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Manual de Curso de Lincenciatura

Ensino de Biologia

Universidade Católica de Moçambique


Centro de Ensino `a Distância
Direitos de autor (copyright)
Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino `a
Distância (CED) e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução
deste manual, no seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios
(electrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade
editora (Universidade Católica de Moçambique-Centro de Ensino `a Distância). O não
cumprimento desta advertência é passivel a processos judiciais.

Elaborado Por: Arlindo Elísio Pedro Supinho


Licenciado em Ensino de Química e Biologia pela Universidade
Pedagógica-Delegação da Beira.
Docente das Escolas Secundarias de Mafambisse e da Catedral
Colaborador e Docente do Centro de Ensino a Distância-Departamento de
Química e Biologia da Universidade Católica de Moçambique.
Formador Provinvial do Núcleo de Combate ao HIV/SIDA em Sofala.

Universidade Católica de Moçambique


Centro de Ensino `a Distância-CED
Rua Correira de Brito No 613-Ponta-Gêa

Moçambique-Beira
Telefone: 23 32 64 05
Cel: 82 50 18 44 0
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E-mail:ced@ucm.ac.mz
Website: www..ucm.ac.mz
Agradecimentos
A Universidade Católica de Moçambique-Centro de Ensino `a Distância e o autor do presente
manual, dr. Arlindo Elisio Pedro Supinho, agradecem a colaboração dos seguintes indivíduos e
instituições na eleboração deste manual.

Pela contribuição do conteúdo.


dr. Arlindo Elisio Pedro Supinho (Colaborador e Docente na
UCM-CED – Departamento de Biologia).
Pelo desenho e maquetização dr. Arlindo Elisio Pedro Supinho (Docente na UCM-CED) & dr.
Sérgio Daniel Artur, coordenador e docente de Cursos de Química
e de Biologia;
Pela revisão linguística dr. Sérgio Daniel Artur (Coordenador e Docente na UCM-CED –
Curso de Lic em Ensino de Biologia e de Química).
Índice

i
Visão Geral 01
Benvindo a Botânica Geral 01
Objectivos da cadeira 01
Quem deveria estudar esta cadeira 01
Como está estruturada este cadeira 02
Ícones de actividade 02
Habilidades de estudo 01
Precisa de apoio? 01
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) 02
Avaliação 01

Unidades de Estudo-B0023
Unidade 01. Breve Historial da Botânica 03
Unidade 02. Tecidos Vegetais: Meristemas 07
Unidade 03. Tecidos Vegetais: Parênquima 11
Unidade 04. Tecidos Vegetais: Colênquima e Esclerênquima 15
Unidade 05. Tecidos Dérmicos: Epiderme 21
Unidade 06. Tecidos Vegetais: Endoderme e Súber..................................................................25
Unidade 07. Tecidos Vegetais: Xilema e Floema.......................................................................29
Unidade 08. Estrutura Externa da Raíz......................................................................................34
Unidade 09. Estrutura Primária da Raíz de Monocotiledónea................................................... 39
Unidade 10. Estrutura Primária da Raíz de Dicotiledónea.........................................................44
Unidade 11. Estrutura Secundária da Raíz................................................................................47
Unidade 12. Estrutura Extrena do Caule....................................................................................50
Unidade 13. Estrutura Primária do Caule de Monocotiledónea..................................................55
Unidade 14. Estrutura Primária do Caule de Dicotiledónea........................................................59
Unidade 15. Estrutura Secundária do Caule de Dicotiledónea...................................................63
Unidade 16. Estrutura Externa da Folha.....................................................................................68
Unidade 17. Estrutura da Folha de Monocotiledónea................................................................74
Unidade 18. Estrutura da Folha de Dicotiledónea......................................................................78
Unidade 19. A Flor nas Plantas.................................................................................................83
Unidade 20. Fruto e Semente.....................................................................................................89
Unidade 21. Tipos de Reproduçã.o............................................................................................94
Unidade 22. Ciclos de Vida em Plantas...................................................................................100
Unidade 23.Plantas Gimnospérmicas......................................................................................108
Unidade 24. Plantas Angispérmicas.........................................................................................114

ii
iii
Visão Geral

Benvindo a Botânica Geral


Caro estudante, bem-vindo a Botânica Geral. A Botânica Geral, é um
campo das ciências Biológicas que se ocupa com o estudo das
diferentes formas de manifestações de comportamentos, tanto dos
animais que vivem livres na natureza bem como os que vivem sobre a
ifluência do Homem.

Esta cadeira permitirá que o prezado estudante, compreenda os


aspectos morfológicos das plantas. Características das mais variadas
formas de plantas olhando em particular aspectos estruturais comuns em
diferentes grupos de vegetais na natureza.

Neste módulo, serão discutidos assuntos como: História da Botânica,


tecidos de revestimento, tecidos suporte, tecidos protecção e tecidos de
sustentação em vários grupos de plantas com destaque para as
traqueóitas ou pura e simplesmente plantas supreiores.

Objectivos da Cadeira
Quando caro estudante, terminar o estudo da Botânica Geral , deverá ser
capaz de:

 Caracterizar as diferentes estruturas das plantas superiores;


 Descrever a anatomia e morfologia das plantas superiores;
 Desenhar e legendar tecidos e órgãos das plantas superiores;
 Aplicar os conhecimentos básicos sobre as plantas superiores;
 Explicar as formas de multiplicação e reprodução nos vegetais;
Objectivos  Demonstrar bases sólidas para outras cadeiras como Botânica
Sistemática e Fisiologia Vegetal.

Quem deveria estudar esta Cadeira


Este manual da cadeira de Botânica Geral foi concebido para todos
aqueles que estejam a ingressar para os cursos de licenciatura em
ensino de Biologia, dos programas do Centro de Ensino `a Distância, e
para aqueles que desejam consolidar seus conhecimentos em Botânica

1
Geral, para que sejam capazes de compreender a diversidade
anatómica, morfológica e fisiológica das plantas superiores.

Como está estruturado este Módulo


Todos os manuais das cadeiras dos cursos oferecidos pela Universidade
Católica de Moçambique-Centro de Ensino `a Distância (UCM-CED)
encontram-se estruturados da seguinte maneira:

Páginas introdutórias
 Um índice completo.
 Uma visão geral detalhada da cadeira, resumindo os aspectos-
chave que você precisa conhecer para completar o estudo.
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes
de começar o seu estudo.
Conteúdo da cadeira
A cadeira está estruturada em unidades de aprendizagem. Cada unidade
incluirá, o tema, uma introdução, objectivos da unidade, conteúdo
da unidade incluindo actividades de aprendizagem, um sumário da
unidade e uma ou mais actividades para auto-avaliação.
Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma
lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem
incluir livros, artigos ou sites na internet.
Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação
Tarefas de avaliação para esta cadeira, encontram-se no final de cada
unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para
desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes
elementos encontram-se no final do manual.
Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários
sobre a estrutura e o conteúdo da cadeira. Os seus comentários serão
úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este manual.

Ícones de Actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens
das folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do
processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de
texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.

2
Acerca dos ícones

Os ícones usados neste manual são símbolos africanos, conhecidos por


adrinka. Estes símbolos têm origem no povo Ashante de África
Ocidental, datam do século 17 e ainda se usam hoje em dia.

3
Habilidades de Estudo
Caro estudante, procure olhar para você em três dimensões
nomeadamente: O lado social, professional e estudante, dai ser
importante planificar muito bem o seu tempo.

Procure reservar no mínimo 2 (duas) horas de estudo por dia e use ao


máximo o tempo disponível nos finais de semana. Lembre-se que é
necessário elaborar um plano de estudo individual, que inclui, a data, o
dia, a hora, o que estudar, como estudar e com quem estudar (sozinho,
com colegas, outros).

Evite o estudo baseado em memorização, pois é cansativo e não produz


bons resultados, use métodos mais activos, procure desenvolver suas
competências mediante a resolução de problemas específicos, estudos
de caso, reflexão, etc.

Os manuais contêm muita informação, algumas chaves, outras


complementares, dai ser importante saber filtrar e apresentar a
informação mais relevante. Use estas informações para a resolução dos
exercícios, problemas e desenvolvimento de actividades. A tomada de
notas desenpenha um papel muito importante.

Um aspecto importante a ter em conta é a elaboração de um plano de


desenvolvimento pessoal (PDP), onde você reflecte sobre os seus
pontos fracos e fortes e perspectivas o seu desenvolvimento.

Lembre-se que o teu sucesso depende da sua entrega, você é o


responsável pela sua própria aprendizagem e cabe a ti planificar,
organizar, gerir, controlar e avaliar o seu próprio progresso.

Precisa de Apoio?
Caro estudante, temos a certeza de que por uma ou por outra situação, o
material impresso, lhe pode suscitar alguma dúvida (falta de clareza,
alguns erros de natureza frásica, prováveis erros ortográficos, falta de
clareza conteudística, etc). Nestes casos, contacte o tutor, via telefone,
escreva uma carta participando a situação e se estiver próximo do tutor,
contacte-o pessoalmente.

Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o


estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o tutor,
usando para o efeito os mecanismos apresentados acima.

1
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interação, em caso de
problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado, numa
fase posterior contacte o coordenador do curso e se o problema for da
natureza geral, contacte a direcção do CED, pelo número 825018440.

Os contactos so se podem efectuar, nos dias úteis e nas horas normais


de expediente.

As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante,


tem a oportunidade de interagir com todo o staff do CED, neste período
pode apresentar dúvidas, tratar questões administrativas, entre outras.

O estudo em grupo, com os colegas é uma forma a ter em conta, busque


apoio com os colegas, discutam juntos, apoiem-me mutuamnte, reflictam
sobre estratégias de superação, mas produza de forma independente o
seu próprio saber e desenvolva suas competências.

Juntos na Educação `a Distância, vencedo a distância..

Tarefas (avaliação e auto-avaliação)


O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e
auto-avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é
importante que sejem realizadas.As tarefas devem ser entregues antes
do período presencial.

Para cada tarefa serão estabelecidos prazaos de entrga, e o não


cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do
estudante.

Os trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem ser


dirigidos ao tutor/docentes.

Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo


os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os
direitos do autor.

O plagiarismo deve ser evitado, a transcrição fiel de mais de 8 (oito)


palavras de um autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade,
humildade científica e o respeito pelos direitos autorais devem marcar a
realização dos trabalhos.

2
Avaliação
Vocé será avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e o
período presencial (20%). A avaliação do estudante é regulamentada
com base no chamado regulamento de avaliação.

Os trabalhos de campo por ti desenvolvidos, durante o estudo individual,


concorrem para os 25% do cálculo da média de frequência da cadeira.

Os testes são realizados durante as sessões presenciais e concorrem


para os 75% do cálculo da média de frequência da cadeira.

Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões


presenciais, eles representam 60%, o que adicionado aos 40% da média
de frequência, determinam a nota final com a qual o estudante conclui a
cadeira.

A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira.

Nesta cadeira o estudante deverá realizar: 2 (dois) trabalhos; 1 (um)


teste e 1 (exame).

Não estão previstas quaisquer avaliações orais.

Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizadas


como ferramentas de avaliação formativa.

Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em


consideração: a apresentação; a coerência textual; o grau de
cientificidade; a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a
indicação das referências utilizadas, o respeito pelos direitos do autor,
entre outros.

Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no manual.


Consulte-os.

Alguns feedbacks imediatos estão apresentados no manual.

1
Unidade 01

Tema: Breve Historial da Botânica

Introdução

Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre o Breve Historial da


Botânica. Portanto, é importante antes lembrar que a Botânica é uma
ciência que estuda as plantas, sendo assim, ela tem uma História, bem
como acontece com qualquer outra ciência.

Portanto, caro estudante, esta convidado para a discussão introdutória


sobre o Breve Historial da Botânica.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Conhecer o breve Historial da Botânica;


 Descrever o breve Historial da Botânica
 Identificar os aspectos relevantes do breve Historial da Botânica;
Objectivos  Analizar os aspectos relevantes do breve Historial da Botânica
 Demonstrar conhecimentos sobre o breve Historial da Botânica

Breve Historial da Botânica

Botânica (do grego "botáne": planta, vegetal) é a parte da Biologia que


estuda e  classifica os vegetais considerando a forma, estrutura e
composição, agrupando-os em categorias de acordo com as suas
características semelhantes. Registros antigos nos mostram que a
Botânica já era estudada há milhares de anos. Com o passar do tempo,
a humanidade foi aprendendo a classificar e catalogar  espécies de
acordo com seu uso para as mais diversas finalidades. "Classificar" é
ciência de agrupar as plantas em unidades taxonômicas, como espécie,
gênero, etc. As primeiras formas de classificação eram artificiais, não

3
mais usadas; baseavam-se em apenas alguns caracteres dos vegetais,
como estrutura da folha, maior ou menor desenvolvimento do caule, tipos
de corola, número de estames, etc., podendo se reunir em grupos,

vegetais sem nenhuma semelhança natural. Estas classificações são


úteis para se identificar as plantas, mas, não têm valor científico. Já as
classificações naturais tomam como ponto de apoio não apenas uma
determinada característica, mas a totalidade dos dados conhecidos da
morfologia, fisiologia e genética, principalmente os referentes ao
aparelho reprodutor dos vegetais.

O homem pré-histórico, e mesmo os primeiros biólogos, faziam


classificações empíricas que foram sendo abandonadas com o
desenvolvimento da Química e Física no século XVIII. Os fenômenos
biológicos puderam então ser esclarecidos, facilitando assim as
classificações dos seres vivos. O primeiro sistema de classificação das
espécies vegetais (e também animais) foi criado pelo naturalista sueco
Lineu (Carl von Lineu-1.707-1.778), baseada nos caracteres dos
estames, isto é, no número e posição dos estames na flor. Devido a isso,
o sistema de Lineu é também chamado sistema sexual. Nesta
classificação podia acontecer que espécies de um mesmo gênero, com
número diferente de estames, fossem enquadradas em classes
diferentes.

 A importância de Lineu, na história da Botânica, é imensa. Teve o


grande mérito de criar uma espécie de catálogo onde registrou uma
grande parte das plantas conhecidas nos dias de hoje, dando-lhes dois
nomes, o primeiro representando o gênero e o segundo a espécie,
utiizando o latim como idioma para padronizar os nomes das espécies
em todo o mundo. (Quando possível, o binômio é seguido pela
abreviatura do nome do autor que classificou a espécie. Dessa forma, o
nome científico da banana, por exemplo, é Musa paradisiaca L.-
Musaceae. Gênero Musa, espécie Musa paradisiaca, catalogada por
Lineu).

O sistema de classificação de Lineu foi aperfeiçoado, mais tarde, por


diversos botâncios, dentre eles podemos citar: Eichler, que dividiu o
Reino Vegetal em Criptógamas (plantas sem flores) e Fanerógamas
(plantas com flores); Engler, que dividiu em Talófitas (plantas com talo e

4
sem órgãos vegetativos) e Cormófitas (plantas com raiz, caule e folhas);
até chegar em Cronquist, que introduziu um sistema que leva em
consideração não apenas a morfologia, mas também a filogenia (história
evolucionária) e a composição química das espécies, para a sua
classificação. Com os avanços da Biologia Molecular, a classificação dos
vegetais está sendo cada vez mais aprimorada. Como esta página tem
como objetivo educar, as mudanças siginificativas que surgirem logo
serão incorporadas.

Sumário
Registros antigos nos mostram que a Botânica já era estudada há
milhares de anos. Com o passar do tempo, a humanidade foi
aprendendo a classificar e catalogar  espécies de acordo com seu uso
para as mais diversas finalidades. As primeiras formas de classificação
eram artificiais, não mais usadas; baseavam-se em apenas alguns
caracteres dos vegetais, como estrutura da folha, maior ou menor
desenvolvimento do caule, tipos de corola, número de estames, etc.,

podendo se reunir em grupos, vegetais sem nenhuma semelhança


natural. O homem pré-histórico, e mesmo os primeiros biólogos, faziam
classificações empíricas que foram sendo abandonadas com o
desenvolvimento da Química e Física no século XVIII. Os fenômenos
biológicos puderam então ser esclarecidos, facilitando assim as
classificações dos seres vivos.

O primeiro sistema de classificação das espécies vegetais (e também


animais) foi criado pelo naturalista sueco Lineu (Carl von Lineu-1.707-
1.778), baseada nos caracteres dos estames, isto é, no número e
posição dos estames na flor. Devido a isso, o sistema de Lineu é
também chamado sistema sexual. Nesta classificação podia acontecer
que espécies de um mesmo gênero, com número diferente de estames,
fossem enquadradas em classes diferentes. A importância de Lineu, na
história da Botânica, é imensa. Teve o grande mérito de criar uma
espécie de catálogo onde registrou uma grande parte das plantas
conhecidas nos dias de hoje, dando-lhes dois nomes, o primeiro
representando o gênero e o segundo a espécie, utiizando o latim como
idioma para padronizar os nomes das espécies em todo o mundo.

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1. Botânica é a parte da Biologia que estuda e  classifica os
vegetais. Comente.
R: Considerando a forma, estrutura e composição, agrupando-
os em categorias de acordo com as suas características
semelhantes.
2. Como eram as primeiras formas de classificação?
R: Eram artificiais, não mais usadas; baseavam-se em apenas
alguns caracteres dos vegetais, como estrutura da folha, maior
ou menor desenvolvimento do caule, tipos de corola, número
Exercícios de estames, etc., podendo se reunir em grupos, vegetais sem
nenhuma semelhança natural.
3. Estas classificações são úteis. Explique porque?
R: Para se identificar as plantas, mas, não têm valor científico.
4. Quem criou o primeiro sistema de classificação das
espécies vegetais?
R: Foi criado pelo naturalista sueco Lineu (Carl von Lineu-
1.707-1.778), baseada nos caracteres dos estames, isto é, no

número e posição dos estames na flor.

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Unidade 02

Tema: Tecidos Vegetais: Meristemas

Introdução

Na unidade anterior depois de termos feito uma introducao discutindo o


Breve Historial da Botânica. Nesta unidade iremos discutir sobre Tecidos
Vegetais: Meristemas. Como deve saber, tecido um conjunto de células
que apreesenta a mesma estrutura e desempenha a mesma função.

Portanto, nesta unidade iremos discutir sobre os meristemas primários e


secundários e sua classificação segundo alguns critérios.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Conhecer os tecidos meristemáticos;


 Explicar a estrutura dos tecidos meristemáticos;
 Descrever as funcoes dos tecidos meristemáticos;
Objectivos  Comparar os tecidos meristemáticos quanto a estrutura e função.
 Classificar os tecidos meristemáticos segundo a origem e localização;

Tecidos Vegetais: Meristemas

A anatomia e morfologia de uma planta, tal como de qualquer outro


organismo, dependem das características das suas células constituintes.
É sabido que todas as células da planta se formam, por mitose, do
zigoto, no entanto, a partir de certa altura o crescimento vegetal está
restrito a localizações específicas-meristemas. As células que formam os
tecidos meristemáticos caracterizam-se por apresentarem núcleos
grandes, organitos pouco desenvolvidos, vacúolos pouco desenvolvidos
ou inexistentes e paredes celulares finas. Estas células mantêm a

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capacidade de divisão, sofrendo mitoses mais ou menos contínuas, de
modo a originar os tecidos definitivos da planta.

Os meristemas podem ser classificados de acordo com diversos


critérios, nomeadamente localização e origem.

 Quanto à localização, os meristemas podem ser:

Meristemas apicais: localizados no ápice caulinar e radicular, onde


causam o alongamento da planta;
Meristemas laterais: localizados em anel ao longo da raiz e do caule,
causando o engrossamento da planta;
Meristemas intercalares: ao contrário dos restantes, são meristemas
temporários, originando a formação de novos ramos e folhas. 

 Quanto à sua origem, os meristemas podem ser:


Meristemas primários: com origem em células embrionárias, são
responsáveis pelo alongamento da raiz e do caule, bem como pela
formação dos tecidos definitivos primários. Existem três meristemas
primários:

a) Protoderme: forma uma camada contínua de células em volta


dos ápices caulinar e radicular, sendo responsável pela
formação dos tecidos dérmicos ou de revestimento primários;
b) Meristema fundamental: envolve o procâmbio por dentro e por
fora, originando os tecidos primários de enchimento ou
fundamentais;
c) Procâmbio: localizado no interior dos ápices caulinares e
radiculares, em anel, origina os tecidos condutores primários.

Meristemas secundários: com origem em células já diferenciadas que


readquirem secundariamente a capacidade de divisão, são responsáveis
pelo engrossamento das estruturas e pela formação dos tecidos
definitivos secundários. Existem apenas dois meristemas secundários:

a) Câmbio Vascular: com origem em células do procâmbio ou em


células parenquimatosas dos raios medulares, localiza-se no
cilindro central, exteriormente ao xilema primário e interiormente
ao floema primário. Em corte transversal as suas células
parecem pequenos quadrados mas em corte longitudinal pode

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perceber-se que existem dois tipos de célula, uma longa e
fusiforme que origina as células vasculares e uma curta que
origina os raios medulares;
b) Câmbio Suberofelogénico: com origem em células do córtex,
epiderme ou mesmo do floema, localiza-se na zona cortical,
geralmente logo abaixo da epiderme. As suas células
apresentam um corte transversal rectangular e forma para o
exterior súber e para o interior feloderme. Ao conjunto, súber,
câmbio suberofelogénico e feloderme, chama-se periderme.

