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Manual do Curso de Licenciatura em Ensino de

Física

Didáctica de Física I
F0083
2º Ano

Universidade Católica de Moçambique


Centro de Ensino `a Distância
Direitos de autor (copyright)
Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino `a Distância (CED) e
contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste manual, no seu todo ou em
partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou outros),
sem permissão expressa de entidade editora (Universidade Católica de Moçambique-Centro de Ensino `a
Distância). O não cumprimento desta advertência é possível a processos judiciais.

Elaborado pela: Egina Paulo Titosse βande

Licenciada em Ensino de Física pela Universidade

Pedagógica Delegação da Beira

Coordenadora do Curso de Física da Universidade

Católica de Moçambique - Centro de Ensino `a Distância (CED)

Universidade Católica de Moçambique


Centro de Ensino `a Distância-CED
Rua Correira de Brito No 613-Ponta-Gêa

Moçambique-Beira
Telefone: 23 32 64 05
Cel: 82 50 18 44 0
Fax:23 32 64 06
E-mail:ced@ucm.ac.mz
Website: www.ucm.ac.mz
Agradecimentos
A Universidade Católica de Moçambique - Centro de Ensino `a Distância e a autora do presente manual, dra.
Egina ande, agradecem a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual.
F0083 2º Ano i

Índice
Visão geral 1
Benvindo a Didáctica de Fisica I- 2º Ano ........................................................................................1
Objectivos do curso ........................................................................................................................1
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................................1
Como está estruturado este módulo ...............................................................................................2
Ícones de actividade .......................................................................................................................2
Acerca dos ícones...........................................................................................................................3
Habilidades de estudo ....................................................................................................................3
Precisa de apoio? ...........................................................................................................................4
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ..............................................................................................4
Avaliação ........................................................................................................................................5

Unidades 7
Unidade 01 .....................................................................................................................................7
Introdução .......................................................................................................................................7
Objectivos Gerais e Especificos.....................................................................................................8

Objectivos do Ensino de Fisica.......................................................................................................9


Sumário ........................................................................................................................................10

Unidade 02 ...................................................................................................................................11
Estrutura Geral duma Aula de Fisica .............................................................................................11
Funções Didáctica.........................................................................................................................12

Orientações Didáctica...................................................................................................................12

Orientações dos Objectivos.........................................................................................................12

Métodos Básicos na TMN...........................................................................................................13

Controle e Avaliação...................................................................................................................14

Controle e
Avaliação................................................................................................................................................14
Sumário ........................................................................................................................................15
Exercícios.....................................................................................................................................................15
Unidade 03 ...................................................................................................................................16
Vias de Aquisição do Conhecimento.............................................................................................16
Via Empírica de Generalização Indutiva......................................................................................16
ii Índice

Sumário ........................................................................................................................................17
Exercícios....................................................................................................................................................17

Unidade 04 ...................................................................................................................................18
Expêriencia na Aula de Física ........................................................................................ 18
Sumário ........................................................................................................................................23
Exercícios................................................................................................................................................................23
Unidade 05 ...................................................................................................................................24
Métodos principais de Conhecimento na aula de Física ................................................ 24
Sumário ........................................................................................................................................31
Exercícios................................................................................................................................................................31
Unidade 06 ...................................................................................................................................32
Actividades de Reconhecimento .................................................................................... 32
Sumário ........................................................................................................................................32
Exercícios................................................................................................................................................................32
Unidade 07 ........................................................................................................................ 3
Funções e Utilização dos Meios de Ensino .................................................................. 33

Sumário ........................................................................................................................................39
Exercícios................................................................................................................................................................39
Unidade 08 ...................................................................................................................................40
Planificação de uma Aula de Física ..............................................................................................40

Sumário ........................................................................................................................................43
Exercícios................................................................................................................................................................43
Unidade 09 ...................................................................................................................................44
Conceitos, Leis e Grandezas Físicas ............................................................................................44

Sumário ........................................................................................................................................46
F0083 2º Ano 1

Visão Geral

Bem-vindo a Didáctica de Física -


2º Ano
A disciplina didáctica de física é realmente uma parte especifica da didáctica
geral, que trata direccionadamente áreas concretas da física.

Nesta parte, os conteúdos da física são detalhados quer a nível dos objectivos
gerais quer nos objectivos específicos, meios de ensino, métodos, tanto na sua
utilização como no mecanismos de implementação.

Objectivos do curso
Quando terminar o estudo de Didáctica de Física, será capaz de:

 Preparar os estudantes como futuros professores de física;

 Capacitar os estudantes a orientar o processo de ensino aprendizagem de


uma forma cientifica;

Objectivos  Orientar os estudantes à aplicação dos conhecimentos científicos e


capacidade na planificação de uma aula de física;

 Preparar os estudantes para um domínio sobre métodos de pensamentos e


de trabalho.

Quem deveria estudar este


módulo
Este Módulo foi concebido para todos aqueles que estejam a estudar ciências
Naturais e em particular a Física.

Os pré- requisitos são todos os conteúdos já abordados nos cursos de níveis


anteriores (secundário).
2 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui.

Como está estruturado este


módulo
Todos os módulos dos cursos produzidos e oferecidos pela Universidade
Católica de Moçambique - Centro de Ensino `a Distância (UCM-CED)
encontram-se estruturados da seguinte maneira:

Páginas introdutórias

 Um índice completo.

 Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo os aspectos -


chave que você precisa conhecer para completar o estudo. Recomendamos
vivamente que leia esta secção com atenção antes de começar o seu estudo.

Conteúdo do curso / módulo

O curso está estruturado em unidades. Cada unidade incluirá uma introdução,


objectivos da unidade, conteúdo da unidade incluindo actividades de
aprendizagem, um sumário da unidade e uma ou mais actividades para auto
- avaliação.

Outros recursos

Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma lista de


recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem incluir livros,
artigos ou sites na Internet.

Tarefas de avaliação e/ou Auto - avaliação

Tarefas de avaliação para este módulo encontram-se no final de cada unidade.


Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para desenvolver as tarefas,
assim como instruções para as completar. Estes elementos encontram-se no
final do modulo.

Comentários e sugestões

Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários sobre a
estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os seus comentários serão úteis para
nos ajudar a avaliar e melhorar este curso / modulo.

Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das
folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes partes do processo de
aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma nova
actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.

Elaborado pela £gina βande


F0083 2º Ano 3

Acerca dos ícones


Os ícones usados neste manual são símbolos africanos, conhecidos por adrinka.
Estes símbolos têm origem no povo Ashante de África Ocidental, datam do
século 17 e ainda se usam hoje em dia.

Os ícones incluídos neste manual são... (ícones a ser enviados - para efeitos de
testagem deste modelo, reproduziram-se os ícones adrinka, mas foi-lhes dada
uma sombra amarela para os distinguir dos originais).

Pode ver o conjunto completo de ícones deste manual já a seguir, cada um com
uma descrição do seu significado e da forma como nós interpretámos esse
significado para representar as várias actividades ao longo deste curso / módulo.

Habilidades de estudo
Caro estudante, procure olhar para você em três dimensões nomeadamente: O
lado social, Professional e estudante, dai ser importante planificar muito bem o
seu tempo.

Procure reservar no mínimo 2 (duas) horas de estudo por dia e use ao máximo o
tempo disponível nos finais de semana. Lembre-se que é necessário elaborar um
plano de estudo individual, que inclui, a data, o dia, a hora, o que estudar, como
estudar e com quem estudar (sozinho, com colegas, outros).

