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Esta sebenta é propriedade da Universidade Pedagógica de Moçambique –
Delegação de Tete, e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação
ou reprodução desta sebemta, no seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou
por quaisquer meios tanto electrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou outros,
sem permissão expressa da entidade editora Universidade Pedagógica de
Moçambique – Delegação de Tete. O não cumprimento desta advertência é passivel
a processos judiciais.
Agradecimentos
A Univerdidade Púnguè de Moçambique – Extensão de Tete e o autor da presente sebenta, dr Reinato
Andrade Tembo Xavier, agradecem a colaboração das seguintes individualidades pela sua entrega e
Índice
Visão Geral 05
Benvindo a Botânica Gerall........................................................................................................ 05
Objectivos da cadeira................................................................................................................. 05
Quem deveria estudar esta cadeira............................................................................................06
Como está estruturada este cadeira........................................................................................... 06
Ícones de actividade................................................................................................................... 06
Competências e Habilidades de estudo.....................................................................................07
Tarefas (avaliação e auto-avaliação).......................................................................................... 07
Avaliação....................................................................................................................... 08
Unidades de Estudo
Unidade 01. Anatomia dos Vegetais..........................................................................................09
introdução à Botânica Geral....................................................................................................... 10
Unidade 03. Meio ambiente humano.......................................................................................... 17
Unidade 04. Dinámica dos ecossistemas...................................................................................22
Unidade 05. Fluxo de energia nos ecossistemas.......................................................................26
Unidade 06. Comunidade em desenvolvimento-sucessões ecológicas......................................33
Unidade 07. Adaptação ao meio ambiente e relações entre os seres vivos...............................39
Unidade 08. Poluição atmosférica...............................................................................................45
Unidade 09. Poluição sonora..................................................................................................... 57
Unidade 10. Poluição das águas................................................................................................63
Unidade 11. Poluição dos solos..................................................................................................69
Unidade 12. Medidas de recuperação-tratamento de solos contaminados................................74
Unidade 13. Educação ambiental...............................................................................................83
Unidade 14. Sustentabilidade e importância da educação ambiental........................................86
Unidade 15. Estratégias do ensino para a educação ambiental................................................90
Unidade 16. Sistema de vida e educação ambiental.........................................................94
Visão Geral
Objectivos da Cadeira
Fornecer aos estudantes conhecimentos sobre:
O conteúdo da cadeira
A cadeira está estruturada em unidades de aprendizagem. Cada
unidade inclui o tema, uma introdução, objectivos da unidade,
conteúdo de cada unidade incluindo actividades de aprendizagem, um
sumário da unidade e uma ou mais actividades para auto-avaliação.
Outras fontes ou recursos
Para quem esteja mais interessado em aprender esta cadeira, poderá ler
outros recursos como livros, artigos ou sites da internet.
As tarefas de avaliação e/ou auto-avaliação
As tarefas de avaliação para esta cadeira, encontram-se no final de
cada unidade.
Comentários e sugestões
Ícones de Actividade
Ao longo da sebenta encontrará uma série de ícones nas margens das
folhas que servem para identificar diferentes partes do processo de
aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma
nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.
Os ícones usados nesta sebenta são símbolos africanos, conhecidos
por adrinka, de origem no povo Ashante de África Ocidental, datam
do século XVII e ainda usam-se hoje em dia.
Avaliação
Caro estudante, será avaliado durante o estudo independente
considerados de trabalho de campo por ti desenvolvido durante o
estudo individual com o peso de 25% e os testes correspondente as
horas de contacto com o peso de 75%, e o exame que se realiza no
fim do semestre representa 60% que se adiciona a 40% da média de
frequência.
Unidade 01
Objectivos
Ao completar esta unidade você será capaz de:
Conceitos Botanicos
Elaborado por dr Reinato Andrade Xavier – Tete /2010
Botânica Geral – Estudo dos Vegetais 10
Reino Plantae - Reino de eres vivos que reune organismos multicelulares, eucariontes
e autotroficos.
Alternância de geração – Tipo de ciclo de vida, tambem denominado de metagenese,
no qual se alternam gerações sexuadas e assexuadas.
Esporofito – Geração esporofita (diploide) nas especies de vegetais.
Gametofito – Geração gametofita (haploide) nas especies de vegetais.
Gineceu – Conjunto de componentes femininos da flor
Lineu, teve o grande mérito de criar uma espécie de catálogo onde registou uma
grande parte das plantas conhecidas nos dias de hoje, dando-lhes dois nomes, o
primeiro representando o género e o segundo a espécie, utilizando o latim como
idioma para padronizar os nomes das espécies em todo o mundo. Por exemplo o
nome científico da banana, é Musa paradisiaca L. – (Família Musaceae. Género
Musa, espécie Musa paradisiaca), catalogada por Lineu.
Gâmetas
Gametófito Esporófito
n 2n
Esporos
Plantas Criptógramas – são plantas inferiores, que não têm flores e não se
reproduzem por sementes.
Nas plantas fanerógramas, o zigoto através da mitose produz células
meristemáticas, isto é, a partir do ovo formam-se embriões, os quais vão dar
origem a células meristemáticas que no seu conjunto vão formar tecidos.
As células com a mesma função têm geralmente formas semelhantes, uma vez
que a forma de uma célula está adaptada à função que ela exerce.
Engler, dividiu em Talófitas (plantas com talo e sem órgãos vegetativos) e
Cormófitas (plantas com raiz, caule e folhas); Cronquist, introduziu um sistema
que levou em consideração não apenas a morfologia, mas também a filogenia
(história evolucionária) e a composição química das espécies, para a sua
classificação. Com os avanços da Biologia Molecular, a classificação dos
vegetais está sendo cada vez mais aprimorada.
Sumário
O primeiro sistema de classificação das espécies vegetais (e também animais) foi criado
pelo naturalista sueco Lineu (Carl von Lineu-1707-1778), baseada nos caracteres dos
estames, isto é, no número e posição dos estames na flor. Devido a isso, o sistema de
Lineu é também chamado sistema sexual. Nesta classificação podia acontecer que
espécies de um mesmo género, com número diferente de estames, fossem enquadradas
em classes diferentes. A importância de Lineu, na história da Botânica, é imensa. Teve o
grande mérito de criar uma espécie de catálogo onde registou uma grande parte das
Elaborado por dr Reinato Andrade Xavier – Tete /2010
Botânica Geral – Estudo dos Vegetais 13
plantas conhecidas nos dias de hoje, dando-lhes dois nomes, o primeiro representando o
género e o segundo a espécie, utilizando o latim como idioma para padronizar os nomes
das espécies em todo o mundo.
Exercícios
1. Botânica estuda e classifica os vegetais. Comente.
Unidade 02
Introdução
Objectivos
Anatomia Vegetal
Um organismo pode ser constituído por uma ou mais células. Nos seres
unicelulares todas as funções vitais fisiológicas necessárias para a vida são
desempenhadas pela mesma célula, isto é, absorve as substâncias do meio
ambiente e converte-as na sua própria substância, respira, multiplica-se, realiza as
funções que lhe permitem viver.
