quais os organismos toleram uma certa situação de stress
e a capacidade de reagir diferentes variações ambientais.
Portanto uma espécie tem a sua forma de reagir as variações do
ambiente e o seu sua capacidade de tolerar as variações do
ambiente.

Exercícios
1- Anuncie a lei do mínimo.

2- Fale dos factores abióticos e bióticos.

3- Como que os factores mecânicos prejudicam os


animais aquáticos?

4- Sobre água, explique o fenómeno de precipitação.


, Introdução à Ecologia Geral
40

NB: resolver e entregar todos os exercícios.

Autoavaliação

O que pode se entender por lixiviáção

Lixiviáção – é lavagem do solo pela água da chuva, pois esta é


rica em iões de H2. Chegando a ter contacto com as partículas do
solo que possuem nutrientes, a água vai lentamente retirando
os catiões nutrientes do solo e substituindo-os pelo H+ o que
torna um solo mais pobre em nutrientes e, ainda um solo ácido.
Um bom PH para o solo está entre 6 e 6,5 e abaixo desse valor é
impróprio para a lavoura.
, Introdução à Ecologia Geral
41

Unidade n°.03-B0036

Tema: Interações entre os


organismos

Introdução
Caro estudante, nesta unidade vamos falar sobre a interaçao
entre os organismos e vão se abordar as várias formas de
inteiração tais como: associação, colónia, canibalismo,
predatismo, Parasitismo, comensalismo e amensalimo e outro.

Ainda abordaremos sobre as relações inter e intra-especificas


dos organismos.

Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:

 Conhecer as Inteirações entre os organismos;

 Diferenciar as relações intra-especificas da enterespecífica


Objectivos
 Conhecer as características típicas de uma sociedade

3. Interações entre os organismos.

O funcionamento de uma comunidade depende das diversas


relações entre os organismos que a compõem. Uma abelha,
por exemplo, depende do néctar para se alimentar, mas a
própria planta passa a depender de abelha para o transporte
de grão de pólen para a reprodução. As inteirações entre os
organismos é muitas vezes de natureza alimentar, mas também
, Introdução à Ecologia Geral
42

podem se relacionar com o abrigo, protecção, reprodução,


dispersão, etc.

As interações podem ocorrer entre seres:

-da mesma espécie – relações intra-espécificas ou homóticas;

-de espécies diferentes-relações enterespecíficas ou


heterospécificas. Todas essas relações são comumente
classificadas em: Positivas ou harmónicas – quando não há
prejuizo para nenhumas das espécie ou nenhum indivíduos
associados.

-Negativa ou desarmoniosa – quando pelo menos um dos


indivíduos é prejudicado na associação, ou seja quando pelo
menos uma espécie tem poucas chances de sobrevivência ou
acesso reprodutivo (medido pelo numero médio de filhotes).

-Neutralismo-quando duas ou mais espécies vivem no mesmo


habitat sem que uma seja afectada por outra.Podemos
esquematizar as associações que serão estudadas nesta
unidade da seguinte maneira.

- Intra-especificas -Sociedade

-Colónia

Relações harmónicas - Mutualismo

-Inter especifica -Comensalismo

-Protocoopração
.

- Canibalismo

-Entra-específica -Competição inter especifica

- Competição entra especifica

Relações-desarmonicas
. - Amensalismo

-Inter específica - parasitismo

Predatismo
, Introdução à Ecologia Geral
43

- Predatismo

3.1 Sociedade

São vários casos de indivíduo da mesma espécie vivem


agrupados provisoriamente, para obter alguma vantagem.
Muitas aves se reúnem em locais de reprodução o que facilita o
encontro de machos e fêmea, assim como a protecção da
prole. Estes agrupamentos chamam-se reuniões ou bandos,
são instáveis e podem se desfazer quando as condições que os
agrupam deixam de existirem.

O viver em grupo oferece muitas vantagens aos animais, deixa


os mais unidos. Este agrupamento chama se sociedades.

As sociedades caracterizam-se por divisão de trabalho e por


uma grande solidariedade dos seus membros, sendo comum,
entre os insectos sociais, gorilas e própria espécie humana.
Entre os insectos as formigam, as espécies de abelhas o nível
de divisão de trabalho é maior.

Por exemplo, várias espécies de abelhas formam sociedades


altamente organizadas.

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%20da%20Eco
logia%20aula1.pdf
, Introdução à Ecologia Geral
44

A população de uma colméia: rainha, operárias e zangões

Nas abelhas têm os chamados operários que são fêmeas


estéreis com o aparelho reprodutivo atrofiado.

As operárias são as únicas que possuem aparelho bucal e patas


especializadas para a colheita do pólen. Elas são encarregues
em colher o néctar das flores, alimenta as larvas e produzir a
cera para a colmeia, a consecução e limpeza da colmeia
também está a sua responsabilidade.

A rainha, a única fêmea fértil na colmeia, tem a função é ser


fecundada e botar ovos.

O zangão, os machos da colmeia fecunda a fêmea, logo depois


de fecundar a fêmea perde a generaliza e morre, mas antes de
morrer até o dia da fecundação os zangões são alimentados
pelas operárias.
, Introdução à Ecologia Geral
45

33. Colónias

Colónia é uma associação formado por protozoários, em algas e


invertebrados inferiores, em que o sistemas nervoso inexistente
ou pouco desenvolvido neles. Nestes seres portanto não tem
grande capacidade de criar fortes “amizades” entre os membros
de uma espécie, como ocorre nas sociedades. Mesmo assim as
vantagens da vida podem ser conseguidas através da união
anatómica dos organismos, formam-se assim colónias.

E mutualismo é outro tipo de associação em que espécies


deferentes estão intimamente associados, vivendo um no
corpo do outro e realizando trocas de alimento e de produtos
do metabolismo que beneficiam a ambos.

Em protozoários, em algas e invertebrados inferiores o


sistemas nervoso inexistente ou pouco desenvolvido. Nestes
seres portanto não tem grande capacidade de criar fortes
“amizades” entre os membros de uma espécie, como ocorre
nas sociedades. Mesmo assim as vantagens da vida podem ser
conseguidas através da união anatómica dos organismos,
formam-se assim colónias.

As colónias podem ser de dois tipos:

Homotípicas ou homeomórficas – não há diferenças


morfológicas entre os seus membros nem divisão de trabalho;

Heterotipicas ou heteromóficas-há diferencia e divisão de


trabalho entre os indivíduos.

Um exemplo típico de homeomorfica ocorre em protozoários,


alga e corais.
, Introdução à Ecologia Geral
46

Nesses casos como todos os indivíduos são iguais, todos


realizam o mesmo trabalho.

Isto não acontece com alguns cnidários como a caravela. Suas


colónias (heteromórficas) são formadas por indivíduos com
formas e indivíduos diferentes e funções diferentes. Há
indivíduos especializado na reprodução, na nutrição, na
defesa e no ataque. Todos estão interligados e suspenso na
água por uma bolsa de gás. Entre outros cnidarios como
obelia também existe a formação de colónias com indivíduos
especializados.

3.4 Mutualismo

Na natureza, há casos em que dois seres, mesmo sendo de


espécies diferentes estão intimamente associados, vivendo
um no corpo do outro e realizando trocas de alimento e de
produtos do metabolismo que beneficiam a ambos.

A dependência entre os dois seres é tamanha que vivendo em


separado, se tornaria muito difícil ou mesmo impossível. Esse
tipo de associação entre espécies diferente, com benefício,
mútuos e grande interdependência, é chamado mutualismo
ou mutualismo obrigatório.

Alguns autores também denominam esta associação de


simbiose, outros porém, utilizam esse termo no seu sentido
etimológico original (sim=junto; bio= vida), para indicar
qualquer associação e permanente harmónica ou
desarmónico entre organismo, comensalismo, etc.
, Introdução à Ecologia Geral
47

a) Leguminosas e bactérias

Certas bactérias vivem no interior das raízes das leguminosas


fornecendo-lhes o nitrogénio que será utilizado na produção de
proteínas.

Pesquisas recentes indicam que as leguminosas são capazes de


produzir as hemoglobinas e que possivelmente este é o principal
produto fornecido pelas bactérias. Essa bactérias são sensíveis ao
oxigénio livre da atmosfera que, por ser altamente oxidante que
podendo destruir as enzimas que fixam o nitrogénio, a hemoglobina
tem então a função de absorver o oxigénio porotegendo bactéria e
suas enzimas.

Além disso, o oxigénio já na forma combinada poder ser usada para


a respiração pelas bactérias, aumentando a sua eficiência
energética.

b) Algas e fungos: líquen

A associação entre certos fungos e algas clorofilinas


cianobactérias costuma ser tão íntima que ambos formam um
novo tipo de organismo: Líquen.

A alga, sendo autocrática, fornece ao fungo parte orgânica


que produz, recebendo por sua vez protecção, humidade e
sais minerais absorvidos pelos fungos.

Estes dois seres formam assim um pequeno ecossistema, em


que alga é produtor e o fungo é consumidor e de compositor.

Essa troca de favores dá ao líquen uma extraordinária auto-


suficiência, que lhe permite viver em variados lugares. Ele
pode ser encontrado sobre tronco de árvores, sobre pedras,
nas montanhas e até no gelo.
, Introdução à Ecologia Geral
48

Indicador da poluição-Líquen

Apesar de serem resistentes `as variações de temperatura, os


líquidos são muitos sensíveis a poluição do ar, funcionado
como verdadeiros sinais de alerte da poluição:

Indicadores da poluição atmosférica ao serem analisados. Por


não terem raízes e folhas, estruturas que os vegetais
funcionam como filtro contra poluição. Os líquenes absorvem
os polui ente por toda a superfície, onde decorrem as trocas
de água e sais minerais.

A figura ilustra associação de fungo e algas (líquen).

Fonte da fig.: molbiol.ru/pictures/82126.html

3.5 Canibalismo

Canibalismo, é quando um animal mata e devora outro


animal da mesma espécie. Entre alguns insectos, por exemplo
os animais mais fracos ou doentes pelos sadios. Entre a
algumas aranhas, a fêmea devora o macho apôs o acto sexual.

Na história da humanidade, os canibais mais conhecidos são os


astecas que sacrificavam e comiam os guerreiros prisioneiros
de guerra de outras tribos. O canibalismo perante a lei é crime
e o canibal praticante pode ser processado por mutilação e
, Introdução à Ecologia Geral
49

profanação de cadáver, além de desrespeitar o ser


humano.
Armin Meiwes também conhecido como “o canibal de
Rotenburg” era um alemão que usava a internet para procurar
jovens a fim de esquartejá-los e comê-los. O caso que chocou
todo o mundo e foi o de Bernd Jurgen Armando Brandes que
era sadomasoquista. Bernd entrou em contato com Armin e
combinaram que Armin cortaria o corpo de Bernd e o mataria
em seguida. A primeira parte a ser cortada foi o pênis, Bernd
ainda vivo participou dos preparativos do prato e em seguida
ajudou Armin a comer seu próprio órgão. Obcecado pela dor,
Bernd queria que Armin arrancasse seu pénis a dentada, mas
Armin preferiu tirar o órgão usando uma faca. Bernd perdeu a
consciência e então Armin o esfaqueou no pescoço e o
pendurou com um gancho de açougueiro e então começou a
cortálo. Segundo informações, o corpo de Bernd foi mantido
refrigerado por meses e servido diariamente nas refeições de
Armin. Quando o corpo de Bernd acabou, Armin colocou um
novo anúncio na internet, mas foi preso pela polícia.

3.6 Protocooperação

Em muitos casos, indivíduos de espécies diferentes obtém


benefícios mútuos sem que haja grandes dependências entre
eles. Isto é contrariamente em que ocorre no mutualismo, os
indivíduos podem sobreviver quando isolados, esta associação
é chamada protocooperação, cooperação ou mutualismo
facultativo, alguns autores usam mutualismo em sentido
amplo, significando qualquer associação em que os dois
organismos sejam beneficiados.
, Introdução à Ecologia Geral
50

Outro exemplo é do boi e do Anum, pois é comum a cena nas


pastagens: bois pastando e sobre estes, pássaros negros, como
se estivessem pastando sobre o boi. Os bois e vacas são
comumente atacados por parasitas externos (ectoparasitas),
pequenos artrópodes conhecidos vulgarmente por carrapatos.
E o anum preto (Crotophaga ani) tem como refeição predileta
estes pequenos parasitas. A relação é benéfica para ambos (o
boi se livra do parasita e o anum se alimenta). Ver a figura
abaixa.

Fenómeno de Protocooperação, o boi livrando-se de carraças e aos aves alimentando – se de


carraças.

Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Ecologia/relacoesecologicas2.php

Exemplo2: Pulgas e formigas

Algumas formigas cuidam de pulgões como um pastor cuida o


seu rebanho.

Os pulgões alimentam se de seiva das árvores e elimina o


excesso da comida pelos ânus na forma de liquido açucarado
e as formigas aproximam e sugam aquele secreção.

Esta associação chama-se sinfilia.

Os pulgões também são beneficiados, as formigas os


protegem dos seus inimigos naturais, como joaninha.
, Introdução à Ecologia Geral
51

3.6 Comensalismo

Quando duas espécies se associam com benefício apenas para


uma delas e sem causar prejuízos dizemos que há
comensalismo.

Nos mais casos clássicos de comensalismo, uma espécie usa


os restos alimentares de outra espécie. No entanto, pode-se
considerar comensalismo qualquer tipo de benefício recebido.
Assim, consideramos comensalismo: transporte de espécie
por outra (foresia); o uso de outra espécie como abrigo
(inquilinismo), o uso de uma espécie como suporte para a
fixação de uma planta (epifitismo) ou de um animal (ezoismo).

Exemplo1: rêmora e tubarão

Exemplo clássico de comensalismo é o caso da rêmora ou


peixe – piolho que se prende ao corpo do tubarão por meio de
uma nadadeira dorsal transformada por uma ventosa de
fixação.

Além de obter comida, a rêmora consegue um meio de


transporte.

Outros exemplos desse tipo de relação ao peixe-piloto, que


acompanha o tubarão, muitas vezes aproveitam restos
alimentares desse predador, a hiena que se alimenta de resto
da comida de leão.

3.8 Competição Intra-espécica.

Todo ser vivo compete com outros por alimento e energia.


Entre os vegetais a competição se dá principalmente por luz,
, Introdução à Ecologia Geral
52

água e sais minerais. Entre os animais, a competição é mais


variada na luta por matéria orgânica (alimento), espaço vital,
posse da fêmea defesa por prole etc. A competição intra-
especifica, por sua vez tem como consequência o controle do
tamanho da população porque se dá de indivíduos da mesma
espécie. Em aves e mamíferos, por exemplo, é comuns
indivíduos estabelecer pelo menos durante a época
reprodutivas, uma região ou um território em que não
permite a entrada de estranhos.

Exemplo 1: combate entre dois machos por posse de uma


fêmea ou território. Muitas vezes não a verdadeira luta: cada
um apenas ‘exibe’ a sua força ou suas armas.

O território pode ser demarcado de várias maneiras. Entre os


lobos e os coelhos, a urina as vezes possuem substâncias com
o cheiro característico do grupo. Entre os insectos, ocorre
também um mecanismo semelhante, através de substâncias
odoríferas (feromônios). Da mesma forma, o canto de muitos
pássaros é justamente um aviso de que aquela região já tem
“dono”.

Esse comportamento dos animais demarcar e defender um


espaço ocupado chamado territorialidade.

A luta para ocupar e defender um espaço vital impede a


reprodução de indivíduos excedentes, consistindo assim num
importante factor de selecção natural. Favorece os indivíduos
mais adaptados e elimina ou causa emigração dos menos
adaptados.
, Introdução à Ecologia Geral
53

Finalmente, na competição ambos os indivíduos são


prejudicados: durante e enquanto durar a competição, cada
individuo reduz os recursos que o outro poderia utilizar além
disso, mesmo que um dos indivíduos vença a competição,
seria mais vantajoso se ele não precisasse lutar pelo recurso,
economizando tempo e energia.

3.9 Competição inter específica

Quando duas espécies diferentes vivendo na mesma área


usam o mesmo tipo de alimento ou disputam algum recurso,
estabelece-se uma competição que pode eliminar uma das
espécies da comunidade.

Isto foi comprovado em laboratórios pelo cientista russo G. F.


Gause, em 1934, como veremos a seguir.

3.10 O princípio da exclusão competitiva

Gause estudou o efeito da competição inter específica,


utilizando duas espécies de paramécias: o Paramecim aurélia
e o Paramecium caudatum.

Criadas separadamente e com alimentos suficiente,


estes protozoários em geral crescem até um nível que
aparentemente equivale ao limite da capacidade de
sustentação do ambiente. No experimento de gause, as duas
espécies foram cultivadas juntas, com suprimento de alimento
constante. O Peramecium caudatum, maior e de produção
mais lenta, declinava até se extinguir, enquanto o
Paramecium aurélia continuava a crescer até se estabilizar.
, Introdução à Ecologia Geral
54

Gause concluiu que duas ou mais espécies que


competem pelo mesmo recurso ambiental não podem
coexistir no mesmo lugar. Uma delas é mais eficiente na
conquista desse recurso e se reproduz mais rapidamente,
enquanto a outra é eliminada pela competição. Esse princípio
ficou conhecido como competitiva ou princípio de Gause.

Outra maneira de formular o princípio de Gause consiste em


dizer que duas espécies não ocupam o mesmo nicho por
muito tempo, pois a competição será tão grande que apenas
uma das duas mais se adaptará e sobreviverá. A outra é
eliminada ou tem que emigrar para outro habitar ou se
adaptar a um novo nicho.

Como vimos anteriormente o nicho de uma espécie é a soma


total de suas actividades: que tipo de recursos alimentares usa para
sua sobrevivência, como os usa, a que horas do dia são activa, como
se reproduz, etc. por isso, duas espécies diferentes dificilmente
terão o mesmo nicho. Mas podemos dizer que, quanto mais
parecidos forem seus nichos, mais intensa será a competição

3.12 Amensalismo

No amensalismo, uma espécie é prejudicada sem que a


outra seja prejudicada. O caso mais comum é o da destruição
de plantas, insectos e pequenos animais do solo esmagados
pela passagem de animais grandes – uma manada de búfalos
ou de elefantes, por exemplo.

Outro caso de amensalismo ocorre durante o fenómeno


da maré vermelha, que é a proliferação excessiva de certas
espécies de algas unicelulares (do grupo dos dinoflagelados),
conferindo uma coloração avermelhada há água. Essas algas
produzem toxinas capazes de provocar a morte de peixes que
, Introdução à Ecologia Geral
55

as ingerem ou que alimentam dos zooplânctones (a toxina


se concentra ao longo da cadeia alimentar).

Esse fenómeno costuma acontecer durante a primavera


e o verão, quando a proliferação das algas é muito maior que
seu consumo pelo zooplâncton, ou então quando o
ecossistema aquático recebe um excesso de nutrientes (como
veremos adiante).

Alguns autores consideram como exemplo de


amensalismo a produção de antibióticos por certos fungos. Os
antibióticos inibem o crescimento das bactérias, facto que
tem sido amplamente empregado em medicina no combate
as infecções. Nesse caso o fenómeno pode ser chamado
também de antibiose.

No entanto outros autores acreditam que o fungo se


beneficia com a produção do antibiótico, por inibir o
crescimento de espécies que poderiam competir pelos
mesmos recursos utilizados por eles. Nesse caso, a antibiose
não poderia ser considerada como um exemplo de
amensalismo e sim como uma associação á parte, na qual o
fungo lucraria com o prejuízo causado á outra espécie.

3.13. Predatismo

Nesse tipo de relação, um organismo chamado predador


mata outro, a presa para se alimentar. O predatismo é um
fenómeno bastante frequente na natureza. Um caso bem
conhecido ocorre entre mamíferos carnívoros (predadores)
mamíferos herbívoros (presas). Assim como a selecção natural
favorece o predador mais eficiente, ela também favorece os
, Introdução à Ecologia Geral
56

seres vivos que desenvolvem mecanismo de defesa contra os


predadores, como mostra a figura:

Fonte:http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Ecologia/relacoesecologicas2.php.

Consumidor primário sendo predado por um consumidor


carnívoro, topo de cadeia alimentar, e sua prole.

a) As defesas dos vegetais

Alguns vegetais, como os cactos, são providos de


espinhos, dificultando que o seu corpo seja atacado por
animais herbívoros.

Esses espinhos mantêm as reservas internas de água, muitos


cobiçados pelos animais das regiões secas.

Outros vegetais produzem substâncias tóxicas contra os


herbívoros. A dedaleira (género digitais), por exemplo,
reproduz um alcalóide, a digitalina, que chega a causar
ataques cardíacos. A espirradeira produz uma substância
semelhante a digitalina e a ingestão de uma única folha pode
matar um homem.

Muitas dessas substâncias são utilizadas pelo homem


como medicamentos. É o caso da quinina, usada contra a
, Introdução à Ecologia Geral
57

malária, ou da digitalina, empregadas em medicamentos


para o coração.

