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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE

MOÇAMBIQUE
Centro de Ensino à Distância

Manual de Licenciatura em Ensino de Biologia


Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

Universidade Católica de Moçambique


Centro de Ensino `a Distância
Direitos de autor (copyright)
Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino `a Distância
(CED) e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste manual, no
seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico,
gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Universidade Católica de
Moçambique-Centro de Ensino `a Distância). O não cumprimento desta advertência é passivel a
processos judiciais.

Elaborado Por: Assane Ussene


Licenciado em Ensino de Biologia e Química pela Universidade
Pedagógica-Delegação da Beira.
Colaborador e Docente do Centro de Ensino a Distância-Departamento de
Química e Biologia da Universidade Católica de Moçambique.

Universidade Católica de Moçambique


Centro de Ensino `a Distância-CED

Rua Correira de Brito No 613-Ponta-Gêa


Moçambique-Beira
Telefone: 23 32 64 05
Cel: 82 50 18 44 0
Fax:23 32 64 06
E-mail:ced@ucm.ac.mz
Website: www..ucm.ac.mz
Agradecimentos
A Universidade Católica de Moçambique-Centro de Ensino `a Distância e o autor do presente manual,
dr. Assane Ussene, agradecem a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na eleboração
deste manual.

Pela contribuição no conteúdo temático dr. Assane Ussene, colaborador do Centro de


Ensino à Distância da Universidade Católica de
Moçambique

Pelas imagens e ilustrações dr. Assane Ussene, colaborador do Centro de


Ensino à Distância & dr. Sérgio Daniel Artur
(Coordenador e Docente na UCM-CED)

Pela revisão linguística dr. Sérgio Daniel Artur (Coordenador e Docente


na UCM-CED)
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Índice
Visão Geral 01
Benvindo a Anatomia Humana e Animal.................................................................................. 01
Objectivos da cadeira .............................................................................................................. 01
Quem deveria estudar esta cadeira ......................................................................................... 01
Como está estruturada este cadeira ........................................................................................ 02
Ícones de actividade................................................................................................................ 02
Habilidades de estudo ............................................................................................................. 03
Precisa de apoio? ................................................................................................................... 03
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ....................................................................................... 04
Avaliação ................................................................................................................................ 04
Unidades de Estudo-B0032
Unidade 01. Introdução à Didática de Biologia.................................................................................... 05
Unidade 02. Didática e Currículo..........................................................................................................10
Unidade 03. Os Princípios Básicos do Ensino......................................................................................15
Unidade 04. A Aprendizagem................................................................................................................21
Unidade 05. Os Tipos de Aprendizagem...............................................................................................26
Unidade 06. Os Factores da Aprendizagem..........................................................................................31
Unidade 07. O Processo de Aprendizagem: Vygotsky..........................................................................35
Unidade 08. O Processo de Aprendizagem: Piaget..............................................................................39
Unidade 09. Processo de Aprendizagem Pós-Piagetiano.................................................................... 43
Unidade 10. O Processo de Ensino de Biologia................................................................................... 47
Unidade 11. A Escolha de Técnicas de Ensino.................................................................................... 51
Unidade 12. A Escolha do Método de Ensino...................................................................................... 55
Unidade 13. Os Métodos de Ensino..................................................................................................... 60
Unidade 14. Os Meios de Ensino-Aprendizagem................................................................................. 66
Unidade 15. Relação Métodos-Meios no Processo Ensino-Aprendizagem........................................71
Unidade 16. A Relação Professor-Aluno no Processo de Ensino-Aprendizagem................................77
Unidade 17. O Papel da Memória na Aprendizagem............................................................................82
Unidade 18. Novas Tecnologias no Ensino de Biologia........................................................................85
Unidade 19. Aula Pesquisa no Ensino de Biologia............................................................................... 90
Unidade 20. Aula de Construção Colaborativa no Ensino de Biologia..................................................95
Unidade 21. O Professor de Biologia na Tecnologia............................................................................ 99
Unidade 22. O Ensino de Biologia na Sala de Aulas...........................................................................103
Unidade 23. O Presencial-Virtual no Ensino de Biologia.....................................................................107
Unidade 24. Ensino de Biologia: Tecnologias na Educação à Distância............................................110

i
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Visão Geral

Benvindo a Didáctica de Biologia I


Caro estudante, bem-vindo a Didáctica de Biologia. A Didáctica de
Biologia I, é um campo das ciências Biológicas que se ocupa com o
estudo dos aspectos ligados aos métodos, técnicas e meios de ensino
de Biologia, onde o professor modera de uma forma mais sólidas o
processo de ensino-aprendizagem.

Esta cadeira permitirá que o prezado estudante, compreenda as


diferentes formas metodológicas, técnicas a serem aplicadas durante as
aulas de Biologia, observando critérios ou técnicas de forma que as
aulas de Biologias sejam mais produtivas, obedecendo vários aspectos
que caracterizam os alunos.

Neste módulo, serão discutidos assuntos como: introdução a didáctica


de Biologia; o ensino de biologia; os princípios básicos do ensino; a
escolha de técnicas de ensino; a escolha do método de ensino; os
métodos de ensino; os meios de ensino-aprendizagem; relação métodos-
meios no processo ensino-aprendizagem; a relação professor-aluno no
processo de ensino-aprendizagem.

Objectivos da Cadeira
Quando caro estudante, terminar o estudo da didáctica de Biologia,
deverá ser capaz de:

 Caracterizar os contextos de ensino-aprendizagem.


 Identificar instrumentos metodológicos requeridos para o
desempenho de funções didácticas.
 Elaborar planificações de actividades lectivas a longo, médio e
curto prazo.
 Utilizar as tecnologias de comunicação e informação, nas
Objectivos actividades e na preparação de materiais didácticos.
 Fazer materiais didácticos para aprendizagem de Biologia

Quem deveria estudar esta Cadeira

Este manual da cadeira de didáctica de Biologia I foi concebido para


todos aqueles que estejam a ingressar para os cursos de licenciatura em
ensino de Biologia, dos programas do Centro de Ensino `a Distância, e
para aqueles que desejam consolidar seus conhecimentos em didáctica
de Biologia, para que sejam capazes de compreender melhor os
aspectos didácticos pedagógicos.

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Didáctica de Biologia I UCM-CED

Como está estruturado este Módulo


Todos os manuais das cadeiras dos cursos oferecidos pela Universidade
Católica de Moçambique-Centro de Ensino `a Distância (UCM-CED)
encontram-se estruturados da seguinte maneira:

Páginas introdutórias
 Um índice completo.
 Uma visão geral detalhada da cadeira, resumindo os aspectos-
chave que você precisa conhecer para completar o estudo.
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes
de começar o seu estudo.
Conteúdo da cadeira
A cadeira está estruturada em unidades de aprendizagem. Cada unidade
incluirá, o tema, uma introdução, objectivos da unidade, conteúdo
da unidade incluindo actividades de aprendizagem, um sumário da
unidade e uma ou mais actividades para auto-avaliação.
Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma
lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem
incluir livros, artigos ou sites na internet.
Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação
Tarefas de avaliação para esta cadeira, encontram-se no final de cada
unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para
desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes
elementos encontram-se no final do manual.
Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários
sobre a estrutura e o conteúdo da cadeira. Os seus comentários serão
úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este manual.

Ícones de Actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens
das folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do
processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de
texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.

Acerca dos ícones


Os ícones usados neste manual são símbolos africanos, conhecidos por
adrinka. Estes símbolos têm origem no povo Ashante de África
Ocidental, datam do século 17 e ainda se usam hoje em dia.

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Didáctica de Biologia I UCM-CED

Habilidades de Estudo
Caro estudante, procure olhar para você em três dimensões
nomeadamente: O lado social, professional e estudante, dai ser
importante planificar muito bem o seu tempo.
Procure reservar no mínimo 2 (duas) horas de estudo por dia e use ao
máximo o tempo disponível nos finais de semana. Lembre-se que é
necessário elaborar um plano de estudo individual, que inclui, a data, o
dia, a hora, o que estudar, como estudar e com quem estudar (sozinho,
com colegas, outros).
Evite o estudo baseado em memorização, pois é cansativo e não produz
bons resultados, use métodos mais activos, procure desenvolver suas
competências mediante a resolução de problemas específicos, estudos
de caso, reflexão, etc.
Os manuais contêm muita informação, algumas chaves, outras
complementares, dai ser importante saber filtrar e apresentar a
informação mais relevante. Use estas informações para a resolução dos
exercícios, problemas e desenvolvimento de actividades. A tomada de
notas desenpenha um papel muito importante.
Um aspecto importante a ter em conta é a elaboração de um plano de
desenvolvimento pessoal (PDP), onde você reflecte sobre os seus
pontos fracos e fortes e perspectivas o seu desenvolvimento.
Lembre-se que o teu sucesso depende da sua entrega, você é o
responsável pela sua própria aprendizagem e cabe a ti planificar,
organizar, gerir, controlar e avaliar o seu próprio progresso.

Precisa de Apoio?
Caro estudante, temos a certeza de que por uma ou por outra situação, o
material impresso, lhe pode suscitar alguma dúvida (falta de clareza,
alguns erros de natureza frásica, prováveis erros ortográficos, falta de
clareza conteudística, etc). Nestes casos, contacte o tutor, via telefone,
escreva uma carta participando a situação e se estiver próximo do tutor,
contacte-o pessoalmente.
Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o
estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o tutor,
usando para o efeito os mecanismos apresentados acima.
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interação, em caso de
problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado, numa
fase posterior contacte o coordenador do curso e se o problema for da
natureza geral, contacte a direcção do CED, pelo número 825018440.
Os contactos so se podem efectuar, nos dias úteis e nas horas normais
de expediente.
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante,
tem a oportunidade de interagir com todo o staff do CED, neste período
pode apresentar dúvidas, tratar questões administrativas, entre outras.
O estudo em grupo, com os colegas é uma forma a ter em conta, busque
apoio com os colegas, discutam juntos, apoiem-me mutuamnte, reflictam
sobre estratégias de superação, mas produza de forma independente o
seu próprio saber e desenvolva suas competências.
Juntos na Educação `a Distância, vencedo a distância..

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Didáctica de Biologia I UCM-CED

Tarefas (avaliação e auto-avaliação)


O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e
auto-avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é
importante que sejem realizadas.As tarefas devem ser entregues antes
do período presencial.
Para cada tarefa serão estabelecidos prazaos de entrga, e o não
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do
estudante.
Os trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem ser
dirigidos ao tutor/docentes.
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo
os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os
direitos do autor.
O plagiarismo deve ser evitado, a transcrição fiel de mais de 8 (oito)
palavras de um autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade,
humildade científica e o respeito pelos direitos autorais devem marcar a
realização dos trabalhos.

Avaliação
Vocé será avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e o
período presencial (20%). A avaliação do estudante é regulamentada
com base no chamado regulamento de avaliação.
Os trabalhos de campo por ti desenvolvidos, durante o estudo individual,
concorrem para os 25% do cálculo da média de frequência da cadeira.
Os testes são realizados durante as sessões presenciais e concorrem
para os 75% do cálculo da média de frequência da cadeira.
Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões
presenciais, eles representam 60%, o que adicionado aos 40% da média
de frequência, determinam a nota final com a qual o estudante conclui a
cadeira.
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira.
Nesta cadeira o estudante deverá realizar: 2 (dois) trabalhos; 1 (um)
teste e 1 (exame).
Não estão previstas quaisquer avaliações orais.
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizadas
como ferramentas de avaliação formativa.
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em
consideração: a apresentação; a coerência textual; o grau de
cientificidade; a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a
indicação das referências utilizadas, o respeito pelos direitos do autor,
entre outros.
Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no manual.
Consulte-os.
Alguns feedbacks imediatos estão apresentados no manual.

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Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 01

Tema: Introdução à Didática de Biologia I

Introdução

Prezado estudante, seja bem vindo Introdução a Didáctica de Biologia. A


Didáctica de Biologia é uma área específica da Didáctica Geral. Ela
estuda os métodos, técnicas e meios de ensino de Biologia.

Portanto, está convidado para uma discussão activa devendo usar toda
experiência que detém sobre o tema proposto.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Definir o conceito de didáctica de Biologia;


 Explicar a importância da didáctica de Biologia;
 Distinguir a didáctica de Biologia da didáctica Geral;
Objectivos  Descrever o campo de estudo da didáctica de Biologia;
 Relacionar a didáctica de Biologia com a didáctica Geral.

Introdução à Didática de Biologia I

A didáctica de Biologia procura apresentar roteiros para diferentes


situações didática, conforme a tendência-corrente pedagógica adotada
pelo professor-instituição, de forma que o aluno se aproprie dos
conhecimentos propostos e/ou apresente suas pesquisas e demais
actividades pedagógicas. A análise da prática pedagógica tem
demonstrado que só serão possíveis mudanças significativas no ensino
da disciplina de Biologia, à medida que o professor tiver uma
compreensão profunda da razão de ser da sua prática e uma clara opção
política acerca do seu acto pedagógico.

5
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Embora muitos professores sintam que têm um papel importante na


determinação de mudanças significativas no processo de ensino, frustam-
se quando, na busca de alternativas, nem sempre conseguem bons
resultados. Se na sua prática cotidiana o professor percebe que a
metodologia adoptada favorece apenas alguns alunos, em detrimento de
outros ou da maioria, é preciso que ele compreenda e tenha claro o
porquê disso, a que alunos este método favorece e porque os favorece.
Sem essa compreensão, dificilmente conseguirá mudanças que levam a
resultados significativos.

Alguns pontos chaves para a percepção didáctica de


Biologia são:

 A necessidade de que o aluno tenha participação ativa no processo


ensino-aprendizagem.
 Critérios de escolha a ser considerado, conforme o quadro a seguir.

OBJECTIVOS
EDUCACIONAIS
DA BIOLOGIA
ESTRUTURA DO
EXPERIÊNCIA ASSUNTO E TIPO
DIDÁCTICA DE
DO APRENDIZAGEM
PROFESSOR ENVOLVIDO

CONTRIBUIÇÕES E
ETAPA NO LIMITAÇÕES DAS
PROCESSO ACTIVIDADES DE
DE ENSINO ENSINO

ACEITAÇÃO E
TEMPO
EXPERIÊNCIA DOS
DISPONÍVEL
ALUNOS

FACILIDADES
FÍSICAS

 Cada actividade tem um potencial pedagógico diferente e


limitações específicas.
 Não se pode oferecer uma receita didática, mas apenas conceitos
e tipologias.

Alguns dos importantes subsídios de escolha são:

6
Didáctica de Biologia I UCM-CED

 O objectivo de ensino de Biologia é o definidor dos critérios de


selecção e organização dos métodos e técnicas.
 A estrutura do assunto a ser ensinado determina o tipo de
actividade.
 As características próprias das actividades de ensino.
 A etapa no processo de ensino determina o tipo de actividades
mais indicado.
 Tempo e as facilidades físicas disponíveis.

O aluno deve desenvolver as capacidades de:

 Observar
 Analisar
 Teorizar
 Sintetizar
 Aplicar e transferir o aprendido

As actividades metodológicas desenvolvidas devem ser combinadas, de


forma simultânea ou sequencial, oferecendo ao aluno a oportunidade de
perceber e analisar o assunto sob diversos ângulos. É importante
ressaltar que há diferenças no grau de liberdade de opção das técnicas a
serem utilizados pelos professores. Havendo um maior controle no 1º e
2º ciclo e maior liberdade nos demais ciclos de ensino, por parte da
coordenação pedagógica.

Nas condições objetivas de trabalho docente, falta tempo e espaço para


refletir com seus colegas sobre a experiência pedagógica de cada um e
o estudo de um instrumental teórico sistematizado que auxilie na
compreensão da razão de ser dos problemas enfrentados. Pode-se
notar, na variedade de técnicas de ensino, um ecletismo devido às
diversas teorias pedagógicas que lhe deram origem.

Segundo VASCONCELLOS (1999, p. 147) de acordo com a teoria do


conhecimento que fundamenta o trabalho do professor, considera como
referência a concepção dialética de conhecimento, destacando a
problematização como elemento nuclear na metodologia de trabalho em
sala de aula. Se forem adequadamente captadas, as perguntas deverão
provocar e direccionar de forma significativa e participativa, o processo
de construção do conhecimento por parte do aluno, sendo também um
elemento mobilizador para esta construção. Nesse sentido, ao preparar a

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Didáctica de Biologia I UCM-CED

aula, o professor já poderia destacar as possíveis perguntas e problemas


desencadeadores para a reflexão dos alunos.

Sumário

A didáctica de Biologia procura apresentar roteiros para diferentes


situações didática, conforme a tendência-corrente pedagógica adotada
pelo professor-instituição, de forma que o aluno se aproprie dos
conhecimentos propostos e/ou apresente suas pesquisas e demais
actividades pedagógicas. A análise da prática pedagógica tem
demonstrado que só serão possíveis mudanças significativas no ensino
da disciplina de Biologia, à medida que o professor tiver uma
compreensão profunda da razão de ser da sua prática e uma clara opção
política acerca do seu acto pedagógico. Alguns pontos chaves para a
percepção didáctica de Biologia são: a necessidade de que o aluno tenha
participação ativa no processo ensino-aprendizagem; critérios de escolha
a ser considerado, conforme o quadro a seguir.

Cada actividade tem um potencial pedagógico diferente e limitações


específicas; não se pode oferecer uma receita didática, mas apenas
conceitos e tipologias. Alguns dos importantes subsídios de escolha são:
o objectivo de ensino de Biologia é o definidor dos critérios de selecção e
organização dos métodos e técnicas; a estrutura do assunto a ser
ensinado determina o tipo de actividade; as características próprias das
actividades de ensino; a etapa no processo de ensino determina o tipo de
actividades mais indicado; tempo e as facilidades físicas disponíveis. O
aluno deve desenvolver as capacidades de: observar; analisar; teorizar;
sintetizar e aplicar e transferir o aprendido.

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Didáctica de Biologia I UCM-CED

1. Quais são os pontos chaves para a percepção didáctica de


Biologia? Enumere 3 pontos?

2. Quais são as capacidade que o aluno devem desnvolver?

Exercícios
3. Explique como VASCONCELLOS fundamenta o trabalho do
professor de acordo com a teoria do conhecimento que
fundamenta o trabalho do professor.

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Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 02

Tema: Didática e Currículo

Introdução

Prezado estudante, seja bem vindo a unidades sobre Didáctica e


Currículo. É importanteressalvarque A tendência actual considera
imprescindível uma integração entre currículo e didáctica, esta
favorecendo o trabalho de aula.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema


proposto na unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Definir os conceitos de didáctica e currículo;


 Interpretar os conceitos sobre didáctica e currículo;
 Explicar a importância do teatro no ensino de biologia;
Objectivos  Distinguir o campo de estudo da didáctica e do currículo;
 Relacionar a didáctica de Biologia com o currículo.

Didática e Currículo
O termo currículo aparece pela primeira vez com o significado de
planificação do ensino na obra de Bobbit The curriculum, em 1918. A
princípio, didática e currículo se desenvolveram de forma paralela, sem a
interferência de uma no campo da outra, referindo-se cada uma a
conteúdos, sujeitos e finalidades diferentes. Somente a partir dos anos
60 o currículo começou a formar parte do campo da didática, alternando-
se sua incumbência segundo predominava uma forma ou outra de
entender a educação e a didática.

A tendência actual considera imprescindível uma integração entre


currículo e didática, esta favorecendo o trabalho de aula. Os estudos

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Didáctica de Biologia I UCM-CED

curriculares tendem a aspectos mais globais, expondo como se realiza a


selecção e organização do conhecimento, e como esse processo de
selecção não é neutro, favorecendo a certos grupos frente a outros.

O enfoque curricular há de ampliar o "que", o "porque", o "para que" e,


em que condições há que levar-se a cabo o ensino, mas sempre
colocando no centro de suas considerações o aluno. Para que estes
conteúdos curriculares cumpram seu objectivo é necessária uma
adequada selecção e uso acertado das melhores estratégias didáticas,
que não poderão ser independentes do conteúdo, dos objectivos e nem
do contexto. É importante para atingir as metas pretendidas uma estreita
colaboração entre a elaboração do currículo e a escolha de estratégias
didáticas.

A Didáctica do Teatro no Ensino


Vários são os factores comportamentais que impedem o aluno de
assimilar o que é ensinado em sala de aula. A inibição e dispersão são
problemas que se sobressaem, e notadamente prejudicam o
relacionamento professor-aluno. Pensando nisso, acredita-se que a
inserção didática do teatro como recurso facilitador estratégico da
aprendizagem seja uma ferramenta de grande relevância, muito embora
alguns linguistas discordem dessa hipótese. Vale tentar esse mecanismo
quando se pensa que o teatro auxilia na conjugação verbal, na dicção e
clareza das idéias linguísticas e subjectivas, na formação de palavras em
si. Além disso, a postura do aluno como ser social, no que se refere ao
relacionamento com seus semelhantes. A criança precisa aprender a
exercitar a socialização do seu pensamento.