Nos organismos multicelulares a célula faz parte de um certo conjunto. Existem
seres multicelulares em que as células não diferem em forma e função: os seres
coloniais. Supõe-se, que no decurso da evolução os seres unicelulares originaram
os seres coloniais. O organismo unicelular divide-se por mitose, dando duas
células que, em vez de se separarem ficam reunidas numa massa de mucilagem
produzida pela parede.
Tecidos de Formação/Meristemas
Secundários/intercalados
Tecidos Paliçada
Clorofilino
Lacunoso
Amiláceo
Essencialmente Elaboradores/parênquimas Reserva Sacarino
Aerênquima
Aquoso/Hidréquima
Resinífero
Secretores
Lactífero
Tecidos Definitivos
Epiderme
Protecção Exoderme Externa
Súber/cortiça
Endoderme - Interna
Colênquima
Essencialmente Mecânicas Suporte Escleroso
Esclerênquima
Fibroso
Lenho/xilema
Condução
Líber/floema
Tecidos de Formação
ou Meristemáticos
a) Os Meristemas Primários
Constituem o embrião da planta e são responsáveis por seu desenvolvimento,
encontram-se também nas gemas ou brotos. Durante o desenvolvimento do
embrião, a maior parte desse meristema transforma-se em outros tipos de tecido,
e uma parte menor fica restrita às extremidades da raiz e do caule, garantindo,
assim, que o vegetal cresça no sentido do comprimento (crescimento
longitudinal), aparecem alongados que dão origem a progressão da raiz,
empurrando para baixo a zona de divisão e a coifa. Estas células estão em
constantes divisões celulares. Enquanto a planta cresce em comprimento,
dizemos que ela possui estrutura primária.
b) Os Meristema Secundários
São formados por células que readquirem a capacidade de efectuar mitoses, são
células não especializadas que se dividem para formar novas células, próximo
dos pontos de crescimento da planta. Os meristemas permanecem em estado
embrionário durante toda a vida planta.
Sumário
A parte da Biologia que estuda os tecidos designa-se Histologia.
Tecido Conjunto de várias células idênticas e que desempenham a mesma função
ou actividade.
A anatomia e organização de uma planta, tal como de qualquer outro organismo
dependem das características das suas células constituintes.
Exercícios
Tecidos Definitivos:
Básicos ou Parênquimas
formados normalmente por células vivas com parede celular delgada, formadas
basicamente por celulose que é parede primária, as células dos parênquimas são
poliédricas e isodiamétricas, ou seja, possuem diâmetros iguais nas várias
direcções. Estas células são bastante importantes na regeneração dos tecidos e no
desenvolvimento de primórdios radiais ou caulinares de órgãos escisados.
Constituição
Estes tecidos constituem no todo ou em grande parte considerável, grandes
porções das plantas, como a medula e a zona cortical de raízes e caules, no
mesofilo das folhas, as partes carnudas dos frutos e no endosperma ou albúmen
das sementes e encontram-se a constituir os vasos condutores (xilema e floema).
Tipos de parênquimas
Fig. 3. Representação dos parênquimas palicídico e lacunoso num corte transversal de uma folha.
E por fim mas não menos importante temos os aerênquimas que são
parênquimas com grandes câmaras ou lacunas entre suas células para que possa
haver circulação do ar. São comuns em órgãos que garantem a fácil difusão de
gases e em órgãos flutuantes, como é o caso das raízes respiratórias e dos
pecíolos das folhas do copo-de-leite.
Estas, encontram-se na medula, nas raízes, nos rizomas, nos tubérculos, nos frutos
carnudos, etc. A família gramínea ou juncaceau, este, armazena água e chama-se
de parênquima aquífero ou aquoso.
h) Parênquima secretora, aquela que elabora produtos não usados no processo
de alimentação. Secreção é eliminação de produtos úteis na planta e
excreção é eliminação de substâncias inúteis na planta. A secreção nos
vegetais surge interna ou externamente.
2º Os tubos lactíferos são o conjunto de canais ramificados, por onde circula uma
secreção chamada látex a qual em contacto com o ar sofre coagulação.
Exemplo de plantas com tubos lacticíferos:
Família euforbiáceas (Herner brasileira) – a seringueira
Família apocináceas (Nerium oleander) – a espirradora
Família morráceas (Morus láctea) – a figueira.
3º Canais resiníferos são tubos longos cujas células eliminam resina para o seu
interior. E têm função semelhante a das gimnospermae. Exemplo o odor dos
pinheiros produzido por essas resinas serve de protecção.
Sumário
O tipo básico de célula vegetal corresponde a uma célula de parênquima, com
origem no meristema fundamental. Apresentam uma enorme totipotência,
podendo regenerar toda a planta, desempenhando um importante papel na
cicatrização.
O termo parênquima atribui-se a todos os tecidos constituídos por células com
forma e funções muito variáveis, mas tendo em comum o facto de serem
formados normalmente por células vivas, pouco diferenciadas e mais ou menos
isodiamétricas.
Exercícios
aéreos, é revestida pela cutícula, que reduz o ressecameto. Pode ser substituída
por um tecido secundário, a periderme.
Fig. 5. Corte transversal da raiz primária de Mandevilla velutina. Ep = epiderme; Pr = pêlos radicular;
Ex = exoderme; Pc = parênquima cortical; En = endoderme; P = periciclo; Xp = xilema primária; Fp =
floema primário.
Estrutura da Epiderme
Tipos de Tricomas
Tipos de Estômatos
Anomócito ou ranunculeáceos: não possui célula subsidiária, é cercado de
vários tipos de células epidérmicas.
Anisocítico ou crucífero: três subsidiárias, uma é maior que as outras.
Paracíticos ou rubiáceos: duas células subsidiárias paralelas.
Os ostíolos fecham-se quando não tiverem água flácida e abrem-se quando têm
água. Os hidrátodos ou hidratodios são estruturas semelhantes aos estomas
situados nas margens das folhas. Eliminam a água na forma líquida (gutação)
sob a condição de temperatura e humidade.
Lentículas ou lentícitas nelas ocorrem geralmente nos caules porque formam
pequenas fendas do caule para a troca de gases. Os tecidos tornam-se
suberificados aqueles situados externamente e os internos formam o
parênquima.
Tecidos de Suporte
Constituídos por várias células espessas, que mantêm rigidez a planta, evitam
esmagamento de agentes externos. Por exemplo o vento permite a posição
erecta das plantas.
Os tecidos de suporte podem ser:
Colênquima
Tecidos de suporte
Esclerênquima.
1º Espessamento angular
2º Espessamento laminar ou tangencial nas paredes.
3º Espessamento anular, as paredes são uniformemente espessadas.
