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HISTÓRIA DA MATEMÁTICA

História Da Matemática

A história da matemática é uma área de estudo dedicada à investigação sobre a origem das
descobertas da matemática e, em uma menor extensão, à investigação dos métodos matemáticos e aos
registros ou notações matemáticas do passado.

Anteriormente à modernidade e à expansão mundial do conhecimento, os exemplos escritos de novos


progressos matemáticos tornaram-se conhecidos em apenas poucas localidades. Os textos matemáticos
mais arcaicos disponíveis que nos são conhecidos são o Plimpton 322(matemática babilônica, cerca de
1900 a.C.), o Papiro Matemático de Rhind (matemática egípcia, cerca de 2000-1800 a.C.) e o Papiro
Matemático de Moscou (matemática egípcia, cerca de 1890 a.C.). Todos estes textos versam sobre o
então chamado Teorema de Pitágoras, que parece ser o progresso matemático mais amplamente
difundido depois da aritmética básica e da geometria.

A contribuição greco-helênica refinou grandiosamente os métodos (especialmente através da introdução


do raciocínio dedutivo e do rigor matemático em provas) e expandiu o tema da matemática, isto é, aquilo
de que ela trata. O estudo da matemática como um tópico em si mesmo começa no século VI a.C. com
os pitagóricos, os quais cunharam o termo "matemática" a partir do termo μάθημα (mathema) do grego
antigo, significando, então, "tema do esclarecimento".

A matemática chinesa fez contribuições já muito cedo, incluindo o sistema de notação


posicional. O sistema númerico indo-arábico e as regras para o uso de suas operações, atualmente em
uso no mundo todo, foi provavelmente desenvolvido em torno do ano 1000 d.C. na Índia e transmitido
ao Ocidente através da matemática islâmica. A matemática islâmica, por sua vez, desenvolveu e
expandiu a matemática conhecida destas civilizações. Muitos textos gregos e árabes sobre matemática
foram então traduzidos ao latim, o que contribuiu com o desenvolvimento da matemática na Europa
medieval.

Dos tempos antigos à Idade Média, a eclosão da criatividade matemática foi frequentemente seguida por
séculos de estagnação. Começando no Renascimento, no século XVI, novos progressos da matemática,
interagindo com as novas descobertas científicas, foram realizados de forma crescente, continuando
assim até os dias de hoje.

Matemática Na Pré-História

A origem do pensamento matemático jaz nos conceitos de número, magnitude e forma. Estudos
modernos da cognição animal mostraram que tais conceitos não são unicamente humanos. Eles teriam
sido parte da vida cotidiana de sociedades de indivíduos caçadores-coletores. Ademais, que o conceito
de número tenha se desenvolvido paulatinamente ao longo do tempo, isto fica evidente com o fato de
que algumas línguas atuais preservam a distinção entre "um", "dois" e "muitos", mas não em relação a
números maiores do que dois.

O objeto matemático reconhecido como possivelmente o mais antigo é o osso de Lebombo, descoberto
nos montes Libombos, na Suazilândia, e datado de aproximadamente 35000 anos a.C. Tal osso consiste
em 29 entalhes feitos em uma fíbula (ou perônio) de um babuíno.

Também foram descobertos artefatos pré-históricos na África e na França, datados de entre 35000 e
20000 anos atrás, os quais sugerem tentativas arcaicas de quantificação do tempo. No livro How
Mathematics Happened: The First 50,000 Years (sem versão em português), por exemplo, Peter Rudman
argumenta que o desenvolvimento do conceito de números primos apenas pôde ter surgido depois do
conceito de divisão, a qual é por ele datada de após 10000 a.C.,

sendo que os números primos provavelmente não eram entendidos até em torno de 500 a.C. Ele também
escreve que "não foi feita nenhuma tentativa de explicar por que razão uma talha de alguma coisa deve
apresentar múltiplos de dois, números primos entre 10 e 20 e alguns números que são quase múltiplos
de 10."

Matemática Egípcia

O osso de Ishango, descoberto perto das cabeceiras do rio Nilo, pode possuir algo como 20000 anos de
existência e consiste em uma série de talhas marcadas em três colunas ao longo do comprimento do
osso.