Didacticamente falando, é provado que uma aula dinâmica,


aparentemente informal e descompromissada com livros didáticos e
roteiros, com certeza rende muito mais e gera resultados mais positivos
do que uma aula formal. Nesse prisma, entende-se que os recursos
didáticos devem se afastar do convencional e da enfadonha sala fechada
e buscar ambientes descontraídos. A questão principal de rejeição de
alguns profissionais da educação é a proporção do trabalho em
compartilhar idéias e tempo extra. Enfim, um trabalho extra, considerado
desnecessário pelos educadores e educadoras tradicionalistas. A
inserção da informática como recurso criativo no ensino,
comprovadamente um meio de aprendizagem viável do ponto de vista

11
Didáctica de Biologia I UCM-CED

pedagógico, também encontra resistência da parte de alguns


educadores.

A dosagem da expressão teatral deve ser individualizada, considerando


que o objectivo didáctico não é formar actores mas é sim, favorecer a
desinibição dos tímidos e abrandar os hiperativos. Para que haja uma
eficácia na didáctica aplicada, é preciso que a dramatização abranja a
grade curricular de modo integral, de acordo com o nível escolar e faixa
etária. O cenário pode ser natural e de acordo com o tema da aula. A
oralidade na educação infantil é um dos objectivos específicos que
variam de acordo com o nível escolar cujos alunos devem ser
provocados sutilmente para efeito de avaliação. O gosto pela leitura
também, é um diferencial notado no desempenho dos alunos e se
desabrocha cada vez mais com a constante aplicação desse tipo de
didática. Nesse caso, também, poderia ser utilizado uma didáctica de
projectos, incluindo o teatro na grade.

Para os jovens, a dramatização é um estímulo para a leitura e a escrita,


já que a maioria sente dificuldade em se expressar através da escrita.
Outro ponto que atinge essa faixa etária é o comportamento, pois a
leitura ameniza os ânimos da impulsividade, de modo geral.

O teatro na escola valoriza a livre expressão dos alunos, motivando-os a


partir do que consideram-se necessidades vitais do ser humano:

 Criar, se expressar, se comunicar, viver em grupo, ter sucesso,


agir, descobrir e se organizar.

Observadas essas condições, a escola formaria, enfim, cidadãos


autônomos e cooperativos, como postulava Freinet.

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Didáctica de Biologia I UCM-CED

Sumário

O termo currículo aparece pela primeira vez com o significado de


planificação do ensino na obra de Bobbit The curriculum, em 1918. A
princípio, didática e currículo se desenvolveram de forma paralela, sem a
interferência de uma no campo da outra, referindo-se cada uma a
conteúdos, sujeitos e finalidades diferentes. A tendência actual considera
imprescindível uma integração entre currículo e didáctica, esta
favorecendo o trabalho de aula. O enfoque curricular há de ampliar o
que, o porque, o para que e, em que condições há que levar-se a cabo o
ensino, mas sempre colocando no centro de suas considerações o aluno.

Para que estes conteúdos curriculares cumpram seu objectivo é


necessária uma adequada selecção e uso acertado das melhores
estratégias didácticas, que não poderão ser independentes do conteúdo,
dos objectivos e nem do contexto. É importante para atingir as metas
pretendidas uma estreita colaboração entre a elaboração do currículo e a
escolha de estratégias didáticas. A didáctica do teatro no ensino, vários
são os factores comportamentais que impedem o aluno de assimilar o
que é ensinado em sala de aula. A inibição e dispersão são problemas
que se sobressaem, e notadamente prejudicam o relacionamento
professor-aluno. Pensando nisso, acredita-se que a inserção didática do
teatro como recurso facilitador estratégico da aprendizagem seja uma
ferramenta de grande relevância, muito embora alguns linguistas
discordem dessa hipótese.

1. Explique porque a tendência actual considera imprescindível


uma integração entre currículo e didática, esta favorecendo o
trabalho de aula.

Exercícios 2. Quais são os aspectos a ter em conta no enfoque curricular?

3. Explique a importância do teatro no ensino.

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Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 03

Tema: Os Princípios Básicos do Ensino

Introdução

Prezado estudante, bem vindo ao estudo de princípios básicos de


ensino. Os princípios básicos do ensino são aspectos gerais do processo
de ensino que expressam os fundamentos teóricos de orientação do
trabalho docente.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema


proposto na unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Definir os princípios básicos do ensino


 Interpretar os princípios básicos do ensino;
 Explicar os princípios básicos do ensino;
Objectivos  Descrever os princípios básicos do ensino;
 Relacionar os princípios básicos do ensino.

Os Princípios Básicos do Ensino


Os princípios básicos do ensino são aspectos gerais do processo de
ensino que expressam os fundamentos teóricos de orientação do
trabalho docente. Os princípios do ensino levam em conta à natureza da
prática educativa escolar numa determinada sociedade, as
características do processo de conhecimento, as peculiaridades
metodológicas das matérias e suas manifestações concretas na prática
docente, as relações entre o ensino e o desenvolvimento dos alunos, as
peculiaridades psicológicas de aprendizagem e desenvolvimento
conforme idades. As exigências práticas da sala de aula requerem
algumas indicações que orientam a actividade consciente dos
professores no rumo dos objectivos gerais e específicos do ensino.

14
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Os princípios didácticos devem:

 Ter carácter científico sistemático: os conteúdos de ensino


devem estar em correspondência com os conhecimentos
científicos actuais e com os métodos de investigação próprios de
cada matéria.
 Recomenda ao Professor: Buscar explicação científica de cada
conteúdo da matéria; Orientar o estudo independente dos alunos
na utilização dos métodos científicos da matéria; Certificar da
consolidação da matéria anterior por parte dos alunos, antes de
introduzir a matéria nova; Assegurar no plano de ensino e na
aula a articulação sequencial entre os conceitos e as
habilidades;

Assegurar a unidade objectivos-conteúdos-métodos;

Organizar as aulas de modo que sejam evidenciadas as inter-


relações entre os conhecimentos da matéria e entre estes e as
demais matérias; Aproveitar, em todos os momentos, as
possibilidades educativas da matéria no sentido de formar
atitudes e convicções.
 Ser compreensível e possível de ser assimilado:
Recomendações de práticas para atender a este princípio:
Dosagem no grau de dificuldades no processo de ensino, tendo
em vista superar a contradição entre as condições prévias e os
objectivos a serem alcançados; Diagnóstico periódico do nível de
conhecimentos e desenvolvimentos dos alunos; Análise
sistemática da correspondência entre o volume de
conhecimentos e as condições concretas do grupo de alunos;
Aprimoramento e actualização, por parte do professor, nos
conteúdos da matéria que lecciona como condição de torná-los
compreensíveis e assimiláveis pelos alunos.
 Assegurar a relação conhecimento-prática: Algumas
recomendações práticas para atender a este princípio:
 Estabelecer, sistematicamente, vínculos entre os
conteúdos escolares, as experiências e os problemas da
vida prática;
 Exigir dos alunos que fundamentem, com o
conhecimento sistematizado, aquilo que realizam na
prática;

15
Didáctica de Biologia I UCM-CED

 Mostrar como os conhecimentos de hoje são resultado


da experiência das gerações anteriores em atender
necessidades práticas da humanidade e como servem
para criar novos conhecimentos para novos problemas.
 Assentar-se na unidade ensino-aprendizagem: Algumas
recomendações práticas em relação a este princípio:

 Esclarecer os alunos sobre o objectivo da aula e sobre a


importância de novos conhecimentos para a sequência
dos estudos, ou para atender necessidades futuras;
 Provocar a explicitação da contradição entre idéias e
experiências que os alunos possuem sobre um facto ou
objecto de estudo e o conhecimento científico sobre
esse facto ou objecto de estudo;
 Criar condições didácticas nas quais os alunos possam
desenvolver métodos próprios de compreensão e
assimilação de conceitos e habilidades (explicar como
resolver um problema, tirar conclusões sobre dados da
realidade, fundamentar uma opinião seguir regras para
desempenhar uma tarefa etc.);
 Estimular os alunos a expor e defender pontos de vistas,
conclusões sobre uma observação ou experiência e a
confrontá-los com outras opiniões;
 Formular perguntas ou propor tarefas que requeiram a
exercitação do pensamento e solução criativa;
Criar situações didácticas (discussões, exercícios,
provas, conversação dirigida etc.) em que os alunos
possam aplicar conteúdos a situações novas ou a
problemas do meio social;
 Desenvolver formas didácticas variadas de aplicação do
método de solução de problemas.
 Garantir a solidez dos conhecimentos: Este princípio se apoia
na afirmação de que o desenvolvimento das capacidades
mentais e modos de acção é o principal objectivo do processo de
ensino de que é alcançado no próprio processo de assimilação
de conhecimentos, habilidades e hábitos. A assimilação de
conhecimento não é conseguida se os alunos não demonstram
resultados sólidos por um período mais longo ou menos longo. O
atendimento desse princípio exige do professor frequente
recapitulação da matéria, exercícios de fixação, tarefas

16
Didáctica de Biologia I UCM-CED

individualizadas a alunos que apresentem dificuldades e


sistematização dos conceitos básicos da matéria.
 Levar à vinculação trabalho colectivo-particularidade
individuais: O trabalho docente deve ser organizado e orientado
para educar a todos os alunos da classe colectivamente. O
professor deve empenhar-se para que os alunos aprendam a
comporta-se tendo em vista o interesse de todos, ao mesmo
tempo em que presta atenção ás diferenças individuais e as
peculiaridades de aproveitamento escolar.

Para isso, podem ser adotadas as seguintes medidas:

 Explicar com clareza os objectivos da actividade


docente, as expectativas em relação aos resultados
esperados e as tarefas em que os alunos estarão
envolvidos;
 Desenvolver um ritmo de trabalho de acordo com o nível
máximo de exigências que se pode fazer para aqueles
grupos de alunos;
 Prevenir a influência de particularidades desfavoráveis
ao trabalho escolar (colocar nas primeiras carteiras os
alunos com problemas de visão ou audição dirigir-se
com mais frequência a alunos distraídos, dar mais
detalhes de uma tarefa a alunos mais lentos);
 Considerar que a capacidade de assimilação da matéria,
a motivação para o estudo e os critérios de valorização
das coisas não são iguais para todos os alunos: tais
particularidades requerem uma atenção especial do
professor a fim de colocar alunos isolados em condições
de participar no colectivo.

17
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Sumário

Os princípios básicos do ensino são aspectos gerais do processo de


ensino que expressam os fundamentos teóricos de orientação do
trabalho docente. Os princípios do ensino levam em conta à natureza da
prática educativa escolar numa determinada sociedade, as
características do processo de conhecimento, as peculiaridades
metodológicas das matérias e suas manifestações concretas na prática
docente, as relações entre o ensino e o desenvolvimento dos alunos, as
peculiaridades psicológicas de aprendizagem e desenvolvimento
conforme idades.

As exigências práticas da sala de aula requerem algumas indicações que


orientam a actividade consciente dos professores no rumo dos objectivos
gerais e específicos do ensino. Os princípios didácticos devem: ter
carácter científico sistemático; recomenda ao professor; ser
compreensível e possível de ser assimilado; assegurar a relação
conhecimento-prática; assentar-se na unidade ensino-aprendizagem;
garantir a solidez dos conhecimentos; levar à vinculação trabalho
colectivo-particularidade individuais.

18
Didáctica de Biologia I UCM-CED

1. Mencione 3 princípios didácticos do ensino.


R: Ter carácter científico sistemático; ser compreensível e possível de
ser assimilado e assegurar a relação conhecimento-prática.
2. Quais são as recomendações práticas para entender
os princípios de ensino?
R: Estabelecer, sistematicamente, vínculos entre os conteúdos
escolares, as experiências e os problemas da vida prática; Exigir dos
alunos que fundamentem, com o conhecimento sistematizado, aquilo que
realizam na prática; Mostrar como os conhecimentos de hoje são
resultado da experiência das gerações anteriores em atender
necessidades práticas da humanidade e como servem para criar novos
conhecimentos para novos problemas.
Exercícios 3. Mencione 3 medidas que devem ser adotadas na explicação dos
princípios didácticods do ensino?
R: Explicar com clareza os objetivos da actividade docente, as
expectativas em relação aos resultados esperados e as tarefas em que
os alunos estarão envolvidos; Desenvolver um ritmo de trabalho de
acordo com o nível máximo de exigências que se pode fazer para
aqueles grupos de alunos; Prevenir a influência de particularidades
desfavoráveis ao trabalho escolar (colocar nas primeiras carteiras os
alunos com problemas de visão ou audição dirigir-se com mais
freqüência a alunos distraídos, dar mais detalhes de uma tarefa a alunos
mais lentos).

19
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 04

Tema: A Aprendizagem

Introdução

Prezado estudante, bem vindo ao estudo da unidade sobre


aprendizagem. Segundo alguns estudiosos, a aprendizagem é um
processo integrado que provoca uma transformação qualitativa na
estrutura mental daquele que aprende.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema


proposto na unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Definir os conceitos de aprendizagem;


 Caracterizar os diferentes períodos da aprendizagem;
 Descrever os diferentes períodos da aprendizagem;
 Distinguir os diferentes períodos da aprendizagem;;
Objectivos
 Relacionar os diferentes períodos da aprendizagem.

A Aprendizagem
As definições de Aprendizagem:

Segundo alguns estudiosos, a aprendizagem é um processo integrado


que provoca uma transformação qualitativa na estrutura mental daquele
que aprende. Essa transformação se dá através da alteração de conduta
de um indivíduo, seja por Condicionamento Operante, experiência ou
ambos, de uma forma razoavelmente permanente. As informações podem
ser absorvidas através de técnicas de ensino ou até pela simples
aquisição de hábitos.

O acto ou vontade de aprender é uma característica essencial do


psiquismo humano, pois somente este possui o caráter intencional, ou a

20
Didáctica de Biologia I UCM-CED

intenção de aprender; dinâmico, por estar sempre em mutação e procurar


informações para o aprendizagem; criador, por buscar novos métodos
visando a melhora da própria aprendizagem, por exemplo, pela tentativa e
erro.

Um outro conceito de aprendizagem é uma mudança relativamente


durável do comportamento, de uma forma mais ou menos sistemática, ou
não, adquirida pela experiência, pela observação e pela prática motivada.
O ser humano nasce potencialmente inclinado a aprender, necessitando
de estímulos externos e internos (motivação, necessidade) para o
aprendizado. Há aprendizados que podem ser considerados natos, como
o acto de aprender a falar, a andar, necessitando que ele passe pelo
processo de maturação física, psicológica e social. Na maioria dos casos
a aprendizagem se dá no meio social e temporal em que o indivíduo
convive; sua conduta muda, normalmente, por esses factores, e por
predisposições genéticas.

O processo de aprendizagem pode ser definido de forma sintética como o


modo como os seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem
competências e mudam o comportamento. Contudo, a complexidade
desse processo dificilmente pode ser explicada apenas através de
recortes do todo. Por outro lado, qualquer definição está, invariavelmente,
impregnada de pressupostos político-ideológicos, relacionados com a
visão de homem, sociedade e saber.

A Aprendizagem na Antiguidade

A aprendizagem vem sendo estudada e sistematizada desde os povos da


antiguidade oriental. Já no Egipto, na China e na Índia a finalidade era
transmitir as tradições e os costumes.

Já na antiguidade clássica, na Grécia e em Roma, a aprendizagem


passou a seguir duas linhas opostas porém complementares:

 A pedagogia da personalidade visava a formação individual.


 A pedagogia humanista desenvolvia os indivíduos numa linha
onde o Sistema de ensino-sistema educacional era representativo
da realidade social e dava ênfase à aprendizagem universal.

21
Didáctica de Biologia I UCM-CED

A Aprendizagem na Idade Média

Durante a Idade Média, a aprendizagem e consequentemente o ensino


(aqui ambos seguem o mesmo rumo) passaram a ser determinados pela
religião e seus dogmas. Por exemplo, uma criança aprendia a não ser
canhota, ou sinistra, embora neurologicamente o fosse.

No final daquele período, iniciou-se a separação entre as teorias da


aprendizagem e do ensino com a independência em relação ao clero.
Devido as modificações que ocorreram com o advento do humanismo e
da Reforma, no século XVI, e sua ampliação a partir da revolução
francesa, as teorias do ensino-aprendizagem continuaram a seguir seu
rumo natural.

A Aprendizagem no Século XVII ao início do Século XX

Do século XVII até o início do século XX, a doutrina central sobre a


aprendizagem era demonstrar cientificamente que determinados
processos universais regiam os princípios da aprendizagem tentando
explicar as causas e formas de seu funcionamento, forçando uma
metodologia que visava enquadrar o comportamento de todos os
organismos num sistema unificado de leis, à exemplo da sistematização
efectuada pelos cientistas para a explicação dos demais fenômenos das
ciências naturais.

Muitos acreditavam que a aprendizagem estava intimamente ligada


somente ao condicionamento. Um exemplo de experiência sobre o
condicionamento foi realizada pelo fisiólogo russo, Ivan Pavlov, que
condicionou cães para salivarem ao som de campainhas.

A Aprendizagem a Partir de 1930

Na década de 30 os cientistas Edwin R. Guthrie, Clark L. Hull e Edward C.


Tolman pesquisaram sobre as leis que regem a aprendizagem.

 Guthrie acreditava que as respostas, ao invés das percepções ou


os estados mentais, poderiam formar os componentes da
aprendizagem.
 Hull afirmava que a força do hábito, além dos estímulos
originados pelas recompensas, constituía um dos principais
aspectos da aprendizagem, a qual se dava num processo
gradual.

22
Didáctica de Biologia I UCM-CED

 Tolman seguia a linha de raciocínio de que o princípio objetivo


visado pelo sujeito era a base comportamental para a
aprendizagem. Percebendo o ser humano na sociedade em que
está inserido, se faz necessário uma maior observação de seu
estado emocional.

Sumário

Entre vários conceitos de a aprendizagem podemos dizer, que ela é um


processo integrado que provoca uma transformação qualitativa na
estrutura mental daquele que aprende. Essa transformação se dá através
da alteração de conduta de um indivíduo, seja por Condicionamento
Operante, experiência ou ambos, de uma forma razoavelmente
permanente. As informações podem ser absorvidas através de técnicas
de ensino ou até pela simples aquisição de hábitos. O acto ou vontade de
aprender é uma característica essencial do psiquismo humano. A
aprendizagem vem sendo estudada e sistematizada desde os povos da
antiguidade oriental. Já na antiguidade clássica, na Grécia e em Roma, a
aprendizagem passou a seguir duas linhas opostas porém
complementares.

Durante a Idade Média, a aprendizagem e consequentemente o ensino


passaram a ser determinados pela religião e seus dogmas. No final
daquele período, iniciou-se a separação entre as teorias da aprendizagem
e do ensino com a independência em relação ao clero. Do século XVII até
o início do século XX, a doutrina central sobre a aprendizagem era
demonstrar cientificamente que determinados processos universais
regiam os princípios da aprendizagem efectuada pelos cientistas para a
explicação dos demais fenômenos das ciências naturais. Na década de
30 os cientistas Edwin R. Guthrie, Clark L. Hull e Edward C. Tolman
pesquisaram sobre as leis que regem a aprendizagem.

23
Didáctica de Biologia I UCM-CED

1. Quais eram as pedagogias na antiguidade clássica, na Grécia e em Roma?


R: A pedagogia da personalidade visava a formação individual e a pedagogia
humanista desenvolvia os indivíduos numa linha onde o Sistema de ensino-
sistema educacional era representativo da realidade social e dava ênfase à
aprendizagem universal.
2. Muitos acreditavam que a aprendizagem estava intimamente ligada somente
ao condicionamento. Qual foi o exemplo de experiência sobre o
condicionamento?
R: Um exemplo de experiência sobre o condicionamento foi realizada pelo
fisiólogo russo, Ivan Pavlov, que condicionou cães para salivarem ao som de
Exercícios campainhas.
3. Na década de 30 os cientistas Edwin R. Guthrie, Clark L. Hull e Edward C.
Tolman pesquisaram sobre as leis que regem a aprendizagem. Comente sobre
o trabalho de cada um deles.
R: Guthrie acreditava que as respostas, ao invés das percepções ou os
estados mentais, poderiam formar os componentes da aprendizagem; Hull
afirmava que a força do hábito, além dos estímulos originados pelas
recompensas, constituía um dos principais aspectos da aprendizagem, a qual
se dava num processo gradual e Tolman seguia a linha de raciocínio de que o
princípio objetivo visado pelo sujeito era a base comportamental para a
aprendizagem. Percebendo o ser humano na sociedade em que está inserido,
se faz necessário uma maior observação de seu estado emocional.