4º Espessamento lacunar dá-se nas partes das paredes que contacta com os
espaços intercelulares.
Tecidos de Transporte
ou
Tecidos de Condução
Esses tecidos transportam a água e sais minerais ou seja a seiva bruta e seiva
elaborada. Estes tecidos localizam-se na região central ou dos caules
acompanhados por tecidos de suporte ou feixes condutores. Os tecidos
condutores podem ser:
Xilema ou lenho
Tecidos de condução
Floema ou líber.
Fig. 12 Corte transversal de um caule mostra algumas das principais estruturas das plantas:
periciclo, endoderme, protoxilema, floema e metaxilema (xilema funcional) - Fonte:
http://toiusd.multiply.com/journal/item/297
Seminário
diversos tipos celulares, por vezes formando tecidos distintos, por vezes
dispersos no parênquima.
Exercícios
Unidade 03
Introdução
Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre a estrutura externa da raíz, do caule e
da folha. Depois de termos discutido nas unidades anteriores sobre os tecidos vegetais,
nesta unidade começaremos a discussão sobre os órgãos da planta com particular destaque
para a raíz, o caule e a folha.
Objectivos
Os órgãos de planta: raiz, caule, folhas, flores e frutos, esses são constituídos
por uns ou mais tipos celulares.
Classificação antiga dos tecidos dérmicos: vasculares e fundamentais. O
sistema dérmico compreende: a camada exterior do corpo da planta, tem
função de protecção dos tecidos interiores dos órgãos. O sistema vascular
agrupa xilema e floema que durante o crescimento primário desenvolvem-se
por actividade do câmbio, constitui o sistema de transporte na planta. Os
lenho de maior calibre que é metaxilema virado para dentro. O lenho primário é
centrípeto porque o protoxilema está virado para fora.
GIMINOSPERMAS ANGIOSPERMAS
DICOTILEDONEA MONOCOTILEDÔNEA
. Fasciculada (sistema
. Pivotante (sistema
radicular)
radicular)
. Feixes condutores
. Feixes condutores
fechados
Pivotante - (Sistema abertos . Apresentam várias
RAIZES . Apresentam uma
radicular) séries de feixes
única série de feixes
condutores
condutores
. Tecido de suporte
. Tecidos de suporte
aparece em feixe
aparecem isolados
contínuo
(colênquima)
(esclerênquima)
Lenhoso e
CAULE ramificado (sistema Ramificado Não ramificado
monopodial)
Unissexuais e
aperiantadas
Femininas: carpelos Dímeras,
FLOR abertos e óvulos tetrâmeras e Tímeras
expostos. Masculino: pentrâmeras
folhas estaminhal com
sacos polínicos.
Número de lojas a 3
FRUTO Não produzem frutos Com 2,4 ou 5 Lojas
ou seu múltiplo
SEMENTES 2 OU MAIS
2 COTILÉDONE 1 COTILÉDONE
(EMBRIÃO) COTILÉDONE
Sumário
Os órgãos da planta: raiz, caule, folhas, flores e frutos, esses são constituídos
por uns ou mais tipos celulares.
O sistema dérmico compreende: a camada exterior do corpo da planta, tem
função de protecção dos tecidos interiores dos órgãos. O sistema vascular
agrupa xilema e floema que durante o crescimento primário desenvolvem-se
a) Origem da raiz
A raiz da planta pode ter várias origens. Se tiver origem a partir da radícula do
embrião, diz-se normal; de nascer ao longo ou nas folhas de certas plantas,
diz-se raízes adventícias.
c) Tipos de radiciação
2º Situação de raízes: a maior parte das raízes vive sobre a terra e dizem-se
raízes subterrâneas. Outras raízes como da lentícula da água – são raízes
aquáticas. Ainda outras crescem noutras como Orquídea – são raízes aéreas.
d) Funções de raízes:
- Fixação da planta no solo,
- Absorção de alimentos (água e sais minerais),
- Acumulação de substâncias de reserva.
e) Metamorfoses ou
modificações da raiz:
Metamorfose significa adaptação estrutural da função. Existem algumas raízes
modificadas que executam certas funções:
1º - Raízes respiratórias: são comuns em plantas que vivem em solos
alagados.
As raízes respiratórias ou Pneumatóforos são adaptadas à realização de
trocas gasosas com o ambiente. São encontradas em espécies do
género Aviccenia, que vivem em solos encharcados e pobre em oxigénio dos
mangais.
As raízes dessas plantas crescem rente à superfície e, de espaço em espaço,
lançam projecções erectas para fora do solo, os pneumatóforos. Apresentam
grande número de pequenos oríficios, os pneumatóforos, através dos quais
ocorrem trocas gasosas.
EXERCÍCIOS:
1 – Diferencie monocotiledôneas de dicotiledôneas, baseando-se na
morfologia das raízes e folhas.
2 – Muitas pessoas colocam a batata-inglesa para brotar e gerar um novo pé
de batata. Por que isso é possível?
3 – Uma árvore média, com 1 ano de idade, tem 1 metro de altura. Nesse
idade sofreu uma lesão no caule, a 40 cm do solo. Depois disso, ao completar
b) Características morfológicas
Nas plantas dicotiledóneas, o crescimento ou germinação é Epígea. Nas
plantas monocotiledóneas é Hipógea, os cotilédones permanecem debaixo do
d) Tipos de Caule
1º Forma do caule:
- Haste: verde, delicado, realiza fotossíntese. Ex: margarida.
- O caule da maioria das plantas é lenhoso e mais grosso a certa altura, capaz
de maior sustentação. Este tipo de caule é conhecido por Tronco. Ex:
mangueira, acácia.
mapira, também possuem colmos apesar de não serem ocos. São cheios ou
medulosos.
2º Situação do caule
A grande maioria das plantas apresentam caules aéreos mas lentilha, golfo,
apresentam o caule aquático. A batateira e o lírio, apresentam o caule
subterrâneo porque tem-no enterrado. Os caules subterrâneos podem
apresentar diferentes aspectos: rizomas são caules de desenvolvimento
horizontal sem cor verde, recoberto de escamas que são folhas modificadas
que emitem raízes e caules aéreos, exemplo Lírio, morangueiro, feto, etc..
EXERCÍCIOS:
1. Relacione a estrutura dos órgãos vegetais com o tipo de crescimento.
2. Identifique órgãos vegetais com estrutura primaria e secundária, em
diferentes plantas monocotiledôneas e dicotiledôneas.
