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Ambiental
Prof.a Louise Cristine Franzoi
Indaial – 2021
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Prof. Louise Cristine Franzoi
a
F837m
ISBN 978-65-5663-477-7
ISBN Digital 978-65-5663-478-4
CDD 576
Impresso por:
Apresentação
Bem-vindos aos nossos estudos referentes à disciplina de
Microbiologia Ambiental! Nossa maravilhosa viagem por esta área tão
interessante se dá, primeiramente, no aprofundamento da unidade básica
da vida: a célula. Desse modo, por meio dos conhecimentos da Biologia
Celular, é possível estudar/pesquisar os seres comumente conhecidos por
“micróbios”. Veremos a importância desses seres diminutos na manutenção
da nossa saúde e na ocorrência de doenças, a exemplo das patologias de
veiculação hídrica.
Bons estudos!
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• observar que todos os organismos (com exceção dos vírus), são formados
por uma ou mais células, sendo, a célula, a unidade básica da vida;
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade será dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
1
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA
1 INTRODUÇÃO
Iniciamos nossos estudos definindo o termo microbiologia e as diferentes
áreas dessa ciência tão fascinante, porém, entendemos que a microbiologia é uma
ciência que apresenta relação com outras áreas, a exemplo da biologia celular,
pois se debruça sobre o conhecimento desta para estudar os seres comumente
denominados de “micróbios”.
3
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
4
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA
ATENCAO
5
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
FONTE: <https://querobolsa.com.br/enem/biologia/niveis-de-organizacao-dos-seres-vivos>.
Acesso em: 29 maio 2020.
6
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA
7
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
3 EVOLUÇÃO DA MICROBIOLOGIA
A microbiologia passou por inúmeros avanços ao longo dos anos, mas
um marco fundamental para que essa ciência tomasse os rumos atuais se deu
quando da invenção do primeiro microscópio, em 1674, pelo alemão Antony
Van Leeuwenhoek. O cientista empregou o pequeno instrumento para observar
pequenos seres, em amostras de solo, água, saliva e fezes, denominando de
“animálculos” (DIAS, 2020).
FONTE: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi-
d=S1676-24442009000200001>. Acesso em: 24 jun. 2020.
8
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA
NOTA
9
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
FONTE: <https://sites.google.com/site/biologiaparaoensinomedio/experimentos>.
Acesso em: 24 jun. 2020.
Legenda: note que o ar podia circular livremente por meio dos frascos abertos. Contudo,
nenhum microrganismo surgiu na solução. A poeira e os microrganismos se depositavam
na área sinuosa, em forma de V do tubo e, portanto, não atingiam o caldo.
10
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA
NOTA
11
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
FONTE: <https://theamazingbiology.weebly.com/vestibular/archives/05-2013>.
Acesso em: 29 jun. 2020.
Para ter uma noção mais clara dessas dimensões, é importante que observe
as figuras a seguir:
FONTE: <https://www.indagacao.com.br/2019/03/puc-rs-responda-questao-com-base-na-escala-
logaritimica-que-mostra-os-tamanhos-das-estruturas-e-organismos.html>. Acesso em: 29 jun. 2020.
12
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA
13
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
ATENCAO
FONTE: <http://wesleibio.blogspot.com/2016/12/celulas-eucariontes-e-procariontes.html>.
Acesso em: 29 maio 2020.
14
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA
FONTE: <https://dicasdeciencias.com/2013/03/28/diferencas-entre-as-celulas-animal-e-vegetal/>;
<https://blog-mundo-biologia.blogspot.com/2016/01/estruturas-da-celula-vegetal.html>.
Acesso em: 28 maio 2020.
Microrganismos Características
Acelulares, menores e mais simples, em estrutura quando comparados às
bactérias; em geral, apresentam apenas um tipo de ácido nucléico (DNA ou
RNA), protegido por uma capa proteica. Podem se multiplicar apenas dentro
A. Vírus das células vivas, porém, poucos vírus de DNA, como o citomegalovírus e o
vírus da hepatite B, podem iniciar a síntese de moléculas de RNA enquanto
ainda estão se formando, de modo que a partícula viral contenha os dois tipos
de ácidos nucléicos (DNA e RNA).
B. Bactérias Procariontes, divididas em dois grupos: Eubactérias e Arqueobactérias.
Apresentam diversas formas (esférica, bastonete e espirilo). Aparecem isoladas
Eubactérias ou em formas de colônias. Variam de 0,2 – 5,0 μm. São unicelulares e algumas
apresentam flagelos.
São semelhantes às eubactérias, mas contam com diferenças importantes
Arqueobactérias
quanto à composição química Habitam ambientes extremos, como os de altas
(Arqueias)
concentrações salinas, os de acidez e os de temperatura.
Eucariontes, unicelulares, não apresentam parede celular rígida, não contêm
C. Protozoários clorofila. Alimentam-se por ingestão. Alguns se movem por meio de flagelos
ou de cílios, e são amplamente distribuídos na natureza.
Eucariontes, com parede celular rígida. Uni ou pluricelulares, não apresentam
D. Fungos clorofila. Alimentam-se por absorção. São conhecidos como bolores, leveduras
e cogumelos.
15
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
• Ópticos: utilizam dois sistemas de lentes, ocular e objetiva, por meio das quais a
imagem ampliada é obtida.
• Eletrônicos: utilizam um feixe de elétrons para gerar a imagem ampliada.
Empregados para observar células procarióticas e eucarióticas, detalhes
celulares e vírus.
5.1 MICROSCÓPIO
Apesar da grande variabilidade externa dos microscópios, os componentes
fundamentais são similares. O microscópio de luz é composto pelas partes
mecânica e óptica (BRANCALHÃO; CAVÉQUIA, 2020).
16
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA
FONTE: <http://projetos.unioeste.br/projetos/microscopio/index.php?option=com_
phocagallery&view=category&id=76&Itemid=140>. Acesso em: 18 maio 2020.
• Componentes mecânicos:
17
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
NOTA
DICAS
18
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA
Legenda: microscópios ópticos: campo claro; campo escuro; fluorescência; contraste de fase.
19
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
ATENCAO
Você sabia que existem dois tipos básicos de microscópios eletrônicos? Vamos
conhecê-los?
20
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA
FONTE: <http://1.bp.blogspot.com/-BvrJc4FmSrE/UIa27tgr4OI/AAAAAAAAAC8/
rnWSWUnBHDA/s1600/5.jpg>; <http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.
htm?infoid=2514&sid=32&tpl=printerview>. Acesso em: 29 maio 2020.
21
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
DICAS
22
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA
23
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
LEITURA COMPLEMENTAR
24
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA
25
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
FONTE: <https://www.nikonsmallworld.com/galleries/2008-photomicrography-competition/
chloroplasts-in-the-leaf-cells-of-elodea-canadensis-canadian-waterweed>. Acesso em: 29 maio 2020.
26
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
27
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Eucariótica.
b) ( ) Procariótica.
c) ( ) Probiótica.
d) ( ) Viral.
A B
NÚCLEO
28
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
MICRORGANISMOS E A IMPORTÂNCIA
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! Chegamos aos nossos estudos referentes ao Tópico 2.
Primeiramente, traremos alguns conceitos atribuídos à microbiologia ambiental e
às subáreas correspondentes.
Bons estudos!
29
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
FONTE: <https://kasvi.com.br/microbiologia-ambiental-saude-humana-plantas-animais/>.
Acesso em: 24 maio 2020.
30
TÓPICO 2 — MICRORGANISMOS E A IMPORTÂNCIA
FONTE: <http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/03/bacterias-sao-fundamentais-para-o-
equilibrio-do-corpo-explica-medico.html>. Acesso em: 24 maio 2020.
31
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
ATENCAO
Você sabe a origem do termo “flora intestinal”? Pois bem, o termo “flora” se refere
aos vegetais. Já os microrganismos (MO) pertencem aos grupos protista e das bactérias, por
exemplo. Essa nomenclatura é devida ao fato de os MO terem sido classificados entre as
planas na taxonomia do sueco Carl von Linné (1707-1778), conhecido, também, como Lineu.
Inclusive, data, do século XVIII, a contribuição de Lineu ao desenvolvimento de um sistema
de classificação dos seres vivos, que atingiu uma aplicação universal e estabeleceu grande
parte dos grupos de animais e plantas aceitos até a atualidade (ARAÚJO; BOSSOLAN, 2006).
32
TÓPICO 2 — MICRORGANISMOS E A IMPORTÂNCIA
33
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
NOTA
NOTA
34
TÓPICO 2 — MICRORGANISMOS E A IMPORTÂNCIA
35
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
FONTE: Adaptado de Informes Técnicos Institucionais (2004), Fiocruz (2011), Teixeira (2020) e
Ministério da Saúde (2020)
TUROS
ESTUDOS FU
Acadêmico, utilizamos esse exemplo das DTA para demonstrar que as áreas
da microbiologia ambiental se complementam, além de apontarem a importância do
consumo de água e de alimentos de qualidade, para a saúde e o bem-estar humanos, além
dos prejuízos financeiros em decorrência das DTA e de outras enfermidades. Na Unidade
2, aprofundar-nos-emos nos estudos referentes à microbiologia da água e implicações.
