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Didáctica Geral
Código A0008
Licenciado em Psicologia/Pedagogia ,
Formador na CATMOZ-Beira
Telefone: 23 32 64 05
Cell: 82 50 18 440
Moçambique
Fax: 23 32 64 06
E-mail: ced@ucm.ac.mz
Website: www.ucm.ac.mz
Agradecimentos
A Universidade Católica de Moçambique-Centro de Ensino à Distância e o autor do
presente manual, dr. Estevão Alculete L. de Araújo, agradecem a colaboração dos
seguintes indivíduos e instituições na eleboração deste manual.
Pela revisão linguística dr. Sérgio Daniel Artur (Coordenador e Docente na UCM-CED –
Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia e de Química).
Unidade N0 01-A0008 7
Exercícios ........................................................................................................ 09
Unidade N0 02-A0008 10
Introdução ............................................................................................... 10
Sumário............................................................................................................ 10
Exercícios ........................................................................................................ 12
Unidade N0 03-A0008 13
Unidade N0 04-A0008 16
Unidade N0 05-A0008 20
Exercícios ........................................................................................................ 21
Unidade N0 06-A0008 22
Introdução ............................................................................................... 22
Sumário............................................................................................................ 22
Exercícios ........................................................................................................ 26
Unidade N0 07-A0008 27
Exercícios ........................................................................................................ 29
Unidade N0 08-A0008 30
Introdução ............................................................................................... 30
Sumário............................................................................................................ 30
Exercícios ........................................................................................................ 33
Unidade N0 09-A0008 34
Unidade N0 10-A0008 33
Exercícios ........................................................................................................ 41
Unidade N0 11-A0008 42
Introdução ............................................................................................... 42
Sumário............................................................................................................ 42
Exercícios ........................................................................................................ 45
Unidade N0 12-A0008 46
Unidade N0 13-A0008 50
Unidade N0 14-A0008 53
Unidade N0 15-A0008 56
Exercícios ........................................................................................................ 59
Unidade N0 16-A0008 60
Introdução ............................................................................................... 60
Sumário............................................................................................................ 60
Exercícios ........................................................................................................ 64
Unidade N0 17-A0008 65
Unidade N0 18-A0008 69
Exercícios ........................................................................................................ 77
Unidade N0 20-A0008 78
Introdução ............................................................................................... 78
Sumário............................................................................................................ 78
Exercícios ........................................................................................................ 84
Unidade N0 21-A0008 85
Unidade N0 22-A0008 89
Exercícios ........................................................................................................ 91
Unidade N0 23-A0008 92
Unidade N0 24-A0008 97
Objectivos do curso
Quando terminar o estudo da Didáctica Geral, o estudante
deve ser capaz de:
Páginas introdutórias
Um índice completo.
Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo os aspectos-
chave que você precisa conhecer para completar o estudo.
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de
começar o seu estudo.
Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma
lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos
podem incluir livros, artigos ou sites na internet.
Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer
comentários sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os
seus comentários serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar
este curso / módulo.
Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones
nas margens das folhas. Estes icones servem para
identificar diferentes partes do processo de aprendizagem.
Podem indicar uma parcela específica de texto, uma nova
actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.
Habilidades de estudo
Caro estudante, procure olhar para você em três dimensões
nomeadamente: a dimensao social, profissional e
académica, daí ser importante planificar muito bem o seu
tempo.
Procure reservar no mínimo 2 (duas) horas de estudo por
dia e use ao máximo o tempo disponível nos finais de
semana. Lembre-se que é necessário elaborar um plano de
estudo individual, que inclui, a data, o dia, a hora, o que
estudar, como estudar e com quem estudar (sozinho, com
colegas, outros).
Evite o estudo baseado em memorização, pois é cansativo
e não produz bons resultados, use métodos mais activos,
procure desenvolver suas competências mediante a
resolução de problemas específicos, estudos de caso,
reflexão, etc.
O manual contém muita informação, algumas chaves,
outras complementares, daí ser importante saber filtrar e
apresentar a informação mais relevante. Use estas
informações para a resolução das exercícios, problemas e
desenvolvimento de actividades. A tomada de notas
desempenha um papel muito importante.
Um aspecto importante a ter em conta é a elaboração de
um plano de desenvolvimento pessoal (PDP), onde você
reflecte sobre os seus pontos fracos e fortes e perspectivas
o seu desenvolvimento.