3. O que são plantas gimnospermicas?
a) Origem da Folha
Originam-se a partir dos primórdios foliares na região meristemática
caulinar. A folha provém do desenvolvimento da gémula do embrião e
insere-se nos nós do caule. Significa que as primeiras folhas provêm da
gémula do embrião e as outras provêm dos gomos ou gemas que aparecem
dos esboços foliares do caule.
b) Características morfológicas
Uma folha completa é constituída por bainha, pecíolo e limbo, se não
apresenta uma destas partes, diz-se incompleta. Se lhe falta bainha ou pecíolo,
c) Tipos de folhas
1º Número de linhas das folhas
As folhas que possuem um único limbo são simples. Aquelas em que o
pecíolo sofre ramificação, formando outros limbos, geralmente são camadas
folículos, dizem-se compostas. Ex: folhas da acácia amarela. Outras como as
da acácia vermelha em que os pecíolos se ramificam e se subdividem ainda –
são recompostas.
Observando as folhas completas notamos vários aspectos: os folículos saem
todos do mesmo ponto do pecíolo e as folhas são digitadas. Podemos
encontrar outras folhas onde os pecíolos distribuem-se ao longo do pecíolo –
são pinuladas; neste caso serão paripinuladas quando tiverem um folículo
terminal. As folhas do Trevo, apresentam o limbo com três folículos e
chamam-se trifoliados.
Metamorfoses ou Modificações
As plantas insectívoras conhecidas por Carninosas, têm folhas com pêlos
exteriormente do que internamente. as folhas da concha ,os pêlos envolvem as
vitimas.
Existe outro tipo de planta Nepente de Madagáscar, as folhas terminam com
formas de jarro onde os insectos caem depois de serem capturados pelos
pêlos. O tricularia, as folhas tem a forma de covas do pescador que
geralmente os pequenos animais .Ex:Crustáceos caem nas covas e são
digeridos. As folhas podem apresentar outras modificações de acordo com as
funções que desempenham ; Ex: Ervilheira tem gavinha de suporte ; O Lívio
tem escamas, o Cacto tem espinhas para a protecção
A Flor
Componentes da Flor
A flor que possui apenas o androceu é uma flor masculina. A flor feminina
tem apenas o gineceu. Se os dois órgãos reprodutores estiverem presentes na
flor, ela é hermafrodita.
As flores estão presas no caule ou nos ramos por uma haste denominada
pedúnculo, que se dilata na parte superior formando o receptáculo floral. No
receptáculo prendem-se todos os verticilos florais. As vezes, as flores estão
sozinhas no caule. São flores solitárias, como as do mamão, da laranja, a
violeta, a rosa, o cravo, etc. Outras vezes, várias flores estão presas no mesmo
lugar do caule. Neste caso, elas formam uma inflorescência. As
inflorescências são diferentes umas das outras.
Fecundação na Flor:
O Mecanismo da Fecundação
Quando uma abelha pousa em uma flor em busca de néctar, muitos grãos de
pólen colam-se em seu corpo. Ao pousar em outra flor, o inseto leva os grãos
de pólen, que caem sobre o estigma dessa flor e ficam colados nele. Depois de
atingir o estigma transportado por uma abelha, por exemplo, o grão de pólen
sofre modificações. Emite um tubo, chamado tubo polínico, que penetra no
estilete e atinge o ovário.
Fruto e semente
Você ainda tem dúvidas? O que acontece é que as pessoas usam o termo fruta
para designar os órgãos vegetais comestíveis e adocicados, de sabor
agradável. Mas o termo fruto aplica-se a todos os órgãos vegetais que se
originam do desenvolvimento do ovário. Assim, a goiaba, e a laranja são
frutas e também frutos. A berinjela e o carrapicho não são frutas, mas são
frutos.
O fruto geralmente é formado de pericarpo e semente. O pericarpo origina-se
do ovário da flor, que se desenvolve depois da fecundação, e apresenta três
partes: epicarpo, mesocarpo e endocarpo. O epicarpo é a porção externa, a
casca. O mesocarpo é a parte muitas vezes carnosa e comestível.
A Semente e a Dormência:
Composição da Semente
Multiplicação e Reprodução
Multiplicação vegetativa
a partir de raízes (processos naturais).
a) Raízes da Dália
d) Raízes do Framboeseiro:
Multiplicação vegetativa
a partir do caule (processos naturais)
a) Caule do Morangueiro:
Elaborado por dr Reinato Andrade Xavier – Tete /2010
Botânica Geral – Estudo dos Vegetais 78
b) Caule da Batateira:
c) Caule do Polipódio:
d) Caule do Alho:
Multiplicação vegetativa
a partir de folha
a) Folhas da Marchântia:
Existe uma planta conhecida por marchantia, nela há formação de gemas ou
gomos na folhas que podem originar novas plantas.
b) Folhas da Fortuna:
Nas folhas da Fortuna caídas no solo, formam-se pequenas plantas que
enraizam e se desenvolvem formando novas plantas.
c) Folhas de Calanchoe:
Nas suas extremidades formam-se várias plântulas que caem e formam novas
plantas. As diferenças: umas caem e formam-se novas plantas e outras
formam-se plantas e caem.
d) Folhas da Pita ou Piteira:
Nela formam-se fibras, no centro da fibra forma-se enorme inflorescência cujo
eixo ramificado tem poucas flores nuas, centenas de balbilhos que caem
formando novas plantas. Depois de florescer durante a sua vida uma única vez
ela morre.
Multiplicação vegetativa
a partir de Caules
(Processos artificiais)
a) Estacaria: A multiplicação da mandioqueira obtém-se por estaca,
introduzindo ramos da planta (bacelos) no solo que mais tarde apresenta raízes
adventícias e caules aéreos constituem novas plantas.
Tipos de Reprodução
Tipos de Gâmetas
Em função de gâmetas fecundantes, falamos em planogamia e aplanogamia.
a) Planogamia: são gâmetas com motilidade, e podem ser:
1º Isogamia: as gâmetas iguais dotadas de motilidade e têm flagelos.
2º Anisogamia ou Heterogamia: os gâmetas são diferentes em tamanho
mas ambos possuem flagelos.
3º Oogamia: um dos gâmetas é grande e imóvel (gâmeta feminino
chamado oosfera) e o outro é pequeno e móvel (gâmeta masculino
chamado anterozóide).
b) Aplanogamia: gâmetas sem motilidade e podem ser (zigogamia,
citogamia e somatogamia).
Existe outras algas, a geração adulta possui talo diplóide, os quais sofrem o
processo da meiose acompanhado pela redução cromática, para formar
gâmetas haploides e estas, pelo processo de fecundação acompanhado pela
duplicação cromática, formam o zigoto que acaba originando um adulto
diplóide que pode sofrer processo da segmentação para formar de novo, talo
diplóide. O ciclo reprodutivo é diplobionte (ou diplonte). A meiose é gamética,
pois ser viu para formar gâmetas. Também é chamada de meiose final por que
ocorre no fim do período de desenvolvimento do indivíduo adulto diplóide.
Este processo ocorre nas algas verdes e também nos animais.