24
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 05

Tema: Os Tipos de Aprendizagem

Introdução

Prezado estudante, bem vindo ao estudo da unidade sobre os tipos de


aprendizagem. Cada indivíduo apresenta um conjunto de estratégias
cognitivas que mobilizam o processo de aprendizagem.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema


proposto na unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Definir o conceito de aprendizagem;


 Distinguir os diferentes tipos de aprendizagem;
 Explicar os diferentes tipos de aprendizagem;
 Descrever os diferentes tipos de aprendizagem;
Objectivos  Relacionar os diferentes tipos de aprendizagem.

Os Tipos de Aprendizagem
Cada indivíduo apresenta um conjunto de estratégias cognitivas que
mobilizam o processo de aprendizagem. Em outras palavras, cada
pessoa aprende a seu modo, estilo e ritmo. Embora haja discordâncias
entre os estudiosos, estes são quatro categorias representativas dos
estilos de aprendizagem:

 Visual: aprendizagem centrada na visualização


 Auditiva: centrada na audição
 Leitura/escrita: aprendizagem através de textos
 Activa: aprendizagem através do fazer

25
Didáctica de Biologia I UCM-CED

1. Aprendizagem Associativa

A associação é um tema que reside na observação de que o indivíduo


percebe algo em seu meio pelas sensações, o resultado é a consciência
de algo no mundo exterior que pode ser definida como ideia.

Portanto, a associação leva às ideias, e para tal:

 É necessária a proximidade do objecto ou ocorrência no espaço


e no tempo;
 Deve haver uma similaridade;
 Frequência de observação;
 Além da proeminência e da atracção da atenção aos objectos
em questão.

Estes objectos de estudo para a aprendizagem podem ser por exemplo


uma alavanca que gera determinado impulso, que ao ser accionada gera
o impulso tantas vezes quantas for accionada.

A associação ocorre quando o indivíduo em questão acionar outra


alavanca similar à primeira esperando o mesmo impulso da outra. O que
levou ao indivíduo acionar a segunda alavanca, foi a ideia gerada através
da associação entre os objectos (alavancas).

Um grupo liderado pelos pesquisadores Guthrie e Hull sustentava que as


associações se davam entre estímulos e respostas, estes eram passíveis
de observação.

A teoria da aprendizagem associativa, ou a capacidade que o indivíduo


tem para associar um estímulo que antes parecia não ter importância a
uma determinada resposta, ocorre pelo condicionamento, em que o
reforço gera novas condutas. Porém, as teorias de estímulo e resposta
não mostraram os mecanismos da aprendizagem, pois não levaram em
conta os processos interiores do indivíduo. (Há que se diferenciar
aprendizagem de condicionamento).

Tolman, pesquisou que as associações através do estímulo geravam


uma impressão sensorial subjectiva.

26
Didáctica de Biologia I UCM-CED

2. Aprendizagem Condicionada

O reforçamento, é uma noção que provém da descoberta da


possibilidade que é possível reforçar um padrão comportamental através
de métodos onde são utilizadas as recompensas ou castigos. A
aprendizagem condicionada é uma proposta para integrar alunos e
professores durante a aprendizagem em sala de aula, de modo a
possibilitar a construção de conhecimentos por meio das interações.

3. Outras Escolas de Aprendizagem

Actualmente, muitos profissionais da área educacional contestam a


existência de uma validade universal na teoria da associação. Estes
afirmam a importância de outros factores na aprendizagem.

Exemplo típico, são os educadores que seguem a linha gestaltista, estes


defendem que os processos mais importantes da aprendizagem
envolvem uma reestruturação das relações com o meio e não
simplesmente uma associação das mesmas.

Existem também, os educadores que estudam os aspectos psicológicos


da linguagem, ou psicolinguistas. Estes, por sua vez, sustentam que a
aprendizagem de uma língua abrange um número de palavras e
locuções muito grande para ser explicado pela teoria associativa. Alguns
pesquisadores afirmam que a aprendizagem linguística se baseia numa
estrutura básica de organização elemento.

Outras correntes de pensamento afirmam que as teorias da


aprendizagem incluem o papel da motivação além dos estágios da
aprendizagem, os processos e a natureza da evocação, do
esquecimento e da recuperação de informações ou memória. Na
pesquisa sobre a aprendizagem, ainda existem os conceitos não
passíveis de quantificação, como os processos cognitivos, a imagem, a
vontade e a conscientização.

27
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Sumário

Cada indivíduo apresenta um conjunto de estratégias cognitivas que


mobilizam o processo de aprendizagem. Em outras palavras, cada
pessoa aprende a seu modo, estilo e ritmo. Embora haja discordâncias
entre os estudiosos, estes são quatro categorias representativas dos
estilos de aprendizagem: visual, auditiva, leitura-escrita e activa.
Aprendizagem associativa: a associação é um tema que reside na
observação de que o indivíduo percebe algo em seu meio pelas
sensações, o resultado é a consciência de algo no mundo exterior que
pode ser definida como ideia. A aprendizagem condicionada é uma
proposta para integrar alunos e professores durante a aprendizagem em
sala de aula, de modo a possibilitar a construção de conhecimentos por
meio das interações.

Outras escolas de aprendizagem, actualmente, muitos profissionais da


área educacional contestam a existência de uma validade universal na
teoria da associação. Estes afirmam a importância de outros factores na
aprendizagem. Exemplo típico, são os educadores que seguem a linha
gestaltista, estes defendem que os processos mais importantes da
aprendizagem envolvem uma reestruturação das relações com o meio e
não simplesmente uma associação das mesmas. Outras correntes de
pensamento afirmam que as teorias da aprendizagem incluem o papel da
motivação além dos estágios da aprendizagem, os processos e a
natureza da evocação, do esquecimento e da recuperação de
informações ou memória.

28
Didáctica de Biologia I UCM-CED

1. Quais são as quatro categorias representativas dos estilos de aprendizagem?


R: Visual: aprendizagem centrada na visualização, Auditiva: centrada na
audição, Leitura-escrita: aprendizagem através de textos e Activa: aprendizagem
através do fazer.
2. Explique as formas de aprendizagem.
R: Aprendizagem associativa: A associação é um tema que reside na
Exercícios
observação de que o indivíduo percebe algo em seu meio pelas sensações, o
resultado é a consciência de algo no mundo exterior que pode ser definida como
ideia. Aprendizagem condicionada: O reforçamento, é uma noção que provém
da descoberta da possibilidade que é possível reforçar um padrão
comportamental através de métodos onde são utilizadas as recompensas ou
castigos.

29
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 06

Tema: Os Factores da Aprendizagem

Introdução

Prezado estudante, bem vindo ao estudo da unidade sobre os factores


de aprendizagem. A aprendizagem é influenciada pela inteligência,
motivação. Segundo alguns teóricos, pela hereditariedade, onde o
estímulo, o impulso, o reforço e a resposta são os elementos básicos
para o processo de fixação das novas informações.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema


proposto na unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Caracterizar os diferentes factores da aprendizagem;


 Distinguir os diferentes factores da aprendizagem;
 Explicar os diferentes factores da aprendizagem;
 Descrever os diferentes factores da aprendizagem;
Objectivos  Relacionar os diferentes factores da aprendizagem.

Os Factores da Aprendizagem

A aprendizagem é influenciada pela inteligência, motivação, e, segundo


alguns teóricos, pela hereditariedade (existem controvérsias), onde o
estímulo, o impulso, o reforço e a resposta são os elementos básicos
para o processo de fixação das novas informações absorvidas e
processadas pelo indivíduo.

O processo de aprendizagem é de suma importância para o estudo do


comportamento. Alguns autores afirmam que certos processos
neuróticos, ou neuroses, nada mais são que uma aprendizagem

30
Didáctica de Biologia I UCM-CED

distorcida, e que a ação recomendada para algumas psicopatologias são


um redirecionamento para a absorção da nova aprendizagem que
substituirá a antiga, de forma a minimizar as sintomatizações que
perturbam o indivíduo. Isto é, através da reaprendizagem (re-educação)
ou da intervenção profissional através da Psicopedagogia.

 A Motivação

Aprende-se melhor e mais depressa se houver interesse pelo assunto


que se está a estudar. Motivado, um indivíduo possui uma atitude activa
e empenhada no processo de aprendizagem e, por isso, aprende melhor.
A relação entre a aprendizagem e a motivação é dinâmica: é frequente o
Homem interessar-se por um assunto, empenhar-se, quando começa a
aprender. A motivação pode ocorrer durante o processo de
aprendizagem.

 Os Conhecimentos Anteriores

Os conhecimentos anteriores que um indivíduo possui sobre um assunto


podem condicionar a aprendizagem. Há conhecimentos, aprendizagens
prévias, que, se não tiverem sido concretizadas, não permitem a
possibilidade de se aprender. Uma nova aprendizagem só se concretiza
quando o material novo se incorpora, se relaciona, com os
conhecimentos e saberes que se possui.

 A Quantidade de Informação

A possibilidade de o Homem aprender novas informações é limitada: não


é possível integrar grandes quantidades de informação ao mesmo
tempo. É necessário proceder-se a uma selecção da informação
relevante, organizando-a de modo a poder ser gerida em termos de
aprendizagem.

 A Diversidade das Actividades

Quanto mais diversificadas forem as abordagens a um tema, quanto


mais diferenciadas as tarefas, maior é a motivação e a concentração e
melhor decorre a aprendizagem.

 A Planificação e a Organização

A forma como se aprende pode determinar, em grande parte, o que se


aprende. A definição clara de objectivos, a selecção de estratégias, é

31
Didáctica de Biologia I UCM-CED

essencial para uma aprendizagem bem sucedida. Contudo, isto não


basta: é necessário planificar, organizar o trabalho por etapas, e ir
avaliando os resultados. Para além de estes processos serem mais
eficientes, a planificação e a organização promovem o controle dos
processos de aprendizagem e, deste modo, a autonomia de cada ser
humano.

 A Cooperação

A forma como cada ser humano encara um problema e a forma como o


soluciona é diferente. Por isso, determinados tipos de problemas são
mais bem resolvidos e a aprendizagem é mais eficaz se existir trabalho
de forma cooperativa com os outros. A aprendizagem cooperativa, ao
implicar a intercação e a ajuda mútua, possibilita a resolução de
problemas complexos de forma mais eficaz e elaborada.

Sumário

A aprendizagem é influenciada pela inteligência, motivação, e, segundo


alguns teóricos, pela hereditariedade (existem controvérsias), onde o
estímulo, o impulso, o reforço e a resposta são os elementos básicos
para o processo de fixação das novas informações absorvidas e
processadas pelo indivíduo. O processo de aprendizagem é de suma
importância para o estudo do comportamento. Alguns autores afirmam
que certos processos neuróticos, ou neuroses, nada mais são que uma
aprendizagem distorcida.

A acção recomendada para algumas psicopatologias são um


redireccionamento para a absorção da nova aprendizagem que
substituirá a antiga, de forma a minimizar as sintomatizações que
perturbam o indivíduo. Isto é, através da reaprendizagem (re-educação)
ou da intervenção profissional através da Psicopedagogia. Os factores
da aprendizagem são: a motivação, os conhecimentos anteriores, a
quantidade de informação, a diversidade das actividades, a Planificação
e a Organização e a cooperação

32
Didáctica de Biologia I UCM-CED

1. Quais são os factores que influenciam a inteligência?


R: A aprendizagem é influenciada pela inteligência, motivação, e, segundo
alguns teóricos, pela hereditariedade (existem controvérsias), onde o estímulo, o
impulso, o reforço e a resposta são os elementos básicos para o processo de
fixação das novas informações absorvidas e processadas pelo indivíduo.
2. O processo de aprendizagem é de suma importância para o estudo do

Exercícios comportamento. Como e que afirmam alguns autores?


R: Alguns autores afirmam que certos processos neuróticos, ou neuroses, nada
mais são que uma aprendizagem distorcida, e que a acção recomendada para
algumas psicopatologias são um redireccionamento para a absorção da nova
aprendizagem que substituirá a antiga, de forma a minimizar as sintomatizações
que perturbam o indivíduo. Isto é, através da reaprendizagem (re-educação) ou
da intervenção profissional através da Psicopedagogia.

33
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 07

Tema: O Processo de Aprendizagem: Vygotsky


Introdução

Prezado estudante, bem vindo ao estudo da unidade sobre


aprendizagem segundo Lev Semyonovich Vygotsky. Na unidade anterior,
segundo alguns estudiosos, a aprendizagem é um processo integrado
que provoca uma transformação qualitativa na estrutura mental daquele
que aprende.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema


proposto na unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Definir a aprendizagem segundo Vygotsky;


 Caracterizar a aprendizagem segundo Vygotsky;
 Descrever a aprendizagem segundo Vygotsky;
 Distinguir a aprendizagem segundo Vygotsky com outros pedagogos;
Objectivos
 Relacionar a aprendizagem segundo Vygotsky com outros pedagogos.

O Processo de Aprendizagem: Vygotsky


O ponto de partida desta análise é a concepção de Lev Semyonovich
Vygotsky de que o pensamento verbal não é uma forma de
comportamento natural e inata, mas é determinado por um processo
histórico-cultural e tem propriedades e leis específicas que não podem ser
encontradas nas formas naturais de pensamento e fala.

Uma vez admitido o caráter histórico do pensamento verbal, devemos


considerá-lo sujeito a todas as premissas do materialismo histórico, que
são válidas para qualquer fenômeno histórico na sociedade humana
(Vygotsky, 1993 p. 44). Sendo o pensamento sujeito às interferências
históricas às quais está o indivíduo submetido, entende-se que, o

34
Didáctica de Biologia I UCM-CED

processo de aquisição da ortografia, a alfabetização e o uso autônomo da


linguagem escrita são resultantes não apenas do processo pedagógico de
ensino-aprendizagem propriamente dito, mas das relações subjacentes a
isto.

Vygotsky diz ainda que o pensamento propriamente dito é gerado pela


motivação, isto é, por nossos desejos e necessidades, nossos interesses
e emoções. Por trás de cada pensamento há uma tendência afectivo-
volitiva. Uma compreensão plena e verdadeira do pensamento de outrem
só é possível quando entendemos sua base afectivo-volitiva (Vygotsky,
1991 p. 101). Desta forma não seria válido estudar as dificuldades de
aprendizagem sem considerar os aspectos afectivos. Avaliar o estágio de
desenvolvimento, ou realizar testes psicométricos não supre de respostas
as questões levantadas. É necessário fazer uma análise do contexto
emocional, das relações afectivas, do modo como a criança está situada
historicamente no mundo.

Na abordagem de Vygotsky a linguagem tem um papel de construtor e de


propulsor do pensamento, afirma que aprendizado não é
desenvolvimento, o aprendizado adequadamente organizado resulta em
desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de
desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de acontecer
(Vygotsky, 1991 p. 101). A linguagem seria então o motor do pensamento,
contrariando assim a concepção desenvolvimentista que considera o
desenvolvimento a base para a aquisição da linguagem. Vygotsky
defende que os processos de desenvolvimento não coincidem com os
processos de aprendizagem, uma vez que o desenvolvimento progride de
forma mais lenta, indo atrás do processo de aprendizagem. Isto ocorre de
forma sequencial. (Vygotsky, 1991 p. 102)

35
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Sumário

O ponto de partida desta análise é a concepção de Lev Semyonovich


Vygotsky de que o pensamento verbal não é uma forma de
comportamento natural e inata, mas é determinado por um processo
histórico-cultural e tem propriedades e leis específicas que não podem ser
encontradas nas formas naturais de pensamento e fala. Uma vez admitido
o caráter histórico do pensamento verbal, devemos considerá-lo sujeito a
todas as premissas do materialismo histórico, que são válidas para
qualquer fenômeno histórico na sociedade humana (Vygotsky, 1993
p. 44).

Sendo o pensamento sujeito às interferências históricas às quais está o


indivíduo submetido, entende-se que, o processo de aquisição da
ortografia, a alfabetização e o uso autônomo da linguagem escrita são
resultantes não apenas do processo pedagógico de ensino-aprendizagem
propriamente dito, mas das relações subjacentes a isto. A linguagem seria
então o motor do pensamento, contrariando assim a concepção
desenvolvimentista que considera o desenvolvimento a base para a
aquisição da linguagem. Vygotsky defende que os processos de
desenvolvimento não coincidem com os processos de aprendizagem, uma
vez que o desenvolvimento progride de forma mais lenta, indo atrás do
processo de aprendizagem. Isto ocorre de forma sequencial. (Vygotsky,
1991 p. 102)

36
Didáctica de Biologia I UCM-CED

1. Como é que Lev Semyonovich Vygotsky caracteriza o pensamento verbal?


R: Pensamento verbal não é uma forma de comportamento natural e inata,
mas é determinado por um processo histórico-cultural e tem propriedades e
leis específicas que não podem ser encontradas nas formas naturais de
pensamento e fala.
2. Segundo Vygotsky como é gerado o pensamento propriamento dito?
Exercícios R: Vygotsky diz ainda que o pensamento propriamente dito é gerado pela
motivação, isto é, por nossos desejos e necessidades, nossos interesses e
emoções.
3. Qual é o papel da linguagen?
R: Na abordagem de Vygotsky a linguagem tem um papel de construtor e de
propulsor do pensamento, afirma que aprendizado não é desenvolvimento, o
aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e
põe em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma,
seriam impossíveis de acontecer.

37
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 08

Tema: O Processo de Aprendizagem: Piaget

Introdução

Prezado estudante, bem vindo ao estudo da unidade sobre


aprendizagem segundo Piaget. Na unidade anterior, segundo alguns
estudiosos, a aprendizagem é um processo integrado que provoca uma
transformação qualitativa na estrutura mental daquele que aprende.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema


proposto na unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Definir o processo de aprendizagem segundo Piaget;


 Caracterizar o processo de aprendizagem segundo Piaget;
 Interpretar o processo de aprendizagem segundo Piaget;
 Descrever o processo de aprendizagem segundo Piaget;
Objectivos  Relacionar a aprendizagem segundo Piaget com outros pedagogos.

O Processo de Aprendizagem: Piaget


Nos estudos de Piaget, a teoria da equilibração, de uma maneira geral,
trata de um ponto de equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, e
assim, é considerada como um mecanismo auto-regulador, necessária
para assegurar à criança uma interação eficiente dela com o meio-
ambiente. (Wadsworth, 1996) Piaget postula que todo esquema de
assimilação tende a alimentar-se, isto é, a incorporar elementos que lhe
são exteriores e compatíveis com a sua natureza.

E postula também que todo esquema de assimilação é obrigado a se


acomodar aos elementos que assimila, isto é, a se modificar em função

38
Didáctica de Biologia I UCM-CED

de suas particularidades, mas, sem com isso, perder sua continuidade


(portanto, seu fechamento enquanto ciclo de processos
interdependentes), nem seus poderes anteriores de assimilação.
(Piaget,1975, p. 14). Em outras palavras, Piaget (1975) define que o
equilíbrio cognitivo implica afirmar a presença necessária de
acomodações nas estruturas; bem como a conservação de tais estruturas
em caso de acomodações bem sucedidas.

Esta equilibração é necessária porque se uma pessoa só assimilasse,


desenvolveria apenas alguns esquemas cognitivos, esses muito amplos,
comprometendo sua capacidade de diferenciação; em contrapartida, se
uma pessoa só acomodasse, desenvolveria uma grande quantidade de
esquemas cognitivos, porém muito pequenos, comprometendo seu
esquema de generalização de tal forma que a maioria das coisas seriam
vistas sempre como diferentes, mesmo pertencendo à mesma classe.
Essa noção de equilibração foi a base para o conceito, desenvolvido por
Paín, sobre as modalidades de aprendizagem, que se servem dos
conceitos de assimilação e acomodação, na descrição de sua estrutura
processual.

Segundo Wadsworth, se a criança não consegue assimilar o estímulo, ela


tenta, então, fazer uma acomodação, modificando um esquema ou
criando um esquema novo. Quando isso é feito, ocorre a assimilação do
estímulo e, nesse momento, o equilíbrio é alcançado. (Wadsworth, 1996)
Segundo a teoria da equilibração, a integração pode ser vista como uma
tarefa de assimilação, enquanto que a diferenciação seria uma tarefa de
acomodação, contudo, há conservação mútua do todo e das partes.

É de Piaget o postulado de que o pleno desenvolvimento da


personalidade sob seus aspectos mais intelectuais é indissociável do
conjunto das relações afetivas, sociais e morais que constituem a vida da
instituição educacional. À primeira vista, o desabrochamento da
personalidade parece depender sobretudo dos fatores afetivos; na
realidade, a educação forma um todo indissociável e não é possível
formar personalidades autônomas no domínio moral se o indivíduo estiver
submetido a uma coerção intelectual tal que o limite a aprender
passivamente, sem tentar descobrir por si mesmo a verdade: se ele é
passivo intelectualmente não será livre moralmente.