Lembre-se que o teu sucesso depende da sua entrega, você
é o responsável pela sua própria aprendizagem e cabe a ti
planificar, organizar, gerir, controlar e avaliar o seu
próprio progresso.
Precisa de apoio?
Caro estudante, temos a certeza de que por uma ou por
outra situação, o material impresso, lhe pode suscitar
alguma dúvida (falta de clareza, alguns erros de natureza
frásica, prováveis erros ortográficos, falta de clareza
conteudística, etc). Nestes casos, contacte o tutor, via
telefone, escreva uma carta participando a situação e se
estiver próximo do tutor, contacte-o pessoalmente.
Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua
aprendizagem, dai o estudante ter a oportunidade de
interagir objectivamente com o tutor, usando para o efeito
os mecanismos apresentados acima.
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interação,
em caso de problemas específicos ele deve ser o primeiro
a ser contactado, numa fase posterior contacte o
coordenador do curso e se o problema for da natureza
geral, contacte a direcção do CED, pelo número
825018440.
Os contactos só se podem efectuar, nos dias úteis e nas
horas normais de expediente.
As sessões presenciais são um momento em que você caro
estudante, tem a oportunidade de interagir com todo o staff
do CED, neste período pode apresentar dúvidas, tratar
questões administrativas, entre outras.
O estudo em grupo, com os colegas é uma forma a ter em
conta, busque apoio com os colegas, discutam juntos,
apoiem-me mutuamnte, reflictam sobre estratégias de
superação, mas produza de forma independente o seu
próprio saber e desenvolva suas competências.
Juntos na Educação à Distância, vencendo a distância.
Avaliação
Vocé será avaliado durante o estudo independente (80%
do curso) e o período presencial (20%). A avaliação do
estudante é regulamentada com base no chamado
regulamento de avaliação.
Os trabalhos de campo por si desenvolvidos , durante o
estudo individual, concorrem para os 25% do cálculo da
média de frequência da cadeira.
Os testes são realizados durante as sessões presenciais e
concorrem para os 75% do cálculo da média de frequência
da cadeira.
Os exames são realizados no final da cadeira e durante as
sessões presenciais, eles representam 60% , o que
adicionado aos 40% da média de frequência, determinam
a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira.
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de: (a)
admissão ao exame, (b) nota de exame e, (c) conclusão do
módulo.
Nesta cadeira o estudante deverá realizar: 3 (três)
trabalhos; 2 (dois) testes escritos e 1 (um) exame escrito.
Não estão previstas quaisquer avaliação oral.
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão
utilizadas como ferramentas de avaliação formativa.
Durante a realização das avaliações , os estudantes devem
ter em consideração: a apresentação; a coerência textual;
o grau de cientificidade; a forma de conclusão dos
assuntos, as recomendações, a indicação das referências
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros.
Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no
manual. Consulte-os.
Alguns feedbacks imediatos estão apresentados no
manual.
Unidade N0 01-A0008
Tema: Pedagogia e os
fundamentos humanos da
didáctica
Introdução
Ao iniciar esta unidade entra para o módulo de Didáctica
Geral, por isso vamos começar por recordar as noções da
Pedagogia, ciência que tradicionalmente reconhece-se ser
integrativa da didáctica, pois a didáctica é uma ciência
pedagógica, sendo por isso que mantem relação com a
Pedagogia. Reconhecemos também a complexidade
didáctica por isso gostaríamos de deixar claro nesta
Unidade os Fundamentos Humanos da Didáctica.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
Sumário
A história da Pedagogia é longa, remonta da Grécia; era papel
dos escravos acompanhar as crianças dos senhores aos locais
de instrução, aos poucos essa actividade deixou de ser do
escravo e passou a ser de um profissional a que hoje chamamos
de pedagogo. Etimologicamente, pai, paidós=crianças,
agein=conduzir; logo= ciência, assim a Pedagogia significa
ciência para a condução das Crianças, Piletti (1990).
Sumário
Categorias da Pedagogia
Propomos o estudo destas categorias, para a compreensão
do campo educativo que é nossa preocupação, essas
categorias para além de ser pedagógicas elas também são
didácticas. Vamos centrar maior atenção ao conceito de
educação porque explica a complexidade pedagógica e
constitui objecto de estudo da própria Pedagogia e é
também uma preocupação didáctica.
O que é educação?
