Você está na página 1de 60

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

Fabiana Elian
Gustavo Pimentel
Lucas Carvalho
Marcela Corrêa
Marcus Cândido
Sérgio Porto

CERVEJARIA ARTESANAL
GLOBAL CRAFT BEVERAGE
Estudo de Viabilidade e Projeto Conceitual para implantação da Cervejaria Artesanal – GCB
na cidade de Belo Horizonte – MG

Belo Horizonte

Agosto - 2015

Autor(es)
CERVEJARIA ARTESANAL
GLOBAL CRAFT BEVERAGE
Estudo de Viabilidade e Projeto Conceitual para implantação da Cervejaria Artesanal – GCB
na cidade de Belo Horizonte – MG

Trabalho de conclusão de
aperfeiçoamento apresentado ao Curso
de Engenharia de Planejamento do
Instituto de Educação Tecnológica,
turma GPENT10, como requisito parcial à
obtenção do título de Aperfeiçoamento em
Engenharia de Planejamento.

Orientador: Prof. Me. Ítalo Coutinho

Belo Horizonte

2015
APRESENTAÇÃO DOS ALUNOS

Gustavo Pimentel - Engenheiro de Energia pela PUC Minas e


pós-graduando em Engenharia de Planejamento pelo
IETEC/MG com experiência nas áreas mineração e siderurgia,
atuando como prestador de serviços para empresas
multinacionais. Experiência com análise de viabilidade
econômica de projetos, monitoramentos de contratos,
relacionamento com clientes e consultoria para projetos de pesquisas e
desenvolvimentos na produção de carvão vegetal. No momento, atua como Analista
no planejamento de regularizações fundiárias da Anglo American e como consultor
da Biom Tec – Biomassa e Tecnologia, nos projetos da Queiroz Galvão.
gustavopimentel3@gmail.com

Fabiana Elian- Engenheira Civil formada pela PUC Minas,


cursando pós-graduação em Engenharia de Planejamento
pelo IETEC/MG. Trabalha atualmente com a habitação popular,
programa habitacional do Governo Minha Casa Minha Vida e
exerce a função de gerente de legalização na empresa Celta
Engenharia S.A. fabianaelian@gmail.com

Lucas Soares Gonçalves de Carvalho. Engenheiro de


Produção Civil graduado pelo CEFET-MG e pós-graduando
em Engenharia de Planejamento pelo IETEC/MG. Possui
experiência voltada para projetos de mineração e obras
públicas de manutenção urbana. Atualmente trabalhando na
Pátio Engenharia, construtora especializada em reformas,
manutenções e novas obras. lucas.sgc@hotmail.com

Marcela Heloísa Drumond Corrêa. Engenheira de Produção


Civil graduada pelo CEFET-MG e pós-graduanda em
Engenharia de Planejamento pelo IETEC/MG. Experiência
adquirida em aproximadamente 5 anos em empresas de
engenharia, especificamente na área de projetos industriais.
Conhecimentos da área técnica com atividades de concepção e elaboração de
desenhos de estruturas de concreto. Atuação na área comercial com elaboração de
propostas técnicas e comerciais e orçamentação de serviços de engenharia. No
momento atua como Engenheira de planejamento e controle de custos na Unitec
Semicondutores. marcelaheloisa@gmail.com

Marcus Vinícius Ribeiro Cândido. Engenheiro de Produção


graduado pela faculdade Pitágoras e pós-graduando em
Engenharia de Planejamento pelo IETEC/MG. Possui
experiência em projetos de montagem eletromecânica.
Atualmente trabalhando no setor de transporte.
marcus.peti@hotmail.com

Sérgio Porto - Engenheiro Civil formado pela UFBA, possui


MBA em Gestão empresarial pela FGV e é pós-graduando em
Engenharia de Planejamento pelo IETEC/MG. Possui 15 anos
de experiência nos ramos da construção pesada e mineração,
tendo atuado como gerente de obra em diversas obras em
diferentes estados do país. Atualmente exerce a função de
gerente de contratos na ZJ Mineração e Terraplanagem LTDA.
engsergioporto@hotmail.com
RESUMO EXECUTIVO