Imagem: Localização dos principais meristemas numa planta (caule à esquerda e raiz à
direita). Fonte: Biologia das Plantas.

Independentemente do modo como os meristemas apicais


slocalizados, as células por eles produzidas não se encontram
organizadas ao acaso mas sim agrupadas em tecidos. Estes tecidos
podem ser classificados segundo diversos aspectos, nomeadamente:

Tipo de tecidos Características

Formados a partir de
Primários
meristemas primários
Origem Formados a partir de
Secundários
meristemas secundários
Constituição Com um único tipo de
Simples
Celular célula

Complexos Com vários tipos de

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células
Tecidos de revestimento e
Dérmicos
protecção

Tecidos de transporte de
Vasculares
água e/ou solutos
Função

Tecidos de
preenchimento,
Fundamentais
fotossintéticos ou de
armazenamento

Sumário
As células que formam os tecidos meristemáticos caracterizam-se por
apresentarem núcleos grandes, organitos pouco desenvolvidos, vacúolos
pouco desenvolvidos ou inexistentes e paredes celulares finas. Estas
células mantêm a capacidade de divisão, sofrendo mitoses mais ou
menos contínuas, de modo a originar os tecidos definitivos da planta.

Os meristemas podem ser classificados de acordo com diversos


critérios, nomeadamente localização e origem: quanto à localização, os
meristemas podem ser: meristemas apicais, meristemas laterais,
meristemas intercalares. Quanto à sua origem, os meristemas podem
ser: meristemas primários, protoderme, meristema fundamental,
procâmbio. Existem apenas dois meristemas secundários: câmbio
vascular e câmbio suberofelogénico.

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1. Quanto à localização, como sao agrupados os meristemas?
R: Meristemas apicais, meristemas laterais e meristemas
intercalares.
2. Distinga dois a sua escolha.
R: Meristemas apicais: localizados no ápice caulinar e radicular,
onde causam o alongamento da planta enquanto que
meristemas laterais: localizados em anel ao longo da raiz e do
caule, causando o engrossamento da planta.
3. Classifique os os meristemas quanto à sua origem.
R: Meristemas primários: com origem em células embrionárias,

Exercícios são responsáveis pelo alongamento da raiz e do caule, bem


como pela formação dos tecidos definitivos primários.
Meristemas secundários: com origem em células já
diferenciadas que readquirem secundariamente a capacidade
de divisão, são responsáveis pelo engrossamento das
estruturas e pela formação dos tecidos definitivos secundários.

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Unidade 03

Tema: Tecidos Vegetais: Parênquima

Introdução

Prezado estudante, as plantas também apresentam um agrupamento de


tecidos que garantem a sobrevivência das plantas realizando uma série
de funções específicas e coodenadas.

Nesta unidade iremos discutir o parênquima como um tecido vegetal e


está convidado para uma discussão participativa sobre o tema proposto.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Explicar a estrutura parênquima;


 Descrever as funções do parênquima;
 Caracterizar as células do parênquima;
 Comparar os parênquima quanto a estrutura;
Objectivos
 Classificar os parênquima segundo a localização;
 Fazer desenho e legenda do parênquima.

Tecidos Vegetais: Parênquima


O tipo básico de célula vegetal corresponde a uma célula de
parênquima, com origem no meristema fundamental. Apresentam uma
enorme totipotência, podendo regenerar toda a planta, tendo por esse
motivo um importante papel na cicatrização. Por este motivo são
considerados os tecidos mais simples e menos diferenciados. 

Estas células formam a grande maioria do corpo da planta e têm uma


forma mais ou menos cilíndrica, parede celulósica fina e sem parede
secundária. As células parenquimatosas são sempre células vivas e com
grandes vacúolos no estado adulto.

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Quando o parênquima apresenta cloroplastos designa-se clorênquima ou
parênquima clorofilino. Este tecido surge não só nas folhas mas também
em caules e mesmo em raízes de plantas epífitas. O clorênquima pode
apresentar-se nas folhas segundo duas disposições:
a) Parênquima clorofilino em paliçada: células alongadas
arranjadas em filas apertadas e paralelas, como numa paliçada;
b) Parênquima lacunoso: células mais ou menos poliédricas e
arranjadas livremente, com espaços ou lacunas entre si.

As células parenquimatosas também podem apresentar numerosos


tipos de plastos, contendo pigmentos (outros que não clorofilas),
substâncias de reserva diversas, etc., designado-se então
parênquima de reserva. 

Imagem: Corte transversal numa Folha de Dicotiledónea com Clorênquima. Fonte:


Internet.

Os parênquimas são os tecidos localizados entre a epiderme e os


tecidos condutores. Eles desempenham várias funções, como
preenchimento, assimilação, reserva e secreção. Suas células são vivas
e possuem vacúolo grande. A parede celular é delgada, com pequenos
poros ou perfurações através dos quais ocorre contato entre os
protoplasmas de células vizinhas. Tipos de parênquima:

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a) Clorofiliano ou clorênquima: parênquima que contém
cloroplastos,
b) Fundamental ou de preenchimento: células grandes, paredes
finas e espaços intercelulares,
c) Reserva: células com conteúdo
d) Transportador
e) Aerênquima: Parênquima com grandes espaços intercelulares.
Obs: o aerênquima compreende não só os espaços de ar, como
o parênquima em volta também.

O parênquima se origina no procâmbio, felogênio e meristema


fundamental. Tem como função cicatrização/regeneração, reserva(ar e
água), transporte, fotossíntese e síntese.

 Características do Parênquima

 Parede fina e flexível;


 Campos primários de pontoação;
 Espaço intercelular;
 Isodiamétrica;
 Protoplasto vivo.

Sumário
Os parênquimas apresentam uma enorme totipotência, podendo
regenerar toda a planta, tendo por esse motivo um importante papel na
cicatrização. As células parenquimatosas são sempre células vivas e
com grandes vacúolos no estado adulto. O clorênquima pode
apresentar-se nas folhas segundo duas disposições: parênquima
clorofilino em paliçada, parênquima lacunoso: células mais ou menos
poliédricas e arranjadas livremente, com espaços ou lacunas entre si.

Os parênquimas são os tecidos localizados entre a epiderme e os


tecidos condutores. Eles desempenham várias funções, como
preenchimento, assimilação, reserva e secreção. Suas células são vivas
e possuem vacúolo grande. Tipos de parênquima: clorofiliano ou
clorênquima, fundamental ou de preenchimento, reserva, transportador,

14
aerênquima. O parênquima se origina no procâmbio, felogênio e
meristema fundamental. Tem como função cicatrização/regeneração,
reserva(ar e água), transporte, fotossíntese e síntese.

1. Qual são as caracteristicas básicas das células do


parênquima?
R: As células parenquimatosas são sempre células vivas e com
grandes vacúolos no estado adulto.
2. O clorênquima pode apresentar-se nas folhas segundo duas
disposições. Comente.
R: Parênquima clorofilino em paliçada: células alongadas
arranjadas em filas apertadas e paralelas, como numa paliçada.
Parênquima lacunoso: células mais ou menos poliédricas e
Exercícios arranjadas livremente, com espaços ou lacunas entre si.
3. Quais são os tipos de parênquima?
R: Clorofiliano ou clorênquima: parênquima que contém
cloroplastos, Fundamental ou de preenchimento: células grandes,
paredes finas e espaços intercelulares, Reserva: células com
conteúdo, transportador e aerênquima: parênquima com grandes
espaços intercelulares. Obs: o aerênquima compreende não só os
espaços de ar, como o parênquima em volta também.
4. Indique as características do parênquima.
R: Parede fina e flexível; Campos primários de pontoação; Espaço
intercelular; Isodiamétrica; Protoplasto vivo.

15
Unidade 04

Tema: Tecido Vegetais: Colênquima e


Esclerênquima

Introdução

Prezado estudante, como deve estar a notar atraves do tema que esta
unidade e continuidade das anteriores, nela iremos discultir os tecidos
vegetais colênquima e esclerênquima.

No entanto, mais uma vez está convidado para uma discussão


participativa sobre os diferentes aspectos relacionados com estes
tecidos vegetais.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Explicar a estrutura do colênquima e esclerênquima;


 Descrever as funções do colênquima e esclerênquima;
 Caracterizar as células do colênquima e esclerênquima;
 Comparar do colênquima e esclerênquima quanto a estrutura;
Objectivos
 Classificar do colênquima e esclerênquima segundo a localização;
 Fazer desenho e legenda do colênquima e esclerênquima.

Tecido Vegetais: Colênquima e


Esclerênquima

1. Colênquima
Em botânica, chama-se colênquima a um tecido parenquimatoso em que
as células possuem a parede primária espessada e que ajudam a
suportar órgãos em crescimento. Ocorre sob a forma de "cordões"; é
espesso e brilhante. Possui celulose, substâncias pécticas e água, e

16
suas células podem conter cloroplastos. Este é um outro tipo de tecido
primário simples, com células parenquimatosas de parede espessada
irregularmente, o que permite a comunicação entre elas. As células do
colênquima são vivas, alongadas, de forma poliédrica em corte

transversal e podem mesmo apresentar cloroplastos.

Estas células, formadas pelo meristema fundamental, têm parede


secundária rica em substâncias pécticas, hemicelulose e celulose, pelo
que funcionam como elementos de suporte em órgãos jovens e em
crescimento rápido pois as suas paredes elásticas não oferecem
resistência ao alongamento. Podem ser encontradas em cordões
isolados ou como camadas contínuas, abaixo da epiderme de caules
herbáceos, pecíolos de folhas e a formar a bainha em volta dos tecidos
condutores. De uma forma simplificada, trata-se de um tecido

especializado na sustentação esquelética dos vegetais. É formado por


um grande número de células vivas alongadas, dotadas de paredes
grossas e rígidas muito resistentes, com depósitos de celulose
reforçados.

Imagem: Células de Colênquima. Fonte: Biologia das Plantas.

As células do tecido colênquima podem medir até 1,5 milímetros de


comprimento, por 40 a 50 micrômetros de diâmetro e se organizam em
feixes longitudinais no interior das partes jovens dos caules. Também,
por ser formado por células vivas que crescem por alongamento, o
colênquima proporciona sustentação aos caules sem impedir o seu pleno

17
crescimento. As células do colênquima são chamadas de fibras
colênquimáticas, e normalmente, em um corte transversal do caule,
aparecem encostadas ou muito próximas à epiderme.

18
 Classificação dos Colênquima:

a) Colênquima Angular: Há espessamento da parede celular na


seção longitudinal e nos ângulos.é o tipo mais comum e ocorre
nos caules e pecíolos.
b) Colênquima Lamelar: Apresenta espessamento em todas as
paredes tangenciais externas e internas.É pouco comum e
ocorre em caules jovens e pecíolos.
c) Colênquima Lacunar: Com as paredes espessadas nos
ângulos, mas apresentando espaços cheios de ar entre as
células.
d) Colênquima Anular: Com todas paredes espessadas da célula.
O lumen apresenta-se circular.

2. Esclerênquima ênquima é um tecido de suporte complexo,


que devido a conter

Tecido de sustentação dos vegetais, composto por células mortas, o


esclerênquima é composto por diversos tipos celulares, por vezes
formando tecidos distintos, por vezes dispersos no parênquima. São
todas células mortas na maturidade, com parede celular espessada e
lignificada, de modo que a parede destas células permanece no vegetal,
constituindo tecidos.

Uma parede secundária não elástica apenas pode ser encontrado em

locais onde o crescimento terminou. A parede secundária destas células


é composta por lenhina, um composto laminar formado por desidratação
de glícidos, praticamente imune á degradação anaeróbia (por
microrganismos decompositores) e de decomposição extremamente
lenta em presença de oxigénio, o que lhe confere uma enorme
resistência.

 Este tecido é formado por três tipos de células:

a) Escleritos: células com forma e tamanho variável.


Encontram-se geralmente isoladas (como na polpa das
pêras, por exemplo, designando-se células pétreas), embora
possam formar camadas contínuas, junto à nervura de
folhas ou em caules e sementes. Formam-se a partir de
células parenquimatosas por crescimento de expansões que

19
ocupam os espaços intercelulares e pela deposição de uma
parede secundária de lenhina. Por  vezes este espessamento
é tal que a cavidade celular desaparece. Devido à
impermeabilização da lenhina a célula diferenciada morre;

Imagem: A esquerda: Estrutura Química de uma das formas de Lenhina. A direita:


Esclerito em forma de Estrela. Fonte: Internet
b) Células Pétreas: células de forma arredondada ou oval,
relativamente pequenas, comparadas com os escleritos e fibras,
que surgem geralmente na polpa de frutos, como a pêra,
fornecendo suporte e impedindo que o fruto rico em materiais

carnudos se desfaça ao amadurecer;


c) Fibras: células longas e estreitas, de parede uniformemente
espessada por deposição de lenhina. O linho, por exemplo, é
formado por fibras com cerca de 70 mm de comprimento,
retiradas da planta do linho. Outras fibras economicamente
importantes são a juta e o cânhamo ou o algodão.

20
Fazem parte do esclerênquima células associadas ao xilema (fibras) e os
esclereídeos, dispersos entre os tecidos parenquimáticos, ou
constituindo verdadeiras carapaças, como quando formam o envoltório
de sementes.

 Função: sustentação e resistência;


 Origem: meristema fundamental, procâmbio e câmbio vascular ;
 Tipos: fibra - xilemática e não xilemática e esclereíde.

21
 Características do Esclerênquima
 Paredes secundárias lignificadas;
 Pontoações;
 Espessamento variado;
 Formato variável;
 Protoplasto morto.

Imagem: Camadas de fibras de esclerênquima (coradas de vermelho com


safranina), formando bainhas vasculares e reforçando as nervuras desta Folha de
Dicotiledónea Fonte: Internet

Sumário
Em botânica, chama-se colênquima a um tecido parenquimatoso em que
as células possuem a parede primária espessada e que ajudam a
suportar órgãos em crescimento. As células do colênquima são vivas,
alongadas, de forma poliédrica em corte transversal e podem mesmo
apresentar cloroplastos. Esclerênquima é tecido de sustentação dos
vegetais, composto por células mortas, o esclerênquima é composto por
diversos tipos celulares, por vezes formando tecidos distintos, por vezes
dispersos no parênquima.

São todas células mortas na maturidade, com parede celular espessada


e lignificada, de modo que a parede destas células permanece no
vegetal, constituindo tecidos. Este tecido é formado por três tipos de
células: escleritos, células pétreas, fibras. Fazem parte do esclerênquima
células associadas ao xilema (fibras) e os esclereídeos, dispersos entre

22
os tecidos parenquimáticos, ou constituindo verdadeiras carapaças,
como quando formam o envoltório de sementes. Características do
esclerênquima: paredes secundárias lignificadas; pontoações;
espessamento variado; formato variável; protoplasto morto.

1. O que entendes por colênquima?


R: Um tecido parenquimatoso em que as células possuem
a parede primária espessada e que ajudam a suportar
órgãos em crescimento.
2. Porque se diz que colênquima é um tecido primário
simples?
R: Porque tem células parenquimatosas de parede
espessada irregularmente, o que permite a comunicação
entre elas. As células do colênquima são vivas,
alongadas, de forma poliédrica em corte transversal e
Exercícios podem mesmo apresentar cloroplastos.
3. Uma parede secundária não elástica apenas pode ser
encontrado em locais onde o crescimento terminou. Como
é composta a parede secundária destas células?
R: É composta por lenhina, um composto laminar formado
por desidratação de glícidos, praticamente imune á
degradação anaeróbia (por microrganismos
decompositores) e de decomposição extremamente lenta
em presença de oxigénio, o que lhe confere uma enorme
resistência.

23
Unidade 05

Tema: Tecidos Dérmicos: Epiderme

Introdução

Prezado estudante, depois de termos discutido na unidade anterior sobre


tecidos vegetais colênquima e esclerênquima. Nesta unidade iremos
discutir sobre um tecido não menos importante para a planta que a
derme com destaque para epiderme.

No entanto, mais uma vez está convidado para uma discussão


participativa sobre os diferentes aspectos relacionados com estes
tecidos vegetais.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Explicar a estrutura da epiderme;


 Descrever as funções da epiderme;
 Caracterizar as células da epiderme;
 Fazer desenho e legenda da epiderme;
Objectivos
 Comparar as partes que forma a epiderme;
 Classificar tecidos dérmicos segundo a localização;

Tecidos Dérmicos: Epiderme


A Epiderme (Córtex) e um tecido de revestimento. O córtex é a camada
externa de muitas estruturas das plantas, no sentido da Taxonomia de
Lineu, ou seja, incluindo as plantas verdes, alguns tipos de algas, como
as vermelhas e as castanhas, e ainda os líquenes laminares.

Portanto, por analogia pode-se afirmar que a epiderme, um tecido


primário simples formado pela protoderme, é constituído por uma única
camada de células que recobrem todo o corpo da planta, tal como a pele
dos vertebrados, por exemplo.

24
Imagem: Tecidos Vegetais: Corte de Embrião de Planta da Seda:
6. Cortéx. Fonte: Internet.

Geralmente estas células apresentam paredes finas, embora a parede externa seja
um pouco mais espessa que as restantes. No entanto, existem algumas situações
(agulhas dos pinheiros, por exemplo) em que as paredes são relativamente
espessadas. Nas epidermes aéreas surge uma cutícula, uma camada não celular
de substâncias lipídicas  como a cutina, segregada pelas células da epiderme e
que apresenta propriedades impermeabilizantes.

25
Image: A esquerda: Epiderme Coberta por Cutícula (corada de vermelho)
mostrando Estoma. A direita: A Flor do Algodão. Fonte: Internet.

As células epidérmicas são sempre vivas e arrumadas compactamente,


sem espaços entre si, com capacidade de divisão.  Os vacúolos são
grandes e podem conter pigmentos ou taninos. Podem, ainda,
apresentar cloroplastos, nomeadamente as células do aparelho

estomático. Os estomas surgem nas epidermes aéreas, locais que


permitem as trocas gasosas e cuja abertura é regulada por células
especializadas (células guarda).

É comum as epidermes apresentarem pelos ou tricomas. Em regra, os


pelos da raiz são simples expansões das células epidérmicas, enquanto
os pelos das folhas e caules são multicelulares. Uma excepção a essa
regra é a fibra de algodão, um pelo epidérmico de paredes celulósicas
espessas da semente do algodoeiro. Um dos pelos mais complexos é da
da folha de urtiga, como um fino tubo de extremidade reforçada por
deposição de sílica na parede celular.

O ferimento causado pela penetração dessa ponta aguçada na pele de


um animal permite a entrada do conteúdo celular, contendo compostos
altamente irritantes. Outras substâncias segregadas por pelos
epidérmicos incluem os princípios activos da droga marijuana, retirados
da epiderme da planta Canabis. A função dos pelos depende da sua
localização no corpo da planta, em raízes aumentam a área de absorção
da solução do solo, enquanto em órgãos aéreos evitam a perda
excessiva de água, protegem contra insectos, etc.

Córtex das Plantas Vasculares

26
É a camada externa do caule e da raiz das plantas vasculares sem
crescimento secundário, limitada externamente pela epiderme e
internamente pelo periciclo. É formada principalmente por células
indiferenciadas, na maior parte grandes células parenquimatosas, com
fina parede celular, cuja principal função é a reserva de amido. As
células externas podem possuir cloroplastos, formando o clorênquima,
ou adquirir paredes espessadas, transformando-se em colênquima.

Periderme
Chama-se periderme ao conjunto de tecidos das plantas vasculares com
crescimento secundário, originados do felogênio, que substitui a
epiderme, principalmente em caules e raízes, com função protetora;
desenvolve-se também em superfícies expostas após a abscisão de
partes da planta e em tecidos lesionados por ação mecânica ou pela
invasão de parasitas.

Sumário
A Epiderme (Córtex) e um tecido de revestimento. O córtex é a camada
externa de muitas estruturas das plantas. Portanto, por analogia pode-se
afirmar que a epiderme, um tecido primário simples formado pela
protoderme, é constituído por uma única camada de células que
recobrem todo o corpo da planta, tal como a pele dos vertebrados, por
exemplo. As células epidérmicas são sempre vivas e arrumadas
compactamente, sem espaços entre si, com capacidade de divisão.  Os
vacúolos são grandes e podem conter pigmentos ou taninos. 

Podem, ainda, apresentar cloroplastos, nomeadamente as células do

aparelho estomático que surgem nas epidermes aéreas, locais que


permitem as trocas gasosas e cuja abertura é regulada por células

especializadas (células guarda). O córtex das plantas vasculares é a


camada externa do caule e da raiz das plantas vasculares sem
crescimento secundário, limitada externamente pela epiderme e
internamente pelo periciclo. Chama-se periderme ao conjunto de tecidos

27
das plantas vasculares com crescimento secundário, originados do
felogênio, que substitui a epiderme, principalmente em caules e raízes,
com função protetora.