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As interpretações mais habituais a respeito de tal osso dizem que ele mostra ou a mais antiga
demonstração conhecida de sequências de números primos ou então um calendário lunar de seis
meses.

Há também egípcios do período pré-dinástico do quinto milênio a.C. que


representaram pictoricamente as figuras geométricas. Além disso, reivindica-se que os monumentos
megalíticos presentes na Inglaterra e na Escócia, datados do terceiro milênio a.C., incorporam em suas
formas ideias tais como a de círculo, a de elipse e os triplos pitagóricos.

Egípcios, babilónicos e chineses, muito antes do século -VI, eram já capazes de efetuar cálculos e
medidas de ordem prática com grande precisão. Foram os gregos, no entanto, que introduziram as
rigorosas provas dedutivas e o encadeamento sistemático de teoremas demonstrativos que tornaram a
Matemática uma ciência.

A palavra "matemática" (μαθηματική), que é de origem grega, englobava a aritmética, a geometria,


a astronomia e a mecânica. Antigamente, apenas a aritmética e a geometria, as duas áreas teóricas que
mais atraíram os gregos antigos, eram consideradas ciências puramente matemáticas.

Alguns filósofos como Tales de Mileto (625 a.C. - 545 a.C.), Pitágoras de Samos (570 a.C. - 495 a.C.) e
Demócrito de Abdera (c. 460 a.C.). Outros também eram sofistas, como Hípias de Élisa (século V a.C.);
outros dedicavam-se quase exclusivamente à geometria e às suas aplicações mecânicas e
astronômicas, como Euclides (295 a.C.), Arquimedes(287 a.C. - 212 a.C.) e Apolônio de Perga (200
a.C.). Diofanto de Alexandria notabilizou-se por seus estudos de álgebra.

A contribuição dos filósofos pré-socráticos à matemática, enquanto ciência, são discutíveis e em grande
parte fruto de tradição mal documentada. As mais antigas evidências concretas sobre as atividades de
um matemático propriamente dito referem-se a Hipócrates de Quios (c. 470 a.C. - 400 a.C.). Nossos
conhecimentos sobre Hipócrates de Quios e outros matemáticos anteriores ao século IV a.C., no entanto,
baseiam-se em fragmentos de suas obras e em tradições conservadas nos séculos posteriores.

O mais antigo tratado matemático que chegou até nós é o "Da esfera móvel", de Autólico (360 a.C. - 290
a.C.), um estudo a respeito da piramidia da esfera. Dos matemáticos posteriores restam-nos diversas
obras de valor desigual, dentre as quais destaca-se Os Elementos, de Euclides, cuja influência persiste
até hoje.

O interesse pela História da Matemática iniciou, também, na Grécia Antiga. Eudemo de Rodes (século
IV a.C.), um dos discípulos de Aristóteles, escreveu histórias da aritmética, da geometria e da astronomia
que, infelizmente, não foram conservadas. Durante o período greco-romano, matemáticos como Papo
de Alexandria e Teon, pai da filósofa Hipatia, discutiram e comentaram a obra de seus predecessores.

Os textos matemáticos (em escrita cuneiforme) mais antigos foram encontrados na Mesopotâmia. Na
China, é inventado o ábaco, primeiro instrumento mecânico para calcular. São criadas as tabuadas e o
cálculo de área é desenvolvido. Estas coisas aconteceram entre 3000 e 2500 a.C.

Aproximadamente em 1600 a.C., é escrito o papiro de Rhind, principal texto matemático dos egípcios;
este contém regras para o cálculo de adições e subtrações de frações, equações simples de 1º grau,
diversos problemas de aritmética, medições de superfícies e volumes.

De 550 até 450 a.C., é estabelecida a era pitagórica, caracterizada por grandes conhecimentos na
geometria elementar, como o teorema de Pitágoras. Os pitagóricos foram os primeiros a analisar a noção
de número e estabelecer as relações de correspondência entre a aritmética e a geometria. Definiram os
números primos, algumas progressões e a teoria das proporções.