Caro estudante, não espere resposta taxativa deste manual
a essa questão, pois o conceito é bastante complexo na sua
definição. Várias são as definições que são apresentadas
pelos autores, elas diferem em função das escolas, do
contexto, da época que influenciam o pensamento de cada
autor, aliás se o estudante se quiser compreender melhor a
complexidade deste termo, pega numa caneta e um bloco,
pergunta a pelo menos dez pessoas de diferentes estatutos
e se possível de diferentes contextos pergunte o que eles
entendem por educação; verás que as respostas apontam
para ângulos distintos, não obstante existirá algumas
semelhanças nos depoimentos fornecidos.
Em função desta complexidade, Brandão (2007), escreveu
num dos subtítulos sua obra, educação ou educações? Para
ele a educação existe nas representações dos indivíduos,
na vivência de cada povo, daí que é difícil termos uma
visão uniforme de educação porque ela é fruto das relações
sociais e culturais de um determinado povo, região ou
comunidade.
A palavra educação tem sido utilizada, ao longo do tempo,
com dois sentidos: Social e individual.Do ponto de vista
social, é a ação que as gerações adultas exercem sobre
gerações jovens, orientando sua conduta, por meio da
transmissão do conjunto de conhecimento, normas,
valores, crenças, usos e constumes aceites pelo grupo
social. Nesse sentido, o termo educação tem sua origem no
verbo latino educare, que significa laimentar, criar. Esse
verbo espressa, portanto, a ideia de que a educação é algo
externa, concedido a alguem.Assim concebida, a educação
é uma maifestação da cultura e depende do contexto
histórico e social em que está iserida. Assim sendo, os seus
fins variam, portanto com as épocas e as sociedades. “ Não
há grupo nehum, por mais rudimentar que seja sua cultura,
que não empreenda esforços, e um ou de outro tipo, para
educar suas crianças e jovens “ Em suma, a educação,
como facto social, possibilita que as aquisições culturais
do grupo sejam transmitidas as novas gerações,
contribuindo assim, para a subsistência do grupo como tal.
Exercícios
Sumário
Como qualquer área de conhecimento, a sua cientificidade exige que este campo
tenha: um campo delimitado de estudo (objecto de estudo), métodos de
investigação; etc, porém o debate em Pedagogia centra-se mais no seu objecto de
estudo, a educação.
As fontes de conteúdo da Pedagogia encontram-se na pr’opria prática educativa,
e nas ciências auxiliares como a psicologia educacional, a sociologia, biologia
educacional, cujo conteúdo forma aquilo que denominamos de conteúdo
pedagógico.
Até agora caro estudante deve estar sem compreender se a Pedagogia é ciência
ou não. Com toda razão, as questões colocadas são tão óbvias mas sem razão de
serem dirigidas a Pedagogia ou seja não são suficientes para colocar em causa a
cientificidade da Pedagogia.
Quanto a primeira questão, a pedagogia é uma ciência prática, mas isso não retira
a sua preocupação na investigação dos fenómenos educativos, al’em de que a
teoria e prática não devem ser consideradas entidades separadas; No segundo
aspecto, nós já dissemos nas unidades anteriores que cada povo tem a sua
percepção sobre a educação, seus valores, costumes e hábitos, mas isso não retira
o esforço de se encontrar os pontos de convergência nas formas como a educação
se processa em diferentes contextos; na terceira questão, essa não exige tanta
explicação porque está aliada a ideia de ciências puras em que os factos mais
interessam, mas se a Pedagogia pretende estudar o Homem não tem como se
livrar desta, isso que explicamos nos fundamentos humanos da Didáctica; e a
quarta questão, essa de facto nem devia ser colocada, nenhuma ciência ‘e capaz
de produzir conhecimento suficiente para explicar todos fenómenos do seu campo
de estudo, daí que a Pedagogia precisa do auxílio dessas outras ciências para
complementar o seu estudo.
Sumário
O processo de ensino-aprendizagem como objecto de estudo da Didáctica
A educação enquanto uma construção social sempre existiu, porém com o aumento
do património cultural não foi possível transmitir todo o manancial sócio cultural a
todos na comunidade, surge então uma outra estrutura social para regular o que deve
ser aprendido numa determinada sociedade, essa instituição chama-se escola. Vários
autores concordam com a existência de uma instituição reguladora, tornando a
educação sistemática. A função da escola neste caso de acordo com Schmitz (1993),
é tornar um ambiente, em que os jovens reúnem-se entre si e com os educadores
profissionais para tomarem consciência profunda de suas aspirações e valores mais
íntimos e mais legítimos e tomarem decisões mais esclarecidas sobre a sua vida e para
a comunidade em que vivem, a partir das aprendizagens significativas.
