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Moçambique-Beira
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Agradecimentos
A Universidade Católica de Moçambique-Centro de Ensino `a Distância e o autor do presente manual,
dr. Assane Ussene, agradecem a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na eleboração
deste manual.
Unidades de Estudo-B0220
Unidade 01. Fermentação ...................................................................................................... 05
Unidade 02. A Glicólise ........................................................................................................... 09
Unidade 03. Ciclo de Krebs ..................................................................................................... 14
Unidade 04. Cadeia Respiratória ............................................................................................. 20
Unidade 05. A Fotossintese .................................................................................................... 25
Unidade 06. Os Pigmentos Fotossintéticos.................................................................................32
Unidade 07. Os Fotossistemas...................................................................................................37
Unidade 08. Ciclo de Calvin........................................................................................................43
Unidade 09. Fotorespiração...................................................................................................... .47
Unidade 10. Fotossintese de Quatro Carbonos..........................................................................51
Unidade 11. Metabolismo de Acidos dos Crussaláceos.............................................................55
Unidade 12. Ecologia da Fotossintese.......................................................................................59
Unidade 13. Processo Fisiologico do Transporte.......................................................................64
Unidade 14. Mecanismo de Transporte......................................................................................69
Unidade 15. Transporte: Endocitose e Exocitose......................................................................79
Unidade 16. Potencial Hídrico nas Plantas.................................................................................82
Unidade 17. Sistema Osmótico da Planta..................................................................................89
Unidade 18. Transpiração e Gutação.........................................................................................91
Unidade 19. Balanço do Metabolismo do Azoto.........................................................................96
Unidade 20. As Auxinas e Giberelinas......................................................................................102
Unidade 21. Citocinas, Acido Abscisico e Etileno.....................................................................108
Unidade 22. Aplicação Económica das Fitohormonas..............................................................112
Unidade 23. Movimentos Vegetais............................................................................................116
Unidade 16. Movimentos de Locomoção ou Deslocação..........................................................119
i
ii
Visão Geral
Objectivos da Cadeira
Quando caro estudante, terminar o estudo da Fisiologia Vegetal, deverá
ser capaz de:
1
Como está estruturado este Módulo
Todos os manuais das cadeiras dos cursos oferecidos pela Universidade
Católica de Moçambique-Centro de Ensino `a Distância (UCM-CED)
encontram-se estruturados da seguinte maneira:
Páginas introdutórias
Um índice completo.
Uma visão geral detalhada da cadeira, resumindo os aspectos-
chave que você precisa conhecer para completar o estudo.
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes
de começar o seu estudo.
Conteúdo da cadeira
A cadeira está estruturada em unidades de aprendizagem. Cada unidade
incluirá, o tema, uma introdução, objectivos da unidade, conteúdo
da unidade incluindo actividades de aprendizagem, um sumário da
unidade e uma ou mais actividades para auto-avaliação.
Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma
lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem
incluir livros, artigos ou sites na internet.
Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação
Tarefas de avaliação para esta cadeira, encontram-se no final de cada
unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para
desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes
elementos encontram-se no final do manual.
Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários
sobre a estrutura e o conteúdo da cadeira. Os seus comentários serão
úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este manual.
Ícones de Actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens
das folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do
processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de
texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.
1
Habilidades de Estudo
Caro estudante, procure olhar para você em três dimensões
nomeadamente: O lado social, professional e estudante, dai ser
importante planificar muito bem o seu tempo.
Procure reservar no mínimo 2 (duas) horas de estudo por dia e use ao
máximo o tempo disponível nos finais de semana. Lembre-se que é
necessário elaborar um plano de estudo individual, que inclui, a data, o
dia, a hora, o que estudar, como estudar e com quem estudar (sozinho,
com colegas, outros).
Evite o estudo baseado em memorização, pois é cansativo e não produz
bons resultados, use métodos mais activos, procure desenvolver suas
competências mediante a resolução de problemas específicos, estudos
de caso, reflexão, etc.
Os manuais contêm muita informação, algumas chaves, outras
complementares, dai ser importante saber filtrar e apresentar a
informação mais relevante. Use estas informações para a resolução dos
exercícios, problemas e desenvolvimento de actividades. A tomada de
notas desenpenha um papel muito importante.
Um aspecto importante a ter em conta é a elaboração de um plano de
desenvolvimento pessoal (PDP), onde você reflecte sobre os seus
pontos fracos e fortes e perspectivas o seu desenvolvimento.
Lembre-se que o teu sucesso depende da sua entrega, você é o
responsável pela sua própria aprendizagem e cabe a ti planificar,
organizar, gerir, controlar e avaliar o seu próprio progresso.
Precisa de Apoio?
Caro estudante, temos a certeza de que por uma ou por outra situação, o
material impresso, lhe pode suscitar alguma dúvida (falta de clareza,
alguns erros de natureza frásica, prováveis erros ortográficos, falta de
clareza conteudística, etc). Nestes casos, contacte o tutor, via telefone,
escreva uma carta participando a situação e se estiver próximo do tutor,
contacte-o pessoalmente.
Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o
estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o tutor,
usando para o efeito os mecanismos apresentados acima.
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interação, em caso de
problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado, numa
fase posterior contacte o coordenador do curso e se o problema for da
natureza geral, contacte a direcção do CED, pelo número 825018440.
Os contactos so se podem efectuar, nos dias úteis e nas horas normais
de expediente.
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante,
tem a oportunidade de interagir com todo o staff do CED, neste período
pode apresentar dúvidas, tratar questões administrativas, entre outras.
O estudo em grupo, com os colegas é uma forma a ter em conta, busque
apoio com os colegas, discutam juntos, apoiem-me mutuamnte, reflictam
sobre estratégias de superação, mas produza de forma independente o
seu próprio saber e desenvolva suas competências.
Juntos na Educação `a Distância, vencedo a distância..
2
Tarefas (avaliação e auto-avaliação)
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e
auto-avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é
importante que sejem realizadas.As tarefas devem ser entregues antes
do período presencial.
Para cada tarefa serão estabelecidos prazaos de entrga, e o não
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do
estudante.
Os trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem ser
dirigidos ao tutor/docentes.
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo
os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os
direitos do autor.
O plagiarismo deve ser evitado, a transcrição fiel de mais de 8 (oito)
palavras de um autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade,
humildade científica e o respeito pelos direitos autorais devem marcar a
realização dos trabalhos.
Avaliação
Vocé será avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e o
período presencial (20%). A avaliação do estudante é regulamentada
com base no chamado regulamento de avaliação.
Os trabalhos de campo por ti desenvolvidos, durante o estudo individual,
concorrem para os 25% do cálculo da média de frequência da cadeira.
Os testes são realizados durante as sessões presenciais e concorrem
para os 75% do cálculo da média de frequência da cadeira.
Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões
presenciais, eles representam 60%, o que adicionado aos 40% da média
de frequência, determinam a nota final com a qual o estudante conclui a
cadeira.
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira.
Nesta cadeira o estudante deverá realizar: 2 (dois) trabalhos; 1 (um)
teste e 1 (exame).
Não estão previstas quaisquer avaliações orais.
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizadas
como ferramentas de avaliação formativa.
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em
consideração: a apresentação; a coerência textual; o grau de
cientificidade; a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a
indicação das referências utilizadas, o respeito pelos direitos do autor,
entre outros.
Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no manual.
Consulte-os.
Alguns feedbacks imediatos estão apresentados no manual.
3
Unidade 01
Tema: Fermentação
Introdução
Portanto, nesta unidade esta convidado para uma discussão activa sobre
os mecanismos ou formas de obtenção de energia nas plantas.
Definir fermentação;
Explicar o processo de fermentação;
Descrever o processo de fermentação;
Objectivos Distinguir os diferentes tipos de fermentação;
Calcular o rendimento energético da fermentação.
Fermentação
Um dos principais problemas dos seres vivos é a obtenção de energia
para as suas actividades. De acordo com a teoria heterotrófica, os
primeiros seres vivos seriam procariontes heterotróficos vivendo num
meio aquático, donde retirariam nutrientes, formados na atmosfera e
acumulados nos lagos e oceanos primitivos. Devido á sua grande
simplicidade, estes seres utilizariam processos igualmente rudimentares
de retirar energia dessas moléculas de que se alimentavam. Esse
mecanismo seria, quase com certeza, semelhante à fermentação
realizada ainda por muitos organismos actuais.