Muitas dessas substâncias têm sabor desagradável, por isso,


nas plantas utilizadas pelo homem, foi feita uma selecção
artificial, perpetuando-se mutantes desprovidos de tais
substâncias. Com isso, esses vegetais passaram a ficar
sensíveis a uma série de predadores e pragas.

b) As defesas dos animais.

Os dentes caninos bem desenvolvidos dos animais carnívoros,


o veneno da cobra e até mesmo o uso de armas pelo homem
são apenas alguns exemplos de uma infinidade de recursos
que os predadores possuem para facilitar a captura da presa.

Do mesmo modo, a corrida do cavalo ou da zebra, o


chifre do rinoceronte ou as presas do elefante, os espinhos
dos ouriços ou a carapaça da tartaruga são defesas das presas
contra seus predadores.

Muitos artrópodes produzem secreções irritantes contra


seus predadores, como é o caso de besouro – bombardeio,
que lança pelo abdómen um liquido ácido e quente (quase
100ºC).

Há, em fim, uma grande variedade de artifício usados


pelas presas e predadores. Mas três desses artifícios, devido a
sua importância ecológica, merecem ser vistos mais
detalhadamente: a camuflagem a coloração de advertências e
o mimetismo.

3.14 Camuflagem caso em que o animal se confunde, no


aspecto ou na cor com o ambiente em que vive. Para a presa,
a camuflagem serve de defesa, pois a ajuda de se defender de
, Introdução à Ecologia Geral
58

predador. No caso de predador, serve para facilitar a sua


aproximação até que se dê o ataque. Novamente contamos
com uma infinidade de exemplos espalhados pelo reino
animal, como: o urso polar que se confunde com a neve; o
leão, com o capim seco; os pássaros de cor verde com a
vegetação.

O fenómeno da camuflagem atinge alto grau de


aperfeiçoamento nos insectos, entre os quais podemos ver
impressionantes imitações de folhas, galhos de árvores
espinhos etc.

Alguns animais, como o camaleão, aprimoraram a arte da


camuflagem a ponto de mudar de cor. Isso é feito com o
auxílio dos cromatóforos, certas células da pele que contém
pigmentos e que se podem contrair ou distender de forma a
mudar a tonalidade da pele.

- Coloração de advertências. É a maneira que presa através


dos seus aspectos ou cor, adverte o predador de que possui
defesas. Essas defesas podem ser as secreções irritantes ou
certos tipos de veneno. Mesmo possuindo defesas como
essas, o animal não está totalmente seguro se não possuir a
coloração de advertências. Isto porque os predadores só
“aprendem” que essas defesas existem, e passam a evitar
esses animais. As cores vivas facilitam a aprendizagem do
predador, que reconhece mais facilmente as presas que não
podem ser comidas: basta apenas um encontro para predador
passar a evitar o animal.

3.15 Mimetismo Ocorre quando os indivíduos de uma espécie


assemelham-se aos de outra, obtendo alguma vantagem com
, Introdução à Ecologia Geral
59

a semelhança (mimesis = imitação). Alguns autores usam o


termo mimetismo também para os casos de camuflagem.

Existem animais, por exemplo, que não tem gosto ruim, não
eliminam substâncias irritantes nem são venenosas, mas
apresentam a forma ou a cor daqueles que têm essas defesas.
Através desses artifícios, o animal é poupado, pois engana o
predador que já teve experiências desagradáveis com o
modelo copiado. Esse tipo de mimetismo é chamado
mimetismo batesiano, em homenagem a seu descobridor, o
naturalista inglês Henry Bates.

Já o mimetismo mulleriano ocorre quando várias espécies,


todas venenosas ou de gosto ruim para o predador, evoluem e
passam a apresentar a mesma aparência. Com isso, uma
espécie e beneficiada pela experiência desagradável que o
predador teve com outra espécie. O fenómeno foi descrito
pelo zoólogo alemão Fritz Muller (1831 – 1897), dai o nome
desse tipo de mimetismo.

3.15 Parasitismo

Muitos organismos instalam-se no corpo de outros seres para


deles extrair alimentos. Esses organismos são chamados
parasitas, e os seres que lhes servem de alimento e moradia
são conhecidos como hospedeiros.

Apesar de não causar a morte, pelo menos imediata, de seu


hospedeiro, o parasita o enfraquece e prejudica suas funções
orgânicas, sendo responsável por várias doenças.
Ex.: piolho um parasita do ser humano.
, Introdução à Ecologia Geral
60

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%20da%2
0Ecologia%20aula1.pdf

Piolho como um exemplo de um parasita humano.

Como citamos, o exemplo do piolho, que vive como parasita no


couro cabeludo de seres humanos e animais domésticos. Eles
retiram do seu hospedeiro o sangue, alimento fundamental
para a sua sobrevivência. Outro exemplo bem conhecido é a
ténia, que vive no sistema digestório dos seres humanos.

Os parasitas podem ser classificados da seguinte forma:


Parasitas Completos: vivem no hospedeiro durante a vida toda.

Parasitas Incompletos: vivem no hospedeiro durante um certo


período da vida.

Endoparasitas: vivem na parte interna do hospedeiro.


Exemplos: tênias, vermes e alguns microorganismos.

Ectoparasitas: vivem na parte externa do animal ou planta.


Exemplos: fungos, piolhos, pulgas e carraças.

Lombriga (Ascaris lumbricoides) e mosquito são outros


exemplos de parasitismo.

Encontramos representantes de parasitas nos mais variados


grupos de organismos, como vírus, bactérias, protozoários,
fungos, vermes, insecto e até mesmo alguns vegetais.
, Introdução à Ecologia Geral
61

O cipó-chumbo, por exemplo, é uma planta sem clorofila,


que obtêm seu alimento retirando de outro vegetal a seiva
elaborada, isso é, as substâncias orgânicas fabricadas nas
fotossínteses.

Já a erva-de-passarinho é uma planta clorofilada, capaz de


realizar fotossínteses. Mas, para isso, absorve de outros
vegetais a seiva bruta (água e sais minerais retirados do solo).
Dizemos, por isso, que essa planta é uma bemiparasita (bemi
= pela metade), enquanto o cipó-chumbo é chamado, por
comparação, bolo parasita (bolo = interno).

Outra forma de parasitismo ocorre com os cucos-pássaros que


depositam os ovos no ninho de outras espécies para que esta
os crie. Os ovos dos cucos são, na maioria das espécies muitos
parecidos com os ovos da espécie hospedeira, mas, a medida
que se desenvolve, o filhote torna-se diferente, mesmo assim,
continua a receber alimento da sua “mãe adoptiva”.

Adaptação dos parasitas

A adaptação de parasita depende de uma série de adaptações


tais como órgãos de fixação, (ventosas e espinhos) e grandes
capacidades de reprodução.

Esta característica compensa a alta taxa de mortalidade que


ocorre principalmente quando o parasita passa do corpo do
hospedeiro para outro. Além disso, muitos parasitas são
hermafroditas ou se reproduzem assexuadamente,
contornando situações em que é difícil o encontro de dois
parceiros sexuais.

As características que não conferem nenhuma vantagem


ao parasita geralmente estão atrofiadas: os órgãos dos
, Introdução à Ecologia Geral
62

sentidos, os sistemas de locomoção e o aparelho digestivo


são rudimentares ou até mesmo estão ausentes.

Resumo

O quadro a seguir resume as diversas relações


estudadas.

O sinal “+” indica benefício: “-“ prejuízo e “0” nenhum efeito.

Sociedade – grupo de indivíduos que cooperam entre si (+/+).


Ex:: insectos sociais. Sociedade – grupo de indivíduos que
cooperam entre si (+/+). Ex:: insectos sociais

Relações Harmónicas intra-específica, seres


da mesma espécies, ambas têm lucro.
 Sociedade – grupo de indivíduos que
cooperam entre si (+/+). Ex: insectos sociais

 Colónia – união anatómica de indivíduos


(+/+). Ex: corais, caravela.
Relações Harmónicas interespecíficos, são
de espécies diferentes ambos têm lucro
 Mutualismo – troca mútua de
benefícios. As espécies não sobrevivem
isoladas (+/+). Capim/protozoários,
algas/fungos (líquen),
Rhizobium/leguminosa.
 Protocooperação – troca mútua de
benefícios em que as espécies sobrevivem
isoladas (+/+). Ex: paguro/anémona,
, Introdução à Ecologia Geral
63

pássaro-palito/crocodilo.

 Relações desarmónica Intra-espécifica,


há prejuizo
 Comensalismo – associação com
benefício de um indivíduo, sem prejuízo ou
beneficio do outro (+/0). Ex:
rêmora/tubarão, peixe fibrose/pipino-do-
mar (inquilinismo), orquídea/árvore
(epifitismo).
 Canibalismo, -relação na qual um animal
mata e devora outro da mesma espécie (+/-
). Ex aranha, louva-a-deus.
 Competição – concorrência por
alimento, espaço, etc. entre seres da
mesma espécie (-/-). Factor importante na
evolução.
 Relação desarmónica enterespecífica
(há prejuízos)
 Competição – duas espécies disputam
nichos semelhantes levando uma delas a
emigrar ou a extinção (-/-).

 Amensalismo – uma espécie é


prejudicada e a outra não é afectada (0/-).
Ex maré vermelha.

 Predatismo – relação na qual um animal


o outro para se alimentar (+/-). Ex:
carnívoro (predador) /herbívoro (presa).
 Parasitismo – instalação de um ser no
outro, prejudicando-o, mas sem matá-lo
, Introdução à Ecologia Geral
64

rapidamente (+/-). Ex: vermes/mamíferos,


cipó-chumbo/árvores, vírus/homem.

Sumário
Na interação entre os seres vivos podemos encontrar várias
relações, das quais podem ser harmónicas quando os
organismos não se prejudicam e desarmónicas quando pelo
menos um sai prejudicado.

Portanto estas relações harmónica e desarmónica podem ser


entre organismos da mesma espécies (intraespecifiica) ou
organismos de espécies diferentes (interespecificas).

Exercícios
1. Os líquenes são formados pela associação de dois tipos de
organismo.

a) Quais são estes organismo.


b) Explique o tipo de inteiração entre eles.

2. Relações Ecológicas desarmónicas são aquelas que pelo


menos um dos elementos da associação sai prejudicado.

a) De um exemplo da relação desarmónica.

3- Qual é a diferença que existe entre mutualismo e


protocooperação?

4- Descubra o tipo de associação em cada caso:

a) O vírus de HIV e Homem;


, Introdução à Ecologia Geral
65

b) Abelha e flor;

c) Abelha e colmeia;

d) Cobras comendo filhotes de tartarugas.

e) Que tipo de associação ocorre, quando dois machos da


mesma espécie lutam por um território?

NB: Resolver e entregar todos exercicios acima.

Questões de consolidação sobre relações dos organismos.

1 UFRN A caravela, Anidrido formado por indivíduos


anatomicamente unidos entres os quais há uma divisão de
trabalho, é o exemplo típica de:

a) Sociedade

b) Colónia

c) Prognatismo

d) Comensalismo

e) Simbiose

2 a)(UFMG) Todas as afirmativas abaixo contêm um conceito


correcto de parasitismo, excepto:
I-Parasitismo é uma associação obrigatória em que há
dependência metabólica do parasita com relação ao
hospedeiro.
II-Parasitas são geralmente menores que seus hospedeiros e
depende delas para seu desenvolvimento e habitat.
III-A morte ou danificação do hospedeiro é desvantajosa para o
parasita.
, Introdução à Ecologia Geral
66

IV-Espécies parasitas têm um potencial reprodutivo mais baixo


que o do hospedeiro.
V-Certos parasitas requerem um ou mais hospedeiro adicionais
para completar seu desenvolvimento.
3 (UFRN) O tipo de adaptação em que um ser vivo muda
de cor e forma, de acordo com o meio ambiente, parecendo
limitar um outro com o fim de sobreviver, denomina-se:
a. Mutualismo.
b. Potencial biótico.
c. Mimetismo.
d. Resistência ambiental.
e. Comensalismo.

4 (UFPA) As abelhas, os piolhos e os gafanhotos são,


respectivamente, exemplos de seres:

I-Predadores, parasitas e simbioses.


II-Parasitas, sociais e comensais.
III-Comensais, predadores e simbioses.
IV-Sociais, parasitas e predadores.
V-Simbioses, predadores sociais.

5-Indique as alternativas correctas relativas a classificações


ecológicas.

a)-mutualismo, certas algas ficam associados aos fungos,


fornecendo oxigénio e substâncias orgânica a estes, que por
sua vez fornecem a água e sais minerais.

b)- Comensalismo – as cobras comem os filhotes de


tartarugas.

c)- Colónia associação de um grande número de espécie.


, Introdução à Ecologia Geral
67

Auto-avaliação

1. Os líquenes são formados pela associação de dois tipos de


organismo.

Quais são estes organismo?

R. Os organismos que forma liquenes são algas e fungos

Unidade n°.04-B0036

4.Tema: Transferência de
Energia no Ecossistema

Introdução
Caro estudante, nesta unidade falaremos de transferência de
energia no Ecossistemas, onde seres vivos retiram e devolvem
a matéria, que pode se chamar de ciclo eterno da mesma.

Aprofundaremos também como que os ecossistemas possuem


uma constante passagem de matéria e energia de um nível
para outro até chegar nos de compositores, os quais reciclam
parte da matéria total utilizada neste fluxo. A este percurso de
, Introdução à Ecologia Geral
68

matéria e energia que se inicia sempre por um produtor e


termina em um decompositor, chamamos de cadeia
alimentar.

Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:

 Explicar o processo de transferência de energia no


ecossistema

Objectivos  Conhecer o mecanismo de transferência de energia no


ecossistema.

 Distinguir os níveis tróficos numa cadeia alimentar.

 Descrever a cadeia alimentar

Transferência de Energia no Ecossistema

4.1 Cadeia e teia alimentares

A matéria está constantemente circulando dentro de um


ecossistema, ou dito de outra forma, o que os seres vivos
retiram do ambiente, eles devolvem. Tem sido assim desde do
início da existência da vida da terra, até os dias de hoje. Trata-
se de um ciclo eterno.

Além da matéria, a energia também passa por todos os


componentes de um ecossistema, só que, no entanto,
enquanto a matéria circula, a energia flúi, o que significa que a
energia não retorna ao ecossistema como a matéria.

Como podemos notar, os ecossistemas possuem uma


constante passagem de matéria e energia de um nível para
outro até chegar nos de compositores, os quais reciclam parte
da matéria total utilizada neste fluxo. A este percurso de
, Introdução à Ecologia Geral
69

matéria e energia que se inicia sempre por um produtor e


termina em um de compositor, chamamos de cadeia
alimentar.

4.1.1 Cadeia alimentar

Cadeia alimentar é a sequência linear de alimentação desde


os produtores até os diversos tipos de consumidores. É pela
cadeia que a energia e a matéria passam aos diferentes seres
vivos. Porém as relações alimentares de um ecossistema não
são simples cadeias alimentares. Em geral cada nível trófico é
representado por diversas espécies, podendo cada qual
alimentar-se de organismos pertencentes a dois ou mais
níveis tróficos, estabelecendo-se assim teias alimentares.

As plantas verdes e as algas unicelulares verde são chamadas


seres autotroficos (auto= si próprio, trofo= alimento), pois
consegue fabricar as moléculas orgânicas a partir de
substâncias minerais ou inorgânicas como, a águas, o gás
carbónico e sais minerais.

Por meio deste processo chamada fotossínteses, a energia


luminosa do sol, absorvida por uma substância chamada
clorofila é armazenada nas ligações químicas das moléculas
orgânicas formadas, a fotossíntese produz alem disso, liberta
molécula de oxigénio para o ambiente.

Equação de fotossíntese: 6 CO2+6 H2O C 6 H12O+ 6O2

Assim, os seres autotroficos são indispensáveis a vida de


qualquer comunidade, pois são os únicos capazes de fabricar
através da fotossíntese compostos orgânicos que servirão
para todos outros seres vivos chamados heterotroficos (
hetero=outro, diferente, trofo=nutrição,ico= natureza de).
, Introdução à Ecologia Geral
70

Dizemos então que os autotroficos são os produtores do


ecossistema.

Para se alimentarem os animais herbívoros dependem


directamente dos vegetais, e são por isso chamados
consumidores primários. Os herbívoros, por sua vez servem de
alimento para os carnívoros que são os consumidores
secundários. Esses carnívoros também podem servir de
alimento para outros carnívoros que são os consumidores
terceários e assim por diante formando cadeia alimentar.
Como veremos, a cadeia não pode ser muito longa porque a
quantidade de matéria e energia disponíveis nos últimos
níveis é pequena demais para sustentar uma população de
seres vivos.

. Veja no esquema abaixo, um exemplo de cadeia alimentar na


lagoa:

Fonte:http://www.editorasaraiva.com.br/eddid/CIENCIAS/explorando/5_agua_6.html

As setas na cadia alimentar abaixo indicam o sentido do fluxo


de alimento na cadeia alimentar.

Plantas do fundo caramujos lambaris peixes maiores


aves da margem.

Cada etapa da cadeia alimentar é chamada de nível trófico


dos animais herbívoros ocupam o nível trófico dos
, Introdução à Ecologia Geral
71

consumidores primários e assim por diante. Uma parte da


matéria orgânica proveniente dos alimentos é quebrada e
oxidada no corpo dos seres vivos fornecendo, assim a energia
necessária a sua actividades. Através desse processo
conhecido por Respiração Celular, outra parte das substâncias
orgânica ingeridas são devolvidas ao meio ambiente na forma
de gás carbónica e água. Outra parte usada na construção de
organismo: crescimento, reposição das partes gastas ou
aumento de peso.

Resumo de respiração celular.

C6H12O6+6O2 6CO2+ H2O +energia

Os fungos e bactérias decompõem as matérias mortos.


Chamam-se decompositores aos seres vivos, como certas
bactérias e fungos, que atacam os cadáveres, excrementos,
restos de vegetais e, em geral, matéria orgânica dispersa no
substrato, decompondo-a pouco a pouco.

4.1.2 Teia Alimentar

Teia alimentar é o conjunto das relações alimentares entre


populações de um ecossistema. Sua representação demonstra
a complexidade das transferências de matéria e energia. Ela se
completa com a inclusão dos decompositores que são
indispensáveis para o equilíbrio do ecossistema.
A teia alimentar representa o máximo de relações entre os
componentes de uma comunidade.
, Introdução à Ecologia Geral
72

Produtores, consumidores e decompositores.

Sumário
Transferência de energia no ecossistema, é falar de como a
energia é passada de um nível trófico para outro, de um lado,
de outro lado, é falar de como matéria orgânica é reciclado no
ecossistema.

Exercícios
1. Explique o processo de transferência de energia no
ecossistema,

2.Fale do mecanismo de transferência de energia no


ecossistema.

3. Distinguir os níveis tróficos numa cadeia.

4. Sobre a transferência de energia no ecossistema.

a) Admite que há diferença entre cadeia e teia alimenteres?


Justifique.
, Introdução à Ecologia Geral
73

NB: Resolver e entregar todos exercícios.

Auto avaliação

1-Escreve a equação da respiração celular.

R. C6H12O6+6O2 6CO2+ H2O+energia


, Introdução à Ecologia Geral
74

2a parte do Módulo (2as sessões


presencias).

Unidade n°.05-B0036

Tema: A produtividade dos


ecossistemas.
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:

 Conhecer a produtividade dos ecossistemas.

 Descrever as diferentes Pirâmides de produtividade de


ecossistema
Objectivos

Introdução
A produtividade é a quantidade de matéria orgânica
produzida ou transferida para um nível trófico da cadeia
alimentar.

E podemos distinguir quatro tipos de produtividades:

Produtividade Primária, Secundária, Bruta e Produtividade


líquida.
Estas produtividades podem ser expressas em peso (gramas
ou quilos) de matéria orgânica seca, por metro quadrado por
ano (ou por dia). Mas ela pode ser medida também em função
, Introdução à Ecologia Geral
75

da energia absorvida ou transferida para determinado


nível da cadeia. Neste caso, expressa-se a produtividade em
quilo calorias (kcal) por metro quadrado por ano (ou por dia).

5.1 A produtividade dos ecossistemas

A quantidade de matéria orgânica produzida ou transferida


para um nível trófico da cadeia é chamada produtividade.
-Produtividade primária – quantidade de matéria orgânica
produzidas pelos autotróficos;
-Produtividade secundária – quantidade de matéria orgânica
incorporada pelos consumidores;
Cada uma dessas produtividades, por sua vez, pode ser
subdividida em:
-Produtividade bruta – total de matéria orgânica acumulada;
-Produtividade liquida – quantidade de matéria orgânica que
sobra após descontarmos os gastos com a respiração celular.
Assim, a produtividade primária bruta inclui toda a matéria
orgânica produzida pela planta, inclusive a que é gasta na
respiração. Já a produtividade primária líquida é obtida
subtraindo-se da produtividade bruta a quantidade de matéria
consumida na respiração, durante o intervalo de tempo em
que é feita a medida.
A produtividade pode ser expressa em peso (gramas ou
quilos) de matéria orgânica seca, por metro quadrado por ano
(ou por dia). Mas ela pode ser medida também em função da
energia absorvida ou transferida para determinado nível da
cadeia. Neste caso, expressa-se a produtividade em
quilocalorias (kcal) por metro quadrado por ano (ou por dia).
Nas regiões tropicais, a produtividade primária é maior
e, em geral, diminui em direcção aos pólos. Isso acontece
, Introdução à Ecologia Geral
76

porque as regiões tropicais apresentam maiores


temperaturas, intensidade de luz e quantidade de chuvas,
favorecendo o crescimento rápido das plantas.