Caro estudante, até agora deve estar a questionar a pertinência da abordagem da
educação sistemática e do surgimento da escola como istituição social, a explicação
é simples, o processo de ensino-aprendizagem, é intencional e faz sentido falar dele
na educação sistemática, intencional e isso acontece na escola. Porque então processo
de ensino-aprendizagem? Por muito tempo, mesmo até agora, alguns autores de obras
didácticas assumem o ensino como verdadeiro objecto de estudo da Didáctica; alguns
preferem não dissociar o ensino da aprendizagem, visto que a intenção de quem
ensino é suscitar aprendizagem no aluno, porém pode haver ensino sem que haja
aprendizagem, o recíproco também é válido. Claro, todos nós sabemos que por mais
que a intenção seja de proporcionar aprendizagem no aluno, nem todos aprendem;
assim como a aprendizagem não ocorre apenas na escola, ela pode ocorrer nos grupos
de amigos, no serviço e ainda na família onde o ensino no seu verdadeiro sentido não
está presente.
Exercícios
Sumário
De acordo com Haidt (2006), a didáctica enquanto um campo específico da Pedagogia, a
Didáctica remonta no final do Séc. XIX, antes vinculada a Filosofia, a preocupação
no princípio era com a memorização e pouco com a compreensão, o método mais
dominante na época era o catequético, que consistia na repetição taxactiva das ideias
do professor. Vejamos a contribuição de cada pensador para o surgimento desta
jovem ciência.
Influenciado pelo movimento empirista, Coménius é mais conhecido pela sua obra
famosa, Didáctica Magna. É grande defensor da educação baseada na natureza e na
experiência, como foi possível observar na nota de entrada, para Coménius, a
verdade e a certeza do conhecimento só dependem do testemunho dos sentidos, isto
é, quando mais provém dos sentidos o conhecimento mais perfeito se torna, por isso
melhor para ele era ensinar tudo a todos (Idem). A sua obra Didáctica Magna,
publicada em 1632, influenciou bastante o campo educacional, para ele o professor
ao ensinar devia cumprir os seguintes passos:
1- “Apresentar o objecto ou a ideia directamente, fazendo demosntrações, pois o
aluno aprende com os sentidos, vendo e tocando;
2- Mostrar a utilidade especícifica do conhecimento transmitido e a sua aplicação
na vida diária;
3- Fazer refencia a natureza e origem dos fenómenos estudados, isto, é as suas
causas;
4- Esplicar primeiramente os princípios gerais e só depois os detalhes;
5- Passar para o tópico ou assunto a seguir somente depois de certificar que o
aluno compreendeu o anterior.” (Haidt, 2006:17).
Heinrich Pestalozzi
Influenciado pelos naturalistas como Rousseau, elaborou o método que deveria
respeitar a natureza da criança, seu método foi denominado Método pestalozziano
que cumpria as seguintes etapas:
✓ Presentar o conhecimento começando dos elementos concretos e simples;
✓ Recomendava a observação, intuição;
✓ Realização de exercícios graduados.
Sumário
Didáctica; suas relações com a Pedagogia e outras ciências
Actividades 1
Chegados a este ponto, estamos certos que foi fácil relembrar a tarefa e o
objecto específicos da didáctica. A didáctica é, pois uma das disciplinas da
pedagogia que estuda o processo de ensino através dos seus componentes,
os conteúdos escolares, o ensino e a aprendizagem para, com o
ambasamento numa teoria da educação, formular diretrizes orientadoras
da actividade profissional dos professores.
Exercícios
Sumário
Processo de Ensino-Aprendizagem, Origens e Desenvolvimento Histórico do
PEA
Actividade 1
Compare a educação na sociedade primitiva com a que realizada na sociedade em
que surge a divisão do trabalho.
Exacto, na sociedade primitiva a educação tinha um carácter informal, todos
ensinavam a todas as crianças, enquanto com as especialização do trabalho,
surgem pessoas e situações específicas em que se realiza a educação, o que
cracteriza o processo de ensino e aprendizagem. Mais precisamente, podemos
destinguir a educação da sociedade primitiva e a da sociedade em que surge a
especialização do trabalho da seguinte forma:
Características da Educação
Desde que o homem vive na sociedade foi acumulando saberes sociais, culturais,
técicos e cientificos que serviam de base a educação das novas gerações, no
sentido de assegurar a sua continuidade e generalização ao longo do tempo e das
gerações. Trata-se de um processo que, no princípio era realizado de forma
espontânea e envolvendo a todos, graças a pouca diferenciação dos agentes
“educadores”, dai a celebre idéia de que “todos ensinavam a todos”.