5
Há mais de 2 mil milhões de anos, deverão ter surgido os primeiros
organismos autotróficos, procariontes ainda mas capazes de produzir o
seu próprio alimento através da fotossíntese. Este processo
revolucionário, além de permitir a sobrevivência dos autotróficos,
também serviu os heterotróficos, que passaram a alimentar-se deles. A
fotossíntese levou á acumulação de oxigénio na atmosfera terrestre,
permitindo a algumas estirpes de procariontes tirar partido do poder
oxidante dessa molécula para retirar muito mais energia dos nutrientes,
através da respiração. Os organismos retiram energia das mais diversas
moléculas orgânicas (açucares, aminoácidos, ácidos gordos, etc.) mas a
glicose é a mais frequente, tanto na fermentação como na respiração.
Fermentação
A fermentação é um conjunto de reacções químicas controladas
enzimaticamente, em que uma molécula orgânica (geralmente a glicose)
é degradada em compostos mais simples, libertando energia. Este
processo tem grande importância económica, sendo utilizado no fabrico
de bebidas alcoólicas e pão, entre outros alimentos. Estudos realizados
por Pasteur permitiram verificar que a fermentação alcoólica estava
sempre associada ao crescimento de leveduras, mas que se estas
fossem expostas a quantidades importantes de oxigénio produziriam (em
vez de álcool e dióxido de carbono) água e dióxido de carbono.
6
Equação: Fermentação Alcoólica. Fonte: Metabolismo Energético.
Sumário
Um dos principais problemas dos seres vivos é a obtenção de energia
para as suas actividades. De acordo com a teoria heterotrófica, os
primeiros seres vivos seriam procariontes heterotróficos vivendo num
meio aquático, donde retirariam nutrientes, formados na atmosfera e
acumulados nos lagos e oceanos primitivos. A fotossíntese levou á
acumulação de oxigénio na atmosfera terrestre, permitindo a algumas
7
estirpes de procariontes tirar partido do poder oxidante dessa molécula
para retirar muito mais energia dos nutrientes, através da respiração.
8
Unidade 02
Tema: A Glicólise
Introdução
Caro estudante, bem vindo ao estudo da unidade sobre glicólise. Na
unidade sobre os carbohidratos, já tinhamos feito referência que eles são
a principal fonte de energia para as células vivas, quer animais ou
vegeais.
Definir a glicólise;
Compreender a glicólise;
Explicar cada etapa da glicólise;
Interpretar esquemas da glicólise;
Objectivos
Cacterizar as etapas das reacções da glicólise;
Calcular o rendimento energético da glicólise.
A Glicólise
9
da glicose e dos demais compostos energéticos (ácidos graxos e
aminoácidos).
10
Passo 7: Transferência do grupo fosfato de alta energia gerado no
passo 6 ao ADP para formação de ATP
11
Sumário
A glicose é o principal substrato para as reacções energéticas, sendo a
glicólise o principal processo de utilização energética da glicose,
presente em todos os seres vivos, desde a mais antiga e simples
bactéria até o mais recente e complexo organismo multicelular. A
glicólise, é um processo essencialmente anaeróbico, com o metabolismo
aeróbico produzindo quase vinte vezes mais energia para os processos
metabólicos intracelulares. Primariamente, a glicólise é um processo
anaeróbio onde se observa a formação de um produto final estável
(lactato) e em condições de aerobiose, o metabolismo da glicose
prossegue com as demais vias produtoras de energia (ciclo de Krebs e
cadeia respiratória) mas somente se a célula possuir mitocôndrias
funcionais, uma vez que esses processos são todos intramitocondriais.
12
1. A glicólise é a primeira via metabólica da molécula de
glicose e outras hexoses. Explique porque?
R: Todos os seres vivos (a excepção dos vírus) realizam,
invariavelmente, a glicólise seja em condições de
aerobiose ou de anaerobiose, com as enzimas glicolíticas
presentes no citoplasma.
2. A glicólise ocorre em 10 passos. Descreve os eventos
dos passos 1 e 4.
R: Passo 1: fosforilação da glicose pelo ATP, formando um
Exercicios açúcar fosforilado. A Carga negativa do fosfato impede a
passagem do açúcar fosforilado pela membrana
plasmática, mantendo-o dentro da célula e passo 4:
clivagem de açúcar com 6 carbonos e produção de 2
moléculas de 3 carbonos cada, somente o gliceraldeído-3-
fosfato prosegue pela glicólise
3. Qual é o destino do piruvado na ausência do oxigénio?
R: Na ausência de oxigénio o piruvato e degradado no
citosol formando lactato ou etanol dependendo das
condições e organismo onde ocorre.
13
Unidade 03
Introdução
O Ciclo de Krebs
15
A acetil-CoA também é originária da degradação de ácidos graxos (β-
oxidação) apartir da mobilização dos triglicerídeos armazenados nos
adipócitos e também dos aminoácidos originários da degradação das
proteínas (alanina, treonina, glicina, serina, cisteína, fenilalanina, tirosina,
leucina, lisina e triptofano).
16
com a finalidade de regenerar o oxalacetato, molécula iniciadora do ciclo,
permitindo o prosseguimento do metabolismo da acetil-CoA
17
Sumário
O Ciclo de Krebs, também chamado Ciclo do Ácido Tricarboxílico ou
Ciclo do Ácido Cítrico, é a mais importante via metabólica celular. Ocorre
sob a regência de enzimas mitocondriais, em condições de aerobiose,
após a descarboxilação oxidativa do piruvato a acetil-CoA, após o final
da glicólise. A acetil-CoA também é originária da degradação de ácidos
graxos (β-oxidação) apartir da mobilização dos triglicerídeos
armazenados nos adipócitos e também dos aminoácidos originários da
degradação das proteínas. Os corpos cetônicos também podem ser
degradados em acetil-CoA e aproveitados pelos músculos e neurônios.
Todos esses compostos são sintetizados a partir da acetil-CoA e por isso
podem ser convertidos nela quando há necessidade energética.
18
1. Como ocorre o ciclo de Krebs?
R: Ocorre sob a regência de enzimas mitocondriais, em
condições de aerobiose, após a descarboxilação oxidativa
do piruvato a acetil-CoA, após o final da glicólise.
2. Quais são as vias de obtenção de A acetil-CoA?
R: Degradação de glicose, degradação de ácidos graxos
(β-oxidação) e degradação de proteinas, degradação dos
corpos cetônicos.
3. Explique as epatas 3 e 8 do Ciclo de Krebs.
Exercicios R: Passo 3: Oxidação do citrato a α-cetoglutarato:
catalisada pela enzima isocitratodesidrogenase, utiliza o
NADH como transportador de 2 hidrogênios liberados na
reacção, havendo o desprendimento de uma molécula de
CO2, a primeira da acetil-CoA. Há a formação de oxalo-
succinato como intermediário ligado à enzima. Passo 8:
Desidrogenação do malato com a regeneração do
oxalacetato: catalisada pela enzima malato-
desidrogenase, utiliza o NADH como transportador de 2
hidrogênios liberados na reação.
19
Unidade 04
Introdução
Caro estudante, bem vindo ao estudo da unidade sobre cadeia
respiratória. A degradação da molécula da glicose para geração de
energia, não termina com as reaccões da glicólise nem no ciclo de
Krebs.
A Cadeia Respiratória
O Ciclo de Krebs somente produz um ATP no nível dos substratos. Os
Os 4 pares de hidrogênios e os elétrons retirados durante o ciclo são
transportados para a cadeia respiratória para a produção de:
20
pelo NADH e FADH2, gerados não só do ciclo de Krebs, mas de qualquer
outra reação metabólica celular. A síntese de ATP resultante do
transporte de elétrons, ocorre em virtude da energia livre liberada
durante o fluxo de prótons que ocorre entre os complexos transportado
res de elétrons e prótons que comunicam a matriz mitocondrial e o
espaço intermembrana. Quando o NAD+ se reduz, formando NADH, nas
reações de desidrogenação nas quais participa como co-fator enzimático
dentro da matriz mitocondrial, há a passagem imediata dos elétrons, que
retirou do substrato, para o complexo protéico denominado Complexo da
NADH-desidrogenase ou Complexo I, que é composto por mais de 25
flavoproteínas fixas na matriz mitocondrial que comunicam a matriz com
o espaço intermembrana.
21
cobre que possibilita o transporte de elétrons para o aceptor final, o
oxigênio (O2).
