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ELETRIFICAÇÃO RURAL
AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS
Terracap
Leonardo
AULA 0
2
SUMÁRIO pg.
INTRODUÇÃO........................................................................... 04
1. Apresentação....................................................................... 06
2. O que vamos estudar neste curso?........................................ 06
3. Introdução a construção rural.............................................. 09
4. Aglomerantes ....................................................................... 16
5. Cimento Portland .................................................................. 18
6. Argamassa ........................................................................... 25
7. Traço ................................................................................... 29
8. Noções básicas de fundações ............................................... 34
9 – Fundações superficiais ....................................................... 35
10 – Fundações profundas ....................................................... 41
11 – Alvenaria ......................................................................... 42
12. Questões comentadas......................................................... 50
13. Gabarito.............................................................................. 86
14. Bibiografia.......................................................................... 87
3
Olá, meus amigos e amigas!
Agronomia concursos
APRESENTAÇÃO
5
e prestando orientação aos agricultores há 10 anos. Sou responsável pela
elaboração da Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento
da Agricultura Familiar (DAP) e correspondente bancário pelo sistema COPAN.
Já fiz vários concursos, como Adagro-Pe (agência de fiscalização
agropecuária de Pernambuco), Perito da Policia Federal área 4 – agronomia,
Ministério Público e Ibama. Logrei êxitos em alguns e fui reprovado em
outros, mas assim é a vida do concurseiro. Passei na Emater-MG, onde estou
até hoje.
O AGRONOMIA CONCURSOS tornou-se o nosso ponto de encontro,
nosso espaço de estudo para gabaritar todas as provas de agronomia.
Aproveite todas as oportunidades. Solicitamos que os alunos que adquirirem
nossos cursos avaliem-nos no final, para que possamos melhorar a linguagem
e os temas que não ficarem tão claros. Espero que vocês também aprovem
e gostem do nosso material, e que ele possa ajudar na sua aprovação!
ANÁLISE DO EDITAL
6
Engenharia rural. Topografia. Geoprocessamento. Georeferenciamento.
Agrometeorologia. Hidráulica, irrigação e drenagem. Máquinas, implementos
agrícolas e mecanização agrícola. Construções rurais.
7
Cronograma das aulas
8
INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO RURAL
9
Trabalhos de execução
Trabalhos de acabamentos
10
MATERIAIS DE CONSTRUÇÕES
PEDRAS NATURAIS
11
duras, pesadas e que apresentem textura homogênea quando forem partidas.
Pedras porosas absorvem água, sendo indesejável sua utilização,
principalmente em alicerces. As pedras utilizadas em construções provêm de
pedreiras encontradas normalmente em ladeiras de morros. Também são
usadas as pedras de cantos rolados, encontrados em leitos de rios. Neste caso
deve-se quebra-las para aumentar o poder de aderência.
Existem diversos tipos de pedras entre elas o granito, arenito, basalto,
gabro, minérios de ferro, concreções e mais raramente ardósia, são exemplos
de algumas pedras naturais empregadas nas construções rurais.
AGREGADOS
Agregado são materiais granular, sem forma e volume definidos,
geralmente inerte (não reagem com o aglomerante), de dimensões e
propriedades adequadas para uso em obras de engenharia. obtidos de rochas
britadas, os fragmentos rolados no leito dos cursos d’água e os materiais
encontrados em jazidas, provenientes de alteração de rochas. São utilizados
em lastros de vias férreas, bases para calçamentos, pistas de rolamento das
estradas, revestimento betuminoso, e como material granuloso e inerte para
a confecção de argamassas e concretos.
Em argamassas e concretos os agregados são importantes do ponto de
vista econômico e técnico, e exercem influência benéfica sobre algumas
características importantes, como: retração, aumento da resistência aos
esforços mecânicos, pois os agregados de boa qualidade têm resistência
mecânica superior à da pasta de aglomerante.A classificação dos agregados é
variável, à medida que analisamos o ponto de vista de diferentes autores.
Abaixo estão relacionadas algumas das classificações utilizadas:
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Leves: pedra pome, vermiculita, argila expandida;
Pesados: barita, magnetita, limonita;
Normais: areias, seixos rolados, britas.
Classificação quanto ao diâmetro máximo:
Agregado miúdo: areia;
Graúdo graúdo: brita, seixos rolados, cascalho ou pedregulho;
Mesclado (miúdo e graúdo).
Obtenção dos Agregados
Areia e Seixos Rolados
Alguns agregados são obtidos por extração direta do leito dos cursos d’água,
ou por meio de dragas (areia e seixos rolados) e às vezes de minas (areias).