Com o aumento desse património socio-cultural e técnico-cientifico, nem todos
são capazes de ensinar “tudo” e começa a haver diferenciação dos homens, em
parte, pelo tipo de saber desenvolvido. Isso ocasiona a especialização e já nem
todos podem ensinar tudo, ao mesmo tempo que surgem individuos cuja função
específica é de educar “ensinar “, fazendo com que o ensino seja uma actividade
intencional, contrariamente ao momento em que “ todos ensinavam tudo “ onde
a educação tinha um carácter espontâneo.
Exercícios
Das afirmações seguintes assinale com V e F, conforme sejam
respectivamente verdadeiras ou falsas:
Unidade N0 08-A0008
Tema: Características do Processo de
Ensino-Aprendizagem
ntrodução
Os aspectos referidos acima, na unidade seis, aquando da abordagem sobre
“Origem e desenvolvimento histórico do PEA “ nos permitem perceber as
particularidades do PEA que o destiguem doutras formas de organização de
educação, por isso, para podermos desenvolvê-lo ainda mais, vai a seguir falar
sobre as características do PEA.
Ao falarmos das características do PEA, espera-se não somente mencioná-las,
mas também explicá-las com o próposito de cada um refléctir como tê-las em
conta na realização do PEA. O tema “ características do PEA “ está subdividido
em lições, sendo esta primeira naquela em que, por ser a inicial, vamos poder
mencionar todas as características do PEA e discutirmos mais especificamente a
primeira característica, ou seja a de “ o PEA tem carácter social Portanto, nesta
unidade está convidado para uma discussão sobre o tema proposto.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
Sumário
Características do Processo do Ensino e Aprendizagem
O processo de ensino-aprendizagem é uma actividade particular que se destingue pelas
suas características próprias. Assim, dentre outras características, podemos dizer que o
PEA apresenta as seguintes características:
➢ Carácter social
➢ Carácter educativo
➢ O PEA desenvolve a personalidade
➢ O PEA é um processo dinâmico de desenvolvimento, isto é, dialético
➢ O PEA tem carácter sistemático e planificado
➢ O PEA é regido por leis que se exprimem em regularidades
DIALÉTICA
A dialética não é mais do que a ciência das leis gerais do movimento e da
evolução da natureza, da sociedade e do pensamento. A dialéctica no processo de
ensino-aprendizagem expressa-se nas interações entre os sujeitos sociais, a
educação na ideia de Dewey, é uma contínua estruturação e reorganização da
experiência, o que pressupõe que ao interagir com a situação, o sujeito muda a
sua visão, assim como a visão que tem da situação. Daí que reconhecemos que o
PEA, espaço de concretização da educação tem essas características.
Actividade 1
São seis as caracteristicas do PEA que acabamos de mencionar. Agora, tente,
sozinho ou em grupo explicar em que conciste o PEA em conformidade com cada
uma destas características apontadas.
Auto-
avaliação a) Trabalho educativo do professor deve ser feito com base
em valores culturais universais, mas também com
referências aos valores locais para tor nar esse trabalho
educativo mais relevante ao contexto social em que
realiza essa acção educativa
b) Quem ensina Química, Física e outras ciências naturais
não tem nenhuma possibilidade de ter e conta se o
conteúdo do seu ensino reflicte as questões locais da
sociedade em que se encontra e, por conseguinte, das
características sócio-culturais dos seus alunos;
c) Tendo um curriculo planificado centralmente para todo o
pais, resta ao professor fazer adaptações locais em
função das características sócio-culturais dos seus
alunos, sem perder a essência e as exigências globais do
curriculo;
Unidade N0 09-A0008
Sumário
Carácter Educativo do PEA
Para mostrar o carácter educativo começemos por rever os conceitos de educação e
de instrução
Actividade 1
Diga, por palavras suas, a diferença entre instrução e educação.