Mas reciprocamente, se sua moral consiste exclusivamente numa


submissão à vontade adulta e se as únicas relações sociais que

39
Didáctica de Biologia I UCM-CED

constituem as relações de aprendizagem são as que ligam cada


estudante individualmente a um professor que detém todos os poderes,
ele não pode tampouco ser ativo intelectualmente. (Piaget, 1982) Piaget
afirma que "adquirida a linguagem, a socialização do pensamento
manifesta-se pela elaboração de conceitos e relações e pela constituição
de regras. É justamente na medida, até, que o pensamento verbo-
conceptual é transformado pela sua natureza coletiva que ele se torna
capaz de comprovar e investigar a verdade, em contraste com os atos
práticos dos atos da inteligência sensório-motora e à sua busca de êxito
ou satisfação" (Piaget, 1975 p. 115).

Sumário

Nos estudos de Piaget, a teoria da equilibração, de uma maneira geral,


trata de um ponto de equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, e
assim, é considerada como um mecanismo auto-regulador, necessária
para assegurar à criança uma interação eficiente dela com o meio-
ambiente. (Wadsworth, 1996) Piaget postula que todo esquema de
assimilação tende a alimentar-se, isto é, a incorporar elementos que lhe
são exteriores e compatíveis com a sua natureza. E postula também que
todo esquema de assimilação é obrigado a se acomodar aos elementos
que assimila, isto é, a se modificar em função de suas particularidades,
mas, sem com isso, perder sua continuidade, nem seus poderes
anteriores de assimilação.

Esta equilibração é necessária porque se uma pessoa só assimilasse,


desenvolveria apenas alguns esquemas cognitivos, esses muito amplos,
comprometendo sua capacidade de diferenciação; em contrapartida, se
uma pessoa só acomodasse, desenvolveria uma grande quantidade de
esquemas cognitivos, porém muito pequenos, comprometendo seu
esquema de generalização de tal forma que a maioria das coisas seriam
vistas sempre como diferentes, mesmo pertencendo à mesma classe.
Essa noção de equilibração foi a base para o conceito, desenvolvido por
Paín, sobre as modalidades de aprendizagem, que se servem dos
conceitos de assimilação e acomodação, na descrição de sua estrutura
processual.

40
Didáctica de Biologia I UCM-CED

1. De que trata a teoria da equilibração?


R: A teoria da equilibração, de uma maneira geral, trata de um ponto de
equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, e assim, é considerada como
um mecanismo auto-regulador, necessária para assegurar à criança uma
interação eficiente dela com o meio-ambiente.
2. Como se caracteriza esquema de assimilação?
R: Esquema de assimilação é obrigado a se acomodar aos elementos que
assimila, isto é, a se modificar em função de suas particularidades, mas, sem
com isso, perder sua continuidade (portanto, seu fechamento enquanto ciclo
Exercícios de processos interdependentes), nem seus poderes anteriores de assimilação.
3. Explique como Piaget (1975) define que o equilíbrio cognitivo.
R: O equilíbrio cognitivo implica afirmar a presença necessária de
acomodações nas estruturas; bem como a conservação de tais estruturas em
caso de acomodações bem sucedidas.
4. Porque esta equilibração é necessária?
R: Porque se uma pessoa só assimilasse, desenvolveria apenas alguns
esquemas cognitivos, esses muito amplos, comprometendo sua capacidade de
diferenciação.

41
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 09

Tema: Processo de Aprendizagem Pós-Piagetiano

Introdução

Prezado estudante, bem vindo ao estudo da unidade sobre


aprendizagem pós-Piagetiano. Paín descreve as modalidades de
aprendizagem sintomática tomando por base o postulado piagetiano. Na
abordagem de Piaget, o sujeito está em constante equilibração.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema


proposto na unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Definir as difentes formas de assimilação;


 Caracterizar as difentes formas de assimilação;
 Interpretar as difentes formas de assimilação;
 Descrever as difentes formas de assimilação;
Objectivos  Relacionar as difentes formas de assimilação.

Processo de Aprendizagem Pós-Piagetiano

Paín (1989) descreve as modalidades de aprendizagem sintomática


tomando por base o postulado piagetiano. Descreve como a assimilação e
a acomodação actuam no modo como o sujeito aprende e como isso pode
ser sintomatizado, tendo assim características de um excesso ou
escassez de um desses movimentos, afectando o resultado final. Na
abordagem de Piaget, o sujeito está em constante equilibração. Paín
parte desse pressuposto e afirma que as dificuldades de aprendizagem
podem estar relacionadas a uma hiperatuação de uma dessas formas,
somada a uma hipo-actuação da outra gerando as modalidades de
aprendizagem sintomática a seguir:

42
Didáctica de Biologia I UCM-CED

 Hiperassimilação

Sendo a assimilação o movimento do processo de adaptação pelo qual os


elementos do meio são alterados para serem incorporados pelo sujeito,
numa aprendizagem sintomatizada pode ocorrer uma exacerbação desse
movimento, de modo que o aprendiz não se resigna ao aprender. Há o
predomínio dos aspectos subjectivos sobre os objectivos. Esta
sintomatização vem acompanhada da hipoacomodação.

 Hipoacomodação

A acomodação consiste em adaptar-se para que ocorra a internalização.


A sintomatização da acomodação pode dar-se pela resistência em
acomodar, ou seja, numa dificuldade de internalizar os objectos
(Fernández, 1991 p. 110).

 Hiperacomodação

Acomodar-se é abrir-se para a internalização, o exagero disto pode levar


a uma pobreza de contacto com a subjectividade, levando à submissão e
à obediência acrítica. Essa sintomatização está associada a
hipoassimilação.

 Hipoassimilação

Nesta sintomatização ocorre uma assimilação pobre, o que resulta na


pobreza no contacto com o objecto, de modo a não transformá-lo, não
assimilá-lo de todo, apenas acomodá-lo. A aprendizagem normal
pressupõe que os movimentos de assimilação e acomodação estão em
equilíbrio. O que caracteriza a sintomatização no aprender é predomínio
de um movimento sobre o outro. Quando há o predomínio da assimilação,
as dificuldades de aprendizagem são da ordem da não resignação, o que
leva o sujeito a interpretar os objectos de modo subjectivo, não
internalizando as características próprias do objecto. Quando a
acomodação predomina, o sujeito não empresta sentido subjectivo aos
objectos, antes, resigna-se sem criticidade.

O sistema educativo pode produzir sujeito muito acomodativos se a


reprodução dos padrões for mais valorizada que o desenvolvimento da
autonomia e da criatividade. Um sujeito que apresente uma
sintomatização na modalidade hiperacomodativa/hipoassimilativa pode

43
Didáctica de Biologia I UCM-CED

não ser visto como tendo “problemas de aprendizagem”, pois consegue


reproduzir os modelos com precisão.

O Processo de Aprendizagem em Outras Concepções

Na concepção behaviorista que o processo de aprendizagem se dá pelo


condicionamento, baseado na relação estímulo-resposta é uma má
informação por partes dos estudiosos da educação o comportamento de
aprender esta diretamente relacionado a relação entre o indivíduo e seu
meio e como esse atua sobre ele. Falar em behavorismo e fala de dois
tipos de behavorismo o radical e o metodológico, e na maioria referem-se
a linha teórica ao metodológico que está correto mas não considera o
global que o radical propõe.

Sumário

Paín (1989) descreve as modalidades de aprendizagem sintomática


tomando por base o postulado piagetiano. Descreve como a assimilação e
a acomodação actuam no modo como o sujeito aprende e como isso pode
ser sintomatizado, tendo assim características de um excesso ou
escassez de um desses movimentos, afectando o resultado final. Na
abordagem de Piaget, o sujeito está em constante equilibração. Paín
parte desse pressuposto e afirma que as dificuldades de aprendizagem
podem estar relacionadas a uma hiperatuação de uma dessas formas,
somada a uma hipo-actuação da outra gerando as modalidades de
aprendizagem sintomática a seguir: hiperassimilação, hipoacomodação,
hiperacomodação e hipoassimilação. Na concepção behaviorista que o
processo de aprendizagem se dá pelo condicionamento, baseado na
relação estímulo-resposta é uma má informação por partes dos
estudiosos da educação o comportamento de aprender esta diretamente
relacionado a relação entre o indivíduo e seu meio e como esse atua
sobre ele.

44
Didáctica de Biologia I UCM-CED

1. Na abordagem de Piaget, o sujeito está em constante equilibração. Como é


que Paín explique partindo deste pressuposto?
R: Afirma que as dificuldades de aprendizagem podem estar relacionadas a
uma hiperatuação de uma dessas formas, somada a uma hipo-actuação da
outra gerando as modalidades de aprendizagem sintomática a seguir.

2. Explique os conceitos de: hiperassimilação, hipoacomodação.


R: Hiperassimilação Sendo a assimilação o movimento do processo de
Exercícios adaptação pelo qual os elementos do meio são alterados para serem
incorporados pelo sujeito, numa aprendizagem sintomatizada pode ocorrer uma
exacerbação desse movimento, de modo que o aprendiz não se resigna ao
aprender. Há o predomínio dos aspectos subjectivos sobre os objectivos. Esta
sintomatização vem acompanhada da hipoacomodação. Hipoacomodação, A
acomodação consiste em adaptar-se para que ocorra a internalização. A
sintomatização da acomodação pode dar-se pela resistência em acomodar, ou
seja, numa dificuldade de internalizar os objectos.

45
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 10

Tema: O Processo de Ensino de Biologia

Introdução

Prezado estudante, o ensino de Biologia deverá ser assumido como


indutor e promotor da aprendizagem. Todo ele se desenvolve numa
acção suportada por parâmetros, considerados a essência quer da teoria
quer da prática pedagógica.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema


proposto na unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Definir os objectivos didácticos;


 Interpretar o significação de modos de avaliação;
 Explicar os objectivos didácticosno ensino de Biologia;
Objectivos  Descrever o enquadramento e tratamento dos conteúdos;
 Relacionar o ensino de Biologia com os objectivos didácticos.

O Processo de Ensino de Biologia


O ensino de Biologia deverá ser assumido como indutor e promotor da
aprendizagem. Todo ele se desenvolve numa acção suportada por
parâmetros, considerados a essência quer da teoria quer da prática
pedagógica. É no espaço da práxis da pedagogia que encontra espaço a
transposição de qualquer saber a que é exigida a sua didactização. Esta
didactização tem formas próprias e comuns a qualquer saber e que se
expressam no enunciado de objectivos:

 No enquadramento e tratamento dos conteúdos;


 Na identificação e desenvolvimento de competências;
 Na selecção e implementação de estratégias e na sua aplicação;
 E significação de modos de avaliação.

46
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Assume-se que esta práxis terá de ser contextualizada no sistema


educativo, que, para muitos tem o seu fulcro no currículo. Daí, que no
âmbito da profissionalização em serviço, após uma muito breve referência
a aspectos enquadradores como o sistema educativo português e a
função que nele desempenha o currículo, nos iremos debruçar sobre os
parâmetros da prática pedagógica, mais directamente aqueles que se
tornam a substância da Didáctica de Biologia, visando lançar a semente
para que eles sejam aprofundados no exercício da competência
investigativa do professor. Assim, é nossa pretensão criar as bases de
algumas das competências-chave do profissional do ensino:

 Que se prendem com a planificação (ou a reflexão à priori) do


acto de ensino;
 Da implementação desse acto;
 Da avaliação do processo e do resultado desse acto;
 E da decisão para a continuidade desse mesmo acto (reflexão à
posteriori que se entronca com a reflexão à priori).

Os Objectivos Didácticos
A profissionalização em serviço, persegue a criação e partilha do
conhecimento, considerado em três perspectivas distintas, ainda que
complementares:

 No domínio interdisciplinar de um conjunto de saberes que têm


por objecto a concepção, organização, implementação e
avaliação dos processos educativos;
 No âmbito de saberes transversais que sobrelevam a dimensão
educativa, visando o desenvolvimento de competências,
aptidões e atitudes;
 Na transposição didáctica do conhecimento científico.

Por outro lado, tendo em consideração que:

 A educação do indivíduo torna-se válida quando responde às


necessidades do seu desenvolvimento e ao seu projecto pessoal;
 A educação deve integrar uma perspectiva de formação que
acompanhe a vida do indivíduo, tornando-se, deste modo, a sua
resultante criadora.

47
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Sumário

O ensino de Biologia deverá ser assumido como indutor e promotor da


aprendizagem. Todo ele se desenvolve numa acção suportada por
parâmetros, considerados a essência quer da teoria quer da prática
pedagógica. É no espaço da práxis da pedagogia que encontra espaço a
transposição de qualquer saber a que é exigida a sua didactização. Esta
didactização tem formas próprias e comuns a qualquer saber e que se
expressam no enunciado de objectivos: no enquadramento e tratamento
dos conteúdos; na identificação e desenvolvimento de competências; na
selecção e implementação de estratégias e na sua aplicação; e
significação de modos de avaliação.

Assim, é nossa pretensão criar as bases de algumas das competências-


chave do profissional do ensino: que se prendem com a planificação (ou a
reflexão à priori) do acto de ensino; da implementação desse acto; da
avaliação do processo e do resultado desse acto e da decisão para a
continuidade desse mesmo acto (reflexão à posteriori que se entronca
com a reflexão à priori). A profissionalização em serviço, persegue a
criação e partilha do conhecimento, considerado em três perspectivas
distintas, ainda que complementares: no domínio interdisciplinar de um
conjunto de saberes que têm por objecto a concepção, organização,
implementação e avaliação dos processos educativos; no âmbito de
saberes transversais que sobrelevam a dimensão educativa, visando o
desenvolvimento de competências, aptidões e atitudes; na transposição
didáctica do conhecimento científico.

48
Didáctica de Biologia I UCM-CED

1. A didactização tem formas próprias e comuns a qualquer saber e que


se expressam no enunciado de objectivos. Quais são?
R: No enquadramento e tratamento dos conteúdos; Na identificação e
desenvolvimento de competências; Na selecção e implementação de
estratégias e na sua aplicação; E significação de modos de avaliação.
2. Quais são asbases de algumas das competências-chave do
profissional do ensino?
R: Que se prendem com a planificação (ou a reflexão à priori) do acto de
ensino; Da implementação desse acto; Da avaliação do processo e do
resultado desse acto; E da decisão para a continuidade desse mesmo
acto (reflexão à posteriori que se entronca com a reflexão à priori).
Exercícios 3. Nos objectivos didácticos são considerado em três perspectivas
distintas. Enumere-os.
R: No domínio interdisciplinar de um conjunto de saberes que têm por
objecto a concepção, organização, implementação e avaliação dos
processos educativos; No âmbito de saberes transversais que
sobrelevam a dimensão educativa, visando o desenvolvimento de
competências, aptidões e atitudes; Na transposição didáctica do
conhecimento científico.

49
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 11

Tema: A Escolha de Técnicas de Ensino

Introdução

Prezado estudante, bem vindo ao estudo da escolha de técnicas de


ensino. Portanto, os métodos e técnicas tradicionais, exigem um
comportamento passivo do aluno. Enquanto que os métodos e técnicas
novos, consideram o desenvolvimento natural do aluno e a necessidade
de aprendizado activo, participante e de descobertas.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema


proposto na unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Definir o conceito de técnicas de ensino;


 Explicar os critérios para escolha de técnicas de ensino;
 Descrever os critérios para escolha de técnicas de ensino;
Objectivos  Relacionar os critérios para escolha de técnicas de ensino.

A Escolha de Técnicas de Ensino


Portanto, os métodos e técnicas tradicionais, exigem um comportamento
passivo do aluno. Enquanto que os métodos e técnicas novos,
consideram o desenvolvimento natural do aluno e a necessidade de
aprendizado activo, participante e de descobertas.

 Dinâmica, significa força, energia, acção.

Meios para dar dinamismo são a dinâmica de grupo. Este meio se ocupa
do estudo da conduta dos grupos como um todo, e das variações da
conduta individual de seus membros.

50
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Portanto, a escolha é orientada pelos princípios da aprendizagem e


devem considerar vários factores, tais como:

 Objectivos
 Assunto a ser tratado
 Tipo de aprendizagem
 Tempo disponível
 Condições físicas de aplicação

A técnica de ensino pode ser definida como um conjunto de processos


de uma arte ou fabricação. A escolha das técnicas de ensino dependem
da experiência didática do orientador.

As técnicas didácticas de acordo com suas características, podem ser


divididas em:

 Técnicas individualizadas.
 Técnicas socializadas.
 Técnicas sócio-individualizadas.

O valor da técnica didáctica depende:

 Daquele que a emprega.


 Dos objectivos a alcançar.
 Do tipo de alunos a que se destina.
 Do conteúdo a ser tratado.
 Do momento em que a técnica será aplicada.

Como Aplicar uma Técnica de Ensino?

A aplicação de uma técnica tal como, o método de ensino depende de


vários factores, desde as características dos alunos, nível de percepção
bem como a classe e a faixa etária dos mesmos. Portanto, de acordo
com o exposto cabe ao orientador didáctico a escolha da técnica a
aplicar. Mais abaixo, apenas damos uma sugestão que pode ou não ser
válida de acordo com as circunstâncias encontradas na sala de aulas.

 Divida os grupos conforme as orientações da técnica.


 Explique o tipo de trabalho que os grupos deverão realizar.
 Finalmente, solicite que formem os grupos de trabalho.
 Acompanhe os trabalhos dos grupos orientando e direcionando
as discussões.

51
Didáctica de Biologia I UCM-CED

 Não permita que os alunos se movimentem antes do final das


explicações.
 Favorece o debate e a crítica.
 Favorece a participação de alunos que, muitas vezes, não o
fazem no grupo maior.
 Desenvolve habilidades de síntese, coordenação, colaboração,
análise, aceitação de opiniões divergentes e autodisciplina.

Porque utilizar Trabalhos em Grupos?

Os trabalhos em grupo devem ser usados para:

 Para executar uma tarefa específica.


 Quando se deseja aprofundar determinado tema.
 Para resolução de casos e problemas.
 Para leitura e análise de textos.
 Quando se deseja maior participação e envolvimento dos alunos.

Quando utilizar Trabalhos em Grupos?


 Organização da sala: conforme a interação que se queira entre o
grupo e o monitor. O monitor deve variar seu lugar no círculo.
 Segurança: os membros do grupo têm que se sentir seguros e
não terem medo de contribuir.
 Expectativas e regras gerais: informar aos alunos o que se
espera deles.
Estratégias básicas para aumentar a participação dos alunos no grupo:

1. Trabalhando com o Grande Grupo:

 Toda atividade de grupo deve ser seguida de discussão no grupo


maior.
 Os integrantes devem assumir papéis específicos: coordenador,
secretário e relator.

2. Trabalhando com Pequenos Grupos.

 Os grupos devem possuir entre 3 e 5 integrantes.

É importante frisar que qualquer técnica só terá êxito nas mãos daquele
que a utiliza com entusiasmo e espontaneidade.

52
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Sumário

Portanto, os métodos e técnicas tradicionais, exigem um comportamento


passivo do aluno. Enquanto que os métodos e técnicas novos,
consideram o desenvolvimento natural do aluno e a necessidade de
aprendizado activo, participante e de descobertas. A escolha é orientada
pelos princípios da aprendizagem e devem considerar vários factores,
tais como: objectivos; assunto a ser tratado; tipo de aprendizagem;
tempo disponível e condições físicas de aplicação.

A técnica de ensino pode ser definida como um conjunto de processos


de uma arte ou fabricação. A escolha das técnicas de ensino dependem
da experiência didática do orientador. A aplicação de uma técnica tal
como, o método de ensino depende de vários factores, desde as
características dos alunos, nível de percepção bem como a classe e a
faixa etária dos mesmos. Portanto, de acordo com o exposto cabe ao
orientador didáctico a escolha da técnica a aplicar.

1. A escolha é orientada pelos princípios da aprendizagem e devem


considerar vários factores. Mencione-os.

2. Quais são as características das técnicas didácticas?

3. De que depende o valor de uma técnica didáctica?


Exercícios

4. Para que devem ser usados os trabalhos em grupos?

53
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 12

Tema: A Escolha do Método de Ensino

Introdução

Prezado estudante, bem vindo ao estudo da escolha do métodos de


ensino. Método: caminho para se chegar a um determinado lugar. O
processo de ensino se caracteriza pela combinação de actividades do
professor e dos alunos.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema


proposto na unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Definir o conceito de método de ensino;


 Explicar os critérios para escolha de método de ensino;
 Descrever os critérios para escolha de métodos de ensino;
Objectivos  Relacionar os critérios para escolha de método de ensino.