5.1.1 Pirâmides ecológicas

É possível representar os níveis tróficos de um ecossistema através


de rectângulos super postos, formando uma pirâmide ecológica. Há
três tipos de pirâmides: de numero, de bio massa e de energia (os
de compositores não se incluem nas pirâmides).

5.1.2 Pirâmide de número

Na maioria das cadeias alimentares, observamos que os


predadores de um nível superior costumam ser maiores do
que os do nível inferior. Esse facto pode ser justificado se
lembrarmos que, em princípio, a captura da presa torna-se
mais fácil se o predador for maior.

Por outro lado, o número de indivíduos diminui na base


para o ápice dessa pirâmide, pois precisamos de uma grande
quantidade de indivíduos de pequena parte para sustentar um
pequeno número indivíduos de porte maior.

Vimos também que há uma perda de energia e matéria


em cada nível da cadeia.

Logo, somente uma pequena fracção dessa energia chega aos


últimos níveis da cadeia fazendo em que o número de
consumidores mantidos por essa energia seja,
necessariamente, pequeno. Por exemplo: milhares de pés de
capim sustentam centenas de gafanhotos, que sustentam
apenas dezenas de pássaros.
, Introdução à Ecologia Geral
77

No mar, um grande número de algas microscópicas


alimenta um número menor de pequenos crustáceos que, por
sua vez, sustenta um número ainda menor de peixes.

Algumas vezes esta situação pode-se inverter. Por


exemplo: certos animais, como os lobos, caçam em bandos,
conseguindo dessa forma capturar presas bem maiores do
que eles. O mesmo então é valido em relação aos parasitas ou
a uma árvore grande que sustenta vários herbívoros
pequenos. Basta pensar, por exemplo, numa árvore que
sustenta vários pulgões que, por sua vez, são parasitados por
um grande número de protozoários. Nesses casos, teremos
uma pirâmide invertida, isto é, uma pirâmide em que a base é
menor do que o ápice. Outras vezes, a pirâmide começa
invertida e depois assume o aspecto tradicional – como
acontece quando algumas poucas árvores fornecem alimentos
suficientes para sustentar um grande número de insectos que,
por sua vez, sustentam um número menor de pássaros.

2×107 Pés de alfafa 4.5 Bizarros 1 criança


1 criança

4,5 Bizarros

2.107 pés de alfafa

5.1.3 Pirâmide de Biomassa;

É a pirâmide em que o critério considerado é a massa do organismo.

Exemplo: Uma criança de 48kg consome durante um ano1035


quilos de carne de bizarros os bizarros por sua vez consomem 8211
kg de alfafa.
, Introdução à Ecologia Geral
78

48kg

1035 kg de Bizarro

8211kg de alfafa

5.1.4 Pirâmide de energia

Mostra a transferência de energia através da cadeia alimentar. Dos


três tipos de pirâmide, a pirâmide de energia é que nos dá mais
posição real da cadeia alimentar.

Exemplo durante um ano os 2.107 pés de alfafa realizando a


fotossíntese obtém-se 1,5.107 calorias deste valor energetico1,2.106
passam para os 4,5 bizarros finalmente chegam a criança apenas
8,3.103 calorias.

8,3.103 cal

1,2.10 6cal de

1,5.107cal de alfafa

Sumário
De uma forma sumária pode-se dizer que produtividade é
quantidade de matéria orgânica produzida ou transferida para
um nível trófico da cadeia.
, Introdução à Ecologia Geral
79

As produtividades podem ser de várias categorias a saber:

-Produtividade primária – quantidade de matéria orgânica


produzidas pelos autotróficos;
-Produtividade secundária – quantidade de matéria orgânica
incorporada pelos consumidores;
Cada uma dessas produtividades, por sua vez, pode ser
subdividida em:
-Produtividade bruta – total de matéria orgânica acumulada;

-Produtividade líquida – quantidade de matéria orgânica que


sobra após descontarmos os gastos com a respiração celular.

Exercícios
1. Fale de diferentes níveis tróficos que aprendeu.

2. Explique as diferentes Pirâmides de produtividade de


ecossistema.

NB: Resolver e entregar os exercícios 1 e 2.

Auto avaliação

 Defina o conceito produtividade.

R. Produtividade é a quantidade de matéria orgânica produzida


ou transferida para um nível trófico da cadeia.
, Introdução à Ecologia Geral
80

Unidade n°.06-B0036

Tema: ciclos biogequímicos

Introdução
Caro estudante, nesta unidade é chamado para discutir sobre
os ciclos biogeoquimicos. O estudo destes, permitirá
compreender por exemplo como que os organismos estão
constantemente retirando da natureza os elementos químicos
de que necessitam. No entanto, de uma forma ou de outra,
esses elementos acabam sempre voltando ao ambiente.

O processo contínuo de retirada e evolução de


elementos químicos á natureza constitui os chamados ciclos
biogeoquimico. Poderá compreender também como que há
perpétua reciclagem de elementos – como o carbono, o
nitrogénio, o oxigénio e outros – confere uma certa auto-
suficiência a biosfera, permitindo a manutenção da vida ao
longo dos tempos. Neste capítulo estudaremos os principais
ciclos da natureza como do carbono, do oxigénio, da água, do
nitrogénio, do cálcio e do fósforo. Nesta unidade estudaremos
só o ciclo de carbono.

Ao completar esta unidade / lição, você


será capaz de:

Objectivos  Conhecer o ciclo de carbono fora da


, Introdução à Ecologia Geral
81

água

 Conhecer o silo de carbono na água

 Explicar o fenómeno efeito estufa.

6.1 O ciclo do carbono

As cadeias de carbono são fabricadas pelos seres auto tróficos


através do processo de fotossíntese, a partir do gás carbónico
do ambiente. Representando cerca de 0,035% dos gases da
atmosfera, o gás carbónico é encontrado, em proporção
semelhante, dissolvido na água.

Graças a fotossíntese, que gás carbónico é fixado, isto é,


transformado em substâncias orgânicas pelos produtores. O
carbono passa, então, a circular pela cadeia alimentar na forma
de moléculas orgânicas. Sua volta ao ambiente se da na forma
de gás carbónico, através da respiração de animais e vegetais e
da decomposição de seus corpos após a morte.

O ciclo do carbono está ligado ao ciclo do oxigénio, pois a


fotossíntese produz oxigénio, lançando-o na atmosfera; a
respiração o consome, produzindo novamente gás carbónico.

Além das oxidações biológicas (respiração e decomposição), o


gás carbónico é recolocado na atmosfera pela oxidação não –
biológica da matéria orgânica em contacto com o ar, como
ocorre na combustão.

A maior parte do carbono da terra encontra-se nos compostos


minerais – como os carbonatos (inclusive depósitos de
esqueleto de carbonato de cálcio) – e nos depósitos orgânicos
fósseis – como o carvão e o petróleo. Esses depósitos
, Introdução à Ecologia Geral
82

originaram-se de fosses de vegetais e de outros organismos


que, durante centenas de milhões de anos, estiveram sujeitos a
grandes pressões das camadas de terra. O carbono na forma
mineral pode voltar á atmosfera pela erosão (oxidação lenta em
contacto com o ar), ou pela combustão.

Como se vê, a produção de gás carbónico pela respiração e


decomposição é compensada pelo consumo deste gás pela
fotossíntese. No entanto o homem vem libertando gás
carbónico na atmosfera, através da queima de combustíveis
fósseis (carvão e petróleo) e de madeira, numa velocidade
muito mais rápida do que a assimilação deste gás pela
fotossíntese. Reservas de carvão e petróleo, que se acumularam
ao longo de milhões de anos, estão sendo consumidas em
pouco mais de um século. O resultado é um desequilíbrio no
ciclo do carbono, com o aumento progressivo desse gás na
atmosfera. A seguir, veremos as possíveis consequências desse
aumento.

Fotossíntese

CO2 Substancias
Organica
,Respiração , Combustão, decomposição

decomposes

6. 2 O ciclo do carbono na água

No ambiente aquático, o ciclo do carbono sofre algumas


modificações, pois o gás carbónico reage com a água
produzindo ácido carbónico. Este se ioniza em íons carbonato
(CO3-) e bicarbonato (HCO3-), através das reacções:

2CO2 + 2H2O 2H2CO3 H+ +(HCO3-) + 2 H+ (CO3-)


, Introdução à Ecologia Geral
83

Essas reacções estão em equilíbrio dinâmico, isto é, quando


a concentração de CO2 aumenta (aumento de oxidação e
combustões), a reacção se desloca para a direita e aumenta a
produção de bicarbonato e carbonato. Quando a concentração
de CO2 diminui (aumento da fotossíntese), o sentido da reacção
se inverte e o CO2 é novamente produzido. Dessa forma, o
ambiente aquático funciona como um regulador de
concentração de CO2. No entanto, a capacidade de absorção do
CO2 pela água não é eliminada.

6.3. O efeito estufa e o aquecimento global

O gás carbónico – juntamente com o metano (um gás


produzido nos arrozais, na queima de matéria orgânica, na
fermentação em pântanos e no aparelho digestivo do cupim e
dos mamíferos herbívoros), com o vapor de água e outros
gases – forma uma barreira na atmosfera que deixa passar a luz
do sol, mas retém o calor irradiado pela superfície terrestre.
Facto semelhante ocorre numa estufa de vidro onde se
cultivam plantas.

O vidro deixa passar a luz que é absorvida pelo solo e


reflectida na forma de calor.

No entanto, as ondas de calor não atravessam bem o vidro e


são reflectidas, aquecendo a estufa.

Por essa razão, o efeito de aquecimento do planeta é chamado


de efeito estufa.
, Introdução à Ecologia Geral
84

O efeito estufa mantém a temperatura média da terra em


torno de 15ºc. Sem ele, nosso planeta estaria
permanentemente coberto por uma camada de gelo e a sua
temperatura media estaria em torno de -18ºc.

No entanto, a partir da Revolução Industrial (segunda metade


do século XVIII), o gás carbónico passou a ser libertado em
grandes quantidades pela queima de lenha, carvão, petróleo,
e gás natural dos motores, das indústrias e usinas e, em
menor grão, pelas queimadas de florestas. Como a quantidade
dessa libertação é muito maior do que a quantidade que os
vegetais conseguem absorver pela fotossíntese, a
concentração de CO2 vem aumentando gradativamente: no
século XVIII, essa concentração era de 270 partes por milhão
(ppm). Em 1958, chegou a 316 ppm e hoje passa das 400 ppm,
aumentando cerca de 1,6 ppm a cada ano. Ao longo desse
período, a temperatura media da terra aumentou 0,5 º C,
passando de 15,5 para 16 ºC.

Embora o clima seja influenciado por muitos factores


diferentes, a maioria dos cientistas acham que o aumento do
, Introdução à Ecologia Geral
85

gás carbónico é um factor importante para esse fenómeno.


Por isso, o termo efeito estufa passou a ser usado
popularmente como sinónimo do aquecimento global do
planeta provocado pela emissão de gás carbónico e, em
menor grau, pelo lançamento dos clorofluorcarbonos (gases
usados em aerossóis e refrigeradores) e do metano, entre
outros gases produzidos ou não pelo homem.

Alguns cálculos apontam um aumento entre 0,12 e 0,26ºc a


cada dez anos na temperatura media do planeta. Esse
aumento pode provocar a subida no nível dos mares. Isso
acontece devido a expansão térmica da água (a água quente
ocupa mais volume do que a água fria) e também devido ao
de gelo de parte das calotas polares. Segundo o cálculo de
alguns cientistas, até 2100 a temperatura média poderá subir
4ºc, enquanto o nível do mar subirá a cerca de meio metro. Se
isso realmente ocorrer, haverá inundação de regiões costeiras
e a submersão de muitas ilhas do Pacífico e do Garibe.

As consequências seriam graves nas regiões costeiras; as


colheitas e o suprimento de água potável seriam destruídos e
milhões de pessoas ficariam desabrigadas.

O aquecimento do planeta também poderá interferir nos


caminhos das correntes de ar e de água, provocando uma
alteração no regime das chuvas e nos climas de varias regiões
diferentes, prejudicando, assim, a agricultura. Outro factor
negativo será a ploriferação de insectos (que se reproduzem
melhor em climas mais quentes) transmissores de doenças e
que atacam plantações.

Cientistas do mundo inteiro chamam a atenção para o


problema. Em diversas reuniões internacionais, discutem-se
, Introdução à Ecologia Geral
86

propostas para: redução progressiva da queima de


combustíveis fósseis (eles fornecem 78% da energia utilizada
pelo homem); adopção de impostos sobre a emissão de gás
carbónico; maior controlo das queimadas; redução do
desmatamento e reflorestamento das regiões degradadas;
melhor aproveitamento de energias alternativas menos
poluentes (como a energia hidroeléctrica, solar, do vento,
etc.).

É importante lembrar que os países ricos são responsáveis por


75% da emissão dos gases do efeito estufa (nesses países, a
emissão de gás carbónico pela queima de combustíveis fosseis
é cerca de quatro vezes maior do que a emissão pelo
desmatamento). Por isso, cabe aos países industrializados
tomar medidas mais drásticas, entre elas a de reduzir ou taxar
a queima de combustíveis. No entanto, esses países
argumentam que tais medidas podem prejudicar a economia,
gerando recessão e desemprego.

Em 1992, na Conferencia sobre Meio Ambiente e


desenvolvimento – conhecida como Eco-92 e realizada no Rio
de Janeiro, – a maioria dos países desenvolvidos apoiaram a
ideia de fixar a emissão de gás carbónico aos níveis de 1990
até o 2000; a partir dessa data, a proposta é reduzir
progressivamente essa emissão. Os Estados Unidos e alguns
países produtores de petróleo foram contrários á proposta,
apoiando apenas a ideia de limitações voluntárias na emissão.
No entanto, de um modo geral, os países não têm efeito
redução algum na emissão de CO2.

6. 4 O ciclo do oxigénio

Encontramos átomos de oxigénios nos mais variados


compostos minerais e orgânicos, mas sua presença na forma
, Introdução à Ecologia Geral
87

de moléculas de oxigénio livre (O2) – a forma como é


usado na respiração e na combustão – depende da
fotossíntese. Nessa forma ele ocupa 21% da composição
atmosférica.

O ciclo do oxigénio esta estreitamente relacionado ao do


carbono. Ele é produzido durante a construção de moléculas
orgânica pela fotossíntese e consumidos quando essas
moléculas são oxidadas pela respiração ou combustão. Além
disso, parte do oxigénio da atmosfera combina-se com metias
do solo (como o ferro), formando óxidos.

Parte do oxigénio da estratosfera (a camada da atmosfera


situa-se entre 10 e 45 km de altura) é transformada pelos
raios ultra violetas do sol em gás ozónio (O3). O raio
ultravioleta dissocia a molécula de oxigénio, liberando átomos
de oxigénio que se combinam com outras moléculas de
oxigénio, formando o ozono:

O2 2[O] O2+[O]

Oxigénio Ozónio

O ozónio forma uma camada que funciona como um filtro


protector, retendo cerca de 80% de toda a radiação
ultravioleta. No entanto, com a destruição dessa camada,
mais raios ultravioleta estão chegando á Terra, constituindo
um sério perigo para o homem e o meio ambiente, como
veremos a seguir.

A destruição da camada de ozónio.

O ozono forma-se quando as moléculas de oxigénio (O2) são


decompostas pela energia radiante e recombinadas. As
, Introdução à Ecologia Geral
88

moléculas de ozono absorvem a maior parte dos raios


ultravioletas do sol que seriam letais para a maior partes de
vida se atingisse a superfície da terra. A energia solar
absorvida pela ozona é transformada em calor donde
aumenta a temperatura.

A camada de ozónio vem sendo destruída por gases libertados


por aviões supersónicos (que voam cima de 20 km de altitude,
na estratosfera), por cinzas de vulcões e, principalmente, por
um grupo de gases usados na indústria: os clorofluorcarbonos,
também chamados CFCs (os principais são o CF2C12 e o CFC13).

Sob a acção dos raios ultravioleta, os CFCs liberam átomos de


cloro, que reage como o ozono transformando-o em oxigénio.
No final da reacção o átomo de cloro é regenerado, passando
a destruir outra molécula de O2. De forma simplificada, o
processo pode ser assim resumido:

CF2C12 CF2C1+C1
C1+O3 C1O+O2
C1O+O3 C1+2O2

O processo de formação de ozónio a partir do oxigénio não é


interrompido. Mas, como a velocidade de destruição é maior
do que a velocidade de formação do ozónio, o efeito é uma
destruição progressiva deste gás.

Na década de 1920, os CFCs foram considerados


extremamente práticos, pois eram inertes, não inflamável e
nem tóxico ou corrosivos, podendo ser utilizado para dar
pressão em embalagens eprays (aerossóis) de insecticidas,
desodorantes, etc. Além disso, os CFCs são usados como gás
de refrigeração de geladeiras e aparelhos de ar condicionado.
, Introdução à Ecologia Geral
89

Quando esses aparelhos vão para o conserto ou viram


sucata, a tubulação é aberta e o gás escapa. Outra maneira de
usar os CFCs é na limpeza de circuitos electrónicos e na
fabricação de espuma de plástico e isso. Nesse caso, o gás
escapa durante a destruição desses produtos.

A destruição da camada de ozónio é maior na região situada


sobre a Antártida, onde já se observou uma perda de
aproximadamente 50%, cobrindo uma área do tamanho dos
Estados Unidos. A maior redução nessa região deve-se as
baixas temperaturas, que facilitam a decomposição do ozónio,
e também ao efeito do vórtice polar, isso é, ao facto de que
atmosfera polar não é arrastada com a rotação da Terra. Isso
faz com que os poluentes fiquem aprisionados naquela região
(no pólo norte existem correntes de ar capazes de repor parte
do oxigénio destruído; põe isso lá a destruição não é tão
grande como na Antártida).

O aumento da radiação ultravioleta provoca pela progressiva


destruição da camada de ozónio pode reduzir a fotossíntese
das plantas – comprometendo as colheitas – e mesmo
destruir fitoplâncton (algas microscópicas) – provocando
desequilíbrios nos ecossistemas aquáticos. No homem, esse
tipo de radiação aumenta a incidência de câncer de pele e de
catarata (por lesões no cristalino do olho), além de prejuízos
ao sistema imunológico. Há evidência de que a redução de 1%
na camada de ozónio aumenta em 2% a passagem da radiação
ultravioleta, o que faz crescer de 4 a 6% a taxa de câncer de
pele.

Por isso, é fundamental a substituição completa dos CFCs por


outros gases e outras tecnologias menos poluentes. Em
muitos países, inclusive o Brasil, o CFC dos aerossóis já foi
, Introdução à Ecologia Geral
90

substituído por propano, butano e outros gases. Outra opção


é a reciclagem (por meio de equipamentos especiais) do gás
que escapa durante o conserto de geladeiras e aparelhos de
ar condicionado.

Embora haja um acordo internacional para a proibição total


dos CFCs até o ano 2010, sabe-se que esse produto
permanece durante cerca de 100 anos na atmosfera (antes de
escapar para camadas superiores). Isso significa que, mesmo
após sua proibição total, ainda teremos por longo tampo um
efeito destruidor.

Evolução do buraco na camada de Ozônio (dados de 1979 -


1992)

O Lixo
Acúmulo de detritos domésticos e industriais, não
biodegradáveis, na atmosfera, no solo, subsolo e nas águas
continentais e marítimas provoca danos ao meio ambiente e
doenças nos seres humanos. As substâncias nãobiodegradáveis
estão presentes em plásticos, produtos de limpeza, tintas
, Introdução à Ecologia Geral
91

esolventes, pesticidas e componentes de produtos


eletroeletrônicos.
As fraldas descartáveis demoram mais de cem anos para se
decompor, e os plásticos levam de quatro a cinco séculos.
Ao longo do tempo, os mares, oceanos e manguezais vêm
servindo de depósito para esses resíduos.

Depósitos de lixo a céu aberto

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%20
da%20Ecologia%20aula1.pdf

Tempo de decomposição

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%20
da%20Ecologia%20aula1.pdf
, Introdução à Ecologia Geral
92

Erosão
O mau uso do solo nas sub-bacias que compõem o Pantanal faz
com que os processos erosivos aumentem de intensidade ano para
ano, aumentando assim a quantidade de resíduos totais e o
transporte de sedimentos no leito dos rios.