No âmbito do processo de formação do homem, os termos educação e instrução
são inseparáveis. De facto, a instrução é a transmissão/mediação de
conhecimento, capacidades, habilidades; podemos também defini-la como sendo
o processo e o resultado da assimilação de conhecimentos sistemáticos, assim
como das acções e procedimentos inerentes a eles. Por seu turno, a educação, pela
sua característica fundamental, é o desenvolvimento/formação de
comportamento, atitude e convicções; isto é, a formação de traços /sinais da
personalidade.
Assim, é impossivel, no verdadeiro sentido, educar sem instruir e vice-versa, daí
que, a educação e a instrução estão intrensícamente unidos e se relacionam
dialécticamente no PEA, apesar de que o alcançe dos objectivos educacionais,
mais do que resultado do ensino, resulta de todo o conjunto de influências que
actuam sobre o aluno/educativo.
A instrução tem como enfoque principal o objectivo de desenvolvimento nos
alunos o saber e o saber fazer, enquanto quando falamos de educação se tem em
vista o desenvolvimento do saber ser e estar. Mas como vemos, ao realizarmos a
educação, ao mesmo tempo se instrui (quem poderia ser bem educado diante de
pessoas idosas se não pudesse lembrar, enunciar as regras principais de
comportamento que se espera desse individuo diante dessa situação); o mesmo
vemos que ao instruir (ex: para condução de uma viatura) o indivíduo deve ser
educado para o respeito das normas (neste caso, de trânsito rodoviário), sem as
quais a condução automobilística se transforme num autêntico problema para a
circulação e bem das pessoas.
Actividade II
Reconhecendo a relação dialéctica entre educação e instrução, explique como, na
práctica, um professor pode conseguir realizar a unidade entre a educação e
instrução no PEA.
Se discutiu a quesão acima sozinho ou em grupo, deve ter chegado a conclusão
de que, de facto, é preciso unir a educação e a instrução ou seja, instruir e educar
simultaneamente no PEA; mas apesar disso, levanta-se a questão de saber como
fazer isso. Para o seu esclarecimento eis, por exemplo, algumas formas prácticas
para assegurar a unidade entre instrução e educação no PEA.
Exercícios
Sumário
Relação Dialéctica e Fundamental do PEA
Tente imaginar as suas aulas, a sua experiência como aluno ou professor
e, na base disso, a que conclusão chega: é ou não o aluno o elemento
principal na relação entre professor e aluno? Porquê?
Concordamos plenamente consigo ao concluir que o professor existe em função
dos alunos, porque, este tende a garantir a comunidade e desenvolvimento da
geração futura, tendo em conta as particularidades dos alunos, pois a
aprendizagem é algo intrínseco, que se passa no interior do indivíduo, levando
em conta suas capacidades, suas aptidões, seu desenvolvimento neuropsíquico e,
ainda, seus interesses, motivações e suas necessidades. Por isso mesmo, de nada
serve ao professor desenvolver aulas interessantes e bem planificadas se elas não
atenderem ao “ estado” do aluno.
Exercícios
Objectivos
Sumário
Estrutura e Dinamica do Processo de Ensino e Aprendizagem
De certeza que já deu ou assintiu aulas e deve ter ficado com a impressão de que
a indicação das etapas ou funções didacticas não significa que todas devem
seguir um esquema rígido. A opção pela qual etapa é mais adequada iniciar a
aula ou conjugação de vários passos numa mesma aula ou conjunto de aulas
depende dos objectos da matéria, das caracteristicas dos alunos, dos recursos
didácticos disponiveis, das informações obtidas na avaliação diagnostica etc.
Por isso, a estrutura da aula por parte do professor é um processo que implica
criatividade e flexibilidade, isto é perspicacia de saber o que fazer perante a
situações didacticas especificas, cujo rumo nem sempre é previsivel.
Introdução e Motivação
Controlo e Avaliação
Mediação e Assimilação
Dominio e Consolidação
Como pode imaginar, a função didactica Introdução e Motivação teoricamente é
a primeira função didactica, aquela que faz iniciar a aula, mas que, como vimos
anteriormente, pode estar associada a outras funções didacticas. Para este caso, o
importantente é o professor reconhecer a importância da motivação no PEA e, de
seguida, procurar encontrar as formas práticas para conseguir a motivação dos
alunos nesse PEA.
No inicio da aula, a preparação dos alunos visa criar condições de estudo:
mobilização da atenção para criar uma atitude favorável ao estudo, organização
do ambiente, suiscitamento do interesse e ligação da matéria nova em relação a
anterior.