22
Esquema das Reacções da Cadeia Respiratório mostrando os Complexos. Fonte:
Fundamentos de Bioquimica (Ricardo Viera)
2 ATP 2 2
Glicólise
4 NADH2 4x3 12
2 NADPH2 2x3 6
38
2 x Ciclo de
Krebs 4 NADH2 4x3 12
2 FADH2 2x2 4
2 GTP 2x1 2
Sumário
O Ciclo de Krebs somente produz um ATP no nível dos substratos. Os 4
pares de hidrogênios e os elétrons retirados durante o ciclo são
transportados para a cadeia respiratória para a produção de: 3 ATP (por
23
cada par de hidrogênios transportado pelo NADH) e 2 ATP (por cada par
de FADH2. O O2 serve de aceptor final dos hidrogênios (e elétrons)
gerando uma molécula de H2O por cada par de elétrons que são
transportados pelo NADH e FADH2, gerados não só do ciclo de Krebs,
mas de qualquer outra reacção metabólica celular.
24
Unidade 05
Tema: A Fotossintese
Introdução
Definir fotossíntese;
Explicar o processo da fotossíntese;
Caracterizar as etapas da fotossíntese;
Descrever as etapas da fotossíntese;
A Fotossintese
Todo mundo já ouviu falar que as plantas obtém a sua energia através
da fotossíntese. A fotossíntese é um dos mais importantes fenômenos da
biologia, e tem importância não só para as plantas mas para todos os
seres vivos da Terra. A constante "purificação" do ar atmosférico, dele
retirando o dióxido de carbono (CO2) e a ele devolvendo oxigênio livre
((O2)), garante a nossa respiração, mas vamos falar apenas da
importância para as plantas, que é o nosso caso no aquarismo.
25
A fotossíntese ocorre em duas etapas, chamadas de fase luminosa e
fase escura:
Fase Luminosa
A Fotofosforização Cíclica:
26
A Fotofosforização Acíclica:
Fotólise da Água
2 H2O ---------> O2 + 4 H+ + 4 e
27
O oxigénio produzido pela fotólise da água é eliminado para a atmosfera
e os electrões vão substituir os electrões perdidos pela clorofila P 680
durante a fotofosforilação acíclica, permitindo que regresse á sua forma
+ 2-
reduzida. Os protões H são captados pelo NADP , originando NADPH2.
Fase Escura
28
Mesmo que três factores estejam com valores satisfatórios, se o quarto
não estiver, o faltante agirá como "factor limitante", impedindo que a
fotossíntese ocorra com intensidade máxima. Como todo ser vivo, a
planta também respira. Pela respiração, ela também consome oxigênio.
Exactamente o contrário do que faz pela fotossíntese. Uma planta
mantida na ausência de luz não realiza a fotossíntese, mas consome
oxigênio. Então, a planta consome mais oxigênio do que libera, mas se
formos aumentando gradativamente a luz, a fotossíntese será
estabelecida até sua intensidade superar a da respiração.
29
Sumário
A fotossíntese é um dos mais importantes fenômenos da biologia, e tem
importância não só para as plantas mas para todos os seres vivos da
Terra. A fotossíntese ocorre em duas etapas, chamadas de fase
luminosa e fase escura. Quando a planta é submetida à acção da luz, a
energia luminosa activa as moléculas de clorofila, e então se inicia a fase
luminosa, que compreende dois fenômenos que ocorrem paralelamente:
a fotofosforização cíclica e a fotofosforização acíclica. Os electrões que
saem da “clorofila b” não regressam a ela (daí a designação de acíclica).
São, no entanto, repostos pela água, que funciona como ponto de partida
deste fluxo de electrões. Este facto verifica-se pois ocorre fotólise da
água, em presença de luz e clorofila.
30
luminosa que atinge a planta; quantidade de CO2 disponível;
temperatura e minerais.
31
Unidade 06
Introdução
Os Pigmentos Fotossintéticos
Os pigmentos que participam da fotossíntese incluem as clorofilas, os
carotenóides e as ficobilinas. Há vários tipos de clorofila que diferem
entre si devido a detalhes de sua estrutura molecular e a suas
propriedades específicas de absorção. A clorofila a, ocorre em todos os
eucariontes fotossintetizantes e nas cianobactérias, sendo considerada
essencial para o tipo de fotossíntese realizada por estes grupos de
organismos. As plantas vasculares, briófitas, algas verdes e algas
euglenóides contém também clorofila b. A clorofila b é um pigmento
acessório - ou seja, um pigmento que serve para ampliar a faixa de luz
que pode ser utilizada na fotossíntese.
33
Quando a molécula de clorofila b absorve luz, a energia é transferida par
a molécula de clorofila a, que então a transforma em energia química
durante o curso da fotossíntese. Nas folhas das plantas verdes, a
clorofila b constitui cerca de um quarto do conteúdo total de clorofila. A
clorofila c substitui a clorofila b em alguns grupos de algas,
principalmente nas algas pardas e nas diatomáceas. As bactérias
fotossintetizantes (diferente das cianobactérias) contém tanto
bacterioclorofila (nas bactérias púrpuras) ou clorofila chlorobium (nas
bactérias verdes sulfurosas).
34
Imagem: Esquema de Células Vegetais com Cloroplastos Visível. Fonte: Interbnet
Sumário
Há vários tipos de clorofila que diferem entre si devido a detalhes de sua
estrutura molecular e a suas propriedades específicas de absorção. A
clorofila a, ocorre em todos os eucariontes fotossintetizantes e nas
cianobactérias, sendo considerada essencial para o tipo de fotossíntese
realizada por estes grupos de organismos. Nas folhas das plantas
verdes, a clorofila b constitui cerca de um quarto do conteúdo total de
clorofila. A clorofila c substitui a clorofila b em alguns grupos de algas,
principalmente nas algas pardas e nas diatomáceas.
35
(nas bactérias verdes sulfurosas). As clorofilas b e c e os pigmentos
fotossintéticos das bactérias púrpuras e bactérias verdes sulfurosas são
simplemente variações químicas da estrutura básica. Os carotenóides
são pigmentos de coloração vermelha, laranja e amarela solúveis em
solventes orgânicos e encontrados em todos os cloroplastos e nas
cianobactérias. Nas folhas verdes, a cor dos carotenóides é mascarada
devido à maior abundância das clorofilas. A terceira maior classe de
pigmentos acessórios, as ficobilinas, é encontrada em cianobactérias e
em cloroplastos das algas vermelhas. Ao contrário dos carotenóides, as
ficobilinas são solúveis em água.
36
Unidade 07
Tema: Os Fotossistemas
Introdução
Definir fotossistema;
Caracterizar os fotossistemas I e II;
Explicar os fotossistemas I e II;
Descrever os fotossistemas I e II;
Objectivos
Distinguir os fotossistemas I e II.
Os Fotossistemas
37
fotossistema utiliza essa energia nas reacções fotoquímicas. Este par,
localizado ao centro do fotossistema forma o centro de reacção,
enquanto as restantes moléculas se designam pigmentos antena. Estes
podem ser, além de clorofilas, carotenóides e ficobilinas (ficocianina azul
e ficoeritrina vermelho).
38
Imagem: Esquema da Fotossistemas I e II. Fonte: Internet
39
(inclusive ferredoxina livre e uma flavoproteína) até a coenzima NADP+,
+
resultando na redução de NADP a NADPH e na oxidação da molécula
P700. Os elétrons removidos da molécula P700 são substituídos por
elétrons que se movem pela cadeia transportadora de elétrons, oriundos
do Fotossistema II.
Núcleo
Hipótese de Michel
40
Sumário
41
1. Todas as moléculas de pigmentos do fotossistema
são capazes de absorver fotões. Comente.
R: Mas apenas um par de moléculas de clorofila em
cada fotossistema utiliza essa energia nas reacções
fotoquímicas. Este par, localizado ao centro do
fotossistema forma o centro de reacção, enquanto as
restantes moléculas se designam pigmentos antena.
Estes podem ser, além de clorofilas, carotenóides e
ficobilinas (ficocianina azul e ficoeritrina vermelho).
Exercicios 2. Existem dois tipos de fotossistemas. Qual é diferença
entre eles?
R: Fotossistema I: também designado PS I, contém no
seu centro de reacção uma forma de clorofila a
designada P700, pois absorve luz de comprimento de
onda de 700 nm. enquanto que Fotossistema II: também
designado PS II, contém no seu centro de reacção uma
forma de clorofila a designada P680 (clorofila b) pois
absorve luz de comprimento de onda de 680 nm.