A conjugação
Indice
ANEXOS
Nas plantas, chama-se parênquima ao tecido pouco especializado que forma a parte interior de muitos
órgãos, como a raiz e o caule jovem (córtex) e as folhas (mesofilo) das plantas vasculares ou das
frondes e talos das algas. O parênquima está relacionado com afotossíntese, a reserva de várias
substâncias, cicatrização e origem de estruturas adventícias. As células do parênquima podem se
especializar em células ou estruturas secretoras.
São três os sistemas de tecido: (a) sistema dérmico ou de revestimento; sistema vascular e sistema
fundamental. Os sistemas de tecidos têm origem a partir dos meristemas primários durante o
desenvolvimento do embrião, respectivamente a partir da protoderme, procâmbio e sistema
fundamental.
Os tecidos vegetais estão distribuídos nos órgãos da planta segundo padrões definidos, mas de uma
maneira geral, o sistema vascular é envolvido pelo sistema fundamental e ambos revestidos
externamente pelo sistema dérmico.
Os tecidos podem ser definidos como grupos de células que apresentam estrutura e função
semelhantes. Os tecidos formados por apenas um tipo de células são denominados tecidos simples,
como é o caso do parênquima, colênquima e esclerênquima. Aqueles tecidos, como a epiderme (e
também a periderme) e os tecidos vasculares (xilema e floema) que apresentam vários tipos celulares
diferentes em sua constituição são denominados tecidos complexos.
1. INTRODUÇÃO
de células ligadas por meio de plasmodesmos, parece ter surgido pela primeira vez nas algas
Charophyceae. Os fósseis de plantas terrestres primitivas mostram que estes vegetais já apresentavam
o corpo formado por parênquima e que este tecido já apresentava as características do parênquima
encontrado nos musgos e nas hepáticas atuais. Acredita-se que durante a evolução o parênquima foi
sofrendo modificações, dando origem aos diferentes tecidos que constituem o corpo do vegetal, se
especializando para atender diferentes funções.
Botânica como sendo o tecido que preenche o corpo da planta, recebendo também o nome de tecido
fundamental. É encontrado em todos os órgãos da planta, formando um contínuo por todo o corpo do
vegetal: no córtex da raiz, no córtex e na medula do caule e no mesofilo foliar. O parênquima pode
existir ainda, como células isoladas ou em grupos, fazendo parte do xilema do floema e da periderme.
Assim, o parênquima pode ter origem diversa, a partir do meristema fundamental do ápice do caule e
da raiz, dos meristemas marginais das folhas e, nos órgãos que apresentam crescimento secundário,
podem originar-se do câmbio vascular e do felogênio.
2. CARACTERÍSTICAS DO TECIDO
As células parenquimáticas geralmente são vivas e apresentam vacúolos bem desenvolvidos. Essas
células são descritas como isodiamétricas (Fig. 1), entretanto, sua forma pode variar. Quando isoladas
são mais ou menos esféricas, mas adquirem uma forma definida por ação das várias forças, ao se
agruparem para formar um tecido.
O conteúdo dessas células varia de acordo com as atividades desempenhadas, assim podem apresentar
numerosos cloroplastos, amiloplastos, substâncias fenólicas, etc. Como são células vivas e nucleadas,
podem reassumir características meristemáticas, voltando a apresentar divisões celulares quando
estimuladas. A cicatrização de lesões, regeneração, formação de raízes e caules adventícios e a união
de enxertos, são possíveis devido ao retomada da atividade meristemática das células do parênquima.
As células parenquimáticas podem ser consideradas simples em sua morfologia, mas devido à
presença de protoplasma vivo, são bastante complexas fisiologicamente.
No parênquima é comum à presença de espaços intercelulares formados pelo afastamento das células,
espaços esquizógenos (Fig. 2). O tamanho e a quantidade desses espaços variam de acordo com a
função do tecido.
3. TIPOS DE PARÊNQUIMA
Dependendo da posição no corpo do vegetal, do conteúdo de suas células e sua função, o parênquima
pode ser classificado em: 3.1 Fundamental - Cortical e Medular:
3.2 Clorofiliano: Ocorre nos órgãos aéreos dos vegetais, principalmente, nas folhas. Suas células
apresentam paredes primárias delgadas, numerosos cloroplastos e são intensamente vacuoladas. O
tecido está envolvido com a fotossíntese, convertendo energia luminosa em energia química,
armazenando-a sob a forma de carboidratos.
Os dois tipos de parênquima clorofiliano mais comuns encontrados no mesofilo são: o parênquima
clorofiliano paliçádico, cujas células cilíndricas se apresentam dispostas perpendicularmente à
epiderme e o parênquima clorofiliano lacunoso, cujas células, de formato irregular, se dispõem de
maneira a deixar numerosos espaços intercelulares (Fig. 4). Figura 4. Parênquima Clorofiliano
(Chlorenchyma)
3.3 Reserva: O parênquima pode atuar como tecido de reserva, armazenando diferentes substâncias
ergásticas, como por exemplo, amido (Fig. 5), proteínas, óleos, etc., resultantes do metabolismo
celular. São bons exemplos de parênquimas de reserva, o parênquima cortical e medular dos órgãos
tuberosos e o endosperma das sementes (Fig. 2).
Figura 2 - Endosperma de Diospyrus. Parênquima de reserva com paredes celulares primárias espessas
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3.6 Lenhoso: Geralmente, o parênquima apresenta apenas paredes primárias, mas as células do
parênquima medular, bem como do parênquima do xilema secundário podem desenvolver paredes
secundárias lignificadas, formando o chamado parênquima lenhoso.
3.7 Células de Transferência: Em muitas partes da planta, grandes quantidades de material são
transferidas rapidamente às curtas distâncias, através de um tipo especial de células parenquimáticas
denominadas células de transferência. Essas células apresentam modificações nas suas paredes,
formando inúmeras invaginações voltadas para a face interna (Fig. 7). Estas invaginações consistem
numa forma especializada de parede secundária não lignificada, depositada sobre a parede primária. A
plasmalema acompanha essa parede irregular, aumentando a superfície de absorção ou secreção de
substâncias pelo protoplasma destas células. As células de transferência, geralmente, aparecem
associadas aos elementos de condução do xilema e do floema, às estruturas secretoras, entre outras,
sempre relacionadas com o transporte de nutrientes à curta distância.
ANEXOS
Estolão ou estolho é um tipo de caule que cresce paralelamente ao chão, produzindo gemas de espaço
em espaço. Essas gema podem formar raízes e folhas e originar novas plantas.
Rizomas são caules subterrâneos que acumulam substâncias nutritivas. Em alguns rizomas ocorre
acúmulo de material nutritivo em certas regiões, formando tubérculos. Rizomas podem ser
distinguidos de raízes pelo fato de apresentarem gemas laterais. O gengibre, usado como tempero na
cozinha oriental, é um caule tipo rizoma.
Na bananeira, o caule é um rizoma e a parte aérea é constituída exclusivamente por folhas. Um única
vez na vida de uma bananeira um ramo caulinar cresce para fora do solo, dentro do conjunto de folhas,
e forma em seu ápice uma inflorescência que se transforma em um cacho com várias pencas de
bananas.