Evite o estudo baseado em memorização, pois é cansativo e não produz bons


resultados, use métodos mais activos, procure desenvolver suas competências
mediante a resolução de problemas específicos, estudos de caso, reflexão, etc.

Os manuais contêm muita informação, algumas chaves, outras complementares,


dai ser importante saber filtrar e apresentar a informação mais relevante. Use
estas informações para a resolução das exercícios, problemas e
desenvolvimento de actividades. A tomada de notas desempenha um papel
muito importante.

Um aspecto importante a ter em conta é a elaboração de um plano de


desenvolvimento pessoal (PDP), onde você reflecte sobre os seus pontos fracos
e fortes e perspectivas o seu desenvolvimento.

Lembre-se que o teu sucesso depende da sua entrega, você é o responsável


pela sua própria aprendizagem e cabe a ti planificar, organizar, gerir, controlar e
avaliar o seu próprio progresso.
4 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui.

Precisa de apoio?
Caro estudante, temos a certeza de que por uma ou por outra situação, o
material impresso, lhe pode suscitar alguma dúvida (falta de clareza, alguns
erros de natureza frásica, prováveis erros ortográficos, falta de clareza
conteudística, etc.). Nestes casos, contacte o tutor, via telefone, escreva uma
carta participando a situação e se estiver próximo do tutor, contacte-o
pessoalmente.

Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o estudante ter
a oportunidade de interagir objectivamente com o tutor, usando para o efeito os
mecanismos apresentados acima.

Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interacção, em caso de problemas


específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado, numa fase posterior
contacte o coordenador do curso e se o problema for da natureza geral, contacte
a direcção do CED, pelo número 825018440.

Os contactos só se podem efectuar, nos dias úteis e nas horas normais de


expediente.

As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, tem a


oportunidade de interagir com todo o staff do CED, neste período pode
apresentar dúvidas, tratar questões administrativas, entre outras.

O estudo em grupo, com os colegas é uma forma a ter em conta, busque apoio
com os colegas, discutam juntos, apoiem-me mutuamente, reflictam sobre
estratégias de superação, mas produza de forma independente o seu próprio
saber e desenvolva suas competências.

Juntos na Educação `a Distância, vencendo a distância..

Tarefas (avaliação e auto-


avaliação)
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e auto-
avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é importante que
sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues antes do período presencial.

Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não cumprimento


dos prazos de entrega , implica a não classificação do estudante.

As trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem ser dirigidos ao


tutor/docentes.

Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo os


mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os direitos do autor.

Elaborado pela £gina βande


F0083 2º Ano 5

O plagio deve ser evitado, a transcrição fiel de mais de 8 (oito) palavras de um


autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade , humildade científica e o
respeito pelos direitos autorias devem marcar a realização dos trabalhos.

Avaliação
Você será avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e o período
presencial (20%). A avaliação do estudante é regulamentada com base no
chamado regulamento de avaliação.

Os trabalhos de campo por ti desenvolvidos , durante o estudo individual,


concorrem para os 25% do cálculo da média de frequência da cadeira.

Os testes são realizados durante as sessões presenciais e concorrem para os


75% do cálculo da média de frequência da cadeira.

Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões presenciais,


eles representam 60% , o que adicionado aos 40% da média de frequência,
determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira.

A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira.

Nesta cadeira o estudante deverá realizar: 2 (dois) trabalhos; 1 (um) teste e 1


(exame).

Não estão previstas quaisquer avaliação oral.

Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizadas como


ferramentas de avaliação formativa.

Durante a realização das avaliações , os estudantes devem ter em consideração:


a apresentação; a coerência textual; o grau de cientificidade; a forma de
conclusão dos assuntos, as recomendações, a indicação das referências
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros.

Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no manual. Consulte-os.

Alguns feedback imediatos estão apresentados no manual.


F0083 2º Ano 7

Unidade 01

Tema: OBJECTIVOS DA DIDÁCTICA

DE FISICA

Introdução
A didáctica de física é uma disciplina especifica da didáctica geral, que tem em vista detalhar todos os
métodos, meios e outras praticas usadas para a efectivação duma aula de sucesso de física. Esta
actividade é crucialmente do professor, mas, claro com a colaboração dos alunos em causa.

Quando se inicia um estudo devemos saber o que queremos saber, o que se deve saber e o que
vamos saber.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Distinguir a diferença entre a didáctica geral da de física;

 Comparar os objectivos gerais dos específicos da didáctica de física;


Objectivos  Comparar as diferenças entre os objectivos da didáctica e do ensino de
Física;

 Identificar os principais objectivos da didáctica de física.

ESG: Ensino Secundário Geral;

ETP: Ensino Técnico Profissional.


Terminologia
8 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui.

1.1. Objectivos Gerais da Didáctica de Física


A didáctica de Física visa alcançar os seguintes objectivos:
Preparar os estudantes como futuros professores de Física, capazes de darem uma
contribuição na formação e educação da juventude escolar, numa aula de física, no Ensino
Secundário Geral (ESG) e Ensino Técnico Profissional (E.T.P);

Orientar os estudantes à aplicação dos conhecimentos científicos e capacidades na


planificação, preparação e realização autónoma de uma aula de Física;

Capacitar os estudantes a orientar o processo de ensino e aprendizagem de uma forma


cientifica, interessante e ligada a vida quotidiana da sociedade em que vive;

Capacitar o futuro professor a orientar o aluno através de variadas medidas metodológicas,


psico-pedagógicas, para uma aprendizagem criadora e rica em actividade mental e prática
autónoma;

Preparar os estudantes para um domínio sobre métodos de pensamento e de trabalho e sua


aplicação no processo de conhecimento.

1.2. Objectivos Específicos


- Pretende-se que os estudantes adquiram conhecimentos sólidos sobre o contributo da Física no
desenvolvimento da personalidade do aluno;

- Relacionar o programa de Física com outras disciplinas;

- Disponibilizar os meios de ensino/didácticos e os mecanismos de sua utilização numa aula de


Física;

- Avaliar o rendimento do aluno na aula de Física;

- Potenciar a educação do aluno e desenvolver uma concepção científica no mundo;

- Potenciar a física no desenvolvimento das capacidades e habilidades dos alunos.

O futuro professor de Física deve:


 Conhecer e respeitar o programa de ensino como uma lei, cujo cumprimento é obrigatório;
 Compreender e interpretar os conteúdos do programa de ensino;
 Adoptar os objectivos e as orientações metodológicas dos programas de ensino, as condições
concretas da escola e da comunidade que se encontra;

Elaborado pela £gina βande


F0083 2º Ano 9

 Planificar, preparar e realizar um ensino científico que esteja ligado a vida quotidiana;
 Avaliar criticamente os resultados do ensino que ministra;
 Planificar, projectar, preparar, realizar e avaliar de uma forma independente as experiências
escolares para as investigações qualitativas e quantitativas dos fenómenos e as leis físicas;
 Organizar e acompanhar as actividades extra-escolares, que estejam enquadradas no processo
de ensino e aprendizagem;
 Desenvolver a sua iniciativa criadora na procura de soluções simples e locais, para as
dificuldades que enfrentar no processo de ensino.