42
Unidade 08
Introdução
O Ciclo de Calvin
A redução do carbono ocorre no estroma dos cloroplastos por intermédio
de uma série de reacções conhecidas como ciclo de Calvin (em
homenagem ao seu descobridor, Melvin Calvin, que recebeu o prêmio
Nobel pelo seu trabalho de elucidação desta via). O ciclo de Calvin é
análogo ao ciclo de Krebs, tendo em vista que, ao final de cada volta do
ciclo, o composto inicial é regenerado. O composto inicial (e final) do
ciclo de Calvin é um açúcar de cinco carbonos, contendo dois grupos
fosfatos - ribulose 1,5-bifosfato (RuBP).
43
carbono: por isso a designação do ciclo de Calvin como ciclo C 3 ou via
de três carbonos. O intermediário de seis carbonos nunca foi isolado.)
44
Imagem: Esquem a do Ciclo de Calvin. Fonte: Interne
Sumário
O ciclo de Calvin é análogo ao ciclo de Krebs, tendo em vista que, ao
final de cada volta do ciclo, o composto inicial é regenerado. O composto
inicial (e final) do ciclo de Calvin é um açúcar de cinco carbonos,
contendo dois grupos fosfatos - ribulose 1,5-bifosfato (RuBP). O
composto resultante de seis carbonos quebra-se imediatamente para
formar duas moléculas de 3-fosfoglicerato ou PGA. A RuBP carboxilase
ou Rubisco, a enzima catalizadora desta reacção inicial crucial, é muito
abundante nos cloroplastos, correspondendo a mais de 15% da proteína
total dos cloroplastos.
45
1. A redução do carbono ocorre no estroma dos
cloroplastos por intermédio de uma série de reações
conhecidas como ciclo de Calvin. Porque a
designação ciclo de Calvin?
R: Em homenagem ao seu descobridor, Melvin Calvin,
que recebeu o prêmio Nobel pelo seu trabalho de
elucidação desta via.
2. Qual é o composto inicial e final do ciclo de Calvin?
Exercicios O composto inicial (e final) do ciclo de Calvin é um
açúcar de cinco carbonos, contendo dois grupos
fosfatos - ribulose 1,5-bifosfato (RuBP).
3. Porque se diz que o ciclo de Calvin é analogo ao de
Krebs?
R: O ciclo de Calvin é análogo ao ciclo de Krebs,
porque ao final de cada volta do ciclo, o composto
inicial é regenerado.
46
Unidade 09
Tema: Fotorespiração
Introdução
Definir a fotorrespiração;
Descrever a fotorrespiração;
Explicar a ocorrência da fotorrespiração;
Interpretar esquemas sobre fotorrespiração;
Objectivos
Compreender a importancia da fotorrespiração.
Fotorespiração
A fotorrespiração é um processo que ocorre com consumo O2 e
libertação CO2. Nas mitocôndrias, forma-se serina, um precursor
potencial de glicose, apartir de duas moléculas de glicina, com a
libertação de CO2 e NH4+. Essa via serve para reciclar três dos quatro
átomos de carbono de duas moléculas de glicolato. Contudo, um deles é
perdido como CO2, e uma das duas aminas doadas em relação de
transaminação é perdida como NH4+. A fotorrespiração é aparentemente
um processo com desperdício em que um carbono orgânico é convertido
em CO2 sem a produção de ATP ou NADPH ou ainda outro metabólito
rico em energia. É uma consequência de imperfeição da RuBP
carboxilase.
47
Alta concentração de CO2 e baixa de O2, limitam a fotorrespiração.
Consequentemente, as plantas C4 têm uma vantagem evidente em
relação às plantas C3 porque o CO2 fixado pela via C4 é essencialmente
"bombeado" das células do mesófilo para as células da bainha vascular,
mantendo assim uma alta razão CO2 : O2 no spitio de acção da RuBP
carboxilase. Esta alta razão CO2 : O2 favorece a carboxilação de RuBP.
Adicionalmente, uma vez que tanto o ciclo de Calvin quanto a
fotorrespiração localizam-se na camada de células da bainha vascular,
mais interna, qualquer CO2 libertado pela fotorrespiração para as
camadas mais externas de células do mesófilo pode ser fixado
novamente pela via C4 que opera nestas células.
48
Um exemplo admirável da ocorrência de diferente padrões de
crescimento nas plantas C4 é encontrado nos gramados norte-
americanos: nas regiões mais frias do país eles são constituídos
principalmente por gramíneas C3 tais como capim-do-campo (Poa
pratensis) e o capim-pnasto (Agrostis tenuis). O capim colchão (Digitaria
sanguinalis), que quase sempre sobrepõe-se a estas gramíneas verde-
escuras e de folhas finas com segmentos de suas folhas mais largas e
verde-amareladas, é uma gramínea C4 que cresce muito mais
rapidamente sob o calor do verão do que as gramíneas temperadas C3
mencionadas acima. Todas as plantas hoje conhecidas que utilizam a via
C4 para à fixação de CO2 são plantas pertencentes ao grupo das
angiospermas, até agora representadas por pelo menos 19 famílias, três
de monocotiledôneas e 16 de dicotiledôneas: entretanto, em nenhuma
família encontrou-se apenas espécies C4. Esta via, sem dúvida alguma
surgiu independentemente muitas vezes ao longo do processo evolutivo.
Sumário
Fotorrespiração é um processo que ocorre com consumo O2 e libertação
CO2. Nas mitocôndrias, forma-se serina, um precursor potencial de
glicose, apartir de duas moléculas de glicina, com a libertação de CO2 e
NH4+. Essa via serve para reciclar três dos quatro átomos de carbono de
duas moléculas de glicolato. Alta concentração de CO2 e baixa de O2,
limitam a fotorrespiração. Consequentemente, as plantas C4 têm uma
vantagem evidente em relação às plantas C3 porque o CO2 fixado pela
via C4 é essencialmente "bombeado" das células do mesófilo para as
células da bainha vascular, mantendo assim uma alta razão CO2 : O2 no
spitio de acção da RuBP carboxilase. Esta alta razão CO2 : O2 favorece a
carboxilação de RuBP.
49
pertencentes ao grupo das angiospermas, até agora representadas por
pelo menos 19 famílias, três de monocotiledôneas e 16 de
dicotiledôneas: entretanto, em nenhuma família encontrou-se apenas
espécies C4.
1. Defina fotorrespiração
R: Fotorrespiração é um processo que ocorre com
consumo O2 e libertação CO2.
2. Fotorrespiração serve para reciclar três dos quatro
átomos de carbono de duas moléculas de glicolato. Pode
comentar.
R: Essa via serve para reciclar três dos quatro átomos de
carbono de duas moléculas de glicolato onde um deles é
Exercicios perdido como CO2, e uma das duas aminas doadas em
+
relação de transaminação é perdida como NH4 .
3. Qual é a influência da alta concentração de CO2 e baixa
de O2 na fotorrespiração? Qual é a consequência?
R: Alta concentração de CO2 e baixa de O2, limitam a
fotorrespiração. Consequentemente, as plantas C4 têm
uma vantagem evidente em relação às plantas C3 porque
o CO2 fixado pela via C4 é essencialmente "bombeado"
das células do mesófilo para as células da bainha
vascular, mantendo assim uma alta razão CO2 : O2 no
spitio de acção da RuBP carboxilase.
50
Unidade 10
Introdução
Definir fotossintese;
Compreender a fotossintese de 4 carbonos;
Descrever a fotossintese de 4 carbonos;
Interpretar esquemas a fotossintese de 4 carbonos;
Objectivos
Distinguir a fotossintese de 4 com a de 3 carbonos;
51
O oxaloacetato é formado quando o dióxido de carbono liga-se ao
fosfoenolpiruvato (PEP) numa reacção catalisada pela enzima PEP
carboxilase, que é encontrada no citoplasma. Tipicamente, as folhas das
plantas C4 são caracterizadas por um arranjo de células da bainha
vascular, de modo que, juntas as duas formam camadas concêntricas
em torno de feixe vascular. Esta organização em forma de coroa é
denominada anatomia Kranz (Kranz é a palavra alemã que significa
"coroa"). Em algumas plantas C4, os cloroplastos das células do mesófilo
tem grana bem desenvolvidos, enquanto que os cloroplastos das células
da bainha vascular ou têm grana pouco desenvolvidos ou não têm
nenhum. Adicionalmente, quando a fotossíntese está ocorrendo, os
cloroplastos da bainha vascular geralmente formam grãos, de amido
maiores e mais numerosas do que os cloroplastos das células do
mesófilo.
A fixação de CO2 tem um custo energético maior que o das plantas C3.