A Escolha do Método de Ensino

Método: caminho para se chegar a um determinado lugar. O processo de


ensino se caracteriza pela combinação de actividades do professor e dos
alunos. Estes, pelo estudo das matérias, sob direcção do professor, vão
atingindo progressivamente o desenvolvimento de suas capacidades
mentais.

A direcção eficaz desse processo depende do trabalho sistematizado do


professor que, tanto no planeamento como no desenvolvimento nas aulas
conjuga:

 Objectivos-conteúdos- métodos e formas organizativas do ensino.

54
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Os métodos são determinados pela relação objectivos-conteúdos, e


referem-se aos meios para alcançar os objectivos gerais e específicos do
ensino, ou seja, ao “como” do processo de ensino, englobando as acções
a serem realizadas pelo professor e pelos alunos para atingir objectivos e
conteúdos.

O conceito mais simples de “método” é o de caminho para atingir um


objectivo. Na vida quotidiana estamos sempre a perseguir objectivos. Mas
estes não se realizam por si mesmos, sendo necessária a nossa
actuação, ou seja, a organização de sequências de acções para atingi-los.
Os métodos são, assim, meios adequados para realizar os objectivos. O
professor, ao dirigir e estimular o processo de ensino em função da
aprendizagem dos alunos utiliza intencionalmente um conjunto de acções,
passos condições externas e procedimentos, que chamamos de métodos
de ensino.

Por exemplo, à actividade de explicar a matéria corresponde o método de


exposição; à actividade de estabelecer uma conversação ou discussão
com a classe corresponde o método de elaboração conjunta.

Os alunos, por sua vez, sujeitos da própria aprendizagem, utilizam-se de


métodos de assimilação de conhecimentos.

Por exemplo, à actividade dos alunos de resolver tarefas corresponde o


método de resolução de tarefas; á actividade que visa o domínio dos
processos de conhecimentos científicos numa disciplina corresponde o
método investigativo; à actividade de observação corresponde o método
de observação e assim por diante.

Na escolha de um método pedagógico, o formador deverá ter em conta


quatro factores essenciais:

 As características dos formandos;


 As características do saber;
 O condicionamento e os recursos inerentes à situação de
formação;
 O seu estilo pessoal.

A escolha do método, como escreve Lucília Ramos, é tudo menos


inocente. Esta escolha pode determinar a "selecção" em termos de
resultados finais. Não nos podemos esquecer que num grupo de

55
Didáctica de Biologia I UCM-CED

formandos existe uma enorme diversidade de estilos e de ritmos de


aprendizagem, e através da escolha e da aplicação correcta dos métodos
os formador faz a gestão destas diferenças. Assim, se nenhuma escola é
inocente, à partida qualquer escolha implica o sucesso ou o insucesso de
alguns formandos.

A escolha e organização dos métodos de ensino devem corresponder á


necessária unidade objectivos-conteúdos-métodos e forma de
organização de ensino e às condições concrectas das situações didáticas:

 Em primeiro lugar, os métodos de ensino dependem dos


objectivos imediatos da aula: introdução de matéria nova,
explicação de conceitos, desenvolvimento de habilidades,
consolidação de conhecimento etc. Ao mesmo tempo, depende
de objetivos gerais da educação previstos do plano de ensino
pela escola ou pelo professor.
 Em segundo lugar, a escolha e organização dos métodos
dependem dos conteúdos específicos e dos métodos peculiares
de cada disciplina e dos métodos de sua assimilação.
 Em terceiro lugar, em estreita relação com as condições
anteriores, a escolha de métodos implica o conhecimento das
características dos alunos quanto á capacidade de assimilação
conforme a idade e nível de desenvolvimento mental físico e
quanto suas características sócio-culturais e individuais

Em resumo, podemos dizer que os métodos de ensino são as acções do


professor pelas quais se organizam as actividades de ensino e dos alunos
para atingir os objectivos do trabalho docente em relação ao conteúdo
específico. Eles regulam a forma de interação entre ensino e
aprendizagem, entre o professor e os alunos, cujo resultado é assimilação
consciente dos conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades
cognoscitivas e operativas dos alunos.

56
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Sumário

Método: caminho para se chegar a um determinado lugar. A direcção


eficaz desse processo depende do trabalho sistematizado do professor
que, tanto no planeamento como no desenvolvimento nas aulas conjuga:
objectivos-conteúdos-métodos e formas organizativas do ensino. Os
métodos são determinados pela relação objectivos-conteúdos, e referem-
se aos meios para alcançar os objectivos gerais e específicos do ensino,
ou seja, ao como do processo de ensino, englobando as acções a serem
realizadas pelo professor e pelos alunos para atingir objectivos e
conteúdos. Na vida quotidiana estamos sempre a perseguir objectivos.
Mas estes não se realizam por si mesmos, sendo necessária a nossa
actuação, ou seja, a organização de sequências de acções para atingi-los.

O professor, ao dirigir e estimular o processo de ensino em função da


aprendizagem dos alunos utiliza intencionalmente um conjunto de acções,
passos condições externas e procedimentos, que chamamos de métodos
de ensino. A escolha do método, como escreve Lucília Ramos, é tudo
menos inocente. Esta escolha pode determinar a "selecção" em termos de
resultados finais. Não nos podemos esquecer que num grupo de
formandos existe uma enorme diversidade de estilos e de ritmos de
aprendizagem, e através da escolha e da aplicação correcta dos métodos
os formador faz a gestão destas diferenças. Em primeiro lugar, os
métodos de ensino dependem dos objectivos imediatos da aula:
introdução de matéria nova, explicação de conceitos, desenvolvimento de
habilidades, consolidação de conhecimento etc.

57
Didáctica de Biologia I UCM-CED

1. Define o método?

2. Diga de que depende o trabalho sistematizado do professor.

3. Como são determinados os métodos de ensino?

4. Quais são os factores que o formador deverá ter em conta na escolha de


métodos?
Exercícios

58
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 13

Tema: Os Métodos de Ensino

Introdução

Prezado estudante, bem vindo ao estudo dos métodos de ensino. Ao


longo do século XX a pedagogia activa, conheceu inúmeros avanços
téoricos e práticos, influenciando todos os outros métodos de ensino.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema


proposto na unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Definir o conceito de método de ensino;


 Caracterizar os vários métodos de ensino;
 Descrever os vários métodos de ensino;
 Distinguir os vários métodos de ensino;
Objectivos
 Relacionar os vários métodos de ensino.

Os Métodos de Ensino

Ao longo do século XX a pedagogia activa, conheceu inúmeros avanços


téoricos e práticos, influenciando todos os outros métodos de
ensino. Estes métodos tem vindo a impôr-se devido a cinco razões
essenciais:

a) A crescente importância dada às vivências individuais;


b) O aumento da motivação ligada a actividades que envolvem
directamente o formando;
c) A necessidade incrementar os hábitos de trabalho em grupo,
para o aperfeiçoamento das relações humanas;

59
Didáctica de Biologia I UCM-CED

d) A mudança do papel do formador, este deixou de ser visto como


o detentor do saber, para ser encarado como um facilitador e
animador;
e) A evolução dos métodos de controlo, que passaram de um
sistema de autoritário, para outros baseados no auto-controlo,
auto-avaliação dos individuos e do grupo.

1. Conceito de Método de Ensino

A palavra método significa caminho ou processo racional para atingir um


dado fim. Agir com um dado método supõe uma prévia análise dos
objectivos que se pretendem atingir, as situações a enfrentar, assim
como dos recursos e o tempo disponíveis, e por último das várias
alternativas possíveis. Trata-se pois, de uma acção planeada, baseada
num quadro de procedimentos sistematizados e previamente
conhecidos.

O LIBÂNEO, enumera um conjunto de conceitos sobre o método:

a) É o caminho para atingir um objectivo, com os meios adequados;


(investigação científica; assimilação do conhecimento, etc.);
b) São acções, passos e procedimentos vinculados a reflexão,
compreensão e transformação da realidade;
c) São acções do professor pelas quais se organizam as
actividades de ensino e dos alunos para atingir os objectivos;
d) Ver o objecto de estudo nas suas propriedades e relações com
outros objectos e fenômenos e sob vários ângulos.

2. A Organização dos Métodos de Ensino

Deve corresponder à necessária unidade

 Objectivo-Conteúdo-Método.

Portanto, um depende do outro para ter sucesso bem como dependem


dos conteúdos específicos.

Implica o conhecimento das características dos alunos quanto à


capacidade de assimilação e quanto as suas características sócio-
culturais e individuais (ligação entre os objectivos e as condições de
aprender do aluno).

60
Didáctica de Biologia I UCM-CED

3. Classificação dos Métodos de Ensino

Estamos longe de uma classificação universal dos métodos


pedagógicos. Roger Mucchielli, por exemplo, propos uma classificação
dos métodos baseada num "contínuum" desde os completamente
"passivos" aos mais "activos". Pierre Goguelin agrupou-os em três
grandes grupos: Métodos Afirmativos (expositivos e demonstrativos),
Métodos Interrogativos e Métodos Activos. Actualmente esta
classificação tende a ser feita em função do recurso pedagógico que é
particularmente valorizado.

a) Método de Exposição pelo Professor:

Na exposição, o professor deve mobilizar a actividade interna do aluno


de concentrar-se e de pensar articulando com outros procedimentos:

 Exposição verbal: sua função é explicar um assunto


desconhecido. O professor deverá estimular sentimentos,
instigar a curiosidade, relatar sugestivamente um facto,
descrever com vivacidade uma situação real, fazer leitura
expressiva, etc;
 Demonstração: é a forma de representar fenômenos e processos
reais (germinação);
 Ilustração: é uma forma de representar factos e fenômenos reais
através de gráficos, mapas, esquemas, gravuras... (requer dos
alunos capacidade de concentração e observação).

Exemplificação: é um meio de auxiliar a exposição verbal.

b) Método de Trabalho Independente:

Actividades realizadas pelos alunos, dirigidas (estudo dirigido) e


orientadas pelo professor. Para que esse método seja eficiente, o
professor precisa:

 Dar tarefas claras e acessíveis;


 Assegurar condições de trabalho;
 Acompanhar de perto;
 Aproveitar o resultado para toda classe.

c) Método de Elaboração Conjunta:

61
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Interação entre alunos e professor. É a conversação, aula dialogada,


com elaboração de perguntas que leve os alunos a reflexão. Na
aplicação do método de elaboração conjunta o professor deve ter em
conta:

 Nivel de abstração dos alunos;


 Capacidade de analise e interpretação dos alunos;
 Tipo de matéria a abordar durante a aula;
 Os objectivos a atingir na aula com aplicção do método;
 O conhecimento que os alunos trazem das classes
antecedentes.

d) Método de Trabalho em Grupo:

 Debate: os debatedores devem defender uma posição;


 Philips 66: 6 grupos de 6 pessoas discutem uma questão e
apresentam a conclusão;
 Tempestade mental: escrever no quadro o que vem em mente
sobre determinado assunto, destacar o mais relevante e discutir;
 Grupo de verbalização: grupo de observação (GV-GO)-uma
parte da turma forma um círculo para discutir o tema, outra parte
fica em volta observando;
 Seminário: pode ser exposição ou conversação sobre
determinado assunto previamente estudado pelo grupo.

e) Actividades Especiais:

 Complementam os métodos de ensino com objectivo de


assimilação dos conteúdos. Jornal escolar, Museu escolar,
Teatro, Biblioteca escolar, estudo do meio, etc.
 O Estudo do meio não se limita só aos passeios, mas a todos os
procedimentos que possibilitem a discussão e compreensão do
cotidiano. São necessárias 3 fases:
 Planeamento: o que observar? Que perguntas poderão
ser feitas? (O professor deverá fazer conhecer o local);
 Execução: observar, anotar, conversar com as pessoas.
 Exploração dos resultados e avaliação: relatório,
redacção, sistematização pelo professor.

4. Como Aplicar um Método de Ensino?

62
Didáctica de Biologia I UCM-CED

 Conheça bem o método a ser aplicado.


 Comece dando uma definição do método.
 Apresente os objectivos e os resultados esperados.
 Enumere as etapas da aplicação do método.
 Estabeleça os papéis dos participantes dos grupos.
 Apresente, exponha e ou distribua o material que será utilizado.

Resumo da Classificação dos Métodos Pedagógicos

Verbais (Dizer) Intuitivos (Mostrar) Activos (Fazer)

Trabalhos em
Grupo, em Equipa
Exposição e de Projecto
Demonstração
Explicação Estudo de Casos
Audiovisuais
Diálogo Psicodramas
Textos Escritos
Debates Role-Play

Conferência Simulação e
Jogos
Painel

Interrogação

63
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Sumário

Ao longo do século XX a pedagogia activa, conheceu inúmeros avanços


téoricos e práticos, influenciando todos os outros métodos de ensino. A
palavra método significa caminho ou processo racional para atingir um
dado fim. Agir com um dado método supõe uma prévia análise dos
objectivos que se pretendem atingir, as situações a enfrentar, assim
como dos recursos e o tempo disponíveis.

E por último das várias alternativas possíveis. Na organização dos


métodos de ensino deve corresponder à necessária unidade: objectivo-
conteúdo-método. Os métodos de ensino são classificados em: método
de exposição pelo professor; método de trabalho independente; método
de elaboração conjunta; método de trabalho em grupo e actividades
especiais:

1. Ao longo do século XX a pedagogia activa, conheceu inúmeros avanços


téoricos e práticos, influenciando todos os outros métodos de ensino. Estes
métodos tem vindo a impôr-se devido a cinco razões essenciais. Quais
são?
R: A crescente importância dada às vivências individuais; O aumento da
motivação ligada a actividades que envolvem directamente o formando; A
necessidade incrementar os hábitos de trabalho em grupo, para o
aperfeiçoamento das relações humanas; A mudança do papel do formador,
Exercícios de
este deixou de ser visto como o detentor do saber, para ser encarado como
auto avaliação
um facilitador e animador; A evolução dos métodos de controlo, que
passaram de um sistema de autoritário, para outros baseados no auto-
controlo, auto-avaliação dos individuos e do grupo.
2. Comos são classificados os métodos de ensino?
Os métodos de ensino são classificados em: método de exposição pelo
professor; método de trabalho independente; método de elaboração
conjunta; método de trabalho em grupo e actividades especiais

64
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 14

Tema: Os Meios de Ensino-Aprendizagem

Introdução

Prezado estudante, bem vindo ao estudo dos meios de ensino-


aprendizagem. Os conceitos de meios de ensino variam muito, sendo por
vezes muito restritivos e, em outros casos, excessivamente abrangentes.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema


proposto na unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Definir o conceito de meios de ensino-aprendizagem;


 Caracterizar de meios de ensino-aprendizagem;
 Descrever de meios de ensino-aprendizagem;
 Distinguir de meios de ensino-aprendizagem;
Objectivos
 Relacionar de meios de ensino-aprendizagem.

Os Meios de Ensino-Aprendizagem

Os conceitos de meios de ensino variam muito, sendo por vezes muito


restritivos e, em outros casos, excessivamente abrangentes. Há os que
consideram os meios de ensino como meros instrumentos auxiliares do
professor no processo de ensino-aprendizagem. Tal concepção é
restritiva porque a condição de "instrumentos auxiliares" pressupõe
uma participação passiva da categoria meios de ensino no conjunto do
processo de ensino-aprendizagem.

O desenvolvimento dos meios pode promover mudanças substanciais


no processo pedagógico como um todo, e eles são, em muitos casos,
absolutamente necessários para a satisfação de determinados
objectivos.

65
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Há os que conceituam os meios de ensino enfatizando, sobre-tudo, a


sua natureza material: Meios de Ensino são "todos os componentes do
proceso docente-educativo que actuam como suporte material dos
métodos com o proposito de lograr os objectivos planeados"
(CASTRO, 1986, p 78 ). Este tipo de conceituação, apesar de recupe-
rar, em alguma medida, a importância dos meios no interior do sistema
docente-educativo, apresenta um problema fundamental.

Não faz uma distinção entre os meios que contêm em si mesmos


alguma informação, e os outros, meros instrumentos auxiliares, como:

 Cadeiras, mesas, apagadores de quadros, entre outros


recursos materiais.

Outro problema desta definição é que ela coloca os meios de ensino


em absoluta subordinação aos métodos, o que é uma verdade apenas
relativa e ocasional. A permanente evolução dos meios exerce intensa
pressão sobre os métodos, sobre suas estratégias e procedimentos,
numa relação de mútuo condicionamento.

Este é um caso típico de sobreposição, em um único conceito, de


elementos que podem até estar contribuindo, de forma consorciada,
para o alcance de um mesmo objectivo, mas que possuem naturezas
absolutamente diferentes. Se meios e métodos são indissociáveis, isso
não implica dizer que sejam a mesma coisa. São categorias indepen-
dentes da didática, onde o primeiro possui um forte componente
material, como depositário da informação, e o outro se apresenta, so-
bretudo, como um processo lógico, uma modelação abstrata que se
afirma na prática do processo docente educativo.

Juan Cabero Almenara, ainda dentro de uma concepção mais


abrangente, conceitua Meios de Ensino como:

" Elementos curriculares que, por seus sistemas simbólicos e


estratégias de utilização, propiciam assimilação de habilidades
cognitivas nos sujeitos, num contexto determinado, facilitando a
intervenção mediada sobre a realidade e a captação e compreensão
de informação pelo aluno." (ALMENARA, 1994, p. 243).

66
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Apesar da omissão quanto aos aspectos formativos, e não apenas


cognitivos, que podem ser propiciados através do uso dos meios,
alguns elementos novos são aportados neste conceito. Ele resgata a
importância dos sistemas simbólicos que, muitas vezes, são parte
essencial de determinados meios de ensino (porém, há que se
ressaltar que alguns meios não se manifestam através de um sistema
simbólico, como é o caso dos objectos naturais apresentados aos
alunos na classe).

Mas a principal vantagem deste conceito é que ele introduz com


objetividade a questão das funções que desempenham os meios de
ensino no processo de ensino-aprendizagem. Almenara entende os
meios como facilitadores da "intervenção mediada sobre a realidade e
a captação e compreensão da informação". Ou seja, os meios, além de
informar, podem possuir a qualidade de suscitar no aluno a necessi-
dade de uma intervenção na realidade pesquisada, possibilitando,
inclusive, uma revisão dos valores, conceitos ou normas que até então
presidiam a sua compreensão acerca de um determinado objeto ou
fenômeno.

Diante das ponderações feitas, entendemos que os meios de ensino


são os recursos materiais portadores de informação que, utilizados por
professores e alunos no processo de ensino-aprendizagem, sob
determinadas condições previamente planejadas, facilitam a comu-
nicação docente e o aprendizado, seja pela apresentação ou
representação de aspectos da realidade concernentes ao currículo,
seja pela mediação de sistemas simbólicos que permitiriam uma
relação crítico-activa dos alunos com o seu entorno – o meio físico e o
espaço sócio-cultural.

67
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Sumário
Os conceitos de meios de ensino variam muito, sendo por vezes muito
restritivos e, em outros casos, excessivamente abrangentes. Há os que
consideram os meios de ensino como meros instrumentos auxiliares do
professor no processo de ensino-aprendizagem. Tal concepção é
restritiva porque a condição de instrumentos auxiliares pressupõe uma
participação passiva da categoria meios de ensino no conjunto do
processo de ensino-aprendizagem. O desenvolvimento dos meios
pode promover mudanças substanciais no processo pedagógico como
um todo, e eles são, em muitos casos, absolutamente necessários
para a satisfação de determinados objectivos.

Não faz uma distinção entre os meios que contêm em si mesmos


alguma informação, e os outros, meros instrumentos auxiliares, como:
cadeiras, mesas, apagadores de quadros, entre outros recursos
materiais. Diante das ponderações feitas, entendemos que os meios
de ensino são os recursos materiais portadores de informação que,
utilizados por professores e alunos no processo de ensino-
aprendizagem, sob determinadas condições previamente planejadas,
facilitam a comunicação docente e o aprendizado, seja pela
apresentação ou representação de aspectos da realidade
concernentes ao currículo, seja pela mediação de sistemas simbólicos
que permitiriam uma relação crítico-activa dos alunos com o seu
entorno - o meio físico e o espaço sócio-cultural.

68
Didáctica de Biologia I UCM-CED

1. Qual é o impacto que pode resultar do desenvolvimento dos meios de


ensino?

2. Dê exemplo de meis de ensino?

Exercícios
3. Explique como e que Almenara entende os meios como facilitadores da
"intervenção mediada sobre a realidade e a captação e compreensão da
informação". Ou seja, os meios, além de informar, podem possuir a
qualidade de suscitar no aluno a necessidade de uma intervenção na
realidade pesquisada, possibilitando, inclusive, uma revisão dos valores,
conceitos ou normas que até então presidiam a sua compreensão acerca
de um determinado objeto ou fenômeno.