A batata-inglesa possui um caule subterrâneo que forma tubérculos, as batatas, um dos alimentos
mais consumidos no mundo.
Bulbos são estruturas complexas formadas pelo caule e por folhas modificadas. Os bulbos costumam
ser classificados em três tipos: tunicado, escamoso e cheio.
O exemplo clássico de bulbo tunicado é a cebola, cuja porção central, chamada prato, é pouco
desenvolvida. Da parte superior do prato partem folhas modificadas, muito ricas em substâncias
nutritivas: são os catafilos, que formam a cabeça da cebola. Da porção inferior do prato partem as
raízes.
O bulbo escamoso difere do tunicado pelo fato dos catafilos se disporem como escamas parcialmente
sobrepostas. Esse tipo de bulbo é encontrado no lírio.
No caso do bulbo cheio, as escamas são menos numerosas e revestem o bulbo como se fosse uma
casca. Bulbos cheios estão presentes na palma.
Cladódios são caules modificados, adaptados à realização de fotossíntese. As plantas que os possuem
perderam as folhas no curso da evolução, geralmente como adaptação a regiões de clima seco. A
ausência de folhas permite à planta economizar parte da água que será perdida por evaporação.
Gavinhas são ramos modificados que servem para a fixação de plantas trepadeiras. Ao encontrar um
substrato adequado as gavinhas crescem enrolando-se sobre ele.
Espinhos são ramos curtos, resistentes e com ponta afiada, cuja função é proteger a planta, afastando
dela animais que poderiam danificá-la.Os espinhos tanto podem surgir por modificações de folhas,
como nas cactáceas, como se originar do caule. Nesse caso forma-se nas axilas das folas, a partir de
uma gema axilar, como ocorre nos limoeiros e laranjeiras.
Nas roseiras não há espinhos verdadeiros e sim acúleos, estruturas afiadas originadas da epiderme, o
que explica serem facilmente destacáveis da planta, ao contrário dos espinhos.
De formato extremamente variável, uma folha completa é formada por um “cabinho”, o pecíolo, e
uma superfície achatada dotada de duas faces, o limbo percorrido pelas nervuras. A principal função
da folha é servir como local em que é realizada a fotossíntese. Em algumas plantas, existem folhas
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modificadas e que exercem funções especializadas, como as folhas aprisionadoras de insetos das
plantas insetívoras, e os espinhos dos cactos.
Uma folha é sempre originada a partir de um gema lateral do caule. Existem dois tipos básicos de
folhas quanto ao tipo de nervura que apresentam: as paralelinérveas, típicas das monocotiledôneas, e
as reticulinérveas, comuns em eudicotiledôneas.
Eudicotiledôneas são uma das duas principais classes de angiospermas; inicialmente contidas
dentro do grupo das dicotiledôneas, que foi desmembrado por não ser monofilético. O prefixo
eu significa verdadeiro, portanto este termo designaria as plantas que realmente apresentam
dois cotilédones. Esse grupo difere-se do antigo dicotiledônea por apresentar somente plantas
que apresentem grão de pólen triaperturado, característica derivada de um ancestral comum,
que torna o grupo monofilético
O formato e a cor das folhas são muito variáveis e algumas delas chamam a atenção por sua estrutura
peculiar. É o caso por exemplo, das folhas modificadas presentes em plantas carnívoras, cuja
adaptação auxilia na captura de insetos. Também é especialmente interessante a coloração de certas
brácteas, pequenas folhas modificadas na base das flores, apresentam: de tão coloridas, elas atuam
como importante elemento para atração dos insetos.
A queda das folhas ocorre por meio de um processo chamado abscisão foliar. Inicialmente forma-se
um tecido cicatricial na região do pecíolo que une a folha ao caule, o tecido de abscisão, que
interrompe gradativamente a passagem de água e nutrientes minerais do caule para a folha. A planta,
assim, perde as folhas com o mínimo de prejuízo e reduz a atividade metabólica durante todo o
inverno. Na primavera, surgem novos primórdios foliares junto às gemas dormentes, que logo se
desenvolvem em folhas.
As folhas podem ser classificadas de diversas maneiras: de acordo com a sua disposição no caule, a
forma do limbo, a forma da borda etc.
Filotaxia
Filotaxia é o modo como as folhas estão arranjadas no caule. Existem três tipos básicos de filotaxia:
oposta, verticilada e alternada.
A filotaxia é oposta quando existem duas folhas por nó, inseridas em regiões opostas. Quando três ou
mais folhas inserem-se no mesmo nó, a filotaxia é chamada verticilada. Quando as folhas se inserem
em regiões ligeiramente deslocadas entre si, em nós sucessivos, descrevendo uma hélice, a filotaxia é
chamada alternada.
Tipos de limbo
O limbo pode ser simples (não-dividido) ou composto, dividido em dois, três ou mais folíolos. Caso
os folíolos de um limbo composto partam todos de um mesmo ponto do pecíolo, dispondo-se como os
dedos de uma mão, a folha é chamada de palmada.
Quando os folíolos de dispõem ao longo do pecíolo, a folha é chamada de penada. As folhas penadas
podem terminar em um único folíolo, sendo chamadas imparipenadas, ou em dois folíolos, sendo
chamadas paripenadas.
A forma e o tipo de borda do limbo são outras características utilizadas na classificação de folhas.
Flor
A flor é o órgão reprodutivo das plantas angiospermas. Flores que apresentam órgãos reprodutores de
ambos os sexos, masculino e feminino, são chamadas de hermafroditas (ou monóica). Já as flores
que apresentam órgãos reprodutores de apenas um dos sexos (masculino ou feminino) são chamadas
de dióica.
Uma flor hermafrodita é geralmente constituída por quatro conjuntos de folhas modificadas, os
verticilos florais. Os verticilos se inserem em um ramos especializado, denominado receptáculo floral.
Os quatro verticilos florais são o cálice, constituído pelas sépalas, a corola, constituída pelas pétalas, o
androceu, constituído pelos estames, e o gineceu, constituído pelos carpelos.
Uma flor que apresenta os quatro verticilos florais, ou seja, cálice, corola, androceu e gineceu, é
uma flor completa. Quando falta um ou mias desses componentes a flor é chamada incompleta.
As sépalas são geralmente verdes e lembram folhas. São as partes mais externas da flor e a sua função
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é cobrir e proteger o botão floral antes dele se abrir. O conjunto de sépalas forma o cálice floral.
Pétalas são estruturas geralmente coloridas e delicadas e se localizam internamente às sépalas. O
conjunto de pétalas forma a corola.
O conjunto formado pelos dois verticilos florais mais externos, o cálice e a corola, é denominado
perianto (do grego Peri, em torno, e anthos, flor).