Os alunos motivados ficam conscientes do que estudam e isso estimula a
actividade cognitiva deles e faz com que eleve o seu papel educativo e formativo.
Exercícios
Portanto, nesta unidade está convidado para uma discussão activa sobre o tema
proposto nesta unidade.
Sumário
Introdução e Motivação
Actividade 1
Explique as tarefas que podem ser realizadas pelo professor para conseguir a
mobilização psiquica e fisica dos alunos para a aprendizagem do (não) novo
conteudo?
Antes de ver as tarefas do professor para assegurar a motivação doa alunos, você
compreendeu que na FD I + M (função didáctica Introdução e Motivação) o
objectivo principal consiste em conseguir a mobilização psíquica e física dos
alunos para a aprendizagem do (não) novo conteúdo. Para o efeito devem, por
exemplo, serem realizadas as seguintes tarefas:
a) Averiguar, através de perguntas, se os conhecimentos anteriores estão
efectivamente disponíveis e prontos para o conhecimento novo. Aqui o empenho
do professor está em estimular o raciocínio dos alunos, instigá-los a emitir
opiniões próprias sobre o que aprenderam, fazê-los ligar os conteúdos a cousas
ou eventos do cotidiano. A correcção dos trabalhos de casa trona-se importante
factor de reforço e consolidação. As vezes haverá necessidade de uma breve
revisão (recapacitação) da matéria, ou a rectificação de conceitos ou habilidades
insuficientimente assimilados.
b) Estabelecer a ligação entre noções que oa alunos ja possuem com a matéria nova,
bem coo estabelecer vinculos entre a prática cotidiana e o assunto. Para isso, o
melhor procedimento é apresentar a matéria como um problema a ser resolvido,
embora nem todos os assuntos se prestem a isso. Mediante perguntas e troca de
experiências, colocação de possíveis soluções, estabelecimento de relação causa-
efeito, os problemas atinentes ao tema vão-se encaminhando para se tronarem
também problemas para os alunos em suas vidas práticas.
c) Criar ou obter uma atmosfera propícia para a aprendizagem. Para isso
é necessario:
d) Dar informações sobre o conteúdo da aula;
e) Orientar para os objectvos em vista;
f) Procurar curiosidade;
g) Assegurar ordem e disciplina no sentido positivo, ou seja, sem
recursos ao medo, ao castigo, mas sim com base na persuação e
envolvimento dos alunos na aula que (vai) iniciar (iniciou).
De igual modo, surge, a partir do que vimos nesta unidade, o imperativo de que
as aulas sejam realizadas de tal forma que todos e cada um dos alunos atinja os
objectivos preconizados, isto é, sinta que está a aprender, a progredir, visto que
isso será condição para que encontrem energia psíquica necessária para as
aprendizagens seguintes, partindo duma relação/atitude positiva para com as
matérias/disciplnas (e respectivo professor) em que os alunos atingiram niveis
satisfatorios de aprendizagem aluno individualmente. Esse parágrafo explica a
pertinência da motivação final. Assim como nas funcoes didácticas aprendidas, a
diferenciação da motivação deve ser entendida no sentido didáctivo, pois nenhum
professor será capaz de identificar a motivação inicial, contínua e final nos seus
alunos; além de que a motivação criada na fase inicial pode não exigir outra
movivação para certos alunos, mesmo assim ao propósitos da aula serem
atingidos.
Exercícios
Sumário
Lembramos mais uma vez, as etapas ou funções didácticas, estão estritamente
relacionadas, de modo que, neste caso, podemos dizer que o tratamento da
matéria nova começa inclusive na função didáctica Introdução e Motivação. Mas
na função didáctica mediação e assimilação há o propósito de maior
sistematização, envolvendo a transmissão-mediação/assimilação activa dos
conhecimentos. Nesta etapa se realiza a percepção dos objectivos e fenómenos
ligados ao tema, a formação de conceitos, o desenvolvimento de capacidades
cognitivas de observação, imaginação e raciocinio dos alunos. Neste sentido o
professor nesta etapa coloca os alunos em contacto com a “matéria nova”.
Quer dizer, depois de preparação dos alunos para a aprendizagem, isto é criado a
atmosfera propícia para a aprendizagem, conseguido o interesse e atenção é feita
a reactivação do nível inicial dos alunos, o professor passa para a etapa na qual
se realiza uma parte fundamental da aprendizagem propriamente dita, ou seja,
para a etapa em que o profesor medeia um novo conteúdo e, na sequência disso,
os alunos assimilam novos conceitos, teorias, princípios, etc, contribuindo para o
desenvolvimento de um novo saber, novo saber fazer e novo saber ser e estar.