Para cada molécula de CO2 fixada na via uma molécula de PEP precisa
ser regenerada a um custo de dois grupos fosfato por ATP. Assim, as
plantas C4 necessitam, ao todo, de cinco ATPs para fixar uma molécula
de CO2 enquanto que as plantas C3 necessitam de três. Alguém poderia
perguntar por que as plantas C4 desenvolveram evolutivamente tal
método de fornecimento de CO2 para o ciclo de Calvin aparentemente
complexo e energeticamente dispendioso?
52
formado pela quebra oxidativa da RuBP pela RuBP carboxilase, a
mesma enzima que fixa CO2 em PGA na via C3.
Sumário
53
os cloroplastos das células do mesófilo. A eficiência das plantas C4. A
fixação de CO2 tem um custo energético maior que o das plantas C3.
Para cada molécula de CO2 fixada na via uma molécula de PEP precisa
ser regenerada a um custo de dois grupos fosfato por ATP. Assim, as
plantas C4 necessitam, ao todo, de cinco ATPs para fixar uma molécula
de CO2 enquanto que as plantas C3 necessitam de três.
54
Unidade 11
Introdução
55
separação temporal entre duas vias nas plantas CAM, diferentemente da
separação especial encontrada nas plantas C4.
56
sucesso apenas quando os benefícios de sua fotossíntese superam
outros factores. Assim, por exemplo, embora as plantas C4 geralmente
tolerem temperaturas mais elevadas e condições mais secas que as
plantas C3, as plantas C4 podem não ter sucesso ao competirem em
temperaturas abaixo de 25ºC.
Sumário
As plantas são consideradas CAM se as suas células fotossintetizantes
possuem a capacidade de fixar CO2 no escuro via PEP carboxilase. As
plantas CAM, são amplamente dependentes da acumulação nocturna de
dióxido de carbono para a realização de sua fotossíntese, porque seus
estômas permanecem fechados durante o dia, retardando desta maneira
a perda de água. Durante os períodos de seca prolongada, algumas
plantas CAM podem manter seus estômas fechados durante o dia e a
noite, mantendo taxas metabólicas baixas por intermédio da refixação de
CO2 respiratório durante a acumulação de ácido málico no escuro,
seguida pela fixação de CO2 via ciclo de Calvin no dia seguinte.
57
condições muito áridas, economizam água fechando os estômas durante
o dia.
58
Unidade 12
Introdução
Ecologia da Fotossíntese
59
anos, está sendo recolocado na atmosfera. Este aumento na
concentração de CO2 irá afectar a nossa atmosfera. Sabemos que a
fotossíntese consome o CO2 e liberta O2, todavia as plantas respondem
à quantidade de CO2 disponível. Algumas plantas crescem mais
rapidamente em um ambiente rico em CO2 (as plantas de metabolismo
C3), outras não necessitam de uma concentração elevada de CO2 para o
seu crescimento (plantas de metabolismo C4). A compreensão dos
efeitos dos gases que causam o efeito estufa requer um conhecimento
maior da interacção do reino vegetal com o CO2.
1. Bactérias Fotossintéticas:
a) Fotoautotróficas: Bactérias fotoautotróficas são capazes de
produzir elas mesmas as substâncias orgânicas que lhes servem de
alimento, tendo como fonte de carbono o gás carbônico e como fonte
de energia a luz;
b) Protoclorófitas: São bactérias fotossintetizantes de clorofila dos
tipos a e b, os mesmos quer ocorrem nos cloroplastos de algas
verdes e plantas. Elas distinguem-se das cianobactérias por não
apresentar ficobinas, pigmento acessório ao processo de
fotossíntese. Há apenas três gênero Prohloron vivem em associação
mutualística com ascídias (protocordados) coloniais e as do gênero
Prochlorothrix foram encontradas apenas em lagos da Holanda. O
terceiro gênero, Prochlorococcus, com cerca de 35 espécies
descritas, reúne bactérias esféricas com 0,5 a 0,7 μm de diâmetro,
que vivem em mar aberto;
60
c) Cianobactérias: As cianobactérias são fotolitoautotróficas e
aparentemente foram as pioneiras no uso da água como fonte de
elétrons. Diferem das proclorófitas por apresentar apenas clorofila a,
além de ficobilinas azul e vermelha. Esse pigmentos são
responsáveis pelas diversas colorações, muitas vezes brilhantes,
que essas bactérias apresentam.
2. Bactérias Quimiossintéticas
a) Sulfobactérias: Realizam um tipo de fotossíntese em que a
substância doadora de hidrogênio não é a água, mas compostos de
enxofre, principalmente o gás sulfídrico (H2S). Por isso essas bactérias
produzem enxofre elementar (S) como subproduto da fotossíntese, e não
gás oxigênio, como na fotossíntese que utiliza H2O.
61
De um modo geral sobre as formas de nutrição das bactérias
apresentamos um um quadro-resumo, que abaixo se segue.
Sumário
As plantas são consideradas CAM se as suas células fotossintetizantes
possuem a capacidade de fixar CO2 no escuro via PEP carboxilase. As
plantas CAM, são amplamente dependentes da acumulação nocturna de
dióxido de carbono para a realização de sua fotossíntese, porque seus
estômas permanecem fechados durante o dia, retardando desta maneira
a perda de água. Durante os períodos de seca prolongada, algumas
plantas CAM podem manter seus estômas fechados durante o dia e a
noite, mantendo taxas metabólicas baixas por intermédio da refixação de
CO2 respiratório durante a acumulação de ácido málico no escuro,
seguida pela fixação de CO2 via ciclo de Calvin no dia seguinte.
62
condições muito áridas, economizam água fechando os estômas durante
o dia.
63
Unidade 13
Introdução
Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre o estudo dos processos
fisiológicos do transporte. Nesta unidade iremos discutir aspectos ligados ao
transporte de substâncias na planta. Na plantas, como já discutimos em unidades
anteriores, existem tecidos de condução que são xilema e floema.
Nesta unidade, caro estudante, está convidado a discussão activa sobre o tema
proposto na unidade.
65
O Mecanismo da Condução de Seiva Bruta
66
completo da casca (anel de Malpighi) que envolve o vegetal, interrompemos a
distribuição de seiva elaborada em direcção à raiz, pois os vasos liberianos são
lesados, levando à morte das raízes depois de certo tempo. Com a morte das
raízes, não ocorre absorção de água e sais minerais do solo e,
consequentemente, ocorrerá a morte do vegetal, pois as folhas não receberão
mais água.
Sumário
Nos vegetais a condução de seiva, isto é, soluções salinas e soluções
açucaradas, é realizada através dos sistemas de vasos, que se distribuem ao
longo do corpo das traqueófitas. A distribuição de seiva bruta ou inorgânica (água
e sais minerais) é realizada pelos vasos de xilema ou lenho. A distribuição de
seiva elaborada ou orgânica (água e açúcares) é realizada pelos vasos de
floema ou líber.
67
1. Onde é formada a seiva elaborada?
R: A seiva elaborada ou orgânica formada nas células dos
parênquimas clorofilianos das folhas.
2. Como é distribuída a seiva elaborada?
R: A seiva elaborada é distribuída por todo o corpo do
vegetal através dos vasos de floema ou líber, que estão
localizados próximos à casca dos vegetais.
3. Quais são as etapas da realizacao d transporte da seiva
bruta ou inorgânica?
Exercicios R: é realizado em duas etapas, apresentando um transporte
horizontal e um transporte vertical de ascensão de seiva.
4. Nos vegetais a condução de seiva, isto é, soluções salinas
e soluções açucaradas, é realizada através dos sistemas de
vasos, que se distribuem ao longo do corpo das traqueófitas.
Explique.
R: A distribuição de seiva bruta ou inorgânica (água e sais
minerais) é realizada pelos vasos de xilema ou lenho. A
distribuição de seiva elaborada ou orgânica (água e
açúcares) é realizada pelos vasos de floema ou líber.
68
Unidade 14
Introdução
Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre o estudo dos mecanismos
de transporte. Na planta ocorrem vários mecanismos de transporte de
substâncias de modo a garantir a sobrevivência e equilíbrio da planta, no entanto
que, ser vivo.