Sigamos em frente.
Nesta etapa, você já deve ter percebido que as bactérias não são exatamente
iguais, pois apresentam, dentre outros aspectos, características morfológicas
diferenciadas.
37
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
Permanecem em pares
Diplococos
após a divisão.
FONTE: <https://microbenotes.com/habitat-and-
morphology-of-neisseria-gonorrhoeae/>.
Acesso em: 6 maio 2020.
Deinococcus radiodurans
Dividem-se em dois
planos e permanecem
Tétrades
em grupamentos de
quatro cocos.
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=f_
o2iSXIi3I>. Acesso em: 6 maio 2020.
Sarcina sp.
Agrupamentos de
Sarcina oito cocos em forma
cúbica.
FONTE: <https://www.sciencedirect.com/science/
article/pii/S2214330014200897>. Acesso em: 6 out. 2020.
38
TÓPICO 2 — MICRORGANISMOS E A IMPORTÂNCIA
Streptococcus thermophilus
Sofrem divisão e
Estreptococos permanecem ligados
após esta.
FONTE: <https://microbewiki.kenyon.edu/index.php/
Streptococcus_thermophilus>. Acesso em: 6 out. 2020.
Staphylococcus aureus
Dividem-se em
múltiplos planos e
Estafilococos formam cachos. Essa
conformação lembra
os cachos de uva.
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/
Staphylococcus_aureus>. Acesso em: 6 maio 2020.
ARRANJO EXEMPLO
Mycobacterium tuberculosis
Bacilo único
FONTE: <https://www.terra.com.br/noticias/tuberculose-e-doenca-
infecciosa-mais-mortal-do-mundo-diz-oms,9782305c502acf51e70c43b0f200
0512h88lom3e.html>. Acesso em: 4 maio 2020.
39
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
Bacillus subtilis
Diplobacilos
FONTE: <https://annarenatav3.wordpress.com/2011/04/04/bacteria-gram-
positiva-e-gram-negativa/>. Acesso em: 4 out. 2020.
Streptobacillus moniliformis
Estreptobacilos
FONTE: <https://link.springer.com/article/10.4056/sigs.48727>.
Acesso em: 4 out. 2020.
Chlamydia trachomatis
Cocobacilo
FONTE: <https://link.springer.com/article/10.4056/sigs.48727>.
Acesso em: 4 out. 2020.
FONTE: Adaptado de Carvalho (2010), Vieira e Fernandes (2012) e Barbosa, Gomes e Torres (2018)
40
TÓPICO 2 — MICRORGANISMOS E A IMPORTÂNCIA
Apresentam corpo
celular rígido e se
Espirilos locomovem com o
auxílio de flagelos
externos.
FONTE: <https://quizlet.com/133442468/microbiology-
17-unknowns-dee-flash-cards/>.
Acesso em: 4 out. 2020.
Treponema pallidum
Flexíveis e realizam a
locomoção por meio
de contrações do
Espiroquetas citoplasma, podendo
realizar várias voltas
ao redor do próprio
eixo.
FONTE: <https://aia1317.fandom.com/pt-br/wiki/
Treponema_pallidum_e_s%C3%ADfilis>.
Acesso em: 4 out. 2020.
Vibrio Cholerae
FONTE: <https://microbeonline.com/vibrio-cholerae-
laboratory-diagnosis-confirmation/>.
Acesso em: 4 out. 2020.
FONTE: Adaptado de Carvalho (2010), Vieira e Fernandes (2012) e Barbosa, Gomes e Torres (2018)
41
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
3.1 AS BACTÉRIAS
As bactérias possuem grande capacidade adaptativa a diversos habitat
que, com o potencial metabólico diversificado, conferem, a esse grupo, uma
importância ímpar para a microbiologia ambiental (ROCHA, 2020).
ATENCAO
NOTA
FONTE: <https://www.cdc.gov/pneumonia/atypical/mycoplasma/hcp/disease-specifics.html>.
Acesso em: 9 maio 2020.
43
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
ATENCAO
NOTA
44
TÓPICO 2 — MICRORGANISMOS E A IMPORTÂNCIA
45
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
FONTE: <https://www.ufjf.br/microbiologia/files/2013/05/Morfologia-Citologia-e-Fisiologia-
Bacteriana-ENF.pdf>. Acesso em: 9 maio 2020.
NOTA
FONTE: <http://micro-ifrj.blogspot.com/2019/05/a-biografia-de-hans-christian-gram.html>.
Acesso em: 9 maio 2020.
46
TÓPICO 2 — MICRORGANISMOS E A IMPORTÂNCIA
FONTE: <https://pt.khanacademy.org/science/biology/bacteria-archaea/prokaryote-structure/a/
prokaryote-structure>. Acesso em: 9 maio 2020.
47
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
ATENCAO
48
TÓPICO 2 — MICRORGANISMOS E A IMPORTÂNCIA
FONTE: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4269646/mod_resource/content/1/
Pr%C3%A1tica%204.pdf>. Acesso em: 9 maio 2020.
FONTE: <http://www.biomedicinaemacao.com.br/2015/08/coloracao-de-gram-microbiologia-
dia1.html>. Acesso em: 9 set. 2020.
49
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
50
TÓPICO 2 — MICRORGANISMOS E A IMPORTÂNCIA
51
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
52
TÓPICO 2 — MICRORGANISMOS E A IMPORTÂNCIA
LEITURA COMPLEMENTAR
FONTE: <http://portal.virtual.ufpb.br/biologia/pdf/roteiro_AP_BIOLOGIA_DE_MICROORGANISMOS.pdf>.
Acesso em: 9 maio 2020.
PREPARAÇÃO DO ESFREGAÇO
53
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
54
TÓPICO 2 — MICRORGANISMOS E A IMPORTÂNCIA
FONTE: <http://docente.ifsc.edu.br/melissa.kayser/MaterialDidatico/Microbiologia/2.%20Colo-
ra%C3%A7%C3%A3o%20GRAM.pdf>. Acesso em: 9 maio 2020.
55
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Existem bactérias que não apresentam parede celular. Podemos citar, como
exemplo, aquelas pertencentes ao gênero Mycoplasma.
56
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Sarcinas – Gram-positivos.
b) ( ) Estafilococos - Gram-positivos.
c) ( ) Estafilococos - Gram-negativos.
d) ( ) Tétadres – Gram-negativos.
57
58
TÓPICO 3 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Você já deve ter ouvido falar de que as bactérias se multiplicam em
ritmo acelerado, quando comparadas a outros organismos (por exemplo, uma
planta). Pois bem, neste tópico, aprofundaremos o interessante mecanismo de
reprodução bacteriana (fissão binária), além de outras maneiras com que esses
seres minúsculos transmitem a informação genética.
59
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
FONTE: O autor
60
TÓPICO 3 — REPRODUÇÃO E FATORES DE CRESCIMENTO MICROBIANO
DICAS
Como foi possível medir o tempo de geração das espécies? De que maneira
podemos estudar esses MO em laboratório? Veremos, no decorrer deste tópico, as condições
necessárias à realização desses procedimentos! Para termos uma ideia da velocidade do
crescimento de uma bactéria típica, indicamos que você assista https://www.youtube.com/
watch?v=KIpcCyuypzg;https://www.youtube.com/watch?v=4grQSLmWXQk. Fascinante, não
é mesmo?!
NOTA
61
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
FONTE: <https://microimunoliga.blogspot.com/2016/09/curva-de-crescimento.html>.
Acesso em: 6 out. 2020.
62
TÓPICO 3 — REPRODUÇÃO E FATORES DE CRESCIMENTO MICROBIANO
NOTA
63
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
64
TÓPICO 3 — REPRODUÇÃO E FATORES DE CRESCIMENTO MICROBIANO
FONTE: <https://abccam.com.br/wp-content/uploads/2017/08/APRESENTA%C3%87%C3%83O-
DO-BIOLOGO-ALYSSON-LIRA-ANGELIM-PROBI%C3%93TICOS.pdf>. Acesso em: 6 maio 2020.
NOTA
NOTA
66
TÓPICO 3 — REPRODUÇÃO E FATORES DE CRESCIMENTO MICROBIANO
67
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
NOTA
Uma das aplicações que trata desse procedimento diz respeito à utilização
da bactéria Agrobacterium tumefaciens, para introdução da construção genética de
interesse no organismo-alvo, que pode ser uma planta, por exemplo, conferindo
resistência a pragas que assolam as plantações. Atualmente, mais de 90% dos
organismos geneticamente modificados (OGM) comerciais liberados utilizam
Agrobacterium como método de transformação (EMBRAPA, 2015).