1. Como é formada a epiderme?


R: A epiderme, é um tecido primário simples formado pela
protoderme, é constituído por uma única camada de células que
recobrem todo o corpo da planta, tal como a pele dos vertebrados,
por exemplo.
3. O que entendes por periderme?
R: Conjunto de tecidos das plantas vasculares com crescimento
Exercícios
secundário.
a) Onde são originados e onde se desenvolvem?,?
R: Originados do felogênio que substitui a epiderme,
principalmente em caules e raízes, com função protetora;
desenvolve- em superfícies expostas após a abscisão de partes
da planta.

Unidade 06

Tema: Tecidos Vegetais: Endoderme e Súber

Introdução

Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre a endoderme e


súber. Nesta unidade iremos discutir sobre as estruturas da endoderme
e súber bem como, as suas funções no entanto que tecidos importantes
na vida da planta.

No entanto, mais uma vez está convidado para uma discussão


participativa sobre os diferentes aspectos relacionados com a
endoderme e súber.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

28
 Explicar a estruturas da endoderme e súber;
 Descrever as funções da endoderme e súber;
 Caracterizar as células da endoderme e súber;
 Comparar as partes que forma endoderme e súber;
Objectivos
 Classificar tecidos dérmicos segundo a localização;
 Fazer desenho e legenda da endoderme e súber.

Tecidos Vegetais: Endoderme e Súber


A Endoderme
Igualmente formada por uma única camada de células vivas, a
endoderme envolve a zona central das raízes, separando o córtex (é a

sua última camada de células) da medula destes órgãos. Tem como


função proteger a medula, que contém os tecidos condutores, de
substâncias nocivas que tenham sido absorvidas ou tenham penetrado

no córtex da raiz. As suas células apresentam espessamentos de


suberina ou lenhina em alguns locais da parede celular, permitindo ainda
a passagem de substâncias:

a) Espessamentos em U: presentes apenas em angiospérmicas


monocotiledóneas, apresentam 3 paredes laterais espessadas
com suberina e a parede não espessada virada para o córtex.
Este espessamento, apesar de não total impede a passagem de
substâncias pela célula logo existem, a espaços regulares, as
chamadas células janela, não espessadas, que permitem a

passagem em direcção à medula;

b) Pontuações (Bandas de Caspary): presentes apenas em


angiospérmicas dicotiledóneas, este espessamento forma
uma banda em volta das células, mostrando ao M.O.C.
pequenas pontuações.

29
Image: Bandas de Caspary na Endoderme. Fonte: Internet.

O Súber

O súber é um tecido secundário, muito leve e elástico, formado pelo


câmbio suberofelogénico e apenas presente em caules lenhosos. As
células do súber são mortas devido á deposição na parede secundária
de suberina. A suberina é uma substância lipídica, tornando estas
células impermeáveis aos gases e à água.

Ao contrário da epiderme, o súber é um tecido com diversas


camadas de células, podendo atingir espessuras
importantes, como no caso dos carvalhos ou dos sobreiros,
onde forma a cortiça. Quando se forma, o súber substitui a
epiderme nas suas funções de protecção, impedindo a perda
de água e protegendo o frágil floema. Dado que se trata de
um tecido impermeável, é necessário que estas camadas de
células sejam interrompidas a espaços regulares,
possibilitando as trocas gasosas com o meio. Essas zonas
de interrupção designam-se lentículas.

30
Imagem: O Súber é um Tecido Secundário. Fonte: Internet

Sumário
A endoderme envolve a zona central das raízes, separando o córtex (é a

sua última camada de células) da medula destes órgãos. Tem como


função proteger a medula, que contém os tecidos condutores, de
substâncias nocivas que tenham sido absorvidas ou tenham penetrado

no córtex da raiz. As suas células apresentam espessamentos de


suberina ou lenhina em alguns locais da parede celular, permitindo ainda

a passagem de substâncias: espessamentos em U; pontuações (bandas


de caspary). O súber é um tecido secundário, muito leve e elástico,
formado pelo câmbio suberofelogénico e apenas presente em caules
lenhosos.

As células do súber são mortas devido á deposição na parede


secundária de suberina. A suberina é uma substância lipídica, tornando

estas células impermeáveis aos gases e à água. Ao contrário da


epiderme, o súber é um tecido com diversas camadas de células,
podendo atingir espessuras importantes, como no caso dos carvalhos ou

dos sobreiros, onde forma a cortiça. Quando se forma, o súber substitui


a epiderme nas suas funções de protecção, impedindo a perda de água

e protegendo o frágil floema. Dado que se trata de um tecido


impermeável, é necessário que estas camadas de células sejam
interrompidas a espaços regulares, possibilitando as trocas gasosas com
o meio.

31
1. Como são constituidas as células da endoderme?
R: As suas células apresentam espessamentos de suberina ou
lenhina em alguns locais da parede celular, permitindo ainda a
passagem de substâncias:
2. O entendes por súber?
R: O súber é um tecido secundário, muito leve e elástico, formado
pelo câmbio suberofelogénico e apenas presente em caules
Exercícios
lenhosos.
3. Caracterize células do súber.
R: As células do súber são mortas devido á deposição na parede
secundária de suberina. A suberina é uma substância lipídica,
tornando estas células impermeáveis aos gases e à água.

32
Unidade 07

Tema: Tecidos Vegetais: Xilema e Floema

Introdução

Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre tecidos vegetais:


xilema e floema. O xilema e floema são tecidos vegetais muito
importantes e responsáveis pela condução das seivas bruta e elaborada,
respectivamente.

Nesta unidade iremos discutir sobre as estruturas e funções do xilema e


floema, na nutrição da planta, com finalidade de manuntenção da vida no
entanto que estrutura viva.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Explicar a estruturas do xilema e floema;


 Descrever as funções do xilema e floema;
 Caracterizar as células do xilema e floema;
 Comparar as células que formam o xilema e floema;
Objectivos
 Classificar tecidos dérmicos segundo a localização;
 Fazer desenho e legenda do xilema e floema.

Tecidos Vegetais: Xilema e Floema

1. Xilema
O xilema é o tecido de transporte de água e sais minerais através do
corpo das plantas. Trata-se de um tecido complexo, com origem no
procâmbio ou no câmbio vascular, conforme se trate de xilema primário
ou secundário. Nas traqueófitas não angiospérmicas, o xilema apenas
apresenta um tipo de célula transportadora (traqueídos), sendo um
tecido menos eficiente. O surgimento do xilema com elementos dos

33
vasos foi um dos passos fundamentais para a explosão das
angiospérmicas.

Imagem: Corte Transversal de um Caule mostrando o Xilema. Fonte: Internet

 Células do Xilemas nas Angiospérmica

Podem ser reconhecidos 4 tipos de células no xilema de uma


angiospérmica:

a) Traqueídos: células relativamente longas e estreitas, com


parede secundária lenhificada, o que as torna células
mortas. As suas extremidades transversais são estreitas e
cobertas por uma fina membrana, enquanto as paredes
laterais são espessas e apresentam numerosas pontuações ou
poros, locais onde não existe parede secundária, permitindo
a passagem de substâncias. Estas células alinham-se topo a
topo, de modo a facilitar o movimento de água no seu
interior;

34
Imagem: Xilema de uma Gimnospérmica, mostrando Traqueídos. Fonte:
MARTHO e AMABIS.
b) Elementos dos Vasos: células mais curtas e largas que os
traqueídos, apresentam a mesma parede secundária lenhificada.
Neste caso, as paredes transversais desaparecem, ficando as
células, alinhadas topo a topo, a formar um tubo. As paredes
laterais apresentam pontuações, simples ou aureoladas. Este
tipo de célula é muito mais eficiente na deslocação de água, mas
menos eficiente como estrutura de suporte. Pode apresentar,
ainda, um importante problema: está muito mais sujeito á
formação de bolhas de ar, que podem bloquear a passagem de
água para as zonas superiores da planta. Nos traqueídos tal não
acontecia, não só porque o diâmetro celular era menor mas
também pela presença de membranas transversais, que
impedem a passagem das bolhas de ar;

35
Imagem: A esquerda: Elemento do Vaso do Xilema de Angiospérmica. A
direita: Pontuações aureoladas na Parede Lateral de Células elementos dos
Vasos . Fonte: Biologia das Plantas.
c) Fibras Xilémicas: surgem como resultado da pouco capacidade
de suporte dos elementos dos vasos. São fibras de
esclerênquima que intermeiam as células transportadoras do

xilema;
d) Células Parenquimatosas: células com função de reserva e
controlo do movimento de soluções no tecido vascular. 

2. Floema
O floema é o tecido complexo de transporte de soluções orgânicas,
podendo igualmente ser primário ou secundário, como o xilema. Este
tecido apresenta, igualmente, quatro tipos de células, análogas às do
xilema.

 Células do Floema

O floema é formado por células alongadas, cilíndricas, formadas pelo


meristema apical (nas extremidades do caule ou dos ramos), ou pelo
câmbio vascular que forma o floema secundário da sua porção externa.

O floema é constituído por quatro tipos celulares básicos:

a) Elementos dos Tubos Crivosos: a designação destas células


vivas deriva do aspecto das suas paredes transversais, que
formam as placas crivosas. Estas células estão sempre
associadas a células companheiras, sem as quais morrem. O
seu citoplasma permanece vivo e funcional, embora altamente
modificado e especializado (não apresentam núcleo, por
exemplo). A separação entre o vacúolo e o citoplasma não é

36
nítida pois o tonoplasto é destruído durante durante a
diferenciação celular. Existem filamentos proteicos que
atravessam a célula longitudinalmente, passando através da
placa crivosa para a célula seguinte;
b) Células Companheiras: células vivas e pequenas, de citoplasma
activo e denso, que controlam o movimento de substâncias nos
elementos dos tubos crivosos, estabelecendo, por esse motivo,
numerosos plasmodesmos com estes;
c) Fibras Floémicas: em tudo semelhantes às fibras xilémicas, têm
função de sustentação. São as únicas células mortas do floema;
d) Células Parenquimatosas: célula vivas, com função, tal como as
do xilema, de reserva de nutrientes para os restantes
componentes do floema.

Imagem: Corte Longitudinal no Floema de uma Angiospérmica, mostrando os


elementos dos Ttubos Crivosos e as Células Companheiras. Fonte: Internet.

37
Sumário
O xilema é o tecido de transporte de água e sais minerais através do
corpo das plantas. Trata-se de um tecido complexo, com origem no
procâmbio ou no câmbio vascular, conforme se trate de xilema primário
ou secundário. Podem ser reconhecidos 4 tipos de células no xilema de
uma angiospérmica: traqueídos, elementos dos vasos, fibras xilémicas,
células parenquimatosas. O floema é o tecido complexo de transporte de
soluções orgânicas, podendo igualmente ser primário ou secundário,
como o xilema.

Este tecido apresenta, igualmente, quatro tipos de células, análogas às


do xilema. O floema é formado por células alongadas, cilíndricas,
formadas pelo meristema apical (nas extremidades do caule ou dos
ramos), ou pelo câmbio vascular que forma o floema secundário da sua
porção externa. O floema é constituído por quatro tipos celulares
básicos: elementos dos tubos crivosos, células companheiras, fibras

floémicas e células parenquimatosas.

1. Podem ser reconhecidos 4 tipos de células no xilema de uma


angiospérmica. Quais são?
R: Traqueídos, elementos dos vasos, fibras xilémicas, células
parenquimatosas.
a) Caracterize dois a sua escolha.
R: Fibras Xilémicas: surgem como resultado da pouco capacidade
de suporte dos elementos dos vasos. São fibras de esclerênquima
Exercícios
que intermeiam as células transportadoras do xilema; Células
Parenquimatosas: células com função de reserva e controlo do
movimento de soluções no tecido vascular. 
3. Enumre os tipos celulares básicos do floema.
R: O floema é constituído por quatro tipos celulares básicos:
elementos dos tubos crivosos, células companheiras, fibras
floémicas e células parenquimatosas.

38
Unidade 08

Tema: Estrutura Externa da Raíz

Introdução

Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre a estrutura externa


da raíz. Depois de termos discutido nas unidades anteriores sobre os
tecidos vegetais, nesta unidade começamos a discussão sobre os
orgaos da planta com particular destaque para a raíz.

Nesta unidade iremos discutir sobre os elementos ou componentes da


estrutura externa da raíz como um órgão das plantas superiores.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os diferentes tipos de raízes;


 Explicar a estruturas externa básica da raíz;
 Caracterizar os diferentes tipos de raízes;
 Comparar as estruturas dos diferentes tipos de raízes;
 Fazer desenho e legenda dos diferentes tipos de raízes;
Objectivos
 Classificar os diferentes tipos de raízes segundo a estrutura e
localização;

Estrutura Externa da Raíz

A raiz é composta de várias partes: a coifa, a zona lisa (ou de


crescimento), a zona polífera (dos pêlos absorventes), a zona suberosa
(ou de ramificação) e o colo (ou coleto).

1. Coifa:  È uma espécie de capuz que protege a ponta da raiz.


Nessa região, existem células pequenas e relativamente
delicadas que se multiplicam intensamente, promovendo o
crescimento vertical da raiz. A coifa envolve e protege essas

39
células contra o atrito com as partículas do solo e contra o
ataque de microrganismos diversos; 
2. Região lisa (ou de crescimento): É a região onde ocorre o
alongamento das células que foram produzidas na ponta
protegida pela coifa; o grande alongamento das células, nessa
região, permite o crescimento da raiz. Assim, para que uma raiz
cresça bem, deve haver: multiplicação de células (na ponta) e
alongamento celular (na região lisa);
3. Região polífera (dos pêlos absorventes): Nessa região
existem pêlos absorventes, que retiram do solo água e sais
minerais, que vão formar a seiva bruta. É também chamada
zona de absorção;
4. Região suberosa (ou de ramificação): Região na qual a raiz
se ramifica, originando as raízes secundárias, que auxiliam a
fixação da planta no solo e aumentam a superfície da absorção;
5. Colo (ou coleto): Ponto de encontro da raiz com o caule.

Imagem: Estrutura Externa da Raiz. Fonte: Internet

Classificação Básica das Raízes

Sabemos que as angiospermas podem ser divididas em dois grandes


grupos: monocotiledôneas e dicotiledôneas. Nesses grupos, verificam-se
dois tipos básicos de raízes: fasciculadas e pivotantes.        

a) Raízes Fasciculadas:

40
As raízes fasciculadas compõem-se de um conjunto de raízes finas
que têm origem em um único ponto. Não existe nessas raízes uma
ramificação mais desenvolvida que outra. Também chamadas de
raízes em cabeleira, as raízes fasciculadas ocorrem nas
monocotiledôneas, como a grama, o milho, a cana, etc.

b) Raízes Aprumadas (Pivotantes):

Nesse sistema de raízes, existe uma raiz principal, geralmente maior que
as demais e que penetra verticalmente no solo. Da raiz principal partem
as raízes laterais, que também se ramificam.  As raízes pivotantes,
também chamadas de raízes axiais, ocorrem nas dicotiledôneas, como o
feijão, o café, a laranjeira, o abacateiro, o ipê, etc.

Classificação Especial das Raízes

As raízes têm função de absorção e de fixação. Mas algumas plantas


possuem tipos especiais de raízes com outras funções. Passaremos,
então, a estudar os seus principais exemplos: tuberosas, escoras,
tabulares, sugadoras e respiratórias.

a) Raízes Tuberculosas:

As raízes tuberosas contêm grande reserva de substâncias nutritivas e


são muito utilizadas na nossa alimentação. Como exemplos dessas
raízes, podemos citar a mandioca, a cenoura, a beterraba, o cará, a
batata-doce e o nabo.

b) Raízes Aéreas (escoras):

Essas raízes, também chamadas de raízes-suportes, partem do caule e


se fixam no solo, aumentando a superfície de fixação da planta.
Geralmente são encontradas nas plantas que se desenvolvem nos
mangues, ambientes de solos movediços; é o caso da planta chamada
de mangue-vermelho, do gênero Rhizophora.

c) Raízes Tabulares:

As raízes tabulares são raízes achatadas como tábuas que encontramos


em algumas árvores de grande porte. Auxiliam a fixação da planta no

41
solo e possuem poros que permitem a absorção de gás oxigênio da
atmosfera. A sumaúma, da Amazônia, apresenta raízes tabulares.

d) Raízes Sugadoras:

São raízes de plantas parasitas, como a erva-de-passarinho, que


penetram no caule de uma planta hospedeira, sugando-lhe a seiva.

e) Raízes Respiratórias (Pneumatóforas):

São raízes de algumas plantas que se desenvolvem em locais


alagadiços. Nesses ambientes, como os mangues, o solo é geralmente
muito pobre em gás oxigênio. Essas raízes partem de outras existentes
no solo e crescem verticalmente, emergindo da água; possuem poros
que permitem a absorção de oxigênio atmosférico.

Sumário
A raiz é composta de várias partes: a coifa, a zona lisa (ou de
crescimento), a zona polífera (dos pêlos absorventes), a zona suberosa

(ou de ramificação) e o colo (ou coleto). Sabemos que as angiospermas


podem ser divididas em dois grandes grupos: monocotiledôneas e
dicotiledôneas. Nesses grupos, verificam-se dois tipos básicos de raízes:
raízes fasciculadas compõem-se de um conjunto de raízes finas que têm
origem em um único ponto, como a grama, o milho, a cana doce.

As raízes aprumadas (pivotantes) existe uma raiz principal, geralmente


maior que as demais e que penetra verticalmente no solo. Da raiz
principal partem as raízes laterais, que também se ramificam.  As raízes
pivotantes, também chamadas de raízes axiais, ocorrem nas
dicotiledôneas, como o feijão, o café, a laranjeira, o abacateiro, o ipê,
etc. As raízes têm função de absorção e de fixação. Mas algumas
plantas possuem tipos especiais de raízes com outras funções.
Passaremos, então, a estudar os seus principais exemplos: tuberosas,
escoras, tabulares, sugadoras e respiratórias.

42
1. Quais são as partes que compõem a estrutura externa da raiz?
R: A raiz é composta de várias partes: a coifa, a zona lisa (ou de
crescimento), a zona polífera (dos pêlos absorventes), a zona
suberosa (ou de ramificação) e o colo (ou coleto).
2. Explique as diferencas entre as raizes: tuberculosas sugadoras
e respiratórias.
R: Raízes sugadoras: São raízes de plantas parasitas, como a
Exercícios
erva-de-passarinho, que penetram no caule de uma planta
hospedeira, sugando-lhe a seiva enquanto que raízes
respiratórias (pneumatóforas): São raízes de algumas plantas que
se desenvolvem em locais alagadiços. Essas raízes partem de
outras existentes no solo e crescem verticalmente, emergindo da
água; possuem poros que permitem a absorção de oxigênio
atmosférico.

43
Unidade 09

Tema: Estrutura Primária da Raíz de


Monocotiledónea

Introdução

Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre a estrutura primária


da raíz da monocotiledónea. Na unidade anteriore, discutimos sobre a
estrutura externa da raíz monocotiledónea. Portanto, a raiz é uma órgão
indispensável principalmente para as plantas superiores.

Nesta unidade iremos discutir sobre os elementos ou componentes da


estrutura primária da raíz monocotiledónea como um órgão das plantas
superiores.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os os elementos da estrutura primária da raíz da


monocotiledónea;
 Caracterizar os elementos da estrutura primária da raíz da
monocotiledónea;
 Explicar a estruturas primária da raíz da monocotiledónea;
Objectivos  Comparar os elementos da estruturas primária da raíz da
monocotiledónea;
 Fazer desenho e legenda da estruturas primária da raíz da
monocotiledónea;

Estrutura Primária da Raíz de


Monocotiledónea
Na estrutura anatómica da raíz de uma monocotilédonea, fig: 1, 2, 3 e 4.
Como é o caso do milho (Zea mays L.) podemos distinguir: a epiderme
(epd) constituída por uma camada de células vivas que reveste a raíz
com crescimento primário (sistema dérmico); no sistema fundamental, a

44
zona cortical ou córtex (ctx) constituída geralmente por células de
parênquima e cuja camada mais interna é designada endoderme (end),
formada por células cuja parede contém algumas zonas suberificadas.

A parte externa da zona cortical pode designar-se de exoderme (exd)


podendo apresentar várias camadas de células compactadas; o cilindro
central (cc) que inclui o sistema vascular apresenta uma camada exterior
de células em geral parenquimatosas, formando o periciclo (per), tecidos
vasculares (feixes de xilema (xil) e de floema (flo) e, nas raízes
desenvolvidas, observa-se a medula (med) zona central da estrutura,

preenchida por células parenquimatosas.

Imagem: Estrutura Primária da Raíz da Monocotiledónea. Fonte: Internet.