Posteriormente este material retido sofre um beneficiamento que consiste em
lavagem e classificação.
Areia
13
de sua grande finura e teor de cloreto de sódio. O mesmo ocorre com as areias
de dunas próximas do litoral.
BRITAS
14
Brita 4 50,0 – 76,0
Brita 5 (Pedra de Mão) 76,0 – 100,0
Fig. 2 – Classificação das britas de acordo com suas dimensões nominais
Vamos exercitar!!
1 - Técnico de Laboratório/ Edificações - UFMG - 2015
SOLUÇÃO
A pedra, para uso como agregado graúdo em construção civil, pode ser
classificada como natural (pedregulho ou seixo rolado, cascalho) e artificial
(pedra britada, argila expandida, escória, etc).
RESPOSTA C
15
B. Têm dimensão variável de 4,8 a 76 mm.
C. Britas calcárias apresentam maior dureza e maior preço.
D. As britas podem ser utilizadas soltas sobre pátios de estacionamentos.
E. As britas podem ser utilizadas como isolante térmico em pequenos terraços.
SOLUÇÃO
RESPOSTA C
AGLOMERANTES
16
Quimicamente
Aglomerantes
Inertes
Aéreos
AGLOMERADOS
Quimicamente
Ativos
Aglomerantes
Hidráulicos
Quimicamente Ativos
Endurecem em decorrência de uma reação química, nas condições
ambiente de temperatura e pressão. Entre os aglomerantes quimicamente
ativos temos duas subcategorias inseridas que são os aéreos e os hidráulicos.
Aglomerantes Aéreos
Aglomerantes Hidráulicos
Aglomerante cujo a pasta tem propriedade de endurece por atividade
química, gerada pela reação da agua (H2O), material que após sua secagem
te resistência hidráulica satisfatória.
Ex.: Cal hidráulica, Cimento Portland
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CLASSIFICAÇÃO QUANTO À PEGA
Vamos neste momento diferenciar a pega do endurecimento. A pega é
o intervalo de tempo que leva para que a pasta adquira consistência que a
torne impropria para ser trabalhada, ou seja, ela endurece, mas não significa
que esteja no fim do processo de endurecimento. E o endurecimento é o
intervalo de tempo do fim da pega até o momento que se adquira sua
resistência por completo.
Levando em conta o tempo de desenvolvimento da pega, a classificação pode
a ser:
Aglomerante de pega rápida – tempo inferior a 30 minutos;
Aglomerante de pega semirrápida – tempo entre 30 e 60 minutos;
Aglomerante de pega normal – tempo entre 60 minutos e 6 horas.
CIMENTO PORTLAND
18
durante longo período de tempo, aumentando gradativamente a sua dureza e
resistência. A pega sofre influência de diversos fatores, sendo retardada pelas
baixas temperaturas, pelos sulfatos e cloretos de cálcio. É acelerada pelas
altas temperaturas e pelos silicatos e carbonatos.
Pega: intervalo de tempo que leva para que a pasta adquira consistência
que a torne impropria para ser trabalhada, ou seja, ela endurece, mas não
significa que esteja no fim do processo de endurecimento.
19
O cimento de pega normal inicia a pega entre 0,5 e 1 hora após o contato
com a água, onde se recomenda misturar pequenas quantidades de cada vez,
de modo a essas serem consumidas dentro daquele espaço de tempo; o
cimento não deve ser estocado por muito tempo, pois pode iniciar a pega na
embalagem pela umidade do ar, perdendo gradativamente o seu poder
cimentante. O prazo máximo de estocagem normalmente é de três meses
após a fabricação.
O processo de obtenção do cimento começa pelo cozimento que a
calcinação de rochas calcárias carbonatadas com teor de argila variando de
20 a 40% até a fusão parcial, cerca de 1.450ºC, formando o clínquer que em
seguida é moído e feita adição de gesso para regular a pega. Consta ainda de
silicatos e aluminatos de cálcio, praticamente sem cal livre, predominando em
quantidade e importância os silicatos.
20
SOLUÇÃO
RESPOSTA C
TIPOS DE CIMENTO
Nome Sigla
TIPO DE CIMENTO
APLICAÇÃO
NOMENCLATURA SIGLA
21
Composto CP II – E Uso geral como concreto simples,
argamassa para assentamento de alvenaria
CP II – F
e revestimento, emboço, reboco entre
CP II – Z outros
3 80 100 140
Cal
É um produto obtido com a calcinação, à temperatura entre 850 a
1.200ºC de rochas carbonatadas de calcário, sendo feita em fornos
intermitentes, construídos com alvenaria de tijolos refratários. Há dois tipos
de cal utilizada em construções:
HIDRATADA
HIDRÁULICA
Cal hidratada
O processo de obtenção da cal tem início com a extração e moagem de
rochas carbonatadas de calcário (variedade de rocha onde o constituinte
principal é o carbonato de cálcio), o agregado obtido é submetido à ação do
calor (processo denominado calcinação) em fornos apropriados, com
temperatura entre 850ºC e 1200ºC. Nesta reação química, o carbonato de
22
cálcio, sob a ação do calor, se decompõe, formando o óxido de cálcio (cal) e
o dióxido de carbono, sendo que este gás se desprende resultando
basicamente a cal. A equação química abaixo ilustra a reação ocorrida nesta
fase.