68
TÓPICO 3 — REPRODUÇÃO E FATORES DE CRESCIMENTO MICROBIANO
69
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
NOTA
Silo é o termo utilizado para definir o local construído onde são armazenados
os produtos agrícolas (ex.: soja, arroz).
70
TÓPICO 3 — REPRODUÇÃO E FATORES DE CRESCIMENTO MICROBIANO
71
FIGURA 36 – EFEITO DO O2 SOBRE O CRESCIMENTO BACTERIANO
72
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
FONTE: Adaptada de Madigan et al. (2010)
FIGURA 37 – RELAÇÕES DOS MO COM O O2
73
FONTE: <http://biologia.ifsc.usp.br/bio4/aula/aula06.pdf>. Acesso em: 6 maio 2020.
Legenda: as letras entre parênteses indicam o status filogenético (B. Bactéria; A. Archea). São conhecidos representantes de cada domínio dos
procariotos em todas as categorias. A maioria dos eucariotos é aeróbia obrigatória. São listados habitats típicos de cada exemplo de organismo,
embora outros poderiam ser listados.
TÓPICO 3 — REPRODUÇÃO E FATORES DE CRESCIMENTO MICROBIANO
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
74
TÓPICO 3 — REPRODUÇÃO E FATORES DE CRESCIMENTO MICROBIANO
Legenda: Plasma membrane: membrana plasmática; cell wall: parede celular; cytoplasm:
citoplasma. Figura à esquerda: denota uma célula normal em solução isotônica. Sob essas
condições, a concentração de soluto na célula é equivalente à concentração de soluto de
0,85% de NaCl. Já na figura da direita, ocorreu o fenômeno chamado de plasmólise celular.
No caso, a concentração de NaCl é maior no meio circundante quando comparada ao
interior celular. Consequentemente, a água tende a deixar a célula e o crescimento celular
é inibido.
75
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA
FONTE: <https://www.ufjf.br/microbiologia/files/2013/10/Fisiologia-e-crescimento-bacteriano-
BIO-e-BAC.pdf>. Acesso em: 9 maio 2020.
ATENCAO
76
TÓPICO 3 — REPRODUÇÃO E FATORES DE CRESCIMENTO MICROBIANO
DICAS
A descoberta nas fontes termais de Yellowstone, nos EUA, que se tornou chave
para os testes da covid-19
"Definitivamente vivo"
"Eu sempre vi a minha descoberta como um bom modelo para estudar a biologia
molecular da vida em altas temperaturas", contou Brock, que é professor emérito de
Microbiologia na Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos.
CHAMADA
77
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
79
FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/9da3cc0e-a0>.
Acesso em: 6 maio 2020.
FONTE: MARTINS, A. A descoberta nas fontes termais de Yellowstone, nos EUA, que se
tornou chave para os testes da covid-19. 2020. Disponível em: https://www.bbc.com/por-
tuguese/brasil-52539425. Acesso em: 6 maio 2020.
80
REFERÊNCIAS
ARAUJO, F. F. Inoculação de sementes com Bacillus subtilis, formulado com
farinha de ostras e desenvolvimento de milho, soja e algodão. Ciênc. Agrotec.,
v. 32, n. 2, p. 456-462, 2008.
81
CEBALHOS, B. S. O.; DINIZ, R. Técnicas de microbiologia sanitária e
ambiental. Grande: EDUEPB, 2017. Disponível em: http://www.uepb.edu.br/
download/ebooks/Tecnicas-de-Microbiologia.pdf. Acesso em: 24 maio 2020.
82
JBPML. Antony van Leeuwenhoek: inventor do microscópio. J. Bras. Patol.
Med. Lab., Rio de Janeiro, v. 45, n. 2, p. 1, 2009. Disponível em: http://www.
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442009000200001&lng=en&
nrm=iso. Acesso em: 15 maio 2020.
83
NASCIMENTO, J. S. Introdução à microbiologia. 2020. Disponível em: http://
portal.virtual.ufpb.br/biologia/novo_site/Biblioteca/Livro_4/6-Biologia_de_
Microrganismos.pdf. Acesso em: 29 maio 2020.
84
RIZZO, H. et al. Isolamento e PCR para detecção de Mollicutes em muco vaginal
e sua associação com problemas reprodutivos em ovinos criados na região de
Piedade, São Paulo, Brasil. Ciência Rural, v. 41, n. 2, p. 324-329, 2011. Disponível
em: https://www.scielo.br/pdf/cr/v41n2/a857cr3868.pdf. Acesso em: 3 maio 2020.
85
86
UNIDADE 2 —
MICROBIOLOGIA APLICADA A
PROCESSOS AMBIENTAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade será dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
87
CHAMADA
88
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Na Unidade 1, estudamos conteúdos fundamentais à compreensão da
microbiologia ambiental, a exemplo da definição de célula, da importância dos
MO para a espécie humana, da morfologia microbiana e das tipologias, além
dos principais fatores que interferem no crescimento microbiano. Sempre que
necessário, revisite o texto da Unidade 1 de forma a relembrar esses assuntos.
89
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
NOTA
90
TÓPICO 1 — MEIOS DE CULTURA MICROBIANA E MÉTODOS DE QUANTIFICAÇÃO
91
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
Para que seja efetuada uma análise microbiológica (ex.: de uma amostra
de água), os meios de cultura são adquiridos prontos e desidratados, cujo preparo
deve ser realizado conforme as instruções dos fabricantes. Em sua maioria,
contam com uma composição química definida, a saber: extrato de carne,
leveduras, peptonas, sais e um indicador de pH, que sofre modificação de cor
para condições ácidas alcalinas. Outros apresentam substâncias tamponadas,
que evitam mudanças bruscas de pH (CEBALHOS; DINIZ, 2017).
NOTA
92
TÓPICO 1 — MEIOS DE CULTURA MICROBIANA E MÉTODOS DE QUANTIFICAÇÃO
FONTE: <https://www.hexis.com.br/produto/caldo-lauril-sulfato-triptose-nmp-concentrado-pct-15un>.
Acesso em: 24 out. 2020.
Legenda: Observe os pequenos tubos de ensaio (Tubo de Durham) no interior dos tubos
de ensaio com tampa. Esses pequenos tubos coletam o gás produzido na fermentação da
lactose nos dois meios de cultura (formação de bolha no tubo de Durham). Curiosidade: a
bílis 2%, incluída no meio Verde Brilhante Bílis, seleciona as bactérias intestinais que são
adaptadas à bílis secretada pela vesícula biliar (CEBALHOS; DINIZ, 2017).
93
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
Legenda: A figura da esquerda denota uma câmara de fluxo laminar. A figura da direita
demonstra a utilização do Bico de Bunsen em um procedimento microbiológico.
94
TÓPICO 1 — MEIOS DE CULTURA MICROBIANA E MÉTODOS DE QUANTIFICAÇÃO
FONTE: <https://www.splabor.com.br/blog/uso-correto-do-bico-de-bunsen/como-utilizar-
corretamente-um-bico-de-bunsen//>. Acesso em: 24 out. 2020.
NOTA
95
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
FONTE: <https://www.researchgate.net/figure/figura-56-diagrama-e-asPeto-geral-de-uma-
autoClave-vertiCal_fig2_259296839>; <https://www.marcamedica.com.br/autoclave-vertical-
30l-prismatec>. Acesso em: 24 out. 2020.
96
TÓPICO 1 — MEIOS DE CULTURA MICROBIANA E MÉTODOS DE QUANTIFICAÇÃO
FONTE: <https://www.marcamedica.com.br/autoclave-vertical-30l-prismatec>.
Acesso em: 24 out. 2020.
97
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
FONTE: <https://www.marcamedica.com.br/autoclave-vertical-30l-prismatec>.
Acesso em: 24 out. 2020.
FONTE: <https://www.medicalexpo.com/prod/nueve/product-69565-608361.html>.
Acesso em: 24 out. 2020.
98
TÓPICO 1 — MEIOS DE CULTURA MICROBIANA E MÉTODOS DE QUANTIFICAÇÃO
FONTE: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4547451/mod_resource/
content/1/Pr%C3%A1ticas%201%2C%202%20e%203%20-%20Isolamento%2C%20
purifica%C3%A7%C3%A3o%20e%20Gram.pdf>. Acesso em: 24 out. 2020.
99
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
100
TÓPICO 1 — MEIOS DE CULTURA MICROBIANA E MÉTODOS DE QUANTIFICAÇÃO
101
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
De forma similar, são preparadas diluições em série 1:100 (10-2), 1:1000 (10-
3
), 1:10.000 (10-4), 1:100.000 (10-5), e assim por diante. Finalmente, uma alíquota de
0,1 ml de cada diluição é retirada e plaqueada no meio sólido adequado. Os meios
são incubados nas condições adequadas ao crescimento das bactérias em análise.