Este trabalho técnico de final de curso trata da aplicação das metodologias da


Engenharia de Planejamento para a Fase de Engenharia de um Empreendimento
Industrial. A prática foi realizada com o intuito de desenvolver um estudo de
viabilidade econômica e os diversos documentos que compõem o projeto conceitual
para uma nova instalação de cervejaria artesanal do Brasil. Apesar de terem sido
adotados alguns dados fictícios neste estudo, buscou-se manter fidelidade à
realidade em todos os outros aspectos tangíveis, relativos à viabilidade, implantação
do projeto da fábrica, produção da cerveja e documentos de planejamento. O
resultado final deste projeto consiste num suposto relatório que poderia embasar a
decisão de investimento de um cliente fictício.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Mercado de Cervejas - Consumo per capita ................................................................. 13

Figura 2: Inflação da Cerveja............................................................................................................ 14

Figura 3: Ranking das variações de preço da cerveja para beber em casa (%)...................... 14

Figura 4: Inflação da Cerveja Belo Horizonte MG ......................................................................... 15

Figura 5: Organograma Global Craft Beverages ........................................................................... 18

Figura 6: Organograma SIXPLAN ................................................................................................... 19

Figura 7: (a) Terreno da GCB visto por cima. (b) Dimensões do terreno. ................................ 20

Figura 8: Terreno da GCB indicado por seta. Bairro Olhos D`água à frente (parte inferior da
figura) e vista para outras regiões de Belo Horizonte. ................................................................. 21

Figura 9: Terreno da GCB no bairro Olhos D`água e rodovias federais BR-040 e BR-356
próximas. Os números 1 e 2 indicam as vias coletoras no bairro. ............................................. 21

Figura 10: Localização do terreno da GCB e outras referências ao entorno. Fonte: Google
Maps. 2015. ......................................................................................................................................... 24

Figura 11: Organograma Projeto – SIXPLAN ................................................................................ 25

Figura 12: Organograma Projeto – GCB ........................................................................................ 25

Figura 13: Estrutura Analítica do Projeto ........................................................................................ 26

Figura 14: Estrutura Analítica do Projeto ........................................................................................ 28

Figura 15: Fluxograma do processo de fabricação. ...................................................................... 38

Figura 16: Orçamento do Projeto..................................................................................................... 41

Figura 17: Planilha de BDI. ............................................................................................................... 43

Figura 18: Critérios de Medição. ...................................................................................................... 44

Figura 19: Matriz de Responsabilidades - SIXPLAN. ................................................................... 46

Figura 20: Tela de visualização de atividades e Gráfico de Gantt no MS Project. .................. 47

Figura 21: Tela de visualização de atividades e Gráfico de Gantt no MS Project. .................. 48