Mecanismos de Transporte
1. Difusão
69
Imagem: Difusão, em função dos gradientes de concentração: conceito de equilíbrio
dinâmico. Fonte: Internet
a) Difusão Simples:
70
Imagem: Esquem a da Difusão Simples. Fonte: Biologia da Célula
b) Difusão Facilitada:
Assim, este tipo de difusão se diferencia dos demais uma vez que sua velocidade
de difusão tende a uma velocidade máxima constante a medida que se aumenta
a concentração da substância a ser difundida. O mecanismo responsável por
limitar a velocidade da difusão facilitada se embasa no fato da substância
transportada ligar-se a uma parte específica da proteína transportadora (um sítio
específico). Dessa forma, quando todos esses sítios estiverem "ocupados", não
71
adianta aumentar a concentração da substância a ser transportada. É premente
para o aumento da velocidade que antes tais sítios sejam desocupados, para que
a proteína tenha atividade. Entre as substâncias, que atravessam as membranas
biológicas por difusão facilitada, destacam-se a glicose e grande parte dos
aminoácidos. o nome da enzima facilitadora: Permease
2. Transporte Activo:
72
Imagem: Esquema do Transporte Activo. Fonte: Biologia da Célula
73
Imagem: Mecanismo membranar do co-transporte da glucose e do sódio-A: transportador
acessível ao meio externo com sítios de fixação do sódio, activos, e sítios de fixação da
glucose, inactivos; B: a fixação do sódio induz a alteração alostérica que permite fixação da
glucose; C: transportador sofre alteração alostérica, expõe-se ao citossol e liberta a glucose e
o sódio; D: retorno à situação inicial. Fonte: Internet
Bomba de Sódio-Potássio:
74
A bomba, ligada ao ATP, liga por sua vez 3 Na+ intracelulares;
O ATP é hidrolizado, levando à fosforilação da bomba e à libertação de
ADP;
Uma mudança conformacional na bomba expõe os iões de Na+ ao
exterior da membrana. A forma fosforilada da bomba, por ter uma
afinidade baixa aos iões de sódio, liberta-os para o exterior da célula;
+
À bomba ligam-se 2 iões de K extracelulares, levando à desfosforilação
da bomba;
O ATP liga-se e a bomba reorienta-se para libertar os iões de potássio
para o interior da célula: a bomba está pronta para um novo ciclo.
75
Processo Características
Transporte passivo.
Transportes Não
Osmose - Movimentação do meio
Mediados hipotónico para o meio
hipertónico.
Transportes
Não
- Transporte passivo.
Mediados
- Movimentação do meio
hipertónico para o meio
Difusão Simples Gases Lipossolúveis
hipotónico.
(É a favor do gradiente de
concentração)
- Transporte passivo.
- Movimentação do meio
Difusão hipertónico para o meio
Glicose
Facilitada hipotónico.
- Movimentação do meio
Transporte
hipotónico para o meio Iões
Activo
hipertónico.
76
Sumário
77
1. Na difusão o coeficiente de permeabilidade é, compreensivamente, função
essencialmente de três factores. Enumere-os.
R: A dimensão da molécula (existindo uma correspondência, ainda que
grosseira, entre dimensão e peso molecular, é habitualmente a este último
que nos referimos); O seu estado de ionização; A afinidade para com os
lípidos. Esta traduz-se pelo seu coeficiente de partição, o qual se calcula pela
razão entre a solubilidade num óleo determinado e a solubilidade na água.
2. Explique o mecanismo do funcionamento da bomba de sódio-potássio.
R: A bomba, ligada ao ATP, liga por sua vez 3 Na+ intracelulares; O ATP é
Exercicios hidrolizado, levando à fosforilação da bomba e à libertação de ADP; Uma
+
mudança conformacional na bomba expõe os iões de Na ao exterior da
membrana. A forma fosforilada da bomba, por ter uma afinidade baixa aos
iões de sódio, liberta-os para o exterior da célula; À bomba ligam-se 2 iões de
+
K extracelulares, levando à desfosforilação da bomba. O ATP liga-se e a
bomba reorienta-se para libertar os iões de potássio para o interior da célula:
a bomba está pronta para um novo ciclo.
78
Unidade 15
Introdução
79
Pinocitose: que é o processo contínuo de ingestão de fluídos e moléculas
por meio de pequenas vesículas;
Endocitose-mediada-por-um-receptor: que consiste na ligação de uma
molécula extracelular a um receptor na membrana celular. Estes
receptores, igualmente constituintes da membrana, estão muitas vezes
associados à proteína do citoplasma denominada clatrina que forma uma
depressão na membrana; quando um receptor se liga a uma molécula, a
depressão aumenta até se transformar num vacúolo rodeado de clatrina,
que entra na célula.
2. Exocitose:
Sumário
A Endocitose: transporte de fora para dentro da célula com gasto de energia.
Para partículas pequenas: pinocitose (basicamente de líquidos). Para partículas
grandes: fagocitose. Pode haver tanto transporte através da membrana quanto a
digestão pelas enzimas contidas nos lisossomas. Existem três formas principais
de endocitose: fagocitose; pinocitose e endocitose-mediada-por-um-receptor.
80
organismos multicelulares, seja para o ambiente aquático, por modificação da
membrana celular, ou seja, sem ser por difusão. É o oposto de endocitose.
1. Defina endocitose.
R: A Endocitose: transporte de fora para dentro da célula
com gasto de energia.
2. Existem três formas principais de endocitose. Quais sao?
R: Fagocitose: que consiste na ingestão de partículas
grandes ou células através de expansões citoplasmáticas
chamadas pseudópodos; Pinocitose: que é o processo
contínuo de ingestão de fluídos e moléculas por meio de
pequenas vesículas; Endocitose-mediada-por-um-receptor:
Exercicios que consiste na ligação de uma molécula extracelular a um
receptor na membrana celular.
3. Porque é que a exocitose é o oposto de endocitose?
R: Porque: A superfície total da membrana celular aumenta,
uma vez que agrega a si a membrana da vesícula. Esta é
uma das formas de crescimento das células; As substâncias
que se encontravam dentro da vesícula são libertadas para o
exterior; As proteínas da membrana vesicular encontram-se
agora do lado de fora da membrana celular, proporcionando
um mecanismo de regulação dos receptores e
transportadores transmembrana.
81
Unidade 16
Introdução
Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre o estudo do potencial hidrico
nas plantas. Na planta o transporte de água e outras substâncias e realizado
pelos vasos condutores enquanto que o controlo da perda de água através da
respiração, transpiração é gerido pela abertura ou fechamento dos estômas.
83
A Função dos Estômas
O estôma tem como principal função a absorção de CO2. Para ter acesso ao O2
atmosférico a planta não precisa abrir os estômas, pois à noite eles estão
fechados na maioria das plantas e elas continuam respirando. Isto pode ser
explicado pelo facto de que existe, pelo menos por enquanto, 590 vezes mais de
O2 do que de CO2 na atmosfera. Deste modo o O2 entra por difusão. Plantas
podem viver em terrários (ambientes herméticamente fechados) onde o
transporte de nutrientes pode ocorrer sem fluxo transpiratório. Normalmente o
floema leva solução dos órgãos que produzem fotoassimilados (fonte) para os
órgãos que utilizam essa seiva elaborada (órgãos dreno). Na ausência de
transpiração a água desta seiva retorna aos órgãso assimiladores pelo xilema
levando assim os nutrientes minerais que a raíz absorveu (para cálcio e boro o
transporte sem respiração pode ser ineficiente). O resfriamento das folhas que
ocorre com a transpiração também não é essencial visto que boa parte do calor
pode ser dissipado por radiação. O que ocorre no estômato, em última instância,
é um dilema: aplanta precisa de CO2 e acaba perdendo água ou: "a planta ou
morre de fome, (se não abrir os estômatos) ou morre de sede (se abrir demais)".
84
Controle Estomático
O ABA é um hormônio que, neste caso, vai ser transportado até as folhas e
sinalizará para elas a ocorrêcnia do estresse hídrico. O calor elevado pode
também ter efeito semelhante exarcebando a perda de água. O ácido abscisico
(ABA) é um formônio vegetal que ocasiona, dentre outras mudanças fisiológicas,
+
o fechamente estomático por impedir o fluxo de K e estimulas o seu efluxo das
células guarda. Pode inclusive ser aplicado em pulverixações nas plantas
atunado como antitranspirante, muito embora isto não se constiua uma prática
comercial. O relógio interno ou ritmo endógeno ou ainda, como também é
chamado, o relógio biológico pode também ter participação na abertura ou no
fechamento dos estômas. Neste caso o controle é independente das variações
das condições ambientais.