1.3. Objectivos do Ensino de Física

 Proporcionar conhecimentos exactos e sistemáticos sobre fenómenos e regulamentos da


Natureza;
 Fornecer uma concepção científica, filosófica e correcta do mundo e das transformações que
ocorrem na Natureza e na sociedade, assim como das relações entre elas;
 Fornecer conhecimentos sobre os métodos de pensamento e de trabalho de física, o que torna
possível a resolução de vários problemas em diversos ramos da vida social;
 Proporcionar conhecimento sobre a aplicação das ciências no desenvolvimento tecnológico e a
sua ligação com outras ciências;
 Desenvolver a personalidade do estudante, proporcionando-lhe novas capacidades, habilidades
e boas atitudes para a vida futura e para o trabalho;
 Garantir a formação de base para uma boa qualidade, tais como: curiosidade, criatividade,
capacidade manipuladora, flexibilidade espontânea, exactidão, entusiasmo, gosto pelo trabalho e
facilidade de conceber, planificar e conduzir investigações.

Sumário
Preparar os estudantes como futuros professores de Física, capazes de darem uma
contribuição na formação e educação da juventude escolar, numa aula de física, no Ensino
Secundário Geral (ESG) e Ensino Técnico Profissional (E.T.P).
10 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui.

Enquanto que um dos objectivos especifico da didáctica de física é de direccionar que os


estudantes adquiram conhecimentos sólidos sobre o contributo da Física no
desenvolvimento da personalidade do aluno.

Unidade 02

Tema: ESTRUTURA
DE UMA AULA
DE FISICA. FUNÇÕES
DIDÁCTICAS

Introdução
A planificação de uma aula, antes da sua realização, é uma condição determinante para um trabalho
efectivo e produtivo com o aluno.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Planificar devidamente uma aula;

 Fazer uma interligação coerente das funções didácticas;


Objectivos  Analisar as condições prévias dos alunos para dado tema.

Elaborado pela £gina βande


F0083 2º Ano 11

TMN: Trabalho na matéria nova.

Terminologia

2.1. Estrutura Geral De Uma Aula


Em geral, qualquer professor que pretende preparar sua aula, interroga-se sobre:
 O tema da aula: que aspectos devem ser abordados no dado tema;
 Os objectivos: que conhecimentos e capacidades devem desenvolver nos alunos;
 Como conduzir a minha aula (Método);
 Que outros aspectos organizativos devo ter em conta na minha aula.

Toda essa reflexão, resume-se na estrutura geral de uma aula, que pode apresentar a seguinte
estrutura:

1. Definição dos objectivos;


2. Definição dos conteúdos da matéria a ser abordada;
3. Os métodos a serem aplicados;
4. Outros aspectos organizativos.

A estrutura de uma aula constituí a base de planificação de um professor.

2.2. Funções Didácticas


Uma aula é composta por diversas fases interligadas entre si devidamente estruturadas, as quais
obedecem a seguinte sequência:

1. - Orientação dos objectivos;


2. - Trabalho na matéria nova;
3. - Controlo e avaliação;
4. - Consolidação.
12 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui.

A aplicação das funções didácticas exige uma organização efectiva de actividades apropriadas aos
alunos, por parte do professor.

A orientação do professor, de um lado e a actividade autónoma do aluno, do outro lado e a sua


relação determinam o sucesso da aula. Quer dizer, a Aula deve ser uma constante partilha de
actividades, entre o aluno e o professor.

2.3. Orientação dos Objectivos

- Apresentação dos objectivos: esta etapa compreende: a motivação e a segurança do nível inicial,
que são fases bastante importantes.

A importância reside no facto de, o processo de ensino aprendizagem tornar-se mais efectivo quando
o aluno reconhece a importância dos conhecimentos a serem transmitidos, e assim, ganha interesse
na aula e na matéria a ser ministrada.

A apresentação dos objectivos efectiva-se com o sumário da aula.

Portanto, esta fase, destina-se a preparação das condições de aprendizagem da turma.

- A motivação: deve ser orientada tanto quanto possível para que o aluno ganhe interesse na matéria
e uma boa relação entre o aluno e o professor. Pode ser feita contando pequenas histórias, mas que
estejam ligada a aula e sobretudo aos fenómenos físicos.

- Segurança do nível inicial: esta pode ser adquirida através da unidade exercício - revisão. Mas
esta etapa, por vezes é difícil devido a heterogeneidade das condições prévias dos próprios alunos,
há diferentes níveis de conhecimento de aluno para aluno e do elevado número destes nas turmas.

2.4. Trabalho na Matéria Nova (TMN)

- Que conhecimentos devem ser transmitidos e adquiridos pelos alunos?

- Quais os métodos de pensamentos e de trabalho adequados por adoptados?

- Que actividades de aprendizagem devem ser realizados pelos alunos?

Mas nesta etapa, o professor não deve apenas se apoiar no livro do aluno, mas também na sua
experiência como professor e como apreciador da ciência.

2.4.1. Os Métodos Básicos Apropriados Para O Trabalho Na Matéria Nova

Elaborado pela £gina βande


F0083 2º Ano 13

 Método frontal  palestras, exposições e demonstrações.

 Método de trabalho conjunto  conversação entre o professor e o aluno.

 Método de trabalho autónomo do aluno  experiências individuais do aluno, trabalho com o livro
do aluno, resolução de uma ficha de exercícios (trabalho, etc.). Neste método, a presença do
professor na sala de aula é indispensável, para manter a disciplina necessária e bem como,
para dar acompanhamento e a orientação devida ao trabalho dos alunos.

O método a escolher, depende do professor de acordo com os objectivos da aula e da turma.

No entanto, bons resultados, são alcançados, quando o professor exige do aluno o mais elevado
nível de autonomia e quando oferece uma orientação pedagógica necessária.

2.5. Controlo e Avaliação


Entende-se por controlo de rendimento a comparação do estado do desenvolvimento do aluno com
os objectivos das aulas, cuja base pode consistir na realização de uma dada exigência ou seja, na
avaliação do processo da realização da exigência.

Para tal, são empregue meios como: observação, testes (ACS e AP) que podem ser escritos ou orais
ou práticas (trabalho de pesquisa e exames).

Os resultados do rendimento dependem da qualidade do trabalho do docente e do discente.

2.6. Consolidação
Esta pode ser realizada de diferentes formas: exercícios, resumo, revisão, sistematização e
aplicação.
 Exercícios: visa a formação ou desenvolvimento das habilidades do aluno, que são
determinadas pelo cumprimento de certas tarefas definidas pelo professor;

 Tarefa: é uma exigência ao aluno para o alcance de um determinado objectivo através de


um trabalho autónomo ou orientado.

 Resumo: permite a concentração no que deve ser memorizado só no essencial, reduzindo a


informação por armazenar e com isso, a não sob carga da memória.

 Sistematização: está relacionada com o resumo, tendo o cuidado de fazer a devida ligação
do abstracto e o concreto (relações estabelecidas nos esquemas/diagramas, gráficos, etc.);
devem acompanhá-los com exemplos concretos, porque trata-se duma actividade autónomo
14 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui.

do aluno, sendo assim, recomendável que este deve por si só, resumir e sistematizar o
conhecimento da matéria nova.

 Revisão: tem como objectivo, permitir que os conteúdos da memória sejam armazenados
seguramente e também possam ser reproduzidos por muito tempo e através de muitas
recepções e reproduções.

 Aplicação: é uma actividade que dá oportunidade ao aluno de utilizar de forma criativa os


conhecimentos adquiridos, tanto na prática social, como na vida social, visando estabelecer
uma ligação entre a teoria e a prática.

Sumário
A principal base para a planificação duma aula, efectiva-se com certos requisitos que antecedem a
própria aula.

Todas as funções didácticas que perfazem a planificação duma aula são importantes, desde que se
cumpra o devido organograma

Exercícios
Escolha qualquer tema da 8ª `a 10ª classe.

Com base nisso, aplique a função didáctica consolidação – todos tipos.