SUMÁRIO

1. Gerenciamento de Projetos Engenharia....................................................................... 9


1.1 Empreendimentos - Visão global e desafios ............................................................... 9
1.1.1 A história da cerveja e sua evolução ................................................................................. 9
1.1.2 Análise do mercado brasileiro ........................................................................................... 11
1.1.3 Investimentos e empregos................................................................................................. 12
1.1.4 Inflação no setor cervejeiro ............................................................................................... 13
1.1.5 Setor cervejeiro em Minas Gerais .................................................................................... 15
1.1.6 A Global Craft Beverages .................................................................................................. 18
1.1.7 A SIXPLAN ........................................................................................................................... 19
1.1.8 O Projeto .............................................................................................................................. 20
1.2 Gerenciamento de Projetos ........................................................................................... 24
1.2.1 Estilo organizacional do Projeto – SIXPLAN .................................................................. 24
1.2.2 Estilo Organizacional do Projeto – GCB ......................................................................... 25
1.2.3 Kick Off Meeting (KOM) ..................................................................................................... 26
1.2.4 Termo de abertura do Projeto (TAP) ............................................................................... 26
1.2.5 Estrutura Analítica do Projeto ........................................................................................... 26
1.2.6 Partes interessadas ............................................................................................................ 26
1.2.7 Tolerância a riscos .............................................................................................................. 27
1.3 Questões Ambientais e de Saúde e Segurança no Trabalho................................ 28
1.3.1 Resíduos gerados no processo e suas utilizações........................................................ 28
1.3.2 Certificação Ambiental ....................................................................................................... 30
1.3.3 Normas de Meio Ambiente e Segurança do trabalho ................................................... 31
1.3.4 Tratamento dos resíduos ................................................................................................... 32
1.4 Administraçao de Contratos .......................................................................................... 33
1.5 Análise Técnica ................................................................................................................. 34
1.5.1 Processo de Fabricação .................................................................................................... 34
1.6 Análise Econômica-Financeira ..................................................................................... 39
1.6.1 Investimentos....................................................................................................................... 39
1.6.2 Orçamento............................................................................................................................ 41
1.6.3 Índices................................................................................................................................... 42
1.6.4 CPU ....................................................................................................................................... 42
1.6.5 BDI......................................................................................................................................... 42
1.6.6 Fluxo de Caixa ..................................................................................................................... 43
1.6.7 Orçamento da Cervejaria ................................................................................................... 43
2. Planejamento de Projetos............................................................................................... 44
2.1 Cronograma, LD e Critério de Medição....................................................................... 44
2.1.1 Cronograma ......................................................................................................................... 44
2.1.2 Lista de Documentos .......................................................................................................... 44
2.1.3 Critério de medição ............................................................................................................. 44
2.1.4 Critérios de Projeto e Normas Específicas ..................................................................... 44
2.1.5 Matriz de Responsabilidades ............................................................................................ 45
2.2 Saídas (resultados) do Planejamento do Projeto ..................................................... 46
2.2.1 Norma de Coordenação ..................................................................................................... 46
2.3 Curva S Física e Financeira ........................................................................................... 46
2.4 SIGP – Sistemas Informatizados para Gestão de Planejamento ......................... 47
2.4.1 Microsoft Project.................................................................................................................. 47
2.5 Comunicação em Projetos ............................................................................................. 48
3. Planejamento da Execução e Integração dos Projetos de Engenharia ............. 49
3.1 VIP’s Utilizadas no Projeto ............................................................................................. 49
3.2 Vendor List ......................................................................................................................... 53
3.3 Alterações em Projeto ..................................................................................................... 53
4. Conclusões e Lições Aprendidas................................................................................. 54
ANEXOS .............................................................................................................................................. 57
APÊNDICES ....................................................................................................................................... 58
1. Gerenciamento de Projetos Engenharia

1.1 Empreendimentos - Visão global e desafios


1.1.1 A história da cerveja e sua evolução

A produção e o consumo de bebidas alcoólicas são uma das atividades mais antigas
desenvolvidas pelo homem, a produção de cerveja deve ter sido iniciada por volta de
8.000 a.C. A bebida foi sendo desenvolvida paralelamente aos processos de
fermentação de cereais. Há registros sobre a utilização de bebida fermentada entre
os povos da Suméria, Babilônia, Egito e também entre Gregos e Romanos. Dentre
os povos Bárbaros, que ocupavam a Europa durante o Império Romano, os de
origem Germânica destacaram-se na arte de fabricar cerveja, foram os primeiros a
empregar lúpulo na cerveja. O lúpulo começou a ser utilizado na cerveja não só para
proporcionar aroma e sabor, mas também como agente antibacteriano. A partir do
século XIX os cervejeiros passaram a ter, cada vez mais, a assistência técnica para
aperfeiçoar equipamentos e processos produtivos. Daí o aperfeiçoamento das
cervejas não parou mais, surgindo os principais tipos de cervejas das escolas
Tcheca, Alemã e Inglesa.