O matemático grego Erastótenes idealizou um método com o qual pôde medir a circunferência da Terra,
entre os anos de 276 e 194 a.C.

Entre os anos 300 e 600 o povo hindu cria o sistema numérico decimal que usamos hoje.

No ano 1100, Omar Khayyam desenvolve um método para desenhar um segmento cuja longitude fosse
a raiz real positiva de um polinômio cúbico dado. Em 1525, o matemático alemão emprega o atual
símbolo da raiz quadrada. Em 1545, Gerolamo Cardano publica o método geral para a resolução de
equações do 3º grau. Em 1550, Ferrari torna público o método de resolver equações do 4º grau.

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Em 1591, François Viète aplica, pela primeira vez, a álgebra à geometria. Em 1614, os logaritmos são
inventados por Napier. Em 1619, Descartes cria a geometria analítica.

No ano 1642, Blaise Pascal constrói a primeira máquina de calcular, com a qual podia-se somar ou
subtrair com números de até seis dígitos. Em 1684, é criado, ao mesmo tempo, por Newton e Leibniz o
cálculo infinitesimal. Em 1746, D’Alembert enuncia e demonstra parcialmente que qualquer polinômio de
grau n tem n raízes reais.

No período compreendido entre o ano 1761 e 1895, muita coisa aconteceu. Johann Lambert prova que
o número PI (π) é irracional (1761). Leonard Euler, matemático suíço, simboliza a raiz quadrada de -1
com a letra i (de imaginário) (1777).

O matemático italiano Paolo Ruffini enuncia e demonstra parcialmente a impossibilidade de resolver


equações de 5º grau (1798). Laplace publicou em Paris a Teoria Analítica das Probabilidades, onde faz
um desenvolvimento rigoroso da teoria das probabilidades com aplicação a problemas demográficos,
jurídicos e explicando diversos fatos astronômicos (1812). Bernhard Bolzano cria o teorema que leva seu
nome (1817). O matemático russo Georg Cantor cria a teoria dos conjuntos (entre 1872 e 1895).

Em 1904, o matemático sueco Niels F. Helge Von Koch constrói a curva que leva seu nome. As medalhas
Fields são criadas para premiar os matemáticos que se destacam (1924). Em 1975, Mitchell Feigenbaum
descobre um modelo matemático que descreve a transição da ordem ao caos. Em 1977, os matemáticos
K. Appel e W. Haken resolvem o histórico teorema das quatro cores com a ajuda de um computador.

A matemática é a ciência dos números e dos cálculos. Desde a antiguidade, o homem utiliza a
matemática para facilitar a vida e organizar a sociedade. A matemática foi usada pelos egípcios na
construção de pirâmides, diques, canais de irrigação e estudos de astronomia. Os gregosantigos também
desenvolveram vários conceitos matemáticos. Atualmente, está ciência está presente em várias áreas
da sociedade como, por exemplo, arquitetura, informática, medicina, física, química etc. Podemos dizer
que em tudo que olhamos existe a matemática.

Abaixo, Um Pequeno Histórico Da Evolução Histórica Da Matemática:

4000 a.C. - Na Mesopotâmia, os sumérios desenvolvem um dos primeiros sistemas numéricos,


composto de 60 símbolos.

520 a.C. - O matemático grego Eudoxo de Cnido define e explica os números irracionais.

300 a.C. - Euclides desenvolve teoremas e sintetiza diversos conhecimentos sobre geometria. É o início
da Geometria Euclidiana.

250 - Diofante estuda e desenvolve diversos conceitos sobre álgebra.

500 - Surte na Índia um símbolo para especificar o algarismo zero.

1202 - Na Itália, o matemático Leonardo Fibonacci começa a utilizar os algarismos arábicos.

1551 - Aparece o estudo da trigonometria, facilitando em pleno Renascimento Científico, o estudo dos
astros.

1591 - O francês François Viète começa a representar as equações matemáticas, utilizando letras do
alfabeto.

1614 - O escocês John Napier publica a primeira tábua de algorítmos.

1637 - O filósofo, físico e matemático francês René Descartes desenvolve uma nova disciplina
matemática: a geometria analítica, com a mistura de álgebra e geometria.