O número de colônias que cresce em cada meio possibilita que seja calculada a
concentração de bactérias presente na amostra original, multiplicando pelo fator
de diluição (NICOLAU, 2014).
102
TÓPICO 1 — MEIOS DE CULTURA MICROBIANA E MÉTODOS DE QUANTIFICAÇÃO
Partiremos, então, para o cálculo das UFC, por meio de exemplos práticos.
103
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
104
TÓPICO 1 — MEIOS DE CULTURA MICROBIANA E MÉTODOS DE QUANTIFICAÇÃO
105
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
106
TÓPICO 1 — MEIOS DE CULTURA MICROBIANA E MÉTODOS DE QUANTIFICAÇÃO
Cabe salientar que os estudos envolvendo o NMP são compostos por três
etapas (VIEIRA; FERNANDES, 2012):
107
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
108
TÓPICO 1 — MEIOS DE CULTURA MICROBIANA E MÉTODOS DE QUANTIFICAÇÃO
109
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
110
TÓPICO 1 — MEIOS DE CULTURA MICROBIANA E MÉTODOS DE QUANTIFICAÇÃO
Legenda: MPN = NMP; Confidence range: intervalo de confiança. Observe que, a partir dos
resultados obtidos, e por meio da observação da tabela, chegou-se ao resultado para o
exemplo estudado = 15 NMP/g ou mL.
111
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
DICAS
Material necessário: um copo de vidro, 100 mL de água filtrada, duas colheres de café de
ágar-ágar (encontrado em lojas de produtos naturais), duas colheres de café de açúcar,
uma colher bem rasa de amido de milho, vela, potinhos transparentes ou placas de petri,
papel-alumínio, filme de PVC.
Procedimento:
112
TÓPICO 1 — MEIOS DE CULTURA MICROBIANA E MÉTODOS DE QUANTIFICAÇÃO
Nos potinhos, devem ser adicionados papéis de filtro, contendo álcool 70% e
antisséptico bucal, inoculados, respectivamente, com um cotonete esfregado embaixo das
unhas e outro cotonete nos dentes. Para essas duas atividades práticas, é necessário deixar
uma placa de petri e um potinho com meio de cultura esterilizado à temperatura-ambiente,
como controle. O meio de cultura aqui descrito pode ser substituído por gelatina comum
(CASSANTI et al., 2007; GENTILE, 2005), embora o ágar-ágar utilizado nesse meio seja um
potente agente solidificante e não se liquefaz em temperatura-ambiente.
113
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
114
AUTOATIVIDADE
Por meio da análise da tabela do NMP (elencada neste tópico), qual o resultado
(NMP) obtido?
115
116
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
MICROBIOLOGIA DA ÁGUA
1 INTRODUÇÃO
A microbiologia das águas se refere à investigação de todo MO que
apresenta habitat em águas (doces ou salgadas), ou que utiliza água em algum
momento do ciclo de vida. É elevada a diversidade de grupos e de espécies de
MO em corpos hídricos, em virtude da alta capacidade de suporte ao crescimento
microbiano que o meio possui (ROCHA, 2020).
117
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
FONTE: A autora
118
TÓPICO 2 — MICROBIOLOGIA DA ÁGUA
DICAS
119
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
DICAS
120
FIGURA 18 – OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
121
FONTE: <https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/6>. Acesso em: 4 maio 2020.
TÓPICO 2 — MICROBIOLOGIA DA ÁGUA
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
DICAS
6.1 Até 2030, alcançar o acesso universal e equitativo à água potável e segura para todos.
6.2 Até 2030, alcançar o acesso a saneamento e à higiene adequados e equitativos
para todos, e acabar com a defecação a céu aberto, com especial atenção para as
necessidades das mulheres e meninas e daqueles em situação de vulnerabilidade.
6.3 Até 2030, melhorar a qualidade da água, reduzindo a poluição, eliminando despejo
e minimizando a liberação de produtos químicos e materiais perigosos, reduzindo, à
metade, a proporção de águas residuais não tratadas e aumentando, substancialmente,
a reciclagem e a reutilização segura globalmente.
6.4 Até 2030, aumentar, substancialmente, a eficiência do uso da água em todos os
setores, além de assegurar retiradas sustentáveis e o abastecimento de água doce para
enfrentar a escassez de água, reduzindo, substancialmente, o número de pessoas que
sofre com a escassez de água.
6.5 Até 2030, implementar a gestão integrada dos recursos hídricos em todos os níveis,
inclusive, via cooperação transfronteiriça, conforme apropriado.
6.6 Até 2020, proteger e restaurar ecossistemas relacionados com a água, incluindo
montanhas, florestas, zonas úmidas, rios, aquíferos e lagos.
6.a Até 2030, ampliar a cooperação internacional e o apoio à capacitação para os países
em desenvolvimento em atividades e programas relacionados à água e saneamento,
incluindo a coleta de água, a dessalinização, a eficiência no uso da água, o tratamento
de efluentes, a reciclagem e as tecnologias de reuso.
6.b Apoiar e fortalecer a participação das comunidades locais, para melhorar a gestão da
água e do saneamento.
122
TÓPICO 2 — MICROBIOLOGIA DA ÁGUA
FONTE: <https://www.luciacangussu.bio.br/artigo/cianobacterias-contam-ate-dez/>.
Acesso em: 4 maio 2020.
123
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
NOTA
124
TÓPICO 2 — MICROBIOLOGIA DA ÁGUA
125
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
Cabe salientar que os vírus não têm sido integrados como padrões de
monitoramento para mensurar a qualidade sanitária de efluentes produzidos por
ETEs (Estações de Tratamento de Efluentes). É o caso das resoluções do CONAMA
(Conselho Nacional do Meio Ambiente) 357/2005 e 430/2011. Esse fator gera a
carência de medidas mais específicas, objetivando o controle da disseminação
viral em corpos d’água (PRADO; MIAGOSTOVICH, 2014).
126
TÓPICO 2 — MICROBIOLOGIA DA ÁGUA
FONTE: Rocha (2020) e Feachem et al. (1983) apud Cebalhos e Diniz (2017)
ATENCAO
127
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
128
TÓPICO 2 — MICROBIOLOGIA DA ÁGUA
129
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
resultados indicam que águas de hospitais podem conter uma grande diversidade
de fungos, incluindo os potencialmente patógenos (SILVA, 2014). Suspeita-se que
os fungos presentes na água podem se tornar aerossóis para o ar, quando a água
passa por instalações (ex.: torneiras) e, desse modo, introduzida em indivíduos
gravemente imunocomprometidos com alto risco de infecções fúngicas
(ANAISSIE et al., 2002b; WARRIS et al., 2001 apud SILVA, 2012).
FONTE: <https://www.researchgate.net/figure/Figura-4-Microscopia-de-cultivo-de-Aspergillus-
-fumigatus-Gentileza-de-TM-Agustin_fig1_297753784>; <https://www.jornaldepneumologia.
com.br/detalhe_artigo.asp?id=629>. Acesso em: 3 maio 2020.
130
TÓPICO 2 — MICROBIOLOGIA DA ÁGUA
FONTE: <http://www.bccdc.ca/health-info/diseases-conditions/cryptosporidium>.
Acesso em: 3 maio 2020.
131
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
132
TÓPICO 2 — MICROBIOLOGIA DA ÁGUA
FONTE: <http://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Animalia/Schistosoma%20mansoni.
htm>; <http://www.ccs.saude.gov.br/portinari/experimento02.php>. Acesso em: 3 maio 2020.
133
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
Temperatura
Meio de cultura Utilização e período de Especificações
incubação
As alíquotas da água a serem
quantificadas, ou as diluições, são
Isolamento 35 ±0.5 °C ou inoculadas em tubos de ensaio com
Caldo Lauryl presuntivo (fase 37±0.5 °C meio de cultura. Tubos positivos
Triptose (CLT) presuntiva) de com turbidez e gás contêm presunti
coliformes 24h a 48h vamente coliformes totais). Aqueles
tubos que são negativos, após as 24
horas, ficam mais 24 horas na estufa.
Dos tubos positivos da etapa
35 ±0.5 °C ou presuntiva anterior, repica-se,
Caldo Verde Confirmação de
37±0.5 °C com alça bacteriológica estéril, a
Brilhante Bílis coliformes totais
cultura do CLT para o caldo CVBLB,
2% (CVBLB) (fase confirmativa)
24h a 48h destinado à confirmação da presença
de coliformes totais.
A partir de tubos positivos da fase
presuntiva, efetua-se, de modo
simultâneo, uma ou duas alças
bacteriológicas para tubos contendo
o meio caldo EC (específico para
Confirmação coliformes termotolerantes) e para
Caldo EC de bactérias - o CVBLB 2% (para investigação de
termotolerantes coliformes totais). Os tubos inoculados
com EC devem ser incubados a 44,5
°C, durante 24 horas, de preferência
em banho-maria, com recirculação de
água, para garantir que todos os tubos
recebam a mesma temperatura.