Elaborado pela £gina βande


F0083 2º Ano 15

Unidade 03

Tema: VIAS DE AQUISIÇÃO DE

CONHECIMENTO (NA AULA)

Introdução
Vias de aquisição de conhecimento numa aula de física, são processos que se baseiam na
observação directa de fenómenos ou objectos, com o objectivo único de retirar o máximo possível de
detalhes dos mesmo.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Distinguir a diferença entre as duas vias de aquisição de conhecimento;

 Saber descrever com base no seu emprego.


Objectivos

3.0. Vias De Aquisição De Conhecimento (Na Aula)


As vias de aquisição de conhecimento são duas, nomeadamente:

1. Via Empírica de Generalização Indutiva (experiência);


2. Via Teórica de Conclusão Dedutiva.

3.1. A Via Empírica De Generalização Indutiva:


Esta é a via que consiste na aquisição de conhecimentos através de observação dos fenómenos da
natureza ou de uma experiência de demonstração.

Nesta fase, a observação e experiência são importantes fontes de conhecimentos, através da análise
e comparação dos resultados da observação, o aluno é conduzido a uma generalização indutiva.

Ex: Lei da reflexão da luz.


16 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui.

3.1.1. Via Teórica de Conclusão Dedutiva:

Esta consiste na aquisição de conhecimento, na análise de formulações teóricas gerais, leis ou


teorias já conhecidas com objectivo de ganhar novas afirmações, mas particulares; Esta via vai do
geral para o particular.

O resultado dessa análise constitui uma conclusão dedutiva, cuja veracidade deve ser
experimentalmente apurado.

Ex: O processo do raio luminoso através duma lâmina óptica.

Sumário
As duas vias de aquisição de conhecimentos são de peculiar importância, dependendo apenas do
seu emprego.

Exercício
Dos exemplos citados nas duas vias, represente-as, de modo a verificarem as ditas vias.

Elaborado pela £gina βande


F0083 2º Ano 17

Unidade 04

Tema: A EXPERIÊNCIA NA AULA DE

FISICA

Introdução
No âmbito do pensamento científico do reconhecimento da natureza, a experiência e a forma
mais especifica da prática, que interliga o sujeito e o objecto do conhecimento. A aplicação da
experiência como fonte directa do conhecimento, caracteriza situações típicas de aulas de física.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Reconhecer a importância duma experiência numa aula de física;

 A diferença entre uma aula com experiência e outra sem a mesma, mas com
a necessidade desta realização;
Objectivos
 Distinguir os diferentes tipos de experiência numa aula.

4.1. A Experiência Na Aula De Física

A experiência é um procedimento no qual através de uma acção consciente e sistemática, sobre


o processo da realidade objectiva e através da análise teórica das condições em que os
processos tomam lugar, assim como dos resultados dessa acção se pode ganhar novos
conhecimentos.

A Experiência é a demonstração prática de um certo fenómeno.


18 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui.

4.2. A Experiência E Aquisição De Conhecimento


4.2.1. As Vantagens De Uma Experiência Em Relação A Uma Simples Observação

A observação é um método de aquisição de conhecimento que consiste na percepção objectiva do


objecto da observação. Nesta observação, os objectos, os fenómenos e os processos são
observados sem provocar neles quaisquer alterações, quer dizer, o sujeito não age manualmente
sobre o objecto de observação.

Na experiência, porém, o sujeito age manual e conscientemente sobre o fenómeno a ser


observado. Para além disso, a experiência apresenta em relação a uma simples observação as
seguintes vantagens:

O objecto de investigação fica isolado de influências externas e assim, ficam apagadas todas as
acções ou influências perturbadoras, tornando mais simples o processo de investigação;
Permite investigar certos fenómenos que na natureza na são observáveis, ou que pelo menos
não ocorre frequentemente;
Análise detalhada da experiência numa forma regular;
A experiência pode ser acelerada ou retardada, conforme for conveniente;
Os fenómenos podem ser reproduzidos em qualquer tempo e em qualquer lugar.

4.2.2. A Experiência Como Um Meio De Aquisição De Conhecimento Numa Aula De Física


Numa aula de Física a experiência pode ser apresentada em três características:
Experiência como fonte directa do conhecimento;
Experiência como critério da verdade;
Experiência como meio de ligação à prática.

4.2.3. Experiência Como Fonte Directa Do Conhecimento


A aplicação da experiência como fonte directa do conhecimento, caracteriza situações típicas de
aulas de física, em que a realização da experiência constitui a via empírica da generalização indutiva,
quer dizer, aquisição do novo conhecimento na aula, concentra-se em grande parte na realização da
experiência. Tem carácter quantitativo.

Ex: Determinação da densidade de um corpo.


4.2.4. Experiência Como Critério Da Verdade (Hipóteses Dos Resultados)

Elaborado pela £gina βande


F0083 2º Ano 19

Estas experiência, têm como carácter a verificação da veracidade das hipóteses ou suposição
anteriormente formulada pelos alunos. Tem carácter qualitativo ou meio quantitativo, visto que, o
conhecimento inicial do aluno não permite uma formulação quantitativa.

Ex: Pêndulo eléctrico; as características dadas por um espelho plano.

4.2.4. Experiência como Meio de Ligação à Prática


A experiência serve também de campo onde o aluno na aula de física, tem a oportunidade de pôr
em prática conhecimentos já adquiridos, permitindo uma maior solidificação dos mesmos.

Ex: Força de atrito.

4.3. Tipo de Experiência de Física Escolar


Conforme os objectivos definidos por cada experiência, o nível de exigência e de autonomia no
que diz respeito a actividade do aluno, classificam-se em:
 Experiência de demonstração;
 Experiência individual do aluno;
 Experiências caseiras;
 Práticas de Laboratório.

Experiência de Demonstração:

São frontais, realizadas pelo professor, servindo para acumulação de factos para a
construção de modelos abstractos, nos quais se baseia a lei a ser estudada. São também
orientadas para a explicação dos princípios do funcionamento dos aparelhos técnicos, nos
quais as leis são aplicadas.

Experiência Individual Do Aluno:

Experiência realizada por um ou dois grupos de dois ou três alunos, com ajuda de uma ficha
de trabalho e com alguma ou tanta orientação do professor.
- Esta serve para acumulação de factos que podem posteriormente ser resumido numa
teoria;

- Ela também é orientada para justeza de conclusões teóricas;

- Permite a concretização dos conhecimentos já adquiridos pelos alunos;


- Permite o desenvolvimento das capacidades e habilidades do aluno.
20 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui.

Experiências Caseiras:

- Estas são do tipo trabalho para casa (T.P.C.) realizadas pelos alunos com ou sem a
orientação do professor.

- Elas constituem a forma mais produtiva das experiências fora da escola.

- Elas são mais aplicados para a preparação das condições iniciais dos alunos para a fase
do trabalho na matéria nova.

Práticas Laboratoriais:

É uma forma especial de experiência individual do aluno, caracterizada por uma autonomia
especialmente elevada do mesmo.

- Elas permitem um aprofundamento, uma melhor sistematização dos conhecimentos e uma


aplicação investigadora dos mesmos sob novas condições;

- Permitem também, o desenvolvimento contínuo das capacidades e habilidades através do


uso dos aparelhos mais complexos e aperfeiçoados.

4.4. Exigências na realização de experiências Escolares


 O professor deve realizar pessoalmente todas as experiências programadas antes de incluir na
aula;
 Cada experiência deve ser cuidadosamente preparada com os alunos de forma que estes
possam compreender a essência da mesma (material necessário);
 Cada experiência deve ser cuidadosamente avaliada, o resultado deve ser para cada aluno
evidente e claro;
 Todos os instrumentos de experimentação devem garantir segurança no trabalho.

NORMAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO - SERGIO


4.5. Caso Específico De Uma Exigência De Demonstração
 A montagem de uma experiência deve ser tal que todos os pontos mais importantes e as
particularidades de cada aparelho/ instrumento devem ser bem visíveis para todos;
 Coloca-se o dispositivo num local onde todos os alunos possam ver e também o material deve
ter dimensões maiores, com cores coloridas, escala com ponto maior, dispondo o material numa
correcta ordem, um fundo apropriado, muito bem iluminado;
 Os aparelhos devem ser o mais simples possível;
 O tempo de duração deve ser curto.

Elaborado pela £gina βande


F0083 2º Ano 21

Sumário
Uma aula de física por ser de carácter experimental, é melhor concebida quando são planificadas de
modo a incluir uma experiência de acordo com os objectivos que o professor preconiza.

Exercícios

Faça uma experiência de demonstração, a tua escolha duma das unidades da 9ª classe.

Unidade 05

Tema: MÉTODOS PRINCIPAIS DE

CONHECIMENTO NUMA AULA DE FÍSICA

Introdução
Métodos de ensino, é uma categoria fundamental da tecnologia educacional, que é uma forma
através das quais os professores irão trabalhar nos diversos conteúdos com a finalidade de atingirem
os objectivos propostos. É a área mais dinâmica do processo ensino aprendizagem.
22 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Avaliar o dinamismo dos métodos no ensino;

 Interligar os métodos com os devidos meios de ensino;


Objectivos  Aplicar devidamente os métodos em relação aos conteúdos.

5.1. Métodos Principais De Conhecimento Numa Aula De Física


 Método De Reconhecimento E Resolução De Problemas: este visa o alcance de:
1. Estudo de fenómenos físicos e métodos de pesquisa;
2. Formação de conceitos físicos e desenvolvimento de pensamento lógico do aluno;
3. Formação de conhecimentos técnicos e sua utilização na prática;
4. O desenvolvimento do raciocínio lógico e habilidades na realização de operações matemáticas.

5.1. Tipos de Problemas

Os problemas de física podem ser diferenciados com base nos conteúdos, objectivos didácticos,
modo de apresentação, com seu grau de exigência e seu modo de resolução.

Objectivos Apresentação de Grau de Método de


Didáctico Problema Resolução
Conteúdo Dificuldade

Concreto Aplicação Textual Simples Lógico

Abstracto Criativo Gráfico Complexo Experimental

Técnico Controle Desenho Misto Cal. Geométrico

Histórico Experimental Cal. Diferencial

Gráfico

5.1.1. Como Resolver Um Problema Escolar De Física?

Os problemas devem ser resolvidos duma forma consciente e planificada e não aguardar por
acaso. Destacam-se quatro etapas de resolução. Para se resolver é necessário a formulação do

Elaborado pela £gina βande


F0083 2º Ano 23

problema, quer dizer, o professor deve apresentar um enunciado e o aluno por sua vez, desenha
as etapas.

1. Reconhecimento Do Problema: o aluno tenta adquirir a compreensão da tarefa colocada que é


colocada na folha do ponto pela indicação dos dados do problema;

2. Obtenção De Ideias De Resolução: as f’órmulas, que nos conduzem a resolução do problema,


também denominada etapas de investigação;

3. Resolução Do Problema:

4. Discussão Dos Resultados: esta deve concordar com o enunciado e reconhecimento do


problema.

5.1.2. Método De Abstracção e Concretização: este método associam-se aos conceitos, leis
e factos abstractos aos meios visuais que permitem ao aluno conquistar uma visão
mais ou menos real, destes e esta concretização pode ser conseguida através de:
esquemas ou desenhos no quadro, uso de retroprojectores e outros meios de ensino.

5.1.3. Métodos de Procedimento Analíticos – Sintético: este tem como objectivo


reconhecer às regularidades através de decomposição de processos complexos
culminando com o resumo do essencial.

Este obedece as principais etapas:

1. Observação/ reflexão sobre o objecto de estudo;


2. Decomposição do objecto em elementos;
3. Separação do essencial do não essencial;
4. Unificação dos elementos mais essenciais para um objecto abstracto;
5. Comparação dos objectos abstractos com outros também abstractos;
6. Generalização para outros objectos semelhantes;
7. Verificação da veracidade da generalização com objectos pertencentes a mesma classe.

Geralmente, usa-se este método no tratamento e estrutura de aparelhos


físicos.
24 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui.

5.2. Métodos De Analogia: consiste na comparação de dois ou mais objectos, fenómenos ou leis.
Tem como objectivos:

1. Destacar as semelhanças, características comuns essenciais de objecto/ fenómenos e


formação de classes.

2. Tratar as afirmações e factos, até então desconhecidos, baseados em conclusões tiradas


em analogia.

5.3. Método Experimental: usa-se este método para verificar a veracidade das hipóteses , com
os seguintes objectivos:
Avaliação das hipóteses/ prognóstico: consiste na formulação dedutivas de afirmações a
partir de hipóteses por alunos;
Preparação da própria experiência, realização da mesma (montagem, arrumação – preparação,
observação, fixação, construção de tabelas/ gráficos , cálculos, conclusão da mesma);
Avaliação das conclusões através de (confronto entre os resultados das hipóteses);
Ex: A força de atrito

Qual a relação que existe entre a forca de atrito e o peso do corpo? (as hipótese deves ser
experimentalmente avaliáveis).
1. Hipóteses Dos Alunos:

- A força de atrito (Fa) aumenta e o peso diminui;

- Quanto maior for a força, maior será o peso;

- Para qualquer peso a Fa será constante.

2. Montagem e Realização Da Experiência;

Peso 20 40 N 60 N

Força 100 N 200 N 300 N

P / Fa 0.21 0.22 0.199

3. Conclusão: Fa é proporcional ao Peso (Fa ~ P) Fa = const.x P

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F0083 2º Ano 25

Fa = μN ; mas, P = N, logo,  Fa = μ N

5.4. Método De Modelo

Este método visa também a transmissão de conhecimentos na aula de Física, com objectivo de:

Adquirir afirmações com aplicação de um modelo para explicação de um determinado facto.

Procedimento:

Procurar um modelo adequado a aula/ tema;


Trabalhar com um modelo manual prático, analítico-sintectico;
Aplicação dos conhecimentos do modelo sobre o conhecimento original.

Ex: O modelo pode ser um sistema, objecto ou qualquer representação.

5.4.1. Tipos de Modelos

 De carácter ideal ( gás, ponto material, linhas de campo, etc.);


 Modelo real (modelo de motor eléctrico, globo terrestre, pêndulo, etc.).

5.4.2. Características De Um Modelo

 Deve ser mais simples que o original, para facilitar a representação do facto;
 Permitir a observação directa/ indirecta do original.

5.5. Método De Caixa Negra

Permite a compreensão da estrutura de diferentes sistemas e da relação entre a estrutura de


sistema e modo de funcionamento.

Procedimento

1) Variar os valores iniciais – observação e registo de comportamento final;


2) Formulação das afirmações sobre a suposta estrutura do sistema ou funcionamento do
sistema.
26 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui.

Sumário
Os métodos de ensino, por mais que alguns deles tenham obtidos êxitos comprovados, em algumas
situações não podem ser encerrado como respostas definidas, para os mais sérios problemas
educacionais como modelos estandardizados de longo alcance.
Nem todas as experiências usam-se o método experimental; aquelas em que não há hipóteses, não
é método experimental.