CaCO3 calor CaO CO2
em que
CaCO3 = Carbonato de cálcio;
CaO = óxido de cálcio;
CO2 = dióxido de carbono.
A cal (CaO), assim obtida é denominada cal virgem, cal viva ou cal
aérea. Ainda não está pronta para ser utilizada, necessitando passar por um
processo de moagem, sendo então misturada com água em proporções
adequadas. Deste processo resulta o hidróxido de cálcio (cal hidratada), cuja
equação química é mostrada abaixo.
CaO H 2 O Ca OH2 Calor
em que
Ca(OH)2 = Hidróxido de cálcio.
Quando a cal hidratada é utilizada no preparo de uma argamassa e
posteriormente aplicada, ocorre a seguinte reação: A água excedente evapora
e o dióxido de carbono presente na atmosfera penetra no revestimento,
resultando na formação da "rocha carbonatada", como mostra a Figura 1.
Ca OH2 CO 2 CaCO 3 H 2 O
Pelo que foi ilustrado acima, percebemos que a cal hidratada retorna à
sua condição primitiva que era a de rocha calcária, resultando assim, em um
produto final (argamassa) estável e resistente. Notamos também que o
23
endurecimento se processa de forma lenta e de fora para dentro, requerendo
uma superfície com uma certa porosidade para permitir a evaporação da água
excedente, e ao mesmo tempo permitir penetração do dióxido de carbono
presente na atmosfera. Pelo fato do endurecimento ser lento é adicionado
cimento à mistura, que promove a aderência e resistência inicial do
revestimento.
As paredes revestidas com argamassas contendo cal hidratada não
podem ser pintadas imediatamente após o término dos serviços. É necessário
um tempo de cura de pelo menos trinta dias, para que o revestimento ganhe
resistência, pois a tinta forma uma película "impermeável" que dificulta a
evaporação da água e a penetração do gás carbônico, resultando assim em
um revestimento fraco e de pouca durabilidade. Esta observação deve ser
seguida para outros tipos de revestimentos decorativos.
A comercialização da cal hidratada é um produto em forma de pó seco,
comercializada em embalagens, sendo sacos de 20 kg, classificada de acordo
com sua composição química segundo a norma brasileira NBR-7175, em:
24
CAL HIDRÁULICA
GESSO
ARGAMASSAS
25
alvenaria de tijolos secos ao sol, com assentamento de argamassas de cal.
Seu desenvolvimento como sistema construtivo, entretanto, ocorreu em
Roma. Durante o Império Romano os homens tiveram a ideia de misturar um
material aglomerante, a pozolana (cinzas vulcânicas), com materiais inertes,
dando origem às primeiras argamassas.
No Brasil, a argamassa passou a ser utilizada no primeiro século de
nossa colonização, para assentamento de alvenaria de pedra (largamente
utilizada na época). A cal que constituía tal argamassa era obtida através da
queima de conchas e mariscos. O óleo de baleia era também muito utilizado
como aglomerante, no preparo de argamassas para assentamento. A cal que
constituía de argamassa era obtida através da queima de conchas e mariscos.
O óleo de baleia era também muito utilizado como aglomerante, no preparo
de argamassas para assentamento.
As argamassas podem ser definidas como pastas compostas por um ou
mais aglomerante e água, as quais se incorporam material inerte (areia ou
saibro) com a finalidade de diminuir a contração do aglomerante, melhorar a
trabalhabilidade e baixar o custo. As argamassas assim como os concretos
também são moles nas primeiras horas, e endurecem com o tempo, ganhando
elevada resistência e durabilidade. A plasticidade das argamassas na hora do
uso é desejada, pois teremos maior aderência, o que é uma grande vantagem
em certas aplicações. Para aumentar a plasticidade é adicionado um quarto
componente à mistura. Pode ser cal, saibro, barro, caulim ou outros,
dependendo da região.
NBR13281
26
De todos esses materiais, chamados de plastificantes, o mais
recomendado é a cal, também conhecida como cal hidratada, por três
motivos:
27
c) I, II e III.
d) I, apenas.