Na estrutura primária da raíz de monocotilédoneas os feixes vasculares


são simples alternos, apresentando as células mais precoces do
protoxilema e de protofloema numa posição mais periférica do feixe, e
células tardias de metaxilema e de metafloema na parte interna. No seu
conjunto, pela existência de vários feixes numa posição circular, pode
designar-se essa disposição de estrutura poliarca. Os feixes lenhosos

45
(xilema) são constituídos por: elementos condutores, traqueídos e
elementos de vaso (evl)- fig.3 - dispostas estas últimas células em séries
longitudinais formando vasos lenhosos; por células de parênquima; e,
por vezes, células de suporte, fibras.

Imagem: Estrutura Primária da Raíz da Monocotiledónea. Fonte: Internet.

As paredes das extremidades de cada elemento de vaso apresentam


placas de perfuração (ppf) - fig. 3 - que permitem a movimentação livre
da água de célula para célula. O floema (feixes liberinos) é, tal como o
xilema, um tecido complexo constituído por: elementos de tubo crivoso
dispostos em séries verticais formando os tubos crivosos; por células
companheiras; por células de parênquima e, por vezes, fibras.

A estrutura anatómica da raíz do trigo (Triticum sp.) - fig. 5 - apresenta


igualmente o crescimento primário característico das monocotilédoneas,
observando-se a formação de uma raíz lateral (rzl) originada de células

do periciclo, cuja multiplicação permite a formação de uma ramificação


crescendo perpendicularmente ao eixo da raíz principal.

46
Imagem: Estrutura Primária da Raíz da Monocotiledónea. Fonte: Internet.

Na estrutura apresentada na fig. 6, corte transversal da erva-serra


(Leersia oryzoides), uma monocotilédonea que cresce em arrozais,
observa-se a zona cortical preenchida por parênquima aerífero ou
aerênquima (aer) com grandes espaços intercelulares cuja formação
envolve a destruição de células.

Sumário
Na estrutura anatómica da raíz de uma monocotilédonea, como é o caso
do milho (Zea mays L.) podemos distinguir: a epiderme, a zona cortical
ou córtex (ctx cuja camada mais interna é designada endoderme (end). A
parte externa da zona cortical pode designar-se de exoderme (exd); o
cilindro central (cc) que inclui o sistema vascular apresenta uma camada
exterior de células em geral parenquimatosas, formando o periciclo (per),
tecidos vasculares (feixes de xilema (xil) e de floema (flo) e, nas raízes
desenvolvidas, observa-se a medula (med) zona central da estrutura,
preenchida por células parenquimatosas.

47
Os feixes lenhosos (xilema) são constituídos por: elementos condutores,
traqueídos e elementos de vaso, dispostas estas últimas células em
séries longitudinais formando vasos lenhosos; por células de
parênquima; e, por vezes, células de suporte, fibras. O floema (feixes
liberinos) é, tal como o xilema, um tecido complexo constituído por:
elementos de tubo crivoso dispostos em séries verticais formando os
tubos crivosos; por células companheiras; por células de parênquima e,
por vezes, fibras.

1. Como se pode designar a parte externa da zona cortical? Como


é caracterizada?
A parte externa da zona cortical pode designar-se de exoderme
(exd). Caracterizada por apresentar várias camadas de células
compactadas; o cilindro central (cc) que inclui o sistema vascular
apresenta uma camada exterior de células em geral
parenquimatosas, formando o periciclo (per), tecidos vasculares
(feixes de xilema (xil) e de floema (flo) e, nas raízes
Exercícios
desenvolvidas, observa-se a medula (med) zona central da
estrutura, preenchida por células parenquimatosas.
2. Na estrutura primária da raíz de monocotilédoneas, como são
os feixes vasculares?
R: São simples alternos, apresentando as células mais precoces
do protoxilema e de protofloema numa posição mais periférica do
feixe, e células tardias de metaxilema e de metafloema na parte
interna.

48
Unidade 10

Tema: Estrutura Primária da Raíz de


Dicotiledónea

Introdução

Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre a estrutura primária


da raíz da dicotiledónea. Na unidade anteriore, discutimos sobre a
estrutura externa da raíz da monocotiledónea. Portanto, a raiz é uma
órgão indispensável principalmente para as plantas superiores.

Nesta unidade iremos discutir sobre os elementos ou componentes da


estrutura primária da raíz dicotiledónea como um órgão das plantas
superiores.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os os elementos da estrutura primária da raíz da


dicotiledónea;
 Caracterizar os elementos da estrutura primária da raíz da
dicotiledónea;
 Explicar a estruturas primária da raíz da dicotiledónea;
Objectivos  Comparar os elementos da estruturas primária da raíz da
dicotiledónea;
 Fazer desenho e legenda da estruturas primária da raíz da
dicotiledónea;

Estrutura Primária da Raíz de


Dicotiledónea
A estrutura da raíz de uma dicotilédonea, ainda em crescimento primário,
como é o caso do Ranunculus sp. - fig. 7 - apresenta as zonas
anatómicas características da anatomia da raíz, epiderme (epd), zona
cortical (ctx) e cilindro central (cc), limitado externamente pela
endoderme (end). O cilindro central, ocupado nesta estrutura apenas

49
por tecidos vasculares, pela inexistência de medula, apresenta um
padrão vascular tetrarca formado por quatro feixes de xilema,
característico de dicotilédoneas.

Imagem: Estrutura Primária da Raíz da Monocotiledónea. Fonte: Fonte: Internet.

Nestes feixes lenhosos - fig. 8 - as células que ocupam uma posição


mais externa apresentam menor tamanho sendo as primeiras a
completar a diferenciação e constituem o protoxilema (ptx). Na região
central observa-se o metaxilema (mtx), com elementos de diâmetro
crescente e que completam a maturação mais tardiamente. Observa-se
o início da formação do câmbio vascular (cv) - fig. 9 - cordão de células
situadas entre o xilema e o floema.

Imagem: Estrutura Primária da Raíz. Fonte: Célula-Planta

Sumário

50
A estrutura da raíz de uma dicotilédonea, ainda em crescimento primário,
apresenta as zonas anatómicas características da anatomia da raíz,
epiderme (epd), zona cortical (ctx) e cilindro central (cc), limitado
externamente pela endoderme (end). O cilindro central, ocupado nesta
estrutura apenas por tecidos vasculares, pela inexistência de medula,
apresenta um padrão vascular tetrarca formado por quatro feixes de
xilema, característico de dicotilédoneas.

Nestes feixes lenhosos, as células que ocupam uma posição mais


externa apresentam menor tamanho sendo as primeiras a completar a
diferenciação e constituem o protoxilema (ptx). Na região central
observa-se o metaxilema (mtx), com elementos de diâmetro crescente e
que completam a maturação mais tardiamente. Observa-se o início da
formação do câmbio vascular um cordão de células situadas entre o
xilema e o floema.

1. A estrutura da raíz de uma dicotilédonea, ainda em crescimento


primário, apresenta as zonas anatómicas características da
anatomia da raíz. Justifique.
R: Epiderme (epd), zona cortical (ctx) e cilindro central (cc),
limitado externamente pela endoderme (end).
2. Porque é que o cilindro central, é ocupado apenas por tecidos
vasculares?
R: Pela inexistência de medula, apresenta um padrão vascular
tetrarca formado por quatro feixes de xilema, característico de
Exercícios
dicotilédoneas.
3. Como é que as células que ocupam uma posição mais externa
se dispoem nos feixes lenhosos?
R: As células que ocupam uma posição mais externa apresentam
menor tamanho sendo as primeiras a completar a diferenciação e
constituem o protoxilema (ptx). Na região central observa-se o
metaxilema (mtx), com elementos de diâmetro crescente e que
completam a maturação mais tardiamente. Observa-se o início da
formação do câmbio vascular, cordão de células situadas entre o
xilema e o floema.

51
Unidade 11

Tema: Estrutura Secundária da Raíz


Introdução

Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre a estrutura


secundária da raíz. É importante referir que nas unidades anteriores
discutimos as estruturas primárias das raízes de monodicotiledónea e
dicotiledónea.

Repare que, quando se fala das estrutura secundária em particular da


raíz, apenas centramos a discussão nas plantas dicotiledónes porque as
monocotiledónes geralmente não sofrem grandes alterações na
transição de primária para secundária.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os os elementos da estrutura primária da raíz da


dicotiledónea;
 Caracterizar os elementos da estrutura primária da raíz da
dicotiledónea;
 Explicar a estruturas primária da raíz da dicotiledónea;
Objectivos  Comparar os elementos da estruturas primária da raíz da
dicotiledónea;
 Fazer desenho e legenda da estruturas primária da raíz da
dicotiledónea;

Estrutura Secundária da Raíz


O crescimento secundário, tanto nas raízes como nos caules, é
característico de dicotiledóneas e de gimnospérmicas. Consiste na
organização de estruturas com tecidos vasculares secundários formados
a partir do câmbio vascular e do câmbio subero-felodérmico ou felogene.
Nas fig.10 e 11 observa-se uma estrutura com crescimento secundário
revestida por uma periderme (pdm), camada constituída, do exterior para

52
o interior, por suber (células suberificadas), felogene (células
meristemáticas) e feloderme (células de parênquima).

Na região central observa-se o cilindro vascular com feixes duplos


abertos. A formação e actividade do câmbio vascular (cv) – fig.10 e 11 -
cujas células desenham cordões entre o xilema (xil) e o floema (flo),
provoca a ruptura e destruição da endoderme e de parte do cortex. Da
actividade de células, nomeadamente do periciclo, produz-se
parênquima radial-fig. 11 - que forma raios (rp). A sequência de formação

do xilema e do floema permite localizar o xilema primário (x1º) em


posição mais interior, ocupando o centro da estrutura, relativamente ao
xilema secundário (x2º). O floema secundário (f2º) apresenta-se em
posição mais próxima do câmbio e o floema primário (f1º) mais
afastado.

Imagem: Estrutura Secundárias da Raíz. Fonte: Internet..

53
Sumário
O crescimento secundário, tanto nas raízes como nos caules, é
característico de dicotiledóneas e de gimnospérmicas. Consiste na
organização de estruturas com tecidos vasculares secundários formados
a partir do câmbio vascular e do câmbio subero-felodérmico ou felogene.
Na região central, o cilindro vascular apresenta-se com feixes duplos
abertos.

A formação e actividade do câmbio vascular cujas células desenham


cordões entre o xilema (xil) e o floema (flo), provoca a ruptura e
destruição da endoderme e de parte do cortex. A sequência de formação
do xilema e do floema permite localizar o xilema primário em posição
mais interior, ocupando o centro da estrutura, relativamente ao xilema
secundário. O floema secundário apresenta-se em posição mais próxima
do câmbio e o floema primário mais afastado.

1. O crescimento secundário, tanto nas raízes como nos caules, é


característico de dicotiledóneas e de gimnospérmicas. Comente
esta afirmação.
R: Consiste na organização de estruturas com tecidos vasculares
secundários formados a partir do câmbio vascular e do câmbio
subero-felodérmico ou felogene.
2. Qual é a influência da formação e actividade do câmbio
vascular cujas células desenham cordões entre o xilema e o
Exercícios
floema?
R: Provoca a ruptura e destruição da endoderme e de parte do
cortex.
3. Como é que se apresenta o floema secundário?
R: O floema secundário apresenta-se em posição mais próxima
do câmbio e o floema primário mais afastado.

54
Unidade 12

Tema: Estrutura Externa do Caule

Introdução

Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre a estrutura externa


do caule. O caule é outro órgão da planta com uma função muito
importante na planta, só para citar, zalguns exemplos: transporte de
nutrientes e suporte da planta.

Nesta unidade, está convidado para destacar a discussão sobre os


elementos estruturais, classificação e modificações do caule.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os diferentes tipos de caules;


 Explicar a estruturas externa básica do caule;
 Caracterizar os diferentes tipos de caules;
 Comparar as estruturas dos diferentes tipos de caules;
 Fazer desenho e legenda dos diferentes partes do caule;
Objectivos
 Classificar os diferentes tipos de caule segundo a estrutura e
localização.

Estrutura Externa do Caule

O caule tem a função de sustentar folhas, flores e frutos, além de

conduzir a seiva bruta e a seiva orgânica, ou elaborada. A condução das


seivas é feita por um sistema de vasos especializados. A seiva bruta é
transportada pelos vasos lenhosos. O conjunto formado por esses vasos
é chamado de lenho ou xilema. Já a seiva orgânica é conduzida pelos
vasos liberianos, cujo conjunto é chamado de líber ou floema. O lenho e
o líber existem também no interior de raízes, folhas, flores e frutos.

55
Caule é composto de quatro partes: término de broto, laterais de brotos,
nó entrenó de e:

1. Término de Broto: Situa-se na pontas fazem caule. Também


chamado gema apical, broto do é formado por milhares de
células muito delicadas que podem se multiplicar intensamente
terminal, promovendo crescimento do fazem comprimento de em
de caule.
2. Brotos Laterais: Situados ao longo fazem caule, esses brotos
também são formados pelos mesmos tipos de células fazem
término de broto. Quando essas células se multiplicam, ramos
de originam, folhas flores de e.
3. Nó: É um região onde surgem os brotos laterais e como folhas.
4. Entrenó: Região entram em nós de dois.

Classificação dos Cauless:

Caules de Os, geralmente, que crescem acima da superfície voam


sozinho. Mas existem caules que crescem embaixo da terra ou dentro da
água. Portanto eles podem ser aéreos, aquáticos de ou de subterrâneos.

a) Caules Aéreos:

Crescem acima da superfície voam sozinho. Ser de Podem: eretos,


trepadores de ou de rastejantes.

1. Caules Erectos

Os caules erectos crescem em posição em relação ao solo vertical.


Apresentar-se de Podem choram formas de quatro: tronco, estipe,
pressa de ou de colmo,:

 Tronco: É um caule resistente ramificado de e, típico das


plantas arbóreas, como uma mangueira, jacarandá do, uma
seringueira e eucalipto do, entre em outras;
 Estipe: Caule que não apresenta ramificações. Como folhas
situam-se na extremidade superior. São exemplos de estipe
os caules das palmeiras e dos coqueiros;

56
 Colmo: Caule apresenta nós e entrenós bem visíveis. Pode
ser oco, como bambu do, cheio de ou, como um cana-de-
açúcar.
 Pressa: É um tipo de caule frágil, comum nas plantas
pequenas, como nas hortaliças salsa, alface, agrião, etc.

2. Caules Rastejantes:

Os caules rastejantes desenvolvem-se horizontalmente em relação ao


voam sozinho, isto é, chão de pelo de estendem-se. Exemplos: melancia
de de de caules, abóbora, melão pepino de e.

3. Caules Trepadores:

Os caules trepadores crescem apoiando-se num suporte qualquer.


Exemplos: parreira de de de caules, chuchu maracujazeiro de e.

b) Caules Subterrâneos:

Embaixo de Crescem voam sozinho. Podem ser de três tipos: rizomas,


bulbos de ou de tubérculos,:

 Rizomas: horizontalmente de Prolongam-se choram o voam


sozinho, embora produzam ramos aéreos. Exemplo: Gengibre,
Bananeira, Polipódio;
 Tubérculos: curtos de Caules grossos de e, ricos em
substâncias nutritivas. Exemplo: Batateira, Cenoura;
 Bulbos: São geralmente globosos ou em forma de discoteca.
Parte de Na raízes de apresentam inferior e na superior, plantas
de algumas de em, modificadas de folhas de possuem. Nos
bulbos tunicados, como uma cebola, como folhas sobrepõem-se
umas às outras. Nos bulbos escamosos, como os da açucena,
como têm de folhas o aspecto de escamas e dispõem-se como
como telhas de um telhado.
c) Caules Aquáticos:

Crescem dentro da água. Geralmente são pouco desenvolvidos tenros


de e. Exemplo: aguapé.

Modificações do Caule

57
Em  algumas plantas, o caule se modifica, especiais de ramificações de
desenvolvendo. Observe, exemplo de por, uma parreira. Note que certos
raminhos são enrolados em espiral, possibilitando um fixação da planta
em um suporte. Essas ramificações modificadas denominam-se
gavinhas.

Outra modificação que alguns caules apresentam são os espinhos ramos


curtos, resistentes pontiagudos de e, que funcionam como órgãos de
defesa da planta. Veja, exemplo de por, um tronco de laranjeira.
Espinhos de Os, caso de neste, prolongamentos de são fazem caule.
Como folhas de certas plantas também podem se transformar em
espinhos.

Caules Comestíveis

Existem caules que reservam substâncias nutritivas. Por isso podem ser
utilizados na alimentação das pessoas e dos animais. São bons
exemplos um batatinha (batata-inglesa de ou) e um cana-de-açúcar.

Sumário
O caule tem a função de sustentar folhas, flores e frutos, além de

conduzir a seiva bruta e a seiva orgânica, ou elaborada. O caule é


composto de quatro partes: broto terminal, brotos laterais, nó e entrenó.
Os caules, geralmente, crescem acima da superfície do solo. Mas
existem caules que crescem embaixo da terra ou dentro da água.
Portanto eles podem ser aéreos: (tronco, estipe, colmo, haste),
rastejantes e trepadores; subterrâneos (rizomas, tubérculos e bulbos) e
aquáticos.

Em  algumas plantas, o caule se modifica, desenvolvendo ramificações


especiais. Observe, por exemplo, a parreira. Note que certos raminhos
são enrolados em espiral, possibilitando a fixação da planta em um
suporte. Essas ramificações modificadas denominam-se gavinhas. Outra
modificação que alguns caules apresentam são os espinhos ramos
curtos, resistentes e pontiagudos, que funcionam como órgãos de defesa
da planta. As folhas de certas plantas também podem se transformar em

58
espinhos. Existem caules que reservam substâncias nutritivas (a cana-
de-açúcar).

1. Qual é as função do caule?


R: O caule tem a função de sustentar folhas, flores e frutos, além
de conduzir a seiva bruta e a seiva orgânica, ou elaborada.
2. Indique as partes que compõem o caule.
R: O caule é composto de quatro partes: broto terminal, brotos
laterais, nó e entrenó.
3. Os caules aéreos podem ser erectos. Distinga o tronco de
colmo.
Exercícios
R: Tronco: É um caule resistente e ramificado, típico das plantas
arbóreas, como a mangueira, o jacarandá, a seringueira e o
eucalipto, entre outras enquanto que Colmo: Caule apresenta nós
e entrenós bem visíveis. Pode ser oco, como o bambu, ou cheio,
como a cana-de-açúcar.
4. Como são classificados os caules subterrâneos?
R: Podem ser de três tipos: rizomas, tubérculos ou bulbos.

59
Unidade 13

Tema: Estrutura Primária do Caule de


Monocotiledónea

Introdução

Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre a estrutura primária


do caule de monocotiledónea. Depois de termos discutido os aspectos
externos do caule. Iremos centrar nosso estudo, sobre os aspectos
internos do caule de monocotiledónea.

Nesta unidade, está convidado para uma participação activa sobre o


tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os os elementos da estrutura primária do caule da


monocotiledónea;
 Caracterizar os elementos da estrutura primária do caule da
monocotiledónea;
 Explicar a estruturas primária do caule da monocotiledónea;
Objectivos  Comparar os elementos da estruturas primária do caule da
monocotiledónea;
 Fazer desenho e legenda da estruturas primária do caule da
monocotiledónea.

Estrutura Primária do Caule de


Monocotiledónea

A anatomia do caule, numa estrutura de crescimento primário, apresenta


os sistemas de tecidos dérmico, fundamental e vascular, sendo diferente
a distribuição relativa dos dois últimos, quando comparada com a da
estrutura primária da raíz.

60
O sistema de tecido dérmico-fig.12 e 13-constitui a epiderme (epd) que,
no caule, apresenta, geralmente uma cutícula, camada de cutina que
cobre exteriormente as células da epiderme, podendo apresentar
indumento constituído por pêlos como se observa na fig. 18 mais abaixo.

O caule das gramíneas, tal como a maioria das monocotiledóneas,


apresenta feixes vasculares (fxv) mais ou menos numerosos e dispersos.

Imagem: Estrutura Primária do Caule de Monocotiledónea. Fonte: Internet

Os feixes dispõem-se em dois círculos nos caules do trigo e da erva-


serra-fig.12, 15 e 16. Nestas estruturas com feixes em disposição circular
forma-se um cilindro de células de esclerênquima (esc) na zona contígua
à epiderme (fig. 13 e 16), observando-se os feixes libero-lenhosos mais
externos (fxv), incluídos nesse tecido de suporte. Nestas estruturas é
ainda frequente a ruptura das células da medula nas zonas dos entrenós
formando-se espaços (esp) na zona central da estrutura (fig. 12 e 15).

61
Imagem: Estrutura Primária do Caule de Monocotiledónea. Fonte: Internet

No caule do milho, fig.17-os feixes estão espalhados não sendo


frequente a formação do cilindro exterior de esclerênquima. Algumas
células do parênquima subepidérmico podem esclerificar-se. Os feixes
vasculares na estrutura primária do caule de monocotiledóneas são
inteiramente primários, duplos fechados. Os feixes libero-lenhosos – fig.
14 - são frequentemente envolvidos por uma camada de células de
esclerênquima (esc) localizando-se o floema (flo) numa posição mais
externa e observando-se células de metaxilema (mtx) e de protoxilema
(ptx) onde por vezes se formam lacunas. No corte transversal do rizoma
de erva-serra-fig. 15- observam-se espaços intercelulares (esp) que
provocam a destruição de células de parênquima. O tecido fundamental
nestas estruturas é constituído sobretudo por células de parênquima
(par).