Exercício
Escolha aulas (classe) ao seu desejo e aplique os respectivos métodos.

Unidade 06

Tema: ACTIVIDADES DE RECONHECIMENTO

Introdução
Na aula de física, o aluno pode desenvolver diversas actividade sob orientação do professor, tais
como: observar, descrever, justificar, explicar, definir, argumentar, interpretar, etc. estes jogam um
papel importante no desenvolvimento das capacidades mentais, que se chamam actividade de
reconhecimento.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

Reconhecer a diferença entre a descrição e a explicação;

Descrever uma experiência com exactidão de acordo com o fenómeno


em causa;
Objectivos

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F0083 2º Ano 27

Explicar o fenómeno com bases cientificas.

6. Actividades De Reconhecimento
Estas actividades de reconhecimento podem ser desenvolvidas de acordo com as seguintes bases:

1) Descrever:

Apresentação sistemática e orientada de factos, objectos ou fenómenos, com base em características


externas.

A descrição dá apenas informação da composição de um objecto ou sobre o decorrer de um


fenómeno sem nos dizer o por quê.

Procedimento Para A Descrição

Faz-se a escolha das características externas visíveis dos objectos, fenómenos, destaque dos
fenómenos parciais que ocorrem no espaço e tempo numa sequência dada, ou simultaneamente por
fim faz-se a formulação das afirmações dos fenómenos e factos observados.

Ex: Descreva o funcionamento de um amperímetro.

2) Explicar:

Relacionar afirmações sobre um dado fenómeno físico baseada em observação directa: experiências
de leis, teoria, em condições da sua validade.

A diferença entre estas duas é: “o por que das coisas?” dizer claramente porque um fenómeno ocorre
desta maneira e não doutra.

Procedimento:

 Compreender o fenómeno como tal;


 Fazer a formulação sobre o fenómeno e a condição de validade;
 Enquadrar o fenómeno;
 Reproduzir leis;
 Deduzir, conclusão baseada em leis, passar do geral para particular;
 Concordância.
28 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui.

Ex:

1. Explique por quê que os corpos que são abandonados a uma dada altura são atraídos para a
Terra?
2. Explique por quê que um balão fixo numa garrafa depois de aquecida o balão enche?

Sumário
Descrever um fenómeno ou objecto, significa, relatar as características externas e internas. Enquanto
que explicar, é fazer a abordagem no que concerne ao seu funcionamento e as possíveis vantagens
e desvantagens.

Exercícios
Faça os exercícios dados nos exemplos da descrição e da explicação. Podendo mudar o tipo de
aparelho, no caso do amperímetro.

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F0083 2º Ano 29

Unidade 07

Tema: FUNÇÃO E
UTILIZAÇÃO DOS MEIOS
DE ENSINO NA AULA DE
FÍSICA

Introdução
Meios de ensino são todos os objectos materiais pedagógicos que integrados no processo
pedagógico e combinados com outros meios proporcionam condições necessárias para o alcance
dos objectivos definidos pela aula, estes auxiliam o trabalho do professor na sua actividade de
docência e facilitam aos alunos na assimilação dos conhecimentos.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

Utilizar todos os meios de ensino propostos para cada aula;

Saber as características de cada tipo de meios de ensino;


Objectivos Orientar-se no momento da utilização dos meios de ensino, de acordo
com as funções didácticas.

U.T: Unidade Temática;

T.P.C.: Trabalho Para Casa;

P1 e P2: Pressões 1 e 2;
Terminologia
A1 e A2: Áreas 1 e 2
30 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui.

7. Função E Utilização Dos Meios De Ensino Na Aula De Física

Os diferentes meios de ensino, utilizados ou necessários para o tipo de aula, combinam com outros
meios de alcance dos objectivos, que são métodos, organização, linguagem, gestos, etc..

Podemos distinguir diferentes tipos de meios de ensino:

- Materiais editoriais;

- Materiais técnicos de ensino (meios audiovisuais);

- Materiais de experimentação.

7.1. Planificação De Uma Aula De Física

A planificação de uma aula de física depende da planificação da unidade temática em que esta se
insere.

Níveis De Planificação Do Ensino


 Ministério da Educação e Cultura – faz a planificação do ensino (responsáveis pela
elaboração do programa de ensino);

 Grupo de disciplina – (grupo de professores da mesma disciplina, planifica a unidade


temática);

 Professor – planifica a aula.

7.1.1. Planificação Da Unidade Temática (U.T.)


Unidade temática é uma parte constituinte do programa de ensino, que é constituído por matérias
de ensino, compacta e com uma certa estrutura, que a torna compreensível; um conjunto de
temas ligado a um dado assunto.

A planificação da unidade temática é muito importante porque permite:


 Uma subdivisão correcta da matéria;
 Determinação da função de cada aula (introdução da matéria nova, revisão, exercícios –
consolidação, avaliação);
 Facilita a preparação metodológica de cada aula da unidade e organização;
 assegura a ligação da aula das outras disciplinas.

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F0083 2º Ano 31

A planificação da U.T. deve obedecer a relação recíproca seguinte;

objectivos  conteúdos  métodos.

Primeiro definem-se os objectivos e com base nestes, definem-se os conteúdos que devem ser
realizados com uma certa metodologia a aplicar; portanto, a planificação da U.T. por parte dos
professores deve começar com a análise dos objectivos definidos no programa de ensino de física da
respectiva classe.

Os objectivos são os critérios decisivos para a definição dos conteúdos, que por sua vez, têm uma
grande influência na realização dos objectivos.

Os objectivos e conteúdos determinam os métodos `a aplicar, que por sua vez, influenciam estes
dois.

Etapas Da Planificação Da Unidade Temática (U.T.)

Definição dos objectivos


1.1. Análise dos objectivos
1.2. Análise das condições de ensino/ aprendizagem;
1.3. Concretização dos objectivos;
2. Planificação dos conteúdos.

1.1. Análise Dos Objectivos:


Redefinição dos objectivos a alcançar na U.T. de acordo com as exigências do ensino;
Relacionamento dos objectivos com diferentes assuntos a serem tratados na U.T.;
Ordenação dos objectivos da U.T..

1.2. Análise Das Condições De Ensino/ Aprendizagem


A avaliação das condições iniciais para a realização dos objectivos no que respeita aos
conhecimentos, capacidades e ao comportamento dos alunos, observação (daqueles conhecimentos
possíveis dos alunos antes da matéria nova, testes diagnóstico, algum material, etc.).

1.3. Concretização Dos Objectivos


Estabelecimento do número dos objectivos:

- Fixação de como e quando o resultado da realização dos objectivos deverá ser avaliado.
2. Preparar melhor possível os conhecimentos básicos da matéria a transmitir e experiências a
realizar, com ajuda do programa de ensino e livros de estudos.
32 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui.

Assegurar o nível inicial através da preparação do trabalho para casa (T.P.C.);


Escolher os meios de ensino necessário e adequados para a aula;
Planificar outros aspectos organizativos e metodológicos importantes.

7.1.2. Material Para A Planificação Da Unidade Temática (U.T.)


Para esta planificação são importante certos materiais, que são:

7.1.3. Materiais Básico (Obrigatório)


Programa de ensino;
Normas de avaliação.

7.1.4. Materiais Auxiliares


Livros do aluno ou outros de física;
Manual de apoio;
Cadernos de exercícios de apoio.