1654 - Os matemáticos franceses Pierre de Fermat e Blaise Pascal desenvolvem estudos sobre o cálculo
de probabilidade.

1669 - O físico e matemático inglês Isaac Newton desenvolve o cálculo diferencial e integral.

1685 - O inglês John Wallis cria os números imaginários.

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1744 - O suíço Leonard Euler desenvolve estudos sobre os números transcendentais.

1822 - A criação da geometria projetiva é desenvolvida pelo francês Jean Victor Poncelet.

1824 - O norueguês Niels Henrik Abel conclui que é impossível resolver as equações de quinto grau.

1826 - O matemático russo Nicolai Ivanovich Lobachevsky desenvolve a geometria não euclidiana.

1931 - Kurt Gödel, matemático alemão, comprova que em sistemas matemáticos existem teoremas que
não podem ser provados nem desmentidos.

1977 - O matemático norte-americano Robert Stetson Shaw faz estudos e desenvolve conhecimentos
sobre A Teoria do Caos.

1993 - O matemático inglês Andrew Wiles consegue provar através de pesquisas e estudos o último
teorema de Fermat.

Destaque Do Brasil Na Matemática

- Em 12 de agosto de 2014, o brasileiro Artur Avila Cordeiro de Melo foi anunciado como um dos
ganhadores da Medalha Fields. Foi o primeiro brasileiro a ganhar este importante prêmio, conhecido
como o "Prêmio Nobel de Matemática".

Artur Avila é pesquisador do IMPA (Instituto Nacional de Matemática Pura). Seus estudos solucionaram
dilemas nas áreas de sistemas dinâmicos, relacionados à evolução de fenômenos humanos e naturais.

Principais Áreas Da Matemática:

- Aritmética
- Álgebra
- Geometria
- Geometria Analítica
- Porcentagem
- Trigonometria
- Estatística
- Educação Matemática

- Comemora-se em 6 de maio o Dia Nacional da Matemática.

Por volta dos séculos IX e VIII A.C., a matemática engatinhava na Babilônia.

Os babilônios e os egípcios já tinham uma álgebra e uma geometria, mas somente o que bastasse para
as suas necessidades práticas, e não de uma ciência organizada.

Na Babilônia, a matemética era cultivada entre os escrivas responsáveis pelos tesouros reais.

Apesar de todo material algébrico que tinham os babilônios e egípcios, só podemos encarar a matemática
como ciência, no sentido moderno da palavra, a partir dos séculos VI e V A.C., na Grécia.

A matemática grega se distingue da babilônica e egípcia pela maneira de encará-la.

Os gregos fizeram-na uma ciência propriamente dita sem a preocupação de suas aplicações práticas.

Do ponto de vista de estrutura, a matemática grega se distingue da anterior, por ter levado em conta
problemas relacionados com processos infinitos, movimento e continuidade.

As diversas tentativas dos gregos de resolverem tais problemas fizeram com que aparecesse o método
axiomático-dedutivo.

O método axiomático-dedutivo consiste em admitir como verdadeiras certas preposições (mais ou menos
evidentes) e a partir delas, por meio de um encadeamento lógico, chegar a proposições mais gerais.

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As dificuldades com que os gregos depararam ao estudar os problemas relativos a processos infinitos
(sobretudo problemas sobre números irracionais) talvez sejam as causas que os desviaram da álgebra,
encaminhando-os em direção à geometria.

Realmente, é na geometria que os gregos se destacam, culminando com a obra de Euclides, intitulada
"Os Elementos".

Sucedendo Euclides, encontramos os trabalhos de Arquimedes e de Apolônio de Perga.

Arquimedes desenvolve a geometria, introduzindo um novo método, denominado "método de exaustão",


que seria um verdadeiro germe do qual mais tarde iria brotar um importante ramo de matemática (teoria
dos limites).

Apolônio de Perga, contemporâneo de Arquimedes, dá início aos estudos das denominadas curvas
cônicas: a elipse, a parábola, e a hipérbole, que desempenham, na matemática atual, papel muito
importante.