134
TÓPICO 2 — MICROBIOLOGIA DA ÁGUA
Legenda: É importante lembrar que o aspecto da formação de bolhas de gás nos tubos de
Durham é uma característica fundamental em todas as fases da técnica de tubos múltiplos.
Por meio dos resultados para coliformes totais e termotolerantes, procede-se à consulta
da tabela para o cálculo do NMP.
135
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
DICAS
E
IMPORTANT
O kit conta com sacos de plástico estéreis com tiossulfato de sódio, que
se destina à eliminação do cloro residual presente na água potável. Além disso,
apresenta a marca para coletar 100 mL de amostra ou frascos de coleta estéril,
também, com a marca de 100 mL. O meio de cultivo em pó é fornecido pelas cartelas
plásticas e já vem esterilizado. A cartela possui ampolas plásticas individuais de
fácil abertura, com a quantidade de meio estéril adequada para ser adicionada
diretamente a 100 mL de amostra de água (CEBALHOS; DINIZ, 2017).
136
TÓPICO 2 — MICROBIOLOGIA DA ÁGUA
Legenda: À esquerda – Cartelas COLILERT®; à direita – tubos com meio de cultivo para
teste de presença/ausência.
água. O teste qualitativo pode ser empregado em análises de águas potáveis, pois
devem apresentar, sempre, resultado negativo. Já o teste quantitativo (cartela)
pode ser utilizado em avaliações da eficiência das estações de tratamento de
água, da qualidade bacteriológica da água produzida na saída do tratamento e
da água distribuída pela rede.
Temperatura
Análise Quantitativa Princípio do teste e período de Especificações
incubação
Primeiramente, é
observado se ocorreu
São utilizadas Essas células
mudança da cor do
cartelas específicas representam repetições
meio para amarela
com depressões de um mesmo inóculo,
intensa em alguma
ou cavidades ou seja, da mesma
célula, indicativo de
denominadas células. diluição da amostra. 37°C
resultado positivo
Estas são preenchidas Desse modo, trata-se
para coliformes totais
com 100 mL da amostra da aplicação do mesmo 18 - 24 horas.
positivos. Em seguida,
(ou de suas soluções) método estatístico
observa-se a mesma
, sendo adicionado, da Técnica de Tubos
cartela sob UV (366
previamente, o meio de Múltiplos, denominada
nm). A presença de
cultura. de Técnica do NMP.
fluorescência azul
confirma E. coli.
Temperatura
Análise Quantitativa Princípio do teste e período de Especificações
incubação
Leitura dos
resultados:
Adicionar o meio Adição do meio de 35°C Incolor: negativo;
de cultura ao frasco, cultura em 100 mL da Amarelo: coliformes
contendo a amostra. amostra de água. 24 h totais;
Amarelo/azul
fluorescente: E. coli.
138
TÓPICO 2 — MICROBIOLOGIA DA ÁGUA
Técnicas de Tubos
Vantagens Desvantagens
Múltiplos
Método laborioso, pois necessita de
Esta técnica tem a vantagem grandes quantidades de vidrarias e
de analisar tanto amostras meio de culturas, sendo necessários
límpidas como turvas. repiques e longo tempo de incubação
chegando a 96 horas
Colilert® Vantagens Desvantagens
Maior precisão.
Simples manuseio.
Rápida execução.
Não requer trabalho de Necessidade do uso de uma seladora
preparo de meios de cultura; para lacrar a cartela antes da
Tempo de resposta mais incubação.
ágil, já que a determinação
simultânea de coliformes Maior preço do método Colilert®
(totais) e E. coli é efetuada elevando o custo da análise, em
após incubação das amostras especial, do aparelho selador.
a 35 o C por 24 horas, não
havendo necessidade de
ensaios confirmativos
FONTE: Adaptado de Fundação Nacional de Saúde (2013), IFSC EDU (2020) e Fernandes e Gois (2015)
139
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
NOTA
140
TÓPICO 2 — MICROBIOLOGIA DA ÁGUA
FONTE: <https://microambiental.com.br/analises-de-agua/bacterias-heterotroficas-e-a-
qualidade-da-agua/>. Acesso em: 6 out. 2020.
ATENCAO
141
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
142
TÓPICO 2 — MICROBIOLOGIA DA ÁGUA
FONTE: <http://www.funasa.gov.br/site/wp-content/uploads/2013/05/Giulliari.pdf>.
Acesso em: 6 out. 2020.
143
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
Cálculo:
A = área do fundo da cubeta = 4,9 cm2; F = V/a/v
Área do campo da objetiva de 40X = 0,002; F (fator) = 4,9/0,04/10
Número de campos analisados = 20; F (fator) = 12,5
Área contada = 0,04 cm2 (20 x 0,002);
V = Volume sedimentado = 10 Ml; Então, F x 500 = 12,5 x 500 = 6.259.
Logo, o número de células de cianobactérias
por mL é igual a 6.259 cel/mL de amostra.
144
TÓPICO 2 — MICROBIOLOGIA DA ÁGUA
145
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
FONTE: Adaptado de Connel et al. (2000) apud Franco, Branco e Leal (2012)
DAPI = 4’,6’,diamidino-2-fenilindol.
146
TÓPICO 2 — MICROBIOLOGIA DA ÁGUA
3a- Expansão
dos discos de
espuma para
promover o
desprendimento
do material
retido
4a- Transferência da 3b- Eluição das amostras
amostra eluída para os em Stomacher. Adição de
tubos de centrífuga de 600 mL de solução PBST
(2x)e agitação durante 5 min.
(cada vez)
5a- Separação
Imunomagnetica.
Ressuspensão do pellet
com uso do vortex,
transferência da amostra
para o tubo de lado chato
e posterior adição do
4c- Obtenção do pellet final reagente imunoenzimático
4b- Concentração das Sistema Dynal/Biobeads
(0,2-0,4 mL)
amostras: 15 min centrifugação
a 15000 e 2700rpm
Legenda: (2a e 2b) – filtração; (3a e 3b) – eluição; (4a e 4b) – concentração; (5a, 5b, 5c, 5d e
5e) – separação Imunomagnética; (6a e 6b) – detecção e quantificação.
DICAS
Sendo:
F = fração do pellet
purificado por IMS;
R = fração de
amostra analisada
no microscópio;
V = volume de
amostra filtrada (L).
148
TÓPICO 2 — MICROBIOLOGIA DA ÁGUA
LEITURA COMPLEMENTAR
149
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
IMPORTÂNCIA DO SANEAMENTO
150
TÓPICO 2 — MICROBIOLOGIA DA ÁGUA
OS GENÓTIPOS
151
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
PRÓXIMOS PASSOS
FONTE: <http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=2699&sid=32&tpl=printerview>.
Acesso em: 9 maio 2020.
152
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os “vírus entéricos” têm essa denominação pois esta representa todos os grupos
virais que residem no trato gastrointestinal humano e que, após a transmissão
fecal-oral, podem gerar infecções em indivíduos susceptíveis.
153
• A espécie A. fumigatus é um dos mais importantes fungos patogênicos que
causam infecções em pacientes imunocomprometidos (ex.: portadores de HIV)
em hospitais. Devido à frequência crescente de pacientes imunodeprimidos, os
hospitais estão enfrentando um grande desafio em respeito a infecções fúngicas
oportunistas.
• Para se diferenciar, de modo seguro e rápido, E. coli a partir dos tubos positivos
de EC, usa-se o meio cromogênico EC-MUG. Esse meio é empregado para a
confirmação de E. coli pela produção de fluorescência quando se ilumina com
luz UV (λ 366 nm).
154
AUTOATIVIDADE
155
156
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Na primeira parte deste tópico, estudaremos os principais grupos de MO
existentes no solo e a importância destes enquanto bioindicadores de qualidade
do ambiente. Na sequência, veremos algumas metodologias utilizadas em
análises microbiológicas do solo e finalidades.
Bons estudos!
2 MICROBIOLOGIA DO SOLO
O solo é considerado um dos mais importantes reservatórios de
biodiversidade do planeta terra, em virtude da enorme variedade de organismos
vivos que habitam esse ambiente. Os organismos do solo são classificados em
microrganismos (bactérias, fungos, algas e protozoários) e macrorganismos
(fauna do solo), do qual fazem parte, por exemplo, nematoides, minhocas e
cupins. Esses dois grupos de organismos, em especial, os microrganismos, são
responsáveis pela realização de processos essenciais à manutenção da vida na
Terra (BIOLOGIA DO SOLO, 2020).
157
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
FONTE: Adaptada de Metting-Jr. (1992) e Decaens et al. (1994) apud Moreira e Moreira (2006)
158
TÓPICO 3 — MICROBIOLOGIA DO SOLO E MICROBIOLOGIA DO AR
NOTA
159
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
SILTE
ARGILA
AREIA
BACTÉRIA
ACTINOMICETO
MATÉRIA ORGÂNICA
FONTE: <https://tinyurl.com/y3lpee29>. Acesso em: 4 maio 2020.