Pesca predatória

A pesca predatória vem trazendo uma redução no número de


espécies de peixe. Isso pode resultar em um desequilíbrio
ecológico, aumentando o número de peixes de uma determinada
espécie, devido o desaparecimento do seu inimigo natural. Esse
aumento pode reduzir também o número de peixes do qual se
alimentavam, pois o número de consumidores de uma ordem
acima aumenta enquanto que os da ordem mais baixa diminuem,
proporcionando um verdadeiro desequilíbrio ecológico.
, Introdução à Ecologia Geral
93

A reserva de oxigénio do planeta

O oxigénio da Terra originou-se principalmente da


fotossíntese nos mares primitivos do planeta. Hoje, porém, a
fotossíntese é equilibrada pela respiração, e a quantidade de
oxigénio acumulada na atmosfera é tão grande que toda a
fotossíntese representa uma fracção muito pequena desse
total. A fotossíntese produz cerca de 250 gramas de oxigénio
por metro quadrado por ano, enquanto a quantidade de
oxigénio da atmosfera apoiada em um metro quadrado é de
quase duas toneladas!

Isso significa que a atmosfera, com a cerca de 21% de


oxigénio, funciona como uma imensa reserva desse gás, não
sendo muito afectada pelas actividades dos seres vivos. No
entanto em relação ao gás carbónico (que constitui apenas
cerca de 0,035% dos gases) a actividade humana tem mais
chance de provocar desequilíbrios. Realmente, é o que esta
ocorrendo. A taxa de gás carbónico tem aumentado, o que
pode provocar o aquecimento do planeta com as
consequências vistas no ciclo do carbono.

6. 5. O ciclo da água
, Introdução à Ecologia Geral
94

A sobrevivência de cada ser vivo depende da água. Cerca de


97,4% da água no planeta estão presentes nos oceanos e
mares, sobrando 2,6% de água doce, dos quais quase 2%
estão representados pelos círculos polares e pelas geleiras; o
restante é formado por água subterrânea, rios, humidade do
solo e da atmosfera, no corpo das plantas e animais.

A energia solar desempenha um papel importante no ciclo da


água: graças a ela, a água em estado liquido sofre constante
evaporação e penetra na atmosfera em forma de vapor. A
volta ao estado líquido se da por meio de precipitações, como
a chuva, a neve e o granizo (pequenos pedaços de gelo).
Através de um escoamento superficial, a água pode formar
rios e lagos, e voltar para o oceano. Pode também infiltrar-se
no solo, formando lençóis subterrâneos.

O ciclo curto ou pequeno – que ocorre pela evaporação


da água dos oceanos, rio, mares e lagos em sua volta á
superfície da Terra através de chuva e neve.
O ciclo longo ou grande – aquele que a água passa pelo
corpo dos seres vivos antes de voltar para o ambiente.

No ciclo longo, a água retirada do solo pelas as raízes dos


vegetais é utilizada na fotossíntese, podendo também ir,
através da cadeia alimentar, para o corpo dos animais. A água
volta para a atmosfera através da transpiração ou da
respiração. Volta também para o solo pela urina, fezes ou
decomposição das folhas e cadáveres.
, Introdução à Ecologia Geral
95

Esquema do ciclo hidrológico (ou ciclo da água).

6.6 O ciclo do nitrogénio

O nitrogénio é um elemento químico fundamental para o ser


vivo, pois entre na constituição das proteínas e dos ácidos
nucléicos, entre outros. Entretanto, apesar de 78% da
atmosfera ser constituída de nitrogénio, a maioria dos seres
vivos não pode utilizar directamente essa imensa reserva. Isso
porque o nitrogénio do ar encontra-se na forma de N2, um gás
muito estável formado por dois átomos de nitrogénio
fortemente unidos, com pouca tendência a reagir com outros
elementos. Assim, os vegetais só podem usa-lo sob a forma de
amónia (NH3) ou de nitrato (NO3-), ao passo que os animais o
aproveitam na forma de aminoácidos. A seguir, estudaremos
o ciclo do nitrogénio dividido nas seguintes etapas: fixação,
amonificação, nitrificação e desnitrificaçao.
, Introdução à Ecologia Geral
96

O prcesso pelo qual o nitrogénio circula através das plantas e


do solo pela acção de organismos vivos ‘e conhecido como
Ciclo de nitrogénio.

Fig. 1. Absorção do Nitrogénio por plantas noduladas e não


noduladas. (Buchmam et al. 2000).

a) Fixação do nitrogénio

A transformação do gás nitrogénio (N2) em substancias –


como a amónia e o nitrato, – que depois podem ser
incorporadas as substancias orgânicas pelos seres vivos, é
chamada fixação do nitrogénio.

A fixação é feito por algumas bactérias (inclusive cianoficeas =


cianobacterias) que consegue utilizar o nitrogeio atmosférico,
fazendo-o reagir com o hidrogénio e assim produzindo
, Introdução à Ecologia Geral
97

amónia. Esta é então usada na síntese de aminoácidos.


Para isso, utilizam uma enzima especial: a nitrogenase. O
processo pode ser resumido da seguinte maneira:

2N2 + 6H2O 4NH3 + 3O 2

A amónia pode então combinar-se com o gás carbónico para


formar aminoácidos, como por exemplo a glicina: 2NH3 +
2H2O + 4CO2 2H2NH2COOH + 3O2

(glicina)

O processo envolve, no entanto, um custo energético muito


alto. Entre as cianobacterias fixadoras, temos a Nostoc e a
Anabaena; entre outras bactérias, temos a Azotobacter e a
Clostridium. Há também as bactérias de género Rhibzobium,
que vivem nas raízes das plantas leguminosas (feijão, soja,
ervilha, amendoim, alfafa etc.).

Examinando as raízes dessas plantas, encontramos pequenos


nódulos contendo milhões de bactérias fixadoras. Uma parte
do nitrogénio fixado é fornecida á leguminosa e o excesso é
liberado no solo na forma de amónia.

As bactérias do género Rhibzobium funcionam, portanto,


como um adubo vivo, fornecendo nitrogénio para a planta. A
planta por sua vez fornece alimentos para a bactéria.

b) Amonização

Vimos que uma parte da amónia do solo origina-se da


fixação do nitrogénio. Outra parte é formada a partir de
decomposição das proteínas, dos ácidos nucléicos e dos
resíduos nitrogenados presentes em cadáveres e excretas. Tal
, Introdução à Ecologia Geral
98

processo – realizado por bactérias, fungos e outros


decompositores – é conhecido como amonificação.

Essa decomposição nada mais é do que o processo pelo qual


as bactérias e os fungos conseguem energia, ou seja, a
decomposição é consequência da respiração celular desses
organismos. Assim, a glicínia, por exemplo, ao ser usada como
fonte de energia, libera seu nitrogénio na forma de amoníaco.

2CH2NH2COOH + 3O2 4CO2 + 2 H2O + 2NH3

(glicínia)

c) Nitrificação

O fenómeno da transformação de amoníaco em nitrato é


chamado de nitrificação. Como veremos a seguir, a
nitrificação ocorre em duas etapas: nitrosação e nitratação.

Nitrosação. A maior parte da amónia não é absorvida pelas


plantas, sendo oxidada em nitro pelas chamadas bactérias
nitrosas, pertencentes aos géneros Nitrosomonas,
Nitrosococcus e Nitrosolobus. Essas bactérias usam a energia
liberada na oxidação de amónia para produzir compostos
orgânicos. São, portanto, bactérias quimiossintéticas.

Esse processo, chamado nitrosão, pode ser resumido da


seguinte forma:

2NH3 + 3O2 2H+ + 2NO-2 + 2H2O + energia

Nitrarão. Os nitritos formados pelas bactérias nitrosas são


liberados no solo e oxidados por outras bactérias
, Introdução à Ecologia Geral
99

quimiossintéticas, chamadas bactérias nítricas (do género


Nitrobacter). Dessa oxidação formam-se nitratos.

Tal processo – chamado nitratação – é resumido assim:

2NO2- + O2 2 NO3- + energia

Esses nitratos são absorvidos e utilizados pelas plantas na


fabricação de suas proteínas e de seus ácidos nucléicos.
Através da cadeia alimentar, passam para o corpo dos
animais.

d) A desnitrificação

No solo, além das bactérias de nitrificação, existem outros


tipos de bactérias, como a Pseudomonas denitrificans. Na
ausência de oxigénio atmosférico, essas bactérias usam o
oxigénio contido no nitrato para oxidar compostos orgânicos e
produzir energia. Através desse processo – chamado
desnitrificaçao – uma parte dos nitratos do solo é
transformada novamente em nitrogénio molecular e volta a
atmosfera.

O processo da desnitrificação pode ser resumido assim:

5 C6H12O6 + 24 (2 NO3-) + 24 H+ 30 CO2 + 42 H2O + 12 N2 +


energia

A desnitrificação desenvolve para a atmosfera o nitrogénio


que foi fixado, fechando o ciclo e estabilizando a taxa de
nitrato do solo.
, Introdução à Ecologia Geral
100

Fertilizando o Solo

Embora o solo possua uma quantidade limitada de


nitratos, sai de amónia e outros minerais necessários á planta,
nos ecossistemas naturais (uma floresta, por exemplo) a
morte e a decomposição dos organismos promovem a rápida
reciclagem desses elementos. Entretanto, as culturas
agrícolas, uma parte dos vegetais colhidos é consumida nas
cidades, saindo do ecossistema e impedindo a reciclagem dos
sais. Para compensar essa retirada de sais, são fornecidas ao
solo nitrogénio, fósforo, potássio e outros elementos em
forma de adubos ou de fertilizantes sintéticos.

Os fertilizantes sintéticos de nitrogénio podem ser produzidos


industrialmente através de uma fixação artificial,
transformando o nitrogénio do ar em amónia sob condições
especiais de alta temperatura e pressão.

O uso de fertilizantes sintéticos vem provocando um aumento


na quantidade de nitrogénio. Este nitrogénio é fixado
industrialmente e adicionado ao solo através de fertilizantes e
do cultivo intenso de legumes. Essa quantidade já ultrapassa a
quantidade de nitrogénio produzidas pelos ecossistemas
naturais. O mais preocupante é que o excesso de fertilizantes
pode ser levado pela chuva para os ecossistemas aquáticos,
gerando desequilíbrios ecológicos, como estudaremos no
capítulo.

Outra maneira de devolver ao solo os sais de nitrogénio é


através das práticas agrícola conhecida como rotação de
cultura. Nesse caso, alterna-se o plantio de arroz, milho, trigo,
etc. com plantas leguminosas que, como vimos, repõem
, Introdução à Ecologia Geral
101

através da fixação os sais de nitrogénio que os outros


vegetais retiram do solo.

Finalmente, após a colheita, folhas e ramos das leguminosas


podem ser enterrados no solo para servir de adubo natural: o
chamado adubo verde. A decomposição dos restos das
leguminosas enriquece o solo com compostos nitrogenados.

Nesta unidade iremos tratar de ciclo de Cálcio e do fósforo.

De modo geral, os ciclos destes sais são muito semelhantes


entre si, envolvendo troca entre rochas, água e os seres vivos.

Falaremos de retirado do cálcio no solo ou nas rochas pelas


chuvas e levada pelas para os mares, podendo ser ingeridas
por animais aquáticos e empregadas na fabricação de seu
esqueleto, conchas e carapaças.

Também iremos abordar sobre após a morte desses animais,


essas estruturas se decompõem e os sais de cálcio se
dissolverem na água, podendo então ser reaproveitados por
outros seres.

Para o fosforo, aparece principalmente na forma de fosfato


(PO43-) obtido com a dissolução das rochas.

6. 7 O ciclo de Cálcio e do fósforo

De modo geral, os ciclos destes sais são muito semelhantes


entre si, envolvendo troca entre rochas, agua e os seres vivos.

6.7.1 Ciclo de cálcio. Os sais de cálcio dissolvido no solo ou na


água são absorvidos por vegetais ou ingerido directa ou
indirectamente pelos animais, participando da formação de
, Introdução à Ecologia Geral
102

seu corpo. Uma parte dos sais é retirado do solo ou das


rochas pelas chuvas e levada para os mares, podendo ser
ingeridas por animais aquáticos e empregadas na fabricação
de seu esqueleto, conchas e carapaças. Após a morte desses
animais, essas estruturas se decompõem e os sais de cálcio se
dissolvem na água, podendo então ser reaproveitados por
outros seres.

Em alguns casos porem, ocorre sedimentação, formando-se


rochas de calcário. Nesse caso, a volta do calcário ao ciclo é
muito mais lenta, dependendo da erosão do calcário que
aflora á superfície.

6.7.2 Ciclo do fósforo.

Da mesma maneira que o ciclo do cálcio, o ciclo do fósforo


não tem envolvimento da atmosfera – ao contrário dos ciclos
da água, do cálcio do oxigénio e do nitrogénio. O fósforo
aparece principalmente na forma de fosfato (PO43-) obtido
com a dissolução das rochas. A partir do fosfato, os vegetais
sintetizam compostos orgânicos, como os ácidos nucléicos.

O fosfato é levado de volta ao solo, através da excreção


animal e da decomposição dos detritos orgânicos. Esse fosfato
pode ser drenado gradualmente para o mar, onde se
sedimenta e é incorporado nas rochas, podendo voltar,
posteriormente, aos ecossistemas terrestres através de
processos geológicos, como a elevação do leito do mar ou o
abaixamento do nível das águas.
, Introdução à Ecologia Geral
103

Sumário:
De uma forma sumária, falar de ciclo Biogeoquimico é mesmo
que dizer ciclos dos elementos Químicos e como da água. Como
são ”produzidos”, fontes e os caminhos percorridos até de novo
voltar ao elemento.

Exercícios
1. Explique a relação do ciclo de carbono com o oxigénio.

2. Em que se difere o ciclo de carbono na agua e fora de agua?

3. Explique o fenómeno efeito estufa

4. Explique o ciclo de oxigénio e de água.

5. Mencione as fontes de oxigénio.

6. Descreve a formação de camada de ozono

7. Escreve a reacção de destruição de camada de ozono.

8. Diferenciar o ciclo curto e longo da água

NB: Resolver e entregar os exercícios acima, de 1 até 8.

Questões para revisão

1. Como o homem vem alterando o ciclo do carbono? Quais as


possíveis consequências dessas alterações no ambiente?
2. Qual a origem do oxigénio na atmosfera?
3. Qual a importância da camada de ozónio para a vida em
nosso planeta?
4. Qual é o papel do sol no ciclo da água?
, Introdução à Ecologia Geral
104

5. O que é fixação do nitrogénio? Que seres realizam esse


processo?
6. O que é nutrificação? Quais os seres que realizam esse
processo?
7. Como os nitratos do solo podem voltar para a
atmosfera?
8. Qual a importância das plantas leguminosas para a
fertilidade do solo?

QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA

PARA REVISÃO

1. (PUCC-SP) A seguinte afirmativa diz respeito á importância


de uma das camadas da atmosfera terrestre:

“O gás I que a compõe forma uma barreira natural contra a


radiação ultravioleta que, atingindo directamente a superfície
terrestre, pode provocar aumento da taxa de II”.

Para completá-la correctamente, os espaços I e II devem ser


preenchidos, respectivamente por:

a) Ozónio e respiração.
b) Ozónio e mutação.
c) Gás carbónico e fotossíntese.
d) Gás carbónico e respiração.
e) Gás carbónico e mutação.
, Introdução à Ecologia Geral
105

2. (Fuvest-SP) No ciclo do nitrogénio, os seres que devolvem


N2 á atmosfera são as bactérias:

a) Que transformam nitritos em nitratos.

b) dasnitrificantes.

c) Que transformam nitratos em nitritos.

d) Que transformam resíduos orgânicos em amónia.

3. (UFES) É preocupação dos ecológicos os factos de que as


calotas polares podem vir a sofrer um processo de
descongelamento, em virtude de um aquecimento da
atmosfera terrestre. Esse aquecimento, consequência de um
desequilíbrio ecológico, decorre de:

a) Deposito de lixo atómico.

b) Aumento da taxa de monóxido de carbono na


atmosfera.

c) Emanações de dióxido de enxofre para a atmosfera.

d) Redução da taxa de oxigénio na atmosfera.

e) Aumento da taxa de gás carbónico na atmosfera.

4. (FU VEST-PS) A concentração de gás carbónico na


atmosfera vem aumentando significativamente desde meados
do século XIX; estima-se que possa quadruplicar até o ano
2000. Qual dos factores abaixo é o principal responsável por
esse aumento?

a) Ampliação da área de terras cultivadas.


, Introdução à Ecologia Geral
106

b) Utilização crescente de combustíveis fosseis.

c) Crescimento demográficos das populações humana.

d) Maior extracção de alimentos do mar.

e) Extinção de muitas espécies de seres


fotossintetisantes.

Auto avaliação.

Em que parte do corpo dos animais se encontram maior


concentração de cálcio?
R. Parte do corpo dos animais se encontram maior
concentração de cálcio é nos ossos e dentes.
, Introdução à Ecologia Geral
107

Unidade n°.07-B0036

Tema: Sistemas Ecológicos da


Biosfera

Introdução
Caro estudante, nesta unidade é convidado para aprofundar
aspectos que estão relacionados com Bioesfera, para facilitar
o estudo dos diversos ecossistemas da biosfera pode- se
dividir em três Biociclos que são: Biociclo Marinho ou
talassociclo, Biociclo dulcícola ou limnociclo e Biociclo
terrestre ou epnociclo. Mas nesta unidade iremos só falar de
Biociclo marinho

Hidrosfera é o conjuto de águas doce e salgada

Biociclo Marinho ou talassociclo, conjunto de ecossisstemas


de água salgada;

Biociclo dulcícola ou limnociclo, conjunto de ecossistema de


agua doce;

Biociclo terrestre ou epnociclo conjunto de ecossistema da


terra firme.
, Introdução à Ecologia Geral
108

Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:

 Conhecer o Conceito Biosfera.

 Conhecr as partes que constituem a Biosfera


Objectivos
 Conhecer as categorias dos seres vivos marinhos
segunda capacidade de deslocamento.

7. Biosfera

Biosfera, em sua definição mais simples, é o conjunto de regiões


daTerra onde existe vida ou é conhecido como o conjunto de
todos os ecossistemas do planeta. Essa faixa que contem a vida
tem a sua espessura bastante variável dependo da região o
termo "biosfera" foi introduzido em 1875 pelo geólogo austríaco
Eduard Suess (1831-1914), durante uma discussão sobre os vários
envoltórios da Terra. Em 1926 e 1929, o mineralogista russo
Vladimir Vernandsky (1863-1945).
http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%
20da%20Ecologia%20aula1.pdf .

Em média, ela se estende acerca de 7 a 9km acima da superfície


dos oceanos e pode atingir 10.000 metros de profundidade,
como acontece nas fossas das ilhas de Mariana.
, Introdução à Ecologia Geral
109

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%2
0gerais%20da%20Ecologia%20aula1.pdf

7.1. Hidrosfera

Hidrosfera é o nome dado ao conjunto de regiões do planeta


que agrega todos os tipos de água (sólida, líquida e gasosa).
Desse conjunto, os oceanos é maior reservatório com 97,3% do
total da hidrosfera. Há também a água dos rios, lagos, aqüíferos
(água subterrânea), e água das geleiras localizada nos polos e
regiões montanhosas, água na forma de umidade na atmosfera.

O termo hidrosfera vem do grego: hidro + esfera = esfera da


água. Compreende todos os rios, lagos ,lagoas e mares e todas
as águas subterrâneas, bem como as águas marinhas e
salobras, águas glaciais e lençóis de gelo, vapor de água, as
quais correspondem a 71% de toda a superfície terrestre. A
hidrosfera é uma das divisões da biosfera. Incluem-se na
hidrosfera todos os organismos vivos que habitam na água ou
dependem dela e também todos os habitats aquáticos.

A hidrosfera e a atmosfera juntas permitem a vida no planeta,


tendo sido também os agentes formadores dos mais
importantes.

E para facilitar o estudo dos diversos ecossistemas da biosfera


pode- se dividir em três Biocciclos.

7.2. Biociclo Marinho ou talassociclo, conjunto de


ecossisstemas de água salgado.
, Introdução à Ecologia Geral
110

Biociclo Marinho ou talassociclo, conjunto de ecossistemas


de água salgado;

Biociclo Marinho ou Talassociclo

Os mares e oceanos ocupam 3/4 da Biosfera.


Os principais factores abióticos no ambiente marinho são:
luz, temperatura, salinidade e pressão hidrostática.
a) Pressão Hidrosfera
Sofre um aumento de uma atmosfera para cada 10metros de
profundidade.

b)- Iluminação :

A iluminação verifica-se apenas na porção e vai desaparecendo.


A presença da luz depende do ângulo de incidência. A radiação
azul e a violeta é que atinge as maiores profundidades.

No mar podemos distinguir três regiões:

1º Zona eufotica ou fotica

Zona eufotica ou fotica, recebe a luz directamente e atinge

150 metros de profundidade.

A boa intensidade da luz suporta várias espécies de algas,


essas algas por sua vez servem de alimento para os
consumidores secundários, formados por protozoários e
pequenos crustáceos.