De forma geral pode-se afirmar que existem duas grandes famílias de cerveja: a
“Ale” e as “Larger”. As primeiras são produzidas com leveduras de alta fermentação,
sendo que os mais tradicionais tipos de cervejas Inglesas se enquadram nesse
grupo. Os principais tipos de “Ale” são: “Pale Ale”, “Brown Ale”, “Mild”, “Bitter”,
“Stout”, “Porter” e “Barley Wine”. As segundas são fabricadas utilizando-se leveduras
de baixa fermentação e normalmente maturadas a baixa temperatura. As “Larger”
estão associadas às tradições Tcheca e Alemã de produzir cerveja. Os tipos mais
representativos de “Larger” são: “Pilsen”, “Munchen”, “Bock”, “Export” e
“Marzenbier”.

Desde 2003 os brasileiros batem recordes de consumo de cerveja ano após ano.
Em 2010, cada brasileiro consumiu em média 64 litros de bebida, 10% a mais que
em 2009. Embora crescente, comparando a outros países, o volume ainda é
pequeno. Na Alemanha e República Tcheca, por exemplo, os índices anuais por
habitante chegam a 108 litros e a 160 litros, respectivamente. Mas assim como os
europeus os apreciadores de cerveja nacional começam a exigir cervejas de maior
qualidade. O sinal mais evidente dessa mudança está no aumento das vendas dos
produtos super premium, como são classificadas as cervejas que custam, pelo
menos, 50% mais que as populares. Nesta faixa estão marcas importadas e
principalmente as fabricadas artesanalmente por cervejarias brasileiras. Entre 2008
e fim de 2011, as vendas aumentaram 79%. Em 2011, o faturamento com produtos
super premium ultrapassou pela primeira vez a marca de 1 bilhão de reais.

Os consumidores de cerveja super premium ou artesanais são atraídos pela oferta


de bebidas elaboradas com insumos ainda de melhor proveniência. Segundo a
Associação Brasileira dos Profissionais de Cerveja e Malte, as bebidas artesanais
apresentam um grau de pureza maior, sabor mais acentuado e uma quantidade de
álcool superior à média do mercado. Enquanto uma cerveja comum contém 60% de
malte, a maioria das super premium apresenta um teor de malte superior a 80%. É
comum também que o teor alcoólico ultrapasse os 5% das convencionais. Além
disso elas não costumam levar nem xarope de arroz nem aditivos químicos e
conservantes usados para manter a validade das bebidas.

Não é preciso ser nenhum expert para prever que o mercado de cerveja artesanal,
felizmente, vai continuar crescendo em 2015. Mas muito mais do que isso, alguns
especialistas conseguem prever tendências em geral que podem ser dados
preciosíssimos para quem atua no mercado.

O Canadean, instituto de pesquisa canadense focado no mercado de bebidas,


publicou as principais tendências que influenciarão o comportamento do consumidor
em 2015. Algumas delas são bem interessantes do ponto de vista do mercado de
cerveja artesanal:

De produtos de massa para produtos personalizados: A previsão é de que a


demanda por produtos artesanais se torne ainda mais evidente. Os consumidores
preferem cada vez mais produtos fabricados em menor escala. Estes produtos são
vistos como de maior qualidade e percebidos como exclusivos, ganhando a
preferência. Os consumidores então criam uma maior conexão com as marcas de
produtos artesanais. Ótima notícia para as microcervejarias.
Ingredientes “Better-for-you“: As pessoas estão cada vez mais preocupadas em
consumir produtos com ingredientes saudáveis e naturais, por isso o consumidor de
hoje quer saber a origem do que está comprando. Ponto de atenção para as
cervejas orgânicas.

Embalagem impulsionando a experiência sensorial: A variedade de produtos


disponíveis na prateleira faz com que a embalagem (mais especificamente o rótulo,
no caso da cerveja) seja fator importantíssimo para o consumidor. Um bom rótulo
geralmente transmite a percepção de qualidade e superioridade, atuando
diretamente na decisão de compra.