SOLUÇÃO
28
RESPOSTA D
TRAÇO
29
porcentagem de aglomerante. Indicações quanto ao uso das areias nas
argamassas:
Uso Traço
30
Cimento, areia + 10% de terra vermelha 1:8
Cimento, saibro e areia 1:3:9
Cal e areia 1:4
Cimento, cal e areia 1:2:8 –
1:2:10
Rebocos
Cimento, cal e areia fina 1:2:5
Cal e areia fina 1:1
Cal e areia fina com 50kg cimento/m 3 1:2
Chapisco em superfície lisas
Cimento e areia 1:6
Assentamento de tacos, ladrilhos, mármores e pedras em
placas
Cimento e areia 1:4 – 1:5
Assentamento de azulejos
Cimento, cal e areia 1:2:8
Cimento, areia e saibro 1:3:5
Revestimento de piso cimento
Cimento e areia 1:3 – 1:4
31
uma camada de argamassa de impermeabilização, que protege a
parede contra a penetração da umidade.
32
excesso de água no ato de misturar materiais provoca escorrimento
provocando perda do aglomerante, diminuindo a resistência.
Vamos exercitar
33
SOLUÇÃO
Argamassa é uma “massa” constituída basicamente por uma mistura de Areia + Cimento
+ Cal + Água.
p1 – Quantidade Cimento em m3
p2 – Quantidade de cal em m3
p3 – Quantidade de areia em m3
Concreto 1 : 2 : 3
RESPOSTA A
34
corretamente, poderá comprometer toda a obra posteriormente, acarretando
custos mais elevados e paralisação das atividades.
Nas propriedades rurais, alguns cuidados devem ser tomados:
•. Preferir terreno de natureza geológica boa, se possível, protegido de ventos
dominantes da região;
35
Fig.: fundações rasas
Fonte: http://images.slideplayer.com.br/4/1533069/slides/slide_12.jpg
SAPATAS
SAPATA ISOLADA
36
Sapatas isoladas (Fonte: http://www.understandconstruction.com/types-of-foundations.html)
SAPATA CORRIDA
SAPATA ASSOCIADA
37
SAPATA ALAVANCADA
BLOCOS DE FUNDAÇÃO
38
Radiers
39
c) A sapata é um elemento de fundação de concreto armado, que utiliza a
armadura para resistir aos esforços de tração.
d) A sapata associada recebe parte dos pilares de uma obra, mas somente se
eles estiverem alinhados.
e) Os blocos são dimensionados para que as tensões de tração nele produzidas
possam ser resistidas pelo concreto sem necessidade de armadura.
SOLUÇÃO
RESPOSTA D
40
FUNDAÇÕES PROFUNDAS
41
informação, julgue os itens a seguir, relativos a projetos de fundações. Os
principais tipos de fundações profundas incluem as estacas, os radiers e os
tubulões.
o Certo
o Errado
SOLUÇÃO
RESPOSTA ERRADO
RESPOSTA CERTO
ALVENARIA
42
blocos, distribuídos numa área de aproximadamente 50000m 2, onde cada
bloco, estima-se, tenha peso médio de 25 kN.
- Farol da Alexandria (280 anos antes de Cristo) Tratava-se de uma
estrutura marcante do ponto de vista estrutural, com altura de 134 metros,
construído em mármore branco. Foi destruído por um terremoto no século
XIV.
- Edifício Monadnock - Chicago - (1889 a 1891) Possui altura de 65
metros com 16 pavimentos. As paredes em sua base possuem 1,80m de
espessura, devido aos processos empíricos de dimensionamento utilizados na
época.
- Hotel Escalibur - Las Vegas É considerado o mais alto edifício em
alvenaria estrutural da atualidade. Possui altura correspondente a 28
pavimentos, executados em alvenaria estrutural armada. - Em 1950, foi
construído por Paul Hallen na Suíça um prédio com 13 pavimentos e 42 metros
de altura, em alvenaria estrutural não armada. Convém ressaltar que já
naquela época, utilizaram paredes internas com a espessura de 15 cm,
basicamente as mesmas espessuras que se obteriam utilizando os critérios de
cálculo atuais.