No tempo de Apolônio e Arquimedes, a Grécia já deixara de ser o centro cultural do mundo. Este, por
meio das conquistas de Alexandre, tinha-se transferido para a cidade de Alexandria.

Depois de Apolônio e Arquimedes, a matemática graga entra no seu ocaso.

A 10 de dezembro de 641, cai a cidade de Alexandria sob a verde bandeira de Alá. Os exércitos árabes,
então empenhados na chamada Guerra Santa, ocupam e destroem a cidade, e com ela todas as obras
dos gregos. A ciência dos gregos entra em eclipse.

Mas a cultura helênica era bem forte para sucumbir de um só golpe; daí por diante a matemática entra
num estado latente.

Os árabes, na sua arremetida, conquistam a Índia encontrando lá um outro tipo de cultura matemática:
a Álgebra e a Aritmética.

Os hindus introduzem um símbolo completamente novo no sistema de numeração até então conhecido:
o ZERO.

Isto causa uma verdadeira revolução na "arte de calcular".

Dá-se início à propagação da cultura dos hindus por meio dos árabes. Estes levam à Europa os
denominados "Algarismos arábicos", de invenção dos hindus.

Um dos maiores propagadores da matemática nesse tempo foi, sem dúvida, o árabe Mohamed Ibn Musa
Alchwarizmi, de cujo nome resultaram em nossa língua as palavras algarismos e Algoritmo.

Alehwrizmi propaga a sua obra, "Aldschebr Walmakabala", que ao pé da letra seria: restauração e
confonto. (É dessa obra que se origina o nome Álgebra).

A matemática, que se achava em estado latente, começa a se despertar.

No ano 1202, o matemático italiano Leonardo de Pisa, cognominado de "Fibonacci" ressuscita a


Matemática na sua obra intitulada "Leber abaci" na qual descreve a "arte de calcular" (Aritmética e
Álgebra). Nesse livro Leonardo apresenta soluções de equações do 1º, 2º e 3º graus.

Nessa época a Álgebra começa a tomar o seu sapecto formal. Um monge alemão. Jordanus Nemorarius
já começa a utilizar letras para significar um número qualquer, e ademais introduz os sinais de + (mais)
e - (menos) sob a forma das letras p (plus = mais) e m (minus = menos).

Outro matemático alemão, Michael Stifel, passa a utilizar os sinais de mais (+) e menos (-), como nós os
utilizamos atualmente.

É a álgebra que nasce e se põe em franco desenvolvimento.

Tal desenvolvimento é finalmente consolidado na obra do matemático francês, François Viete,


denominada "Algebra Speciosa".

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Nela os símbolos alfabéticos têm uma significação geral, podendo designar números, segmentos de
retas, entes geométricos etc.

No século XVII, a matemática toma nova forma, destacando-se de início René Descartes e Pierre Fermat.
A grande descoberta de R. Descartes foi sem dúvida a "Geometria Analítica" que, em síntese, consiste
nas aplicações de métodos algébricos à geometria.

Pierre Fermat era um advogado que nas horas de lazer se ocupava com a matemática.

Desenvolveu a teoria dos números primos e resolveu o importante problema do traçado de uma tangente
a uma curva plana qualquer, lançando assim, sementes para o que mais tarde se iria chamar, em
matemática, teoria dos máximos e mínimos.

Vemos assim no século XVII começar a germinar um dos mais importantes ramos da matemática,
conhecido como Análise Matemática.

Ainda surgem, nessa época, problemas de Física: o estudo do movimento de um corpo, já anteriormente
estudados por Galileu Galilei.

Tais problemas dão origens a um dos primeiros descendentes da Análise: o Cálculo Diferencial.

O Cálculo Diferencial aparece pela primeira vez nas mãos de Isaac Newton (1643-1727), sob o nome de
"cálculo das fluxões", sendo mais tarde redescoberto independentemente pelo matemático alemão
Gottfried Wihelm Leibniz.

A Geometria Analítica e o Cálculo dão um grande impulso à matemática.

Seduzidos por essas novas teorias, os matemáticos dos séculos XVII e XVIII, corajosa e
despreocupadamente se lançam a elaborar novas teorias analíticas.