2º Zona disfótica:

Está entre 100 a 300metros e com luz difusa


3º Zona afótica:
É uma zona sem Luz e está a baixo de 300 metros.
, Introdução à Ecologia Geral
111

c) Temperatura:
Ocorre uma variação conforme a profundidade dos oceanos. A
camada mais aquecida é a superficial e que está sujeita as
estações do ano podendo variar ai temperatura.
É a camada de um termoclinio estacional. Abaixo dessa
superficial 300 metros temos uma temperatura constante.
Abaixo de 2000 metros há a camada profunda que também que
apresenta uma temperatura constante equivale 3 ºC.

d) Salinidade:
Quanto a salinidade podemos dizer que 35 partes em 1000 dos
diversos sais minerais dissolvidos, predomina NaCl.
Factores bióticos
Graças a diversificação encontrada no meio marinho como
componentes bióticos, são classificadas em três grupos:
Plâncton (seres que vivem na superfície da água), geralmente
transportados passivamente pelo movimento das águas.
Divide-se em Fitoplâncton- algas e Zooplâncton- animais
pertencentes aos protozoários, muitas larvas de crustáceos,
peixes etc.); Bênton (seres que vivem no fundo do mar, fixos ou
movendo-se no fundo) e

Nécton (animais livres natantes, representados por peixes,


polvos, mamíferos marinhos, tartarugas etc.).

7.3 Divisão quanto de profundidade

Podemos dividir o oceano em diversas regiões de acordo com


a profundidade:

Zona literânea, zona nerítica zona batial e zona abissal.


, Introdução à Ecologia Geral
112

7.3 Zona litorânea ou zona intertidal ou entremarés de


sistema litorêneo:

Corresponde a região entre maré-alta e a maré baixo.

7.4 Zona neritica ou sistema nerítico corresponde região do


mar com água até 200 metros de profundidade sobre a
plataforma continental.

7.5 Zona abissal ou sistema abitial, situa-se entre 200 e 2000


metros de profundidade.

Portanto nestas diferentes profundidades, tem também


diferentes intensidades da luz, pressão e salinidade.

A variação da luz nas diferentes profundidades é importante


factor na distribuição de seres vivos do biociclo marinho.

Abaixo da eufotica temos a zona afotica onde a intensidade


da luz é insuficiente para a realização da fotossíntese, nesta
região não encontramos algas.

Sumário

Esta unidade aborda sobre o Biociclo marinho, mas antes é


importante, conhecer que Biosfera é o conjunto de todos os
ecossistemas do planeta. Essa faixa que contém a vida tem a sua
espessura bastante variável dependo da região. Em média, ela se
estende acerca de 7 a 9km acima da superfície dos oceanos e
pode atingir 10.000 metros de profundidade, como acontece nas
fossas das ilhas de Mariana. E o Biociclo Marinho faz parte dos
três grandes biociclo da Bioesfera, que nele encontramos seres
vivos típicos.
, Introdução à Ecologia Geral
113

Exercícios

1. Defina o conceito Biosfera.

2. Explique as partes que constituem a Biosfera

3. Expliqie como que a iluminação influencia os seres vivos do


biociclo marinho?

N.B.Resolver e entregar todos os exercícios.

Auto avaliação

1. Quais as categorias dos seres vivos marinhos segunda


capacidade de deslocamento?

R. Plantou, Néctar e Bentos


, Introdução à Ecologia Geral
114

Unidade n°.08-B0036

Tema: Limnociclo ou água doce

Introdução
Nesta unidade vamos falar de Limnociclo ou água doce que
possui um volume de cerca de 190000quilometros cúbicos com
profundidade de 400m. Esta água sofre alterações devido a
temperatura.

Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:

 Conhecer diferentes tipos de águas doces.

 Conhecer as três regiões que caracterizam as águas correntes.

Objectivos  Conhecer a diferença entre água Lêntica da água Lótica.

8- Limnociclo ou água doce

As águas continentais possuem pequeno volume, cerca de


190.000 quilômetros cúbicos, têm pequena profundidade ,
raramente ultrapassando 400 m e sofrem variações de
temperatura mais intensas do que o mar, sendo, portanto,
menos estáveis.
, Introdução à Ecologia Geral
115

Tipos:

8.1 Águas Lênticas ou Dormentes: aparentes águas paradas,


mas que na verdade estão sempre sendo renovadas.
Correspondem desde uma poça de água formada pelas chuvas,
lagoas, até os grandes lagos.

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%20da%2
0Ecologia%20aula1.pdf
Figura: Vista geral de uma lagoa

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais
%20da%20Ecologia%20aula1.pdf
Figura: Lago.

8.2 Águas Lóticas ou Correntes: correspondem aos riachos,


e rios. Nesta água podem ser encontradas três regiões:
nascente, curso médio e curso baixo (foz).
, Introdução à Ecologia Geral
116

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais
%20da%20Ecologia%20aula1.pdf

Figura: Vista geral de um rio.

É o menor dos biociclos corresponde a 0,017% da água do planeta.

O homem influencia decisivamente nas águas continentais,


promovendo drenagens, construções de açudes, usinas
hidrelétricas e principalmente provocando a poluição das
águas. Assim, o lançamento de esgotos ricos em nutrientes
orgânicos provoca uma intensa acção dos decompositores,
diminuindo o suprimento de oxigénio e, consequentemente,
eliminando os seres aeróbios.
Muitas vezes, os organismos aquáticos são eliminados por
acção de agrotóxicos carregados pelas enxurradas durante o
período chuvoso para lagos, lagoas e rios.

Sumário
Falar de Limnociclo ou água doce é mesmo que falar das águas
dos rios, riachos, lagoas e lagos. Estas águas mesma agua dividem
se em dois tipos: águas paradas e água correntes, e as águas
correntes têm três regiões distintas que são: nascente, curso
médio e curso baixo(foz).
, Introdução à Ecologia Geral
117

Exercícios
1.Onde podemos encontrar a água doce?

2. Em quantos tipos se divide a água doce?

3. Diferencie água Lêntica da água Lótica.

NB: Resolver todos os exercícios e entregar

Auto avaliação

Nas águas Lóticas ou Correntes podemos encontrar três regiões


distintas.

Quais são essas regiões?

As três regiões distintas encontradas nas águas Lóticas ou


Correntes são: nascente, curso médio e curso baixo(foz).
, Introdução à Ecologia Geral
118

3ª parte do módulo,3ªs sessões


presenciais.

Unidade n°.09-B0036

Tema: Epinocicle

Introdução
Caro estudante, nesta unidade falaremos de Biociclo terrestre
ou epnociclo conjunto de ecossistema da terra firme.

Este Biociclo terrestre é constituido por vários biocoras como:


floresta, savana, campo, deserto e outros.

Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:

 Conhecer o Biociclo terrestre.

 Conhecer os biocoras que fazem parte ou que


Objectivos constituem o biociclo terrestre.

 Conhecer a flora e fauna de cada tipo de biocora.

9. Epinociclo

Mesmo corresponde apenas a cerca de 28% da área do global


terrestre o epinociclo é que possui maior diversidade de
, Introdução à Ecologia Geral
119

espécies. A larga variação climática e grande número de


barreiras geográficas são factores importantes na formação de
novas espécies.

O ambiente terrestre pode ser dividido em grandes


comunidades que podem ser:

09.1 O termo Tundra deriva da palavra finlandesa Tunturia, que


significa planície sem árvores. É o bioma mais frio da Terra.
Alguns cientistas consideram existir dois tipos de tundras:
Tundra Ártica e Tundra Alpina. A principal diferença entre elas é
a razão pela qual são tão frias. A primeira é pela sua localização
geográfica, mais concretamente pela latitude, enquanto que a
segunda é devido ao facto de se encontrar tão afastada da
superfície da Terra. Também a capacidade de drenagem do solo
é diferente, sendo maior na Tundra Alpina. No entanto, são
muito parecidas.

Fonte: http://www.hrhauser.ch/img/tundra.jpg

A Tundra Ártica surge a sul da região dos gelos polares do


Ártico, entre os 60º e os 75º de latitude Norte, e estende-se
, Introdução à Ecologia Geral
120

pela Escandinávia, Sibéria, Alasca, Canadá e Gronelândia.


Situada próximo do pólo norte, no círculo polar Ártico, recebe
pouca luz e pouca chuva, apresentando um clima polar, frio e
seco. O solo permanece gelado e coberto de neve durante a
maior parte do ano.
Apresenta Invernos muito longos, com uma duração do dia
muito curta, não excedendo a temperatura os -6ºC
(temperatura média entre os -28ºC e os -34ºC). Durante as
longas horas de escuridão a neve que vai caindo acumula-se,
devido aos fortes ventos, nas regiões mais baixas, obrigando os
animais a permanecerem junto ao solo e apenas a procurar
comida para se manterem quentes. As quantidades de
precipitação são muito pequenas, entre 15 e 25 cm, incluindo a
neve derretida. Apesar da precipitação ser pequena, a Tundra
apresenta um aspecto húmido e encharcado, em virtude da
evaporação ser muito lenta e da fraca drenagem do solo
causada pelo permafrost.

Fonte: http://www.urova.fi/home/arktinen/tundra/
tu-stud.htm
Photo: P. Kuhry

Só no Verão, com a duração de cerca de 2 meses, em que a


duração do dia é cerca de 24 h e a temperatura não excede os
7 -10 ºC, a camada superficial do solo descongela, mas a água
não se consegue infiltrar por as camadas inferiores se
, Introdução à Ecologia Geral
121

encontrarem geladas (permafrost, que começa a uma


profundidade de alguns centímetros e se prolonga até 1
metro ou mais). Formam-se então charcos e pequenos
pântanos. A duração do dia é muito longa e ocorre uma
explosão de vida vegetal, o que permite que animais
herbívoros sobrevivam - bois , lebres árticas, renas e
lemingues na Europa e na Ásia e caribus na América do Norte.
Estes por sua vez constituem o alimento de outros animais,
carnívoros, como os arminhos, raposas árticas e lobos.
Existem também algumas aves como a perdiz-das-neves e a
coruja-das-neves.

A figura mostra a coruja-das-neves.


Fonte: http://www.abdn.ac.uk/mammal/stoat.htm

A vegetação predominante é composta de líquenes (plantas


resultantes da associação de fungos e algas, que crescem
muito lentamente e extraordinariamente resistentes à falta de
água, que conseguem sobreviver nos ambientes mais hostis),
musgos, ervas e arbustos baixos, devido às condições
climáticas que impedem que as plantas cresçam em altura. As
plantas com raízes longas não se podem desenvolver pois o
subsolo permanece gelado, pelo que não há árvores. Por
outro lado, como as temperaturas são muito baixas, a matéria
orgânica decompõe-se muito lentamente e o crescimento da
, Introdução à Ecologia Geral
122

vegetação é lento.
Uma adaptação que as plantas destas regiões desenvolveram
é o crescimento em maciços, o que as ajuda a evitar o ar frio.
Mas as adaptações das plantas típicas da Tundra não ficam
por aqui. Crescem junto ao solo o que as protege dos ventos
fortes e as folhas são pequenas, retendo, com maior
facilidade, a humidade.
Apesar das condições inóspitas, existe uma grande variedade
de plantas que vivem na Tundra Ártica.

Fonte:
http://www.micro.utexas.edu/courses/levin
/bio304/biomes/TUNDRA/tundralife.html

A maioria dos animais, sobretudo aves e mamíferos, apenas


utilizam a Tundra no curto Verão, migrando, no Inverno, para
regiões mais quentes. Os animais que ali vivem
permanentemente, como os ursos polares, bois almiscarados
(na América do Norte) e lobos árticos, desenvolveram as suas
próprias adaptações para resisitir aos longos e frios meses de
Inverno, como um pêlo espesso, camadas de gordura sob a pele
e a hibernação. Por exemplo, os bois almiscarados apresentam
duas camadas de pêlo, uma curta e outra longa.

Também possuem cascos grandes e duros o que lhe permite


quebrar o gelo e beber a água que se encontra por baixo.
Os répteis e anfíbios são poucos ou encontram-se
completamente ausentes devido às temperaturas serem muito
baixas.
, Introdução à Ecologia Geral
123

Fonte: "Páginas da Natureza, 5º ano". Editorial O Livro

Tundra Alpina

A Tundra Alpina, encontra-se em vários países e situa-se no


topo das altas montanhas. É muito fria e ventosa e não tem
árvores. Ao contrário da Tundra Ártica, o solo apresenta uma
boa drenagem e não apresenta permafrost. Apresenta ervas,
arbustos e musgos, tal como a Tundra Ártica. Encontram-se
animais como as cabras da montanha, alces, marmotas
(pequeno roedor), insectos (gafanhotos, borboletas,
escaravelhos).

9.2 Tiaga

A Taiga, também conhecida como floresta de coníferas ou


floresta boreal, localiza-se exclusivamente no Hemisfério
Norte, encontra-se em regiões de clima frio e com pouca
humidade.Distribui-se ao longo de uma faixa situada entre os
50 e 60 graus de latitude Norte e abrange áreas da América do
Norte, Europa e Ásia.

O clima é subártico, com ventos fortes e gelados durante o


ano todo. Estas florestas são frias e recebem pouca
precipitação, 40-100 cm3 anualmente. As estações do ano são
duas, Inverno e Verão. O Inverno é muito frio, longo e seco,
caindo a precipitação sob a forma de neve; os dias são
, Introdução à Ecologia Geral
124

pequenos. O Verão é muito curto e húmido e os dias são


longos.
Os valores da temperatura oscilam entre -54º e 21ºC.
O solo é fino, pobre em nutrientes e cobre-se de folhas e
agulhas caídas das árvores tornando-se ácido e impedindo o
desenvolvimento de outras plantas.

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%20da%
20Ecologia%20aula1.pdf

A vegetação é pouco diversificada devido às baixas


temperaturas registadas (a água do solo encontra-se
congelada), sendo constituída sobretudo por coníferas -
abetos (como o Abeto do Norte) e pinheiros (como o Pinheiro
silvestre), cujas folhas aciculares e cobertas por uma película
cerosa, as ajuda a conservar a humidade e o calor durante a
estação fria. Outra conífera que também pode aparecer é o
Larício europeu de folha caduca - Lárice. Em certas condições
também podem aparecer Bétulas e Faias pretas.

As florestas boreais demoram muito tempo a crescer e há


pouca vegetação rasteira. Aparecem no entanto, musgos,
líquenes e alguns arbustos.

As árvores demonstram a existência de adaptações ao meio.


Sendo de folha persistente, conservam, quando a
, Introdução à Ecologia Geral
125

temperatura baixa, a energia necessária à produção de


novas folhas e assim que a luz solar aumenta, podem começar
de imediato a realizar a fotossíntese.
Embora haja precipitação, o solo gela durante durante os
meses de Inverno e as raízes das plantas não conseguem água.
A adaptação das folhas à forma de agulhas limita, então, a
perda de água, por transpiração. Também a forma cónica das
árvores da Taiga contribui para evitar a acumulação da neve e
a subsequente destruição de ramos e folhas.

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%20da%
20Ecologia%20aula1.pdf

Os animais aqui existentes são alces, renas, veados, ursos,


lobos, raposas, esquilos, morcegos, coelhos, lebres e aves
diversas como por exemplo pica-paus e falcões. Os charcos e
pântanos que surgem no verão constituem um óptimo local
para a procriação de uma grande variedade de insectos.
Muitas aves migradoras vêm até à Taiga para nidificar e
alimentar-se desses insectos.Tal como na Tundra, não
aparecem répteis devido aos grandes frios.Muitos animais,
sobretudo aves, migram para climas mais quentes assim que a
temperatura começa a baixar. Outros ficam, encontrando-se
adaptados através das penas, pêlos e peles espessas que os
, Introdução à Ecologia Geral
126

protegem do frio. Por vezes adaptam-se à mudança de


estação através da mudança de cor das suas penas ou pêlos. A
pele do arminho, por exemplo, muda de castanho-escuro para
branco, no Inverno, contribuindo assim para ajudar o animal a
camuflar-se e a proteger-se dos seus predadores.

Fonte: http://www.helsinki.fi/~mjkoskel/other/wolves.htm

9.3 Florestas temperadas

Floresta temperada ou floresta decídua temperada, ou ainda,


floresta caducifólia, por causa da queda das suas folhas no
período do Inverno, é um bioma encontrado nas regiões
situadas entre os pólos e os trópicos, característica das zonas
temperadas húmidas e abrange o oeste e centro da Europa,
leste da Ásia (Coreia, Japão, e partes da China) e o leste dos
Estados Unidos. Situa-se, pois, abaixo da Taiga.
As temperaturas médias anuais são moderadas, embora a
temperatura média vá caiando ao longo do ano. As quatro
estações do ano encontram-se bem definidas. Os índices
pluviométricos atingem médias entre 75 a 100 centímetros por
ano. A energia solar que vai incidindo nas regiões de florestas
temperadas é maior do que, por exemplo, nas tundras, e
consegue atingir mais facilmente o solo, pois existem espaços
, Introdução à Ecologia Geral
127

maiores entre a copa das árvores do que, por exemplo, nas


florestas tropicais.

O solo destas florestas é muito rico em nutrientes, devido


sobretudo, ao processo natural de decomposição das folhas
que vai enriquecendo o solo em nutrientes. A acumulação de
matéria orgânica dá-se, sobretudo nos primeiros horizontes do
solo, que possuem, por isso, uma cor mais escura.
A vegetação das florestas temperadas é variada, desde as
coníferas e árvores com folhas largas caducas, como as das
florestas da Europa e da América do Norte, às árvores de folhas
largas que se mantêm verdes todo o ano, típicas da Florida e
Sul da Nova Zelândia. Há vários tipos de florestas temperadas,
mas as árvores de folha caduca são predominantes, embora
apresentem também árvores de folha persistente, cujas folhas
se encontram transformadas em agulhas.
A vegetação apresenta variações sazonais e o seu crescimento
ocorre, sobretudo, na Primavera e no Verão.

Fonte: http://naturalista.vr9.com/nociones/bosque/templado.html

Embora predominem as árvores, existem também arbustos e


plantas herbáceas.
A cobertura vegetal pode apresentar até quatro estratos, desde
grandes árvores até plantas rasteiras. Aparecem faias,
carvalhos (como o carvalho-roble), castanheiros, abetos (como
, Introdução à Ecologia Geral
128

o abeto branco ou abeto do Canadá, muito frequente na


Europa Central) e pinheiros (como o Pinheiro silvestre, comum
em vários países da Europa e o Pinheiro-negro). Os abetos
encontram-se preferencialmente em solos ricos e húmidos
enquanto que os pinheiros se encontram em solos pobres.

A fauna é variada e podem encontrar-se javalis, gatos-bravos,


linces, lobos, raposas, esquilos, veados, ursos, martas, muitos
insectos, répteis e aves diversas, algumas de grande porte
(águia de asa redonda, águia-real,...). Aparecem ainda muitos
invertebrados.
Nalgumas regiões, como forma de adaptação às baixas
temperaturas do Inverno, alguns animais migram enquanto que
outros hibernam. Outros ainda, como os esquilos, armazenam
comida para ser usada durante o Inverno.

A figura mostra um dos tipos de animal que vive na floresta temperada.

9.4 Florestas tropicais

As florestas tropicais húmidas são florestas com árvores altas,


de clima quente e que recebem muita chuva durante o ano. Em
algumas áreas de florestas tropicais chove mais do que 25
milímetros (1polegada) todo dia.
, Introdução à Ecologia Geral
129

As florestas tropicais são encontradas na África, Ásia,


América Central e América do Sul. A maior floresta tropical
húmida do mundo é a Floresta Amazónica.

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%20da%2
0Ecologia%20aula1.pdf

Exemplo de uma floresta tropical

As florestas tropicais estão localizadas nos trópicos, a região


que fica entre o Trópico de Capricórnio e o Trópico de Câncer.
Nesta região, o sol é muito forte e brilha na mesma quantidade
de tempo todos os dias, durante o ano inteiro, fazendo com
que o clima sempre fique quente e estável muitos países têm
florestas tropicais húmidas. Os países com maiores quantidades
de florestas tropicais são:

República Democrática do Congo, Peru, Indonésia, Colômbia,


Papua Nova Gui Venezuela e outros.

Factores que contribuem para que uma floresta sejam


tropicais e húmidos.

Cada floresta tropical húmida é única, mas há certas


características em comum para todas as florestas tropicais.
- Localização: as florestas tropicais encontram-se nos “trópicos”
, Introdução à Ecologia Geral
130

– Precipitação: as florestas tropicais recebem pelo menos


2.000 mm (80 polegadas) de chuva por ano.
- Dossel: as florestas tropicais têm um dossel que é a camada
de galhos e folhas das árvores tropicais que se encontram
proximamente espaçadas entre elas.
- Biodiversidade: as florestas tropicais têm um alto nível de
diversidade biológica ou biodiversidade.

Biodiversidade é o nome para todas as coisas vivas – como


plantas, animais e fungos – encontrados em um ecossistema.
Os cientistas acreditam que aproximadamente a metade das
plantas e animais encontrados na superfície terrestre vive nas
florestas tropicais húmidas.