Falando em embalagem, a agência de pesquisa londrina The Big Picture prevê 6


grandes tendências: design clean, simplicidade ao extremo (para deixar claro que o
produto é mais importante que o rótulo), inovações nas embalagens em lata,
personalidade e regionalismo, destaque para o artesanal, e rótulos das craft beers
como referência para outros produtos.

1.1.2 Análise do mercado brasileiro

De modo geral, o consumidor brasileiro gosta da sua cerveja leve e gelada, beirando
o congelamento. O consumo está associado a clima festivo, descontraído,
remetendo diretamente ao carnaval. Essas características gerais do mercado são
referência ao tipo mais comum de cerveja consumido no país: A pilsen.

Há inúmeras variedades do produto, sendo o mencionado representado por marcas


como Skol, Brahma, Antarctica, entre outros. O consumidor mais exigente e com
maior poder aquisitivo tem a opção das cervejas premium, como por exemplo,
Antarctica Original ou Brahma Extra. No patamar mais alto no que se refere a
qualidade do produto, há cervejas super Premium, que engloba cervejas especiais,
artesanais e importadas. A informações sobre esse mercado são poucas, sabe-se
que o número de uma pesquisa aponta que cervejas super Premium representem
menos de 0,15% do mercado total do Brasil, a projeção é que durante a próxima
década essa fatia chegue a 2%. Ao mesmo tempo, estima-se que o produto possui
uma participação de 4,5% no total das vendas do mercado brasileiro, número que
cresce cerca de 15% ao ano. Dados americanos apontam que em 2010 os
cervejeiros artesanais representaram 4,9% do volume e 7,6% da venda no varejo
total. Dados do mesmo ano apontam um total de 1.759 cervejaria no país.

O setor de produção de cervejas artesanais ou especiais é um nicho de mercado, ao


qual são destinados pequenos volumes de produção, todavia com alto valor
agregado do produto. Este segmento chamado de Craft Brewing nos EUA, que inclui
micro e mini cervejarias, cervejas gourmet ou super Premium, dentre outras, teve
início na década de 70, na Inglaterra. Aqui no Brasil o segmento recebe o nome de
Cerveja Artesanal, teve início no final da década de 80. São produtos com
características diferentes daquelas comumente encontradas em supermercados.

O aumento é justificado pela melhor distribuição de renda, além da maior oferta por
parte dos estabelecimentos usuais, como bares e restaurantes. Conforme
observamos um aumento e melhor distribuição de renda no Brasil, população pode
aumentar seu padrão de consumo, haja vista o aumento mencionado o consumo per
capita. Ao mesmo tempo, alguns consumidores mais exigentes, passam a dispor de
recursos para elevar a qualidade do seu consumo, não necessariamente aumentá-
lo, e nesse caso procuram produtos de maior valor agregado e encontram as
cervejas artesanais. Pesquisa da FGV e Celetem apontam crescimento expressivo
das classes A e B na última década. A FGV aponta que em 2000 e 2008 houve
evolução de 8% para 16% da população total brasileira. A pesquisa da Celetem usa
outro período, porém os números também mostram evolução: entre 2005 e 2010 as
classes A e B passaram de 15% para 21%.

1.1.3 Investimentos e empregos

O setor, que emprega mais de 150 mil pessoas, entre postos diretos e indiretos, não
para de investir. Nos últimos cinco anos, as indústrias cervejeiras investiram mais de
R$ 3 bilhões, com 10 novas plantas industriais entrando em operação, além de
ampliações e modernizações em fábricas já existentes.

Elas atuam com políticas próprias de avaliação do mercado global, do Market share
de suas marcas e do desempenho de suas concorrentes, razão pela qual não
existem estatísticas ou dados oficiais sobre a produção e o consumo total de cerveja
no Brasil. Além disso, o mercado está fortemente sujeito à sazonalidade, com picos
acentuados de consumo nos meses de dezembro e janeiro e quedas os meses de
junho e julho e esse desequilíbrio pode provocar distorções no volume estimado com
base na arrecadação mensal do imposto dobre Produtos Industrializados (IPI)
incidente na cerveja.

