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DO ENSINO DA
MATEMÁTICA
Tiago Loyo
Aspectos históricos
e epistemológicos
da matemática
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Certamente, a maior parte dos professores de matemática, principalmente
do ensino fundamental, já ouviu a pergunta (ainda que retórica): “quem
inventou a matemática?”. Mesmo no meio acadêmico matemático, muitos
professores não têm resposta para essa questão, e vários deles nunca
refletiram sobre os fundamentos da disciplina que lecionam.
Se cada professor pensar sobre a matemática desde os primórdios,
usando o pensamento filosófico, assim como aquele que inspirou os
gregos na era de ouro da matemática, então poderá mostrar aos seus
alunos que, apesar de não haver uma resposta direta a essa pergunta,
ela pode ser respondida no âmago de cada um.
Neste capítulo, você vai conhecer os aspectos históricos e epistemoló-
gicos da matemática, e compreender quais influências sociais e históricas
nos fizeram chegar à forma de ensinar essa disciplina que conhecemos
e utilizamos hoje.
2 Aspectos históricos e epistemológicos da matemática
Esse período que antecede 3.000 a.C. (a chamada Idade da Pedra) foi
marcado por uma grande evolução cognitiva e, em conjunto com ela, vinha
a necessidade de contagem e enumeração de quantidades. Situações como
quantidade de crianças na tribo, contagem de gado ou de dias começavam
a ser um desafio ao homem naquela época. Segundo historiadores, diversas
técnicas que buscavam representar quantidade foram desenvolvidas, como:
colocar em uma bolsa de couro uma pedra para cada objeto que se
queria quantificar;
em uma corda, dar um nó para cada objeto que se queria quantificar;
criar marcas lineares em ossos — a técnica mais conhecida e talvez a
mais comum.
O osso Ishango (Figura 2), por exemplo, data de aproximadamente 20.000 a.C.
e traz marcações lineares para unidades. No entanto, segundo historiadores,
essas marcações estão agrupadas de forma que podem representar bem mais
que unidades simples, talvez um calendário lunar primitivo.
4 Aspectos históricos e epistemológicos da matemática
Apesar da sua enorme importância, não vamos nos ater neste capítulo aos
avanços matemáticos da Idade Média, deixando a cargo do leitor os aprofun-
damentos na história da matemática.
O trecho citado vem reforçar a sugestão dos PCNs para a educação básica,
no que tange ao auxílio na compreensão e memorização dos conteúdos. Dessa
forma, a construção do conhecimento por parte do aluno passa a ter mais
significado quando acontece por meio de um processo investigativo e crítico.
8 Aspectos históricos e epistemológicos da matemática
Alguns dos grandes matemáticos gregos são Tales de Mileto, Sócrates, Platão, Aristóteles,
Pitágoras, Euclides, Apolônio e Eratóstenes. Na Idade Média, exemplos de grandes
matemáticos são Kepler, Galileu Galilei, Newton, Fermat, Euler, Gauss e Fibonacci.
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Leituras recomendadas
BOYER, C. B. História da matemática. São Paulo: Edgard Blücher, 1996.
BÚRIGO, E. Z. O movimento da matemática moderna no brasil: encontro de certezas
e ambigüidades. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 6, n. 18, p. 35-47, maio/ago.
2006. Disponível em: <https://periodicos.pucpr.br/index.php/dialogoeducacional/
article/view/3226/3136>. Acesso em: 06 set. 2018.
MACIEL, W. Epistemologia. [2018?]. Disponível em: <https://www.infoescola.com/filo-
sofia/epistemologia/>. Acesso em: 06 set. 2018.
WIGNER, E. The unreasonable effectiveness of mathematics in the natural sciences. 1960.
Disponível em: <http://www.dartmouth.edu/~matc/MathDrama/reading/Wigner.
html>. Acesso em: 06 set. 2018.
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