De acordo com Garret (1963) apud Costa (2015), os fungos do solo podem
ser agrupados na seguinte classificação ecológica:
160
TÓPICO 3 — MICROBIOLOGIA DO SOLO E MICROBIOLOGIA DO AR
FONTE: A autora
161
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
162
TÓPICO 3 — MICROBIOLOGIA DO SOLO E MICROBIOLOGIA DO AR
Método Especificações
Pode prover informações úteis da
natureza e da composição da microbiota
Microscopia direta do solo. Na microscopia direta, as
biomassas de bactérias e fungos devem
ser analisadas separadamente.
Possibilita a obtenção de resultados
referentes à taxa de respiração do solo e,
Clorofórmio-fumigação- ao mesmo tempo, de estimar a biomassa
incubação (CFI) microbiana pela diferença de emissão
de CO2 entre amostras de solo não
fumigadas e fumigadas.
Mais indicado em virtude de que, o
Clorofórmio-fumigação- carbono, proveniente da comunidade
extração (CFE) microbiana morta, é determinado por
extração química.
FONTE: Jenkinson e Powlson (1976) e Brookes e McGrath (1984) apud Fortes Neto,
Fernandes e Janel (2007) e Silva (2014)
Legenda: Os métodos CFI e CFE são baseados na esterilização parcial (fumigação) das
amostras de solo com clorofórmio.
163
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
164
TÓPICO 3 — MICROBIOLOGIA DO SOLO E MICROBIOLOGIA DO AR
165
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
FONTE: <https://www.agrolink.com.br/fertilizantes/nutricao-via-raizes---absorcao-
radicular_361459.html>. Acesso em: 6 maio 2020.
Legenda: Esquema que demonstra as estruturas dos FMA (hifas, vesículas e arbúsculos).
166
TÓPICO 3 — MICROBIOLOGIA DO SOLO E MICROBIOLOGIA DO AR
3 MICROBIOLOGIA DO AR
A qualidade do ar interno se tornou uma importante preocupação de
saúde pública, em virtude de a maioria das pessoas passarem mais de 90% do
tempo em ambientes fechados (casas, escritórios e escolas). O ar, em ambientes
internos, pode ser poluído por inúmeros compostos, dentre estes, os MO
(bactérias e fungos) compõem o grupo mais importante. É estimado que um terço
das reclamações da qualidade do ar interno (do inglês, indoor air quality – IAQ) se
deve à contaminação microbiológica (POPE et al., 1993 apud NARUKA; GAUR,
2013). A exposição a esses contaminantes microbiológicos pode causar alergias
e doenças respiratórias. Inclusive, diversas pesquisas relataram a presença dos
contaminantes em diferentes ambientes internos, como hospitais (DOUWES et
al., 2003 apud NARUKA; GAUR, 2013).
167
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
ATENCAO
168
TÓPICO 3 — MICROBIOLOGIA DO SOLO E MICROBIOLOGIA DO AR
Variáveis e
Nível 0 Nível 1 Nível 2 Nível 3
Componentes
Partículas
biológicas totais ≤ 750 ufc/m3 = 500 ufc/m3 = 200 ufc/m3 = 50 ufc/m3
no ar ambiental
FONTE: A autora
Legenda: Os níveis de risco são relativos a: nível 0: área onde o risco não excede aquele
encontrado em ambientes de usos público e coletivo; nível 1 = área onde não foi constatado
o risco de eventos adversos relacionados à qualidade do ar, porém, algumas autoridades,
organizações ou investigadores sugerem que o risco deva ser considerado; nível 2: área
onde existem fortes evidências de risco de ocorrência de eventos adversos relacionados
à qualidade do ar de ocupantes ou de pacientes que utilizam produtos manipulados nas
áreas, baseadas em estudos experimentais, clínicos ou epidemiológicos bem delineados;
nível 3: área onde existem fortes evidências de alto risco de eventos adversos de ocupantes
ou de pacientes que utilizam produtos manipulados, baseados em estudos experimentais,
clínicos ou epidemiológicos bem delineados (BRASIL, 2003).
169
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
170
TÓPICO 3 — MICROBIOLOGIA DO SOLO E MICROBIOLOGIA DO AR
LEITURA COMPLEMENTAR
VÍRUS NO AR
171
UNIDADE 2 — MICROBIOLOGIA APLICADA A PROCESSOS AMBIENTAIS
172
TÓPICO 3 — MICROBIOLOGIA DO SOLO E MICROBIOLOGIA DO AR
FONTE: <https://jornal.usp.br/ciencias/presenca-do-coronavirus-no-ar-reforca-necessidade-da-
boa-ventilacao-de-ambientes/>. Acesso em: 4 maio 2020.
CHAMADA
173
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• O ar dos ambientes internos pode ser mais poluente do que o ar exterior (LEE,
2006 apud MORAIS et al., 2020). O fenômeno de recirculação de ar é responsável
pelo aumento de MO na ordem de 1.000 a 100.000 vezes em relação ao ar externo.
174
AUTOATIVIDADE
a) ( ) 450 ufc/m3.
b) ( ) 200 ufc/m3.
c) ( ) ≤ 750 ufc/m3.
d) ( ) 500 ufc/m3.
a) ( ) Bioaerossóis.
b) ( ) Aerossóis químicos.
c) ( ) Aerossóis físico-químicos.
d) ( ) Partículas inorgânicas.
175
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. V. A. Identificação de fungos filamentosos presentes
em um biorreator de resíduos sólidos urbanos. 2015. Disponível em:
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/riufcg/4030/
M%C3%81RBARA%20VILAR%20DE%20ARA%C3%9AJO%20
ALMEIDA%20-%20DISSERTA%C3%87%C3%83O%20PPGECA%202015.
pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 6 maio 2020.
BOSCH, A. et al. New tools for the study and direct surveillance of viral
pathogens in water. Curr Opin Biotechnol, v. 19, n. 1, p. 295-301, 2008.
176
BRASIL. Ministério da Saúde. Consulta Pública n° 109, de 11 de dezembro de
2003. Disponível em: http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/CP/CP%5B6046-
2-0%5D.PDF. Acesso em: 18 maio 2009.
177
COUTO, G. H. Microbiologia ambiental. 2020. Disponível em: http://
paginapessoal.utfpr.edu.br/gustavocouto/microbiologia-ambiental/Aula_
Microbiologia%20do%20ar.pdf/view. Acesso em: 6 maio 2020.
178
FREGONESI, B. M. et al. Cryptosporidium e Giardia: desafios em águas de
abastecimento público. Mundo da Saúde, São Paulo, v. 36, n. 4, p. 602-609, 2012.
179
MANUAL MSC. Leucoencefalopatia multifocal progressiva. 2020. Disponível
em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-
neurol%C3%B3gicos/infec%C3%A7%C3%B5es-encef%C3%A1licas/
leucoencefalopatia-multifocal-progressiva-lmp. Acesso em: 4 maio 2020.
180
NUTRIÇÃO MEIOS DE CULTURA. Meios de cultura. 2017. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=2197996. Acesso em: 30
out. 2020.
PRUSSIN II, A.; MARR, L.; MARR, L. Sources of airborne microorganisms in the
built environment. Prussin and Marr Microbiome, v. 3, n. 76, p. 1, 2015.
181
SILVA, P. B. R. Ocorrência de fungos filamentosos em água e em biofilme de
reservatório de água potável. 2013. Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/
bitstream/123456789/25796/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O%20Patricia%20
Barbosa%20Rodrigues%20Silva%202013.pdf. Acesso em: 3 maio 2020.
182
UNIDADE 3 —
TRATAMENTO DE EFLUENTES,
BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO
APLICADA À MICROBIOLOGIA
AMBIENTAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade será dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
183
CHAMADA
184
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Ao iniciarmos a Unidade 3, é importante conceituar o termo “efluente”,
comumente chamado de “esgoto”.
NOTA
185
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
NOTA
186
TÓPICO 1 — TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
Componente Porcentagem/concentração
Proteínas 40%-60%
Carboidratos 25%-50%
Gorduras e óleos 10%
Ureia (NH3-N) 25-50 mg/L
P total 8-15 mg/L
Traços de compostos orgânicos
(pesticidas, surfactantes, fenóis e
outros poluentes).
Legenda: P = fósforo.
187
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
Parâmetro Definição
Quantidade de oxigênio dissolvido necessário para estabilizar
a matéria orgânica biodegradável. Para padronizar os testes,
convencionou-se realizar a análise no 5° dia a uma temperatura
DBO – Demanda Bioquímica
de 20°C (DBO520) (VON SPERLING, 2014). Como o processo
de Oxigênio
é demorado, cerca de 20 dias até a estabilização total da
matéria orgânica, determinou-se que a análise, no 20° dia, seria
considerada a DBO última (DBOu).