Mas nesse ímpeto, eles se deixaram levar mais pela intuição do que por uma atitude racional no
desenvolvimento da ciência.

Não tardaram as consequências de tais procedimentos, começando por aparecer contradições.

Um exemplo clássico disso é o caso das somas infinitas, como a soma abaixo:

S = 3 - 3 + 3 - 3 + 3...........

supondo que se tenha um nº infinito de termos.

Se agruparmos as parcelas vizinhas teremos:

S = (3 - 3) + (3 - 3) + ...........= 0 + 0 +.........= 0

Se agruparmos as parcelas vizinhas, mas a partir da 2ª, não agrupando a primeira:

S = 3 + ( - 3 + 3) + ( - 3 + 3) + ...........= 3 + 0 + 0 + ......... = 3

O que conduz a resultados contraditórios.

Esse "descuido" ao trabalhar com séries infinitas era bem característicos dos matemáticos daquela
época, que se acharam então num "beco sem saída'.

Tais fatos levaram, no ocaso do século XVIII, a uma atitude crítica de revisão dos fatos fundamentais da
matemática.

Pode-se afirmar que tal revisão foi a "pedra angular" da matemática.

Essa revisão se inicia na Análise, com o matemático francês Louis Cauchy (1789 - 1857), professor
catedrático na Faculdade de Ciências de Paris.

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Cauchy realizou notáveis trabalhos, deixando mais de 500 obras escritas, das quais destacamos duas
na Análise: "Notas sobre o desenvolvimento de funções em séries" e "Lições sobre aplicação do cálculo
à geometria".

Paralelamente, surgem geometrias diferentes da de Euclides, as denominadas Geometrias não


euclidianas.

Por volta de 1900, o método axiomático e a Geometria sofrem a influência dessa atitude de revisão
crítica, levada a efeito por muitos matemáticos, dentre os quais destacamos D. Hilbert, com sua obra
"Fundamentos da Geometria" ("Grudlagen der Geometrie" título do original), publicada em 1901.

A Álgebra e a Aritmética tomam novos impulsos.

Um problema que preocupava os matemáticos era o da possibilidade ou não da solução de equações


algébricas por meio de fórmulas que aparecessem com radicais.

Já se sabia que em equações do 2º e 3º graus isto era possível; daí surgiu a seguinte questão: será que
as equações do 4º graus em diante admitem soluções por meio de radicais?

Em trabalhos publicados por volta de 1770, Lagrange (1736 - 1813) e Vandermonde (1735-96) iniciaram
estudos sistemáticos dos métodos de resolução.

À medida em que as pesquisas se desenvolviam no sentido de achar tal tipo de resolução, ia se


evidenciando que isso não era possível.

No primeiro terço do século XIX, Niels Abel (1802-29) e Evariste de Galois (1811-32) resolvem o
problema, demonstrando que as equações do quarto e quinto grau em diante não podiam ser resolvidas
por radicais.

O trabalho de Galois, somente publicado em 1846, deu origem a chamada "teoria dos grupos" e à
denominada "Álgebra Moderna", dando também grande impulso à teoria dos números.

Com respeito à teoria dos números não nos podemos esquecer das obras de R. Dedekind e Gorg Cantor.

R. Dedekind define os números irracionais pela famosa noção de "Corte".

Georg Cantor dá início à chamada Teoria dos conjuntos, e de maneira arrojada aborda a noção de
infinito, revolucionando-a.

A partir do século XIX a matemática começa então a se ramificar em diversas disciplinas, que ficam dada
vez mais abstratas.

Atualmente se desenvolvem tais teorias abstratas, que se subdividem em outras disciplinas.

Os entendidos afirmam que estamos em plena "idade de ouro" da Matemática, e que neste últimos
cinquenta anos tem se criado tantas disciplinas, novas matemáticas, como se haviam criado nos séculos
anteriores.

Esta arremetida em direção ao "Abstrato", ainda que não pareça nada prática, tem por finalidade levar
adiante a "Ciência".

A história tem mostrado que aquilo que nos parece pura abstração, pura fantasia matemática, mais tarde
se revela como um verdadeiro celeiro de aplicações práticas.

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