62
Imagem: Estrutura Primária do Caule de Monocotiledónea. Fonte: Internet

Sumário
A anatomia do caule, numa estrutura de crescimento primário, apresenta
os sistemas de tecidos dérmico, fundamental e vascular. O sistema de
tecido dérmico constitui a epiderme (epd) que, no caule, apresenta,
geralmente uma cutícula. O caule das gramíneas, tal como a maioria das
monocotiledóneas, apresenta feixes vasculares (fxv) mais ou menos
numerosos e dispersos. No caule do milho, os feixes estão espalhados
não sendo frequente a formação do cilindro exterior de esclerênquima.

Algumas células do parênquima subepidérmico podem esclerificar-se.


Os feixes vasculares na estrutura primária do caule de monocotiledóneas
são inteiramente primários, duplos fechados. Os feixes libero- são
frequentemente envolvidos por uma camada de células de
esclerênquima (esc) localizando-se o floema (flo) numa posição mais
externa e observando-se células de metaxilema (mtx) e de protoxilema
(ptx) onde por vezes se formam lacunas.

63
1. Caracterize a anatomia do caule, numa estrutura de
crescimento primário.
R: A anatomia do caule, numa estrutura de crescimento primário,
apresenta os sistemas de tecidos dérmico, fundamental e
vascular, sendo diferente a distribuição relativa dos dois últimos,
quando comparada com a da estrutura primária da raíz.
2. O caule das gramíneas, tal como a maioria das
monocotiledóneas, apresenta feixes vasculares (fxv) mais ou
Exercícios menos numerosos e dispersos. Qual é a disposição desses
feixes?
R: Os feixes dispõem-se em dois círculos nos caules do trigo e da
erva-serra
3. Como são os feixes vasculares na estrutura primária do caule
de monocotiledóneas?
R: São inteiramente primários, duplos fechados.

64
Unidade 14

Tema: Estrutura Primária do Caule de


Dicotiledónea
Introdução

Depois de termos discutido sobre a estrutura primária do caule de


monocotiledónea, neste unidade iremos centrar nosso estudo, sobre a
estrutura primária do caule de dicotiledónea.

Portanto, nesta unidade, mais uma vez, está convidado para uma
participação activa sobre o tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os os elementos da estrutura primária do caule da


dicotiledónea;
 Caracterizar os elementos da estrutura primária do caule da
dicotiledónea;
 Explicar a estruturas primária do caule da dicotiledónea;
Objectivos  Comparar os elementos da estruturas primária do caule da
dicotiledónea;
 Fazer desenho e legenda da estruturas primária do caule da
dicotiledónea.

Estrutura Primária do Caule de


Dicotiledónea
No crescimento primário do caule de dicotiledóneas herbáceas-Fig 19,
21 e 22- o sistema vascular nas zonas de entrenós forma geralmente
uma faixa circular de feixes libero-lenhosos (fxv) que separa o cortex
(ctx), situado do lado exterior, da medula (med), na zona central da
estrutura.

65
A zona medular observa-se geralmente no caule das dicotilédoneas, ao
contrário da raíz onde é geralmente inexistente. Os feixes podem
apresentar-se mais ou menos próximos, observando-se entre eles uma
camada de parênquima designada parênquima interfascicular
constituindo os raios medulares (rm).

Imagem: Estrutura Primária do Caule de Dicotiledóneas. Fonte: Internet.

A zona cortical (ctx) é preenchida por células de parênquima com


pequenos espaços intercelulares. Na parte exterior do corte-fig. 21- pode
aparecer colênquima (col). A medula tem espaços intercelulares pelo
menos na parte central.

Imagem: Estrutura Primária do Caule de Dicotiledóneas. Fonte: Internet

No que respeita ao sistema vascular os feixes libero-lenhosos- fig. 19,


20, 21 e 22- apresentam uma disposição colateral, com o floema (flo)
localizado do lado de fora do xilema (xil). Observa-se também- fig.19, 20-

66
uma zona envolvente do feixe constituída por tecido esclerenquimatoso
(esc).

Em algumas famílias de dicotiledóneas (p. ex. cucurbitáceas e


solanáceas) o floema forma-se para um e outro lado do xilema,
designando-se floema externo (fle) e floema interno (fli)-fig. 23-
constituindo feixes vasculares bicolaterais (fxb). Pode ainda observar-se

a formação de uma zona cambial (cv).

Imagem: Estrutura Primária do Caule de Dicotiledóneas. Fonte: Internet.

Sumário
No crescimento primário do caule de dicotiledóneas herbáceas, o
sistema vascular nas zonas de entrenós forma geralmente uma faixa
circular de feixes libero-lenhosos (fxv) que separa o cortex (ctx), situado
do lado exterior, da medula (med), na zona central da estrutura. A zona
medular observa-se geralmente no caule das dicotilédoneas, ao contrário
da raíz onde é geralmente inexistente. A zona cortical (ctx) é preenchida
por células de parênquima com pequenos espaços intercelulares.

Na parte exterior do corte, pode aparecer colênquima (col). A medula


tem espaços intercelulares pelo menos na parte central. No que respeita
ao sistema vascular os feixes libero apresentam uma disposição
colateral, com o floema (flo) localizado do lado de fora do xilema (xil). Em
algumas famílias de dicotiledóneas o floema forma-se para um e outro

67
lado do xilema, designando-se floema externo (fle) e floema interno (fli)-
constituindo feixes vasculares bicolaterais (fxb). Pode ainda observar-se
a formação de uma zona cambial (cv).

1. Como é que se apresenta o sistema vascular nas zonas


de entrenós?
R: Forma geralmente uma faixa circular de feixes libero-
lenhosos (fxv) que separa o cortex (ctx), situado do lado
exterior, da medula (med), na zona central da estrutura.
2. Como é que se apresentam os feixes na zona medular?
R: Os feixes podem apresentar-se mais ou menos próximos,
Exercícios
observando-se entre eles uma camada de parênquima
designada parênquima interfascicular constituindo os raios
medulares.
3. Explique como está preenchida a zona cortical.
R: A zona cortical (ctx) é preenchida por células de
parênquima com pequenos espaços intercelulares.

68
Unidade 15

Tema: Estrutura Secundária do Caule de


Dicotiledónea

Introdução

Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre o estudo da


estrutura secundária do caule de dicotiledónea. Tal como dissemos,
quando discutiamos a estrutura secundária da raiz de dicotiledónea, os
caules de monocotiledónea não apresentam grandes alterações na
transição de suas estruturas.

Portanto, nesta unidade, mais uma vez, está convidado para uma
participação activa sobre o tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os os elementos da estrutura secundária do caule da


dicotiledónea;
 Caracterizar os elementos da estrutura secundária do caule da
dicotiledónea;
 Explicar a estruturas secundária do caule da dicotiledónea;
Objectivos  Comparar os elementos da estruturas secundária do caule da
dicotiledónea;
 Fazer desenho e legenda da estruturas secundária do caule da
dicotiledónea.

Estrutura Secundária do Caule de


Dicotiledónea
Em dicotiledóneas herbáceas não é frequente o crescimento secundário.
A estrutura de crescimento secundário observa-se no caule de
dicotiledóneas lenhosas e de gimnospérmicas onde se forma periderme
e tecidos vasculares secundários.

69
A formação do câmbio vascular (cv), pela sua localização- fig. 24, 26, 29
-permite distinguir o câmbio fascicular (cv-f), originado de células do
procâmbio, e o câmbio inter-fascicular (cv-if), originado de células do
parênquima inter-fascicular.

Imagem: Estrutura Secundária do Caule de Dicotiledóneas. Fonte: Internet.

A periderme (pdm) surge por baixo da epiderme-fig.25- com origem e


constituição idênticas à periderme da raíz com crescimento secundário.
O cortex (ctx) é delimitado internamente pelo floema secundário (flo-2º)
que pode apresentar fibras perivasculares (fib).

70
Imagem: Estrutura Secundária do Caule de Dicotiledóneas. Fonte: Internet

Os feixes vasculares são duplos, abertos pela presença de câmbio,


observando-se no floema a presença de conjuntos de fibras-liber duro
(lbr-d)-que, em muitas estruturas alternam com conjuntos de tubos
crivosos, células companheiras e parênquima liberino formando o liber
mole (lbr-m). O xilema secundário (xil-2º) apresenta um aspecto mais
denso que o xilema primário contendo células de parênquima na forma
de raios (rp).

Imagem: Estrutura Secundária do Caule de Dicotiledóneas. Fonte: Internet


Na composição do xilema incluem-se vasos lenhosos (vl) cujo aspecto
se pode observar em corte transversal - fig. 24 - e em corte longitudinal -
fig.28.

71
Imagem: Estrutura Secundária do Caule de Dicotiledóneas. Fonte: Internet

No caule do sobreiro- fig. 30 – é visível uma faixa de fibras (fbr) e alguns


tricomas (trc), pêlos que permanecem ligados à epiderme até completa
substituição desta pela periderme.

Imagem: Diversos Elementos


Estruturais do Caule. Fonte: Internet

72
Sumário
A estrutura de crescimento secundário observa-se no caule de
dicotiledóneas lenhosas e de gimnospérmicas onde se forma periderme
e tecidos vasculares secundários. A formação do câmbio vascular
permite distinguir o câmbio fascicular originado de células do procâmbio,
e o câmbio inter-fascicular originado de células do parênquima inter-
fascicular. A periderme surge por baixo da epiderme com origem e
constituição idênticas à periderme da raíz com crescimento secundário.
O cortex é delimitado internamente pelo floema secundário que pode
apresentar fibras perivasculares.

Os feixes vasculares são duplos, abertos pela presença de câmbio,


observando-se no floema a presença de conjuntos de fibras-liber duro.O
xilema secundário apresenta um aspecto mais denso que o xilema
primário contendo células de parênquima na forma de raios. Na
composição do xilema incluem-se vasos lenhosos cujo aspecto se pode
observar em corte transversal e em corte longitudinal.No caule do
sobreiro é visível uma faixa de fibras e alguns tricomas pêlos que
permanecem ligados à epiderme até completa substituição desta pela
periderme.

1. Em que tipo de plantas se observa estrutura de


crescimento secundário do caule?
R: A estrutura de crescimento secundário observa-se no
caule de dicotiledóneas lenhosas e de gimnospérmicas onde
se forma periderme e tecidos vasculares secundários.
2. Qual é a importância da formação do câmbio vascular?
R: Permite distinguir o câmbio fascicular originado de células
Exercícios
do procâmbio, e o câmbio inter-fascicular, originado de
células do parênquima inter-fascicular.
3. Como é que se apresentam os feixes vasculares?
R: Os feixes vasculares são duplos, abertos pela presença
de câmbio.

73
Unidade 16

Tema: Estrutura Externa da Folha

Introdução
Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre o estudo da
estrutura externa da folha. A folha é uma órgão da planta responsável
pelas trocas gasosas com destaque para a fotossíntese, transpiração e
repiração da planta.

Portanto, nesta unidade, mais uma vez, está convidado para uma
participação activa sobre o tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os diferentes tipos folhas;


 Explicar a estruturas externa básica da folha;
 Caracterizar os diferentes tipos folhas;
 Comparar as estruturas dos diferentes tipos de folhas;
 Fazer desenho e legenda dos diferentes partes da folha;
Objectivos
 Classificar os diferentes tipos de folhas segundo a estrutura.

Estrutura Externa da Folha

A folha geralmente tem forma de lâmina e apresenta a cor verde, devido


a presença de clorofila.

Constituição da Folha:

A folha é composta de três partes principais: limbo, pecíolo e bainha.

 Limbo: O limbo é a região mais larga da folha. Nele encontram-


se os estômatos e as nervuras, que contêm pequenos vasos por
onde correm a seiva bruta e a seiva elaborada.
 Pecíolo: É a haste que sustenta a folha prendendo-a ao caule.

74
 Bainha: Dilatação do pecíolo, a bainha serve para prender a
folha ao caule.
Funções da Folha:

A folha desempenha basicamente duas funções importantíssimas para a


vida das plantas: fotossíntese e transpiração. Para que seja entendido

como a folha realiza essas funções, vamos conhecer os estômatos. Os


estômatos são estruturas existentes na epiderme das folhas, constituídas
de duas células especiais, as células-guardas. Entre essas duas células,
existe uma abertura que comunica o interior da folha com o ambiente
externo.

Essa abertura é chamada ostíolo. Através dos ostíolos, as folhas fazem

as trocas gasosas entre a planta e o meio externo. O controle de


abertura e fechamento dos ostíolos é feito pelas células-guardas.
Quando se enchem de água, elas empurram a parede oposta ao ostíolo
para as laterais e abrem o orifício. Quando falta água, elas murcham e
fecham o ostíolo.

1. Fotossíntese:

A  fotossíntese é uma das funções mais importantes da folha. É por meio


dela que a planta produz o alimento de que necessita para se manter
viva. Para a ocorrência da fotossíntese, uma planta necessita de gás
carbônico, de água e de energia luminosa. Então, acontecem os
seguintes eventos. O vegetal absorve o gás carbônico do ar atmosférico
através dos estômatos. A água, que a raiz retira do solo, é conduzida até
às folhas.

A clorofila, pigmento verde presente nas folhas, absorve a energia da luz


solar. Com o auxílio dessa energia, o gás carbônico e a água são
transformados em glicose e oxigênio. A glicose é utilizada como
“combustível” pelas células fotossintetizantes ou é “exportada” para as
demais partes da planta através da seiva orgânica. O oxigênio é liberado
para o meio ambiente, contribuindo para a renovação do ar, e pode
também ser utilizado na respiração da própria planta.

2. Transpiração:

75
Nos dias quentes, principalmente, a maior parte da água absorvida do
solo pela planta e que chega até às células da folha se evapora. Então a
água, em forma de vapor, é eliminada para a atmosfera. Esse processo
denomina-se transpiração e é realizado principalmente pelos estômatos.
O processo de evaporação da água retira calor da folha. A transpiração,
então, “refresca” a folha, contribuindo para manter a temperatura em
níveis que permitam a atividade de suas células. Se a temperatura de
uma folha ficar muito alta, suas células podem morrer e a fotossíntese
logicamente cessa. A saída dos vapores de água, da folha para o meio
externo, é “facilitada” quando a umidade relativa do ar é baixa. Por isso,
a transpiração é geralmente mais intensa nos dias quentes e com baixa
umidade do ar. Para repor a água evaporada e perdida para o meio
ambiente na transpiração, as folhas exercem uma espécie de força de
sucção sobre os vasos lenhosos da planta, provocando a subida da
seiva bruta.

Será que as Folhas Respiram?

A respiração celular é um fenômeno que permite extrair a energia


contida em substâncias orgânicas diversas, como a glicose. Na
respiração aeróbica, a “queima” da glicose ocorre com a participação do
gás oxigênio retirado do ambiente. No final do processo formam-se gás
carbônico e água; a energia extraída é utilizada para o desempenho das

diversas actividades das células. As plantas são seres aeróbicos. Assim,


todas as células vivas de uma planta respiram, utilizando gás oxigênio.

Logo, as células vivas de uma folha respiram, como respiram também as

células vivas da raiz, do caule, etc. Acontece que, para as células


respirarem, a planta precisa absorver oxigênio do ambiente, ao mesmo
tempo que elimina gás carbônico. Essas trocas gasosas entre a planta e
o meio ambiente é que ocorrem principalmente nas folhas, através dos
estômas. Mas uma raiz, por exemplo, também realiza essas trocas
gasosas necessárias para a respiração. É por isso que um solo fértil
precisa conter, entre outras coisas, uma quantidade razoável de ar
atmosférico.

Sudação: Eliminação de Água em Gotas:

76
A sudação ou gutação é a eliminação de água em forma de gotículas.
Essas gotículas de água, que também contêm alguns sais minerais
dissolvidos, saem por aberturas especiais que se encontram

principalmente nos bordos e nas pontas das folhas. A sudação ocorre


quando o solo está bem suprido de água. Ao contrário da transpiração, é
mais intensa à noite, com grande humidade do ar. Através da sudação,
uma planta elimina o excesso de água  e de sais minerais absorvidos do
solo. Esse fenômeno representa mais uma função que se pode atribuir
às folhas de uma planta.

Classificação das Folhas:

Uma folha que tenha todas as partes (limbo, pecíolo e bainha) é uma
folha completa. Mas nem todas as folhas são assim. Repare as folhas do
fumo e as do milho.

 Folha Séssil: Na folha do fumo faltam o pecíolo e a bainha. O


limbo prende-se diretamente no caule. Ela é uma folha séssil.
 Folha Invaginante: Na folha do milho falta o pecíolo. A bainha é
bem desenvolvida e fica em volta do caule. Neste caso, a folha é
invaginante.
 Folha Reticulinérvea: Nas folhas de dicotiledôneas em geral
(feijão, laranjeira, etc.), as nervuras se ramificam no limbo,
formando uma rede delas; a folha é, então, chamada de
reticulinérvea.
 Paralelinérvea: Nas monocotiledôneas (milho, arroz, etc.) é
comum as nervuras do limbo se apresentarem paralelas umas
às outras; neste caso, a folha é chamada de paralelinérvea.

Modificações da Folha:

Algumas plantas apresentam folhas modificadas, isto é, adaptadas para


desempenhar funções específicas.

 Brácteas: São folhas geralmente coloridas e grandes que


protegem as flores. A planta denominada três-marias apresenta
brácteas que protegem suas pequenas flores. No anúncio e no
copo-de-leite existe uma grande bráctea envolvendo o conjunto
de flores miúdas.

77
 Gavinhas:  São folhas modificadas formando espirais que
auxiliam a planta a se prender a um suporte. As gavinhas do
chuchu e do maracujazeiro são folhas modificadas.
 Espinhos Foliares: Neste caso, toda a folha ou uma parte dela
se transforma em espinhos. Nos cactos, os espinhos são folhas
modificadas.

Folhas Comestíveis:

Muitas folhas são usadas em nossa alimentação diária. Durante as suas


refeições, você deve comer alface, couve, acelga, espinafre ou agrião,
por exemplo. Outras folhas, como as da erva-cidreira, do mate, da
camomila, do capim-santo e da hortelã, são utilizadas para preparar
chás. Para isso, elas podem ser cultivadas em casa ou encontradas
embaladas em saquinhos e em caixinhas nos supermercados. Podem
ser cozidas inteiras ou trituradas.

Sumário
A folha geralmente tem forma de lâmina e apresenta a cor verde, devido
a presença de clorofila. A folha é composta de três partes principais:
limbo, pecíolo e bainha. A folha desempenha basicamente duas funções
importantíssimas para a vida das plantas: fotossíntese e transpiração. As
células vivas de uma folha respiram, como respiram também as células
vivas da raiz, do caule, etc. Essas trocas gasosas entre a planta e o meio
ambiente é que ocorrem principalmente nas folhas, através dos estômas.
Mas uma raiz, por exemplo, também realiza essas trocas gasosas
necessárias para a respiração.

A sudação ou gutação é a eliminação de água em forma de gotículas.


Essas gotículas de água, que também contêm alguns sais minerais
dissolvidos, saem por aberturas especiais que se encontram
principalmente nos bordos e nas pontas das folhas. A sudação ocorre
quando o solo está bem suprido de água. Uma folha que tenha todas as
partes (limbo, pecíolo e bainha) é uma folha completa. Mas nem todas as

78
folhas são assim. Algumas plantas apresentam folhas modificadas, isto
é, adaptadas para desempenhar funções específicas.

1. A folha é composta de três partes principais: limbo,


pecíolo e bainha.Caracterize cad uma das partes.
R: Limbo: O limbo é a região mais larga da folha. Nele
encontram-se os estômatos e as nervuras, que contêm
pequenos vasos por onde correm a seiva bruta e a seiva
elaborada. Pecíolo: É a haste que sustenta a folha
prendendo-a ao caule. Bainha: dilatação do pecíolo, a
bainha serve para prender a folha ao caule.
2. Como é feito o controle de abertura e fechamento dos
ostíolos?
Exercícios R: O controle de abertura e fechamento dos ostíolos é feito
pelas células-guardas. Quando se enchem de água, elas
empurram a parede oposta ao ostíolo para as laterais e
abrem o orifício. Quando falta água, elas murcham e
fecham o ostíolo.
3. O que entendes por sudação?
A sudação ou gutação é a eliminação de água em forma
de gotículas. Essas gotículas de água, que também
contêm alguns sais minerais dissolvidos, saem por
aberturas especiais que se encontram principalmente nos
bordos e nas pontas das folhas.

79
80
Unidade 17

Tema: Estrutura da Folha de Monocotilédoneas

Introdução
Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre o estudo da
estrutura da folha de monocotiledónea. Como já sabemos, a folha é uma
órgão da planta responsável pelas trocas gasosas com destaque para a
fotossíntese, transpiração e repiração da planta.

Portanto, nesta unidade, mais uma vez, está convidado para uma
participação activa sobre o tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Explicar a estrutura da folha de monocotiledónea;


 Classificar as folhas segundo a sua composição;
 Comparar os elementos estrutura da folha de monocotiledónea;
 Fazer desenho e legenda estrutura da folha de monocotiledónea;
 Identificar os os elementos da estrutura da folha de monocotiledónea;
Objectivos
 Caracterizar os elementos da estrutura da folha de monocotiledónea.

Estrutura da Folha de Monocotilédoneas

A estrutura anatómica do limbo das folhas de angiospérmicas


monocotilédoneas varia bastante. Nas figuras 31 a 35, observam-se
cortes transversais do limbo da folha de gramíneas cuja estrutura é típica
desta família.

São distintos o sistema dérmico representado pela epiderme da página


interna (epd-pi) e da página externa (epd-pe), o sistema vascular
representado por feixes duplos fechados (fxv-df) e o mesófilo (mes)
constituído por células de parênquima, idênticas.

81
Imagem: Estrutura da Folha de Monocotilédoneas. Fonte: Internet

A epiderme pode incluir vários tipos de células entre as quais algumas


mais volumosas, na epiderme da página interna - fig. 34 e 35 -
designadas células motoras (cél-mt) que estão associadas ao
enrolamento das folhas em condições de secura.

82
Imagem: Estrutura da Folha de Monocotilédoneas. Fonte: Internet

São ainda estruturas da epiderme o indumento - fig. 34 - constituído por


tricomas (pêlos da epiderme) de formas diversas e os estomas (não
visíveis nas imagens deste documento).

Imagem: Estrutura da Folha de Monocotilédoneas. Fonte: Internet


As folhas de gramíneas apresentam tecido de suporte - fig. 32, 34 e 35 -
do tipo esclerênquima, nomeadamente fibras (esc) associadas aos feixes
em faixas longitudinais. As baínhas dos feixes são também
características de gramíneas-fig. 34 - podendo apresentar uma baínha
dupla (bd) constituída por uma faixa interna de células de parede mais
espessa (bd-ci) e outra externa de paredes mais delgadas (bd-ce).

83
Imagem: Estrutura Interna da Folha de Monocotilédoneas. Fonte: Internet

Sumário
A estrutura anatómica do limbo das folhas de angiospérmicas
monocotilédoneas varia bastante. São distintos o sistema dérmico
representado pela epiderme da página interna e da página externa, o
sistema vascular representado por feixes duplos fechados e o mesófilo
constituído por células de parênquima, idênticas.

A epiderme pode incluir vários tipos de células entre as quais algumas


mais volumosas, na epiderme da página interna designadas células
motoras que estão associadas ao enrolamento das folhas em condições
de secura. As baínhas dos feixes são também características de
gramíneas podendo apresentar uma baínha dupla constituída por uma
faixa interna de células de parede mais espessa e outra externa de
paredes mais delgadas.

84
1. Como é representado o sistema dérmico?
R: O sistema dérmico representado pela epiderme da
página interna e da página externa o sistema vascular
representado por feixes duplos fechados constituído por
células de parênquima, idênticas.
2. Que tipo de células formam a epiderme?
R: A epiderme pode incluir vários tipos de células entre
as quais algumas mais volumosas, na epiderme da
Exercícios página interna designadas células motoras que estão
associadas ao enrolamento das folhas em condições de
secura.
3. Quais são as caracteristicas das folhas das
gramíneas?
R: As folhas de gramíneas apresentam tecido de suporte
do tipo esclerênquima, nomeadamente fibras
associadas aos feixes em faixas longitudinais.

85
Unidade 18

Tema: Estrutura da Folha de Dicotilédoneas

Introdução
Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre o estudo da
estrutura da folha de dicotiledónea. Como já dissemos em outras
unidades, a folha é uma órgão da planta responsável pelas trocas
gasosas com destaque para a fotossíntese, transpiração e repiração da
planta.

Portanto, nesta unidade, mais uma vez, está convidado para uma
participação activa sobre o tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Explicar a estrutura da folha de dicocotiledónea;


 Classificar as folhas segundo a sua composição;
 Comparar os elementos estrutura da folha de dicocotiledónea;
 Fazer desenho e legenda estrutura da folha de dicocotiledónea;
 Identificar os os elementos da estrutura da folha de dicocotiledónea;
Objectivos
 Caracterizar os elementos da estrutura da folha de dicocotiledónea.

Estrutura da Folha de Dicotilédoneas

A estrutura anatómica do limbo das folhas de dicotilédoneas pode variar


em função do habitat da espécie. Nas espécies xerófitas (adaptadas a
ambientes secos) o mesófilo é mais compacto apresentando maior
proporção de parênquima clorofilino em paliçada e menor volume de
espaços intercelulares. A epiderme da folha destas plantas pode
apresentar uma cutícula espessa e um número variável de estomas.

As figuras 36 a 44 mostram a estrutura anatómica do limbo das folhas de


dicotilédoneas onde se observa o mesófilo diversificado - fig 36 e 37 - em
parênquima clorofilino em paliçada (p-pal), junto à epiderme superior, e

86
parênquima clorofilino lacunoso (p-lac) junto à epiderme inferior. Na

estrutura da folha de sobreiro observa-se o maior desenvolvimento do


parênquima em paliçada.

Imagem: Estrutura da Folha de Dicotilédoneas. Fonte: Internet

Integrado no parênquima do mesófilo-fig. 37- podem observar-se feixes


vasculares (fxv) de dimensão variável. São evidentes, nas figuras 37 a
40, os tricomas (tric) que apresentam formas variadas. Na zona da
nervura principal- fig. 36 - observa-se o xilema (xil) na posição voltada
para a página superior e o floema (flo), voltado para a página inferior.

87
Imagem: Estrutura da Folha de Dicotilédoneas. Fonte: Internet

É ainda evidente um tecido de suporte - fig. 36 e 40 - associado aos


feixes que percorrem as nervuras maiores, geralmente constituído por
colênquima (col). Em aglomerados sobre os feixes ou associado à
baínha dos feixes - fig. 38 - pode formar-se também esclerênquima (esc),
presença comum em plantas xerófitas.

88
Imagem: Estrutura da Folha de Dicotilédoneas. Fonte: Internet

A estrutura anatómica do pecíolo da folha apresenta características


idênticas às da anatomia do caule. O corte da folha de eucalipto - fig. 41
e 42 - mostra câmaras secretórias (cam) bem desenvolvidas.

Imagem: Estrutura da Folha de Dicotilédoneas. Fonte: Internet

A folha de Ficus sp. - fig. 43 e 44 - possui uma epiderme superior


multisseriada (epd-ms) onde se oberva um cistolito (cist), formado pela

cristalização de carbonato de cálcio, que se salienta da parede celular.

89
Imagem: Estrutura da Folha de Dicotilédoneas. Fonte: Internet

Sumário
A estrutura anatómica do limbo das folhas de dicotilédoneas pode variar
em função do habitat da espécie. Nas espécies xerófitas o mesófilo é
mais compacto apresentando maior proporção de parênquima clorofilino
em paliçada e menor volume de espaços intercelulares. A epiderme da
folha destas plantas pode apresentar uma cutícula espessa e um número
variável de estomas. Integrado no parênquima do mesófilo podem
observar-se feixes vasculares de dimensão variável. É ainda evidente
um tecido de suporte associado aos feixes que percorrem as nervuras
maiores, geralmente constituído por colênquima.

Em aglomerados sobre os feixes ou associado à baínha dos feixes pode


formar-se também esclerênquima, presença comum em plantas
xerófitas. A estrutura anatómica do pecíolo da folha apresenta
características idênticas às da anatomia do caule. O corte da folha de
eucalipto mostra câmaras secretórias bem desenvolvidas. A folha de
Ficus sp. possui uma epiderme superior multisseriada (epd-ms) onde se
oberva um cistolito, formado pela cristalização de carbonato de cálcio,
que se salienta da parede celular.

90
1. A estrutura anatómica do limbo das folhas de
dicotilédoneas pode variar em função do habitat da
espécie. Como é que se apresenta nas espécies
xerófitas?
R: Nas espécies xerófitas (adaptadas a ambientes
secos) o mesófilo é mais compacto apresentando maior
proporção de parênquima clorofilino em paliçada e
menor volume de espaços intercelulares.
Exercícios 2. Qual é a caracteristica da epiderme deste tipo de
planta?
R: A epiderme da folha destas plantas pode apresentar
uma cutícula espessa e um número variável de
estomas.
3. Na epiderme é evidente um tecido de suporte. Pode
comentar?
R: Na epiderme é evidente um tecido de suporte
associado aos feixes que percorrem as nervuras
maiores, geralmente constituído por colênquima.

91
Unidade 19

Tema: A flor nas Plantas


Introdução
Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre o estudo da
estrutura da flor. Uma das características dos seres vivos é a capacidade
de se reproduzirem. Portanto, o flor é um órgão da planta com função
reprodutiva.

Portanto, nesta unidade, mais uma vez, está convidado para uma
participação activa sobre o tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Descrever a estrutura da flor;


 Comparar os elementos estrutura da flor;
 Fazer desenho e legenda estrutura da flor;
 Identificar os os elementos da estrutura da flor;
 Caracterizar os elementos da estrutura da flor;
Objectivos
 Classificar as flor segundo a sua composição;

A flor nas Plantas

Você conhece muitas flores. Geralmente elas são bonitas, coloridas e


perfumadas. Nas matas, nos jardins, nas ruas e nas casas, contribuem
para tornar o ambiente mais bonito e alegre. Flores como as do capim,
do milho, do arroz, entre outras, não têm atrativos, como perfume e
coloração vistosa. Mas, bonitas ou não, as flores têm a função de
permitir a reprodução sexuada das plantas em que elas ocorrem.

A flor é o sistema reprodutor de uma planta (gimnospermas e


angiospermas). É nela que ocorre a fecundação, ou seja, a união de uma
célula sexual masculina com uma feminina. Depois da fecundação, nas
angiospermas, formam-se frutos e sementes. A semente contém o

92
embrião, que dará origem a uma nova planta, da mesma espécie
daquela da qual se originou.

Componentes da Flor

Os componentes básicos de uma flor são:

 Cálice: O cálice é formado por um conjunto de folhas


modificadas, as sépalas, quase sempre verdes. Em algumas
flores, como o cravo, as sépalas são unidas, formando uma peça
única. Em outras, como a rosa, elas são separadas.
 Corola: A corola é a parte geralmente mais bonita e colorida da
flor. Constitui-se de folhas modificadas chamadas pétalas. Como
as sépalas, também as pétalas podem ser unidas (campânula)
ou separadas (cravo e rosa). O conjunto formado pelo cálice e
pela corola é chamado perianto. Ele envolve e protege os órgãos
reprodutores da flor, o androceu e o gineceu:

1. Androceu: O androceu é o órgão masculino da flor. Compõe-se


de uma ou várias pecinhas alongadas, os estames. Cada
estame é formado de antera, filete e conectivo:
a)Antera: Região dilatada que se situa na ponta do estame;
é aí que se formam os grãos de pólen; o pólen é o
pozinho amarelo que você pode ver facilmente no miolo

das flores e é uma estrutura reprodutora masculina.

b)Filete: Haste que sustenta a antera.

c) Conectivo: Região onde se ligam o filete e a antera.

2. Gineceu: O gineceu é o órgão feminino da flor. Constitui-se de


um ou mais carpelos. Os carpelos são folhas modificadas e
possuem estigma, estilete e ovário:
a) Estigma: Parte achatada do carpelo, situada na sua
extremidade superior; possui um líquido pegajoso que
contribui para a fixação do grão de pólen.
b) Estilete: Tubo estreito que liga o estigma ao ovário.

93
c) Ovário: Parte dilatada do carpelo, geralmente oval, onde
se formam os óvulos.

A flor que possui apenas o androceu é uma flor masculina. A flor


feminina tem apenas o gineceu. Se os dois órgãos reprodutores
estiverem presentes na flor, ela é hermafrodita.

Núcleo

Como as Flores se prendem no Caule:

As flores estão presas no caule ou nos ramos por uma haste


denominada pedúnculo, que se dilata na parte superior formando o
receptáculo floral. No receptáculo prendem-se todos os verticilos florais.
As vezes, as flores estão sozinhas no caule. São flores solitárias, como
as do mamão, da laranja, a violeta, a rosa, o cravo, etc. Outras vezes,
várias flores estão presas no mesmo lugar do caule. Neste caso, elas
formam uma inflorescência. As inflorescências são diferentes umas das
outras.

Fecundação na Flor:

94
As angiospermas produzem gametas: os gametas masculinos são
chamados núcleos espermáticos; os gametas femininos são as oosferas.
As células reprodutoras masculinas e femininas encontram-se,

respectivamente, no tubo polínico e no óvulo. A fusão dessas células


sexuais é chamada fecundação. Para que a fecundação ocorra, é
necessário que haja um transporte dos grãos de pólen para o estigma,
podendo isso acontecer numa mesma flor (hermafrodita) ou de uma flor

masculina para uma flor feminina.

O transporte dos grãos de pólen até o estigma é chamado polinização.


Esse transporte é realizado por vários agentes polinizadores, tais como o

vento, a água, o homem, pássaros, insetos, morcegos, etc. As flores


polinizadas por animais, como as flores da laranjeira e da margarida,
costumam ser dotadas de vários atrativos: possuem pétalas vistosas,
produzem perfume e um líquido açucarado chamado néctar. Já as flores
polinizadas pelo vento, como as flores do milho ou do trigo, não possuem
esses atrativos.

O Mecanismo da Fecundação:

Quando uma abelha pousa em uma flor em busca de néctar, muitos


grãos de pólen colam-se em seu corpo. Ao pousar em outra flor, o inseto
leva os grãos de pólen, que caem sobre o estigma dessa flor e ficam
colados nele. Depois de atingir o estigma transportado por uma abelha,
por exemplo, o grão de pólen sofre modificações. Emite um tubo,
chamado tubo polínico, que penetra no estilete e atinge o ovário.

95
Estigma

Estilete

Antera

Ovário
Filete

Imagem: A esquerda: Órgãos Reprodutores Femininos. A direita: Órgãos


Reprodutores Masculinos. Fonte: internet

O núcleo reprodutivo ou gerador divide-se em dois, dando origem a


gametas masculinos. Um dos gametas masculinos vai unir-se à oosfera
do óvulo. Dessa união origina-se o zigoto que, juntamente com as outras

partes do óvulo, se desenvolve formando a semente. Depois da


fecundação, a flor murcha. Então as sépalas, as pétalas, os estames e o
estilete caem. O ovário desenvolve-se formando o fruto, dentro do qual

ficam as sementes (óvulos desenvolvidos depois da fecundação).

Sumário
A flor é o sistema reprodutor de uma planta (gimnospermas e
angiospermas). Depois da fecundação, nas angiospermas, formam-se
frutos e sementes. Os componentes básicos de uma flor são: Cálice,
Corola (androceu e o gineceu). O androceu é o órgão masculino da flor.
Cada estame é formado de antera, filete e conectivo. O gineceu é o
órgão feminino da flor. Os carpelos são folhas modificadas e possuem
estigma, estilete e ovário. A flor que possui apenas o androceu é uma
flor masculina. A flor feminina tem apenas o gineceu. As flores estão

96
presas no caule ou nos ramos por uma haste denominada pedúnculo,
que se dilata na parte superior formando o receptáculo floral.

Os gametas masculinos são chamados núcleos espermáticos; os


gametas femininos são as oosferas. Para que a fecundação ocorra, é
necessário que haja um transporte dos grãos de pólen para o estigma,
podendo isso acontecer numa mesma flor (hermafrodita) ou de uma flor
masculina para uma flor feminina. O transporte dos grãos de pólen até o
estigma é chamado polinização. Dessa união origina-se o zigoto que,
juntamente com as outras partes do óvulo, se desenvolve formando a
semente. Depois da fecundação, a flor murcha. Então as sépalas, as
pétalas, os estames e o estilete caem. O ovário desenvolve-se formando
o fruto, dentro do qual ficam as sementes.

1. O que é a flor?
A flor é o sistema reprodutor de uma planta
(gimnospermas e angiospermas).
2. Depois da fecundação, nas angiospermas, formam-
se frutos e sementes. Diga o que a semente contém?
R: A semente contém o embrião, que dará origem a
uma nova planta, da mesma espécie daquela da qual
se originou.
3. Quais são os componentes básicos de uma flor?
Exercícios
R: São cálice formado por um conjunto de folhas
modificadas, as sépalas, quase sempre verdes. Corola
conjunto formado pelo cálice e pela corola é chamado
perianto.
4. Como as flores se prendem no caule?
R: As flores estão presas no caule ou nos ramos por
uma haste denominada pedúnculo, que se dilata na
parte superior formando o receptáculo floral. No
receptáculo prendem-se todos os verticilos florais.

97
98
Unidade 20

Tema: O Fruto e a Semente

Introdução
Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre o estudo fruto e
semente. Como já dissemos anteriormente, uma das características dos
seres vivos é a capacidade de se reproduzirem. Portanto, o fruto e a
semente são estruturas resultantes do fenómeno designado fecundação.

Portanto, nesta unidade, mais uma vez, está convidado para uma
participação activa sobre o tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os os elementos da estrutura do fruto e da semente;


 Caracterizar os elementos da estrutura do fruto e da semente;
 Classificar os frutos segundo criterios estabelecidos;
 Descrever as estruturas do fruto e da semente;
 Comparar os elementos estrutura do fruto e da semente;
Objectivos
 Fazer desenho e legenda estrutura do fruto e da semente.

O Fruto e a Semente

Você está acostumado a chamar de frutas a laranja, a manga, o cajú,


entre muitos outros exemplos. Você também chama de legumes a
abóbora, o quiabo, a berinjela, entre outros exemplos. Você já sabe que
o ovário da flor, desenvolvido depois da fecundação, dá origem ao fruto.
Então, se a laranja, a manga, o cajú, a abóbora, o quiabo, a berinjela,
são originados do ovário fecundado de uma flor, todos eles são frutos.

Você ainda tem dúvidas? O que acontece é que as pessoas usam o


termo fruta para designar os órgãos vegetais comestíveis e adocicados,
de sabor agradável. Mas o termo fruto aplica-se a todos os órgãos

99
vegetais que se originam do desenvolvimento do ovário. Assim, a
goiaba, e a laranja são frutas e também frutos. A berinjela e o carrapicho
não são frutas, mas são frutos.

De que é formado o Fruto?

O fruto geralmente é formado de pericarpo e semente. O pericarpo


origina-se do ovário da flor, que se desenvolve depois da fecundação, e

apresenta três partes: epicarpo, mesocarpo e endocarpo. O epicarpo é a


porção externa, a casca. O mesocarpo é a parte muitas vezes carnosa e
comestível. O endocarpo é a camada interna que envolve a semente. Às
vezes, o endocarpo é bem duro, e forma um caroço, como o da manga,
do pêssego e da azeitona.

Classificação dos Frutos

1. Frutos Carnudos: Os frutos que apresentam o pericarpo


relativamente macio e suculento são chamados frutos carnosos.
Geralmente comestíveis, os frutos carnosos são ricos em
substâncias nutritivas e classificam-se em bagas e drupas: 
 Bagas: São frutos que têm uma ou várias sementes
soltas, como é o caso do mamão, do tomate, da laranja,
da melancia e da goiaba, entre outros. 
 Drupas: Têm um endocarpo duro, dentro do qual há
uma semente. É o caso da manga, do pêssego, do
abacate e da azeitona.
2. Frutos Secos: Os frutos que têm pericarpo seco são chamados
frutos secos. Os frutos secos podem ser deiscentes ou
indeiscentes.
 Frutos deiscentes - São aqueles que, quando maduros,
se abrem liberando as sementes. As vagens das
leguminosas (flamboyant, feijão, soja, ervilha, etc.) são
um bom exemplo.
 Frutos indeiscentes - São aqueles que não se abrem
quando maduros. Os grãos de milho, arroz e trigo, a
avelã e a noz são exemplos de frutos indeiscentes.
3. Frutos Falsos: Toda vez que a parte carnosa do fruto,
geralmente comestível, for originada de outra parte da flor que não

100
seja o ovário, o fruto não é verdadeiro. É por isso que eles são
chamados falsos frutos. A maçã e o morango, por exemplo, são
falsos frutos, porque a sua porção carnosa se origina do
receptáculo da flor. Na maçã, o verdadeiro fruto é a parte interna,
uma espécie de “bolsa” que envolve as sementes. No morango, os
verdadeiros frutos são vistos como pequenos pontos escuros
espalhados por toda a parte vermelha. O caju também é um falso
fruto, pois a parte carnosa resulta do desenvolvimento do
pedúnculo floral. Nele, o verdadeiro fruto, que representa ovário
desenvolvido, é a castanha.

A Semente

A semente é o óvulo da flor desenvolvido após a fecundação. É a


semente que abriga o embrião, a futura planta. O processo pelo qual o
embrião da semente se desenvolve originando uma nova planta
denomina-se germinação.

O que é preciso para que uma semente germine?

Para uma semente poder germinar é necessário a contribuição de


fatores internos (condições da própria semente) e externos (condições
do meio ambiente).

Condições da própria semente:

 Estar madura;
 Estar inteira;
 Não ser muita velha;
 Possuir reservas de substâncias nutritivas.

Condições do meio ambiente:

 Oxigênio (o solo deve estar fofo para permitir a penetração do ar


à semente);
 Temperatura adequada;
 Humidade (presença de água no solo).

A Semente e a Dormência:

101
Muitas sementes não germinam, mesmo que as condições ambientais
citadas sejam adequadas. Neste caso, diz-se que elas se encontram em
estado de dormência. Para germinar, precisam de outras condições, que
podem variar de uma espécie para outra. Sementes de certas
variedades de alface, por exemplo, só germinam em presença de luz. Já
as sementes de certas variedades de melancia só germinam no escuro.
Para quebrar a dormência das sementes da leucena (uma leguminosa),
elas devem ser colocadas em água quente durante alguns minutos.

Como é Composta a Semente?

A semente é composta de tegumento e amêndoa. O tegumento é a


camada externa da semente-a casca, que cobre a amêndoa, parte
principal da semente. A amêndoa apresenta duas partes:

 Embrião: forma a nova planta quando a semente germina.


 Albúmen: contém as substâncias nutritivas que vão alimentar a
plantinha nas primeiras fases de desenvolvimento.

No embrião existe um órgão muito importante chamado cotilédone. É ele


que absorve as substâncias nutritivas do albúmen para alimentar a nova
planta, enquanto ela não tiver raízes nem folhas. Você verificou que os
grupos de angiospermas se dividem em monocotiledôneas e
dicotiledôneas. O que significa isso? Algumas plantas, como o milho, o
arroz e outras tantas enumeradas, têm apenas um cotilédone; por isso
denominam-se monocotiledôneas. Outras, como o feijão, o amendoim e
a ervilha, apresentam dois cotilédones; são as dicotiledôneas. Nas
monocotiledôneas, o albúmen é muito desenvolvido. Nas dicotiledôneas,
ele geralmente é pouco desenvolvido. Neste caso, as substâncias
nutritivas ficam armazenadas nos próprios cotilédones. 

Sumário
O fruto geralmente é formado de pericarpo e semente. O pericarpo
origina-se do ovário da flor, que se desenvolve depois da fecundação, e
apresenta três partes: epicarpo, mesocarpo e endocarpo. O epicarpo é a
porção externa, a casca. O mesocarpo é a parte muitas vezes carnosa e

102
comestível. O endocarpo é a camada interna que envolve a semente. Às
vezes, o endocarpo é bem duro, e forma um caroço, como o da manga,
do pêssego e da azeitona. Os frutos podem ser classificados em:
Carnudos (bagas e drupas), secos (deiscentes ou indeiscentes) e falsos.

A semente é o óvulo da flor desenvolvido após a fecundação. É a


semente que abriga o embrião, a futura planta. O processo pelo qual o
embrião da semente se desenvolve originando uma nova planta
denomina-se germinação. Para uma semente poder germinar é
necessário a contribuição de factores internos (condições da própria
semente) e externos (condições do meio ambiente). Muitas sementes
não germinam, mesmo que as condições ambientais sejam adequadas.
Neste caso, diz-se que elas se encontram em estado de dormência. A
semente é composta de tegumento e amêndoa. A amêndoa apresenta
duas partes: embrião e albúmen.

1. Qual é a origem do pericarpo?


R: O pericarpo origina-se do ovário da flor, que se
desenvolve depois da fecundação.
2. Quais são as partes que formam o pericarpo?
R: Constituido por três partes: epicarpo, mesocarpo e
endocarpo.
3. Sobre a classificação dos frutos, diga como são
divididos os frutos carnudos.
R: Bagas: são frutos que têm uma ou várias sementes
soltas, como é o caso do mamão, do tomate, da
Exercícios laranja, da melancia e da goiaba, entre outros. Drupas:
têm um endocarpo duro, dentro do qual há uma
semente. É o caso da manga, do pêssego, do abacate
e da azeitona.
4. Para uma semente poder germinar é necessário a
contribuição de factores internos. Dê exemplos
condições externos (condições do meio ambiente).
R: Oxigênio (o solo deve estar fofo para permitir a
penetração do ar à semente); temperatura adequada;
humidade (presença de água no solo).

103
104
Unidade 21

Tema: Tipos de Reprodução

Introdução

Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre o estudo dos tipos
de reprodução. Como já dissemos anteriormente, uma das
características dos seres vivos é a capacidade de se reproduzirem.
Podemos definir a reprodução como capacidade que os seres vivos têm
de dar origem a descentesntes semelhantes.

Portanto, nesta unidade, mais uma vez, está convidado para uma
participação activa sobre o tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os diferentes tipos de reprodução;


 Caracterizar os diferentes tipos de reprodução;
 Explicar os diferentes tipos de reprodução;
 Descrever os diferentes tipos de reprodução;
Objectivos
 Comparar os diferentes tipos de reprodução.

Tipos de Reprodução
Reprodução é capacidade de produzir novos indivíduos é uma das
características básicas dos seres vivos. Actualmente sabe-se que a vida
surge sempre de outra vida, não existindo organismos que surjam por

geração espontânea, por mais simples que sejam. Para referências mais

aprofundadas em relação a cada grupo vegetal. No entanto, nem todos


os organismos se reproduzem de forma semelhante, existindo dois
grandes grupos de processos reprodutores.

Reprodução Assexuada:

105
Esta situação verifica-se quando os descendentes são produzidos por
um único progenitor, sem a participação de estruturas reprodutoras

especiais. Este tipo de reprodução é muito comum em plantas. A


reprodução assexuada só é possível devido ao fenómeno de divisão
nuclear da mitose, pelo qual uma célula-mãe origina duas células-filhas,
exactamente com a mesma informação genética (salvo ocorram
mutações), ou seja, clones.

A mitose, a base da reprodução assexuada, tem um importante papel na

vida dos organismos. Dado o rigor com que, na grande maioria dos
casos, a duplicação do DNA de faz neste processo, a mitose permite:

 Crescimento: um organismo aumenta o seu número de células


através de mitoses sucessivas, onde o conteúdo nuclear se

mantém inalterado;
 Renovação: a substituição de células velhas ou danificadas
permite a manutenção do corpo do organismo em condições

óptimas;
  Regeneração: substituição de órgãos ou partes de órgãos, em

algumas plantas ou mesmo em animais.

Geralmente são os seres mais simples, unicelulares, que se reproduzem


assexuadamente. No entanto, devido ás grandes vantagens deste tipo
de reprodução mesmo animais e plantas complexos podem utilizá-lo.

Estas vantagens derivam de dois aspectos:

 Aumento Populacional Rápido: através de reprodução


assexuada o aumento do número de descendentes pode, por
vezes, ser exponencial, pois o investimento por parte do
progenitor é muito baixo (não há busca de parceiro ou com a

produção de gâmetas);
 Estabilidade Genética: devido à produção de clones, um
conjunto de características bem adaptadas ao meio, no
momento, pode ser reproduzido sem risco de perda de grau de

adaptação, tirando o máximo partido das condições favoráveis.

Existem diversos tipos de reprodução assexuada em plantas:

106
 Gemulação: na gemulação, o organismo filho surge a partir de
uma gema ou gomo, que crescerá até atingir o tamanho
adulto. O descendente pode  libertar-se do progenitor, ou não.
Neste último caso irá formar-se uma colónia, como no caso de
bananeira, polipodio, entre outros em particular as plantas com
caule rizoma.
 Fragmentação: é comum em plantas cultivadas em particular
mandioqueira, citrinos no geral. O indivíduo divide-se em
diversos pedaços, independentemente da composição interna de
cada um deles, e cada um irá regenerar um indivíduo completo.
A fragmentação pode ocorrer por enxertia, alporquia e
mergulhia.

A multiplicação vegetativa resulta da elevada capacidade de


regeneração tecidular das plantas, devido ao crescimento contínuo que a

presença de meristemas confere.  Entre as chamadas plantas superiores


Tracheophyta - os descendentes podem formar-se a partir de diferentes
partes da planta adulta mas é frequente surgirem estruturas
especializadas, nomeadamente:
 Estolhos: estas estruturas não são mais que longos e finos
ramos de crescimento horizontal aéreo. Estes ramos originam
novas plântulas a espaços regulares, em cada “nó”. Dada a
posição aérea do estolho este não apresenta reservas, sendo as
plantas-filhas alimentadas pelos vasos condutores da planta-
mãe até serem independentes, altura em que o estolho seca e

morre. Os morangueiros são plantas produtoras de estolhos;


 Rizomas: estas estruturas são caules subterrâneos de
crescimento horizontal, muito frequentes em gramíneas, por
exemplo. Estes caules apresentam geralmente pouca
quantidade de substância de reserva no seu parênquima e
produzem folhas e flores, além de raízes. Toda a estrutura está
protegida por folhas modificadas designadas escamas, com
aspecto seco. Reside nesta estrutura a espantosa capacidade
colonizadora de muitas das chamadas “ervas daninhas”. São
exemplo de plantas que produzem rizomas os fetos, o gengibre,

as íris, o trevo, etc.;


 Tubérculos: este caule subterrâneo entumecido é
extremamente rico em substâncias de reserva, principalmente

107
sob a forma de amido. Com excepção dos tecidos condutores,
todo o interior da estrutura é composto por parênquima de
reserva. O tubérculo apresenta numerosos “olhos” ou gemas,
protegidos por pequenas saliências em forma de meia-lua
designadas escamas, que resultam da elementos foliares

modificados;
 Bolbos: trata-se novamente de caules subterrâneos de
crescimento vertical mas comprimidos e de aspecto cónico.
Deste modo a estrutura lenhosa é reduzida, obrigando as folhas
carnudas modificadas - escamas - a encaixarem todas quase no
mesmo local. Geralmente apenas apresentam uma gema
central, envolvida pelas escamas, mas podem existir outras. As
camadas mais externas são secas, fornecendo protecção contra
o atrito. Produzem bolbos as cebolas, os alhos, os gladíolos,

etc.;
 Cormos: muito semelhantes aos bolbos exteriormente, não
apresentam as folhas carnudas modificadas como local de
armazenamento de reservas mas sim o parênquima do próprio
caule. Externamente são revestidos por escamas secas, tal
como os bolbos. São exemplos de plantas produtoras de cormos

os crocus, as begónias, cíclames, etc.

Reprodução Sexuada:

Ao contrário da reprodução assexuada,  neste caso exige-se que os


descendentes sejam formados a partir de dois progenitores, que
produzem células sexuais ou gâmetas. Assim, a reprodução sexuada
envolve uma alternância entre meiose e fecundação, apresentando uma
elevada vantagem evolutiva para os organismos pois produz e mantém a
variabilidade das populações. Os primeiros organismos eucariontes
seriam provavelmente haplóides assexuados mas o surgimento da
reprodução sexuada abriu caminho ao surgimento da diplóidia. 

Pensa-se que a diplóidia terá surgido pela primeira vez quando duas
células haplóides se uniram para formar um "zigoto" diplóide. Estes
indivíduos diplóides que posteriormente sofreram divisões redutoras no
número de plóidia - meiose - passaram a apresentar alternância de fases

nucleares (e em plantas a maioria de gerações também). A diplóidia

108
permite uma maior capacidade de armazenamento de genes e alelos
diferentes e uma expressão mais complexa do genótipo do organismo ao
longo do seu desenvolvimento. Este facto  explica a dominância da fase
nuclear diplóide em quase todos os grupos taxonómicos evoluídos,
dominância que chega a quase eliminar a fase haplóide reduzindo - a a
algumas células.

Sumário
Actualmente sabe-se que a vida surge sempre de outra vida, não
existindo organismos que surjam por geração espontânea, por mais
simples que sejam. A reprodução assexuada, verifica-se quando os
descendentes são produzidos por um único progenitor, sem a

participação de estruturas reprodutoras especiais. A mitose, a base da


reprodução assexuada, tem um importante papel na vida dos
organismos, permitindo: crescimento, renovação e regeneração. As
vantagens deste tipo de reprodução derivam de dois aspectos: aumento
populacional rápido e estabilidade genética Existem diversos tipos de
reprodução assexuada em plantas: gemulação, fragmentação.

A multiplicação vegetativa resulta da elevada capacidade de


regeneração tecidular das plantas, devido ao crescimento contínuo que a

presença de meristemas confere.  Entre as chamadas plantas superiores


Tracheophyta - os descendentes podem formar-se a partir de diferentes
partes da planta adulta mas é frequente surgirem estruturas

especializadas, nomeadamente: estolhos, rizomas, tubérculos, bolbos e

cormos. Ao contrário da reprodução assexuada,  neste caso exige-se


que os descendentes sejam formados a partir de dois progenitores, que
produzem células sexuais ou gâmetas. A reprodução sexuada envolve
uma alternância entre meiose e fecundação, apresentando uma elevada
vantagem evolutiva para os organismos pois produz e mantém a
variabilidade das populações. 

109
1. A mitose, a base da reprodução assexuada, tem um
importante papel na vida dos organismos, a duplicação
do DNA, o que e que a mitose permite?
R: Renovação: a substituição de células velhas ou
danificadas permite a manutenção do corpo do

organismo em condições óptimas; Regeneração:


substituição de órgãos ou partes de órgãos, como

caudas de lagartixa ou braços de estrelas-do-mar.


2. Quais são as vantagens da reprodução assexuada?
R: Aumento populacional rápido : através de
Exercícios
reprodução assexuada o aumento do número de
descendentes pode, por vezes, ser exponencial, pois o
investimento por parte do progenitor é muito baixo (não
há busca de parceiro ou com a produção de gâmetas);
Estabilidade genética: devido à produção de clones, um
conjunto de características bem adaptadas ao meio, no
momento, pode ser reproduzido sem risco de perda de
grau de adaptação, tirando o máximo partido das

condições favoráveis.

110
Unidade 22

Tema: Ciclos de Vida em Plantas

Introdução

Prezado estudante, tendo em conta que a reprodução sexuada


apresenta dois fenómenos complementares, a meiose e a fecundação,
durante o ciclo de vida de um organismo existe uma alternância entre
células haplóides e diplóides. 

Nesta unidade, está convidado para uma participação activa sobre o o


ciclo de vida e alternância entre células haplóides e diplóides. 

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar a alternância entre células haplóides e diplóides;


 Caracterizar a alternância entre células haplóides e diplóides;
 Explicar a alternância entre células haplóides e diplóides;
 Descrever a alternância entre células haplóides e diplóides;
Objectivos
 Comparar a alternância de células haplóides com diplóides.

Ciclos de Vida em Plantas


O ciclo de vida de um organismo inicia-se com a formação do zigoto e
termina com a formação dos gâmetas necessários à reprodução. Tendo
em conta que a reprodução sexuada apresenta dois fenómenos
complementares, a meiose e a fecundação, durante o ciclo de vida de
um organismo existe uma alternância entre células haplóides e
diplóides. 

Portanto, assim, tem-se:

111
 Alternância de Fases Nucleares: a fase haplóide tem n
cromossomas, ocorrendo após a meiose, e a fase diplóide tem
2n cromossomas, ocorrendo após a fecundação;
 Alternância de Gerações: geração é a parte do ciclo de vida de
um organismo que se inicia com uma célula, dando esta origem
a uma estrutura, ou entidade, multicelular, a qual irá produzir
uma outra célula, através de parte da estrutura multicelular.
Segundo esta definição, um ciclo de vida sexuado poderá, no
máximo, apresentar duas gerações:
 Geração Gametófita: fase haplóide do ciclo de vida,
inicia-se com o esporo e termina nos gâmetas. A estrutura
multicelular da geração gametófita designa-se gametófito,
onde se irão diferenciar gametângios, estruturas que contêm
células que produzirão gâmetas. Os gametângios femininos
designam-se oogónios (unicelulares) ou arquegónios
(pluricelulares), enquanto os masculinos se designam
anterídeos;
 Geração Esporófita: fase diplóide do ciclo, inicia-se
com o zigoto e termina com a célula-mãe dos esporos. A
estrutura multicelular desta fase designa-se esporófito. No
esporófito diferenciam-se estruturas designadas por
esporângios, contendo células que se dividem por meiose e
originam esporos.

A meiose pode ocorrer em diferentes momentos do ciclo de vida de um


organismo:

 Meiose pós-zigótica: quando este fenómeno ocorre no zigoto,


sendo este a única entidade diplóide do ciclo;
 Meiose pré-espórica: a meiose ocorre na formação dos
esporos. O zigoto, por mitoses sucessivas, origina uma entidade
diplóide, onde se diferenciam células especiais que, por meiose,
originam esporos;
 Meiose pré-gamética: ocorre durante a formação dos gâmetas,
sendo estes as únicas células haplóides do ciclo.

A extensão relativa de cada uma das gerações e fases nucleares está


dependente da posição, no ciclo de vida, da meiose e fecundação. Por
este motivo, consideram-se três tipos de ciclos de vida:

112
 Ciclo Haplonte: neste tipo de ciclo de vida a fase haplóide
predomina, sendo a fase diplóide constituída apenas pelo zigoto.
Deste modo, considera-se que não existe verdadeira alternância de
gerações. A meiose ocorre imediatamente a seguir à fecundação
(meiose pós-zigótica). Este tipo de ciclo de vida é característico das
algas (clorofila a e c);
 Ciclo Diplonte: neste tipo de ciclo a fase diplóide predomina,
sendo a fase haplóide formada apenas pelos gâmetas. Também
neste caso, não existe verdadeira alternância de gerações. A meiose
ocorre imediatamente antes da fecundação (meiose pré-gamética).
Este tipo de ciclo é característico de animais e de algumas algas
(clorofila b e d);
 Ciclo Haplodiplonte: neste tipo de ciclo existe nítida alternância
de fases nucleares e de gerações pois a meiose e a fecundação
estão separadas no tempo. A meiose designa-se pré-espórica. Este
tipo de ciclo de vida, o mais complexo, é característico das plantas
superiores. 

A alternância de gerações tira o máximo partido dos dois tipos de


reprodução: a geração gametófita aumenta a variabilidade genética e a
esporófita facilita a dispersão, pela produção de esporos. Nas plantas,
as gerações são heteromórficas, ou seja, ao contrário de algumas algas
haplodiplontes, o gametófito e o esporófito têm aparências totalmente
diferentes (clorofila a e d);

Existem, igualmente, vários tipos de reprodução sexuada:

 Isogâmica: gâmetas morfologicamente iguais, geralmente


flagelados, que são libertados para o meio, onde ocorre a
fecundação;
 Anisogâmica: gâmetas morfologicamente diferentes, sendo o
feminino maior, em que ambos são libertados para o meio, existindo
fecundação externa;  

 Oogâmica: caso particular da anisogamia, ocorre quando o gâmeta


feminino é tão grande que se torna imóvel, enquanto o masculino é
pequeno e móvel. Neste caso a fecundação é interna, no interior do
gametângio feminino.

113
Uma planta designa-se monóica quando apresenta os dois sexos no
mesmo corpo e dióica quando apresenta sexos separados. O
monoicismo pode ser suficiente quando um indivíduo produz um zigoto
por autofecundação, ou insuficiente, quando é necessária a fecundação
cruzada, seja por causas morfológicas ou fisiológicas (amadurecimento
desencontrado dos gâmetas, por exemplo). 

Do estudo dos ciclos de vida vegetais pode retirar-se uma série de


tendências evolutivas, nomeadamente:  

 As plantas apresentam sempre alternância de fases nucleares


no seu ciclo de vida;
 Apresentam um ciclo de vida haplodiplonte;

 A meiose pré-espórica produz esporos que, ao germinar,


originam um gametófito haplóide, o qual produz gâmetas por
mitose;

 Há uma nítida tendência para a dominância da diplofase, pois


a recombinação genética que ocorre na sua formação permite
uma maior capacidade de adaptação a condições em
alteração;

 As estruturas reprodutoras são cada vez mais especializadas;

 Ao longo da evolução surgiram estruturas estéreis a proteger


os gâmetas (anterídeos e arquegónios);

 Há uma tendência para que a determinação sexual seja feita


no esporófito - heterosporia;

 Há uma tendência para a fecundação ser independente da


água e existem reservas na semente, o que permite ao
embrião permanecer num estado de latência durante períodos
menos favoráveis e ajudando à dispersão.  