Quantidade de oxigênio dissolvido necessário para oxidação
química da matéria orgânica, obtida através de um forte
oxidante em meio ácido. O teste tem a duração de duas a três
DQO – Demanda Química de
horas para ser realizado, porém, oxida as frações biodegradável
Oxigênio
e inerte, dando um indicativo superestimado do consumo
de oxigênio no tratamento biológico dos esgotos (VON
SPERLING, 2014).
Medido diretamente por meio de instrumentos que aferem o
carbono liberado na forma de CO2. Para que somente o carbono
orgânico seja lido, é importante que todo carbono inorgânico
COT – Carbono Orgânico seja eliminado antes da análise ou que seja feita uma correção
Total nos cálculos. O processo de determinação da matéria orgânica
por COT é utilizado em estudos que exigem uma análise mais
aprofundada, devido aos custos mais elevados da técnica (VON
SPERLING, 2014).
189
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
191
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
Legenda: bacterívoros sésseis (a-f); ciliados rastejantes (g-h); espécie Vorticella spp. (a-c)
e após coloração específica (d); colônia de indivíduos da espécie Epistylis plicatilis (e);
colônia de indivíduos da espécie Carchesium polypinum (f); Chilodonella uncinata (g);
Drepanomonas revolula (h); Barras de escala = 20 µm (micrômetros).
192
TÓPICO 1 — TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
193
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
NOTA
FONTE: <https://www.researchgate.net/figure/Excessive-growth-of-a-Microthrix-parvicella-b-
Nostocoida-limicola-II-with-no_fig4_8015120>; <https://www.ecologycenter.us/wastewater-
treatment-2/info-gyb.html>. Acesso em: 24 jan. 2021.
194
TÓPICO 1 — TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
FONTE: <https://www.semanticscholar.org/paper/Activated-Sludge-and-Aerobic-Biofilm-
Reactors-Sperling/2b5225eab436034d8340a8b6de97074ca573a172>. Acesso em: 24 jan. 2021.
4 LODOS ATIVADOS
O sistema de tratamento de esgotos por meio de ativados foi concebido
no Reino Unido, por Ardern e Lockett, em 1914. A primeira versão do sistema era
por tanques que operavam com ciclos de enchimento e esvaziamento, similares
aos reatores de batelada sequenciais atuais. Posteriormente, foi concebida a versão de
fluxo contínuo, mais utilizada atualmente (VON SPERLING, 2016).
195
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
DICAS
196
TÓPICO 1 — TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
197
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
Legenda: H2CO2: ácido metanoico (fórmico); CH4: metano; CO2: dióxido de carbono.
198
TÓPICO 1 — TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
FONTE: Von Sperling (1996), McCarty (1964) e Chernicharo (1997) apud Hamerski (2012)
Legenda: Reator UASB – Upflow Anaerobic Sludge Blanket. Trata-se de um reator anaeróbio
de fluxo ascendente de alta eficiência.
199
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
DICAS
200
TÓPICO 1 — TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
201
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
NOTA
• Osmose Direta.
• Osmose Reversa.
• Microfiltração.
• Ultrafiltração.
• Nanofiltração.
202
TÓPICO 1 — TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
• Realmente compacto.
• Baixa resistência ao fluxo tangencial.
• Distribuição uniforme de velocidade sem regiões mortas.
• Alta turbulência no lado retido para minimizar incrustações e ajudar na transferência de
massa.
• Fáceis manutenção e limpeza.
• Baixo custo unitário.
203
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
A osmose reversa (RO), pelo contrário, depende da pressão para forçar a água através de
uma membrana, separando a água das impurezas. Uma pesquisa de 2018, realizada por
profissionais da indústria, acerca da eficácia das tecnologias de reuso de água, colocou
a RO entre as mais bem classificadas. Embora a RO seja frequentemente usada para a
dessalinização, também é usada para o tratamento de efluentes e reuso de água. Ainda,
para a remoção de vestígios de fosfatos, cálcio, metais pesados e outras substâncias.
Microfiltração e ultrafiltração
Tudo isso fez com que o processo fosse muito mais rentável, o que gerou um
crescimento global exclusivo da tecnologia.
204
TÓPICO 1 — TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
Tratamentos Combinados
FONTE: https://tratamentodeagua.com.br/membranas-tratamento-agua-processos/.
Acesso em: 6 fev. 2021.
205
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
206
• Os protozoários ciliados são essenciais para a produção de um efluente de
boa qualidade. A atividade predatória desses organismos sobre o crescimento
disperso bacteriano é responsável pela clarificação e pela redução do número
de coliformes durante o processo de lodo ativado.
207
AUTOATIVIDADE
208
3 O tratamento do esgoto, por meio de um processo denominado de “lodo
ativado”, é baseado na capacidade natural de depuração ou “purificação”
da água com elevados níveis de matéria orgânica, por meio da atividade
de microrganismos e micrometazoários (animais microscópicos). À medida
que os microrganismos modificam as características físicas e químicas da
água, determinados grupos funcionais vão se tornando mais abundantes. Ao
mesmo tempo, as relações tróficas entre os organismos também determinam
mudanças na composição e na abundância da microfauna (fauna de
organismos microscópicos). O acompanhamento dessas mudanças permite
avaliar a eficiência de cada etapa do processo de depuração da água. Dentre
os organismos atuantes nesse processo, podemos destacar quatro grupos
funcionais: 1-protozoários ciliados e flagelados que se alimentam da
matéria orgânica dissolvida na água; 2-protozoários ciliados bacterívoros
que se alimentam de bactérias heterotróficas; 3-bactérias heterotróficas
que se alimentam da matéria orgânica dissolvida na água; e 4 - anelídeos
e rotíferos que se alimentam dos protozoários. A partir do enunciado,
responda à seguinte questão: Qual (ou quais) dos quatro grupos funcionais
nós poderíamos encontrar com maior abundância na fase inicial (esgoto
bruto) do processo de depuração da água?
209
210
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, neste tópico, abordaremos a biorremediação. Com certeza,
você já deve ter ouvido falar a respeito dos meios de comunicação em geral,
especialmente, nos estudos/casos de contaminação de águas por petróleo e da
utilização de microrganismos para a remoção, não é mesmo?! Então, vamos lá...
Qual é o conceito de biorremediação?
211
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
FONTE: <https://www.researchgate.net/figure/Figura-2-Esquema-simplifi-cado-da-acao-de-
microorganismos-em-processos-de-biorremediacao_fig1_260766257>. Acesso em: 9 fev. 2021.
212
TÓPICO 2 — BIORREMEDIAÇÃO: FUNDAMENTOS E EXEMPLOS PRÁTICOS
FONTE: <https://www.researchgate.net/figure/Illustrating-the-difference-between-aerobic-and-
anaerobic-bioremediation_fig2_336446238>. Acesso em: 6 fev. 2021.
NOTA
213
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
FONTE: <https://brasilescola.uol.com.br/quimica/conceito-exemplos-agente-redutor-agente-
oxidante.htm>. Acesso em: 9 fev. 2021.
Legenda: Observe como o Al transferiu elétrons, isso significa que ocasionou a redução
dos cátions H+(aq). Essa é a razão pela qual é denominado de agende redutor. Já o cátion
H+(aq) retirou os elétrons do alumínio, causando a oxidação do metal, portanto, atua como
um agente oxidante.
214
TÓPICO 2 — BIORREMEDIAÇÃO: FUNDAMENTOS E EXEMPLOS PRÁTICOS
215
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
FONTE: <https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/85/85134/tde-15052017-160603/
publico/2017ConicelliBiossorcao.pdf>. Acesso em: 9 fev. 2021.
216
TÓPICO 2 — BIORREMEDIAÇÃO: FUNDAMENTOS E EXEMPLOS PRÁTICOS
NOTA
217
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
NOTA
218
TÓPICO 2 — BIORREMEDIAÇÃO: FUNDAMENTOS E EXEMPLOS PRÁTICOS
FONTE: <https://throughthesandglass.typepad.com/through_the_sandglass/2010/06/
alcanivorax-borkumensis---oil-eating-bacteria-where-are-you.html>. Acesso em: 6 fev. 2021.
219
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
DICAS
Vantagens Limitações
• Capacidade de microrganismos
biodegradarem substâncias nocivas em vez de • Necessidade de um melhor entendimento
transferir o contaminante de um meio a outro. em relação à ação microbiológica sobre os
• Baixo custo, quando comparado a outras resíduos a serem biorremediados.
técnicas de remediação. • Método em evolução no Brasil.
• Elevada diversidade de ação, permitindo a • Necessidade de acompanhamento durante
incorporação dessa técnica a uma variedade o processo.
de agentes contaminantes e poluentes. • Muitas moléculas não são biodegradáveis.