ESTRUTURA DO PLANO DE UMA UNIDADE TEMÁTICA

Nome da U.T.:_____________________ CLASSE_______ NÚMERO DE


HORAS___________

Nr. DE TEMA DA OBJEC CONTEUDOS TIPOS MEIOS


ORDEM MÉTODO OBSRV.
AULA TIVOS REVISÃO MATÉRIA DE DE
(AULAS) NOVA
AULAS ENSINO

1 Conceito a) o aluno Matéria já - Quais os Introdução experime Materiais de


força. deve dada nas aspectos ntal experiência.
possuir aulas; que devem
conhecim ser
entos abordados;
sobre:
- Conceito
b) o aluno forca;
deve ser
capaz de: -Caracterís

ticas;

7.2. Métodos De Reconhecimentos E Resolução De Problemas

Elaborado pela £gina βande


F0083 2º Ano 33

Formação De Conceitos e Leis

Tema: O conceito da pressão. Unidades da pressão

Aula 2.7. Unidade II (Estado Sólido Dos Fluídos E Gases Da 9ª Classe)

Tratamento Da Matéria Nova

A aula pode iniciar com um problema de questão “ problema – questão”.

Ex: Duas amigas passeiam numa praia, uma de chinelos rasos e a outra de sapatos de saltos altos
fino. A amiga de saltos sente grandes dificuldades de deslocar-se na areia (porque enterrava-se),
questiona a outra de chinelos, por quê andava com mais facilidade do que a amiga.

1ª Etapa:

P1 ; P2

A1 ; A2  são as grandezas que identificam o problema.

2ª Etapa: (ideias de resolução de obtenção do problema);

- Tem maior peso;

- A superfície da sola dos sapatos é fina ( a superfície de contacto com a areia é menor do que o
caso dos chinelos);

- Há uma relação entre a força e a superfície.

A acção da força não só depende do seu módulo, mas também da superfície a que ela actua.

3ª e 4ª Etapas:

Definição: a grandeza física igual a razão entre a força que actua perpendicularmente sobre a
superfície e a área dessa superfície, chama-se pressão.

Matematicamente: pressão = Força/ área; p = F/A

Qual a unidade da pressão?


1. [F] ; [A]; [p]= ?
34 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui.

2. P = F/A  [p] = [F] / [A]

3. [p] = 1N/ m2 = 1 Pa ( um Pascal)

Sumário
Para uma boa planificação da unidade temática, primeiro definem-se os objectivos e com base
nestes, definem-se os conteúdos que devem ser realizados com uma certa metodologia a aplicar; no
entanto, a planificação da U.T. por parte dos professores deve começar com a análise dos objectivos
definidos no programa de ensino de física.

Exercícios
Faça plano duma unidade temática, a sua escollha.

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F0083 2º Ano 35

Unidade 08

Tema: PLANIFICAÇÃO DE
UMA AULA DE FISICA

Introdução
Com a planificação da unidade temática, dá-se um passo decisivo para a planificação de uma
aula, pois, já se encontram definidos, os principais objectivos dos conteúdos das aulas e os
métodos a seguir, as aulas já se encontram ordenadas, assim como estão definidas as funções
didácticas para cada uma das aulas.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Planificar uma dada aula de física, para qualquer que seja a classe;

 Obedecer os critérios para a planificação;


Objectivos  Aplicar devidamente os diferentes meios de ensino para a aula.

8.1. Passos Para A Planificação De Uma Aula De Física

1º Avaliar: se os alunos atingiram os objectivos da aula anterior;

- Decidir: se há necessidade de alterar os objectivos da unidade temática;

- Dividir os objectivos em específicos para a aula.

2º Apresentação Do Conteúdo Da Matéria

- O professor serve-se da experiência e dos conhecimentos dos alunos;

- Subdividir o conteúdo a ser transmitido detalhadamente e evidenciar os aspectos fundamentais.


36 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui.

3º Apresentação Metodológica E Organização


 Colocar no ponto central a actividade do aluno e o nível do seu cumprimento e assegurar
um elevado nível de autonomia;
 Definir uma estrutura lógica (a sequência da aula);
 Escolher uma divisão didáctica da aula em funções didácticas que correspondem a função
da aula e um processo lógico;
 Fixar normas e direcção da aula por parte do professor;
 Definir claramente de acordo com os objectivos, métodos e condições da turma,
actividades do aluno e do professor durante a aula;
 Determinar outros métodos e formas organizativas auxiliares `a aplicar;
 Planificar e aplicar os meios de ensino, como por exemplo, como usar o livro do aluno, o
quadro, etc..

Exemplar De Uma Estrutura Do Plano De Aula

CABEÇALHO

ESCOLA________________________________________________________
____________ CLASSE _________TURMA__________DATA______________

TEMA DA AULA________________________________________HORAS (INICIO)_____

OBJECTIVOS_____________________________________________________
1. O aluno deve possuir conhecimentos sobre:
-

-
2. O aluno deve ser capaz de:
-

Meios de ensino ( aquilo que vai usar na própria aula)

Métodos (o número depende do professor)

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F0083 2º Ano 37

TEMPO FUNÇÕES CONTEÚDO METODOLOGIA E ORGANIZAÇÃO

DIDÁCTICAS ACTIVIDADE DO ACTIVIDADE DO


PROFESSOR ALUNO

7h00 - Saudações e - saúda e faz - os alunos respondem.


controlo de chamada;
presenças;
- o professor
- questiona;

7h05 Orientação dos - Perguntas e - corrige perguntas


objectivos respostas. erradas.

7h15 Trabalho na
matéria nova.

Notas:

Os métodos da aula são reflectidos nas actividades do professor e dos alunos;

No controlo do tempo, é melhor registar a hora em que deve iniciar cada actividade.

Cada momento da aula determina uma dada função didáctica;

Na coluna do conteúdo, regista-se todo o conhecimento a ser transmitido durante a aula,


incluindo as perguntas, respostas, conclusões, apontamentos, procedimento da
experiência, etc.

Sumário
Planificação de uma aula, depende crucialmente da planificação da própria unidade temática e dos
conteúdos a serem ministrados numa aula.

Exercícios
Faça a planificação duma aula, com a livre escolha da mesma e classe.
38 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui.

Unidade 09

Tema: CONCEITOS, LEIS E


GRANDEZAS FISICAS

Introdução

Um conceito fixo é o reflexo das características essenciais de uma categoria de objectos ou


fenómenos físicos; também podemos definir o conceito como, o saber sobre o essencial das
propriedades de uma dada classe de corpos ou fenómenos da realidade, das ligações importantes e
das suas relações; ou, é tudo o que podemos saber acerca dum dado fenómeno, objecto, etc.

Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:

Elaborado pela £gina βande


F0083 2º Ano 39

 Definir um conceito com base nas suas próprias ideias;

 Distinguir um conceito duma lei física;


Objectivos  Descrever um dado fenómeno com base nos fenómenos físicos.

9. Conceitos, Leis E Grandezas Físicas

São alguns exemplos de conceitos físicos:


Inércia, interferência das ondas, velocidades, etc.

9.1. Tipos De Conceitos


os conceitos podem ser qualitativos ou quantitativos.

Os conceitos físicos qualitativos: são aqueles que descrevem o comportamento da natureza sem
que proporcionem um processo de medição.

Ex: Ponto material, campo eléctrico, raio luminoso, etc.

Estes tipos de conceitos, também se dá o nome de conceitos não mensuráveis.

Conceitos físicos quantitativos: são aqueles que são caracterizados e definidos por um processo de
medição, estes também se denominam por grandezas físicas ou conceitos mensuráveis.