O gráfico a seguir mostra o panorama do mercado brasileiro de cerveja.

Figura 1: Mercado de Cervejas - Consumo per capita

1.1.4 Inflação no setor cervejeiro

Nos últimos 12 meses, ou seja, de julho de 2011 a junho de 2012, segundo os dados
mais recentes divulgados pelo IBGE, os preços da cerveja consumida em casa
subiram 11,28% e da cerveja fora de casa, 10,76%. No mesmo período, os preços
de produtos em geral aumentaram, em média, 4,92%.

A maior parte do aumento ocorreu no último semestre do ano de 2011. Já nos seis
primeiros seis meses de 2012, o resultado foi o seguinte:
Figura 2: Inflação da Cerveja

O IBGE coleta os dados para este índice nas regiões metropolitanas de Belém, no
Pará; Fortaleza, no Ceará; Recife, em Pernambuco, Belo Horizonte, em Minas
Gerais; Rio de Janeiro; São Paulo, nos estados de mesmo nome; Curitiba, no
Paraná; e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Confira as variações:

Figura 3: Ranking das variações de preço da cerveja para beber em casa (%)

E de que maneira o IBGE sabe a diferença entre o que é para beber em casa e o
que é para beber fora? Pelo local da coleta dos dados. São consideradas cervejas
para beber em casa as compradas em supermercados e padarias (onde existe
algum consumo dentro da loja, mas baixo), e, para beber fora, as compradas em
bares e restaurantes. Os por quês das variações regionais são muito difíceis de
identificar com precisão, até para os técnicos responsáveis pela pesquisa e analistas
de mercado. Em breve, esperamos contar com um conjunto de dados ainda maior e
a colaboração de outros especialistas, que nos permitirão fazer suposições bem
embasadas.

Mas de modo geral, os especialistas lembram que, nesse período, o setor cervejeiro
foi abatido por um anúncio de alta de imposto sobre produtos industrializados (IPI).
Apesar de usarem muitos insumos estrangeiros, alta do dólar não preocupa as
grandes cervejarias, normalmente protegidas das variações cambiais por
negociações específicas (hedge) nas bolsas de valores. As empresas já deram
demonstrações claras de que não vão sacrificar margem de lucro em prol do
consumidor.

Abaixo segue gráfico relativo ao primeiro semestre de 2012.

Figura 4: Inflação da Cerveja Belo Horizonte MG

1.1.5 Setor cervejeiro em Minas Gerais

Quem pensa que as melhores cervejas estão apenas na região Sul do Brasil pelo
fato da colonização alemã local que preserva a cultura de seus antecedentes, muito
se engana. Um grande exemplo disto é Minas Gerais, considerada a Bélgica
brasileira. A fama é tanta que o estado possui reconhecimento a nível internacional.
No Brasil, a Nielsen divulgou um crescimento de 3,5% no segmento de cervejas da
categoria Premium nos últimos cinco anos. Esse fenômeno é capaz de movimentar
cerca de R$ 1,4 bilhão ao ano. Neste parâmetro, Minas Gerais possui em torno de
30 fábricas de cerveja, das quais 24 são micro cervejarias. Somam-se a elas, mais
aproximadamente 180 produtores caseiros, aglutinados na associação Acerva
Mineira. Considerando apenas as microcervejarias, hoje, são produzidos cerca de
um milhão de litros de cervejas especiais, a maioria na Grande BH.

As produções artesanais locais já ganharam prêmios nacionais e internacionais. Em


2013, por exemplo, a Wäls Bohemia Pilsen, produzida na capital Belo Horizonte,
ganhou o título de Cerveja do Ano no Festival Brasileiro da Cerveja de Blumenau,
Santa Catarina. Lá fora, ela ganhou títulos no Superior Taste Award, da Bélgica, e
no South Beer Cup, da Argentina.