Relações simbióticas entre as espécies: as espécies nas florestas


tropicais geralmente trabalham juntas. Uma relação simbiótica
é uma relação onde duas diferentes espécies se beneficiam por
ajudar uma a outra. Por exemplo, as plantas produzem
pequenas estruturas de abrigo e açúcar para as formigas. Por
sua vez, as formigas protegem as plantas de outros insectos
predadores que podem querer se alimentar das folhas das
formigas.

OS RÉPTEIS E ANFÍBIOS DAS FLORESTAS TROPICAIS

As florestas tropicais húmidas são os lares para muitos tipos de


répteis e anfíbios. Abaixo você encontrará perfis para alguns
répteis e anfíbios das florestas tropicais.
, Introdução à Ecologia Geral
131

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%20da%2
0Ecologia%20aula1.pdf

Os pássaros da floresta tropical

As florestas tropicais húmidas são os lares para muitos tipos de


mamíferos. Abaixo você encontrará perfis para alguns pássaros
das florestas tropicais.

Os peixes da floresta tropical

As águas das florestas tropicais – que incluem os rios, riachos,


lagos e pântanos – são os lares da maioria das espécies de
peixe de água doce. Apenas a bacia Amazónica tem cerca de
3.000 espécies conhecidas e possivelmente ainda muitas
espécies ainda não identificadas.
Muitos dos peixes tropicais mantidos em aquários são
originalmente das florestas tropicais.

Os insertos da floresta tropical

A maior parte das espécies animais encontradas nas florestas


tropicais são insectos. Cerca de um quarto de todas as espécies
, Introdução à Ecologia Geral
132

animais que foram descritas pelos cientistas são besouros.


Aproximadamente existem 500.000 tipos de besouros.

As florestas tropicais reduzem a erosão

As raízes das árvores da floresta tropical e a vegetação como


um todo ajudam a protegem o solo. Quando as árvores são
cortadas não há mais nada para proteger o chão e os solos são
rapidamente lavados com a chuva. O processo de carregar
(lavar) o solo é conhecido como erosão.
Conforme os solos são carregados para os rios, ocorrerão
problemas para os peixes e para as pessoas. Os peixes sofrem
porque a água torna-se bastante túrgida, ao passo que as
pessoas têm problemas para navegar devido que os rios
tornam-se rasos em função do aumento da quantidade de
sedimentos na água.

Características das Florestas Tropicais

- Biodiversidade riquíssima com grande quantidade de


espécies vegetais e animais. Muitas destas espécies são
ainda desconhecidas do ser humano.

- Solo com cobertura de húmus (de 30 a 50 cm),


proveniente da decomposição de folhas, frutos, fezes e
cadáveres de animais mortos.

- Grande presença de sombra, pois as árvores


encontram-se muito próximas umas das outras. Estas
árvores possuem, em média, de 30 a 50 metros de
altura.
, Introdução à Ecologia Geral
133

- Humidade elevada em função do alto índice


pluviométrico (média de 1300 mm de chuvas por ano);

- Calor quase o ano todo, com temperaturas médias


anuais de 20° C.

Campos

Os campos rupestres, também conhecidos como campos de


altitude, são formações que ocorrem exclusivamente no alto de
algumas serras brasileiras, situadas numa altitude média acima
de 900 m. São em geral, campos abertos e atravessados por
inúmeros riachos e rios permanentes; as temperaturas neste
ecossistema são extremas no inverno, às vezes abaixo de 0°C. A
maior parte dos campos rupestres está localizado em Minas
Gerais (Parque Nacional da Serra do Cipó e no Parque Natural
do Caraça), na Bahia (Serra de Jacobina, na Chapada da
Diamantina) e em Goiás (Chapada dos Veadeiros e Serra do
Pirineus).

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/
Aspectos%20gerais%20da%20Ecologia%20aula1.pdf
, Introdução à Ecologia Geral
134

Características

O solo é pedregoso, possui baixa capacidade de retenção de


água e as formações rochosas são muito comuns, crescendo a
maior parte das plantas nas pequenas frestas eroditas. Como
após as chuvas as águas escoam rapidamente por sobre as
rochas, não há formação de lençol freático. O ambiente
portanto é seco, e as plantas desenvolveram adaptações
diversas para resolver o problema da falta de água. A
biodiversidade deste ecossistema é grande, variando inclusive
de uma região para outra. As plantas são quase todas rasteiras,
encontrando-se, arbustos baixos.

As raras árvores não passam dos 2 m de altura. Diversos tipos


de Líquens, Orquídeas e Sempre-vivas são encontradas na
região, além de inúmeras outras plantas de grande valor
ornamental, como o Paepalanthus, por exemplo. A fauna dos
campos rupestres é rica em espécies de anfíbios, répteis, aves e
pequenos mamíferos, além de uma infinidade de insectos.

9.5 Desertos

Etimologia

A palavra deserto provém do latim desertus, particípio passado


de deserĕre, cujo significado é "abandonar".

Os desertos caracterizam-se por chuvas raras, clima seco, solo


árido apresenta superfície rochosa ou coberta de areia. Na
maioria das vezes é muito quente com temperaturas que
ultrapassa 40 oC, chegar a atingir 54 oC.

Como há pouca água a vegetação e pobre e dispersa.


, Introdução à Ecologia Geral
135

Tipos de deserto

A maioria das classificações repousa numa combinação de


número de dias de chuva por ano, a quantidade pluviométrica
anual, temperatura, humidade e outros factores.

Em algumas partes do mundo, os desertos surgem devido à


existência de barreiras à chuva, quando as massas de ar
perdem a maior parte de sua humidade sobre uma cadeia de
montanhas; outras áreas são áridas em virtude de serem muito
distantes das fontes mais próximas de humidade (isto é
verdade em algumas áreas do globo em latitudes médias,
particularmente na Ásia).

Os desertos também são classificados por sua localização


geográfica e padrão climático predominante, como ventos
alísios, latitudes médias, barreiras anti chuvas, costeiros, de
monção, e polares.

Exemplos de alguns desertos do mundo:

1º Deserto da Antárctida, 2º Saara (África), 3° Deserto da Arábia


(Ásia), 4° Deserto de Gobi (Ásia), 5° Deserto do Kalahari (África), 6°
Grande deserto de areia (Austrália), 7° Kara kum (Ásia), 8°
Taklamakan shamo (Ásia), 9° Deserto do Namibe (África) e 10° Thar(
(Ásia)
, Introdução à Ecologia Geral
136

Deserto de Sinai, Egipto.

Alguns desertos no
mundo

Áreas desérticas pelo mundo.

 Os 10 maiores desertos do mundo:

Superfície
Deserto
(km²)

1º Deserto da Antárctida 14 000 000

2º Saara (África) 9 000 000


, Introdução à Ecologia Geral
137

3° Deserto da Arábia (Ásia) 1 300 000

4° Deserto de Gobi (Ásia) 1 125 000

5° Deserto do Kalahari (África) 580 000

6° Grande deserto de areia


414 000
(Austrália)

7° Kara kum (Ásia) 350 000

8° Taklamakan shamo (Ásia) 344 000

9° Deserto do Namibe (África) 310 000

10° Thar (Ásia) 260 000

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%20da%2
0Ecologia%20aula1.pdf

Sumário
O biocilo terrestre corresponde apenas a cerca de 28% da área
do global terrestre o epinociclo é que possui maior diversidade
de espécies. A larga variação climática e grande número de
barreiras geográficas são factores importantes na formação de
novas espécies.

O ambiente terrestre pode ser dividido em grandes comunidades


que são: tundra, taiga, floresta tropical, Deserto, e outras.
, Introdução à Ecologia Geral
138

Exercícios

1. Define o Biociclo terrestre.

2. Diferencie os biocoras que fazem parte ou que constituem


o biociclo terrstre.

3. fale da flora e fauna de cada tipo de biocora.

NB: resolver e entregar os exercícios de 1 à 3 a acima.

Auto avaliação

Qual é a superfície de biociclo terrestre?

R. O biociclo terrestre tem a cerca de 28% da área do global


terrestre o epinociclo é que possui maior diversidade de
espécies.

Questões para a revisão

1- Define talassociclo e limnociclo.

Qual desses biociclos abriga a maior variabilidade de espécie e


porque?

2-Entre os organismos marinhos, distingue-se o filtoplanton


(algas microscópicas) fale da sua importância.

3- Diferencie entre necton e bentos, dê exemplos.

4- Qual é a principal diferença entre províncias lentica e lóticas.

5-Quais condições que impede que a vegetação tundra não se


desenvolva?
, Introdução à Ecologia Geral
139

Questões de múltiplas escolhas.

Unirio-RJ) 1 – As estrelas – do – mar, as diatomáceas e


camarões são respectivamente:

a. bentonicos, nectonicos e plantonico.


b. Nectonico, plantonicos e bentonicos
c. Plantonico, bentonico e nectonico
d. Nectonico, bentonico e plantonico
e. Bentonico, plantonico e nectonico.

(PUC-PR) 2- analise as três afirmações abaixo, relativas a


animais marinho:

1 flutuam e são movidos passivamente pelos ventos ondas e


correntes marinhas.

2 Nadam livremente por actividade própria.

3 São restritos ao fundo do mar.

a) plantonicos , bentonicos e nectonicos

b) plantonicos ,nectonicos e bentonico

c) Nectonico, bentonico e plantonicos

e) Bento nico, tectonitos e plantonicos

3 (UERJ) O texto a seguir é adaptado a uma reportagem de o


globo de 26/ 9/1995 intitulada a paisagem da nova estação da
lagoa, que refere a mudanças ali observados com a chegada da
primavera. Em seu depoimento um biólogo afirma: “a presença
de aves como os bígamas é um bom indicador ambiental, pois
, Introdução à Ecologia Geral
140

assim como garças, são animais resistentes e vivem com


facilidades em ambientes que embora degradados, lhes fornece
peixes e um a zona de mangal para descansar”. Sabe-se que
essas aves fazem parte de cadeia alimentar cuja base, em
ecossistemas aquáticos, é o fitoplanton. Sabe-se também que a
distribuição do fitoplanton afecta directamente a qualidade do
ambiente. A alternativa que apresenta dois factores que
influem a distribuição do fitoplanton nos ecossistemas
aquáticos é:

a) Oxigeno luz

b) Luz e sais minerais

c) Oxigénio e temperatura

d) Sais minerais e temperatura.

Níveis Ecológicos;

Ecologia encontra-se no estudo de: Populações, comunidade


ecossistema e Bio esfera.

Breves noções:

População -é o conjunto de indivíduos da mesma espécie que


vive na mesma área e no mesmo tempo mantendo uma certa
interdependência.

Comunidades conjunto de populações de uma mesma área que


vivem no mesmo tempo e que inter dependem.

Ecossistema ou sistema ecológico – é o conjunto de


comunidade mais o meio ambiente.
, Introdução à Ecologia Geral
141

Biosfera é Camada da terra ocupado pelos seres vivos. É


um sistema complexo formado por organismos que
interrelacionam constituindo a teia da vida.

Nicho Ecológico é o comportamento da população. É o modo


pelo qual a população se adapta ao seu meio, seria a”profissão”
do indivíduo. Pelo Nicho ecológico podemos saber como, onde
e às de que uma espécies se alimenta.

Habitat é o lugar onde a população vive, é o que podemos dizer


o endereço das populações

Exercícios
1. Uma grande cidade, uma caverna e a zona de abissal dos
oceanos podem ser confederados ecossistemas.

a) Semelhantes porque, em todos elas a energia biológica


necessária para sua manutenção vem de outras áreas.
b) Semelhantes porque, em todas elas, há energia suficiente
para a sua manutenção.
c) Diferentes porque, porque cidade é auto-suficiente e os
outros dois ecossistema não o são.
d) Diferentes, porque a zona abissal é auto-suficiente e os
outros dois ecossistemas não são dois
e) Diferente porque, a caverna é auto-suficiente e os outros
não o são.

Uma cidade, uma caverna e a abissal dos oceanos constituem


exemplos dependentes, isto é, não são auto-suficiente. Para
, Introdução à Ecologia Geral
142

que haja vida neles é necessário a vinda de um fluxo de


energia (alimento).

2- Um autor afirma que, podemos dizer que o canguru, o


bisonte, e o bio apesar de não haver uma relação taxinómica
próxima entre eles ocupam o mesmo nicho ecológico quando
presentes ecossistemas constituídos de campos.

A frase acima indica os animais considerados:

a) São encontrados no mesmo habitat,

b) Vivem no mesmo ecossistema

c) Exercem papéis semelhantes no ecossistema onde vivem.

d) Tem mesma distribuição Geográfica

e) Competem entre si pelo alimento disponível

3.Níveis de organização Exemplos

Põe falso (F) ou verdade(V).

I – Ecossistema ( ) uma concha servindo de residência


Um crustacio

II – Habitat ( ) O lago de Maputo com todos os seus


seres Vivos e o meio físico.
, Introdução à Ecologia Geral
143

III – População ( ) o conjunto de todos os seres


vivos de mata da região amazónica.

IV – Comunidade ( ) os sapos de espécies Bufões


marines vivendo numa lagoa

O conjunto de todos os ecossistemas forma:

a) A biosfera

b) Um nicho ecológico

c) Uma comunidade

d) Um broma

e) Um habitat

Com relação ao nicho ecológico e do ponto de vista ecológico


analise a afirmativa incorrecta:

a) Entende-se por nicho ecológico o papel que o organismo


desempenha no ecossistema
b) Dá se o nome de Nicho ecológico ao lugar onde o
organismo vive
c) Nicho ecológico é o modo pelo qual os organismos se
adaptam ao meio ambiente.
d) Estão certas, as afirmações a e c
, Introdução à Ecologia Geral
144

e) Nico ecológico diz ao modo de vida e não de lugar

Exercícios
1-Fale das diversas regiões do oceano segundo as suas
profundidades.

2-Descreve as categorias dos seres vivo marinhos segundo as


suas capacidades de deslocamento.

Sobre líquenes

Exercícios resolvidos

1. (PUC-SP) Sobre as líquenes, pode-se afirmar que eles são


resultantes de uma associação biológica pergunta-se:
a) Como é dominado essa associação?
b) Que tipos de organismos formam líquenes?
c) Qual é a vantagem dessa associação para esses
organismos?

Resolução:

a) Mutualismo ou simbiose.

b) Algas e fungos.

c) Algas recebem Protecção, água e sais minerais dos


fungos. Fungos recebem alimento orgânico das algas.
, Introdução à Ecologia Geral
145

2. (FUVEST) Os líquenes são formados pela associação


de dois tipos de organismos.
a) Quais são?
b) Explique o tipo de inteiração entre esses dois organismos.

Resolução:

a) Algas e fungos.
b) A associação entre eles é harmónica e conhecida por
mutualismo. Nela as algas realizam a fotossíntese e os fungos
retiram algas, sais minerais do solo e protegem as algas.

Unidade n°.10-B003

Tema: Problemas ambientais e


acção antropogenica

Introdução
Nesta unidade iremos abordar sobre de que forma o homem
modifica o ecossistema.
, Introdução à Ecologia Geral
146

Neste caso o Homem é considerado como um produto da


evolução, criado na dependência da terra, em comunhão com a
natureza e os seres que a habita. Quer a revolução agrícola quer
a revolução industrial deram um grande marco, de lá para cá, na
modificação do meio ambiente antropogenica.

Como se sabe que o Homem faz queimadas para cultivar sobre


cinza e terem solo fértil, este solo começa a empobrecer e o fogo
é um inimigos implacável da vegetação e concequentemente fica
vulnerável a erosão (empobrecimento).

A caça também é uma das formas de regressão das espécies


animais e vegetais.

Tal como a caça e a pesca intensivas e modernas, realizadas com


a ajuda de tecnologia mais recente é também dos melhores
exemplo da sobre exploração dos recursos naturais

Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:

 Conhecer as alterações que o Homem faz no


ecossistema.

Objectivos  Conhecer as causas que concorrem para alteração de


ecossistema.

 Ser capaz de diferenciar entre o ecossistema natural e


artificial.

 Conhecer as medidas de ecossistema.

 Conhecer as espécies raras e espécies em extinção


, Introdução à Ecologia Geral
147

 Conhecer as reservas biológicas.

 Conhecer as leis ambientais de Moçambique e


convenções internacionais sobre o ambiente.

10. Problemas ambientais e acção do antropogenica.

O Homem como o agente modificar dos ecossistemas.

Com a revolução agrícola onde o Homem deixou de ser nómada,


início de neolítico, há cerca de 8-10 mil anos o impacto de
Homem sobre a Biosfera é extraordinariamente aumentado com
a invenção da agricultura que vai possibilitar um aumento
enorme das populações humana.

Esta invenção da do fogo constitui uma grande revolução


tecnológica da humanidade.

O fogo veio a ser usado para destruir florestas para depois ser
usadas como machambas.

O uso do fogo vai retirar os nutriente do solo e vai


empobrecendo-o.

Outro momento como marco importante que falamos acção


antropogenica é da Revolução industrial no início do séc. XVIII
inicou- se um processo que provocou continuas modificações da
humanidade.

Procura de novo s mercados, na Africa, Ásia, e América ,


invenções mecânicas relacionadas com a indústrias têxteis.

Em 1820 as manufacturas de algodão representam 48% das


exportações totais da Grã-bretanha, e por ocasião da Grande
, Introdução à Ecologia Geral
148

explosão industrial de 1851 a industria algodoeira equivalente


em desenvolvimento a todas outras indústrias europeias juntas.

Antes do industrialismo, a prosperidade de uma nação era


baseada no solo fértil e numa grande população.Com o advento
das maquinas, carvão e ferro tornaram mais importante que
fertilidade do solo.

A mecanização da agricultura libertou braços cada vez em maior


numero de que abandonando os campos, se iam concentrando
nos centros urbanos o que teve como consequência a formação
de cidades cada vez mais populosas.

As sociedades indústrias modernas caracterizam-se pela


utilização maciça de combustível fosseis (carvão, petróleo, gás) e
pela produção de enormes quantidades de resíduos não
biodegradaveis.

Quer a revolução agrícola quer a revolução industrial deram um


grande marco, de lá para cá, na modificação do meio ambiente
antropogenica.

-como se disse que o Homem faz queimadas para cultivar sobre


cinza e terem solo fértil, este solo começa a empobrecer e é , em
parte erodido pela águas escorrencia.

Fogo é um inimigos implacável da vegetação e


Concequentemente ficam vulneráveis a erosão

(empobrecimento).

A caça também é uma das formas de regressão da espécies


animais e vegetais.
, Introdução à Ecologia Geral
149

Tal como a caça e a pesca intensivas moderna realizadas


com a ajuda de tecnologia mais recente é também dos melhores
exemplo da sobre exploração dos recursos naturais.

Queimada descontrolada no parque nacional da Gorongosa

Fonte: http://www.gorongosa.net/pt/page/wildfire_management/gesto-de-incndios

10.1 Problemas globais

1-Cambio climático

2-dejelo polar

3-chuvas ácidas

Chuva ácida
As industrias químicas e as centrais térmicas jogam na atmosfera
produtos contaminadores, como os gases dióxido de enxofre e
monóxido de nitrogénio os quais, com a ajuda do ozônio das
camadas baixas da atmosfera, oxidam-se e, com a umidade da
chuva, convertem-se em ácidos que se espalham pela terra,
águas, árvores, plantações. O solo perde a fertilidade e os
animais terrestres, aquáticos e aves, acostumados com
ambientes limpos, não se adaptam a esses terrenos que perdem
sua vegetação natural.
, Introdução à Ecologia Geral
150

Efeitos da Poluição atmosférica sob a qualidade da água


pH 5 = 10x acidez de pH 6
pH 4 = 100x acidez de pH 6
Chuva normal = levemente ácida (pH 5 e 6)
Chuva em áreas industriais = pH 4

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%20da%20Ec
ologia%20aula1.pdf

4- Destruição da camada ozonio

5- Agudização do efeito estufa.

Quando o homem aumenta a emissão de gases então mais é o


aumento de aquecimento global.

A agudização do efeito estufa passa necessariamente pela acção


do Homem que é aumento de emissão de gases, muitas vezes
emitido pelas indústrias.

10.2 Poluição ambiental

A poluição ambiental abrange aos seguintes tipos:

Poluição de água
, Introdução à Ecologia Geral
151

Mares poluídos
Os oceanos recebem boa parte dos poluentes dissolvidos nas
águas doces, além do lixo dos centros industriais e urbanos
localizados no litoral.
O excesso de cargas orgânicas no mar leva à proliferação de
microrganismos consumidores de oxigênio. Em grande
quantidade, esses microrganismos formam as chamadas "marés
vermelhas": as águas ficam escuras, matam peixes e os frutos do
mar tornam-se tóxicos para o consumo humano.
Em junho de 1994, milhares de focas aparecem mortas no litoral
da Namíbia, na África, provavelmente devido à maré vermelha
que atingiu o Atlântico Sul em março e abril.

