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Os Primórdios da Contagem e da Matemática

Há milhares de anos, o ato de contar elementos tornou-se


importante para o homem primitivo. Este conceito não nasceu
de um único individuo ou de uma tribo especifica, mas foi
uma percepção natural. Antes de existir a definição de um
número como um símbolo propriamente dito, que representa
uma quantidade, essa relação era feita entre objetos
diferentes. Um exemplo alegórico é aquele em que um pastor
de ovelhas pode contar o seu rebanho usando pedras num
saco, ou seja, se num rebanho existem 150 ovelhas, então
ele teria 150 pedras, uma para cada ovelha. E isso se
estendeu posteriormente para contar dias, estações do ano,
entre outras medidas usadas pelo homem primitivo. Um
exemplo disso é o osso de Lebombos, que é um artefato
arqueológico datado em 35.000 anos A.C., que serviu,
segundo estudiosos, como um bastão calendário.
Posteriormente toda a construção da matemática baseou-se
em aplicações, ou seja, na agricultura com a medição de
terras, tempo necessário para plantio e colheita, observação
dos astros a fim de prever eventos, entre outros.

Matemática Egípcia, Babilônica e Oriental


Sem dúvida, as civilizações Egípcias e Babilônicas foram
excelentes contribuintes para a matemática. Este fato é
notável devido à complexidade em suas construções, que são
até hoje palco de discussões sobre como foram construídas,
um sistema numérico bem definido, o princípio das equações
entre outros elementos que foram a chave para o início da
matemática moderna. Por exemplo, o Papiro de Rhind é um
documento onde estão escritos os numerais egípcios. No
Museu Britânico encontram-se algumas tábuas babilônicas
feitas de argila onde estão escritos 36 problemas sobre
construção, onde alguns deles abordam as primeiras
tentativas da solução de uma equação do segundo grau. No
oriente, a matemática teve um avanço surpreendente com a
representação simbológica de números muito grandes,
números negativos e decimais. Os países árabes foram o
berço da geometria, da álgebra e da aritmética.
Matemática na Grécia Antiga
Na Grécia antiga, com a influência direta de seus pensadores
e filósofos e de todo o conhecimento antigo adquirido ao
longo da história, a matemática começa a ser vista como uma
ciência axiomática e
abstrata. Pitágoras, Euclides, Arquimedes, Anaxágoras,
Eratóstenes de Alexandria e muitos outros nomes,
consolidaram o pensamento teórico e prático da aritmética e
da geometria. A obra Os Elementos de Euclides é o tratado
matemático e geométrico mais antigo que possui uma
estrutura axiomática bem definida, concretizando então o
pensamento axiomático da matemática, muito presente na
ciência moderna.

Início da Era Moderna da Matemática


Foi no período renascentista que a matemática começa a ser
internacionalizada, com a tradução de textos árabes para o
latim, a Europa detêm a liderança em pesquisas em
matemática. Neste tempo também as universidades e
grandes centros acadêmicos, muitos deles existindo até hoje,
começaram a nascer. A academia desta época, baseada nas
antigas escolas gregas, concentrava-se em dois principais
grupos de base para a educação, chamados de Trivium (que
compreendia a gramática, a retórica e a lógica) e Quadrivium
(representado pela aritmética, geometria, astronomia e
música). Foi nesta época também que grandes nomes
contribuíram para a matemática moderna. René Descartes, o
pai da matemática moderna, escreve O Discurso do
Método  em 1637, obra que foi marcada pelas aplicações
práticas em questões científicas.

No século XVI, Isaac Newton, o físico-matemático mais


importante e influente de toda a história, inicia uma nova era
na ciência e também na matemática. Suas descobertas e
obras são diversas: O livro Princípios Matemáticos da Filosofia
Natural  é o livro científico de maior influência já publicado e
trouxe com uma abordagem matemática o movimento dos
corpos e toda a fundamentação da mecânica clássica, bem
como a lei da gravitação universal. Newton também contribui
para a descoberta do cálculo, porém outro matemático
chamado Gottfried Wilhelm Leibniz o havia descoberto de
forma independente e em períodos diferentes ao de Newton,
o que gerou conflitos entre ambos pela disputa do título de
“descobridor do Cálculo”. A matemática cresceu muito neste
período e novos conceitos foram criados e descobertos.
Consequentemente, novas áreas e subáreas de pesquisa
abriram caminho para grandes gênios futuramente.

A Matemática moderna
Do século XIX em diante a matemática entra então na sua
“idade moderna”. Neste período a matemática estabeleceu as
suas bases, começando a intensificar suas pesquisas,
desenvolvendo novos ramos e sub-ramos da ciência. Surgem
também jornais e revistas cientificas a fim de disseminar as
descobertas entre os cientistas bem como formação específica
na área da matemática e ciências naturais. Nomes
como Cauchy, Riemann, Carnot, Laplace ecoam como
grandes personalidades. Carl F. Gauss, o mais notável do
século XIX, chamado também de Príncipe da Matemática, foi
um homem prodígio desde sua infância e um dos
universalistas da matemática que viveu nesse período.
Entende-se como universalista aquele cientista que contribuiu
para todas as áreas da matemática, ou seja, Gauss contribuiu
para a matemática moderna, física e astronomia numa lista
de incontáveis avanços e descobertas que até hoje utilizamos
no cotidiano diretamente. Áreas como a álgebra moderna e a
análise matemática surgem nesta época, que são hoje áreas
amplamente exploradas por acadêmicos em matemática pura.

No século XX, a matemática floresce ainda mais. Nomes


como David Hilbert, que também é considerado um dos mais
notáveis matemático

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