Ex: impulso, massa, intensidade do campo, etc..

Os conceitos qualitativos resumem-se numa frase explicativa, enquanto que as quantitativas são
definidos por uma relação matemática, cujo conteúdo físico pode-se explicar através duma frase
adequada.

Ex: impulso.

Contêm espaços também para a medição directa ou indirecta de grandezas definidas.

Ambos processos gozam papéis importantes na investigação em física e existe uma estreita
ligação.
40 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui.

Um determinado processo tem logicamente um certo número de aspectos qualitativos explicados


pelos conceitos não mensuráveis.

Exemplo: campo eléctrico; estes aspectos qualitativos são descritos quantitativamente através de
grandezas física, ou seja, conceitos mensuráveis.

As grandezas físicas são uma medida quantitativa das relações quantitativas.

9.2. Formação De Conceitos


Existem duas vias principais de formação de conceitos:

1ª Através do processo de comunicação diária na acção recíproca com o ambiente e a sociedade ou


da literatura cientifico popular.

2ª Através do processo normal de ensino.

Na primeira via, os conceitos físicos se desenvolvem geralmente do objecto para a definição, ou seja,
do concreto para o abstracto. Os conceitos formados por esta via, são geralmente ganhos
inconscientemente e a sua associação não é sistemática.

Na segunda via, a formação dos conceitos físicos se desenvolvem tanto da definição ao objecto
como do objecto a definição sob a orientação do professor.

A formação do conceito através do processo normal, de ensino obedece também por sua vez, os
seguintes métodos:

1) Formação de conceito através da explicação;

2) Formação de conceito através da definição baseada na abstracção:


a) Formação generalizada de conceitos;
b) Formação de conceitos por introdução de grandezas físicas.

Elaborado pela £gina βande


F0083 2º Ano 41

Sumário
Em física, existem dois tipos de conceitos :conceitos físicos quantitativos também conhecido por
conceitos mensuráveis e conceitos qualitativos por .

Ambos processos gozam papéis importantes na investigação em física e existe uma estreita
ligação.

Unidade 10

Tema: DIDÁCTICA DE
FISICA II

Introdução
Para a abordagem da didáctica de física II, é importante antes de mais, ter ocoes de certos requisitos
que levarão a consolidação desta parte. Fazem parte todos os alicerces abordados na didáctica de
física I, que levaram a efectivação da mesma.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Recapitular todos os requisitos da didáctica de física, a parte teórica;

 Relacionar os aspectos teóricos abordados em didáctica de física I;


Objectivos  Pôr em prática todos os aspectos teóricos;

 Assistir as aulas com o objectivo de pôr em prática as planificações.


42 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui.

DIDÁCTICA DE FISICA II
- FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DIDÁCTICA DE FISICA I;

- PROGRAMA DE ENSINO;

- MANUAIS DE FISICA;

- DIDÁCTICA DE FISICA E QUIMICA;

- FICHAS DE EXPERIÊNCIA.

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS – ASSISTÊNCIAS AS AULAS


Assistências as aulas é uma actividade que consiste em reconhecer a estrutura complexa da aula,
analisa-la com base nos fundamentos teóricos da didáctica e avaliá-la.

O objecto da assistência as aulas são as actividades do professor e do aluno na aula.

A analise das actividades as aulas é de extrema importância, pois:


 Contribui para a ligação da teoria e a prática, ou seja, só reconhecimento da relação existente
entre teorias da didáctica e a prática de ensino;
 Quando a assistência é bem planificada, bem realizada e bem avaliada, contribui para o
desenvolvimento da própria prática do ensino;
 Permite conhecer de perto, situações típicas e particulares que se criam durante uma aula de
física;
 A assistência a aula constitui um dos métodos de investigação.

1. Aspectos Essenciais A Observar Numa Assistência De Aulas E


A Registarem No Protocolo
ANÁLISE DO TRATAMENTO DOS CONTEÚDOS
a) A justeza dos conhecimentos transmitidos pelo professor ao aluno (erros científicos);
b) O nível cientifico da abordagem dos conteúdos (não estar atrasada e nem adiantada);
c) Conhecimentos completos ou com lacunas;
d) Domínio ou a segurança dos conhecimentos durante …

Análise Das Actividades Do Professor


a) Como é que o professor conduz a aula para o cumprimento dos objectivos traçados;
b) Que tipo de actividades o professor realiza durante a aula, desde o seu inicio e o seu fim;
c) Reacções do professor durante as diferentes situações da turma (piadas, insultos, etc.)
d) Comportamento do professor.

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F0083 2º Ano 43

2. Análise Das Actividades Dos Alunos Que Dependem Geralmente


Do Professor E Da Orientação Do Mesmo

a) Que actividades desenvolvem os alunos desde o inicio até o final das aulas;
b) Que actividades de reconhecimento realizam os alunos;
c) Que tipo de actividades práticas e mentais desenvolvem os alunos;
d) A participação dos alunos nas aulas;
e) Comportamento dos alunos.

Cada assistência a aula deve ser acompanhada por um protocolo.

Na elaboração do protocolo, não basta mencionar ou enumerar as actividades externas do professor,


como por exemplo, “o professor coloca perguntas” ou “ o professor faz uma exposição”, etc., mas
sim, é necessário associar essas afirmações no conteúdo da aula, no seu todo e sendo assim,
importante registar o que ele expõe, o que responde, explica, etc. e anotar opiniões se o
procedimento seguido é ou não adequado.

CABEÇALHO DO PROTOCOLO

NOME DO PROTOCOLANTE_________________________________________________

ESCOLA_________________________________________________________
CLASSE___________________ TURMA ______________________________

DISCIPLINA_____________________DATA_______________HORAS_______

NOME DO PROFESSOR ASSISTIDO______________________________________________________

UNIDADE TEMÁTICA DA AULA


ASSITIDA________________________________________________________

TEMA DA AULA/ SUMÁRIO________________________________________________________

OBJECTIVO DA AULA____________________________________________________________

Os alunos devem ter conhecimento sobre:


a) …;
b) …;
c) ….
d) …
44 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui.

Os aluno devem ser capazes de:


a) ...;
b) …;
c) ….;
d) ….

Conteúdo Do Protocolo (Estrutura)


Tempo Funções Continuação Actividade do Actividades Observações
da do Comentários
Didácticas Professor
Matéria Aluno

7h00-7h05 Motivação Conta histórias Escutam Tempo longo;


alunos são
passivos;

Bibliografia

1. LIBÂNEO, José C. os conteúdos escolares e sua dimensão critico-social.


Revista da Ande. São Paulo. 1986
2. LOPEZ, J. Formação de Professor com base num modelo de Ensino-
Aprendizagem centrado na resolução de Problemas. Universidade de
Aveiro. 1993

3. MACHADO, A. V. Métodos e Práticas de Ensino de Física;

4. MARCONI, M. Andrade & LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de Pesquisa. 5ª


Edição. São Paulo, Editora Atlas. S. A – 2002
5. MARCONI, M. Andrade & LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do Trabalho
Cientifico. 6ª Edição. São Paulo, Editora Atlas – 2001

Elaborado pela £gina βande


F0083 2º Ano 45

6. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Instituto nacional do


Desenvolvimento da educação. Física 8ª classe. Programa Intermédio.
2006-2007
7. PILETTI, Claudino. Didáctica Geral. São Paulo, Ática, 1986

8. FONTES, Carlos. Recursos pedagógicos;

- Ser Professor Universitário. Métodos e Meios de Ensino;

- Instrumentos Para o Ensino;


F0083 2º Ano 47

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