No Brasil, surgiram os primeiros edifícios em alvenaria estrutural na
década de 60. Já na década de 70, foram construídos em São Paulo o
Condomínio Central Parque da Lapa com quatro blocos de doze pavimentos
cada, em alvenaria estrutural armada. Posteriormente, em São José dos
Campos, foi construído o Edifício Muriti com 16 pavimentos em alvenaria
estrutural armada. Atualmente no Brasil, a utilização da alvenaria estrutural
sofre grande impulso, devido à necessidade das empresas de reduzirem
custos, aliadas a uma racionalização da construção. Na região metropolitana
de Belo Horizonte a grande maioria das edificações com até seis pavimentos
são em alvenaria estrutural, porém são raros os edifícios em alvenaria
estrutural armada. Embora a solução em alvenaria armada seja recomendável
para edifícios mais altos, acima de 15 pavimentos, existe ainda grande
43
dificuldade das construtoras de se adaptarem às inovações na área
tecnológica, inovações estas que inverteriam, ou até mesmo eliminariam
critérios construtivos já consagrados.
As alvenarias são partes que compõem as paredes e muros, ou obras
similares, executadas com pedras, com tijolos cerâmicos, blocos de concreto,
cerâmicas, assentados com ou sem argamassa de ligação. Assim, Define-se a
alvenaria como sendo o conjunto composto por blocos ou tijolos (unidades),
executados em obra e ligados entre si por argamassa, tendo estruturalmente
um comportamento monolítico.
De acordo com o exposto nós temos dois tipos de alvenarias:
- Alvenaria resistente
- Alvenaria vedação
As alvenarias resistentes são aquelas que são empregada na construção
para resistir cargas, então a alvenaria estrutural é aquela em que a parede
trabalha simultaneamente como elemento de vedação e estrutural, podendo
ser armada ou não. Desta forma, além do seu peso próprio, ela suporta cargas
(peso das lajes, telhados, etc.). Quando a alvenaria não é dimensionada para
resistir cargas verticais além de seu peso próprio é denominada alvenaria de
vedação.
Os dois tipos principais de alvenarias são as naturais (pedras irregulares e
regulares) e artificiais (blocos de concreto, cerâmicos, solo-cimento, adobe).
As alvenarias de tijolos e blocos cerâmicos ou de concreto, são as mais
utilizadas, mas existem investimentos crescentes no desenvolvimento de
tecnologias para industrialização de sistemas construtivos aplicando materiais
diversos.
As argamassas são utilizadas em assentamentos e em revestimentos.
A argamassa de assentamento deve ser preparada com materiais
selecionados, granulometria adequada e com um traço de acordo com o tipo
de elemento de alvenaria adotado. Podem ser preparadas manualmente ou
com uso da betoneira. Geralmente, a argamassa de assentamento utilizada é
44
de cimento, cal e areia no traço 1:2:8, com espessura que varia de 1 a 1,5
cm entre tijolos. Na figura 8 encontram-se outros traços utilizados de acordo
com o tipo de alvenaria e o rendimento por saco de cimento.
TIPOS DE PAREDES
A espessura das paredes é sempre múltiplo das dimensões dos tijolos.
São colocadas em camadas horizontais (fiadas) e com juntas desencontradas.
Podem ser dispostas de diversos modos conforme a espessura das paredes,
que é indicada pelo número de tijolos.
Parede de espelho (cutelo) – feitas com tijolos assentados segundo a
espessura e o maior comprimento. Empregadas nas divisões internas de
edificações.
Parede de meio tijolo (frontal) – tijolos assentados segundo a sua face maior
e de modo que a largura corresponda à espessura da parede. Servem para
vedação e para suportar esforços.
45
Parede de um tijolo – tem como espessura o comprimento do tijolo. São
recomendadas para paredes externas, pois oferecem boa resistência e
impermeabilidade (quando revestidas).
46
9 furos 11,5x14x24 – Residencial e Predial
Exemplo:
Vamos calcular a quantidade de tijolos utilizando as dimensões abaixo,
acrescentar 1 cm de espessura relativa a argamassa de assentamento:
Um pedreiro utilizou 800 tijolos para construir um muro com dois metros de
altura e vinte metros de comprimento. Agora, esse pedreiro deseja construir
outro muro com três metros de altura e trinta metros de comprimento,
utilizando exatamente a mesma técnica e o mesmo tipo de tijolo utilizado na
construção do primeiro muro. A quantidade de tijolos necessária para a
construção do segundo muro é
a) 1200.
47
b) 1500.
c) 1600.
d) 1800.
e) 2400.
SOLUÇÃO
X tijolos --------- 90 m2
800. 90
𝑥= = 1800 𝑡𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜𝑠
40
RESPOSTA D
48
SOLUÇÃO
X ------------1 m²
X = 25 m² ( 10%)=28 tijolos
240 m² ------ x
X= 6720 tijolos
RESPOSTA A
49
QUESTÕES COMENTADAS
SOLUÇÃO
A pedra, para uso como agregado graúdo em construção civil, pode ser
classificada como natural (pedregulho ou seixo rolado, cascalho) e artificial
(pedra britada, argila expandida, escória, etc).