69
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 15

Tema: Relação Métodos-Meios no Processo


Ensino-Aprendizagem

Introdução

Prezado estudante, bem vindo ao estudo da relação métodos-meios no


processo ensino-aprendizagem. Meios e métodos de ensino, no interior
do processo de ensino-aprendizagem, comportam-se de forma
absolutamente determinada pelos objectivos e conteúdos, como já se
disse anteriormente.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema


proposto na unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Definir os conceitos de métodos e meios de ensino;


 Caracterizar os vários métodos e meios de ensino;
 Descrever os vários métodos e meios de ensino;
Objectivos  Distinguir os vários métodos e meios de ensino;
 Relacionar os vários métodos e meios de ensino.

Relação Métodos-Meios no Processo


Ensino-Aprendizagem

Meios e métodos de ensino, no interior do processo de ensino-


aprendizagem, comportam-se de forma absolutamente determinada
pelos objectivos e conteúdos, como já se disse anteriormente. No
entanto, há questões importantes sobre o relacionamento entre estes

70
Didáctica de Biologia I UCM-CED

dois componentes básicos da TE que devem ser aqui ressaltadas, para


um maior esclarecimento sobre a natureza desta disciplina.

Podemos dizer, em primeiro lugar, que os meios exercem grande


influência sobre os métodos, o que, em boa medida, é extremamente
salutar. Os métodos devem adequar-se permanentemente ao desen-
volvimento tecnológico de sua época e de seu lugar, para estarem
sempre propondo formas motivadoras de ensino, propiciando o acesso
do aluno aos mais eficazes instrumentos informativos, formativos e
avaliativos que a sociedade dispõe, para fomentar actividades das mais
distintas naturezas e variados níveis de complexidade aos seus alunos.

Porém, é preciso ressaltar que não existe nenhum meio de ensino que
possa ser utilizado com êxito sem que se submeta a um método prévio
que venha a se responsabilizar pelo estabelecimento das estratégias e
procedimentos segundo os quais se fará efetivamente o uso dos meios
ao longo do processo de ensino-aprendizagem.

Especialmente após o advento das novas tecnologias da informação e


comunicação, recursos áudio-visuais mais modernos, computadores,
softwares educacionais, redes telemáticas, equipamentos multimídia,
etc., os meios parecem ter adquirido alguma autonomia perante os
métodos. Com isso, ultrapassaram o limite de sua esfera de actuação e
comprometeram a concepção sistêmica e dinâmica do processo de
ensino-aprendizagem.

 A este respeito, Ángel Alonzo pondera:

" Quando a escola se propõe a trabalhar com a cultura e dos artefactos


de tecnologias de informação-a medida que estas vão se tornando mais
complexas incorporam dentro de sistemas operativos que permitem
funcionar autonomamente. Sucede o mesmo quando nas aulas utilizam-
se vídeos, fotografias aulas resultam no consumo e socialização das
tecnologias". (ALONSO, 1995, p. 84-85).

É claro que os estudantes têm que participar da cultura de seu tempo,


na qual as novas tecnologias ocupam importante lugar como eficazes
instrumentos de transmissão de informação, artefatos incentivadores de
novas habilidades, meios propositores de novas e ricas linguagens,
entre outras propriedades. No entanto, é preciso estarmos atentos ao
facto de que tais meios, muitas vezes, se apresentam estruturados de
tal forma que já estabelecem, em sua própria dinâmica interna, os

71
Didáctica de Biologia I UCM-CED

contornos normativos de sua utilização, fechando-se à influência de um


método externo.

Isso rompe claramente com a dinâmica desejável do processo de


ensino-aprendizagem. Objectivos alienígenas se impõem, não se
reconhecendo as metas traçadas pela escola ou pela rede de ensino à
qual ela está vinculada. Os conteúdos também são definidos fora da
escola, sem respeito às opções político-ideológicas que cada escola faz
e sem que sejam consideradas as peculiaridades regionais. Não é dada
ao professor a oportunidade de estruturar seus métodos e mesmo as
suas formas organizativas de ensino, incentivando uma postura de
absoluta alienação deste profissional diante do seu objecto de trabalho.
Os conhecimentos e o nível de desenvolvimento prévio dos alunos em
seus contextos específicos são prontamente ignorados.

Diante deste cenário que o nosso mundo globalizado nos impõe de


forma tão ameaçadora, é preciso que a escola desenvolva formas de se
contrapor à pretensão universalista das novas tecnologias de
informação e comunicação (NTIC).

Ainda que não possamos estabelecer aqui uma estratégia eficaz da


escola, neste difícil enfrentamento contra aquele discurso
homogeneizador, certamente podemos afirmar que a melhor política a
ser assumida pela escola não é a política da avestruz: ignora-se a
influência das NTIC sobre alunos, professores e o conjunto da
sociedade, e a escola continua "tocando o barco" do ensino com
métodos, meios e discursos tradicionais.

 De pronto, duas posições devem ser assumidas:

A primeira diz respeito ao resgate da importância do método de ensino


por parte da escola e dos professores. As novas tecnologias são
benvindas, mas sob a coordenação de um método de ensino que, como
vimos, subordina-se a conteúdos e objectivos educacionais que
apontam para as metas formativas e políticas da escola. Ainda que o
meio a ser utilizado possua pautas externas de utilização, concebidas
em ambientes alienígenas, seu uso não deve ser descartado. Basta
que, na sua utilização, o professor subordine tais meios ao seu próprio
sistema de meios de ensino, utilizando-o conforme as suas
necessidades e os objectivos preconizados. Isso pode levar, inclusive,
ao desenvolvimento de uma postura crítica dos alunos para com as

72
Didáctica de Biologia I UCM-CED

pretensões universalistas de determinados discursos e meios de


comunicação.

Em segundo lugar, as NTIC devem tornar-se, além de meios, objecto de


estudo da Escola. Só assim os alunos poderão conhecer a sua
linguagem, seus sofisticados mecanismos internos, suas virtualidades
estéticas, enfim, todas as vantagens e potencialidades das novas
tecnologias, não se descuidando, entretanto, de outras propriedades
importantes de tais meios, como a forma muitas vezes simplista e
estandardizada com que as sedutoras imagens apresentam o mundo; o
caráter parcial e ideologicamente comprometido de suas mensagens; a
submissão dos meios massivos de comunicação aos valores do
mercado; entre outros.

Assumindo a direcção do método e incorporando, de forma harmônica e


coerente, todos os meios que utilizar ao seu sistema de ensino-
aprendizagem, o professor se precavê contra a submissão de suas
aulas às pautas externas de utilização, comuns em tantos meios de
ensino - de livros-textos a softwares educativos. Trabalhando os meios
de ensino numa perspectiva crítica, onde são explicitados os agentes e
motivos da produção de cada um dos recursos utilizados, onde são
discutidas as mensagens ocultas e subliminares que eles veiculam,
onde são verificadas as limitações teóricas de seu conteúdo, entre
outras precauções necessárias, alunos e professores estarão realizando
um trabalho isento de qualquer nível de alienação e muito mais imune
às fórmulas ideológicas simplificadoras que alguns meios de ensino
apresentam.

73
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Sumário
Meios e métodos de ensino, no interior do processo de ensino-
aprendizagem, comportam-se de forma absolutamente determinada
pelos objectivos e conteúdos, como já se disse anteriormente. Podemos
dizer, em primeiro lugar, que os meios exercem grande influência sobre
os métodos, o que, em boa medida, é extremamente salutar. É claro
que os estudantes têm que participar da cultura de seu tempo, na qual
as novas tecnologias ocupam importante lugar como eficazes
instrumentos de transmissão de informação, artefatos incentivadores de
novas habilidades, meios propositores de novas e ricas linguagens,
entre outras propriedades.

Objectivos alienígenas se impõem, não se reconhecendo as metas


traçadas pela escola ou pela rede de ensino à qual ela está vinculada.
Os conteúdos também são definidos fora da escola, sem respeito às
opções político-ideológicas que cada escola faz e sem que sejam
consideradas as peculiaridades regionais. Não é dada ao professor a
oportunidade de estruturar seus métodos e mesmo as suas formas
organizativas de ensino, incentivando uma postura de absoluta
alienação deste profissional diante do seu objecto de trabalho. Os
conhecimentos e o nível de desenvolvimento prévio dos alunos em seus
contextos específicos são prontamente ignorados.

74
Didáctica de Biologia I UCM-CED

1. Como se comportam os meios e métodos de ensino no interior do


processo de ensino-aprendizagem?
R: Meios e métodos de ensino, no interior do processo de ensino-
aprendizagem, comportam-se de forma absolutamente determinada
pelos objectivos e conteúdos, como já se disse anteriormente.
2. Explique como são incorporados os meios de ensino.
R: Assumindo a direcção do método e incorporando, de forma harmônica
Exercícios de
e coerente, todos os meios que utilizar ao seu sistema de ensino-
auto-avaliação
aprendizagem, o professor se precavê contra a submissão de suas aulas
às pautas externas de utilização, comuns em tantos meios de ensino - de
livros-textos a softwares educativos.

75
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 16

Tema: A Relação Professor-Aluno no Processo


de Ensino-Aprendizagem
Introdução

Prezado estudante, bem vindo ao estudo da relação professor-aluno no


processo de ensino-aprendizagem. A análise dos relacionamentos entre
professor-aluno envolve interesses e intenções, pois a educação é uma
das fontes mais importantes do desenvolvimento comportamental e
agregação de valores nos membros da espécie humana.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema


proposto na unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Caracterizar a relação professor-aluno no processo de ensino-aprendizagem;


 Analisar a relação professor-aluno no processo de ensino-aprendizagem;
 Interpretar a relação professor-aluno no processo de ensino-aprendizagem;
 Explicar a relação professor-aluno no processo de ensino-aprendizagem;
Objectivos
 Descrever a relação professor-aluno no processo de ensino-aprendizagem.

A Relação Professor-Aluno no Processo


de Ensino-Aprendizagem

As relações humanas, embora complexas, são peças fundamentais na


realização comportamental e profissional de um indivíduo. Desta forma, a
análise dos relacionamentos entre professor-aluno envolve interesses e
intenções, sendo esta interacção o expoente das consequências, pois a
educação é uma das fontes mais importantes do desenvolvimento
comportamental e agregação de valores nos membros da espécie
humana. Neste sentido, a interação estabelecida caracteriza-se pela

76
Didáctica de Biologia I UCM-CED

selecção de conteúdos, organização, sistematização didática para facilitar


o aprendizado dos alunos e exposição onde o professor demonstrará
seus conteúdos.

No entanto, este paradigma deve ser quebrado, é preciso não limitar este
estudo em relação comportamento do professor com resultados do aluno;
devendo introduzir os processos construtivos como mediadores para
superar as limitações do paradigma processo-produto.

Segundo GADOTTI (1999: 2), o educador para pôr em prática o diálogo,


não deve colocar-se na posição de detentor do saber, deve antes,
colocar-se na posição de quem não sabe tudo, reconhecendo que mesmo
um analfabeto é portador do conhecimento mais importante: o da vida.

Desta maneira, o aprender se torna mais interessante quando o aluno se


sente competente pelas atitudes e métodos de motivação em sala de
aula. O prazer pelo aprender não é uma actividade que surge
espontaneamente nos alunos, pois, não é uma tarefa que cumprem com
satisfação, sendo em alguns casos encarada como obrigação. Para que
isto possa ser melhor cultivado, o professor deve despertar a curiosidade
dos alunos, acompanhando suas acções no desenvolver das actividades.
O professor não deve preocupar-se somente com o conhecimento através
da absorção de informações, mas também pelo processo de construção
da cidadania do aluno. Apesar de tal, para que isto ocorra, é necessária a
conscientização do professor de que seu papel é de facilitador de
aprendizagem, aberto às novas experiências, procurando compreender,
numa relação empática, também os sentimentos e os problemas de seus
alunos e tentar levá-los à auto-realização.

De modo concreto, não podemos pensar que a construção do


conhecimento é entendida como individual. O conhecimento é produto da
actividade e do conhecimento humano marcado social e culturalmente. O
papel do professor consiste em agir com intermediário entre os conteúdos
da aprendizagem e a actividade construtiva para assimilação. O trabalho
do professor em sala de aula, seu relacionamento com os alunos é
expresso pela relação que ele tem com a sociedade e com cultura.
ABREU & MASETTO (1990: 115), afirma que “é o modo de agir do
professor em sala de aula, mais do que suas características de
personalidade que colabora para uma adequada aprendizagem dos
alunos; fundamenta-se numa determinada concepção do papel do
professor, que por sua vez, reflete valores e padrões da sociedade”.

77
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Segundo FREIRE (1996: 96), “o bom professor é o que consegue,


enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu
pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar.
Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas
e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas,
suas incertezas”. Ainda segundo o autor, “o professor autoritário, o
professor licencioso, o professor competente, sério, o professor
incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o
professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio,
burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar
sua marca”. Apesar da importância da existência de afectividade,
confiança, empatia e respeito entre professores e alunos para que se
desenvolva a leitura, a escrita, a reflexão, a aprendizagem e a pesquisa
autônoma; por outro, SIQUEIRA (2005: 01), afirma que os educadores
não podem permitir que tais sentimentos interfiram no cumprimento ético
de seu dever de professor.

Assim, situações diferenciadas adotadas com um determinado aluno


(como melhorar a nota deste, para que ele não fique de recuperação),
apenas norteadas pelo factor amizade ou empatia, não deveriam fazer
parte das atitudes de um “formador de opiniões”. Logo, a relação entre
professor e aluno depende, fundamentalmente, do clima estabelecido pelo
professor, da relação empática com seus alunos, de sua capacidade de
ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos e da criação
das pontes entre o seu conhecimento e o deles. Indica também, que o
professor, educador da era industrial com raras excepções, deve buscar
educar para as mudanças, para a autonomia, para a liberdade possível
numa abordagem global, trabalhando o lado positivo dos alunos e para a
formação de um cidadão consciente de seus deveres e de suas
responsabilidades sociais.

78
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Sumário

A análise dos relacionamentos entre professor/aluno envolve interesses e


intenções, sendo esta interacção o expoente das consequências, pois a
educação é uma das fontes mais importantes do desenvolvimento
comportamental e agregação de valores nos membros da espécie
humana. As interação estabelecida caracteriza-se pela selecção de
conteúdos, organização, sistematização didáctica para facilitar o
aprendizado dos alunos e exposição onde o professor demonstrará seus
conteúdos. No entanto, este paradigma deve ser quebrado, é preciso não
limitar este estudo em relação comportamento do professor com
resultados do aluno; devendo introduzir os processos construtivos como
mediadores para superar as limitações do paradigma processo-produto.
Segundo GADOTTI (1999: 2), o educador para pôr em prática o diálogo,
não deve colocar-se na posição de detentor do saber, deve antes,
colocar-se na posição de quem não sabe tudo, reconhecendo que mesmo
um analfabeto é portador do conhecimento mais importante: o da vida.

O professor não deve preocupar-se somente com o conhecimento através


da absorção de informações, mas também pelo processo de construção
da cidadania do aluno. Para que isto ocorra, é necessária a
conscientização do professor de que seu papel é de facilitador de
aprendizagem, aberto às novas experiências, procurando compreender,
numa relação empática, também os sentimentos e os problemas de seus
alunos e tentar levá-los à auto-realização. O prazer pelo aprender não é
uma actividade que surge espontaneamente nos alunos, pois, não é uma
tarefa que cumprem com satisfação, sendo em alguns casos encarada
como obrigação. ABREU & MASETTO (1990: 115), afirma que “é o modo
de agir do professor em sala de aula, mais do que suas características de
personalidade que colabora para uma adequada aprendizagem dos
alunos; fundamenta-se numa determinada concepção do papel do
professor, que por sua vez, reflete valores e padrões da sociedade”.
Segundo FREIRE (1996: 96), “o bom professor é o que consegue,
enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu
pensamento.

79
Didáctica de Biologia I UCM-CED

1. As relações humanas, embora complexas, são peças fundamentais na


realização comportamental e profissional de um indivíduo. Comente.

2. Como se caracteriza a interação estabelecida entre o professor-aluno?

Exercícios
3. Como é que GADOTTI (1999: 2), define a relação professor-aluno?

80
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 17

Tema: O Papel da Memória na Aprendizagem

Introdução

Prezado estudante, bem vindo ao estudo da unidade sobre o papel da


memória na aprendizagem. Independente da escola de pensamento
seguida, sabe-se que o indivíduo desde o nascimento, utilizando seu
campo perceptual, vai ampliando seu repertório e construindo conceitos,
em função do meio que o cerca.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema


proposto na unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Definir o conceito de memória;


 Distinguir os tipos de memória;
 Explicar o papel da memória na aprendizagem;
 Descrever o papel da memória na aprendizagem;
Objectivos  Relacionar o papel da memória na aprendizagem.

O Papel da Memória na Aprendizagem


Independente da escola de pensamento seguida, sabe-se que o indivíduo
desde o nascimento, utilizando seu campo perceptual, vai ampliando seu
repertório e construindo conceitos, em função do meio que o cerca. Estes
conceitos são regidos por mecanismos de memória onde as imagens dos
sentidos são fixadas e relembradas por associação a cada nova
experiência. Os efeitos da aprendizagem são retidos na memória, onde
este processo é reversível até um certo tempo, pois depende do estímulo
ou necessidade de fixação, podendo depois ser sucedido por uma
mudança neural duradoura.

81
Didáctica de Biologia I UCM-CED

 Memória de Curto Prazo

A memória de curto prazo é reversível e temporária, acredita-se que


decorra de um mecanismo fisiológico, por exemplo um impulso electro-
químico gerando um impulso sináptico, que pode manter vivo um traço da
memória por um período de tempo limitado, isto é, depois de passado
certo período, acredita-se que esta informação desvanesce-se. Logo a
memória de curto prazo pouco importa para a aprendizagem.

 Memória de Longo Prazo

A memória permanente, ou memória de longo prazo, depende de


transformações na estrutura química ou física dos neurônios.
Aparentemente as mudanças sinápticas têm uma importância primordial
nos estímulos que levam aos mecanismos de lembranças como imagens,
odores, sons, etc, que, avulsos parecem ter uma localização definida,
parecendo ser de certa forma blocos desconexos, que ao serem activados
montam a lembrança do evento que é novamente sentida pelo indivíduo,
como por exemplo, a lembrança da confecção de um bolo pela avó pela
associação da lembrança de um determinado odor.

Sumário

Os efeitos da aprendizagem são retidos na memória, onde este processo


é reversível até um certo tempo, pois depende do estímulo ou
necessidade de fixação, podendo depois ser sucedido por uma mudança
neural duradoura. A memória de curto prazo é reversível e temporária,
acredita-se que decorra de um mecanismo fisiológico, por exemplo um
impulso electro-químico gerando um impulso sináptico, que pode manter
vivo um traço da memória por um período de tempo limitado.

A memória permanente, ou memória de longo prazo, depende de


transformações na estrutura química ou física dos neurônios.
Aparentemente as mudanças sinápticas têm uma importância primordial
nos estímulos que levam aos mecanismos de lembranças como imagens,
odores, sons, etc, que, avulsos parecem ter uma localização definida.

82
Didáctica de Biologia I UCM-CED

1. Qual é o efeito da memória na aprendizagem?


R: os efietos da aprendizagem são retidos na memória, onde este processo é
reversível até um certo tempo, pois depende do estímulo ou necessidade de
fixação, podendo depois ser sucedido por uma mudança neural duradoura.
2. Explique as diferenças entre memória de curto e longo prazos?
R: A memória de curto prazo é reversível e temporária, acredita-se que decorra
Exercícios de auto-
de um mecanismo fisiológico enquanto que a memória de longo prazo, depende
avaliação
de transformações na estrutura química ou física dos neurônios. Aparentemente
as mudanças sinápticas têm uma importância primordial nos estímulos que
levam aos mecanismos de lembranças como imagens, odores, sons.

83
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 18

Tema: Novas Tecnologias no Ensino de Biologia

Introdução

Prezado estudante, bem vindo ao estudo da unidade sobre novas


tecnologias no ensino de Biologia. Educar é colaborar para que
professores e alunos - nas escolas e organizações - transformem suas
vidas em processos permanentes de aprendizagem.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema


proposto na unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Caracterizar o ensino de Biologia com novas tecnologias;


 Distinguir as diferentes tenologias usadas na aprendizagem;
 Explicar as tenologias usadas no ensino de Biologia;
Objectivos  Descrever as tenologias usadas no ensino de Biologia;
 Relacionar as tenologias usadas no ensino de Biologia.