Estames
Carpelos
Carpelos são folhas modificadas, em que se formam os gametas feminios da flor. Um ou mais
carpelos formam uma estrutura em forma de vaso, o pistilo. Este apresenta uma região basal dilatada,
o ovário, do qual parte um tubo, o estilete, que termina em uma região dilatada, o estigma. O conjunto
de pistilos de uma flor constitui o gineceu (do grego gyncos, mulher, feminino).
O pistilo pode ser constituído por um, dois ou mais carpelos, dependendo do tipo de flor. Em geral, o
número de câmaras internas que o ovário apresenta corresponde ao número de carpelos que se
fundiram para formá-lo. No interior do ovário formam-se um ou mais óvulos.
Os óvulos vegetais são estruturas complexas, constituídas por muitas células. Nisso os óvulos vegetais
diferem dos óvulos animais, que são estruturas unicelulares.
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No interior de cada óvulo vegetal se encontra uma célula especializada, a oosfera, que é o gameta
feminino propriamente dito.
Diagramas florais
O número dos tipos de peças florais estudadas é variável de flor para flor e pode ser representado
esquematicamente por um diagrama. Cada tipo pode ser representado por 3, 4 ou 5 peças ou múltiplos
desses números. Na flor do hibisco, por exemplo, uma planta comum em jardins, há 5 sépalas, 5
pétalas, um número múltiplo de 5 estames e um pistilo cujo ovário é dividido em 5 lojas.
Inflorescências
Em algumas plantas muitas flores se agrupam em um mesmo ramo, formando conjuntos denominados
inflorescências.
Flor do brócolis
restante degenera. O ovário sofre uma grande modificação, se desenvolve e agora dizemos que virou
fruto. Em seu interior os óvulos viram sementes.
Assim, a grande novidade das angiospermas, em termos de reprodução, é a presença dos frutos. Todos
os componentes da flor que estudamos participa do processo reprodutivo que culminará na produção
de sementes dentro do fruto. Em toda a angiosperma é assim, mas deve-se se lembrar que existe
variações: há diferentes formatos de frutos e diferentes quantidades ou até mesmo nenhuma semente.
Quando a planta tem inflorescências para a reprodução, os frutos formados também ficarão reunidos e
constituirão as infrutescências. É o caso do cacho de uvas, da amora, da jaca e da espiga de milho.
Polinização e fecundação
Polinização é o transporte dos grãos de pólen das anteras, onde eles se formam, até o estigma,
geralmente de uma outra flor. A polinização é o primeiro passo para a aproximação dos gametas
femininos e masculinos, essencial para que a fecundação ocorra.
O transporte do pólen, até o estigma é feito por agentes polinizadores, que podem ser o vento, os
insetos ou os pássaros.
Anemofilia
A polinização pelo vento é chamada de anemofilia (do grego anemos, vento). Há diversas adaptações
que favorecem esse tipo de polinização. As flores de plantas anemófilas geralmente tem estigmas
plumosos, que oferecem maior superfície para receber os grãos de pólen. Suas anteras geralmente
possuem filetes longos e flexíveis que oscilam ao vento, o que facilita a dispersão do pólen. Além
disso, as plantas anemófilas costumam produzir grande quantidade de grãos de pólen, o que aumenta
as chances de polinização.
Entomofilia e ornitofilia
A polinização por insetos é chamada entomofilia (do grego entomos, inseto) e a polinização por aves,
ornitofilia (do grego ornithos, aves). As flores polinizadas por animais geralmente possuem
características que atraem os polinizadores, tais como corola vistosa, glândulas odoríferas e produtoras
de substâncias açucaradas (néctar). Existem até mesmo flores que produzem dois tipos de estames, um
com grãos de pólen férteis mas pouco atraentes e outro com pólen atraente e comestível. O animal à
procura do pólen comestível, se impregna com o pólen fértil, transportando-o de uma flor para a outra.
Fecundação
Um grão de pólen, ao atingir o estigma de uma flor de mesma espécie, é estimulado a se desenvolver
por substâncias indutoras presentes no estigma. O pólen forma um longo tubo, o tubo polínico, que
cresce pistilo adentro até atingir o óvulo. Este possui um pequeno orifício nos tegumentos,
denominado micrópila, por onde o tubo polínico penetra. Pelo interior do tubo polínico deslocam-se
duas células haplóides, os núcleos espermáticos, que são os gametas masculinos.
No interior do óvulo há uma célula haplóide especial, a oosfera, que corresponde ao gameta feminino.
A oosfera situa-se em posição estratégica dentro do óvulo, bem junto a pequena abertura denominada
mocrópila. O tubo polínico atinge exatamente a micrópila ovular e um dos dois núcleos espermáticos
do pólen fecunda a oosfera, originado o zigoto. Este dará origem ao embrião.
O outro núcleo espermático se une a dois núcleos polares presentes no interior do óvulo, originando
um tecido triplóide, o endosperma, que nutrirá o embrião.
O óvulo fecundado se transforma na semente, que contém um pequeno embrião em repouse em seu
interior.
Frutos e sementes
Os frutos surgem do desenvolvimento dos ovários, geralmente após a fecundação dos óvulos. Em
geral, a transformação do ovário em fruta é induzida por hormônios liberados pelos embriões em
desenvolvimento. Existem casos, porém, em que ocorre a formação de frutos sem que tenha havido
polinização.
Partes do fruto
Um fruto é constituído por duas partes principais: o pericarpo, resultante do desenvolvimento das
paredes do ovário, e as sementes, resultantes do desenvolvimento dos óvulos fecundados.
O pericarpo compõe-se de três camadas: epicarpo (camada mais externa), mesocarpo (camada
intermediária) e endocarpo (camada mais interna). Em geral o mesocarpo é a parte do fruto que mais
se desenvolve, sintetizando e acumulando substâncias nutritivas, principalmente açucares.
Diversas características são utilizadas para se classificar os frutos, entre elas o tipo de pericarpo, se o
fruto abre-se ou não espontaneamente para liberar as sementes, etc.
Frutos que apresentam pericarpo suculento são denominados carnosos e podem ser do tipo baga,
quando se originam de ovários uni ou multicarpelares com sementes livres (ex.: tomate, abóbora, uma
e laranja), ou do tipo drupa, quando se originam de ovários unicarpelares, com sementes aderidas ao
endocarpo duro (ex.: azeitona, pêssego, ameixa e amêndoa).
Frutos que apresentam endocarpo não suculento são chamados de secos e podem ser deiscentes,
quando se abrem ao amadurecer, liberando suas sementes, ou indeiscentes, quando não se abrem ao se
tornar maduros.
O que se conhece popularmente por “frutas” não tem significado botânico. Fruta é aquilo que tem
sabor agradável, às vezes azedo, às vezes doce. É o caso da laranja, pêssego, caju, banana, pêra, maça,
morango, amora. Note que nem toda fruta é fruto verdadeiro.
Já o tomate, a berinjela, o jiló e a abobrinha, entre outros, são frutos verdadeiros, mas não são frutas...