RESPOSTA C
SOLUÇÃO
50
podendo ser obtidas de pedras graníticas e ou calcárias. As britas calcárias
apresentam menor dureza e normalmente menor preço.
RESPOSTA C
SOLUÇÃO
RESPOSTA C
51
4 - DETRAN-MT - Analista - Engenheiro Civil - UFMT - 2015
SOLUÇÃO
52
•Argamassa pobre (o volume da pasta não preenche totalmente os vazios
entre o grãos do agregado)
•Argamassas médias (o volume da pasta preenche exatamente os vazios
entre os grãos do agregado)
• Argamassas gordas (quando há excesso de pasta)
RESPOSTA D
SOLUÇÃO
Argamassa é uma “massa” constituída basicamente por uma mistura de Areia + Cimento
+ Cal + Água.
p1 – Quantidade Cimento em m3
53
p2 – Quantidade de cal em m3
p3 – Quantidade de areia em m3
Concreto 1 : 2 : 3
RESPOSTA A
54
subsolo indiquem a presença de argila rija, dentre outros. As sapatas podem
ser divididas em: sapata isolada, sapata corrida, sapata associada e sapata
alavancada. A sapata associada ou radier parcial é uma sapata comum a
vários pilares que não possuem o mesmo alinhamento quando vistos em
planta. São normalmente empregadas quando a posição de duas sapatas
isoladas ficarem muito próximas por falta de espaço ou opção estrutural.
Neste caso, as bases das sapatas poderiam ficar sobrepostas ou influenciar
na outra estruturalmente fazendo com que o uso uma única sapata associada
pudesse receber as cargas de dois ou mais pilares próximos.
RESPOSTA D
RESPOSTA ERRADO
55
o Errado
SOLUÇÃO
RESPOSTA CERTO
Um pedreiro utilizou 800 tijolos para construir um muro com dois metros de
altura e vinte metros de comprimento. Agora, esse pedreiro deseja construir
outro muro com três metros de altura e trinta metros de comprimento,
utilizando exatamente a mesma técnica e o mesmo tipo de tijolo utilizado na
construção do primeiro muro. A quantidade de tijolos necessária para a
construção do segundo muro é
a) 1200.
b) 1500.
c) 1600.
d) 1800.
e) 2400.
SOLUÇÃO
X tijolos --------- 90 m2
800. 90
𝑥= = 1800 𝑡𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜𝑠
40
RESPOSTA D
56
10 - Edificação - Buíque - (IPAD) - PE 2006 - REFORMULADA
SOLUÇÃO
X ------------1 m²
X = 25 m² ( 10%)=28 tijolos
57
(10%x25=2,5=3 arrendondei para cima)
240 m² ------ x
X= 6720 tijolos
RESPOSTA A
SOLUÇÃO
RESPOSTA C
58
12 - Construção e Instalações Rurais - IFNMG/MG - EXATA - 2010
SOLUÇÃO
59
desperdícios e aumenta a qualidade e a durabilidade da construção. Ao
executar o projeto de uma benfeitoria, é preciso pensar sempre em como ela
ficará depois de construída, mesmo que seja executada em etapas ou
ampliada aos poucos. Isso evita desperdícios em demolições, geralmente
necessárias quando se dá continuidade à obra. Sempre que houver
necessidade de fazer modificações na benfeitoria, é recomendável consultar
primeiro o autor do projeto, sobretudo nas obras de maior responsabilidade.
Ele ajudará a encontrar a melhor solução.
A primeira etapa efetiva da construção é a execução das fundações. As
fundações são obras enterradas no terreno, com a finalidade de receber todas
as cargas da construção, transmitindo-as, uniformemente, sobre o leito de
fundação. Por isto, as fundações devem ser resistentes e dimensionadas para
as condições do local. Importância das fundações: serão à base das
construções. Se uma fundação não for realizada corretamente, poderá
comprometer a construção (obra) posteriormente, acarretando custos mais
elevados e paralisação das atividades.
Há vários tipos de fundações, dependendo do tipo de solo relacionado
com sua resistência e das condições do local onde a benfeitoria será
construída. Quanto à profundidade da cota de apoio, estão divididas em:
Rasas de cotas de apoio até 2 metros de profundidade, fundações profundas
com cotas de apoio acima de 2 metros de profundidade.