Ora, vista a questão nos termos que se está a dizer, conclui-se que uma das
considerações básicas para o professor decidir os métodos de ensino e
aprendizagem a empregar é “quais são as actividades dos alunos necessários para
atingir a assimilação de um determinado conteúdo nas suas potencialidades
cognitivas, instrutivas e educativas “.
E porque o PEA é uma sequência lógico-didáctica de actividades planificadas e
sistematizadas dos professores e dos alunos, podemos e devemos fazer essa
pergunta, também, da seguinte maneira: “quais as actividades do professor
necessárias para desencadear as devidas actividades dos alunos em relação aos
objectos e conteúdos?”; e como resultado desta questão, vê-se que a qualidade
das actividades do professor determina em larga medida a qualidade das
actividades dos alunos.
Exercícios
Sumário
Esta constante consolidação dos resultados requer que o professor veja o PEA
como unidade de todas as funções didácticas. Muitos professores são habilidosos
na” Introdução e Motivação”, outros podem expor o novo conteúdo de modo
impressionante e astimular os alunos para a autoactividade criadora. Mas nem
todos estes professores têm habilidades para terminar o processo de ensino-
aprendizagem: não só é interessante a motivação, a exposição do prblema e do
conteúdo que desperta o entusiasmo e a viva conversação na sala de aulas,
integram também no PEA a repetição e sistematização planificadas, a prática
intensiva e a aplicação variada dos conhecimentos e habilidades.
Consolidação reprodutiva
Nesta consolidação, o aluno reproduz o que o professor disse, sem muito espaço
para a criatividade, notam-se esses estudantes pela capacidade de recordar os
exemplos que o professor usou na explicação da matéria.
Consolidação criativa
Aqui recide a compreensão verdadeira, quando o aluno não se limita nos
exemplos do professor, mas procura exemplos da vida quotidiana, das suas
experiências, ligadas a matéria estudada. Não usam necessariamente as
expressões utilisadas pelo professor, mas sim suas próprias palavras.
Consolidação generalizadora:
Exercícios
Auto- consolidação.
avaliação
R% os resumos (orais ou escritos), fichas de exercícios
podem contribuir para a sistematização da matéria.
Unidade N0 15-A0008
Tema: Funções didácticas: controle e
avaliação
ntrodução
O controle e a avaliação são muito importantes no processo de ensino-
aprendizagem.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
Objectivos
Sumário
Controle e avaliação acompanha todo o prcesso de ensino aprendizagem e forma,
ao mesmo tempo, a conclusão das unidades de ensino (ou unidades temáticas).
No geral, podemos destinguir:
➢ Controle e avaliação directos, isto é, especificamete nas fases de FD C+A
➢ Controle e avaliação contínuos ou imanentes, isto é, em todas as outras
funções didácticas.
Nesta primeira aula sobre a FD “C+A”, vamos nos ocupar sobre o conceito,
objecto e caracteristicas básicas da avaliação; e, nas aulas seguintes trataremos
de outros aspectos, tais como os tipos e funções da avalação, os instrumentos de
avaliação e a utilização dos resultados de avaliação.
Conceito de Avaliação
Aos professores
- Identificar o nível de desempenho dos alunos;
- Adequar os métodos e os meios de ensino-aprendizagem;
- Informar regularmente os pais sobre o progresso.
Portanto, avaliar é:
a. Aperceber-se do rendimento aproveitamento escolar dos alunos e
traduzi-lo em dados qualitativos e quantitativos.
b. A perceber se da incorrecção ou correcção do trabalho desenvolvido pelo
professor para ver se é ou não necessário uma revisão do PEA.
Objecto da Avaliação
Ao falarmos do objecto da avaliação pretendemos saber o que se avalia. E, nesse
caso, é evidente que a avaliação dirige-se essencialmente ao progresso nos
resultados de aprendizagem demonstrando ao longo e ao fim do ano lectivo.
Portanto, nesta unidade está convidado para uma discussão activa sobre o tema
proposto nesta unidade.
Sumário
Tipos e Funções de Avaliação
Avaliação Diagnóstica
Avaliação Sumativa
Auto-avaliação
Exercícios
Auto-
avaliação
Unidade N0 17-A0008
Sumário
Objectivos de Ensino
Observe o esquema: