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Manual de Tronco Comum

Didáctica Geral
Código A0008

Universidade Católica de Moçambique (UCM)


Centro de Ensino à Distância (CED)
Direitos de autor (copyright)
Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique (UCM), Centro
de Ensino à Distância (CED) e contém reservados todos os direitos. É proibida a
duplicação e/ou reprodução deste manual, no seu todo ou em partes, sob quaisquer
formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou outros),
sem permissão expressa de entidade editora (Universidade Católica de Moçambique –
Centro de Ensino à Distância). O não cumprimento desta advertência é passível a
processos judiciais.

Elaborado por : Estevão Alculete L. de Araújo

Licenciado em Psicologia/Pedagogia ,

pela Universidade Pedagogica-Delegação de Maputo

Actualmente Formador no Instituto de Linguas-Delegação da Beira

Formador na CATMOZ-Beira

Colaborador e Docente do Centro de Ensino a Distância na Universidade Catolica de


Moçambique

Revisão de Farissai Pedro Campira, Licenciado em Pedagogia e Psicologia, mestrando


em Psicologia Educacional pela Universidade Pedagógica da Beira e Maputo
respectivamente.

Universidade Católica de Moçambique (UCM)


Centro de Ensino à Distância (CED)
Rua Correia de Brito No 613 – Ponta-Gêa
Beira – Sofala

Telefone: 23 32 64 05
Cell: 82 50 18 440
Moçambique

Fax: 23 32 64 06
E-mail: ced@ucm.ac.mz
Website: www.ucm.ac.mz
Agradecimentos
A Universidade Católica de Moçambique-Centro de Ensino à Distância e o autor do
presente manual, dr. Estevão Alculete L. de Araújo, agradecem a colaboração dos
seguintes indivíduos e instituições na eleboração deste manual.

Pela contribuição do conteúdo. dr. Estevão Alculete L. de Araújo (Colaborador e Docente na


UCM-CED – Cadeira Geral).

Pelo desenho e maquetização dr. Estevão Alculete L. de Araújo (Docentes na UCM-CED,


Cadeira Geral) dr. Sérgio Daniel Artur, coordenador e docente de
Cursos de Química e de Biologia;

Pela revisão linguística dr. Sérgio Daniel Artur (Coordenador e Docente na UCM-CED –
Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia e de Química).

Pela Revisão do conteúdo do Farissai Pedro Campira (docente na Universidade Pedagógica da


Manual Beira, formado em Pedagogia e Psicologia).
Índice
Visão geral 1

Benvido à Psicologia de Desenvolvimento Humano ........................................... 1


Objectivos do curso ............................................................................................ 1
Quem deveria estudar este módulo ..................................................................... 2
Como está estruturado este módulo .................................................................... 2
Ícones de actividade ........................................................................................... 3

Acerca dos ícones ............................................................................ 3


Habilidades de estudo ......................................................................................... 3
Precisa de apoio? ................................................................................................ 4
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ................................................................... 4
Avaliação ........................................................................................................... 5

Unidade N0 01-A0008 7

Tema: Pedagogia e os fundamentos humanos da didáctica .................................. 7


Introdução ................................................................................................. 7
Sumário.............................................................................................................. 7

Exercícios ........................................................................................................ 09

Unidade N0 02-A0008 10

Tema: As principais categorias pedagógicas ..................................................... 10

Introdução ............................................................................................... 10
Sumário............................................................................................................ 10
Exercícios ........................................................................................................ 12

Unidade N0 03-A0008 13

Tema: Cientificidade da Pedagogia .................................................................. 13


Introdução ............................................................................................... 13
Sumário............................................................................................................ 13
Exercícios ........................................................................................................ 15

Unidade N0 04-A0008 16

Tema: A especificidade da didáctica................................................................. 16


Introdução ............................................................................................... 16
Sumário............................................................................................................ 16
Exercícios ........................................................................................................ 18

Unidade N0 05-A0008 20

Tema: Brave história da didáctica ..................................................................... 19


Introdução ............................................................................................... 19
Sumário............................................................................................................ 19

Exercícios ........................................................................................................ 21

Unidade N0 06-A0008 22

Tema: Didácticas - suas relações com a Pedagogia e outras ciências. ................ 22

Introdução ............................................................................................... 22
Sumário............................................................................................................ 22
Exercícios ........................................................................................................ 26

Unidade N0 07-A0008 27

Tema: Processo de ensino-aprendizagem - origem e desenvolvimento histórico.


......................................................................................................................... 27
Introdução ............................................................................................... 27
Sumário............................................................................................................ 27

Exercícios ........................................................................................................ 29

Unidade N0 08-A0008 30

Tema: Características do processo de ensino-aprendizagem.............................. 30

Introdução ............................................................................................... 30
Sumário............................................................................................................ 30
Exercícios ........................................................................................................ 33

Unidade N0 09-A0008 34

Tema: Carácter educativo do processo de ensino-aprendizagem ....................... 34


Introdução ............................................................................................... 34
Sumário............................................................................................................ 34
Exercícios ........................................................................................................ 37

Unidade N0 10-A0008 33

Tema: Relação dialéctica e fundamental do processo de ensino-aprendizagem. 38


Introdução ............................................................................................... 38
Sumário............................................................................................................ 38

Exercícios ........................................................................................................ 41

Unidade N0 11-A0008 42

Tema: Estrutura da aula - funções didácticas. ................................................... 42

Introdução ............................................................................................... 42
Sumário............................................................................................................ 42
Exercícios ........................................................................................................ 45

Unidade N0 12-A0008 46

Tema: Funções didácticas - introdução de motivação. ...................................... 46


Introdução ............................................................................................... 46
Sumário............................................................................................................ 46
Exercícios ........................................................................................................ 49

Unidade N0 13-A0008 50

Tema: Funções didácticas - mediação e assimilação ......................................... 50


Introdução ............................................................................................... 50
Sumário............................................................................................................ 50
Exercícios ........................................................................................................ 52

Unidade N0 14-A0008 53

Tema: Funções didácticas: domínio e consolidação. ......................................... 53


Introdução ............................................................................................... 53
Sumário............................................................................................................ 53
Exercícios ........................................................................................................ 55

Unidade N0 15-A0008 56

Tema: Funções didácticas: controle e avaliação. ............................................... 56


Introdução ............................................................................................... 56
Sumário............................................................................................................ 56

Exercícios ........................................................................................................ 59

Unidade N0 16-A0008 60

Tema: Tipos de funções da avaliação................................................................ 60

Introdução ............................................................................................... 60
Sumário............................................................................................................ 60
Exercícios ........................................................................................................ 64

Unidade N0 17-A0008 65

Tema: Objectivos de ensino.............................................................................. 65


Introdução ............................................................................................... 65
Sumário............................................................................................................ 65
Exercícios ........................................................................................................ 68

Unidade N0 18-A0008 69

Tema Métodos e técnicas de ensino-aprendizagem. .......................................... 69


Introdução ............................................................................................... 69
Sumário............................................................................................................ 69
Exercícios ........................................................................................................ 70
Unidade N0 19-A0008 71

Tema: Classificação dos métodos de ensino ..................................................... 71


Introdução ............................................................................................... 71
Sumário............................................................................................................ 71

Exercícios ........................................................................................................ 77

Unidade N0 20-A0008 78

Tema: Meios de ensino-aprendizagem .............................................................. 78

Introdução ............................................................................................... 78
Sumário............................................................................................................ 78
Exercícios ........................................................................................................ 84

Unidade N0 21-A0008 85

Tema: Planificação do processo de ensino-aprendizagem ................................. 85


Introdução ............................................................................................... 85
Sumário............................................................................................................ 85
Exercícios ........................................................................................................ 88

Unidade N0 22-A0008 89

Tema: Níveis de planificação do processo de ensino-aprendizagem .................. 89


Introdução ............................................................................................... 89
Sumário............................................................................................................ 89

Exercícios ........................................................................................................ 91

Unidade N0 23-A0008 92

Tema: Componentes de planificação do processo de ensino-aprendizagem ....... 92


Introdução ............................................................................................... 92
Sumário............................................................................................................ 92
Exercícios ........................................................................................................ 96

Unidade N0 24-A0008 97

Tema: Etapas do processo de planificação. ....................................................... 97


Introdução ............................................................................................... 97
Sumário............................................................................................................ 97
Exercícios ........................................................................................................ 99
Visão geral
Benvindo à Didáctica Geral –
aprender a ensinar
A Didáctica Geral é uma das disciplinas que, nos sistemas
de formação de professores, se coloca ao centro de
formação pedagógica do professor contribuíndo
significativamente para desenvolver a compreensão
práctica de realização do processo de ensino e
aprendizagem que favoreça um ensino activo e, ainda,
desenvolver a capacidade de reflexão do professor sobre
o processo de ensino e aprendizagem e sobre a sua
práctica, de modo a poder melhorá-los
E assim se espera que este módulo traga uma contribuição
valiosa na formação de todos que desejam ser professor e,
porque não, guia de actualização do pensamento e práctica
pedagógica dos que já são professores e tem, desse modo,
a nobre tarefa de fazer com que os saberes, saber fazer e
saber ser e estar da humanidade seja apropriados pelos
alunos, servindo assim de base para o desenvolvimento
das suas personalidades, a medida da demanda social,
cultural, política e económica dos países de formação de
homens e mulheres com competências significativas para
fazer face ao progresso e harmonia da humanidade, a
começar pela das instituições e indivíduos.

Objectivos do curso
Quando terminar o estudo da Didáctica Geral, o estudante
deve ser capaz de:

▪ Identificar a especificidade (objecto) e as relações da


Didáctica com outras ciências
▪ Realizar um processo de ensino-aprendizagem centrado
sobre o aluno
▪ Explicar as razões que justificam a necessidade de
realização, na sua integridade, das funções
▪ Praticar, na sua actividade docente, a unidade dialéctica
entre as diferentes funções didacticas
▪ Utilizar métodos e técnicas de ensino que estimulem a
participação activa dos alunos
Quem deveria estudar este
módulo
Este módulo foi concebido para todos aqueles que
frequentam os cursos à distância, oferecidos pela
Universidade Católica de Moçambique (UCM), através do
seu Centro de Ensino à Distância (CED).

Como está estruturado este


módulo
Todos os módulos dos cursos produzidos por UCM - CED
encontram-se estruturados da seguinte maneira:

Páginas introdutórias
Um índice completo.
Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo os aspectos-
chave que você precisa conhecer para completar o estudo.
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de
começar o seu estudo.

Conteúdo do curso / módulo


O curso está estruturado em unidades. Cada unidade incluirá uma
introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade
incluindo actividades de aprendizagem, um resumo da unidade e
uma ou mais actividades para auto-avaliação.

Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma
lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos
podem incluir livros, artigos ou sites na internet.

Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação


Tarefas de avaliação para este módulo encontram-seno final de
cada unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais
para desenvolver as tarefas, assim como instruções para as
completar. Estes elementos encontram-se no final do módulo.

Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer
comentários sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os
seus comentários serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar
este curso / módulo.
Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones
nas margens das folhas. Estes icones servem para
identificar diferentes partes do processo de aprendizagem.
Podem indicar uma parcela específica de texto, uma nova
actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.

Acerca dos ícones


Os icones usados neste manual são símbolos africanos,
conhecidos por adrinka. Estes símbolos têm origem no
povo Ashante de África Ocidental, datam do século XVII
e ainda se usam hoje em dia.
Pode ver o conjunto completo de ícones deste manual já a
seguir, cada um com uma descrição do seu significado e
da forma como nós interpretámos esse significado para
representar as várias actividades ao longo deste módulo.

Habilidades de estudo
Caro estudante, procure olhar para você em três dimensões
nomeadamente: a dimensao social, profissional e
académica, daí ser importante planificar muito bem o seu
tempo.
Procure reservar no mínimo 2 (duas) horas de estudo por
dia e use ao máximo o tempo disponível nos finais de
semana. Lembre-se que é necessário elaborar um plano de
estudo individual, que inclui, a data, o dia, a hora, o que
estudar, como estudar e com quem estudar (sozinho, com
colegas, outros).
Evite o estudo baseado em memorização, pois é cansativo
e não produz bons resultados, use métodos mais activos,
procure desenvolver suas competências mediante a
resolução de problemas específicos, estudos de caso,
reflexão, etc.
O manual contém muita informação, algumas chaves,
outras complementares, daí ser importante saber filtrar e
apresentar a informação mais relevante. Use estas
informações para a resolução das exercícios, problemas e
desenvolvimento de actividades. A tomada de notas
desempenha um papel muito importante.
Um aspecto importante a ter em conta é a elaboração de
um plano de desenvolvimento pessoal (PDP), onde você
reflecte sobre os seus pontos fracos e fortes e perspectivas
o seu desenvolvimento.
Lembre-se que o teu sucesso depende da sua entrega, você
é o responsável pela sua própria aprendizagem e cabe a ti
planificar, organizar, gerir, controlar e avaliar o seu
próprio progresso.

Precisa de apoio?
Caro estudante, temos a certeza de que por uma ou por
outra situação, o material impresso, lhe pode suscitar
alguma dúvida (falta de clareza, alguns erros de natureza
frásica, prováveis erros ortográficos, falta de clareza
conteudística, etc). Nestes casos, contacte o tutor, via
telefone, escreva uma carta participando a situação e se
estiver próximo do tutor, contacte-o pessoalmente.
Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua
aprendizagem, dai o estudante ter a oportunidade de
interagir objectivamente com o tutor, usando para o efeito
os mecanismos apresentados acima.
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interação,
em caso de problemas específicos ele deve ser o primeiro
a ser contactado, numa fase posterior contacte o
coordenador do curso e se o problema for da natureza
geral, contacte a direcção do CED, pelo número
825018440.
Os contactos só se podem efectuar, nos dias úteis e nas
horas normais de expediente.
As sessões presenciais são um momento em que você caro
estudante, tem a oportunidade de interagir com todo o staff
do CED, neste período pode apresentar dúvidas, tratar
questões administrativas, entre outras.
O estudo em grupo, com os colegas é uma forma a ter em
conta, busque apoio com os colegas, discutam juntos,
apoiem-me mutuamnte, reflictam sobre estratégias de
superação, mas produza de forma independente o seu
próprio saber e desenvolva suas competências.
Juntos na Educação à Distância, vencendo a distância.

Tarefas (avaliação e auto-


avaliação)
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios,
actividades e auto-avaliação), contudo nem todas deverão
ser entregues, mas é importante que sejam realizadas.As
tarefas devem ser entregues antes do período presencial.
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o
não cumprimento dos prazos de entrega , implica a não
classificação do estudante.
As trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos
devem ser dirigidos ao tutor/docentes.
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de
pesquisa, contudo os mesmos devem ser devidamente
referenciados, respeitando os direitos do autor.
O plagiarismo deve ser evitado, a transcrição fiel de mais
de 8 (oito) palavras de um autor, sem o citar é considerado
plágio. A honestidade, humildade cintífica e o respeito
pelos direitos autorais devem marcar a realização dos
trabalhos.

Avaliação
Vocé será avaliado durante o estudo independente (80%
do curso) e o período presencial (20%). A avaliação do
estudante é regulamentada com base no chamado
regulamento de avaliação.
Os trabalhos de campo por si desenvolvidos , durante o
estudo individual, concorrem para os 25% do cálculo da
média de frequência da cadeira.
Os testes são realizados durante as sessões presenciais e
concorrem para os 75% do cálculo da média de frequência
da cadeira.
Os exames são realizados no final da cadeira e durante as
sessões presenciais, eles representam 60% , o que
adicionado aos 40% da média de frequência, determinam
a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira.
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de: (a)
admissão ao exame, (b) nota de exame e, (c) conclusão do
módulo.
Nesta cadeira o estudante deverá realizar: 3 (três)
trabalhos; 2 (dois) testes escritos e 1 (um) exame escrito.
Não estão previstas quaisquer avaliação oral.
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão
utilizadas como ferramentas de avaliação formativa.
Durante a realização das avaliações , os estudantes devem
ter em consideração: a apresentação; a coerência textual;
o grau de cientificidade; a forma de conclusão dos
assuntos, as recomendações, a indicação das referências
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros.
Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no
manual. Consulte-os.
Alguns feedbacks imediatos estão apresentados no
manual.
Unidade N0 01-A0008
Tema: Pedagogia e os
fundamentos humanos da
didáctica
Introdução
Ao iniciar esta unidade entra para o módulo de Didáctica
Geral, por isso vamos começar por recordar as noções da
Pedagogia, ciência que tradicionalmente reconhece-se ser
integrativa da didáctica, pois a didáctica é uma ciência
pedagógica, sendo por isso que mantem relação com a
Pedagogia. Reconhecemos também a complexidade
didáctica por isso gostaríamos de deixar claro nesta
Unidade os Fundamentos Humanos da Didáctica.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Descrever a origem etimológica da palavra Pedagogia.


▪ Explicar a relação entre Pedagogia com a Didáctica.
▪ Explicar os fundamentos Humanos da Didáctica.
Objectivos

Sumário
A história da Pedagogia é longa, remonta da Grécia; era papel
dos escravos acompanhar as crianças dos senhores aos locais
de instrução, aos poucos essa actividade deixou de ser do
escravo e passou a ser de um profissional a que hoje chamamos
de pedagogo. Etimologicamente, pai, paidós=crianças,
agein=conduzir; logo= ciência, assim a Pedagogia significa
ciência para a condução das Crianças, Piletti (1990).

Hoje a Pedagogia assume um papel diferente daquele


desempenhado pelos escravos, trata de investigar as leis e
regularidades que orientam o processo de ensino-
aprendizagem. Evidentemente que esse papel não seria
possível se a Pedagogia não lançasse mãos a outras ciências de
natureza psicológia, sociológica e, até pedagógica (assunto a
ser abordado com maior detalhes na Unidade II). Dentro dessa
complexidade, Piletti (1990) apresenta três áreas importantes
da Pedagogia:
1- Aspecto Filosófico: nesta área situam-se as disciplinas
como a Filosofia educacional, Políticas Educativas, teoria
da Educação, História da Educaçãosua principal
preocupação é direccionar a educação para o ideal
proposto por cada povo, responde a questão o que deve ser
a educação para um determinado povo ou nação.
2- Aspecto técnico: esta área é mais operacional, no sentido
de conduzir a educação para as finalidades propostas,
constam as disciplinas como, por exemplo, a
Administração Escolar, Saúde e Higiene Escolar, e a
própria Didáctica.
3- Aspecto Científico: esta área pedagógica trata de investigar
o campo educativo, responde a questão o que é a
Educação, fazem parte as disciplinas como a Sociologia
Educacional, Biologia Educacional, Educação Comparada
etc.
Depois da classificação da Pedagogia apresentada,
facilmente pode se compreender que a Didáctica é uma
disciplina técnica da Pedagogia que procura conduzir o
processo de educativo. Dissemos processo educativo por
simples razão, há uma visão tecnicista que se tem da
Didáctica sobretudo, quando é encarrada como a “ciência
que ensina a ensinar” ou seja reduzida ao contexto da sala
de aula. Actualmente a Didáctica reclama “autonomia” e
sua acção transcende o contexto escolar, sendo assim é
pertinente apresentar os fundamentos humanos da
Didáctica.

Fundamentos Humanos da Didáctica


A educação é um processo histórico,
colectivo e dinâmico que visa a
humanização do homem. Humanização
entendida como processo de construção
do homem e da sociedade numa
constante busca de superação de
condições opressoras e desumanizantes,
(Marafon, 2001).

Já nos referimos do reducionismo didáctico, será a


Didáctica uma disciplina técnica ou uma ciência? Bem
essa seria uma longa discussão pois teríamos de recorrer a
critérios da cientificidade, o que não é nosso objectivo,
voltamos a discussão na unidade relacionada a
cientificidade da Pedagogia e a especificidade didáctica.
A didáctica enquanto for encarrada como disciplina
técnica da Pedagogia pode permanecer nesse
reducionismo, a ideia de uma ciência que ensina como
ensinar, deve começar a desaparecer “a ideia de uma
didáctica como conjunto de técnicas e saberes
metodológicos indispensáveis a arte de ensinar algo a
alguém (…), [exige se] um novo olhar, implicando a
necessidade de alargamento do horizonte que orienta o
processo de ensinar-aprender e de percepção da presença
de um conjunto mais amplo de interesses e interessados na
educação” (Santos, 2003: 138), na reveindicação do
reducionismo didactico, Libâneo (1992) refere que cabe a
Didáctica converter os objectivos sociopolíticos e
pedagógicos em objectivos de ensino, dai que se diz que o
trabalho docente na sala de aula é reflexo da sociedade,
sendo assim,
ao investigar questões atinentes à
formação humana e prática educativa,
correspondente a Pedagogia começa por
perguntar que interesses que estão por
detrás das propostas educacionais. O
processo educativo se viabiliza, portanto,
como prática social precisamente por ser
dirigido pedagogicamente (Libâneo,
2005: 34)

Reconhecer essa complexidade didáctica leva nos a


repensar a ideia do educador e do educando, como seres
sociais que são resultados dessa complexa realidade
humana, dai que o trabalho didáctico exige um novo
paradigma (nova visão) para o processo de ensino-
aprendizagem: Promoção da humanidade de cada ser
humano (op.cit), no fundo dessas interacções é importante
reconhecer a qualidade das comunicações, a
“educomunicação”
A acção educativa de que se preocupa a didáctica é uma
acção humana por natureza, o homem vive na família, na
escola, na igreja, o estado, a comunidade, essas todas
instâncias são vivenciadas pelo homem e o campo escolar
é social daí as influencias que este homem sofre. Mas a
vida humana é mais do que uma simples recepção de
influências e informações. Ela caracteriza-se pela
participação, pelo relacionamento e pela convivência entre
pessoas; por isso há necessidade de criação de um
ambiente em que se dê o encontro humano em todas suas
dimensões (Schmitz, 1993).
Exercícios

1-Explicar a Didáctica como uma disciplina pedagógica.

R% a Didáctica é uma disciplina técnica da Pedagogia que procura


Auto-avaliação conduzir o processo de educativo. Actualmente a Didáctica
reclama “autonomia” e sua acção transcende o contexto escolar,
ela investiga o processo de ensino-aprendizagem, orienta o
processo educativo para os fins propostos.
Unidade N0 02-A0008
Tema: As principais
categorias pedagógicas
Introdução
Nesta unidade pretendemos discutir alguns conceitos
básicos para melhor compreensão da Pedagogia, a esses
concitos basilares aqui denominamos categorias
pedagógicas. Vamos nos deter essencialmente em três
categorias: Educação, Ensino e Instrução.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Identificar as categorias pedagógicas.

Objectivos ▪ Explicar a relação entre as diferentes categorias


pedagógicas.

Sumário
Categorias da Pedagogia
Propomos o estudo destas categorias, para a compreensão
do campo educativo que é nossa preocupação, essas
categorias para além de ser pedagógicas elas também são
didácticas. Vamos centrar maior atenção ao conceito de
educação porque explica a complexidade pedagógica e
constitui objecto de estudo da própria Pedagogia e é
também uma preocupação didáctica.

O que é educação?
Caro estudante, não espere resposta taxativa deste manual
a essa questão, pois o conceito é bastante complexo na sua
definição. Várias são as definições que são apresentadas
pelos autores, elas diferem em função das escolas, do
contexto, da época que influenciam o pensamento de cada
autor, aliás se o estudante se quiser compreender melhor a
complexidade deste termo, pega numa caneta e um bloco,
pergunta a pelo menos dez pessoas de diferentes estatutos
e se possível de diferentes contextos pergunte o que eles
entendem por educação; verás que as respostas apontam
para ângulos distintos, não obstante existirá algumas
semelhanças nos depoimentos fornecidos.
Em função desta complexidade, Brandão (2007), escreveu
num dos subtítulos sua obra, educação ou educações? Para
ele a educação existe nas representações dos indivíduos,
na vivência de cada povo, daí que é difícil termos uma
visão uniforme de educação porque ela é fruto das relações
sociais e culturais de um determinado povo, região ou
comunidade.
A palavra educação tem sido utilizada, ao longo do tempo,
com dois sentidos: Social e individual.Do ponto de vista
social, é a ação que as gerações adultas exercem sobre
gerações jovens, orientando sua conduta, por meio da
transmissão do conjunto de conhecimento, normas,
valores, crenças, usos e constumes aceites pelo grupo
social. Nesse sentido, o termo educação tem sua origem no
verbo latino educare, que significa laimentar, criar. Esse
verbo espressa, portanto, a ideia de que a educação é algo
externa, concedido a alguem.Assim concebida, a educação
é uma maifestação da cultura e depende do contexto
histórico e social em que está iserida. Assim sendo, os seus
fins variam, portanto com as épocas e as sociedades. “ Não
há grupo nehum, por mais rudimentar que seja sua cultura,
que não empreenda esforços, e um ou de outro tipo, para
educar suas crianças e jovens “ Em suma, a educação,
como facto social, possibilita que as aquisições culturais
do grupo sejam transmitidas as novas gerações,
contribuindo assim, para a subsistência do grupo como tal.

Do ponto de vista individual, a educação refere-se ao


desenvolvimento das aptidões e potencialidades de cada
idividuo, tendo em vista o aprimoramento da sua
personalidade. Nesse sentido, o termo educação se refere
ao verbo latino educare, que significa fazer sair, conduzir
para fora. O verbo latino expressa, nesse caso, a ideia de
estimulação e liberaçào das forças latentes. Como
podemos verificar, nos dois sentidos a palavra educação
está ligada ao aspecto formativo.

Não pretendemos esgotar com a discussão deta temática


neste espaço, sugerimos, para aprofundar a discussão em
educação, a leitura das obras de Carlos Rodriques Brandão
(2007), O que é Educação e a de Carlos Libâneo (2005)
Pedagogia e Pedagogos para quê? De recordar que a
educação para Brandão (2007), acontece tanto na escola
como na família, no grupo de amigos, na rua, no bar, em
casa, em todos lugares está presente a educação nas
diferentes formas de manifestação (formal, não-formal e
informal). É essencialmente na educação formal que está
presente a educação escolar, já no sentido mais amplo, a
educação equando fenómeno social, integra todas
componentes descritas anteriorimente.

Sintetizando as categorias pedagógicas: O Homem vive


num contexto socialmente construído e dentro destas inter-
relações (ocorre a educação), há necessidade de orientar
as acções humanas para que produzam o efeito desejado
(ensino) de tal maneira que será necessário a aquisição de
um determinado conjunto de saberes ou conhecimentos
(instrução) para a realização de certas actividades. Assim
podemos aproximar as definições simplificando deste
modo:
Educação- processo social amplo de influências e
interrelações, compreende situações intencionais e acasos.
Ensino- acções meios e condições para a realização
intencional da instrução. É importante vincar a
intencionalidade de quem ensina, isto é dos objectivos, dos
meios, dos conteúdos e das condições da sua realização.
Instrução- Formação e desenvolvimento intelectual
mediante domínio de um determinado corpo de
conhecimentos.

Exercícios

Explique a relação entre as categorias de Ensino, Educação e


instrução.

Auto-avaliação R% O Homem vive num contexto socialmente construído e dentro


destas inter-relações (ocorre a educação), há necessidade de
orientar as acções humanas para que produzam o efeito desejado
(ensino) de tal maneira que será necessário a aquisição de um
determinado conjunto de saberes ou conhecimentos (instrução)
para a realização de certas actividades.
Unidade N0 03-A0008
Tema: Cientificidade da Pedagogia
ntrodução
Nesta unidade temática vamos tratar da cientificidade da Pedagogia, ou seja, por
que razão a Pedagogia é considerada uma ciência. Compreender a cientificidade
da Pedagogia pode ajudar caro estudante a entender melhor a especificidade
Didáctica tema reservado para a próxima unidade temática. Nesta unidade
apresentamos as dificuldades impostas a pedagogia na sua qualificação como
ciência.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Identificar o objecto de estudo da Pedagogia.


▪ Explicar as principais causas da dificuldade imposta a Pedagogia
na sua cientificidade.
Objectivos

Sumário
Como qualquer área de conhecimento, a sua cientificidade exige que este campo
tenha: um campo delimitado de estudo (objecto de estudo), métodos de
investigação; etc, porém o debate em Pedagogia centra-se mais no seu objecto de
estudo, a educação.
As fontes de conteúdo da Pedagogia encontram-se na pr’opria prática educativa,
e nas ciências auxiliares como a psicologia educacional, a sociologia, biologia
educacional, cujo conteúdo forma aquilo que denominamos de conteúdo
pedagógico.

A primeira discussão está na denominação, se a Pedagogia deve ser considerada


ciência da educação ou ciências da educação? Em muitos países preferem usar
o termo ciências da educação no lugar da Pedagogia, a explicação desta
preferência está na compreensão de que a educação, campo de estudo da
Pedagogia, não é excluisivo a ela; a psicologia educacional, sociologia
educacional, biologia educacional, são exemplos de ciências que preocupam-se
com o campo educativo.

Mas o debate permanece se consideramos ciência da educação (singular) ou


ciências da educação (plural), a primeira denominação defende a unicidade da
Pedagogia, e as restantes ciências como auxiliares, já na segunda, a procura
mostrar o papel igualmente importante das restantes disciplinas educacionais, por
isso não se espante caro estudante em algumas instituições educacionais o uso do
termo Ciências da Educação para referir a Pedagogia tanto como substituição ou
como sinónimo desta.

Agora vamos tentar compreender as discussões em torno do campo de estudo da


Pedagogia, para Libâneo (2005), há razões para se questionar a cientificidade da
Pedagogia, aliás não existe unanimidade quanto a sua cientificidade, vejamos
algumas razões da discussão:
a) A educação é uma tarefa práctica situando-se mais no campo da arte e da
intuição do que no de especulativo e científico;
b) Os fenómenos educativos são singulares, o que impede extrair delas leis
científicas, generalizáveis;
c) A Pedagogia ocupa-se de finalidades e valores, não passíveis de análise
científica;
d) A educação é objecto de várias ciências, não cabendo a Pedagogia exclusividade
no trato das questões educativas. (Libâneo, 2005: 108).

Até agora caro estudante deve estar sem compreender se a Pedagogia é ciência
ou não. Com toda razão, as questões colocadas são tão óbvias mas sem razão de
serem dirigidas a Pedagogia ou seja não são suficientes para colocar em causa a
cientificidade da Pedagogia.
Quanto a primeira questão, a pedagogia é uma ciência prática, mas isso não retira
a sua preocupação na investigação dos fenómenos educativos, al’em de que a
teoria e prática não devem ser consideradas entidades separadas; No segundo
aspecto, nós já dissemos nas unidades anteriores que cada povo tem a sua
percepção sobre a educação, seus valores, costumes e hábitos, mas isso não retira
o esforço de se encontrar os pontos de convergência nas formas como a educação
se processa em diferentes contextos; na terceira questão, essa não exige tanta
explicação porque está aliada a ideia de ciências puras em que os factos mais
interessam, mas se a Pedagogia pretende estudar o Homem não tem como se
livrar desta, isso que explicamos nos fundamentos humanos da Didáctica; e a
quarta questão, essa de facto nem devia ser colocada, nenhuma ciência ‘e capaz
de produzir conhecimento suficiente para explicar todos fenómenos do seu campo
de estudo, daí que a Pedagogia precisa do auxílio dessas outras ciências para
complementar o seu estudo.

Sintetizando: a Pedagogia ou Ciências da Educação se o preferirem, tem como


seu campo de estudo a Educação, reconhecendo a complexidade da educação,
essa lança mãos a outras ciências, basta lembrar as disciplinas alistadas no âmbito
científico da Pedagogia quando tratamos da unidade I.
Exercícios

Aponte dois aspectos de discussão na cientificidade da Pedagogia.

R% O primeiro, está relacionado com a denominação ciência da


Auto-avaliação educacao ou ciências da educacao; e o segundo, centra-se no seu
objecto de estudo, a educação. Aponte dois aspectos de discussão
na cientificidade da Pedagogia
Unidade N0 04-A0008
Tema: A especificidade da Didáctica
ntrodução
Depois de discutirmos vários aspectos ligados a Pedagogia, ciência da e para a
educação, vamos nos cingir naquilo que constitui a principal preocupação do manual,
a Didáctica. Como vimos a Didactica é uma disciplina que se preocupa com a
direcção do processo educativo através do ensino, ou seja, processo de ensino-
aprendizagem. Enquanto área científica, o que cabe estudar a didáctica, isto é, o que
é específico da Didáctica? Porque a didáctica na formação de professores ou
profissionais da educação? Estas e outras questões serão a base de orientação desta
unidade temática.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
o

▪ Definir o objecto de estudo da Didáctica.


▪ Explicar a importância do estudo da Didáctica na formação de
professores..
Objectivos

Sumário
O processo de ensino-aprendizagem como objecto de estudo da Didáctica

Já vimos nas unidades anteriores o objecto de estudo da Pedagogia que é a educação,


mas a educação processa-se de várias maneiras: na familiar, na escolar, nos grupos
de amigos, na comunidade, até na empresa. Como já dissemos, a missão didáctica é
direccionar a acção educativa. O mais característico da acção didáctica é a
intencionalidade de quem a orienta. Será necessária uma orientação educativa, se a
educação existe mesmo onde não há escola? (Brandão, 2007).

A educação enquanto uma construção social sempre existiu, porém com o aumento
do património cultural não foi possível transmitir todo o manancial sócio cultural a
todos na comunidade, surge então uma outra estrutura social para regular o que deve
ser aprendido numa determinada sociedade, essa instituição chama-se escola. Vários
autores concordam com a existência de uma instituição reguladora, tornando a
educação sistemática. A função da escola neste caso de acordo com Schmitz (1993),
é tornar um ambiente, em que os jovens reúnem-se entre si e com os educadores
profissionais para tomarem consciência profunda de suas aspirações e valores mais
íntimos e mais legítimos e tomarem decisões mais esclarecidas sobre a sua vida e para
a comunidade em que vivem, a partir das aprendizagens significativas.
Caro estudante, até agora deve estar a questionar a pertinência da abordagem da
educação sistemática e do surgimento da escola como istituição social, a explicação
é simples, o processo de ensino-aprendizagem, é intencional e faz sentido falar dele
na educação sistemática, intencional e isso acontece na escola. Porque então processo
de ensino-aprendizagem? Por muito tempo, mesmo até agora, alguns autores de obras
didácticas assumem o ensino como verdadeiro objecto de estudo da Didáctica; alguns
preferem não dissociar o ensino da aprendizagem, visto que a intenção de quem
ensino é suscitar aprendizagem no aluno, porém pode haver ensino sem que haja
aprendizagem, o recíproco também é válido. Claro, todos nós sabemos que por mais
que a intenção seja de proporcionar aprendizagem no aluno, nem todos aprendem;
assim como a aprendizagem não ocorre apenas na escola, ela pode ocorrer nos grupos
de amigos, no serviço e ainda na família onde o ensino no seu verdadeiro sentido não
está presente.

Nosso posicionamento se é o ensino ou processo de ensino-aprendizagem o objecto


de estudo da Didáctica, acreditamos que as duas visões são válidas, esclarecendo
melhor, já o dissemos que quem ensina pressupõe uma intecionalidade de promover
aprendizagens no aluno, sua missão principal é que o aluno aprenda, daí que é
tautológico dizer ensino-aprendizagem. Para finalizar esta discussão, é processo, o
ensino-aprendizagem, porque é resultado da conjugação de actividades do aluno e do
processor.

A especificidade Didáctica, está no processo de ensino-aprendizagem em sua relação


com finalidades educativas (Libâneo, 2005), quer dizer, a Didáctica ao preocupar-se
com o processo de ensino na sua globalidade tem em conta as finalidades sócio-
pedagógicas, princípios, condições e meios de direção do processo educativo.

O papel da Didáctica na formação dos professores está precisamente na necessidade


de propocionar uma melhor orientação dos profissionais da educação na direcção do
processo de ensino-aprendizagem. A organização sistemática da educação exige
também uma prepação sólida dos profissionais que trabalham nessas instituções
escolares.

Exercícios

1- Defina a especificidade pedagógica e didáctica.

R% A pedagogia cabe estudar os processos educativos (a


Auto-avaliação educação), já a didáctica procura direccionar esse processo,
centrando se mais no processo de ensino.
Unidade N0 05-A0008
Tema: Breve história da Didáctica
ntrodução
Nenhuma ciência tem origem abrupta, é sempre um processo. Aqui vamos tratar de
discutir algumas ideias de pensadores da área pedagógica que contribuíram para o
surgimento da Didáctica. Não é em poucas páginas que iremos descrever toda história
dessa ciência, aliás nem se quizessemos elaborar um livro, também seria insuficiente
para o efeito, neste sentido vamos simplesmente elucidar as contribuições pra esta
área científica dos pensadores como João Amós Coménius, John Dewey, J.Frederick
Herbart e HeinrichPestalozzi.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Descrever a evolução histórica da Didáctica.


▪ Explicar a contribuição de cada educador na configuração da
didáctica como área específica de pesquisa.
Objectivos ▪ Relacionar o pensamento destes autores com a prática educacional
no contexto moçambicano.

Sumário
De acordo com Haidt (2006), a didáctica enquanto um campo específico da Pedagogia, a
Didáctica remonta no final do Séc. XIX, antes vinculada a Filosofia, a preocupação
no princípio era com a memorização e pouco com a compreensão, o método mais
dominante na época era o catequético, que consistia na repetição taxactiva das ideias
do professor. Vejamos a contribuição de cada pensador para o surgimento desta
jovem ciência.

Joao Amos Coménio


Os artesãos não prendem os seus aprendizes
com teorias, põem-nos imediatamente em
acção, para que eles aprendam a forjar
forjando, a esculpir, esculpindo, a pintar
pintando, a cozer, cozendo. Assim que se
ensine na escola a escrever escrevendo, a falar
falando, a cantar cantando, a raciocinar
raciocinando, etc. (Coménius, 1943 apud
Piaget, 1998, p.192)

Influenciado pelo movimento empirista, Coménius é mais conhecido pela sua obra
famosa, Didáctica Magna. É grande defensor da educação baseada na natureza e na
experiência, como foi possível observar na nota de entrada, para Coménius, a
verdade e a certeza do conhecimento só dependem do testemunho dos sentidos, isto
é, quando mais provém dos sentidos o conhecimento mais perfeito se torna, por isso
melhor para ele era ensinar tudo a todos (Idem). A sua obra Didáctica Magna,
publicada em 1632, influenciou bastante o campo educacional, para ele o professor
ao ensinar devia cumprir os seguintes passos:
1- “Apresentar o objecto ou a ideia directamente, fazendo demosntrações, pois o
aluno aprende com os sentidos, vendo e tocando;
2- Mostrar a utilidade especícifica do conhecimento transmitido e a sua aplicação
na vida diária;
3- Fazer refencia a natureza e origem dos fenómenos estudados, isto, é as suas
causas;
4- Esplicar primeiramente os princípios gerais e só depois os detalhes;
5- Passar para o tópico ou assunto a seguir somente depois de certificar que o
aluno compreendeu o anterior.” (Haidt, 2006:17).

Heinrich Pestalozzi
Influenciado pelos naturalistas como Rousseau, elaborou o método que deveria
respeitar a natureza da criança, seu método foi denominado Método pestalozziano
que cumpria as seguintes etapas:
✓ Presentar o conhecimento começando dos elementos concretos e simples;
✓ Recomendava a observação, intuição;
✓ Realização de exercícios graduados.

John Frederick Herbat


Herbat, seus trabalhos na área educional são mais conhecidos na formulação precisa
dos objectivos educacionais numa perspectiva de desenvolvimento curricular.
Especificamente na Didáctica, defendendo a teoria do interesse, o professor devia
ao seleccionar os materiais, basear-se nos interesses infantis e assim devem ser
organizados de acordo com essa natureza. Seu método instrucional consistia em
cinco etapas:
• Preparação;
• Apresentação;
• Associação;
• Sistematização; e
• Aplicação.
John Dewey
Para Dewey, a “acção precede o conhecimento e o pensamento” Haidt (2006:21),
assim sugere a fórmula: Vida humana= vida social= cooperação. Defensor dos
métodos activos, assim defende o ensino pela acção. Para tal é importante o
desenvolvimento da atenção e o pensamento reflexivo; a capacidade de estabelecer
conexões entre factos e objectos; a capacidade de diferenciar o essencial do
acessório; remontar a causas e estabelecer os efeitos. Em suma a Pedagogia de
Dewey resume-se no seu pragmatismo= a acção, pois ele acredita que não se educa
para vida senão se aprende na vida, daí a educação é vida.
Exercícios

Explique a contribuição de Pestalozzi na Didáctica.


R% Para Coménius, o professor ao ensinar devia cumprir os seguintes
passos:
1- Apresentar o objecto ou a ideia directamente, fazendo
Auto-avaliação demosntrações, pois o aluno aprende com os sentidos, vendo
e tocando;
2- Mostrar a utilidade especícifica do conhecimento transmitido
e a sua aplicação na vida diária;
3- Fazer refencia a natureza e origem dos fenómenos estudados,
isto, é as suas causas;
4- Esplicar primeiramente os princípios gerais e só depois os
detalhes;
5- Passar para o tópico ou assunto a seguir somente depois de
certificar que o aluno compreendeu o anterior.
Unidade N0 06-A0008
Tema: Didáctica – suas relações com a
Pedagogia e outras ciências
ntrodução
Dissemos na primeira Unidade que a Didáctica é uma ciência pedagógica, sendo
por isso que mantém relação com a pedagogia. Mas também vemos que devido a
compelxidade do processo de ensino e aprendizagem, de um lado e, por outro,
tende em conta ao carácter interdisciplinar de quase todos os ramos de saber, a
didáctica mantem relações com outras ciências.
De facto, a actuação do professor com o propósito de ensinar, exige deste um agir
tendo em conta não somente habilidades didácticas, mas também pedagógicas e
um certo sentido psicológico, sociológico, biológico, filosófico etc, devendo,
neste sentido, o professor se municiar de conhecimentos destas disciplinas: o agir
didáctico é ao mesmo tempo pedagógico, biológico, sociológico, filosófico, etc.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Explicar a contribuição das outras ciências (pedagogia, psicologia,


biologia, sociologia, filosofia) para a actividade didáctica do
professor;
▪ Redefinir o campo específico de investigação da didáctica, tendo
Objectivos em conta as especificidades de objecto de estudo das outras
ciências com as quais tem relação;
▪ Diferenciar o objecto de estudo da Didáctica Geral das Didacticas
específicas.

Sumário
Didáctica; suas relações com a Pedagogia e outras ciências

Actividades 1

1. De que forma a didáctica se relaciona com a


pedagogia e outras ciências?
2. Qual é o objecto especifico da didáctica dentro
da investigação pedagógica?
3. Diferencie a Didáctica Geral das Didácticas
Especificas.
Respondendo a primeira questão, concerteza que deve ter pensado que a
dependência da didáctica em relação a pedagogia se verifica na
impossibilidade de se especificar objectivos da instrução, das matérias e
dos métodos, fora de uma concepção do mundo de uma opção
metodológica geral e uma concepção de práxis pedagógica, uma vez que
essas tarefas pertencem ao campo pedagógico. É verdade que a finalidade
imediata do processo didáctico é o ensino de determinadas matérias e de
habilidades cognitivas conexas; todavia por se tratar de materiais ou temas
de ensino, implicando, portanto dimensão formativa, a eles se sobrepõe
objectivos e tarefas mais amplas determinadas social e pedagogicamente.
Dai considera-se a didáctica como disciplina de intersecção entre a teoria
educacional e as metodologias específicas das matérias que se esclarecem
e se particularizam sob caracteristicas comuns, básica, da actividade
pedagógica e, em particular, do processo de ensino aprendizagem.

Em outras palavras a didáctica opera a interligação entre a teoria e a


práctica. Ela engloba um conjunto de conhecimentos que entrelanaçam
contribuições de diferentes esferas científicas (teoria de educação, teoria
do conhecmento, psicologia, sociologia, etc), junto com requisitos de
operacionalização.

Noutros termos, a pedagogia investiga a natureza das finalidades da


educação como processo social, no seio de uma determinada sociedade,
bem como as metodologias apropriadas para a formação dos individuos,
tendo em vista o seu desenvolvimento humano para tarefas na vida em
sociedade. Quando falamos das finalidades da educação no seio de uma
determinada sociedade, queremos dizer que o entendimento dos
objectivos, conteúdos e métodos da educação se modifica conforme as
concepções de homem em sociedade que, em cada contexto económico e
social de um momento da história humana, caracterizam o modo de pensar,
de agir e os interesses das classes e grupos sociais. Portanto, a pedagogia
é sempre uma concepção da direcção do processo educativo subordinado
a uma concepção politico-social.

Chegados a este ponto, estamos certos que foi fácil relembrar a tarefa e o
objecto específicos da didáctica. A didáctica é, pois uma das disciplinas da
pedagogia que estuda o processo de ensino através dos seus componentes,
os conteúdos escolares, o ensino e a aprendizagem para, com o
ambasamento numa teoria da educação, formular diretrizes orientadoras
da actividade profissional dos professores.

A Didáctica Geral estabelece relação com as Didácticas especiais ou seja,


Metodologias de Ensino de Disciplinas específica (ex: Matemática,
linguas, etc). De facto, as metodologias das diferentes disciplinas analisam
as questões de ensino de uma determinada disciplina, enquanto a Didáctica
Geral tem um objecto de natureza geral: Se abstrai das particularidades das
distintas disciplinas e generaliza as manifestações e leis especiais do
ensino e aprendizagem nas diferentes disciplinas e formas de ensino.
Assim, as Didácticas ou Metodologias especificas são uma base
importante para a Didáctica Geral, e esta, por sua vez, generaliza os
resultados de estudo sobre o ensino das disciplinas específicas.
Finalmente, no que diz respeito as outras disciplinas, constatámos que a
relação da Didáctica Geral com estas disciplinas se explica da segunte
maneira:
A Psicologia indica a Didactica as oportunidades que melhor favorecem a
expansão/desenvolvimento da personalidade bem como os processos que
melhor garantem a efectivação da aprendizagem.
A Sociologia indica as formas de trabalho que permitem desenvolver a
solidariedade, a liderança, a responsabilidade no contexto de interções
sociais, pois a aprendizagem acontece no contexto socialmente construído
o que implica reconhecer o papel dessas relações na educação dos alunos.
A Biologia orienta sobre o desenvolvimento físico e os índices de fadiga
dos alunos, a nutrição e a herança também tem o seu peso na aprendizagem
dos alunos.
A Filosofia actua na integração das demais ciências que servem de base a
Didáctica, coordenando – as numa visão que tem por fim explicar o
educando como um ser completo que necessita de atendimento adequado,
personalizado, de forma que se possam efectuar os propósitos de educação.
A complexidade do trabalho do professor está na sua capacidade de poder
planificar, realizar e avaliar o processo de ensino-aprendizagem, com
garantia de que os seus alunos aprendam, desenvolvam saber, saber fazer
e saber ser/estar. Igualmente vemos que esta complexidade se refere em
parte, ao facto de que o professor deve ensinar a partir de uma concepção
da direcção do processo educativo subordinada a uma concepção politico-
social, agindo, portanto, como pedagogo; e oa mesmo tempo o professor
deve:

Respeitar a individualidade dos seus alunos e as condições que melhor


favorecem a expansão/desenvolvimento da personalidade bem como os
processos que melhor garantem a afectivação da aprendizagem.
Orientar-se sobre o desenvolimento físico e os índices de fádiga dos alunos
e, a partir disso, por exemplo, conceder aos alunos intervalos depois de um
período significativo de trabalho para permitir o repouso dos estudantes,
programar actividades em função das capacidades de resistência física dos
alunos, etc.
Criar formas de trabalho na sala de aulas e na escola que permitem
desenvolver a solidariedade, a liderança, a responsabilidade nos alunos,
tendo em conta o carácter social da sua actividade e da natureza dos alunos
e dele mesmo.
Visionar o educando como um ser completo que necessita de atendimento
adequado, personalizado, de forma que se possam efectivar os propósitos
da educação.

Exercícios

1. Agrupe em dois conjuntos as afirmações que se seguem, segundo


sejam verdadeiras ou falsas:
a) O professor compete requerer um sentido e tácto pedagógico,
Auto-avaliação didáctico, psicológico, filosófico;
b) Ao considerar importante que os alunos tenham necessidade e
direito a pausa ao longo do trabalho, revela do professor a
consideração da psicologia;
c) A filosofia instiga o professor a visualizar o aluno como um todo,
a procurar ensiná-lo conforme as metas que se pretendem em
termos do tipo de personalidade a desenvolver;
d) A didáctica geral proporciona uma visão geral das diferentes
metodologias que poderão ser utilizadas nas diferentes disciplinas
específicas.
e) Se quiser olhar para a contribuição das diversas disciplinas no
seu acto didáctico, o professor jamais cumprirá a sua tarefa; por
isso, o melhor é planificar bem as suas aulas e ensinar
convenientimente, porque desta forma qualquer aluno irá
aprender.
R% Verdadeiras: a), d); falsas: c), e)
Unidade N0 07-A0008
Tema: Processo de ensino-aprendizagem –
origem e desenvolvimento histórico
ntrodução
Esta unidade está programada para o estudo sobre a origem e desenvolvimento
histórico do processo de ensino-aprendizagem. Trata-se de aprofundar os
conhecimentos das unidades anteriores, sobretudo, quando falamos da
especificidade didáctica.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Identificar as particularidas de uma educação com carácter


intencional.
▪ Caracterizar o desenvolvimento Histórico do PEA
Objectivos ▪ Explicar a origem e evolução do PEA

Sumário
Processo de Ensino-Aprendizagem, Origens e Desenvolvimento Histórico do
PEA

Relacionar o desenvolvimento do património socio-cultural e técnico científico


com o surgimento do processo de ensino-aprendizagem.
Já ouviu falar várias vezes do termo “educação” e terá tido a ocasião de se
questionar sobre o seu conceito e significado no desenvolvimento da sociedade.
Na sociedade primitiva (de caçadores e recolectores) todos os adultos educam
todas as crianças directamente no processo mesmo da vida e do trabalho junto
com os adultos. Mais, a medida que o trabalho se desenvolvia, começa a haver
excedentes de produçãoes, assim, aparece a divisão de trabalho e,
consequentimente, a especialização do trabalho.
Na sequência disso, aumenta o património socio-cultural e técnico científico da
humanidade e torna-se cada vez mais complicado todos os adultos “ ensinarem a
todas as crianças”. Assim, surgem pessoas especializadas em educação das
crianças e criam-se situações específicas de educação; e, neste sentido, surge o
processo de ensino-aprendizagem com processo organizado e intencional para a
educação das crianças

Actividade 1
Compare a educação na sociedade primitiva com a que realizada na sociedade em
que surge a divisão do trabalho.
Exacto, na sociedade primitiva a educação tinha um carácter informal, todos
ensinavam a todas as crianças, enquanto com as especialização do trabalho,
surgem pessoas e situações específicas em que se realiza a educação, o que
cracteriza o processo de ensino e aprendizagem. Mais precisamente, podemos
destinguir a educação da sociedade primitiva e a da sociedade em que surge a
especialização do trabalho da seguinte forma:

Características da Educação

Na sociedade Primitiva Na sociedade de divisão de


trabalho

A educação/formação do homem depende A educação é organizada, razão pela qual


dos seguintes factores: toma o carácter de processo de ensino-
aprendizagem, o que implica:
A simples imitação aos adultos (por isso,
era espontânea) Carácter intencional do PEA
A tranasmissão oral Colocação prévia de objectivos e tarefas
de ensino
Elaboração de conteúdos e métodos de
A influência do meio
ensino/educação
Os exercícios no próprio processo de
Designação de homens especiais (alunos e
traballho (a imitação)
professores /educadores com
características próprias
Estabelecimento da duração e de locais
especiais para realização do PEA

Desde que o homem vive na sociedade foi acumulando saberes sociais, culturais,
técicos e cientificos que serviam de base a educação das novas gerações, no
sentido de assegurar a sua continuidade e generalização ao longo do tempo e das
gerações. Trata-se de um processo que, no princípio era realizado de forma
espontânea e envolvendo a todos, graças a pouca diferenciação dos agentes
“educadores”, dai a celebre idéia de que “todos ensinavam a todos”.
Com o aumento desse património socio-cultural e técnico-cientifico, nem todos
são capazes de ensinar “tudo” e começa a haver diferenciação dos homens, em
parte, pelo tipo de saber desenvolvido. Isso ocasiona a especialização e já nem
todos podem ensinar tudo, ao mesmo tempo que surgem individuos cuja função
específica é de educar “ensinar “, fazendo com que o ensino seja uma actividade
intencional, contrariamente ao momento em que “ todos ensinavam tudo “ onde
a educação tinha um carácter espontâneo.
Exercícios
Das afirmações seguintes assinale com V e F, conforme sejam
respectivamente verdadeiras ou falsas:

a) Existem processos de ensino-aprendizagem desde a sociedade


Auto-avaliação primitiva.
b) Tendo em conta a problemática fundamental da didáctica, cabe a
Didáctica conduzir o processo de ensino-aprendizagem.
c) O carácter intencional do PEA obriga o professor a planificá-lo
cuidadosamente, incluindo, entre outros aspectos, os métodos a usar, os
meios, a avaliação a ralizar antes, durante e ao fim do PEA.
d) Devido ao caráter intencional do PEA, o professor não se deve
autorizar a realizar e agir diante dos alunos fora do que está planificado
para essa aula.
R% a) F, b) V, c) V, d) F.

Unidade N0 08-A0008
Tema: Características do Processo de
Ensino-Aprendizagem
ntrodução
Os aspectos referidos acima, na unidade seis, aquando da abordagem sobre
“Origem e desenvolvimento histórico do PEA “ nos permitem perceber as
particularidades do PEA que o destiguem doutras formas de organização de
educação, por isso, para podermos desenvolvê-lo ainda mais, vai a seguir falar
sobre as características do PEA.
Ao falarmos das características do PEA, espera-se não somente mencioná-las,
mas também explicá-las com o próposito de cada um refléctir como tê-las em
conta na realização do PEA. O tema “ características do PEA “ está subdividido
em lições, sendo esta primeira naquela em que, por ser a inicial, vamos poder
mencionar todas as características do PEA e discutirmos mais especificamente a
primeira característica, ou seja a de “ o PEA tem carácter social Portanto, nesta
unidade está convidado para uma discussão sobre o tema proposto.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Identificar as caractéristicas do PEA


▪ Explicar o significado de cada uma das características do PEA.
Objectivos
▪ Explicar o carácter social do PEA.

Sumário
Características do Processo do Ensino e Aprendizagem
O processo de ensino-aprendizagem é uma actividade particular que se destingue pelas
suas características próprias. Assim, dentre outras características, podemos dizer que o
PEA apresenta as seguintes características:

➢ Carácter social
➢ Carácter educativo
➢ O PEA desenvolve a personalidade
➢ O PEA é um processo dinâmico de desenvolvimento, isto é, dialético
➢ O PEA tem carácter sistemático e planificado
➢ O PEA é regido por leis que se exprimem em regularidades

DIALÉTICA
A dialética não é mais do que a ciência das leis gerais do movimento e da
evolução da natureza, da sociedade e do pensamento. A dialéctica no processo de
ensino-aprendizagem expressa-se nas interações entre os sujeitos sociais, a
educação na ideia de Dewey, é uma contínua estruturação e reorganização da
experiência, o que pressupõe que ao interagir com a situação, o sujeito muda a
sua visão, assim como a visão que tem da situação. Daí que reconhecemos que o
PEA, espaço de concretização da educação tem essas características.

Actividade 1
São seis as caracteristicas do PEA que acabamos de mencionar. Agora, tente,
sozinho ou em grupo explicar em que conciste o PEA em conformidade com cada
uma destas características apontadas.

Você acabou de explicar as caracteristicas do PEA. Por isso, debruçando-se sobre


cada uma das caracteristicas, esperamos que tenha sido capaz de, referindo-se ao
Carácter Social do PEA, compreender que se atribui esta caracteristica ao PEA
porque este processo:
➢ Apareceu / surgiu com o desenvolvimento/aumento constante do
património socio-cultural e técnico-cientifico da sociedade;
➢ É a sociedade que organiza, determina os objectivos, motivos, conteúdos,
meios e métodos do PEA;
➢ Os actores principais (professores e alunos) interagem como seres
sociais.

A partir desta característica, devemos enfatizar a idéia de que quando falamos do


PEA é muito importante reflectirmos sobre o sentido da actividade docente, quer
dizer:

➢ Os aspectos didácticos devem estar subordinados a definições de


propósitos educativos válidos (socialmente) para orientar nosso
trabalho;
➢ Os objectivos que nos propômos alcançar junto aos alunos são o
elemento fundamental em nosso trabalho lectivo e quando realmente nos
propômos ser educadores;
➢ Diferentes nações tem concepções diferentes das coisas (Brandão,
2007), sendo assim, a idéia da educação não é a mesma e,
consequentemente, os propósitos da educação e do PEA também não são
os mesmos, havendo, inclusive, possibilidade de adaptações no interior
da mesma noção em função das caracteristicas dos alunos (sobretudo no
que diz respeito ao nível de progresso e dificuldades de aprendizagem),
do contexto social e regional onde se localiza a escola. O PEA, é um
processo contextualizado cuja finalidade é conseguir a partir do nível de
partida dos alunos, chegar a uma verdadeira aprendizagem destes com o
apoio do trabalho didáctico do professor.
O PEA surge como resultado do desenvolvimento da sociedade, aliás, uma
constatação que estamos a fazer desde o ponto em que discutimos sobre a origem
e desenvolvmento histórico do PEA, ao concluirmos que o desenvolvimento
constante e progressivo do património socio-cultural e técnico-cientifico é que
terá na origem do PEA.
Também acabamos de ver que o carácter social do PEA se reflecte, por
conseguinte, nos objectivos, meios de ensino que são socialmente determinados.
E ao fazermos esta constatação, surge-nos a idéia de que o PEA em toda sua
planificação, realização e avaliação deve referir-se a um contexto social preciso,
reflectindo-se nele e agindo para transformá-lo e desenvolver: esta é a razão
social do PEA.
Exercícios

1. Das afirmações que se seguem, identifique as que são


falsas:

Auto-
avaliação a) Trabalho educativo do professor deve ser feito com base
em valores culturais universais, mas também com
referências aos valores locais para tor nar esse trabalho
educativo mais relevante ao contexto social em que
realiza essa acção educativa
b) Quem ensina Química, Física e outras ciências naturais
não tem nenhuma possibilidade de ter e conta se o
conteúdo do seu ensino reflicte as questões locais da
sociedade em que se encontra e, por conseguinte, das
características sócio-culturais dos seus alunos;
c) Tendo um curriculo planificado centralmente para todo o
pais, resta ao professor fazer adaptações locais em
função das características sócio-culturais dos seus
alunos, sem perder a essência e as exigências globais do
curriculo;
Unidade N0 09-A0008

Tema: Carácter educativo do processo de


ensino-aprendizagem
ntrodução
Na unidade anterior acabámos de explicar o carácter social do PEA. Agora
falemos do carácter Educativo do PEA.
A reclamação de que a escola, através dos professores e, particularmente, do
processo de ensino-aprendizagem deve não somente ensinar, mas também educar
atravessa fronteiras, atingindo todos os sistemas de educação e, igualmente, se
coloca desde a tempos atrás até aos nossos dias: é uma questão actual e de todas
as nações.

O professor competente ensina para formar e educar os seus alunos. Portanto,


nesta unidade está convidado para uma discussão sobre o tema proposto, lembre-
se este debate começou na unidade em que falamos das categorias da Pedagogia.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Diferenciar instrução da educação;


▪ Identificar os objectivos da educação e da instrução;
▪ Explicar, com base em exemplos concretos, como na
Objectivos prática o professor pode conseguir a unidade entre
educação e instrução.

Sumário
Carácter Educativo do PEA
Para mostrar o carácter educativo começemos por rever os conceitos de educação e
de instrução

Actividade 1
Diga, por palavras suas, a diferença entre instrução e educação.
No âmbito do processo de formação do homem, os termos educação e instrução
são inseparáveis. De facto, a instrução é a transmissão/mediação de
conhecimento, capacidades, habilidades; podemos também defini-la como sendo
o processo e o resultado da assimilação de conhecimentos sistemáticos, assim
como das acções e procedimentos inerentes a eles. Por seu turno, a educação, pela
sua característica fundamental, é o desenvolvimento/formação de
comportamento, atitude e convicções; isto é, a formação de traços /sinais da
personalidade.
Assim, é impossivel, no verdadeiro sentido, educar sem instruir e vice-versa, daí
que, a educação e a instrução estão intrensícamente unidos e se relacionam
dialécticamente no PEA, apesar de que o alcançe dos objectivos educacionais,
mais do que resultado do ensino, resulta de todo o conjunto de influências que
actuam sobre o aluno/educativo.
A instrução tem como enfoque principal o objectivo de desenvolvimento nos
alunos o saber e o saber fazer, enquanto quando falamos de educação se tem em
vista o desenvolvimento do saber ser e estar. Mas como vemos, ao realizarmos a
educação, ao mesmo tempo se instrui (quem poderia ser bem educado diante de
pessoas idosas se não pudesse lembrar, enunciar as regras principais de
comportamento que se espera desse individuo diante dessa situação); o mesmo
vemos que ao instruir (ex: para condução de uma viatura) o indivíduo deve ser
educado para o respeito das normas (neste caso, de trânsito rodoviário), sem as
quais a condução automobilística se transforme num autêntico problema para a
circulação e bem das pessoas.

Actividade II
Reconhecendo a relação dialéctica entre educação e instrução, explique como, na
práctica, um professor pode conseguir realizar a unidade entre a educação e
instrução no PEA.
Se discutiu a quesão acima sozinho ou em grupo, deve ter chegado a conclusão
de que, de facto, é preciso unir a educação e a instrução ou seja, instruir e educar
simultaneamente no PEA; mas apesar disso, levanta-se a questão de saber como
fazer isso. Para o seu esclarecimento eis, por exemplo, algumas formas prácticas
para assegurar a unidade entre instrução e educação no PEA.

Aproveitamento das potencialidades educativas do conteúdo a ser medido: todo


o conteúdo de ensino tem, em maior ou menor grau, potencialidades educativas.
Ex: Com a história da luta de libertação nacional em Moçambique, pode-se
educar para patriotismo, a unidade nacional
A personalidade do professor: existe uma tendência natural de as pessoas
crescerem, desenvolverem atitudes e convicções tomando os outros como
modelo/exemplo, sobretudo aqueles com quem tem respeito e admiração.
Por isso, principalmente na escola primária, os alunos /educandos podem se
educar pelo exemplo do professor.
Definição dos objectivos: para cada plano de aula o professor define uma série de
objectivos, sendo por isso que deve ter cuidado de incluir nele objectivos
instrucionais (i.e., da área de saber e saber – fazer), assim como educacionais (da
área do saber-ser e saber-estar).
O professor ao ensinar seus alunos desenvolve neles atitudes, convicções,
hábitos, para além de levá-los a assimilação de conhecimentos e desenvolvimento
de capacidades e habilidades. Este é o propósito educativo e intsrutivo do PEA,
o que faz com que tenhamos como recomendação fundamental do professor, de
qualquer disciplina e com base em qualquer que seja o conteúdo, deve assumir
como sua obrigação profissional educar os alunos, não se limitando apenas a
mediação de conteúdos para serem assimilados simplesmente como
conhecimentos.
Para o efeito, o professor deverá fazer recurso das potencialidades educativas do
conteúdo e, na base deste, ao planificar as suas aulas incorporar objectivos
educativos (do saber ser e estar, ou seja, do domínio afectivo) e instrutivos (do
saber fazer, isto é, respectivamente dos domínios cognitivo e psicomotor).

Exercícios

1. Indique, dentre as opções seguintes, aquelas que


recomendam a um professor como estratégia pedagógica:
a) Ensinar aos alunos um conjunto de conhecimento para
que estes possam estar habilitados de resolver as questões
do exame, mesmo que isso ponha em causa a preocupação
de educar convenientimente aos alunos;
Auto-
avaliação b) Considerar a educação inseparavel da instrução;
c) Aproveitar – se de todas as potencialidades e condições
para educar os alunos, conforme as boas prácticas sociais
e exigências de desenvolvimento da personalidade de cada
um dos alunos;
d) Não agir nem dizer coisa alguma que ponha em causa
a educação das crianças;
e) Preocupar-se com a educação dos alunos, mesmo que
isso não signifique para o professor apresentar-se como
unico modelo em termos do saber ser e estar para os
alunos;
f) Quando se trata de Matemática, Quimica e muitas
outras disciplinas, o acento deve ser posto na instrução
dos alunos, para que o educador fique a responsabilidade
de disciplina como “ educação moral e civica, educação
partiótica e/ou politica “.
Unidade N0 10-A0008
Tema: Relação dialéctica e fundamental do
processo de ensino-aprendizagem
ntrodução
Depois de termos falado na unidade anterior sobre o carácter educativo do PEA.
Nesta unidade iremos discutir sobre a relação dialéctica e fundamental do PEA.
O Professor ao planificar suas aulas, apresenta-se-lhe um dilema de ter que
cumprir o programa, de progredir ao mesmo passo que os seus colegas,
professores doutras turmas, de modo a que seus alunos não sejam surpreendidos
com perguntas de avaliação geral que o professor ainda não teve a oportunidade
de os abordar; e isso pesa igualmente na avaliação do professor pelos seus
superiores: o atraso do cumprimento do programa pode ser interpretado como
inércia e mau desempenho pedagógico do professor. Quer dizer, o professor tem,
diante de si, o programa (conteúdo), objectivos, meios, métodos de ensino, para
além do aluno. Como deve relacionar – se com estes elementos todos (aluno,
conteúdos, objectivos, meios e métodos) Com qual se deve operar a relação
fundamental.
No PEA a relação dialéctica fundamental é a relação entre o ensino (ensinar) e
aprendizagem (aprender). Posto isto, a questão que se levanta sempre é saber se
o professor deve agir predominantemente em função do que ele sabe, dos seus
objectivos ou em função dos alunos, mesmo reconhendo que esta última posição
não nega a anterior.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Explicar porquê o ensino deve ser realizado em função do


aluno;
▪ Descrever as tarefas do professor e do aluno na relação
Objectivos dialéctica entre eles;
▪ Identificar as razões que podem ocasionar a desproporção
entre o ensinado e o aprendido pelos alunos numa aula.

Sumário
Relação Dialéctica e Fundamental do PEA
Tente imaginar as suas aulas, a sua experiência como aluno ou professor
e, na base disso, a que conclusão chega: é ou não o aluno o elemento
principal na relação entre professor e aluno? Porquê?
Concordamos plenamente consigo ao concluir que o professor existe em função
dos alunos, porque, este tende a garantir a comunidade e desenvolvimento da
geração futura, tendo em conta as particularidades dos alunos, pois a
aprendizagem é algo intrínseco, que se passa no interior do indivíduo, levando
em conta suas capacidades, suas aptidões, seu desenvolvimento neuropsíquico e,
ainda, seus interesses, motivações e suas necessidades. Por isso mesmo, de nada
serve ao professor desenvolver aulas interessantes e bem planificadas se elas não
atenderem ao “ estado” do aluno.

Deste modo, no PEA o aluno e o professor são necessários, mas o professor só


existe em função dos alunos, daí que o aluno seja mais importante no PEA.
Vejamos então algumas das actividades do professor e do aluno no âmbito da
relação dialéctica entre eles.
Entretanto, nota-se que tudo quanto se ensina, apenas uma parte é
verdadeiramente aprendida.
Fazendo uma auto-análise da nossa própria experiência docente e, sobretudo,
observamos os nossos colegas, seus alunos e, inclusive, os nossos próprios alunos
podemos concluir que as razões para este facto podem dever-se aos factores que
intervem no PEA.
1. Existe uma relação intríseca entre ensinar e aprender; não há ensino se não
haver aprendizagem; o ensino existe para motivar a aprendizagem, orientá-la,
dirigi-la; ele é o factor de estimulação intelectual. Assim, para haver ensino e
aprendizagem é preciso:
➢ Uma comunhão de propósitos e identificação de objectivos entre
professor e o aluno;
➢ Um constante equílibrio entre o aluno, a matéria, os objectivos do ensino
e as técnicas/ métodos de ensino.

1. Na relação entre (ensinar) e aprendizagem (aprender), registam-se as


seguintes contradições:

➢ O docente tende a levar os discentes a atingir um nível a ponto de já não


precisar dele, quer dizer a independência;
➢ O discente a querer agir por si próprio, quer dizer, independentimente,
mas a depender da ajuda do docente.

Mesmo o professor planifique e realize “ correctamente “ as suas aulas, se não


hover aprendiazgem, então diz-se que não houve ensino. Esta afirmação nos
sugere que qualquer preperação de uma aula, assim como a sua realização deve
ser feito tomando em conta a realidade do aluno: seus interesses, motivações,
progressos, dificuldades levando-o a ter uma atitude positiva para com o
professor e a disciplina em causa, como condições para conseguir-se a activação
do aluno para a realização das actividades principais que determinarão o
progresso deste aluno na sua aprendizagem.
O que estamos a dizer é que, por exemplo, se o professor nota que os seus alunos
precisam de muito mais tempo para exercitar um conceito ou uma operação,
talvez seja melhor fazer desta maneira em vez de continuar com a matéria com
vista ao simples cumprimento da matéria, mas ao mesmo tempo poderá ser que,
em certa matéria, não haja necessidade de gastar todo o tempo previsto no
programa para os alunos aprenderem-na devido a nível baixo de complexidade
em função do aluno “ real “ que está diante do professor: é uma questão de
ponderação, colocando sempre o aluno no centro do processo, como critério
fundamental para decidir sobre as actividades a realizar, o tempo a acordar, as
estratégias a adoptar, a avaliação a realizar, etc; mas sempre com o propósito final
de que todos e cada um dos alunos atinja o seu nível mais elevado de
aprendizagem em conformidade com as suas potencialidades cognitivas,
afectivas e psicomotoras.

Exercícios

1. Aos seus colegas, aos professores das nossas escolas,


você recomendaria ou não o seguinte:

a) Cumprir linearmente o programa, antes que seja


Auto- sancionado pela administração da escola (Nao)
avaliação
b) Parar, progredir, repetir a matéria tendo em conta as
dificuldades e progresso dos alunos na aprendizagem
(Sim)

c) Agir sobretudo como facilitador da aprendizagem e não


como simples transmissor de conteúdos de aprendizagem
(Sim)

d) Cultivar-se menos, desde que se preocupa mais em


cultivar os alunos (Não)

e) Considerar os alunos como sujeitos da sua


aprendizagem, portadores de sentimento e emoções (Sim)

f) Desenvolver, na aula, um clima afectuoso que favoreça


ao aluno a aceitação do professor e do que ele ensina (Sim)
Unidade N0 11-A0008

Tema: Estrutura da aula – funções


didácticas
ntrodução
Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade de estrutura e dinamica do PEA. A
educação especialmente organizada realiza-se, nas escolas, sobretudo através das
aulas que em si, constituem um conjunto de condições pelos quais o professor
dirige e estimula o processo de ensino em função da actividade própria do aluno
no processo de aprendizagem escolar, ou seja, a assimilação consciente e activa
dos conteúdos. Por outras palavras, o processo de ensino, através das aulas,
possibilita o encontro entre os alunos e a matéria do ensino, preparada
didácticamente no plano de ensino e nos planos de aula. A realização de uma aula
ou conjunto de aulas requere uma estrutura didáctica, isto é, etapas ou passos mais
ou menos constantes que estabelecem a sequeência do ensino de acordo com a
matéria ensinada, características do grupo de alunos e de cada aluno e situações
didácticas específicas; é neste sentido que nesta unidade vamos discutir sobre a
estrutura da aula, como forma de organização do processo de ensino e
aprendizagem.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Explicar o papel das funções didácticas;


▪ Identificar as principais funções didácticas

Objectivos

Sumário
Estrutura e Dinamica do Processo de Ensino e Aprendizagem

As diferentes etapas serão apresentadas sucessivamente e, ao mesmo tempo,


chamaremos atenção sobre a interligação existente entre elas.
Trata-se das etapas, também chamadas funções didácticas passemos a apresentar
as funções didácticas:

➢ Função Didáctica de Introdução a Motivação;


➢ Função Didáctica Mediação e Assimilação;
➢ Função Didáctica de Dominio e Consolidação;
➢ Função Didáctica de Controlo e Avalição.

As funções didacticas como já referimos, são etapas ou fases do PEA que, na


sua essência realizam-se não rigidamente de forma sequenciadas, mas sim
interligada.

De certeza que já deu ou assintiu aulas e deve ter ficado com a impressão de que
a indicação das etapas ou funções didacticas não significa que todas devem
seguir um esquema rígido. A opção pela qual etapa é mais adequada iniciar a
aula ou conjugação de vários passos numa mesma aula ou conjunto de aulas
depende dos objectos da matéria, das caracteristicas dos alunos, dos recursos
didácticos disponiveis, das informações obtidas na avaliação diagnostica etc.

Por exemplo, ao iniciar ua aula sobre “ As caracteristicas dos rios de


Moçambique “, por causa da relação que esse conteúdo tem com o “Relevo e o
Clima de Moçambique “, o professor poderá fazer uma breve revisão destes
conteúdos e, neste sentido, pode se entender como sendo Introdução e Motivação
por cumprir a função de (re) activação dos pré-requisitos, mas ao mesmo tempo
pode ser uma consolidação (envolve repetição, exrcitação ou sistematização do
(já aprendido), assim como avaliação por ajudar a verificar o nivel de
compreensão e aprendizagem que os alunos tiveram nesta matéria (relevo e clima
de Moçambique).

Por isso, a estrutura da aula por parte do professor é um processo que implica
criatividade e flexibilidade, isto é perspicacia de saber o que fazer perante a
situações didacticas especificas, cujo rumo nem sempre é previsivel.

Devemos entender, portanto, as funções como tarefa do PEA relativamente


constantes e comuns a todas as matérias, considerando-se que não há entre elas
uma sequência necessariamente fixa, e que dentro de uma etapa se realizam
simultaneamente outras. Elas estão em interacção reciproca, tal como se pretende
ilustrar na figura abaixo.

Figura 1- A interdependência entre as funções didácticas

Introdução e Motivação

Controlo e Avaliação
Mediação e Assimilação

Dominio e Consolidação
Como pode imaginar, a função didactica Introdução e Motivação teoricamente é
a primeira função didactica, aquela que faz iniciar a aula, mas que, como vimos
anteriormente, pode estar associada a outras funções didacticas. Para este caso, o
importantente é o professor reconhecer a importância da motivação no PEA e, de
seguida, procurar encontrar as formas práticas para conseguir a motivação dos
alunos nesse PEA.
No inicio da aula, a preparação dos alunos visa criar condições de estudo:
mobilização da atenção para criar uma atitude favorável ao estudo, organização
do ambiente, suiscitamento do interesse e ligação da matéria nova em relação a
anterior.
Os alunos motivados ficam conscientes do que estudam e isso estimula a
actividade cognitiva deles e faz com que eleve o seu papel educativo e formativo.

Exercícios

1. Seleccione, dentre as estratégias a seguir, aquelas que


darão bom sentido a actividade de um professor:
Auto-
avaliação a) Iniciar a aula cumprimentando os alunos (Sim)
b) Preocupar-se em desenvolver nos alunos uma
aprendizagem consciente e activa, através da motivação
dos alunos (Sim)
c) Os propositos do trabalho didactico, em princípio,
devem ser apenas do dominio do professor (Não)
d) O professor deve forçar os alunos a aprender qualquer
que seja o conteudo, o importante é que esteja previsto no
programa (Não)
e) A aula deve partir de um ponto em que os alunos
participem, para não ficarem naquela atitude
passiva.(Sim)
Unidade N0 12-A0008
Tema: Funções didácticas – introdução e
motivação
ntrodução
Na aula procuramos desenvolver um entendimento comum sobre a importância
da motivação no PEA e, sobretudo, para a aprendizagem dos alunos, tendo em
conta a natureza de que a aprendizagem dos alunos deve ser consciente e activa,
integrando os novos conhecimentos na estrutura mental do aluno. Fizemos isso
antes de apresentarmos a relação dialéctica entre as funções didácticas de que
falamos na unidade anterior.
E na sequência disso, devido a grande importância da motivação no PEA, iremos
nos debruçar sobre as tarefas didácticas que o professor deve realizar para
conseguir a motivação dos alunos, falarenos de forma resumida a motivação
inicial, a motivação contínua e a motivação final.

Portanto, nesta unidade está convidado para uma discussão activa sobre o tema
proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Definir Recapitular o objectivo principal da actividade do


professor na FD “ I + M”
▪ Explicar as tarefas do professor para conseguir a
Objectivos motivação no PEA.

Sumário
Introdução e Motivação
Actividade 1
Explique as tarefas que podem ser realizadas pelo professor para conseguir a
mobilização psiquica e fisica dos alunos para a aprendizagem do (não) novo
conteudo?

Antes de ver as tarefas do professor para assegurar a motivação doa alunos, você
compreendeu que na FD I + M (função didáctica Introdução e Motivação) o
objectivo principal consiste em conseguir a mobilização psíquica e física dos
alunos para a aprendizagem do (não) novo conteúdo. Para o efeito devem, por
exemplo, serem realizadas as seguintes tarefas:
a) Averiguar, através de perguntas, se os conhecimentos anteriores estão
efectivamente disponíveis e prontos para o conhecimento novo. Aqui o empenho
do professor está em estimular o raciocínio dos alunos, instigá-los a emitir
opiniões próprias sobre o que aprenderam, fazê-los ligar os conteúdos a cousas
ou eventos do cotidiano. A correcção dos trabalhos de casa trona-se importante
factor de reforço e consolidação. As vezes haverá necessidade de uma breve
revisão (recapacitação) da matéria, ou a rectificação de conceitos ou habilidades
insuficientimente assimilados.

b) Estabelecer a ligação entre noções que oa alunos ja possuem com a matéria nova,
bem coo estabelecer vinculos entre a prática cotidiana e o assunto. Para isso, o
melhor procedimento é apresentar a matéria como um problema a ser resolvido,
embora nem todos os assuntos se prestem a isso. Mediante perguntas e troca de
experiências, colocação de possíveis soluções, estabelecimento de relação causa-
efeito, os problemas atinentes ao tema vão-se encaminhando para se tronarem
também problemas para os alunos em suas vidas práticas.
c) Criar ou obter uma atmosfera propícia para a aprendizagem. Para isso
é necessario:
d) Dar informações sobre o conteúdo da aula;
e) Orientar para os objectvos em vista;
f) Procurar curiosidade;
g) Assegurar ordem e disciplina no sentido positivo, ou seja, sem
recursos ao medo, ao castigo, mas sim com base na persuação e
envolvimento dos alunos na aula que (vai) iniciar (iniciou).

2. Conseguir o interesse e a atenção dos alunos: se os alunos não estiverem


interessados, não estiverem atentos, então, não há aprendizagem.

Portanto, para uma efectiva motivação dos alunos no PEA, é fundamental:

➢ A orientação para objectivos concretos atingiveis pelos alunos, que se


encontrem na zona de desenvolvimento próximo.
➢ A conexão dos motivos da sociedade (representados pelo professor), da
turma e de cada

Motivação contínua e final

Antes de a aula iniciar a motivação inicial põe os alunos em condições de


poderem querer aprender, ou seja, dispostos para realizarem as actividades
requeridas nesse PEA e ao mesmo tempo, gradualmente o professor trabalha para
manter essa motivação ao longo de todo PEA, daí a pertinência da motivação
contínua. Mas os alunos devem também serem/estarem preparados, motivados,
para as tarefas ou actividades seguintes parecidas ou semelhantes a estas.
A motivação permanente ou contínua tem como sua estratégia atingir o bjectivo
de uma tarefa, de uma aula: atingir o objectivo de uma tarefa/actividade tem uma
função motivadora. Por isso, dada a sua importância dos objectivos na actividade
do professor e dos alunos, eles devem ser recordados e verificados em todas as
etapas do ensino.Esse cuidado auxilia a avaliação permanente do PEA, assim
como evita a dispersão, impedindo que aspectos secundários tomem conta do
essencial no desenvolviemrnto, etc.

Os alunos precisam de ser activados logo desde o princípio da aula; igualmente


devem permanecer activos, motivados ao discurso da aula em causa para garantir
a manutenção do nível optimal por muito mais tempo, fazendo permanecer a
capacidade de recepção, assimilação do conteúdo, ao mesmo tempo que fará com
que os alunos se inventam nas actividades em virtude de estarem “despertados “,
com alto nível de actividade neurofisiologiaca “. É uma questão de princípio
didáctivo, mas também de garantia de que o professor não estará a agir para com
individuos ” amorfos “, “inactivos “ e “ incenssiveis “ as actividades que estão
sendo desenvovidas na aula.

De igual modo, surge, a partir do que vimos nesta unidade, o imperativo de que
as aulas sejam realizadas de tal forma que todos e cada um dos alunos atinja os
objectivos preconizados, isto é, sinta que está a aprender, a progredir, visto que
isso será condição para que encontrem energia psíquica necessária para as
aprendizagens seguintes, partindo duma relação/atitude positiva para com as
matérias/disciplnas (e respectivo professor) em que os alunos atingiram niveis
satisfatorios de aprendizagem aluno individualmente. Esse parágrafo explica a
pertinência da motivação final. Assim como nas funcoes didácticas aprendidas, a
diferenciação da motivação deve ser entendida no sentido didáctivo, pois nenhum
professor será capaz de identificar a motivação inicial, contínua e final nos seus
alunos; além de que a motivação criada na fase inicial pode não exigir outra
movivação para certos alunos, mesmo assim ao propósitos da aula serem
atingidos.

Exercícios

1- Explique algumas acções que o professor pode


desenvolver para garantir a motivação dos seus alunos.

Auto- R% Algumas actividades do professor para esse propósito


avaliação
são: Explicar os objectivos da aula, esclarecer a importância
da temática para a vida dos alunos; relacionar o conteúdo da
aula com a vida prática dos educandos, lembrar ao longo da
aula, sempre que possível, o que pretendem com a aula.
Unidade N0 13-A0008
Tema: Função didáctica – Mediação e
Assimilação
ntrodução
Nesta unidade, importa discutirmos sobre o propósito da função didáctica
Mediação e Assimilação, os seus aspectos perticulares (nomeadamente a
“mediação e a “assimilação”) e as considerações importantes a ter em conta na
sua concretização.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Definir o objectivo principal da actividade do professor na


função didáctica “ Mediação e Assimilação”
▪ Explicar as tarefas do professor para conseguir a
Objectivos concretização desta no PEA.Mencionar as implicações
educativas inerentes ao adulto.

Sumário
Lembramos mais uma vez, as etapas ou funções didácticas, estão estritamente
relacionadas, de modo que, neste caso, podemos dizer que o tratamento da
matéria nova começa inclusive na função didáctica Introdução e Motivação. Mas
na função didáctica mediação e assimilação há o propósito de maior
sistematização, envolvendo a transmissão-mediação/assimilação activa dos
conhecimentos. Nesta etapa se realiza a percepção dos objectivos e fenómenos
ligados ao tema, a formação de conceitos, o desenvolvimento de capacidades
cognitivas de observação, imaginação e raciocinio dos alunos. Neste sentido o
professor nesta etapa coloca os alunos em contacto com a “matéria nova”.

Quer dizer, depois de preparação dos alunos para a aprendizagem, isto é criado a
atmosfera propícia para a aprendizagem, conseguido o interesse e atenção é feita
a reactivação do nível inicial dos alunos, o professor passa para a etapa na qual
se realiza uma parte fundamental da aprendizagem propriamente dita, ou seja,
para a etapa em que o profesor medeia um novo conteúdo e, na sequência disso,
os alunos assimilam novos conceitos, teorias, princípios, etc, contribuindo para o
desenvolvimento de um novo saber, novo saber fazer e novo saber ser e estar.

Importa clarificar que, pela sua designação, a função didáctica Mediação e


Assimilação compreende, de um lado a actividade do professor (mediação do
novo conteúdo) e do aluno (assimilação do novo conteúdo).
Rlembrando o que discutimos na FD I+M, sobre tudo em termos de reactivação
do nível inicial, podemos entender o processo de mediação/assimilação como um
caminho que vai do “não saber” para o saber, admitindo-se que o ensino consiste
no domínio do “saber absoluto”, pois os alunos são protadores de conhecimentos
e experiências, seja da sua prática quotidiana, seja aquelas obtidas no processo de
aprendizagem escolar ou não. Portanto, para a realização desta FD, o professor
deve ter em conta algumas considerações:

➢ Qual é o nível (de pré-requisitos) dos alunos (depois da reactivação)?


➢ Quais são os objectivos a atingir?
➢ Quais são os conteúdos através dos quais os objectivos devem ser
atingidos?
➢ Quais os métodos através dos quais os conteúdos devem ser mediados
e os objectivos atingidos?
➢ Que meios de ensino serão mais adequados aos alunos, aos objectivos
definidos, ao conteúdo, aos métodos escolhidos e as características do
professor, de maneira a atingir uma assimilação activa por parte dos
alunos?

Através destas questões pretende-se chamar particular atenção ao facto de que na


FD M +A o professor não deve concentrar a sua atenção exclusivamente para o
conteúdo que está a ser mediado, mas também sobre todas as outras categorias
didacticas numa relação dialéctica (aluno, professor, métodos e meios de ensino-
aprendizagem, objectivos), de modo a tornar efectiva a aprendizagem dos alunos;
e, analizando a interligação entre as categorias, na FD M+A, o professor
determinará se os métodos de ensino adoptadas/ou a adoptar estão mais variados
para:

➢ A assimilação de novos conhecimentos (saber)


➢ O desenvolvimento de habilidades, métodos, habitos e técnicas de trabalho (saber
fazer)
➢ O desenvolvimento de entidades, convicções e comportamentos (saber se e estar)
➢ Ou a interligação, conexão entre esses processos parciais.

Ora, vista a questão nos termos que se está a dizer, conclui-se que uma das
considerações básicas para o professor decidir os métodos de ensino e
aprendizagem a empregar é “quais são as actividades dos alunos necessários para
atingir a assimilação de um determinado conteúdo nas suas potencialidades
cognitivas, instrutivas e educativas “.
E porque o PEA é uma sequência lógico-didáctica de actividades planificadas e
sistematizadas dos professores e dos alunos, podemos e devemos fazer essa
pergunta, também, da seguinte maneira: “quais as actividades do professor
necessárias para desencadear as devidas actividades dos alunos em relação aos
objectos e conteúdos?”; e como resultado desta questão, vê-se que a qualidade
das actividades do professor determina em larga medida a qualidade das
actividades dos alunos.
Exercícios

1- Explique algumas acções que o professor pode


desenvolver para garantir a mediação e assimilação dos
conteúdos.
Auto- R% Algumas actividades do professor para esse propósito
avaliação são: explicar aos alunos os conteúdos, sistematização dos
conteúdos, explicar aos alunos a essência do conteúdo através
de exemplos, da experiência dos alunos, trabalhar com as
percepções e ideias dos alunos. Neste sentido pode se optar
pela exposição, observação ou discussão da matéria.
Unidade N0 14-A0008
Tema: Funções didácticas – domínio e
consolidação
ntrodução
Depois de realização da função didáctica “mediação e assimilação”, assim como
ao longo deste processo, considera-se importante envolver na actividade do
professor e os alunos acções com vista a conseguir nos alunos o domínio e
consolidação da matéria; veremos, mais adiante, que correr na apresentação das
novas matérias apenas para cumprir o programa não é satisfatório no PEA, porque
nesta função didáctica, falaremos de dois aspectos principais:
➢ As razões que justificam a necessidade de realização da função didáctica
“dominio e consolidação”
➢ As acções didácticas para a realização de “ dominio e consolidação”.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:


o

▪ Definir o objectivo principal da actividade do professor na


função didáctica “ Domínio e Consolidação”
▪ Explicar as tarefas do professor para conseguir a
Objectivos concretização desta no PEA.

Sumário

Se olharmos para o PEA, como tendo o objectivo de conseguir que os alunos,


efectivamente aprendam, vemos que o trabalho com a nova matéria não se deve
reduzir a simples exposição e explicação dessa matéria e colocá-la a disposição
dos alunos. Mas deve, ao mesmo tempo, ir tratando de conseguir apuramento
desse (ja não) novo saber nos alunos, visto que o trabalho docente consiste em
provar as condições de assimilação e compreensão da matéria, incluindo já
exercícios e actividades prácticas para solidificar a compreensão. Entretanto, o
processo de ensino não pára por aí. É preciso que os conhecimentos sejam
organizados, aprimorados e fixados na mente dos alunos, a fim de que estejam
disponíveis para orienta-los nas situações concretas de estudo de vida. Do mesmo
modo, e em consonância com os conhecimentos, é preciso aprimorar a formação
de habilidades e hábitos para a utilização independente e criadora dos
conhecimentos.
Trata-se, assim, do que justifica a necessidade de se ter no PEA uma etapa, uma
FD essencialmente destinada ao domínio, consolidação e fixação da matéria.
Alias, os conteúdos só são realmente dominados, assimilados, apropriados,
quando se atingiu a capacidade de operar com elas nas várias tarefas de aplicação
teóricas e práctica; e para tal, são necessários na continuidade do trabalho com os
conteúdos novos, etapas, fases ou componentes do PEA que tem por objectivo
directo a consolidação e o domínio dos conteúdos: no PEA é preciso proceder-se
a uma constante consolidação dos resultados da aprendizagem.

Esta constante consolidação dos resultados requer que o professor veja o PEA
como unidade de todas as funções didácticas. Muitos professores são habilidosos
na” Introdução e Motivação”, outros podem expor o novo conteúdo de modo
impressionante e astimular os alunos para a autoactividade criadora. Mas nem
todos estes professores têm habilidades para terminar o processo de ensino-
aprendizagem: não só é interessante a motivação, a exposição do prblema e do
conteúdo que desperta o entusiasmo e a viva conversação na sala de aulas,
integram também no PEA a repetição e sistematização planificadas, a prática
intensiva e a aplicação variada dos conhecimentos e habilidades.

A consolidação, neste sentido, pode dar-se em qualquer etapa do processo


didáctico: antes de iniciar matéria nova, recorda-se, são realizados exercícios em
relação a matéria anterior; no estudo do novo conteúdo, ocorre paralelamente as
actividades de assimilação e compreensão. Mas constitui também, um momento
determinado do processo didáctico, quando é posterior a assimilação inicial e
compreensão da matéria.

A consolidação pode ser reprodutiva, de generalização e criativa. Estes três tipos,


diferenciam-se no seguinte:

Consolidação reprodutiva
Nesta consolidação, o aluno reproduz o que o professor disse, sem muito espaço
para a criatividade, notam-se esses estudantes pela capacidade de recordar os
exemplos que o professor usou na explicação da matéria.

Consolidação criativa
Aqui recide a compreensão verdadeira, quando o aluno não se limita nos
exemplos do professor, mas procura exemplos da vida quotidiana, das suas
experiências, ligadas a matéria estudada. Não usam necessariamente as
expressões utilisadas pelo professor, mas sim suas próprias palavras.

Consolidação generalizadora:

➢ Inclui a aplicação de conhecimentos para situações novas, após a sua


sistematização;
➢ Implica a integração de conhecimento de forma que os alunos estabeleçam a
relação entre os conceitos, analisem os factos e fnómenos variados sob varios
pontos de vista, façam a ligação dos conhecimentos com novas situações e factos
da prática social

Exercícios

1- Explique algumas acções que o professor pode


desenvolver para garantir a função didáctica de domínio e

Auto- consolidação.
avaliação
R% os resumos (orais ou escritos), fichas de exercícios
podem contribuir para a sistematização da matéria.
Unidade N0 15-A0008
Tema: Funções didácticas: controle e
avaliação
ntrodução
O controle e a avaliação são muito importantes no processo de ensino-
aprendizagem.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:

Controlar a aprendizagem dos alunos;


Avaliar os alunos.

Objectivos

Sumário
Controle e avaliação acompanha todo o prcesso de ensino aprendizagem e forma,
ao mesmo tempo, a conclusão das unidades de ensino (ou unidades temáticas).
No geral, podemos destinguir:
➢ Controle e avaliação directos, isto é, especificamete nas fases de FD C+A
➢ Controle e avaliação contínuos ou imanentes, isto é, em todas as outras
funções didácticas.

Nesta primeira aula sobre a FD “C+A”, vamos nos ocupar sobre o conceito,
objecto e caracteristicas básicas da avaliação; e, nas aulas seguintes trataremos
de outros aspectos, tais como os tipos e funções da avalação, os instrumentos de
avaliação e a utilização dos resultados de avaliação.

Conceito de Avaliação

Definir a avaliação, não é uma tarefa fácil, se tivesse consultado bibliografia da


área pedagógica de certeza teria visto que na literatura pedagógica existem muitos
conceitos sobre avaliação dos alunos; mas de modo geral ela pressupõe classificar
os alunos, determinar em que medida cada um dos objectivos foi atingido e as
qualidades dos métodos e os meios de ensino e dos próprios professores,
selecionar os alunos, etc. Para INDE/MINED (2008), a avaliação “e um
instrumento que permite visualizar o andamento do processo de ensino-
aprendizagem, permitindo adequar, ou melhorar estratégias de ensino face aos
objectivos propostos, sendo assim deve ser concebida no sentido dinâmico,
contínua e sistemática.
A principal missão é permitir uma imagem possível do desempenho dos alunos e
a retroalimentação do PEA (processo de ensino-aprendizagem). De acordo com
o mesmo autor, cumpre a avaliação:
Aos alunos
- Consciencializa-los sobre os pontos fortes e fracos da sua aprendizagem;
- Estimular o gosto pela aprendizaem de modo a superar as dificuldades
encontradas no PEA;
- Desenvolver atitude crítica e activa no PEA.

Aos professores
- Identificar o nível de desempenho dos alunos;
- Adequar os métodos e os meios de ensino-aprendizagem;
- Informar regularmente os pais sobre o progresso.

Aos pais e encarregados de educação


Sugerir junto dos pais e professores formas de melhorar o processo de ensino-
aprendizagem.

A valiação é uma tarefa didáctica necessária e permanente do trabalho docente,


que deve acompanhar passo a passo o PEA. Através dela os resultados que vão
sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto dos professores e dos alunos são
comparados com os objectivos propostos, a fim de constatar progressos,
dificuldades e reorientar o trabalho para as correcções necessárias. Deste modo,
podemos afirmar que a valiação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do
trabalho escolar tanto do professor, dos pais e encarregados de educação, como
dos alunos.

Portanto, avaliar é:
a. Aperceber-se do rendimento aproveitamento escolar dos alunos e
traduzi-lo em dados qualitativos e quantitativos.
b. A perceber se da incorrecção ou correcção do trabalho desenvolvido pelo
professor para ver se é ou não necessário uma revisão do PEA.

Como pode ver, graças a valiação é possivel saber se a aprendizagem está a


efectuar se conforme o previsto ou não. E em caso negativo, a realimentação pela
avaliação permitirá saber se de facto deve-se:
a. A inadequação dos objectivos.
b. A deficiências individuais que possam ou não ser superadas.
c. As deficiências individuais relacionadas com pré-requisitos de
aprendizagem.
d. A inadequação da orientação do PEA por parte do professor devido aos
métodso e meios de ensino ou outros factores.

Objecto da Avaliação
Ao falarmos do objecto da avaliação pretendemos saber o que se avalia. E, nesse
caso, é evidente que a avaliação dirige-se essencialmente ao progresso nos
resultados de aprendizagem demonstrando ao longo e ao fim do ano lectivo.

Características Básicas do Controle e Avaliação


O controlo e avaliação da aprendizagem dos alunos caracteriza-se por ser
simultaneamente meio didáctico e meio pedagógico. E o que significa? Você
concordará connosco ao afirmar que a avaliação é um meio didáctico e
pedagógico por causa das suas finalidades. Assim, a avaliação é:
1. Meio didáctico, isto é, de condução do PEA pelo professor para:
➢ Comparar o decorrer e os resultados da parendizagem com os
objectivos pretendidos
➢ Avaliar o nível de aprendizagem atingido
➢ Analisar problemas e possibilidades de desenvolvimento
➢ Descobrir sobre a continuação do processo

2. Meio Pedagógico, isto é, de educação dos alunos para:


➢ Consolidar saber, saber fazer e saber ser/estar
➢ Desenvolver as capacidades de expressão linguistica
➢ Desenvolver a capacidade de auto-avaliação
➢ Desenvolver a auto-confiança
➢ Influenciar a auto-avaliação
➢ Desenvolver a capacidade de autocorecção.
Exercícios

Qual o propósito da função didáctica Controlo e


avaliação?

Auto- R% Ao começarmos a aula propomos objectivos que


avaliação devem ser atingidos por nós, de nada serve terminar a aula
sem saber o que realmente aprenderam os alunos, que
dificuldades tiveram e que avanços. Essas informações
servem para direccionar melhor o processo de ensini-
aprendizagem.
Unidade N0 16-A0008
Tema: Tipos e funções da avaliação
ntrodução
Colaborando com autores como Cortesão e Torres (1990), Nérici (1989) Piletti
(1990), Libâneo (1992) e outros, podemos destinguir três tipos de avaliação no
PEA, nomeadamente avaliação Diagnóstica, Formativa ou continua e Sumativa.
Vamos ver, nesta unidade, o conceito de cada um destes tipos de avaliação, as
suas funções, os momentos do PEA em que se devem realizar e as formas da sua
realização.

Portanto, nesta unidade está convidado para uma discussão activa sobre o tema
proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Caracterizar a avaliação Diagnóstica, formativa sumativa,


indicando o momento em que se realizam e os seus
objectivos/funções

Objectivos ▪ Reconhecer a avaliação diagnóstica, formativa e sumativa


como instrumentos para (re) orientação do PEA.
▪ Mencionar as formas através das quais se pode
realizar a valição diagnóstica, formativa e
sumativa.

Sumário
Tipos e Funções de Avaliação

Avaliação Diagnóstica

A avaliação Diagnóstica realiza-se no ínicio do curso, do ano lectivo, do semestre,


da unidade ou dum novo tema. A valiação diagnóstica tem como objectivo
verificar o dominio de pré-requisitos necessários para a aprendizagem posteriores
(=nível dos alunos). Estes pré-requisitos constituem o ponto de partida para
estabelecer uma estratégia do PEA adequado para os alunos, de forma que o
professor possa ajudar todos os seus alunos a terem o domínio do saber, saber
fazer e saber ser/estar correspondentes a objectivos considerados fundamentais.
Deste modo é possível que se faça:

➢ Organização de aulas de recuperação


➢ Simplificação dos conteúdos programáticos que serão estudados,
reduzindo-os ao essencial
➢ Acompanhamento contínuo dos alunos individualmente ou em
grupo.
➢ Elaboração constante de trabalhos pelos alunos e sua correcçào
regular pelo professor.
➢ Testagem regular dos progressos e resultados de aprendizagem.
.
Portanto a avaliação diagnóstica tem uma função formativa, pois tem como
finalidade, através de conhecimento do nível inicial dos alunos, elevar a
aprendizagem para atingir os objectivos educacionais propostos.

Avaliação Continua ou formativa


Este tipo de avaliação, como o nome já diz, realiza-se continuamente ao longo
das aulas Também tem uma função formativa, uma vez que dá a conhecer ao
professor e ao aluno se os objectivos estão a ser alcançados, identifica os
obstáculos que estão a comprometer a aprendizagem, estabelecendo estratégias
que ajudem os alunos e os professores a ultrapassar as dificuldades detectadas.

Esta actividade (avaliação contínua) vai revelar problemas de aprendizagem


colectivos (da turma) ou individuos. Por exemplo, o facto de uma noção não ter
sido adequada por grande número de alunos na turma pode significar que ela é
dificil ou que o professor não actua de forma adequada.

Consequentimente, há um diagnóstico do PEA, e em caso de os resultados serem


negativos, exige-se a replanificação que consiste em:

➢ Rever os objectivos traçados e os conteúdos por parte do


professor
➢ Rever os métodos e os meios de ensino e aprendizagem
utilizados na aula
➢ Alongar o tempo previsto inicialmente de modo a fazer
compreender os conteúdos eficazmente.
➢ Acompanhar de perto o trabalho dos alunos ou exigir mais
esforço com vista a compreensão da matéria.

Avaliação Sumativa

No fim de uma determinada etapa de aprendizagem (unidade, trimestre, semestre,


ano ou curso) chegou o momento de se “medir a distância” a que o aluno ficou
da méta pré-estabelecida, ou seja, avaliar se os objectivos traçados foram ou não
alcançados pelos alunos. Esta distância é quantificada, isto é, classificada. A
função desta avaliação é, pois, emitir um juízo de valor final.
Mas classificar pressupõe que haja um critério de como fazer uma comparação
com o que está a ser classificado num determinado quadro de referência, e nosso
caso temos a escala de valores, de notas, surgindo daí as classificações de Muito
Bom, Bom, Sufciente, Mediocre e Mau.

Contudo, a avaliação sumativa para além de função de classifica ção pode


também assumir a função formativa e orientadora do percurso de aprendizagem
na medida em que será um instrumento que permitirá ao professor:
• Decidir da possibilidade de passar ou não para uma nova unidade
didáctica.
• Medir a posição de cada aluno, tendo em conta os objectivos
estabelecidos na planificação e toda a avaliação que o aluno foi
evidenciado.
• Decidir da possibilidade de os alunos transmitirem para o ano seguinte,
apoiando-se também, como é óbvio, em todas as informações recebidas
sobre aluno.
• Constatar se porventura houve folha no seu próprio trabalho, identificar
as causas, a fim de as ultrapassar posteriormente.
A avaliação acompanha todo o PEA; alias, juntamente com planificação e
realização do PEA, construem os ciclos docentes, ou seja, o ciclo de actividades
fundamentais do professor: planificar, realizar e avaliar o PEA. E não se trata de
uma avaliação “fim” em sim mesmo, mas de uma avaliação que inicia com o
processo para o diagnóstico das particulardades individuais dos alunos e da
turma, para ajustar as actividades ao aluno e, depois, a medida que se vai
realizando o PEA o professor e o aluno requerem uma informação sobre como
está a decorrer a aprendizagem para reorientação da actividae do ensino tendo em
conta o rítmo da aula e da aprendizagem dos alunos. E, finalmente, após a
conclusão de uma unidade, semestre ou curso, faz-se a avaliação sumativa para
classificação dos alunos.

O importante, em nosso entender, é que a avaliação, contrariamente ao que fazem


muitos professores, não deve servir apenas para “ dar notas “ aos alunos,
classificá-los, mas sim como um instrumento valioso para condução do PEA.
Para o efeito, se impõe ao professor a realização, não apenas da avaliação
sumativa, mas cada vez mais da avaliação diagnóstica e formativa.

Auto-avaliação

Indique as proposições verdadeiras, dentre as que se seguem:

a. Quando se realiza a avaliação diagnóstica temos em vista aferir o nível


inicial dos alunos para a aprendizagem do novo conteúdo. (verdade)
b. Despois da realização a avaliação diagnóstica, quando se verificar que os
alunos não têm os pré-requisitos , o professor deve reprogramar a
recuperação dos alunos antes de avançar com a nova matéria. (verdadeira)
c. A recupração dos alunos pode acontecer tanto no início de uma aula com
nova matéria ou numa aula inteira especificamnte reservado para o efeito.
(Verdadeira)
d. A avaliação sumativa serve essencialmente para diagnosticar as
dificuldades dos alunos em termos do seu progresso na aprendizagem.
(Falso)
e. A avaliação formativa não é realizável nas nossas escolas por causa do
número elevado de alunos e da extensão dos programas (Falso)
f. O que é mesmo importante é que cada um dos alunos percebe, através da
avaliação, os seus progressos e as suas dificuldades para, a partir dai,
esforçar-se no que for necessário. (verdadeira)

Exercícios

1- Elabora uma avaliação usando as possibilidades


aprendidas.

Auto-
avaliação
Unidade N0 17-A0008

Tema: Objectivos de Ensino


ntrodução
Imagine que sai de casa vai passear mas não sabe efectivamente onde vai. Um amigo seu,
pára e lhe dê uma carrona, certamente que aceitarias. Mas se você não definiu para onde
vai passear, acha que a boleia será lhe benéfica? Um certo pensador, escreveu: nenhum
barco se beneficiará do vento se não saber para onde deseja embarcar. Esse episódio
ilustra o quanto é pertinente fixar metas na nossa vida. Assim também na aprendizagem
é necessário, se souber o que pretende com um texto, saberá escolher os métodos
apropriados para conseguir atingir os objectivos, saberá dizer se cumpriu com os
objectivos ou não (avaliação). Bem já percebeu que os elementos didácticos actuam de
forma interdependente. Nesta Unidade temática vamos tratar dos objectivos de ensino.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Definir o conceito objectivo de ensino;


▪ Explicar a importância destes no processo de ensino-
aprendizagem;
Objectivos ▪ Distinguir objectivos de ensino das actividades de ensino.

Sumário
Objectivos de Ensino

Os objectivos de ensino também designados por objectivos comportamentais ou


objectivos operacionais, são listagem de resultados específicos do ensino,
indicadores do comportamento e da capacidade de execução dos alunos (Hannah,
1985 apud Golias, 1999:220).

Objectivos como a descrição da aprendizagem

Os objectivos são formulados no sentido do comportamento esperado, aliás a


aprendizagem em última instância culmina com a modificação do comportamento,
mas nem todo o comportamento em mudança é resultado da aprendizagem, dai a
necessidade de clarificar o comportamento esperado em forma de objectivos. De facto
dissemos na unidade anterior que ao ensinar o professor visa suscitar aprendizagem
nos seus alunos, essa aprendizagem que se traduz em mudança de comportamento
previsto, veja o esquema proposto por Golias (1999) a seguir:

Observe o esquema:

ENSINO  APRENDIZAGEM  OBJECTIVOS



Descrição dos
resultados esperados
da aprendizagem do
aluno
Fonte: Extraído de Manuel Golias (1999)

Observando o esquema é fácil de compreender que os objectivos são especificações


de resultados de aprendizagem expressos em forma de conduta, vamos entender
comportamento no sentido dos comportamentalistas que aprendeu em Psicologia
Geral, isto é, de condutas expressas.
Em síntese
Os objectivos de ensino especificam resultados esperados como consequência
do ensino. Tais resultados constituem expressão de condutas resultantes da
aprendizagem.

Vantagens de formulação de objectivos de ensino


Autores como Hannah e Michaelis (1985) citados por Golias (1999) que
sintetizam algumas destas vantagens:
❖ Quando são indicados resultados específicos, é mais fácil distinguir os objectivos que
vale mais a pena perseguir daqueles que não tem tanto valor;
❖ As necessidades individuais dos alunos bem como as necessidades especiais dos
grupos podem ser, com mais propriedade, identificadas, planificadas e avaliadas;
❖ As actividades de aprendizagem e materiais de ensinos podem ser seleccionados e
utilizados de modo a alcançar resultados claramente definidos.
❖ Avaliação dos resultados do ensino podem ser melhorados porque é especificada
num comportamento observável ou um produto desse comportamento;
❖ É mais fácil comunicar aos alunos e aos pais os resultados do ensino desejado;
❖ A operacionalidade dos programas pode ser melhorada porque são especificados os
objectivos claramente definidos;
❖ A planificação oficial e a tomada de decisões pode ser facilitados, porque são
fornecidas mais dados sobre as necessidades adicionais, as forcas e fraquezas do
ensino. (Golias, 1999 & Schmitz, 1993).

Distinção entre ”objectivos de ensino” e “ actividades do ensino”


Não menos verdade, os professores confundem, de facto, os objectivos e as
actividades a serem desenvolvidas pelos alunos, a seguir passamos a síntese de
Golias (1999) na especificação deste equívoco:
❖ Os objectivos de ensino descrevem e especificam os resultados de aprendizagem;
❖ Os objectivos de ensino descrevem condutas do aluno, não actividades do ensino
a realizar pelo professor ou pelo aluno para conseguir aqueles;
❖ Os objectivos de ensino constituem condutas que se esperam que os alunos
consigam, não enunciados de itens de avaliação.
❖ Os objectivos de ensino não são objectivos temáticos, simples especificações de
conteúdos, mais sim o conjunto de conteúdos e habilidades e actividades que
desejamos que se desenrolem nos alunos ao estudar o seu conteúdo.

Lembre-se que os objectivos gerais expressam intenções a serem alcançadas no


fim da aula ou da aprendizagem, não são facilmente mensuráveis pois não
indicam uma conduta manifesta, já os específicos, instrucionais ou
comportamentais, indicam uma conduta manifesta que se espera verificar como
resultado da aprendizagem. Gostaríamos de decifrar um possível equívoco: nem
tudo na aprendizagem é possível prever, mas vale apenas estabelecer alguns
critérios para conseguir verificar se o aluno aprendeu ou não.

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