As cercas para currais, estábulos ou piquetes de contenção de animais
de grande porte devem ser construídas com mourões mais robustos, dotados
de furos. Essas cercas utilizam: mourões intermediários e mourões de canto
(ou mourões de cruzamento). Essas cercas são executadas com cordoalhas
ou arame liso. Em geral, tanto os mourões intermediários como os de canto
têm seção quadrada. Os mourões intermediários são colocados a cada 3m, no
máximo. Os mourões de canto (ou de cruzamento), utilizados nas esquinas e
cruzamentos, como o nome indica, devem ser mais reforçados. A construção
dessas cercas começa com a colocação dos mourões de canto, enterrados a
60
uma profundidade de 1m. Depois de aprumados, é preciso lançar solo em
torno deles, em camadas sucessivas, compactadas uma a uma, até atingir
90cm. Os 10cm restantes devem ser preenchidos com concreto magro. A
seguir, os mourões de canto devem ser escorados. Depois são colocados os
mourões intermediários, no mesmo alinhamento. Para aumentar a resistência
da cerca é recomendado travar os mourões entre si, no sentido do
comprimento. Isso pode ser feito com peças de madeira. Assim podemos
concluir que a letra está incorreta, conforme exposto
RESPOSTA C
b) Viga.
c) Fundação.
d) Laje.
SOLUÇÃO
61
de fundação devendo essas serem resistentes e bem dimensionadas para as
condições do local.
RESPOSTA C
SOLUÇÃO
62
assentamento de pedras ou tijolos, assentamento de pisos etc.
A areia que usamos na confecção de concretos será de origem aluvial,
explorada em jazidas de rios. O processo de obtenção consiste em dragar do
fundo do rio a areia para um silo. Durante o processo de extração, procede-
se a uma lavagem e a um peneiramento que a deixam sem finos e sem
material argiloso e carbonoso, assim como livre de outras impurezas. Essa
areia é proveniente do britamento natural de rochas, principalmente graníticas
recebe o nome de areia lavada.
63
artificiais, a brita ou pedra britada, o pó de pedra e a areia artificial merecem
destaque.
A brita ou pedra britada é usada no concreto como agregado graúdo;
como bloco de alvenaria, em trabalhos de cantaria; como pavimentação, em
pisos, soleiras e peitoris; em bancadas de pias e lavatórios, e como
revestimento de paredes e pisos.
A brita, para uso em concreto, pode ser extraída de qualquer rocha, desde
que tenha resistência superior à do concreto a ser produzido e seja inerte, isto
é, possua características físicas e químicas que não influem diretamente na
qualidade final.
As britas, no Brasil, são obtidas principalmente de rochas de granito,
basalto e gnaisse. A classificação comercial da brita é feita de acordo com o
seu tamanho, após passar por peneiras de malhas diversas, conforme
ilustrado na Tabela 1. A brita O é chamada de pedrisco. É importante haver
vários tamanhos de brita, pois, de acordo com a densidade da armadura e a
dimensão da peça a concretar, usa-se brita maior ou menor.
RESPOSTA B
SOLUÇÃO
64
a) Qualidade dos materiais componentes;
b) Qualidade da execução;
c) Relação água/cimento;
d) Duração do carregamento;
e) Idade do concreto.
RESPOSTA C
SOLUÇÃO
65
CP II-Z – Cimento portland composto com pozolana
CP II-F – Cimento portland composto com fíler
CP III – Cimento portland de alto-forno
CP IV – Cimento portland Pozolânico
CP V-ARI – Cimento portland de alta resistência inicial
RS – Cimento Portland Resistente a Sulfatos
BC – Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação
CPB – Cimento Portland Branco
66
56% de clínquer+gesso e 6% à 34% de escória, podendo ou não ter adição
de material carbonático no limite máximo de 10% em massa. O CP II-E, é
recomendado para estruturas que exijam um desprendimento de calor
moderadamente lento. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a
NBR 11578.
67
aeroportos, etc) como também para aplicação geral em argamassas de
assentamento e revestimento, estruturas de concreto simples, armado ou
protendido, etc. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR
5735.
O CP V-ARI assim como o CP-I não contém adições (porém pode conter até
5% em massa de material carbonático). O que o diferencia deste último é
processo de dosagem e produção do clínquer. O CP V-ARI é produzido com
um clínquer de dosagem diferenciada de calcário e argila se comparado aos
demais tipos de cimento e com moagem mais fina. Esta diferença de produção
confere a este tipo de cimento uma alta resistência inicial do concreto em suas
primeiras idades, podendo atingir 26MPa de resistência à compressão em
apenas 1 dia de idade. É recomendado o seu uso, em obras onde seja
necessário a desforma rápida de peças de concreto armado. A norma
brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 5733.
68
Qualquer um dos tipos de cimento Portland anteriormente citados podem ser
classificados como resistentes a sulfatos, desde se enquadrem dentro de uma
das características abaixo:
RESPOSTA A
SOLUÇÃO
69
Cimento Portland comum (CP-I)
RESPOSTA A
70
Materiais Litóides (Denomina-se pedra de construção toda classe de rochas
que pode ser empregada na construção).
Ex: Pedra, Areia, Saibro
RESPOSTA E
71
SOLUÇÃO
RESPOSTA C
72
d) Escavação; estaqueamento e alinhamento.
e) Nenhuma das respostas acima.
SOLUÇÃO
RESPOSTA B
73
traço?
a) Cimento; areia e água.
b) Areia; cimento e brita.
c) Brita; areia e cimento.
d) Cimento; areia e brita.
e) Nenhuma das respostas acima.
SOLUÇÃO
74
A) Aglomerantes Mistos: constituídos pela mistura de somente dois
aglomerantes compostos. Esses aglomerantes são utilizados fora das
especificações e não são empregados no Brasil.
B) Aglomerantes Simples: constituídos de um único produto, sem mistura
posterior ao cozimento, podendo serem misturados a outras substâncias para
regular sua pega. Exemplo: cimento artificial Portland e cal hidráulica.
C) Aglomerantes Compostos: constituídos pela mistura de subprodutos
industriais ou produtos naturais de baixo custo (escória de altoforno ou
pozolanas) com um aglomerante simples, geralmente cal ou cimento Portland.
Exemplo: cimento pozolânico, cal pozolânica e cimento de alto forno.
D) Aglomerantes com Adição: são os aglomerantes simples com adições que
excedem os limites estabelecidos nas especificações para dar-lhes
propriedades especiais, como diminuir a permeabilidade, diminuir a retração,
reduzir o calor de hidratação, aumentar a resistência a agentes agressivos e
dar coloração especial.
SOLUÇÃO
RESPOSTA A
75
23 - Engenheiro Agrônomo - UFBA - 2012
CERTO
ERRADO
SOLUÇÃO
RESPOSTA CERTO
76
24 - Engenheiro Agrônomo - UFBA - 2012
CERTO
ERRADO
SOLUÇÃO
77
RESPOSTA CERTO
SOLUÇÃO
RESPOSTA C
SOLUÇÃO
78
processo, a alvenaria continua a ser uma técnica de construção muito popular
na sociedade moderna.
Prumo de parede
Colher de pedreiro
A colher serve para o pedreiro fazer trabalhos com argamassa, chapisco,
execução de alvenaria.
ESQUADRO
79
RESPOSTA A
SOLUÇÃO
RESPOSTA D
80
28 - Oficial de Manutenção – ro - CET - Santos/SP - CAIPIMES - 2012
SOLUÇÃO
Para garantir que as paredes fiquem alinhadas, o pedreiro deve usar linha,
nível, prumo e esquadro para bom alinhamento como: a “prumada-guia” (fio
de náilon amarrado e esticado entre o primeiro e último tijolo das
extremidades da fileira) ou uma régua marcada com a altura de cada fiada
(chamada escantilhão).
Durante a construção, deve-se verificar a parede em três sentidos:
vertical (checando o prumo), horizontal (verificando o nível), e ângulo no
encontro de duas paredes (checando o esquadro), que geralmente deve ter
90 graus.
RESPOSTA C
RESPOSTA B
SOLUÇÃO
RESPOSTA C
82
31 - Pedreiro - Conde/PB - ADVISE - 2016
A) Sapata
B) Radier
C) Baldrame
D) Bloco de fundação
E) Estaca raiz
SOLUÇÃO
RESPOSTA A
83
pequenas, pode-se utilizar este tipo de fundação rasa e bem econômica que,
nada mais é do que uma viga, calculada como viga sobre base elástica e
construída em uma escavação com pouca profundidade, destinada a suportar
a carga de todas as paredes de uma construção, transferindo-a as brocas e
estacas e ao solo. As vigas baldrame, são utilizadas em fundações que
requerem pouca profundidade. Recomenda-se que as cargas a serem
suportadas pelas vigas sejam pequenas, toda viga baldrame deve ser
devidamente dimensionada para a devida carga que será suportada. Seu uso
traz economia à obra e auxilia a distribuição do peso de lajes e paredes para
ao solo.
RESPOSTA E
RESPOSTA A
Este foi uma prevê apresentação do nosso trabalho, espero que tenham
gostado e aguardo vocês para próxima aula.
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GABARITO
11 - C 12 - C 13- C 14 - B 15 - C
16 - A 17 - A 18 - E 19 - C 20 - B
26 - A 27 - D 28 - C 29 - B 30 - C
31 - A 32 - E 33 - A
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BIBLIOGRAFIA
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