Novas Tecnologias no Ensino de Biologia

Educar é colaborar para que professores e alunos - nas escolas e


organizações - transformem suas vidas em processos permanentes de
aprendizagem. É ajudar os alunos na construção da sua identidade, do
seu caminho pessoal e profissional - do seu projecto de vida, no
desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e
comunicação que lhes permitam encontrar seus espaços pessoais,
sociais e profissionais e tornar-se cidadãos realizados e produtivos.

Na sociedade da informação todos estamos reaprendendo a conhecer, a


comunicar-nos, a ensinar e a aprender; a integrar o humano e o
tecnológico; a integrar o individual, o grupal e o social.

84
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Uma mudança qualitativa no processo de ensino-aprendizagem acontece


quando conseguimos integrar dentro de uma visão inovadora todas as
tecnologias: as telemáticas, as audiovisuais, as textuais, as orais,
musicais, lúdicas e corporais.

Passamos muito rapidamente do livro para a televisão e vídeo e destes


para o computador e a Internet, sem aprender e explorar todas as
possibilidades de cada meio.

O Professor de Biologia e as Novas Mídias

O professor de Biologia, tem um grande leque de opções metodológicas,


de possibilidades de organizar sua comunicação com os alunos, de
introduzir um tema, de trabalhar com os alunos presencial e virtualmente,
de avaliá-los. Cada docente pode encontrar sua forma mais adequada de
integrar as várias tecnologias e procedimentos metodológicos. Mas
também é importante que amplie, que aprenda a dominar as formas de
comunicação interpessoal-grupal e as de comunicação audiovisual-
telemática.

Não se trata de dar receitas, porque as situações são muito diversificadas:

 É importante que cada docente encontre o que lhe ajuda mais a


sentir-se bem, a comunicar-se bem, ensinar bem , ajudar os
alunos a que aprendam melhor.

É importante diversificar as formas de dar aula, de realizar atividades, de


avaliar. Com a Internet podemos modificar mais facilmente a forma de
ensinar e aprender tanto nos cursos presenciais como nos a distância.
São muitos os caminhos, que dependerão da situação concreta em que o
professor se encontrar: número de alunos, tecnologias disponíveis,
duração das aulas, quantidade total de aulas que o professor dá por
semana, apoio institucional. Alguns parecem ser, atualmente, mais viáveis
e produtivos.

No começo procurar estabelecer uma relação empática com os alunos,


procurando conhecê-los, fazendo um mapeamento dos seus interesses,
formação e perspectivas futuras. A preocupação com os alunos, a forma
de relacionar-nos com eles é fundamental para o sucesso pedagógico. Os
alunos captam se o professor gosta de ensinar e principalmente se gosta
deles e isso facilita a sua prontidão para aprender. Vale a pena descobrir

85
Didáctica de Biologia I UCM-CED

as competências dos alunos que temos em cada classe, que


contribuições podem dar ao nosso curso. Não vamos impor um projecto
fechado de curso, mas um programa com as grandes directrizes
delineadas e onde vamos construindo caminhos de aprendizagem em
cada etapa, estando atentos - professor e alunos - para avançar da forma
mais rica possível em cada momento.

É importante mostrar aos alunos o que vamos ganhar ao longo do


semestre, por que vale a pena estarmos juntos. Procurar motivá-los para
aprender, para avançar, para a importância da sua participação, para o
processo de aula-pesquisa e para as tecnologias que iremos utilizar, entre
elas a Internet:

 O professor pode criar uma página pessoal na Internet, como


espaço virtual de encontro e divulgação, um lugar de referência
para cada matéria e para cada aluno.
 Essa página pode ampliar o alcance do trabalho do professor, de
divulgação de suas idéias e propostas, de contato com pessoas
fora da universidade ou escola.
 Num primeiro momento a página pessoal é importante como
referência virtual, como ponto de encontro permanente entre ele e
os alunos.
 A página pode ser aberta a qualquer pessoa ou só para os
alunos, dependerá de cada situação.
 O importante é que professor e alunos tenham um espaço, além
do presencial, de encontro e visibilização virtual.

O professor, tendo uma visão pedagógica inovadora, aberta, que


pressupõe a participação dos alunos, pode utilizar algumas ferramentas
simples da Internet para melhorar a interação presencial-virtual entre
todos.

Ligaçcão Electrónica Professor-Aluno


Nas aulas de Biologia, em relação à Internet, procurar que os alunos
dominem as ferramentas da WEB, que aprendam a navegar e que todos
tenham seu endereço electrónico (e-mail). Com os e-mails de todos criar
uma lista interna de cada turma ou um fórum.

A lista electrónica interna ajuda:

86
Didáctica de Biologia I UCM-CED

 a criar uma conexão virtual permanente entre o professor e os


alunos.
 a levar informações importantes para o grupo.
 orientação bibliográfica, de pesquisa.
 a dirimir dúvidas, a trocarmos sugestões.
 envio de textos, de trabalhos.

A lista electrónica é um novo campo de interação que se acrescenta ao


que começa na sala de aula, no contacto físico e que depende dele. Se
houver interação real na sala, a lista acrescenta uma nova dimensão,
mais rica. Se no presencial houver pouca interação, provavelmente
também não a haverá no virtual.

Sumário

Educar é ajudar os alunos na construção da sua identidade, do seu


caminho pessoal e profissional - do seu projecto de vida, no
desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e
comunicação que lhes permitam encontrar seus espaços pessoais,
sociais e profissionais e tornar-se cidadãos realizados e produtivos. O
professor de Biologia, tem um grande leque de opções metodológicas, de
possibilidades de organizar sua comunicação com os alunos, de introduzir
um tema, de trabalhar com os alunos presencial e virtualmente, de avaliá-
los. Com a Internet podemos modificar mais facilmente a forma de ensinar
e aprender tanto nos cursos presenciais como nos a distância. Procurar
motivá-los para aprender, para avançar, para a importância da sua
participação, para o processo de aula-pesquisa e para as tecnologias que
iremos utilizar, entre elas a Internet: o professor pode criar uma página
pessoal na Internet, como espaço virtual de encontro e divulgação, um
lugar de referência para cada matéria e para cada aluno.

Num primeiro momento a página pessoal é importante como referência


virtual, como ponto de encontro permanente entre ele e os alunos. A
página pode ser aberta a qualquer pessoa ou só para os alunos,
dependerá de cada situação. O importante é que professor e alunos
tenham um espaço, além do presencial, de encontro e visibilização virtual.
O professor, tendo uma visão pedagógica inovadora, aberta, que
pressupõe a participação dos alunos, pode utilizar algumas ferramentas

87
Didáctica de Biologia I UCM-CED

simples da Internet para melhorar a interação presencial-virtual entre


todos. Nas aulas de Biologia, em relação à Internet, com os e-mails de
todos criar uma lista interna de cada turma ou um fórum. A lista
electrônica interna ajuda: a criar uma conexão virtual permanente entre o
professor e os alunos, a levar informações importantes para o grupo,
orientação bibliográfica, de pesquisa, a dirimir dúvidas, a trocarmos
sugestões e envio de textos, de trabalhos.

1. Como é que o professor pode proceder para o uso da tecnologia para suas
aulas?

2. Em que a lista electrônica interna ajuda?

Exercícios 3. Qual é importancia da lista electrónica?

88
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 19

Tema: Aula Pesquisa no Ensino de Biologia

Introdução

Prezado estudante, bem vindo ao estudo da unidade sobre aula pesquisa


no ensino de Biologia. Podemos transformar uma parte das aulas em
processos contínuos de informação, comunicação e de pesquisa, onde
vamos construindo o conhecimento equilibrando o individual e o grupal,
entre o professor-coordenador-facilitador e os alunos-participantes
activos.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema


proposto na unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Caracterizar aula presquisa no ensino de Biologia;;


 Interpretar a aula presquisa no ensino de Biologia;
 Explicar aula presquisa no ensino de Biologia;
Objectivos  Descrever aula presquisa no ensino de Biologia;
 Relacionar aula presquisa no ensino de Biologia.

Aula Pesquisa no Ensino de Biologia

Podemos transformar uma parte das aulas em processos contínuos de


informação, comunicação e de pesquisa, onde vamos construindo o
conhecimento equilibrando o individual e o grupal, entre o professor-
coordenador-facilitador e os alunos-participantes activos. Aulas-
informação, onde o professor mostra alguns cenários, algumas sínteses,
o estado da arte, as coordenadas de uma questão ou tema. Aulas-
pesquisa, onde professores e alunos procuram novas informações,
cercar um problema, desenvolver uma experiência, avançar em um
campo que não conhecemos.

89
Didáctica de Biologia I UCM-CED

O professor motiva, incentiva, dá os primeiros passos para sensibilizar o


aluno para o valor do que vamos fazer, para a importância da
participação do aluno neste processo. Aluno motivado e com
participação activa avança mais, facilita todo o nosso trabalho. O papel
do professor agora é o de gerenciador do processo de aprendizagem, é
o coordenador de todo o andamento, do ritmo adequado, o gestor das
diferenças e das convergências.

Uma proposta viável é escolher os temas fundamentais do curso e


trabalhá-los mais colectivamente e os secundários ou pontuais pesquisá-
los mais individualmente ou em pequenos grupos.

 Os grandes temas da matéria são coordenados pelo professor,


iniciados pelo professor, motivados pelo professor, mas
pesquisados pelos alunos, às vezes todos simultaneamente; às
vezes, em grupos; às vezes, individualmente.

O professor estará atento aos vários ritmos, às descobertas, servirá de


elo entre todos, será o divulgador de achados, o problematizador e
principalmente o incentivador. Depois de um tempo, ele coordena a
síntese das buscas feitas, organiza os resultados, os caminhos que
parecem mais promissores. Passa-se, num segundo momento, à
pesquisa mais focada, mais específica, a partir dos resultados anteriores.
O mesmo tema vai ser pesquisado no mesmo endereço, de forma
semelhante por todos. É uma forma de aprofundar os dados conseguidos
anteriormente e evitar o alto grau de entropia e dispersão que pode
acontecer na etapa anterior da pesquisa aberta. Como na etapa anterior
é importante a troca de informações, a divulgação dos principais
achados.

 Há vários caminhos para aprofundar as pesquisas:


a) Do simples ao complexo, do geral ao específico, do aberto ao
dirigido, focado.
b) Os temas podem ser aprofundados como em ondas, cada vez
mais ricas, abertas, aprofundadas.
c) Os alunos comunicam os resultados da pesquisa.
d) O professor os ajuda a fazer a síntese do que encontraram.
e) O professor actua como coordenador, motivador, elo de união do
grupo.

90
Didáctica de Biologia I UCM-CED

f) Os textos e materiais que parecem mais promissores são salvos,


impressos ou enviados por email para cada aluno.
g) Faz-se uma síntese dos materiais colectados, das idéias
percebidas, das questões levantadas e se pede que todos leiam
esses materiais que parecem mais importantes para a próxima
aula, numa leitura mais aprofundada e que sirva como elo com a
próxima etapa de uma discussão mais rica, com conhecimento
de causa.
h) Os melhores textos e materiais podem ser incorporados à
bibliografia do curso.
i) O professor utilizou uma parte do material preparado de antemão
(planejamento) e o enriqueceu com as novas contribuições da
pesquisa grupal (construção cooperativa).

Assim o papel do aluno não é o de "tarefeiro", o de executar actividades,


mas o de co-pesquisador, responsável pela riqueza, qualidade e
tratamento das informações coletadas. O professor está atento às
descobertas, às dúvidas, ao intercâmbio das informações (os alunos
pesquisam, escolhem, imprimem), ao tratamento das informações. O
professor ajuda, problematiza, incentiva, relaciona. Ao mesmo tempo, o
professor coordena a escolha de temas ou questões mais específicos,
que são selecionados ou propostos pelos alunos, dentro dos parâmetros
propostos pelo professor e que serão desenvolvidos individualmente ou
em pequenos grupos. É interessante que os alunos escolham algum
assunto dentro do programa que esteja mais próximo do que eles
valorizam mais.

91
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Sumário

Aulas-informação, onde o professor mostra alguns cenários, algumas


sínteses, o estado da arte, as coordenadas de uma questão ou tema.
Aulas-pesquisa, onde professores e alunos procuram novas informações,
cercar um problema, desenvolver uma experiência, avançar em um
campo que não conhecemos. O professor motiva, incentiva, dá os
primeiros passos para sensibilizar o aluno para o valor do que vamos
fazer, para a importância da participação do aluno neste processo. Aluno
motivado e com participação activa avança mais, facilita todo o nosso
trabalho. O papel do professor agora é o de gerenciador do processo de
aprendizagem, é o coordenador de todo o andamento, do ritmo
adequado, o gestor das diferenças e das convergências. Há vários
caminhos para aprofundar as pesquisas: do simples ao complexo, do
geral ao específico, do aberto ao dirigido, focado.

Os temas podem ser aprofundados como em ondas, cada vez mais


ricas, abertas, aprofundadas; Os alunos comunicam os resultados da
pesquisa; O professor os ajuda a fazer a síntese do que encontraram; O
professor actua como coordenador, motivador, elo de união do grupo; Os
textos e materiais que parecem mais promissores são salvos, impressos
ou enviados por email para cada aluno; Faz-se uma síntese dos
materiais colectados, das idéias percebidas, das questões levantadas e
se pede que todos leiam esses materiais que parecem mais importantes
para a próxima aula, numa leitura mais aprofundada e que sirva como
elo com a próxima etapa de uma discussão mais rica, com conhecimento
de causa; Os melhores textos e materiais podem ser incorporados à
bibliografia do curso e O professor utilizou uma parte do material
preparado de antemão (planejamento) e o enriqueceu com as novas
contribuições da pesquisa grupal (construção cooperativa).

92
Didáctica de Biologia I UCM-CED

1. Qual é o papel do professor na aula pesquisa?

2. Qual é a vantagem de ter um aluno motivado e qual será o papel do professor?

3. Quem deve coordenar os grandes temas da aprendizagem?

Exercícios
4. Há vários caminhos para aprofundar as pesquisas. Mencione 3.

93
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 20

Tema: Aula de Construção Colaborativa no


Ensino de Biologia

Introdução

Prezado estudante, bem vindo ao estudo da unidade sobre aula de


construção colaborativa no ensino. Podemos participar de uma pesquisa
em tempo real, de um projecto entre vários grupos, de uma investigação
sobre um problema de actualidade.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema


proposto na unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Caracterizar aula de construção colaborativa no ensino de ensino;


 Interpretar aula de construção colaborativa no ensino de ensino;
 Explicar aula de construção colaborativa no ensino de ensino;
Objectivos  Descrever aula de construção colaborativa no ensino de ensino;
 Relacionar aula de construção colaborativa no ensino de ensino.

Aula de Construção Colaborativa no


Ensino de Biologia

A Internet favorece a construção cooperativa e colaborativa, o trabalho


conjunto entre professores e alunos, próximos física ou virtualmente.
Podemos participar de uma pesquisa em tempo real, de um projecto entre
vários grupos, de uma investigação sobre um problema de actualidade.
Uma das formas mais interessantes de trabalhar hoje colaborativamente é
criar uma página dos alunos, como um espaço virtual de referência, onde

94
Didáctica de Biologia I UCM-CED

vamos construindo e colocando o que acontece de mais importante no


curso, os textos, os endereços, as análises, as pesquisas.
Pode ser um site provisório, interno, sem divulgação, que eventualmente
poderá ser colocado a disposição do público externo. Pode ser também
um conjunto de sites individuais ou de pequenos grupos que se visibilizam
quando os alunos acharem conveniente. Não deve ser obrigatória a
criação da página, mas incentivar a que todos participem e a construam.

 O formato, colocação e actualização pode ficar a cargo de um


pequeno grupo de alunos.
 O importante é combinar o que podemos fazer melhor em sala
de aula: conhecer-nos, motivar-nos, reencontrar-nos, com o que
podemos fazer a distância pela lista - comunicar-nos quando for
necessário e também acessar aos materiais construídos em
conjunto na home-page, na hora em que cada um achar
conveniente.

É importante neste processo dinâmico de aprender pesquisando, utilizar


todos os recursos, todas as técnicas possíveis por cada professor, por
cada instituição, por cada classe: integrar as dinâmicas tradicionais com
as inovadoras, a escrita com o audiovisual, o texto sequencial com o
hipertexto, o encontro presencial com o virtual.

 O que muda no papel do professor?

a) Muda a relação de espaço, tempo e comunicação com os alunos.


b) O espaço de trocas aumenta da sala de aula para o virtual.
c) O tempo de enviar ou receber informações se amplia para
qualquer dia da semana.
d) O processo de comunicação se dá na sala de aula, na internet, no
e-mail, no chat.

É um papel que combina alguns momentos do professor convencional -


às vezes é importante dar uma bela aula expositiva - com mais momentos
de gerente de pesquisa, de estimulador de busca, de coordenador dos
resultados. É um papel de animação e coordenação muito mais flexível e
constante, que exige muita atenção, sensibilidade, intuição (radar ligado)
e domínio tecnológico.

95
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Quanto mais jovens são os alunos, mais curto deve ser o tempo entre o
planejamento e a execução das pesquisas. Nas datas combinadas, as
pesquisas são apresentadas verbalmente para a classe, trazem um
resumo escrito para a aula ou o enviam pela lista interna para todos os
participantes. Alunos e professor perguntam, complementam, participam.
O professor procura ajudar a contextualizar, a ampliar o universo
alcançado pelos alunos, a problematizar, a descobrir novos significados
no conjunto das informações trazidas. Esse caminho de ida e volta, onde
todos se envolvem, participam na sala de aula, na lista electrônica e na
home page é fascinante, criativo, cheio de novidades e de avanços. O
conhecimento que é elaborado a partir da própria experiência se torna
muito mais forte e definitivo em nós.

Sumário

Uma das formas mais interessantes de trabalhar hoje colaborativamente é


criar uma página dos alunos, como um espaço virtual de referência, onde
vamos construindo e colocando o que acontece de mais importante no
curso, os textos, os endereços, as análises, as pesquisas. É importante
neste processo dinâmico de aprender pesquisando, utilizar todos os
recursos, todas as técnicas possíveis por cada professor, por cada
instituição, por cada classe: integrar as dinâmicas tradicionais com as
inovadoras, a escrita com o audiovisual, o texto sequencial com o
hipertexto, o encontro presencial com o virtual.

O que muda no papel do professor? Muda a relação de espaço, tempo e


comunicação com os alunos; O espaço de trocas aumenta da sala de aula
para o virtual; O tempo de enviar ou receber informações se amplia para
qualquer dia da semana; O processo de comunicação se dá na sala de
aula, na internet, no e-mail, no chat. É um papel de animação e
coordenação muito mais flexível e constante, que exige muita atenção,
sensibilidade, intuição (radar ligado) e domínio tecnológico. Quanto mais
jovens são os alunos, mais curto deve ser o tempo entre o planejamento e
a execução das pesquisas.

96
Didáctica de Biologia I UCM-CED

1. Como é que podemos participar numa pesquisa?

2. Na aula de construção colaborativa no ensino, o que muda no papel do


professor?

Exercícios 3. Mencione as caracteristicas do papel do professor na aula de construção


colaborativa no ensino.

97
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 21

Tema: O Professor de Biologia na Tecnologia

Introdução

Prezado estudante, bem vindo ao estudo da unidade sobre o professor


de Biologia na tecnologia. Maximizando a tecnologia, haverá maior
participação dos professores, alunos, pais, da comunidade na
organização, gerenciamento, actividades escolares.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema


proposto na unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Caracterizar aulas de Biologia usando tecnologia;


 Interpretar aulas de Biologia usando tecnologia;
 Explicar aulas de Biologia usando tecnologia;
 Descrever aulas de Biologia usando tecnologia;
Objectivos  Relacionar aulas de Biologia usando tecnologia.

O Professor de Biologia na Tecnologia

Caminhamos para formas de gestão menos centralizadas, mais flexíveis,


integradas. Para estruturas mais enxutas. Menos pessoas, trabalhando
mais sinergicamente. Haverá maior participação dos professores, alunos,
pais, da comunidade na organização, gerenciamento, actividades, rumos
de cada instituição escolar. Menos quantidade de salas de aula e mais
funcionais. Todas elas com acesso à Internet. Os alunos começam a
utilizar o notebook para pesquisa, busca de novos materiais, para
solução de problemas ligados a matéria de Biologia.

O professor também está mais conectado em casa e na sala de aula e


com recursos tecnológicos para exibição de materiais de apoio para

98
Didáctica de Biologia I UCM-CED

motivar os alunos e ilustrar as suas idéias. Teremos mais ambientes de


pesquisa grupal e individual em cada escola; as bibliotecas se convertem
em espaços de integração de mídias, software e bancos de dados.

Os processos de comunicação tendem a ser mais participativos:

 A relação professor-aluno mais aberta, interactiva.


 Haverá uma integração profunda entre a sociedade e a escola,
entre a aprendizagem e a vida.
 A aula não é um espaço de inado; mas tempo e espaço
contínuos de aprendizagem.

Uma parte das matérias será predominantemente presencial e outra


predominantemente virtual. O importante é aprender e não impor um
padrão único de ensinar. Com o aumento da velocidade e de largura de
banda, ver-se e ouvir-se a distância será corriqueiro. O professor poderá
dar uma parte das aulas da sua sala e será visto pelos alunos onde eles
estiverem. Em uma parte da tela do aluno aparecerá a imagem do
professor, ao lado um resumo do que está falando. O aluno poderá fazer
perguntas no modo chat ou sendo visto, com autorização do professor,
por este e pelos colegas. Essas aulas ficarão gravadas e os alunos
poderão acessá-las off-line, quando acharem conveniente.

Haverá uma integração maior das tecnologias e das metodologias de


trabalhar com o oral, a escrita e o audiovisual. Não precisaremos
abandonar as formas já conhecidas pelas tecnologias telemáticas, só
porque estão na moda. Integraremos as tecnologias novas e as já
conhecidas. As utilizaremos como mediação facilitadora do processo de
ensinar e aprender participativamente. Haverá uma mobilidade constante
de grupos de pesquisa, de professores participantes em determinados
momentos, professores da mesma instituição e de outras.

A pesquisa grupal na Internet pode começar de forma aberta, dando


somente o tema sem referências a sites específicos, para que os alunos
procurem de acordo com a sua experiência e conhecimento prévio. Isso
permite ampliar o leque de opções de busca, a variedade de resultados,
a descoberta de lugares desconhecidos pelo professor. Eles vão
gravando os endereços, artigos e imagens mais interessantes em discos
ou outro material que seja de fácil acesso. O professor incentiva a troca
constante de informações, a comunicação, mesmo parcial, dos

99
Didáctica de Biologia I UCM-CED

resultados que vão sendo obtidos, para que todos possam se beneficiar
dos achados dos colegas. É mais importante aprender através da
colaboração, da cooperação do que da competição.

Sumário

Caminhamos para formas de gestão menos centralizadas, mais flexíveis,


integradas. Para estruturas mais enxutas. Menos pessoas, trabalhando
mais sinergicamente. Haverá maior participação dos professores, alunos,
pais, da comunidade na organização, gerenciamento, actividades, rumos
de cada instituição escolar. Menos quantidade de salas de aula e mais
funcionais. O professor também está mais conectado em casa e na sala
de aula e com recursos tecnológicos para exibição de materiais de apoio
para motivar os alunos e ilustrar as suas idéias. Teremos mais ambientes
de pesquisa grupal e individual em cada escola; as bibliotecas se
convertem em espaços de integração de mídias, software e bancos de
dados.

Os processos de comunicação tendem a ser mais participativos: a


relação professor-aluno mais aberta, interactiva; haverá uma integração
profunda entre a sociedade e a escola, entre a aprendizagem e a vida e
a aula não é um espaço de inado; mas tempo e espaço contínuos de
aprendizagem. Uma parte das matérias será predominantemente
presencial e outra predominantemente virtual. O importante é aprender e
não impor um padrão único de ensinar. O professor poderá dar uma
parte das aulas da sua sala e será visto pelos alunos onde eles
estiverem. Em uma parte da tela do aluno aparecerá a imagem do
professor, ao lado um resumo do que está falando. A pesquisa grupal na
Internet pode começar de forma aberta, dando somente o tema sem
referências a sites específicos, para que os alunos procurem de acordo
com a sua experiência e conhecimento prévio.

100
Didáctica de Biologia I UCM-CED

1. Como é que os estudantes irao utilizar a tecnologia?

2. Explique porque com a tecnologia, os processos de comunicação tendem a


ser mais participativos.
Exercícios
3.Quais são as vantagens do aumento da velocidade e de largura de banda?

101
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 22

Tema: O Ensino de Biologia na Sala de Aulas

Introdução

Prezado estudante, bem vindo ao estudo da unidade sobre o ensino de


Biologia na sala de aulas. Podemos ensinar e aprender com programas
que incluam o melhor da educação presencial com as novas formas de
comunicação virtual. Há momentos em que vale a pena encontrar-nos
fisicamente, no começo e no final de um assunto ou de um curso.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema


proposto na unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Caracterizar o ensino de Biologia na sala de aulas;


 Interpretar o ensino de Biologia na sala de aulas;
 Explicar o ensino de Biologia na sala de aulas;
 Descrever o ensino de Biologia na sala de aulas;
Objectivos  Relacionar o ensino de Biologia na sala de aulas.

O Ensino de Biologia na Sala de Aulas

Quando vale a pena encontrar-nos na sala de aula?


Podemos ensinar e aprender com programas que incluam o melhor da
educação presencial com as novas formas de comunicação virtual. Há
momentos em que vale a pena encontrar-nos fisicamente, no começo e
no final de um assunto ou de um curso. Há outros em que aprendemos
mais estando cada um no seu espaço habitual, mas conectados com os
demais colegas e professores, para intercâmbio constante, tornando real
o conceito de educação permanente.

102
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Como regra geral, podemos encontrar-nos fisicamente no começo e no


final de um novo tema, de um assunto importante. No início, para colocar
esse tema dentro de um contexto maior, para motivar os alunos, para
que percebam o que vamos pesquisar e para organizar como vamos
pesquisá-lo. Os alunos, iniciados ao novo tema e motivados, o
pesquisam, sob a supervisão do professor e voltam a aula depois de um
tempo para trazer os resultados da pesquisa, para colocá-los em comum.
É o momento final do processo, de trabalhar em cima do que os alunos
apresentaram, de complementar, questionar, relacionar o tema com os
demais.

Vale a pena encontrar-nos no início de um processo específico de


aprendizagem e no final, na hora da troca, da contextualização. Iniciar o
processo presencialmente. O professor estimula, motiva. Coloca uma
questão, um problema, uma situação real. Os alunos pesquisam com a
supervisão dele. Uma parte das aulas pode ser substituída por
acompanhamento, monitoramento de pesquisa, onde o professor dá
subsídios para os alunos irem além das primeiras descobertas, para
ajudá-los nas suas dúvidas. Isso pode ser feito pela Internet, por telefone
ou pelo contacto pessoal com o professor.

103
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Sumário

Podemos ensinar e aprender com programas que incluam o melhor da


educação presencial com as novas formas de comunicação virtual. Há
momentos em que vale a pena encontrar-nos fisicamente, no começo e
no final de um assunto ou de um curso. Há outros em que aprendemos
mais estando cada um no seu espaço habitual, mas conectados com os
demais colegas e professores, para intercâmbio constante, tornando real
o conceito de educação permanente. Os alunos, iniciados ao novo tema
e motivados, o pesquisam, sob a supervisão do professor e voltam a aula
depois de um tempo para trazer os resultados da pesquisa, para colocá-
los em comum.

É o momento final do processo, de trabalhar em cima do que os alunos


apresentaram, de complementar, questionar, relacionar o tema com os
demais. O professor estimula, motiva. Coloca uma questão, um
problema, uma situação real. Os alunos pesquisam com a supervisão
dele. Uma parte das aulas pode ser substituída por acompanhamento,
monitoramento de pesquisa, onde o professor dá subsídios para os
alunos irem além das primeiras descobertas, para ajudá-los nas suas
dúvidas. Isso pode ser feito pela Internet, por telefone ou pelo contacto
pessoal com o professor.

1. Como é que podemos ensinar e aprender?

2. Quais são outros momentos que aprendemos mais?

Exercícios 3. Como regra geral, quando é que podemos encontrar-nos fisicamente?

4. Como é que os alunos iniciados ao novo tema pesquisam?

104
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 23

Tema: O Presencial-Virtual no Ensino de Biologia

Introdução

Prezado estudante, bem vindo ao estudo da unidade sobre o presencial-


virtual no ensino de Biologia. Na medida em que avançam as tecnologias
de comunicação virtual, o conceito de presencialidade também se altera.
Podemos ter professores externos compartilhando determinadas aulas,
um professor de fora "entrando" por videoconferência na minha aula.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema


proposto na unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Analisar o equilíbrio entre o presencial e virtual no ensino de Biologia;


 Caracterizar o equilíbrio entre o presencial e virtual no ensino de Biologia;
 Explicar o equilíbrio entre o presencial e virtual no ensino de Biologia;
Objectivos  Descrever o equilíbrio entre o presencial e virtual no ensino de Biologia;
 Relacionar o equilíbrio entre o presencial e virtual no ensino de Biologia;

Presencial-Virtual no Ensino de Biologia

Se temos dificuldades no ensino presencial, não as resolveremos com o


virtual. Se olhando-nos, estando juntos temos problemas sérios não
resolvidos no processo de ensino-aprendizagem, não será "espalhando-
nos" e "conectando-nos" que vamos solucioná-los automaticamente.

Podemos tentar a síntese dos dois modos de comunicação:

a) O presencial e o virtual, valorizando o melhor de cada um deles.


Aproveitar o melhor dos dois modos de estar. Estar juntos
fisicamente é importante em determinados momentos fortes:
conhecer-nos, criar elos, confiança, afeto.

105
Didáctica de Biologia I UCM-CED

b) Conectados, para realizar trocas mais rápidas, cômodas e


práticas.
c) Realizar atividades que fazemos melhor no presencial:
comunidades, criar grupos afins (por algum critério específico).
d) Definir objectivos, conteúdos, formas de pesquisa de temas
novos, de cursos novos.
e) Traçar cenários, passar as informações iniciais necessárias para
situar-nos diante de um novo assunto ou questão a ser
pesquisada.

 Portanto, a comunicação virtual permite:

1. Interações espaço-temporais mais livres;

2. A adaptação a ritmos diferentes dos alunos;

3. Novos contatos com pessoas semelhantes, fisicamente distantes;

4. Maior liberdade de expressão a distancia.

5. Certas formas de comunicação as conseguirmos fazer melhor a


distancia, por dificuldades culturais e educacionais de abrir-nos no
presencial.

Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual, o


conceito de presencialidade também se altera. Podemos ter professores
externos compartilhando determinadas aulas, um professor de fora
"entrando" por videoconferência na minha aula. Haverá um intercâmbio
muito maior de professores, onde cada um colabora em algum ponto
específico, muitas vezes a distância.

O conceito de curso, de aula também muda. Hoje entendemos por aula


um espaço e tempo determinados. Esse tempo e espaço cada vez serão
mais flexíveis. O professor continua "dando aula" quando está disponível
para receber e responder mensagens dos alunos, quando cria uma lista
de discussão e alimenta continuamente os alunos com textos, páginas da
Internet, fora do horário específico da sua aula.

Há uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos


presentes em muitos tempos e espaços diferentes, quando tanto
professores quanto os alunos estão motivados e entendem a aula como
pesquisa e intercâmbio, supervisionados, animados, incentivados pelo
professor.

106
Didáctica de Biologia I UCM-CED

As crianças terão muito mais contacto físico, pela necessidade de


socialização, de interação. Mas nos cursos médios e superiores, o virtual
superará o presencial. Haverá uma grande reorganização das escolas.
Edifícios menores. Menos salas de aula e mais salas ambiente, salas de
pesquisa, de encontro, interconectadas. A casa, o escritório será o lugar
de aprendizagem.

Poderemos também, oferecer cursos predominantemente presenciais e


outros predominantemente virtuais. Isso dependerá do tipo de matéria,
das necessidades concretas de cobrir falta de profissionais em áreas
específicas ou de aproveitar melhor especialistas de outras instituições
que seria difícil contratar. Caminhamos rapidamente para processos de
ensino-aprendizagem totalmente audiovisuais e interativos. Nos veremos,
ouviremos, escreveremos simultaneamente, com facilidade, a um custo
baixo, às vezes em grupos grandes, em outros em grupos pequenos ou
de dois em dois.

Sumário

Podemos tentar a síntese dos dois modos de comunicação: O presencial


e o virtual, valorizando o melhor de cada um deles. Aproveitar o melhor
dos dois modos de estar: conhecer-nos, criar elos, confiança, afeto.
Conectados, para realizar trocas mais rápidas, cômodas e práticas.
Realizar atividades que fazemos melhor no presencial: comunidades, criar
grupos afins (por algum critério específico). Definir objectivos, conteúdos,
formas de pesquisa de temas novos, de cursos novos. Traçar cenários,
passar as informações iniciais necessárias para situar-nos diante de um
novo assunto ou questão a ser pesquisada.

Portanto, a comunicação virtual permite: interações espaço-temporais


mais livres; a adaptação a ritmos diferentes dos alunos; novos contatos
com pessoas semelhantes, fisicamente distantes; maior liberdade de
expressão a distancia. Certas formas de comunicação as conseguirmos
fazer melhor a distancia, por dificuldades culturais e educacionais de
abrir-nos no presencial. Na medida em que avançam as tecnologias de
comunicação virtual, o conceito de presencialidade também se altera.

107
Didáctica de Biologia I UCM-CED

1. A partir das tuas própria ideias, faça a síntese dos dois modos de
comunicação?

Exercícios 2. Mencione o que é permite a comunicacao virtual.

108
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Unidade 24

Tema: Ensino de Biologia: Tecnologias na


Educação à Distância

Introdução

Prezado estudante, bem vindo ao estudo da unidade sobre o ensino de


Biologia: tecnologia no ensino a distância. Estamos numa fase de
transição na educação a distância. Muitas organizações estão limitando-
se a transpor para o virtual adaptações do ensino presencial.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema


proposto na unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Caracterizar as tecnologia aplicada no ensino a distância;


 Identificar as tecnologia aplicada no ensino a distância;
 Explicar as tecnologia aplicada no ensino a distância;
 Descrever as tecnologia aplicada no ensino a distância;
Objectivos  Relacionar as tecnologia aplicada no ensino a distância.

Ensino de Biologia: Tecnologias na


Educação à Distância

Estamos numa fase de transição na educação a distância. Muitas


organizações estão limitando-se a transpor para o virtual adaptações do
ensino presencial (aula multiplicada ou disponibilizada). Há um
predomínio de interação virtual fria (formulários, rotinas, provas, e-mail) e
alguma interação on-line. Começamos a passar dos modelos
predominantemente individuais para os grupais.

109
Didáctica de Biologia I UCM-CED

 A educação à distância mudará radicalmente de concepção:

a) De individualista para mais grupal.


b) De utilização predominantemente isolada para utilização
participativa, em grupos.
c) Das mídias unidirecionais, como o jornal, a televisão e o rádio,
caminhamos para mídias mais interativas.
d) Da comunicação off-line evoluímos para um mix de comunicação
off e on-line (em tempo real).

Educação a distância não é só um "fast-food" onde o aluno vai lá e se


serve de algo pronto. Educação a distância é ajudar os participantes a
que equilibrem as necessidades e habilidades pessoais com a
participação em grupos - presenciais e virtuais - onde avançamos
rapidamente, trocamos experiências, dúvidas e resultados. Iremos
combinando daqui em diante cursos presenciais com virtuais, uma parte
dos cursos presenciais será feita virtualmente.

Uma parte dos cursos a distância será feita de forma presencial ou


virtual-presencial, vendo-nos e ouvindo-nos. Períodos de pesquisa mais
individual com outros de pesquisa e comunicação conjunta. Alguns
cursos poderemos fazê-los sozinhos com a orientação virtual de um tutor
e em outros será importante compartilhar vivências, experiências, idéias.
A internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em
tempo real de som e imagem (tecnologias streaming). Cada vez será
mais fácil fazer integrações mais profundas entre TV e WEB. Enquanto
assiste a de inado programa, o telespectador começa a poder acessar
simultaneamente as informações que achar interessantes sobre o
programa, acessando o site da programadora na Internet ou outros
bancos de dados.

As possibilidades educacionais que se abrem são fantásticas. Com o


alargamento da banca de transmissão como acontece na TV a cabo
torna-se mais fácil poder ver-nos e ouvir-nos a distância. Muitos cursos
poderão ser realizados a distância com som e imagem, principalmente
cursos de actualização, extensão. As possibilidades de interação serão
directamente proporcionais ao número de pessoas envolvidas. Teremos
aulas a distância com possibilidade de interação on-line e aulas
presenciais com interação a distância.

110
Didáctica de Biologia I UCM-CED

Algumas organizações e cursos oferecerão tecnologias avançadas


dentro de uma visão conservadora (lucro, multiplicação). O ensino de
Biologia, será um mix de tecnologias com momentos presenciais, outros
de ensino on-line, adaptação ao ritmo pessoal, mais interação grupal,
avaliação mais personalizada (com níveis diferenciados de visão
pedagógica). Outras organizações oferecerão tecnologias de ponta com
visão pedagógica avançada (cursos de elite, subsidiados).

O processo mais lento do que se espera. Iremos mudando aos poucos,


tanto no presencial como no educação a distância. Há uma grande
desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das
pessoas. Alguns estão prontos para a mudança, outros muitos não. É
difícil mudar padrões adquiridos (gerenciais, atitudinais) das
organizações, governos, dos profissionais e da sociedade. Ensinar com
as novas mídias será uma revolução, se mudarmos simultaneamente os
paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes professores
e alunos. Caso contrário conseguiremos dar um verniz de modernidade,
sem mexer no essencial. A Internet é um novo meio de comunicação,
ainda incipiente, mas que pode ajudar-nos a rever, a ampliar e a
modificar muitas das formas atuais de ensinar e de aprender.

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Didáctica de Biologia I UCM-CED

Sumário

Estamos numa fase de transição na educação a distância. Muitas


organizações estão limitando-se a transpor para o virtual adaptações do
ensino presencial (aula multiplicada ou disponibilizada). Começamos a
passar dos modelos predominantemente individuais para os grupais. A
educação à distância mudará radicalmente de concepção: de
individualista para mais grupal; de utilização predominantemente isolada
para utilização participativa, em grupos; das mídias unidirecionais, como
o jornal, a televisão e o rádio, caminhamos para mídias mais interativas e
da comunicação off-line evoluímos para um mix de comunicação off e
on-line (em tempo real). Educação a distância é ajudar os participantes a
que equilibrem as necessidades e habilidades pessoais com a
participação em grupos - presenciais e virtuais - onde avançamos
rapidamente, trocamos experiências, dúvidas e resultados.

Uma parte dos cursos a distância será feita de forma presencial ou


virtual-presencial, vendo-nos e ouvindo-nos. Períodos de pesquisa mais
individual com outros de pesquisa e comunicação conjunta. Alguns
cursos poderemos fazê-los sozinhos com a orientação virtual de um tutor
e em outros será importante compartilhar vivências, experiências, idéias.
A internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em
tempo real de som e imagem (tecnologias streaming). Cada vez será
mais fácil fazer integrações mais profundas entre TV e WEB. Enquanto
assiste a de inado programa, o telespectador começa a poder acessar
simultaneamente as informações que achar interessantes sobre o
programa, acessando o site da programadora na Internet ou outros
bancos de dados.

112
Didáctica de Biologia I UCM-CED

1. Como é que a educação à distância mudará radicalmente de concepção?

2. Qual é a finalidade do ensino a distância?

Exercícios
3. Como deverá ser feira uma parte dos cursos a distância?

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Didáctica de Biologia I UCM-CED

Instruções para o estudo dos conteúdos do manual

 Como pudera notar os conteúdos apresentados no manual, oferecem a ti


caro estudante, um entendimento básico e fundamental para o
desenvolvimento de determinadas competências específicas, mediante a
resolução dos exercícios e tarefas de auto-avaliação

 Sugerimos que faça um aprofundamento dos conteúdos apresentados no


manual, recorrendo-se da seguinte referência bibliográfica , para o efeito:
 SILVA, Amaro Dias, et al ,R.( 2002 ): Biologia 12º Ano, Porto Editora.

 Esta obra está disponível na Biblioteca do CED, podendo ser


fotocopiada ou consultada.
 A referida obra também contêm exercícios, sugerimos que resolva esses
exercícios, ainda que não seja para entregar, contudo podem constituir
matéria de avaliação para testes e outros.

Critérios de avaliação das tarefas do manual.


 Vocé deverá entregar todos exercícios indicados para serem entregues,
a não entrega implica diminuição na nota.
 A quantificação total dos exercícios correctos é a de 20 valores.
 Os exercícios que exigem maior reflexão e trabalho de campo por parte
do estudante são os de maior cotação.
 Deve ser evitado o plágio de respostas.
 Procure ser mais criativo na apresentação das respostas, priorize o
estabelecimento da relação entre a teoria e a prática, bem como a
resolução de situações concretas.
 A apresentação técnica e coerência textual deve ser algo a ter em conta.
 O grau de cientificidade das respostas com recurso a termos de natureza
científica e técnica deve constituir aspecto a considerar.
 A apresentação de conclusões e recomendação de forma clara e
objectiva deverá ser potenciada.

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