Sumário
O potencial de pressão importante para a célula é representado pela pressão de
turgor e não o exercido por peso de coluna de água. Quando o turgor vale zero
inicia-se a plasmólise que é o descolamento da plasmalema da parede. O
estôma tem como principal função a absorção de CO2. Para ter acesso ao O2
atmosférico a planta não precisa abrir os estômas, pois à noite eles estão
fechados na maioria das plantas e elas continuam respirando. Isto pode ser
explicado pelo facto de que existe, pelo menos por enquanto, 590 vezes mais de
O2 do que de CO2 na atmosfera. O resfriamento das folhas que ocorre com a
transpiração também não é essencial visto que boa parte do calor pode ser
dissipado por radiação. Uma vez que a água próxima das raízes é absorvida, a
85
água mais afastada se moverá, por diferença de potencial hídrico, para perto das
raízes, lavando o solo e levando elementos minerais para perto da raiz.
86
Unidade 17
Introdução
87
A relação entre uma determinada membrana e um dado soluto pode ser
caracterizada pelo coeficiente de reflecção. Duas condições extremas podem
descrever a passagem de solutos por uma membrana (Nobel, 1991):
88
Solução Isotônica: osmolaridade = 0,3. O volume celular não se
modifica;
Solução Hipertônica: osmolaridade > 0,3. Diminui o volume celular e
pode ocorrer plasmólise. Podemos citar como exemplo: afogamento em
água salgada: a água do mar é hipertônica em relação ao sangue. Ela
penetra nos alvéolos e os sais se difundem para dentro do sangue,
enquanto que a água proveniente do sangue vai para os alvéolos. A
concentração plasmática de sódio aumenta rapidamente a concentração
das hemácias aumentam (perdem água) e ocorre plasmólise. Observa-
se edema pulmonar, caem a pressão sistólica e a frequência cardíaca e
segue-se a morte.
Sumário
Osmose é um transporte passivo que ocorre a favor do gradiente de
concentração do solvente e pode se dar tanto pelos poros quanto pela porção
lipídica da membrana. As membranas das células vegetais são semipermeáveis,
isto é, permitem o movimento de pequenas moléculas sem carga eléctrica (como
o solvente) mais rapidamente que o movimento de moléculas maiores ou com
carga eléctrica (solutos).
89
1. O que entendes por osmose?
R: osmose é movimento de um solvente, tal como a água,
através de uma membrana.
2. Porque é que osmose é um transporte passivo?
R: é um transporte passivo que ocorre a favor do gradiente
de concentração do solvente e pode se dar tanto pelos poros
Exercicios quanto pela porção lipídica da membrana.
3. Quais são as duas condições extremas para descrever a
passagem de solutos por uma membrana,?
R: impermeabilidade em relação a um soluto (membrana
semipermeável) que leva a um coeficiente de reflecção
máximo e igual a um; a não selectividade que leva a um
coeficiente de reflecção mínimo e igual a zero.
90
Unidade 18
Introdução
Portanto, caro estudante como sempre mais uma vez esta convidado para uma
discussao activa sobre o tema proposto na presente unidade.
A Transpiração e Gutação
1. Transpiração:
De toda a água absorvida pelo sistema radicular apenas uma pequena fracção
fica retida na planta. A maior parte é evaporada pela parte aérea para o ar
circundante. Verificou-se que, numa planta de milho, cerca de 98 % da água
absorvida é evaporada pela planta, 1.8 % é retida na planta e apenas 0.2 % é
utilizada na fotossíntese.
91
estomática (Salisbury & Ross, 1992). A primeira é uma interface líquido-vapor na
qual ocorre a evaporação, as outras duas são uma via estrutural para o
movimento do vapor que existe entre um espaço já preenchido com vapor de
água e a atmosfera.
a) A Transpiração Cuticular:
b) A Transpiração Lenticular:
Na grande maioria das plantas existem zonas da periderme, quer dos caules,
quer das raízes, em que as células têm um arranjo menos estruturado, podendo
ou não ter as paredes suberizadas. A estas zonas dá-se o nome de lentículas.
As células, de maiores dimensões, do tecido complementar apresentam
numerosos espaços intercelulares o que leva a pensar que a função das
lentículas está relacionada com as trocas gazosas, embora a sua importância a
nível da planta, como um todo, seja aparentemente diminuta.
92
c) A Transpiração Estomática:
2. A Gutação:
Estes secretam água que é levada para a superfície da folha pelos traqueídios
terminais dos feixes vasculares. Esta água passa através dos espaços
intercelulares do parênquima do hidátodo que não possui cloroplastos e que é
denominado epitema. Os espaços intercelulares abrem para o exterior através
de poros especiais que são originariamente estomas que permanecem sempre
abertos.
93
não transpiram, não há dúvidas que o fluxo transpiracional permite
que a absorção de sais minerais a partir do solo se processe a uma
taxa mais elevada;
Turgidez óptima: verificou-se experimentalmente que as plantas num
ambiente de 100 % de humidade relativa não crescem tão bem como
em situações em que existe uma certa transpiração. Pensa-se que
existe uma turgidez óptima acima e abaixo da qual as funções
celulares das plantas são menos eficientes. Se as plantas não
podem transpirar, as células tornam-se demasiado túrgidas e as
células não crescem à mesma taxa que quando existe uma certa
carência hídrica;
Arrefecimento das folhas: na natureza a transpiração desempenha
um papel muito importante no arrefecimento das folhas. A
evaporação da água é um processo muito importante no
arrefecimento de qualquer corpo. Quando 1 g de água se evapora a
20 ºC absorve 2.45 kJ do ambiente (calor latente de vaporização). As
plantas evaporam grandes quantidades de água para a atmosfera e
assim, dissipam grandes quantidades de energia.
Sumário
De toda a água absorvida pelo sistema radicular apenas uma pequena fracção
fica retida na planta. A maior parte é evaporada pela parte aérea para o ar
circundante. A esta perda de água pelas plantas, na forma de vapor, dá-se o
nome de transpiração. A transpiração nas plantas pode ser cuticular, lenticular e
estomática (Salisbury & Ross, 1992). A cutícula apresenta duas zonas a mais
exterior e que constitui a cutícula propriamente dita, formada essencialmente por
cutina; e a camada cuticular constituida por placas de celulose e cutina. A perda
de água pela cutícula é geralmente muito pequena, com excepção das plantas
sem estomas funcionais, como musgos e fetos. Na grande maioria das plantas
existem zonas da periderme, quer dos caules, quer das raízes, em que as
células têm um arranjo menos estruturado, podendo ou não ter as paredes
suberizadas. A estas zonas dá-se o nome de lentículas.
A função das lentículas está relacionada com as trocas gazosas, embora a sua
importância a nível da planta, como um todo, seja aparentemente diminuta.
94
A transpiração estomática consiste na saída de vapor de água da planta, através
dos estomas situados na epiderme duma folha ou caule verde e representa um
dos processos de maior importância na interacção entre a planta e o ambiente.
Por esta razão, e porque quando consideramos a transpiração como um todo, a
componente estomática é largamente dominante, passaremos a tratar a
transpiração como se fosse apenas estomática. As plantas também perdem água
na forma líquida no processo denominado gutação. Este ocorre quando o ar está
saturado de vapor de água, de modo que a transpiração diminui ou pára. Esta
saída de água no estado líquido ocorre através de estruturas chamadas
hidátodos.
95
Unidade 19
Introdução
Caracterizar o azoto;
Compreender o metabolismo do azoto;
Explicar as as formas de fixação do azoto;
Interpretar esquemas sobre o metabolismo do azoto;
Objectivos
Fazer esquema sobre o ciclo de azoto na natureza;
Descrever o papel dos organismos que envolvidos no ciclo do azoto;
96
(NO3-) ou orgânicas (R-NH2) que são metabolizadas visando à construção de
biomassa.
Redução de Nitratos
97
à atmosfera é feita pela acção das bactérias denitrificantes. Elas transformam
os nitratos do solo em gás nitrogênio, que volta à atmosfera, fechando o ciclo.
1. Fixação de Azoto
98
2. Amonização:
3. Nitrificação:
4. Nitrosação:
5. Nitratação:
6. Desnitrificação:
99
No solo, além das bactérias de nitrificação existem outros tipos como as
Pseudomonas denitrificantes. Na ausência de oxigênio atmosférico, essas
bactérias usam o nitrato para oxidar compostos orgânicos (respiração
anaeróbia). Por esse processo, uma parte dos nitratos do solo é remetida
novamente à atmosfera na forma de gás nitrogênio, fechando assim o ciclo e
equilibrando a taxa de nitrato no solo. A desnitrificação pode ser representada
pela reação:
Sumário
100
1. Porque é que o azoto é um elemento indispensável para
os seres vivos?
R: O nitrogênio é um elemento indispensável para os seres
vivos, fazendo parte das moléculas de aminoácidos,
proteínas, ácidos nucléicos.