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%20da%20Ec
ologia%20aula1.pdf
, Introdução à Ecologia Geral
152

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%20da%20
Ecologia%20aula1.pdf

Poluição marinha por esgoto doméstico e poluição por


desenvolvimento de dinoflagelados (maré vermelha).

Rios Poluídos

As reservas de água doce ocupam apenas 2% da superfície


terrestre e estão concentradas, principalmente, no gelo das
calotas polares e nos lençóis subterrâneos. Seus principais
agentes poluidores são os agrotóxicos usados na
lavoura, detergentes e sabões em pó, lixo industrial e urbano, e
metais pesados, como chumbo, cádmio, arsênio e mercúrio,
utilizados na indústria e na mineração. Nos grandes centros
urbanos, esgotos e lixo orgânico lançados sem tratamento nos
rios acabam com toda flora e fauna aquáticas. A matéria orgânica
dissolvida alimenta inúmeros microrganismos que, para
metabolizá-la, consomem o oxigênio das águas. Se a carga de
esgoto for superior à capacidade de absorção das águas, o
oxigênio desaparece, interrompendo a cadeia alimentar e
provocando a morte da fauna. Isso ocorre com freqüência
em várias regiões do Brasil, como na Lagoa Rodrigo de Freitas, no
Rio de Janeiro, ou na represa Billings, em São Paulo.

Excesso de despejo de resíduos


, Introdução à Ecologia Geral
153

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%20d
a%20Ecologia%20aula1.pdf

Rios poluídos por excesso de despejo de resíduos (urbanos e


industriais) e efeito da poluição dos rios (morte dos organismos
aquáticos).

http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%20marin/Aspectos%20gerais%20da%20Ec
ologia%20aula1.pdf

Poluição

-poluição do ar, ( fumos provocados pelos queima de lixo,


industrias carorros)

-Poluição sonoro, Barrulhos de carros, música alto nas discotecas


etc.

- Poluição visual, letreiros lumisos

-Poluição do solo,

10.3 Poluição e contaminação

Poluição é a fase mais avançada da contaminação.

A poluição é a deterioração das condições ambientais que podem


alcançar o ar ,solo e agua.
, Introdução à Ecologia Geral
154

Mas há vezes que poluição antecede da contaminação e nos


desastres de navios de combustíveis, e explosões nucleares.

a) Poluição da agua.

As águas subterrâneas, rios, lagoas e mares são destino final de


todos poluentes solúveis e insolúveis lançados no ar e no solo.

Origem de alguns poluentes em causa.

-resíduos industriais (químico e alimentares e de papel)

-resíduos fecais (principais poluentes de desgostos domésticos)

- Fertilizantes usados na lavoura ou pesticidas)

Água poluída tem cheiro, tem cor que pode ser amarela, verde,
amarrem.

Possui gostos diferentes devido as substancias Químicas.

b) Poluição atmosférica

É caracterizada basicamente pelos gases tóxicos e partículas


sólidos no mar.

As principais causas são :

Queima de carvão e petróleo e de urinas

Usinas são grande maquinas que libertam substancias como


fumo, CO2 e CO

10.3 Contaminação do meio ambiente

Denomina-se contaminação a introdução no meio ambiente por


parte de Homem, de substancias ou formas de energia que altere
, Introdução à Ecologia Geral
155

a qualidade natural de agua, solo, ar, impedindo que seja


próprio ao uso que destina.

Ou é toda mudança indesejada nas características de água , ar e o


solo que afecta negativamente todos os seres vivos no planeta
.Essas mudanças são provocadas pela acção antropogénica.

Tipos de contaminação:

- Contaminação do ar atmosférico (gases)

-Contaminação biótica, por pactogenos e por agente químicos.

- Contaminação do solo (por agentes Químicos ou resíduos)

-Contaminação por ruído

-Contaminação visual (letras, publicidade, imagem bublicitaria e


iluminações).

O mundo moderno experimenta um grave desequilibrio em


consequência da acção do Homem. O crescimento industrial
rápido que se tem verificado nos últimos anos, tem contribuído
para a acumulação, na Biosfera, de substâncias químicas
indesejáveis.

As chaminés fumegam, os automóveis correm e os aviões voam,


lançando sempre maiores quantidades de veneno para a
atmosfera e causando cada vez mais modificações acústicas
térmicas e ate estáticas.

Não existe nenhum mar no mundo que não apresente sinais de


radioactividade. O solo está poluído e as águas subterrâneas das
zonas urbanas assim como também das zonas rurais estão
poluídos. O Homem já não dispõe de qualquer lugar para refúgio.
O problema da poluição é, portanto, de todos.
, Introdução à Ecologia Geral
156

A água, a terra, os alimentos, a sobrevivência das espécies


animais e vegetais, as condições climatéricas, tudo o que
contribui para manter o equilíbrio natural do Homem está
ameaçado.

A nossa tecnologia é cada vez mais agressiva e tem-se a ideia de


que a terra a tudo resiste e que as suas reservas não têm fim.
Alterando o seu meio natural, o Homem, arriscas se a provocar
pelas próprias suas mãos, aquilo que até agora era ficção
científica ou seja tornar inabitável o planeta terra.

A ciência e a tecnologia modernas, contudo não deverão nos


conduzir a uma sociedade do tipo primitivo, mas sim deverão ser
utilizadas de modo mais adequadas, no sentido de usufruir de
todos os benefício da nossa civilização.

10.4 Protecção do ecossistema

Quando o Homem aperceber –se da devastação que ele próprio


estava a provocar no mundo vivo e das consequências dessa
devastação, surge-lhe então lentamente a ideia da protecção a
fauna e a flora intimamente ligada `a defesa dos meios naturais.
Conservar a sua volta e as paisagens, a vegetação, a vida animal,
o equilíbrio biológico, é proporcionar ao Homem um meio são.
Guardar no nosso planeta as suas maravilhas riquezas e saber
usa-las sem as comprometer é, também indiscutivelmente,
garantir a sobrevivência da humanidade.

Para que essa protecção dos ecossistemas seja garantida, muitos


países criaram regulamentos que através de leis, regulamento,
decreto, normas e estudo de impacto sejam protegidos os
ecossistemas ou meio ambiente.
, Introdução à Ecologia Geral
157

Isto acontece a quando da implantação de industriais,


exploração mineira, não só como exploração de qualquer recurso
natural, devem ser observada a sustentabilidade desta
exploraçõa. Por isso por exemplo no nosso país as empresas que
corta árvores selvagens para obter a madeira, são muitas vezes
obrigados a fazer a reposição através de plantações das mesmas.

Como pode se sabe, que é considerado crime quando alguém


fizer uma queimada descontrolada, ou pesca de espécie em
extinção.

Então todas estas medidas visam a protecção dos ecossistemas


ou do meio ambiente.

10.5 Especie rara

Especie rara é o organismo que é muito infrequente ou escasso.


Esta designação pode ser aplicado para animais assim como
plantas e pode ser distinto de termo especie em perigo de
extinção ou espécie em ameaça.

O conceito de raro se estabelece em ter um numero muito


pequeno de individuos usualmente a baixo de 10.000, portanto
influenciado por uma distribuição geografica muito extreita e
com fragmentaçao de habitat.

Uma especie pode ser considerada ameaçada ou ser vulneravel


mas nao se considerar rara por exemplo quando tem uma
população grande, dispersa mas este de individuos pode declinar
rapidademente e perder -se. Enquanto as especies raras
geralmente se consideram ameaçadas simplesmente por sua
inabilidade de recoperação, o tamanho da população é pequeno
com tendencia de declinio da sua populaçao.
, Introdução à Ecologia Geral
158

10.6 Espécie em perigo de extinção

Uma espécie é considerada em perigo de extinção se o vegetal ou


o animal quando encontrar-se comprometida a sua existencia
globalmente. Istopode dever-se uma perda directa sobre a
especie com uma indirecta ateravés de desaparecimento
recursos a partir dos quais a especie depende, portanto açcão do
Homem ou pela desastre natural, a mudança natural do clima.

Urogallo, espécie em perigo de extinção.

Classificação

Status U.I.C.N. De acordo com a lista Roja de Especies


Ameaçadas da União Mundial para a Naturaleza (UICN) publicada
em 1997 se ordenaram as especies descritas neste livro em
siguintes categorias:

 Extinto: uma especie está extinta quando o último individuo


existente encontrou a morte ou morreu em estado selvagem no
futuro perto.

 Em Perigo Crítico: uma especie está em Perigo Crítico


quando enfrenta um risco extremadamente alto de extinção
, Introdução à Ecologia Geral
159

 Em Perigo: una especie está em Perigo quando não está


em Perigo Crítico mas está enfrentando alto risco muito alto de
extinção.

 Vulnervel: uma especie é Vulneravel quando não está em


Perigo Crítico, mas enfrenta um alto risco de extinção em
estado selvagem a médio prazo.

 Quase ameaçada: especies que se aproximam a ser


qualificadas como vulneraveis.

10.7 Reserva Biológica

A reserva biológica é uma das modalidades de Unidades de


Conservação instituídas pela Lei N.º 9.985, de 18 de julho de
2000 (conhecida como lei do “SNUC” – Sistema Nacional de
Unidades de Conservação).

Segundo esta mesma lei, as reservas biológicas são unidades de


proteção integral, ou seja, é proibido o uso direto de seus
recursos naturais (como mineração, extração de lenha, etc.),
excepto em casos previstos na lei como em pesquisa científica,
quando esta for previamente autorizada pelo órgão responsável
pela administração da reserva biológica e a atividade estiver
prevista em regulamento próprio.

O Artigo 10 da Lei do SNUC define a reserva biológica como


sendo uma área de preservação com o objectivo de preservação
“integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus
limites, sem interferência humana directa ou modificações
ambientais, exceptuando-se as medidas de recuperação de seus
ecossistemas alterados e as acções de manejo necessárias para
recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica
, Introdução à Ecologia Geral
160

e os processos ecológicos naturais.”

A reserva biológica é criada através de ato do poder público,


sendo de domínio e propriedade pública e, se necessário, as
áreas de seu entorno podem ser desapropriadas de acordo com o
que dispõe a lei. Assim como as outras unidades de conservação,
excepto RPPN e APA (Reserva Particular do Patrimônio Natural e
Área de Protecção Ambiental, respectivamente), a reserva
biológica deve possuir uma zona de amortecimento que terá suas
actividades económicas restringidas de acordo com o que
dispuser a legislação específica.

Ao todo, temos 40 reservas biológicas espalhadas pelas regiões


norte (oito), sul (sete), sudeste (dezesseis), nordeste (oito) e
centro-oeste (uma).

10.8 Exploração racional dos recursos naturais

A exploração racional e consciente dos recursos naturais foi


defendida pelo senador Eduardo Siqueira Campos (PFL-TO) por
ocasião do Dia Internacional do Meio Ambiente. A
compatibilidade entre a ocupação da terra e o uso dos recursos
naturais, entende o senador, envolve o conhecimento da
natureza, a disponibilidade de tecnologias adequadas de manejo
e de uso de recursos naturais e a consciência ecológica, que
transforma a preservação ambiental em uma das mais novas
questões éticas.

Esses pressupostos, afirmou o senador, precisam ser respaldados


por toda uma estrutura técnica e jurídica, que deveria ser uma
, Introdução à Ecologia Geral
161

preocupação constante dos governos, das universidades, da


imprensa, das empresas e da sociedade.

O senador lembrou que em 1995 o governador do Tocantins


unificou as Secretarias de Planejamento e do Meio Ambiente,
que passaram a constituir o Sistema Estadual de Planejamento e
Meio Ambiente, levando a questão ambiental para o centro da
formulação de estratégias governamentais. Ele também citou a
criação pioneira do curso de Engenharia Ambiental na Unitins.

Para ressaltar a importância da preservação ambiental, Eduardo


Siqueira Campos lembrou que nos últimos 50 anos o homem
destruiu mais de 30% dos recursos naturais disponíveis no
planeta e, desde o inicio da história da humanidade até os dias
actuais, 50% dos recursos naturais da Terra foram destruídos.

10.9 Leis ambientais de Moçambique e Convenções, acordos


tratado internacionais sobre o ambiente.

a) algumas convenções internacionais :

1969:
- Convenção sobre Conservação dos Recursos Vivos do
Atlântico.

- Convenção Internacional sobre Responsabilidade Civil por


Danos Causados por Poluição por Óleo;

- Convênio relativo à Intervenção em Alto Mar em caso de


Acidentes com Óleo,

1971:
- Convénio, acordo, sobre Responsabilidade Civil na Esfera
do
, Introdução à Ecologia Geral
162

- Convenção sobre Protecção Ambiental- países escandinavos


(Dinamarca, Finlândia, Suécia e Noruega);
- Convenção para Prevenção da Poluição Marinha por Fontes
Terrestres.
1990:
- Convenção Internacional sobre Poluição por Óleo;
- Convenção relativa a Segurança na Utilização de Produtos
Químicos no Trabalho

1991:
- Convenção Africana sobre o Banimento da Importação e
Controle do Movimento e Gerenciamento de Resíduos Perigosos
Transfronteiriços (Bamako);
- Protocolo ao Tratado Antártico sobre Protecção Ambiental;
- Convenção sobre Avaliação do Impacto Ambiental em
Contextos Transfronteiriços

1992:
- Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento;
-Agenda. 21;
- Princípios para a Administração Sustentável das Florestas;
- Convenção da Biodiversidade;
- Convenção sobre Mudanças Climáticas;
- Resolução da Assembléia Geral da ONU criando a Comissão
de Desenvolvimento Sustentável;
- Convenção para Protecção do Meio Ambiente do Atlântico
Nordeste;
- Convenção para Protecção do Mar Negro contra Poluição;
- Convenção para Protecção do Mar Báltico;
- Convenção sobre os Efeitos Transfronteiriços de Acidentes
Industriais;
, Introdução à Ecologia Geral
163

- Protocolo da Convenção Internacional para a


Conservação do Atum Atlântico

1993:
- Convenção sobre Responsabilidade Civil por Danos
Resultantes de Actividades Perigosas ao Meio Ambiente
(Conselho da Europa, CEE, outros países);

1994:
- Acordo para a Conservação da Fauna Aquática nos Cursos
dos Rios Limítrofes (Brasil e Paraguai);
- Convenção de Viena sobre Segurança Nuclear;
- Convenção Internacional de Combate à Desertificação nos
Países Afretados por Seca Grave e/ou Desertificação,
particularmente na África;
- Acordo sobre Cooperação para o Combate ao Tráfico Ilícito
de Madeira.

b)- lei Moçambicana sobre o ambiente:

ARTIGO 1

(Definições)

Para efeitos da presente lei

1. Actividade é qualquer acção de iniciativa pública ou


privada relacionada com a utilização ou exploração de
componentes ambientais a, aplicação de tecnologias ou
processos produtivos planos programas actos legislativos ou
regulamentares que afecta ou pode afectar o ambiente.
2. Ambiente é o meio ambiente que o homem e outros
seres vivos vivem e interagem entre se e com o próprio meio
inclui.
a) O ar a luz a terra e a água
, Introdução à Ecologia Geral
164

b) Os ecossistemas a biodiversidade e as relações


c) ecológicas.
d) Toda a matéria orgânica e inorgânica.
e) Todas as condições sócio-cuturais e económicas que
afectam a vida das comunidades.
3. Associações de defesa do Ambiente são pessoas
colectivas que tem como objectivo a protecção a conservação e
a valorização dos componentes ambientais Estas associações
podem ter âmbito internacional nacional regional ou local.
4. Auditora Ambiental é um instrumento de gestão e de
avaliação sistemática documentada e objectiva do
funcionamento e organização de sistema de gestão e dos
processos dos controlos e protecção do ambiente.
5. Avaliação do impacto Ambiental é um instrumento de
gestão ambiental preventiva e consiste na identificação e análise
prévia quantitativa dos efeitos ambientais benefícios e
perniciosos de uma actividade proposta.
6. Biodiversidade é a variedade entre os organismos vivos
de todas as origens incluindo os ecossistemas terrestres
marinhos e outros ecossistemas aquáticos assim como os
complexos ecológicos dos quais fazem parte compreende
a diversidade dentro de cada espécie entre as espécies e
de ecossistemas.
7. Componentes Ambientais são os diversos elementos que
integram o ambiente e cuja interacção permite o seu
equilíbrio, incluindo o ar, a água, o solo, o subsolo, a
flora, a fauna e todas as condições socio-económicas e de
saúde que afectam as comunidades, são também
designados correntemente por recursos naturais.
8. Degradação do Ambiente é a alteração adversa das
características do ambiente e inclui, entre outras, a
poluição, a desertificação, a erosão e o desflorestamento.
, Introdução à Ecologia Geral
165

9. Desflorestamento é a destruição ou abate


indiscriminado de matas e florestas sem a reposição
devida.
10. Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento
baseado numa gestão ambiental que satisfaz as
necessidades de geração presente sem comprometer o
equilíbrio do ambiente e a possibilidade de as gerações
futuras satisfazerem também as suas necessidades.
11. Desertificação é um processo de degradação do solo,
natural ou provocado pela remoção da cobertura vegetal
ou utilização predatória que, devido as condições
climáticas, acaba por transformá-lo num deserto.
12. Ecossistema é um complexo dinâmico de comunidades
vegetais, animais de microorganismos e o seu ambiente
não vive, que interagem como uma unidade funcional.
13. Erosão é o desprendimento da superfície do solo pela
acção natural dos ventos ou das águas, que muitas vezes
é intensificado por praticas humanas de retirada de
vegetação.
14. Estudo de impacto Ambiental é a componente de
processo de avaliação do impacto ambiental que analisa
técnica e cientificamente as consequências da
implantação de actividade de desenvolvimento sobre um
ambiente.
15. Gestão Ambiental é o meio e a utilização racional e
sustentável dos componentes ambientais, incluindo o seu
recuso, reciclagem, protecção e conservação.
16. Impacto Ambiental é qualquer mudança do ambiente,
para melhor ou para pior, especialmente com efeitos no
ar na terra, na água e na saúde das pessoas, resultantes
de actividades humanas.
, Introdução à Ecologia Geral
166

17. Legislação Ambiental abrange todo e qualquer


diploma legal que rege a gestão do ambiente.
18. Legislação Sectorial são os sistemas legais que regem um
componente ambiental específico.
19. Padrões de Qualidade Ambiental são os níveis
admissíveis de concentração de poluentes prescritos por
lei para os componentes ambientais com vista a adequá-
los a determinado fim.
20. Peritagem Ambiental é a investigação realizada por um
grupo integrando especialistas de idoneidade e
reputação reconhecidas, com vista a avaliar a gravidade e
custos dos danos causados ao ambiente.
21. População é a deposição, no ambiente de substâncias ou
resíduos, independentemente da sua forma, bem como a
emissão da luz, som e outras formas de energia, de tal
modo e em quantidade tal que afecta negativamente.
22. Qualidade do Ambiente é o equilíbrio e a sanidade do
ambiente, incluindo a adequação dos seus componentes
as necessidades do homem e de outros seres vivos.
23. Lixos ou Resíduos Perigosos são substâncias ou objectos
que se eliminam, que se tem a intenção de eliminar ou
que se é obrigado por ele a eliminar e que contem
características de risco por serem inflamáveis explosivos,
corrosivos, tóxicos, infecciosos ou radioactivo, ou por
apresentarem qualquer outra característica que constitua
perigo para a vida ou saúde do homem e de outros seres
vivos e para qualidade do ambiente.
24. Zonas Húmidas são áreas de pântanos brejo turfeira ou
água, natural ou artificial, permanente ou temporária
parada ou corrente, doce salobra ou salgada, incluindo as
águas do mar cuja profundidade na maré baixa não
excede seis metros, que sustentam a vida vegetal ou
, Introdução à Ecologia Geral
167

animal que requeira condições de satisfação


aquática do solo.

ARTIGO 2

(Objecto)

A presente lei tem como objectivo a definição das bases


legais para uma utilização e gestão correctas do ambiente e seus
componentes, com vista a materialização de um sistema de
desenvolvimento sustentável no pais.

ARTIGO 3

(Âmbito)

A presente lei aplica-se a todas as actividades públicas ou


privadas que directa ou indirectamente possam influir nos
componentes ambientais.

ARTIGO 4

(Princípios fundamentais)

A gestão ambiental baseia-se em princípios fundamentais


decorrentes no direito de todos os cidadãos a um ambiente
ecologicamente equilibrado, propicio a sua saúde e a seu bem-
estar físico e mental nomeadamente.
, Introdução à Ecologia Geral
168

a) Da utilização e gestão racionais de componentes


ambientais, com vista a promoção da melhoria da
qualidade de vida dos cidadãos e á manutenção da
biodiversidade e dos ecossistemas.
b) Do reconhecimento e valorização das tradições e do
saber da comunidades locais que contribuam para a
conservação e preservação dos recursos naturais do
ambiente.
c) Da precaução, com base na qual a gestão do
ambiente de priorizar o estabelecimento de sistema
de prevenção da actos lesivos ao ambiente de modo
a evitar a ocorrência de impactos ambientais
negativos significativos ou irreversíveis,
independentemente da existência de certeza
cientifica sobre a ocorrência de tais impactos.
d) Da visão global e integrada do ambiente, como um
conjunto de ecossistemas interdependentes,
naturais e construídos, que devem ser geridos de
maneira a manter o seu equilíbrio funcional sem
exceder os seus limites intrínsecos.
e) Da ampla participação dos cidadãos, como aspecto
crucial da execução do Programa Nacional de Gestão
Ambiental.
f) Da igualdade, que garante oportunidade iguais de
acesso e uso de recursos naturais a homens e
mulheres.
g) Da responsabilidade, com base na qual quem polui
ou de qualquer outra forma degrada o ambiente,
tem sempre a obrigação de reparar ou compensar
os danos dai decorrentes.
h) Da cooperação internacional, para a obtenção de
soluções harmónicas dos problemas ambientais,
, Introdução à Ecologia Geral
169

reconhecidas que são as suas dimensões


transfronteiriças e globais.