114
Tendências Evolutivas nos Ciclos de Vida de Plantas 

Planta Espirogira Bodelha Musgo Feto Açucena

Dependência
da Água para Presente Presente Presente Presente Ausente
Fecundação  

Morfologia
Isogamia Anisogamia Oogamia Oogamia Oogamia
dos Gâmetas

Morfologia
Ausentes Ausentes Isosporia Isosporia Heterosporia
dos Esporos

Alternância
de Fases Presente Presente Presente Presente Presente
Nucleares

Alternância
Ausente Ausente Presente Presente Presente
de Gerações

Geração
Gametófita Esporófita Gametófita Esporófita Esporófita
Dominante

Pós- Pré-
Meiose Pré-espórica Pré-espórica Pré-espórica
zigótica gamética

Tipo de Ciclo
Haplonte Diplonte Haplodiplonte Haplodiplonte Haplodiplonte
de Vida  

115
  Análise Comparativa das Estruturas de Alguns Ciclos
de Vida em Plantas

Planta Bodelha Musgo Feto Açucena

Zigoto (2n)   Zigoto Zigoto Zigoto Zigoto

Esporófito (2n) Planta adulta Esporogónio Planta adulta Planta adulta

Estame (m) 
Folha com
Esporófilo (2n)   - -
soros
Carpelo (f)

Antera (m)
Esporângio (2n) - Cápsula Esporângio
Óvulo (f)

Célula-mãe do
grão de pólen (m)
Célula-mãe dos Célula-mãe dos Célula-mãe dos
- Célula-mãe do
Esporos (2n)   esporos esporos
saco embrionário
(f)

Grão de pólen (m)


Esporos (n)   - Esporos Esporos Saco embrionário
(f)

Tubo polínico (m)


Gametófito (n) - Planta adulta Protalo Saco embrionário
germinado (f)

Anterídeo Núcleo
Anterídeo (m) Anterídeo (m)
Gametângio (n) (m) germinativo (m)
Arquegónio (f) Arquegónio (f)
Oogónio (f) Sinergídeas (f)

Anterozóide Anterozóide
Anterozóide (m) Anterozóide (m)
Gâmetas (n)   (m) (m)
Oosfera (f) Oosfera (f)
Oosfera (f) Oosfera (f)

   

          

116
Sumário
O ciclo de vida de um organismo inicia-se com a formação do zigoto e
termina com a formação dos gâmetas necessários à reprodução. Tendo
em conta que a reprodução sexuada apresenta dois fenómenos
complementares, a meiose e a fecundação, durante o ciclo de vida de
um organismo existe uma alternância entre células haplóides e
diplóides. Portanto, assim, tem-se: alternância de fases nucleares,
alternância de gerações, geração gametófita. A meiose pode ocorrer em
diferentes momentos do ciclo de vida de um organismo: meiose pós-
zigótica, meiose pré-espórica e meiose pré-gamética.

A extensão relativa de cada uma das gerações e fases nucleares está


dependente da posição, no ciclo de vida, da meiose e fecundação. Por
este motivo, consideram-se três tipos de ciclos de vida: ciclo haplonte,
ciclo diplonte e ciclo haplodiplonte. Existem, igualmente, vários tipos de
reprodução sexuada: isogâmica, anisogâmica e oogâmica. Uma planta
designa-se monóica quando apresenta os dois sexos no mesmo corpo e
dióica quando apresenta sexos separados. Do estudo dos ciclos de vida
vegetais pode retirar-se uma série de tendências evolutivas.

117
1. Quando é que inicia e termina o ciclo de vida de um
organismo?
R: O ciclo de vida de um organismo inicia-se com a formação
do zigoto e termina com a formação dos gâmetas necessários
à reprodução.
2. Distinga o ciclo de vida com alternância de fases nucleares e
alternância de gerações.
R: Alternância de fases nucleares: a fase haplóide tem n
cromossomas, ocorrendo após a meiose, e a fase diplóide tem
2n cromossomas, ocorrendo após a fecundação; Alternância de
Exercícios gerações: geração é a parte do ciclo de vida de um organismo
que se inicia com uma célula, dando esta origem a uma
estrutura, ou entidade, multicelular, a qual irá produzir uma
outra célula, através de parte da estrutura multicelular.
3. Caracterize as gerações gametófita e esporófita.
R: Geração Gametófita: fase haplóide do ciclo de vida, inicia-se
com o esporo e termina nos gâmetas. Geração Esporófita: fase
diplóide do ciclo, inicia-se com o zigoto e termina com a célula-
mãe dos esporos.

118
Unidade 23

Tema: Plantas Gimnospermae

Introdução

Prezado estudante, seja bem vindo a unidade de estudo sobre as


plantas gimnospermae. Um dos critérios para classificar as plantas
superiores é a existência ou não de sementes desprotegidas ou
protegidas ou seja, gimnospermae e angiospermae, respectivamente.

Nesta unidade, caro estudante, está convidado para uma participação


activa sobre o tema proposto na presente unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar uma planta gimnospérmica;


 Caracterizar planta gimnospérmica;
 Descrever planta gimnospérmica;
 Distinguir uma planta gimnospérmica da angiospérmica;
Objectivos
 Comparar uma planta gimnospérmica com uma angiospérmica;

Plantas Gimnospermae

As gimnospérmicas ou gimnospermas (do grego gimnos = nu / sperma =


semente) são plantas vasculares com suas sementes desprotegidas
inseridas em escamas que formam uma estrutura mais ou menos cônica
(pinha). Diferenciando-se assim das angiospérmicas, que têm suas
sementes envoltas por um fruto, gerado por um ovário. A cladística
apenas aceita táxons monofiléticos, atribuíveis a um ancestral comum e
que incluam todos os descendentes desse ancestral comum.Uma das
mais importantes  inovações durante a evolução vegetal foi a semente,
que terá sido a principal causa do domínio das espermatófitas (plantas
com semente) na flora actual. 

119
O nome da divisão (Gimnospermae = semente nua) refere precisamente
o facto de as sementes e óvulos destas plantas se encontrarem expostos
sobre a superfície dos esporófilos ou estruturas análogas. As estruturas
tipo semente mais antigas datam do Devónico, há cerca de 360 M.a. e
durante o Pérmico, um período de extremos climáticos, a semente deve
ter sido uma vantagem adaptativa muito importante.Todas as plantas
gimnospérmicas são terrestres, e embora apresentem tamanhos
variados (as sequóias atingem 120 metros de altura e 10 metros de
diâmetro), são sempre árvores ou arbustos. Este facto deriva de
apresentarem, pela primeira vez neste reino, crescimento secundário, ou
seja, o seu crescimento é contínuo tanto em altura, como em largura.

Os principais grupos de gimnospérmicas são as cicas (as primeiras


gimnospérmicas, sobreviventes do tempo dos dinossauros), o Ginkgo
(única árvore do seu género sobrevivente e que parece ter mudado
muito pouco em 80 milhões de anos) e as coníferas (pinheiros, cedros,
ciprestes, sequóias, etc.).   Dessa forma, enquanto o termo
"gimnosperma" é ainda largamente utilizado para plantas não-
angiospermas com sementes, as espécies de plantas que antes eram
tratadas como gimnospermas são usualmente distribuídas em quatro
grupos:

a) Conipherophyta: os pinheiros, as araucárias (pinheiro-do-


paraná), as sequóias, ciprestes e plantas semelhantes;
b) Cycadophyta: as Cycas, Encephalatos, etc.;
c) Gnetophyta: o Gnetum; e
d) Gingkophyta: único representante vivo é o Ginko biloba,
conhecido por seu uso fitoterápico.

120
Imagem: A esquerda: Cica, quase parecendo uma palmeira se não se estiver atento. No
Centro: Folhas de Ginkgo. A Esquerda: Welwitschia do deserto namibiano. Fonte: Inetrnet

Características das Gimnospermae

As gimnospermas marcam evolutivamente o aparecimento das sementes


como consequencia da heteroporia,que é a produção de dois tipos de
esporos, um masculino e outro femenino. São plantas traqueófitas, pelo
facto de possuírem vasos condutores do tipo xilema e floema. As
características das gimnospermas são:
 Têm raiz, caule, folhas, sementes;
 Não apresentam frutos;
 Podem existir plantas que são femininas e masculinas ao
mesmo tempo, chamadas de monóicas (Pinus sp.), e as que têm
sexos separados, que são chamadas de dióicas (araucárias);
 Apresentam vasos condutores;
 Suas sementes são nuas.

Caracteristicamente, as folhas das coníferas apresentam limbo reduzido, o


que lhes confere elevada resistência à secura, donde o nome comum de
agulhas. As agulhas são folhas aciculares, formadas em grupos
protegidos na base por escamas foliares. 

121
Imagem: Corte Transversal numa Agulha de Pinheiro. Fonte: Biologia das Plantas.

Os estomas estão afundados no mesófilo. Os tecidos condutores,


geralmente um ou dois feixes centrais, estão rodeados por endoderme e
pelo chamado tecido de transfusão, composto por células
parenquimatosas vivas e curtas e por traqueídos mortos. Este tecido
invulgar parece realizar a transferência de nutrientes entre os feixes
vasculares e o mesófilo. A maioria dos pinheiros mantém as suas folhas
durante 2 a 4 anos, mas o pinheiro de maior longevidade, Pinus
longaeva, mantém-nas 45 anos, sempre activas fotossinteticamente. 

Como já foi referido, as gimnospérmicas apresentam crescimento


secundário, que se inicia muito cedo no desenvolvimento. Este facto leva
á formação de grande quantidade xilema secundário, produzido pelo
câmbio vascular. Este forma igualmente floema secundário para o seu
exterior. O xilema das gimnospérmicas é contém apenas traqueídos
como elementos de transporte e o floema tem os habituais elementos
dos tubos crivosos. Ambos os tecidos são atravessados por raios
estreitos. O crescimento secundário leva igualmente ao surgimento da
chamada periderme, que substitui a epiderme na protecção do caule e
tem origem no câmbio suberofelogénico.    Outro aspecto típico das
gimnospérmicas, principalmente das coníferas, é a produção de resina,
que as protege do ataque de insectos e fungos.

Ciclo de Vida de uma Gimnospérmica

122
Imagem: Ciclo de Vida de Gimnospérmicas. Fonte: Internet

123
Sumário
As gimnospérmicas ou gimnospermas são plantas vasculares com suas
sementes desprotegidas inseridas em escamas que formam uma
estrutura mais ou menos cônica. O nome da divisão (Gimnospermae =
semente nua) refere precisamente o facto de as sementes e óvulos
destas plantas se encontrarem expostos sobre a superfície dos
esporófilos ou estruturas análogas. Dessa forma, enquanto o termo
"gimnosperma" é ainda largamente utilizado para plantas não-
angiospermas com sementes, as espécies de plantas que antes eram
tratadas como gimnospermas são usualmente distribuídas em quatro
grupos: Conipherophyta; Gnetophyta e Gingkophyta. As gimnospermas
marcam evolutivamente o aparecimento das sementes como
consequência da heteroporia, que é a produção de dois tipos de
esporos, um masculino e outro femenino.

São plantas traqueófitas, pelo facto de possuírem vasos condutores do


tipo xilema e floema. As características das gimnospermas são:têm raiz,
caule, folhas, sementes; não apresentam frutos; podem existir plantas
que são femininas e masculinas ao mesmo tempo, chamadas de
monóicas (Pinus sp.), e as que têm sexos separados, que são chamadas
de dióicas (araucárias); apresentam vasos condutores; suas sementes
são nuas. Os tecidos condutores, geralmente um ou dois feixes centrais,
estão rodeados por endoderme e pelo chamado tecido de transfusão,
composto por células parenquimatosas vivas e curtas e por traqueídos
mortos. Este facto leva á formação de grande quantidade xilema
secundário, produzido pelo câmbio vascular. Este forma igualmente
floema secundário para o seu exterior.

124
1. O que são plantas gimnospérmicas?
R: As gimnospérmicas ou gimnospermas são plantas
vasculares com suas sementes desprotegidas inseridas em
escamas que formam uma estrutura mais ou menos cônica.
2. Quais são os grupos onde são distribuídas as
gimnospérmicas?
R: Usualmente distribuídas em quatro grupos: Conipherophyta,
Exercícios Cycadophyta, Gnetophyta e Gingkophyta.
3. Indique as características das gimnospermas.
R: São: têm raiz, caule, folhas, sementes; não apresentam
frutos; podem existir plantas que são femininas e masculinas ao
mesmo tempo, chamadas de monóicas (Pinus sp.), e as que
têm sexos separados, que são chamadas de dióicas
(araucárias); apresentam vasos condutores; suas sementes são
nuas.

125
Unidade 24

Tema: Plantas Angispérmicas

Introdução

Prezado estudante, seja bem vindo a unidade de estudo sobre as


plantas angiospermae. Como já dissemos antes, um dos critérios para
classificar as plantas superiores é a existência ou não de sementes
desprotegidas ou protegidas ou seja, gimnospermae e angiospermae,
respectivamente.

Nesta unidade, caro estudante, está convidado para uma participação


activa sobre o tema proposto na presente unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar uma planta angiospérmica;


 Caracterizar uma planta angiospérmica;
 Descrever uma planta angiospérmica;
 Distinguir uma planta angiospérmica da gimnospérmica;
Objectivos
 Comparar uma planta angiospérmica com uma gimnospérmica;

Plantas Angispérmicas

Angiospermas são plantas que produzem frutos. O clima voltou a


esquentar há aproximadamente 130 milhões de anos, quando houve
grande explosão de angiospermas. Elas contavam com uma grande
vantagem: o fruto. Além de ser o grupo de plantas que predomina sobre
a maioria das comunidades da Terra, ocorrendo em praticamente todos
os biótopos, as angiospermas ou Magnoliophyta também apresentam
grande importância econômica: das 3.000 espécies que são utilizadas
pelo Homem, 12 são responsáveis por 70% da movimentação comercial

126
dentro do setor primário, como o milho, soja, trigo, borracha, açúcar e
algodão.

A estrutura definitiva das angiospermas, que a caracteriza como grupo


monofilético, é o desenvolvimento de flores com carpelo. O nome, do
grego angeion (urna), se refere ao carpelo. Dentro deste grupo podem
ser encontradas flores monóclinas (hermafroditas) ou díclinas
(unissexuadas), bem como plantas monóicas (que produzem flores
masculinas e femininas ou hermafroditas) ou dióicas (que produzem
flores masculinas ou femininas). Outras características comuns a todas
as plantas deste grupo são:

 Os tubos crivados do floema e suas células anexas se

originam de uma só célula;

 As flores andróginas sempre têm os estames externos aos

carpelos;

 Os estames sempre possuem 2 grupos de sacos polínicos e

endotécio;

 Os carpelos são tubulosos (megaesporófilo fechado);


 O gametófito feminino possui apenas 8 células ou núcleos.

Isso exclui a possibilidade de ter havido convergência evolutiva para

todos estes caracteres entre um número tão grande de plantas. A


xenogamia (reprodução cruzada) dentro do grupo é assegurada por
mecanismos como:

 Dioicia;
 Protandria / protoginia (amadurecimento dos órgãos

masculinos e femininos em épocas diferentes);

 Separação espacial de tais órgãos (flores unissexuadas);

 Autoincompatibilidade genética.

127
Imagem: Exemplo de Planta Angiospermica. A esquerda: Milheiro. A direita: Vagem
contendo feijao. Fonte: Biologia das Plantas.

Discussões Sobre a Origem das Angiospérmicas

A predominância das plantas com "semente protegida" tem sido


justificada por algumas características, que, no entanto, são discutíveis:

 Protecção dos óvulos pelo carpelo (que não foi


suficientemente provada como superior à protecção dada

por uma escama dos cones);


 A existência de um endosperma triplóide resultante da
fecundação dupla, aumentando a velocidade de
desenvolvimento do embrião (embora existam dentro do

grupo endospermas diplóides);

 Vantagem sobre o desperdício de energia e de tempo típicos


da reprodução de gingko e das cicas, que formam
praticamente a semente inteira sem que haja a fecundação,
o que pode sugerir que o desenvolvimento acelerado do
óvulo das angiospermas seja uma vantagem adaptativa
derivada do modelo cicadiano. O tempo levado para formar a
semente nesse tipo de gimnospermas é provavelmente uma
das razões por que as gimnospermas são sempre lenhosas,
enquanto as angiospermas foram capazes de desenvolver

hábitos herbáceos;

 A fecundação relacionada a agentes de polinização, que


supostamente evoluíram na mesma época e houve

128
adaptação, como os insectos (uma vez que uma planta que
dependa do vento para a polinização precisa formar
populações de indivíduos preferencialmente próximos uns
dos outros, o que pode restringir sua distribuição). No
entanto, esta adaptação não é uma economia de energia
propriamente dita, pois a energia que era gasta produzindo
grandes quantidades de pólen nas anemófilas é comparável
ao gasto de energia para produção de atractivos para seres

polinizadores, como néctar, odor e cores;

 A evolução de um sistema de condução mais complexo e


eficiente, tanto no xilema quanto no floema. Não há
vantagens evidentes na organização do floema, mas o vaso
condutor do xilema é, provavelmente, a maior vantagem
adaptativa que as angiospermas têm sobre as
gimnospermas. Não parece, no entanto, que as primeiras
angiospermas tivessem tais vasos, tendo eles aparecido
mais tarde, e não só nas angiospermas, mas também em
algumas plantas gneticóides. Esse sistema de condução
permite que as plantas não sejam tão xeromórficas quanto
as gimnospermas, o que é uma vantagem na maioria dos

ambientes.

 Sugeriu-se também que a potencialidade de especiação


(formação de novas espécies por isolamento genético) das
angiospermas num período de tempo relativamente curto
também é um factor que se relaciona à predominância deste
grupo e sua diversidade, permitindo que houvesse espécies

em praticamente todos os ambientes ecológicos.

Existem diversas hipóteses que tentam relacionar os grupos de


gimnospermas com a provável ancestral. Estas propostas de evolução
sofre várias críticas argumentadas com base em: Cycadophytina (cicas),
Bennettitales, Gnetophytina e Pteridospermales.

Ciclo de Vida de uma Angiospérmica

129
Imagem: Ciclo de Vida de Angiospérmicas. Fonte: Internet

Sumário
Angiospermas são plantas que produzem frutos. A estrutura definitiva
das angiospermas, que a caracteriza como grupo monofilético, é o
desenvolvimento de flores com carpelo. Outras características comuns a
todas as plantas deste grupo são: os tubos crivados do floema e suas
células anexas se originam de uma só célula; as flores andróginas
sempre têm os estames externos aos carpelos; os estames sempre
possuem 2 grupos de sacos polínicos e endotécio; os carpelos são
tubulosos (megaesporófilo fechado); o gametófito feminino possui
apenas 8 células ou núcleos.

A xenogamia (reprodução cruzada) dentro do grupo é assegurada por


mecanismos como: dioicia; protandria / protoginia (amadurecimento dos
órgãos masculinos e femininos em épocas diferentes); separação
espacial de tais órgãos (flores unissexuadas) e autoincompatibilidade
genética. A predominância das plantas com "semente protegida" tem

130
sido justificada por algumas características, que, no entanto, são
discutíveis. Existem diversas hipóteses que tentam relacionar os grupos
de gimnospermas com a provável ancestral. Estas propostas de
evolução sofre várias críticas argumentadas com base em:
Cycadophytina (cicas), Bennettitales, Gnetophytina e Pteridospermales.

1. O que são plantas angiospermas?


R: Angiospermas são plantas que produzem frutos.
2. Quais são as outras características comuns a todas as
plantas do grupo das Angiospermas?
R: Os tubos crivados do floema e suas células anexas se
originam de uma só célula; As flores andróginas sempre têm os
estames externos aos carpelos; Os estames sempre possuem 2
grupos de sacos polínicos e endotécio; Os carpelos são
tubulosos (megaesporófilo fechado); O gametófito feminino
Exercícios
possui apenas 8 células ou núcleos.
3. A xenogamia (reprodução cruzada) dentro do grupo é
assegurada por alguns mecanismos. Quais são os referidos
mecanismos?
R: Dioicia; Protandria / protoginia (amadurecimento dos órgãos
masculinos e femininos em épocas diferentes); Separação
espacial de tais órgãos (flores unissexuadas);

Autoincompatibilidade genética.

131
Instruções para o estudo dos conteúdos do
manual

 Como pudera notar os conteúdos apresentados no manual,


oferecem a ti caro estudante, um entendimento básico e
fundamental para o desenvolvimento de determinadas
competências específicas, mediante a resolução dos exercícios
e tarefas de auto-avaliação

 Sugerimos que faça um aprofundamento dos conteúdos


apresentados no manual, recorrendo-se da seguinte referência
bibliográfica , para o efeito:
 MATIAS, Osório & MARTINS, Pedro: Biologia 11. Areal
Editora, 2004
 Esta obra está disponível na Biblioteca do CED, podendo ser
fotocopiada ou consultada.
 A referida obra também contêm exercícios, sugerimos que
resolva esses exercícios, ainda que não seja para entregar,
contudo podem constituir matéria de avaliação para testes e
outros.

Critérios de avaliação das tarefas do manual.


 Vocé deverá entregar todos exercícios indicados para serem
entregues, a não entrega implica diminuição na nota.
 A quantificação total dos exercícios correctos é a de 20 valores.
 Os exercícios que exigem maior reflexão e trabalho de campo
por parte do estudante são os de maior cotação.
 Deve ser evitado o plágio de respostas.
 Procure ser mais criativo na apresentação das respostas,
priorize o estabelecimento da relação entre a teoria e a prática,
bem como a resolução de situações concretas.
 A apresentação técnica e coerência textual deve ser algo a ter
em conta.
 O grau de cientificidade das respostas com recurso a termos de
natureza científica e técnica deve constituir aspecto a considerar.

132
 A apresentação de conclusões e recomendação de forma clara e
objectiva deverá ser potenciada.

133

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