2. O entendes por fixação do nitrogênio?
Exercicios R: Por fixação do nitrogênio entende-se o processo pelo qual
este elemento passa da forma molecular como se encontra
na atmosfera, para uma forma química, orgânica ou
inorgânica, disponível para organismos.
3. Mencione as formas de fixação do nitrogênio
R: Fixação biologica, atmosférica e industrial.
101
Unidade 20
Introdução
Definir fitohormonas;
Demonstrar conhecimentos sobre hormonas vegetais;
Compreender o mecanismo de acção das auxinas e giberelinas;
Descrever a composição quimica das auxinas e giberelinas;
Objectivos
Explicar o papel da auxina e giberelina no crescimento e
desenvolvimento da planta.
As Auxinas e Giberelinas
1. Auxinas:
102
pois actuam sobre a parede celular do vegetal, provocando sua
elongação ou distensão e, consequentemente, o crescimento do vegetal.
Mecanismos de Acção
103
mais rápidas das plantas a um hormônio vegetal é a indução do
alongamento celular pale auxina em segmentos sub-apicais de caules e
coleóptilos. A resposta começa em menos de 10 minutos após a adição
da auxina e resulta num aumento de 5 a 10 vezes nas taxas de
crescimento, persistindo por horas ou mesmo dias. O alongamento
celular é constituído de dois processos inter-relacionados.
2. As Giberelinas
104
se sabe ao certo como isso acontece. As raízes também contém
giberelinas, parte do hormônio na parte aérea pode vir das raízes via
xilema. Portanto, o que concluímos é que o transporte de giberelinas é
feito tanto pelo floema, como pelo xilema. Entretanto, tem-se uma
"preferência" pelo xilema.
Mecanismos de Acção
105
da transcriçãop e que as GAs induzem mudanças significativas no
metabolismo do RNA, especialmente em relação ao RNAm.
Sumário
Os hormônios são substâncias produzidas em uma parte específica do
organismo, que atua em baixas concentrações, sobre células específicas,
situadas em locais diferentes de onde os hormônios foram produzidos. Existe
uma grande diversidade de hormônios como as auxinas, giberilinas, citocininas
(cinetina e zeatina) e o etileno. As auxinas são produzidas no ápice do
vegetal, sendo distribuídas por um transporte polarizado do ápice para o
resto do corpo do vegetal. Um dos efeitos das auxinas está relacionado
com o crescimento do vegetal, pois actuam sobre a parede celular do
106
vegetal, provocando sua elongação ou distensão e, consequentemente,
o crescimento do vegetal.
107
Unidade 21
Introdução
Definir fitohormonas;
Demonstrar conhecimentos sobre as hormonas vegetais;
Compreender o mecanismo de acção das hormonas vegetais;
Descrever a composição quimica hormonas vegetais;
Objectivos
Explicar o papel das hormonas vegetais no crescimento e
desenvolvimento da planta.
1. Citocinas
108
2. Ácido Abscísico
3. Etileno
109
Da interacção destas hormonas resultam as células-alvo. Após a dita
interacção as hormonas são degradadas.
Sumário
110
a abcisão (queda) de folhas e frutos. Da interacção destas hormonas
resultam as células-alvo.
111
Unidade 22
Introdução
112
e distribuição de alimentos de natureza vegetal. As hormonas
a abóbora.
da congelação).
cachos de uva.
A síntese destas hormonas veio dar asa a uma nova fase a nível
económico pois foi possível a produção de alimentos vegetais para
alimentação e ornamentação mesmo não havendo clima propício para
tal. No entanto a utilização deste químicos em excesso torna-se nociva
á saúde, não só na sua produção como também na aplicação.
113
Os cinco principais grupos de hormonas vegetais são as auxinas,
outros.
Sumário
hormonas veio dar asa a uma nova fase a nível económico pois foi
possível a produção de alimentos vegetais para alimentação e
114
1. Devido ás propriedades descobertas pelos botânicos a
nível bioquímico, nas fito-hormonas, seguiu-se um estudo
Comente.
chamadas reguladores?
R: Reguladores de crescimento e utilizam-se em variados
lucros.
115
Unidade 23
Introdução
Portanto, mais uma vez está convidado para uma discussão activa sobre
o tema proposto na presente unidade.
Movimentos Vegetais
Os movimentos dos vegetais respondem à acção de hormônios ou de factores
ambientais como substâncias químicas, luz solar ou choques mecânicos. Estes
movimentos podem ser do tipo crescimento e curvatura e do tipo locomoção.
116
fototropismo positivo, enquanto que a raiz apresenta
fototropismo negativo.
c) Geotropismo: Movimento orientado pela força da gravidade. O caule
responde com geotropismo negativo e a raiz com geotropismo positivo,
dependendo da concentração de auxina nestes órgãos.
d) Quimiotropismo: Movimento orientado em relação a
substâncias qu'micas do meio.
e) Tigmotropismo: Movimento orientado por um choqe mecânico ou
suporte mecânico, como acontece com as gavinhas de chuchu e
maracujá que se enrolam quando entram em contato com algum
suporte mecânico.
f) Nastismos: São movimentos que não são orientados em relação à
fonte de estímulo. Dependem da simetria interna do órgão, que devem
ter disposição dorso - ventral como as folhas dos vegetais. Estes podem
ser:
1. Fotonastismo: Movimento das pétalas das flores que
fazem movimento de curvatura para a base da corola.
Este movimento não é orientado pela direção da luz,
sendo sempre para a base da flor. Existem as flores que
abrem durante o dia, fechando-se à noite como a "onze
horas" e aquelas que fazem o contrário como a "dama
da noite".
2. Tigmonastismo e Quimionastismo: Movimentos que
ocorrem em plantas insetívoras ou mais comumente
plantas carnívoras, que, em contato com um inseto,
fecham suas folhas com tentáculos ou com pêlos
urticantes, e logo em seguida liberam secreções
digestivas que atacam o inseto. Às vezes substâncias
químicas liberadas pelo inseto é que provocam esta
reação.
3. Seismonastia: Movimento verificado nos folíolos das
folhas de plantas do tipo sensitiva ou mimosa, que, ao
sofrerem um abalo com a mão de uma pessoa ou com o
vento, fecham seus folíolos. Este movimento é explicado
pela diferença de turgescência entre as células de
parênquima aquoso que estas folhas apresentam.
117
Sumário
118
Unidade 24
Introdução
Portanto, mais uma vez está convidado para uma discussão activa sobre
o tema proposto na presente unidade.
Movimentos de Locomoção
ou Deslocamento
119
1. Quimiotactismo: Movimento orientado em relação a
substâncias químicas como ocorre com o anterozóide em
direção ao arquegônio.
2. Aerotactismo: Movimento orientado em relação à fonte de
oxigênio, como ocorre de modo positivo com bactérias
aeróbicas.
3. Fototactismo: Movimento orientado em relação à luz, coo
ocorre com os cloroplastos na célula vegetal.
4. Fotoperiodismo: O fotoperiodismo é a capacidade do organismo em
responder a determinado fotoperíodo, isto é, a períodos de exposição à
iluminação.Nos vegetais o fotoperiodismo influi no fenômeno da floração
e, conseqüentemente, no processo reprodutivo e formação dos frutos. O
florescimento do vegetal é controlado em muitas plantas pelo
comprimento dos dias (período de exposição à luz) em relação aos
períodos de noites (períodos de escuro). Ao longo do ano, em regiões
onde as estações (outono, inverno, primavera e verão) são bem
definidas, existe variação do comprimento dos dias em relação às
noites, e muitas plantas são sensíveis a estas variações, respondendo
com diferentes fotoperíodos em relação à floração.
120
Sumário
Movimentos de deslocamento de células ou organismos que são
orientados em relação à fonte de estímulo, podendo ser positivos ou
negativos, sendo definidos como tactismos. De acordo com a natureza
do estímulo, podem ser: quimiotactismo, aerotactismo, fototactismo e
fotoperiodismo. As plantas quanto ao fotoperíodo podem ser
Classificadas em: plantas de dia longo: são as plantas que florescem
quando expostas a um fotoperíodo acima de um valor crítico, que é
chamado de fotoperíodo crítico, plantas de dia curto: são as plantas que
florescem quando submetidas a fotoperíodos abaixo do seu fotoperíodo
crítico, plantas neutras ou indiferentes: São as plantas que florescem
independentemente do fotoperíodo ou que não respondem a um
determinado fotoperíodo, como o tomateiro e o milho.
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