ARTIGO 5

(Conselho Nacional de Desenvolvimento Sustentável)

1. Com vista a garantir uma efectiva e correcta coordenação


e integração dos princípios e das actividades de gestão
ambiental no processo de desenvolvimento do país, é
criado o Conselho Nacional de Desenvolvimento
Sustentável.
2. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Sustentável é
um órgão consultivo do Conselho de Ministros e servem
também como fórum de auscultação da opinião pública
sobre questões ambientais.
3. Compete ao Conselho Nacional de Desenvolvimento
Sustentável:
a) Pronunciar-se sobre as politicas sectoriais
relacionadas com a gestão de recursos naturais.
b) Emitir parecer sobre propostas de legislação
complementar a presente Lei, incluindo as propostas
criadoras ou de revisão de legislação sectorial
relacionada com a gestão de recursos naturais do
pais.
c) Pronunciar-se sobre as propostas de ratificação de
convenções internacionais relativas ao ambiente.
d) Elaborar propostas de criação de incentivos
financeiros ou de outra natureza para estimular os
agentes económicos para a adopção de
procedimentos ambientalmente são os na utilização
quotidiana dos recursos do país.
, Introdução à Ecologia Geral
170

e) Propor mecanismos de simplificação e agilização


do processo de licenciamento de actividades
relacionadas com o uso de recursos naturais.
f) Formular recomendações aos ministros das diversas
áreas de gestão de recursos naturais sobre aspectos
relevantes das respectivas áreas.
g) Servir como foro de resolução de diferendos
institucionais relacionados com a utilização e gestão
de recursos naturais.
h) Exercer as demais funções que lhe foram cometidas
pela presente lei e pela demais legislação ambiental.
4. A composição e o funcionamento do Conselho Nacional
de Desenvolvimento Sustentável são regulados por
decreto do Conselho de Ministros.

ARTIGO 7

(Órgãos locais)

A nível local são criados serviços responsáveis pela


implementação de presente Lei, os quais garantem a
coordenação da acção ambiental a esse nível e a
descentralização na sua execução, de modo a permitir um
aproveitamento adequado das iniciativas e conhecimentos
locais.

ARTIGO 8

(Participação pública na gestão do ambiente)


, Introdução à Ecologia Geral
171

É obrigação do governo criar mecanismo adequados


para envolver os diversos sectores da sociedade civil,
comunidades locais, em particular as associações de defesa do
ambiente, na elaboração de politicas e legislação relativa á
gestão dos recursos naturais do país, assim como no
desenvolvimento das actividades de implementação do Programa
Nacional de Gestão de Ambiental.

ARTIGO 9

(Proibição de poluir)

1. Não é permitida, no território nacional, a produção, o


deposito no solo e no subsolo, o lançamento para a água
ou para a atmosfera, de quaisquer substancia tóxicas e
poluidoras, assim como a prática de actividades que
aceleram a erosão, a desertificação, o desflorestamento
ou qualquer outra forma de degradação do ambiente,
fora dos limites legalmente estabelecidos.
2. É expressamente proibida a importação para o território
nacional de resíduos ou lixos perigosos, salvo o que vier
estabelecido em legislação específica.

ARTIGO 10

(Padrões de qualidade ambiental)


, Introdução à Ecologia Geral
172

1. O Governo deve estabelecer padrões de qualidade


ambiental de modo a assegurar uma utilização
sustentável dos recursos do país.
2. Na definição dos padrões de qualidade ambiental, são,
igualmente, estabelecidas normas e prazos para a
adequação dos processos agrícolas e industriais, as
maquinas e aos meios de transportes e criados
dispositivos ou processos adequados para reter ou
neutralizar substâncias poluidoras.

ARTIGO 11

(Protecção do património ambiental)

O Governo deve assegurar que o património ambiental,


especialmente o histórico e cultural, seja objectos de medidas

Sumário

De uma forma sumaria, nesta unidade, discute-se o Homem


como agente modificador dos ecossistemas.

O Homem cria rupturas de equilíbrio ecológico, polui e


contamina o ecossistema de varias maneira.

Apesar do Homem ser agente modificador do ecossistema, há


um esforço para protecção da fauna e da flora a que está
intimamente ligada `a defesa dos meios naturais.
, Introdução à Ecologia Geral
173

Exercícios

1- Que alterações que o Homem faz no ecossistema?

2- Quais as causas que concorrem para alteração de


ecossistema?

3- Diferencie o ecossistema natural do artificial.

4- Mencione as medidas de proctecção do ecossistema.

5- Explique quando que uma espécie é rara espécies raras e


espécies em extinção

6- Oque –se entende pelas reservas biológicas?

Concorda que as leis ambientais de Moçambique e convenções


internacionais sobre o ambiente convergem? Justifique.

NB: Resolver e entreagar todos os exercícios

Unidade n°.11-B0036

Tema: População

Introdução
Caro estudante, nesta unidade iremos falar sobre a poluição no
que diz respeito à a taxa de natalidade, Mortalidade, Densidade,
Dispersão, crescimento e equilíbrio da população.

Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:


, Introdução à Ecologia Geral
174

 Ter conhecimento sobre factores que caracterizam uma


população.

Objectivos  Conhecer os factores que influenciam na população

 Conhecer crescimento e equilíbrio de uma população

11. População

População é formada pelo conjunto de individuos da mesma


espécies ou Individuo da mesma espécie que habitam a mesma
área, num mesmo tempo, mantendo entre se uma inteiração

INDIVÍDUO-É a unidade da população. Origina-se de um outro


indivíduo semelhante. Pode ter uma origem assexuada ou
sexuada. A reprodução sexuada é mais importante
evolutivamente pois permite a troca de material genético,
aumentando desta forma a diversificação, maior a capacidade de
adaptação.

ESPÉCIE

Conjuntos de populações constituídas por indivíduos


semelhantes e capazes de se entrecruzarem em condições
normais, originando descendentes férteis.

FACTORES QUE CARACTERIZAM UMA POPILAÇÃO

1 – Densidade

2 – Taxa
, Introdução à Ecologia Geral
175

3 – Dispersão

DENSIDADE

É a relação existente entre o número de indivíduos que


constituem a população pelo espaço

No indivíduos

D=

Espaço ocupado

-Natalidade

Taxa

- Mortalidade

NATALIDADE

Número de nascimento de indivíduos de uma determinada


população durante um certo tempo (dia, semana, mês, ano), num
determinado lugar.

No nascimentos

TN (área) =

tempo
, Introdução à Ecologia Geral
176

MORTALIDADE

Números de mortes de indivíduos de uma determinada


população durante um certo tempo (dia, semana, mês, ano) num
determinado lugar.

No de mortes

Tm (área) =

Tempo

DIPERSÃO

Em relação a dispersão podemos considerar dois casos:

a – dispersão propriamente dita

b – migração

DISPERSÃO PROPRIAMENTE DITA

É um caso passivo, em que o organismo é levado por um factor


qualquer, vento, água, insecto etc. É através desta dispersão que os
organismos aumentam sua área de vivência. Por exemplo – a dispersão
das sementes, a dispersão dos gâmetas de organismos aquáticos.

MIGRAÇÃO

É um processo activo, em que um indivíduo por certo problema, falta


de espaço, de alimento, deixa de participar de uma população e passa a
, Introdução à Ecologia Geral
177

praticar de outra população. É um caso de sobrevivência. Na


migração temos duas fases;

FASES

a – emigração

b – imigração

EMIGRAÇÃO

Corresponde a saída de indivíduo, ele é, pois, um emigrante.

IMIGRAÇÃO

É a Chegada do indivíduo á outra população. Em relação a esta


segunda população ele é um emigrante.

Migração

Imigração Emigração

FACTORES QUE INFLUEM NA POPULAÇÃO

a – factores abióticos

b – factores bióticos

FACTORES ABIÓTICOS

São os factores físicos-quimicos:

a – alimento
, Introdução à Ecologia Geral
178

b – espaço

c – clima

A) ALIMENTO

O crescimento de uma população está na dependência da quantidade


de alimento disponível. Na presença de grande quantidade de alimento
a população cresce bastante, aumentando a taxa de natalidade e de
imigração.

B) ESPAÇO

Do mesmo modo que o alimento, o espaço é fundamental para o


crescimento da população. Quando o números de indivíduos
torna-se grande e o espaço reduzido, o comportamento dos
indivíduos começa a sofrer modificações, passando a ter atitudes
que normalmente o indivíduo não teria. As fêmeas abandonam a
prole, as brigas predominam.

Uma grande população numa pequena área pode provocar


profundas repercussões no comportamento dos indivíduos,
inclusive na espécie humana. O espaço juntamente com o
alimento torna-se uma verdadeira barreira para a sobrevivência
humana.

C) CLIMA

É o responsável pelos tipos de populações de uma determinada


área, bem como de seu comportamento. Entende-se por clima o
conjunto de vários factores, como, temperaturas, ventos, chuvas,
, Introdução à Ecologia Geral
179

humidade, pressão. A vegetação por exemplo é


consequência do clima.

FACTORES BIÓTICOS TIPOS

São aqueles em há participação de organismos vivos. Tipos:

a – predatismo

b – parasitismo

O tamanho da população está na dependência da presença de


organismos predadores e parasitas, que possuem um efeito
negativo retardando o crescimento de uma população.
Aparentemente estes factores que parecem totalmente
negativos, na realidade possuem uma importância muito grande
evitando que a população cresça bastante e sofra a acção de
outros factores piores, além de contribuir como um factor de
selecção, provocando um processo evolutivo nas populações.

CRESCIMENTO E EQUILIBRIO DE UMA POPULAÇÃO

CRESCIMENTO

O crescimento de uma população obedece a uma curva de


crescimento que está representada por 3 fases distintas.

1.a FASE

Crescimento lento é uma fase de adaptação. O gráfico é


representado por uma curva exponencial.
, Introdução à Ecologia Geral
180

No. Ind.

2.a FASE

Crescimento rápido, uma vez que a população já se adaptou ao


ambiente. O crescimento ocorre com uma velocidade constante,
tanto que esta fase é representada por uma recta.

No. Ind.

3.a FASE

A velocidade de crescimento sofre um redução, tendendo e entrar em


equilíbrio.

No.

CURVA DE CRESCIMENTO

Também conhecida como curva sigmóide, pela semelhança com a letra


sigam.
, Introdução à Ecologia Geral
181

a) fase de adaptação (curva


esponecial)
b) fase de desenvolvimento rápido
c) Fase em que diminui o
crescimento da população.

no ind.

A A=teórico

B=real

tempo

POPULAÇÃO EM EQUILÍBRIO

OSCILAÇÃO. FLUTUA

É aquela que está sofrendo variações que podem ser;

Pequena variação (oscilação)

Grande variação (flutuação)

N . ind

t
, Introdução à Ecologia Geral
182

TIPOS DE POPULAÇÃO

NÃO CONTROLADA

É aquela em que não há resistência ambiental para o seu crescimento.


Ela cresce com uma velocidade máxima.

EQUAÇÃO

A equação da velocidade de crescimento da população não controlada


foi enunciada por Quetelet e Verhulst. Segundo estes autores, “A
velocidade de crescimento de uma população não controlada varia com
o tamanho da própria população”.

R= ku . N

R= Velocidade de crescimento de uma população não controlada

ku = Constante da população, denominada de potencial biótico da


população

N= número de indivíduos da população – tamanho da população

POTENCIAL BIÓTICO

É a capacidade de crescimento da população. Toda população tem o


seu potencial biótico.

CONTROLADA

É a população que sofre resistência ambiental. Ela cresce com uma


velocidade inferior á velocidade máxima.

EQUAÇÃO
, Introdução à Ecologia Geral
183

R=kc . N2

R = Velocidade de crescimento da
população controlada.

kc = Constante que indica a resistência ambiental

N= Número de indivíduos – tamanho da população.

EQUAÇÃO FINAL

A equação da velocidade de crescimento da população é dada por


uma diferença:

R = Ru – Rc ou

R = ku N – kcN2

DISCUSSÃO

A população cresce quando o potencial biótico da população for bem


maior do que a resistência
ambiental.
Ku >>>> kc => cresce

Quando a resistência ambiental for igual ou maior que potencial


biótico, a população decresce.

Ku < kc => decesce

RESISTENCIA AMBIENTAL

Soma de factores físicos e biológicos que impedem uma


população de se de se reproduzir uma velocidade máxima
, Introdução à Ecologia Geral
184

Potencial

biótico curva de

crescimento

Sumário

De uma forma sumária, população é formada pelo conjunto de


individuos da mesma espécies.

A população é influenciada por vários factores como biótico e


abiótico, para além de factores biótico e abiótico, a população
tem outros elementos que a caracteriza como: taxa de natalidade
e mortalidade e dispersão.

O crescimento de uma população obedece a uma curva de


crescimento que está representada por 3 fases distintas.

1.a fase

Crescimento lento é uma fase de adaptação. O gráfico é


representado por uma curva exponencial.

2.a fase

Crescimento rápido, uma vez que a população já se adaptou ao


ambiente. O crescimento ocorre com uma velocidade constante,
tanto que esta fase é representada por uma recta.

3.a fase
, Introdução à Ecologia Geral
185

A velocidade de crescimento sofre um redução, tendendo e


entrar em equilíbrio.

Exercícios não resolvidos e resolvidos.

1. Quais são os 4 factores que afectam a densidade


de uma população?

2. Quais as causas de explosão demográfica? Que


medidas podem atenuar as consequências negativas
deste crescimento?

3. sub condições ideais de que depende o


crescimento de uma população?

4. Concentue potencial biótico e resistência do meio.

NB: resolver e entregar os exercícios de 1 até 4.

Numa relação de equilíbrio entre o número de


predadores e o número de presas, assinalar a
alternativa correcta:

a) Aumentan
do a população de presas, haverá um aumento igual na
população predadora.
, Introdução à Ecologia Geral
186

b) Aument
ando a população predadora. Haverá um decréscimo
igual na população de presas.
c) Em ambos
os tipos de flutuação apresentados em a e b, o número
de predadores tende a sofrer um atraso em relação os
das presas.
d) Em ambos
os tipos de flutuação apresentados em a e b, o número
de presas tende a sofrer atraso em relação ao dos
predadores.
e) Não há
relação entre a variação das presas e dos predadores.

Resolução:

O gráfico que relaciona população de presa com a de


predador é muito comum. Em relação a este gráfico
devemos dizer que não existe uma simetria entre
ambas as populações, isto é, no momento em que a
população de presa está crescendo, obrigatoriamente a
de predador também está crescendo.

O verdadeiro gráfico de presa e predador mostra uma assimetria


nas curvas, dando um atraso na população de predadores em
relação á das presas.

presas

Predadores

x
, Introdução à Ecologia Geral
187

Duas espécies de protozoários foram colocadas no mesmo frasco


contendo um meio de cultura. Sabe-se que o potencial biótico da
espécie I é de 1,46 e o da espécie II é de 0,88. O factor de
decréscimo da população da espécie I é de 0,006 e o da espécie II
é de 0,13. Com base nestes dados, qual é o gráfico que
representa as curvas de crescimento das populações I e II?

a) N. ind. b) N. ind

II II II

tempo tempo I
I

d) N. ind. e) N. ind. I

II II

O examinador forneceu o potencial biótico (ku) e a resistência


ambiental (kc) das duas populações:

ku kc
, Introdução à Ecologia Geral
188

Pop 1 1,46 0,006

Pop 2 0,88 0,13

Podemos verificar que a população I possui um grande potencial


biótico (1,46) e está sujeito a pequena resistência ambiental
(0,006).

R1 = ku N – kc N2

R1 = 1,46 N – 0,006 N2

A população II está sujeita a um baixo potencial biótico e alta


resistência ambiental.

R2 = 0,88 N – 0,13 N2

Comparando-se as duas equações vamos verificar que a


população I em uma velocidade sempre maior que II.

Qual dos seguintes fenómenos seria uma das causas da


duplicação da população da Europa no período de 1750 a 1850?

a) A formulação da teoria de Malthus.


b) Os casamentos passarem a ser mais tardios.
c) A batata e o milho foram introduzidos pelos
navegantes.
d) Os novos mundos descobertos começaram a
ser povoados.
e) Houve surtos de algumas doenças causadas
por bactérias.

Resolução:
, Introdução à Ecologia Geral
189

Neste teste é pedido na realidade um factor que influi no


crescimento da população, e este factor está representado pelo
alimento (batata e milho).

Resolução:

A curva representa a 1ª fase de crescimento da população. E uma


fase de crescimento lento, adaptação, que é dada pela curva
exponencial.

No ind.

Nos gráficos abaixo indicamos a variação dos tamanhos das


populações de um predador (representado por linha
continua: ________________) e de uma presa (representando pró linha
interrompida: - - - - - - -.).

Qual dos gráficos deve corresponder a uma situação real?

a) b) c)
, Introdução à Ecologia Geral
190

d) e)

Resolução:

Os gráficos representam as variações dos tamanhos das


populações presas e predadores, isto indica que a situação real
deverá ser indicado por um gráfico assimétrico, em que a
população de predador está em atraso em relação á população
de presa.

O melhor gráfico, dos abaixo que retrata a situação de 2


populações, uma de predadores (linha cheia) e outra de presas
(linha interrompida) EM EQUILÍBRIO é o:

a) No. b) No c) No

t t t
, Introdução à Ecologia Geral
191

t t

o o
d) N . e) N .

Resolução:

População em equilíbrio é aquele que está sofrendo


variações.

O gráfico No 1, abaixo, refere-se a uma população bem


adaptada ao seu meio ambiente. Considerando-se, a partir de um
dado momento, uma alteração brusca deste meio, as curvas de
distribuição sofrerão mudanças graduais no decorrer do tempo,
até que a taxa de selecção volte a se estabilizar.

Indique a sequência prevista destas curvas, em função do


tempo, a partir da mudança ambiental.

a) 2-3-4-1.
b) 3-1-2-4.
c) 1-2-3-4.
d) 4-3-2-1.
e) 4-2-3-1.
, Introdução à Ecologia Geral
192

frequência frequência

Genótipos Genótipos

frequência frequência

Genótipos Genótipo

genótipos que tendem ser eliminados

Resolução:

Com a alteração brusca na população bem adaptada


teremos a sequência: 4-3-2-1.

Um biólogo, querendo calcular o número de certos insectos (N)


que viviam em determinada região, capturou uma amostra de
100 indivíduos (S1) marcou-os e libertou-os novamente. Algum
tempo depois colectou uma amostra igual (S2) e verificou que,
nela, havia 10 indivíduos marcados (S3).

Com esses dados pode afirmar que a população de insectos na


área era de 1.000 indivíduos, uma vez que:
, Introdução à Ecologia Geral
193

a) S2 : N : : S1 : S2
b) N : S2: : S1 : S2
c) N : S1 : : N : S3
d) N : S1 : : S3 : S2
e) S1 : N : : S3 : S2

Resolução:

Seja uma população de N indivíduos dos quais S1 são


capturados e marcados e, em seguida, soltos. Ao fim de certo
tempo captura-se de novo S2 indivíduos dos S3 são marcados.

S S3 S1 X S2 100 x100

= N= N= = 1000

N S2 S3 10
, Introdução à Ecologia Geral
194

Bibliografia:

1- Biologia – Pre-Universitaria N˚2 Ecologia, Derzele Ariza e


Luís Carlos Belinello.
2- Biologia – Pre-Universitaria N˚2 Ecologia, Derzele Ariza e
Luís Carlos Belinello
3- Biologia- o homem na biosfera, 8 ano de escolaridade,
Amparo Dias da Silva, Fernando Gramaxo, Jorge Mesquita
4- Ecologia, Estudo das relações entre os organismos e entre
eles o ambiente Universidade Eduardo Mondlane, Facudade
de Educação
5- http://www.micro.utexas.edu/courses/levin/bio3
04/biomes/
6- TAIGA/taiga.finlan

7- http://www.direito2.com.br/asen/2001/jun/11/eduardo-
exploracao-de-recursos-naturais-deve-ser-racionald.html.

8. http://www.rc.unesp.br/ib/biologia/ebpa/arquivos/art%2
0marin/Aspectos%20gerais%20da%20Ecologia%20aula1.pdf

Você também pode gostar