• Capacidade de degradar substâncias • Substâncias tóxicas, ao microrganismo,
perigosas em vez de apenas transferir o inviabilizam o tratamento.
contaminante de um meio para outro. • Requisitos e eficiência de remoção podem
• Produtos utilizados não apresentam risco variar, consideravelmente, de um local
ao meio ambiente e não são tóxicos. para outro.
• Uso em áreas de proteção ambiental. • Há um risco para a acumulação de
• Pode ser usado com outras tecnologias de produtos tóxicos da biodegradação.
tratamento.
NOTA
220
TÓPICO 2 — BIORREMEDIAÇÃO: FUNDAMENTOS E EXEMPLOS PRÁTICOS
Ambos os componentes são muito valiosos para sintetizar um PET novo sem a
adição de petróleo, para um ciclo de produção e recuperação sustentável e fechado.
PETase e MHETase
Foi possível produzir uma variante MHETase com atividade otimizada, a fim de
utilizá-la, com a PETase, para uma reciclagem sustentável do PET. Os resultados foram tão
promissores que a equipe chamou o composto de "tesoura molecular para cortar PET".
ESTRUTURA DA MHETASE
221
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
Ciclo biotecnológico
Foi um primeiro passo, mas otimizações adicionais serão necessárias porque nem
a PETase e nem a MHETase são, particularmente, eficientes do ponto de vista de uma
reciclagem em escala industrial.
FONTE: https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=enzimas-
tesoura-molecular-destroi-pet&id=010125190416#.YB8JtOhKjIV. Acesso em: 6 fev. 2021.
NOTA
Luanne Caires
222
TÓPICO 2 — BIORREMEDIAÇÃO: FUNDAMENTOS E EXEMPLOS PRÁTICOS
223
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
224
TÓPICO 2 — BIORREMEDIAÇÃO: FUNDAMENTOS E EXEMPLOS PRÁTICOS
Na mineração, a biorremediação tem sido mais voltada para o uso das plantas
como transformadoras ou acumuladoras dos contaminantes, porém, pesquisas
mostraram a utilidade dos microrganismos como remediadores, com várias espécies
de bactérias e fungos capazes de degradar cobre, chumbo, urânio e outros metais. As
próprias mineradoras estão interessadas no desenvolvimento de técnicas que utilizam
os microrganismos. É o caso da Vale, que, em 2015, estabeleceu uma parceria com a
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para pesquisar microbiota capaz de degradar
o creosoto, substância utilizada antigamente, pela empresa, para conservação de madeira
em ferrovias.
Campos e plantações
225
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
Os principais países responsáveis por esse aumento são Estados Unidos, China
e Japão, especialmente, devido a esforços de empresas. As universidades e os órgãos
governamentais aparecem em segundo plano, indicando que a iniciativa privada domina
a pesquisa e a aplicação da biorremediação. Esse crescimento no uso da técnica se
reflete em movimentação financeira: de acordo com pesquisa realizada pela organização
Transparency Market Research, o mercado global de tecnologias e serviços de
biorremediação foi avaliado em US$ 32 bilhões em 2016, e deve atingir os US$ 65 bilhões
até 2025.
226
TÓPICO 2 — BIORREMEDIAÇÃO: FUNDAMENTOS E EXEMPLOS PRÁTICOS
227
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
FONTE: ahttps://www.comciencia.br/microrganismos-sao-alternativa-sustentavel-para-
recuperacao-de-areas-contaminadas/. Acesso em: 6 fev. 2020.
228
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
229
AUTOATIVIDADE
I- Biodegradabilidade do contaminante.
II- Tipo de metabolismo microbiano.
III- Natureza do contaminante.
IV- Condições do local no qual o poluente é encontrado não interferem no
processo.
1 INTRODUÇÃO
Este tópico é dedicado ao estudo dos principais instrumentos legais
relacionados à qualidade da água, do solo e do ar, sob o enfoque da microbiologia
ambiental. Vamos conhecê-los?!
231
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
232
TÓPICO 3 — LEGISLAÇÃO AMBIENTAL APLICADA
ATENCAO
233
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
b) coliformes termotolerantes: não deverá ser excedido um limite de 2500 por 100
mililitros em 80% ou mais de, pelo menos, 6 (seis) amostras coletadas durante o
período de um ano, com frequência bimestral. A E. Coli poderá ser determinada em
substituição ao parâmetro coliformes termotolerantes, de acordo com limites
estabelecidos pelo órgão ambiental competente.
234
TÓPICO 3 — LEGISLAÇÃO AMBIENTAL APLICADA
d) coliformes termotolerantes: não deverá ser excedido um limite de 2500 por 100
mililitros em 80% ou mais de, pelo menos, 6 (seis) amostras coletadas durante o
período de um ano, com frequência bimestral. A E. coli poderá ser determinada
em substituição ao parâmetro coliformes termotolerantes, de acordo com
limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente.
235
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
236
TÓPICO 3 — LEGISLAÇÃO AMBIENTAL APLICADA
Note que existem pontos próprios e impróprios para banho, mas o que
isso significa? De acordo com a Resolução CONAMA N° 274/2000, os critérios de
próprio ou impróprio são definidos da seguinte forma:
237
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
NOTA
238
TÓPICO 3 — LEGISLAÇÃO AMBIENTAL APLICADA
Ausência em 100
Água para consumo humano Escherichia coli (2)
mL
No sistema de
Ausência em 100
distribuição Escherichia coli
mL
(reservatórios e rede)
Sistemas
Apenas uma
ou soluções
amostra, entre
alternativas
as amostras
coletivas que
examinadas no
abastecem
mês, poderá
menos
apresentar
de 20.000
resultado positivo
habitantes
Coliformes
totais (4)
Sistemas
ou soluções
Ausência em
alternativas
100 mL em 95%
coletivas que
das amostras
abastecem
examinadas no
a partir
mês.
de 20.000
habitantes
239
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
240
TÓPICO 3 — LEGISLAÇÃO AMBIENTAL APLICADA
NOTA
FONTE: <https://docplayer.com.br/113020429-Poluicao-ambiental-poluicao-hidrica.html>.
Acesso em: 6 fev. 2021.
241
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
Cabe salientar que nem todo tipo de lodo pode ser empregado para a
disposição em solos. Essa questão é trazida pelo Art. 3°:
242
TÓPICO 3 — LEGISLAÇÃO AMBIENTAL APLICADA
NOTA
243
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
DICAS
1.1- Quando o VMR for ultrapassado ou a relação I/E for > 1,5, é necessário fazer
um diagnóstico de fontes poluentes para uma intervenção corretiva.
244
TÓPICO 3 — LEGISLAÇÃO AMBIENTAL APLICADA
DICAS
245
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
LEITURA COMPLEMENTAR
246
TÓPICO 3 — LEGISLAÇÃO AMBIENTAL APLICADA
247
UNIDADE 3 — TRATAMENTO DE EFLUENTES, BIORREMEDIAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICADA À MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
FONTE: https://www.bpbes.net.br/crescem-as-leis-para-proteger-o-meio-ambiente-mas-ha-
falhas-graves-de-implementacao-afirma-novo-relatorio-da-onu/. Acesso em: 6 fev. 2021.
248
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• No que tange à questão das classes de qualidade das águas e aos tipos de
tratamento para a potabilização, há os seguintes instrumentos legais norteadores:
Resolução CONAMA No 357/2005, que “dispõe sobre a classificação dos corpos
de água e fornece diretrizes ambientais para o enquadramento, bem como
estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras
providências”; a Resolução CONAMA N° 274/2000, que “define os critérios de
balneabilidade em águas brasileiras”; e a Portaria N° 2914/2011, do Ministério
da Saúde, que “dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da
qualidade da água para consumo humano e padrão de potabilidade.
CHAMADA
249
AUTOATIVIDADE
250
2 Por meio da Portaria n° 2.914/2011, foram definidos os procedimentos de
controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e padrão
de potabilidade. Acerca do assunto, considere as afirmativas seguintes:
a) ( ) I e II estão corretas.
b) ( ) I, II e III estão corretas.
c) ( ) I, III e IV estão corretas.
d) ( ) Todas estão corretas.
251
4 Para que seja realizado o aproveitamento do biossólido em sólidos, existe
uma Resolução específica do CONAMA, que estabelece critérios para tal
utilização. Cite de qual Resolução se trata e as especificidades em relação
aos critérios microbiológicos.
252
REFERÊNCIAS
ABREU, A. H. M. de et al. Caracterização de biossólido e potencial de uso na
produção de mudas de Schinus terebinthifolia Raddi. Eng. Sanit. Ambient., Rio
de Janeiro, v. 24, n. 3, p. 591-599, 2019. Disponível em: http://www.scielo.br/
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253
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 518, de 25 de março de 2004.
Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e
vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de
potabilidade, e dá outras providências. Disponível em: http://189.28.128.100/
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