Nos pseudofrutos a porção comestível não corresponde ao ovário desenvolvido. No caju, ocorre
hipertrofia do pedúnculo floral. Na maça, na pêra e no morango, é o receptáculo floral que se
desenvolve.
Assim, ao comer a polpa de um abacate ou de uma manga você está se alimentando do fruto
verdadeiro. No entanto, ao saborear um caju ou uma maça, você está mastigando o pseudofruto.
No caso da banana e da laranja de umbigo (baiana), o fruto é partenocárpico, corresponde ao ovário
desenvolvido sem fecundação, logo, sem sementes.
Os cotilédones
Todo o embrião contido em uma semente de angiosperma é um eixo formado por duas extremidades:
Uma “folha” embrionária merece especial atenção. É o cotilédone. Algumas angiospermas possuem
dois cotilédones, outras possuem apenas um. Plantas que possuem dois cotilédones, são chamadas de
eudicotiledôneas e plantas que possuem um cotilédone sã chamadas de monocotiledôneas. Os
cotilédones inserem-se no caulículo, que dará origem ao caule.
MULTIPLICAÇÃO VEGETATIVA
As plantas se multiplicam basicamente de duas maneiras na natureza: por sementes, chamada de
propagação sexuada, e/ou por meio de partes vegetativas (galhos, ramos, raízes e folhas), chamada de
propagação assexuada.
O homem, para fins de subsistência ou demandas de mercado, desenvolveu técnicas de multiplicação
de plantas para não depender somente das formas naturais de reprodução, que ocorrem mais
lentamente.
PROPAGAÇÃO SEXUADA
Semente
A técnica consiste em germinar sementes coletadas de plantas no ambiente nativo ou cultivadas,
utilizando recipientes e substratos que proporcionem germinação satisfatória. Em alguns casos, as
sementes precisam ser previamente tratadas para contornar problemas específicos de dormência
(fenômeno que atrasa a germinação).
As espécies apícolas comumente multiplicadas por esta técnica são: angico, arnica, aroeira, barriguda,
cabaceira, caiá, calabura, cambará, canela-de-cotia, carandá, carobinha ou jacarandá, cassita ou
saboneteira, cumbaru, embaúba, falso-louro, gonçalo, guanandi, ingá, leucena, louro, mangaba-brava,
mamãozinho, maminha-de-porca, morcegueiro, moringa, nó-de-cachorro, peroba-rosa, piúva ou ipê,
pururuca, sibipiruna, sucupira, ximbuva, entre outras.
PROPAGAÇÃO ASSEXUADA
São utilizadas partes vegetativas das plantas coletadas no ambiente nativo ou em cultivo para esse tipo
de multiplicação. Estas estruturas são colocadas em recipientes e substratos que proporcionem um
pegamento satisfatório, que se dá inicialmente pela formação de raízes bem vigorosas.
Estaca
Partes de caule, ramo, galho ou raiz, contendo gemas (brotos), com tamanho médio de 20 centímetros,
espessura variando entre 0,5 e 1,5 centímetros e cortados reto na parte de cima e em bisel (inclinado)
na parte de baixo.
Os vegetais multiplicados a partir de estacas geralmente apresentam fase juvenil mais breve e
produzem em pouco tempo flores e frutos, quando comparados às plantas produzidas a partir de
sementes.
As espécies apícolas comumente multiplicadas por esta técnica são: acerola, astrapéia, bico-de-
papagaio, boldo, canela-de-cotia, carqueja, cassitaou saboneteira, falso-louro, erva-cidreira, ginseng-
do-pantanal, goiabeira, guaco, hortelã, nove-horas, entre outras.
Mini-estaca
As mini-estacas se assemelham muito às estacas. Porém, são menores, a ponto de serem necessários
instrumentos como tesoura e pinça para a sua retirada das plantas.
As espécies apícolas comumente multiplicadas por esta técnica são: acerola, alfavaca,
eucalipto,hortelã, manjericão, entre outras.
Enxertia
Esta técnica consiste na união de partes de duas plantas aparentadas. Uma é o enxerto (ou cavaleiro)
que é da planta que se pretende multiplicar devido à boa produção de frutos, flores e folhas, ou outra
característica importante. A outra é o porta-enxerto (ou cavalo), que geralmente é uma planta jovem,
com raízes bem formadas e resistentes às condições de solos locais, originado a partir de estacas ou
sementes. A união dessas duas partes - geralmente feita com uma amarra de fita plástica - vai originar
uma nova e única planta.
As espécies apícolas comumente multiplicadas por esta técnica são: laranjeira, limoeiro, mangueira,
roseira, entre outras.
Divisão de touceira
A touceira é um conjunto de rebentos ou perfilhos de uma planta. Uma forma de dividir as touceiras
consiste em retirar as partes localizadas nas suas bordas, de modo que todas fiquem com um pouco de
raízes para, posteriormente, serem plantadas.
As espécies apícolas comumente multiplicadas por esta técnica são: carqueja, nove-horas, entre outras.
Brotação lateral
Basicamente, as brotações laterais são como os perfilhos. Tais brotações são normalmente retiradas
com o objetivo de formar novas plantas com características genéticas idênticas às da planta-mãe.
Em regiões mais quentes, em semelhança à multiplicação por estacas, recomenda-se cortar parte das
folhas da brotação para minimizar a perda de água.
As espécies apícolas normalmente multiplicadas por esta técnica são: abacaxizinho, abacaxizeiro,
babosa, sisal, entre outras.
Divisão de rizoma
O rizoma é um caule que cresce lateralmente na superfície do solo ou abaixo da superfície, emitindo a
intervalos variáveis, ramos aéreos ou folhas. Para sua multiplicação, deve-se primeiro esperar o
crescimento de gemas (brotos). Logo após, corta-se os rizomas da planta mãe em pedaços de 10 cm
que contenham de 2 a 3 gemas, sendo depois enterrados no solo no local do plantio.
As espécies apícolas comumente multiplicadas por esta técnica são: hortelã, hortelã-brava, entreoutras.
Mergulhia
Esta técnica consiste em colocar um ramo, ainda preso à planta, para enraizar na terra ou no substrato
(enterrado ou preso por uma estaca de metal).
Depois de enraizado, o ramo é cortado da planta. As espécies apícolas comumente multiplicadas por
esta técnica são: erva-cidreira, manjericão, papoleira ou hibiscus, roseira, entre outras.
Alporquia
Após a seleção de um galho ou ramo da planta, deve-se fazer um anelamento ou pequenos entalhes na
região que se pretende estimular o enraizamento. Cobrir a área com substrato embrulhado num
plástico amarrado com barbante. Após o enraizamento, deve-se cortar o galho enraizado e plantá-lo no
local desejado.
As espécies apícolas comumente multiplicadas por esta técnica são: figueira, jabuticabeira, laranjeira,
pitangueira, romã, roseira, entre outras.