Um grande diferencial das cervejas encontradas no estado é que, hoje, elas pararam
de seguir ao pé da letra a tendência alemã. Um exemplo disso é que algumas já
estão inserindo ingredientes brasileiros em sua fórmula com receitas criativas e
originais. Dentre eles estão itens como o chocolate, açúcar mascavo, coentro,
gengibre, raspas de laranja da terra e capim-limão. Algumas também são maturadas
em barris de umburana, aqueles usados no envelhecimento de cachaça, para dar
um aroma especial à bebida.

Em Belo Horizonte encontram-se as cervejas mais reconhecidas de Minas Gerais,


tais como: Krug Bier, Wäls, Backer e com isso o turismo cervejeiro na capital mineira
e entorno vem crescendo à medida que o mercado de cervejas artesanais aquece.

Não restam dúvidas de que a cerveja encontrou em Belo Horizonte um cenário ideal
para sua expansão, dada a cultura do boteco da cidade. Mas as possibilidades não
se encerram por aí. A difusão da cultura cervejeira demanda que as fábricas tenham
estrutura para recebimento de visitantes e a cidade já oferece roteiros estruturados
de visitação turística às cervejarias.

De acordo com o presidente da Belotur, Mauro Werkema, o Pólo das Cervejas


Artesanais integra mais uma opção de fomento ao turismo e à economia da capital
mineira. “Aplica-se a Belo Horizonte o conceito de “economia criativa”, em que
predominam atividades econômicas baseadas na criatividade, na inovação, na
tecnologia e no conhecimento. E a produção das cervejas se enquadra nessa
categoria. Nossa meta é incentivar o turista a conhecer a culinária de nossa cidade,
apreciar o modo de produção e os sabores dessa bebida que tanto agrada ao
turista”, destacou Werkema.

Em uma parceria da Belotur com a Associação Brasileira dos Agentes de Viagens


(ABAV-MG) um roteiro turístico já está sendo comercializado e à disposição do
público apreciador da bebida. A empresa Libertas Receptivo oferece o Tour de
Cervejas Artesanais e o Beer Tour –roteiros turísticos em Belo Horizonte e entorno que
exploram todas as possibilidades da cerveja artesanal, levando o visitante às
microcervejarias da capital e região e também aos bares e lojas especializadas. De
acordo com Fernanda Fonseca, diretora da empresa, o público de interesse no
segmento é crescente e está em permanente busca de novas experiências. “A
cerveja artesanal vem complementar a oferta da tradicional gastronomia mineira que
é tão apreciada pelos públicos nacional e estrangeiro”, destaca Fonseca.

Ocupando, hoje, o segundo lugar em produção de cervejas artesanais do país,


Minas Gerais já produz 55 dos 120 estilos existentes no mundo. Segundo Cristiano
Lamego, superintendente executivo do Sindicato das Indústrias de Cerveja e
Bebidas em geral do Estado de Minas Gerais – SindBebidas - as cervejarias
mineiras estão se destacando porque oferecem ao mercado uma grande variedade
de estilos de cerveja. “Essa diversidade é uma das principais características do
movimento microcervejeiro de Minas Gerais”, diz Lamego. E completa: “Temos
produtores investindo em pesquisa e inovação. ”

Há dois anos, Rodrigo Lemos faz roteiros mensais e visita as principais cervejarias
de Belo Horizonte e região como forma de atender a essa demanda, que vem
crescendo à medida que o mercado de cervejas artesanais se aquece.

Lemos também foi o organizador do Beer Tour, primeira iniciativa de turismo


cervejeiro em Belo Horizonte, em 2011. Segundo ele as cervejarias de Belo
Horizonte já receberam vários prêmios em conceituados concursos internacionais de
cerveja. “Elas produzem vários estilos de cerveja, de inspiração belga, alemã,
inglesa e americana, que são as quatro grandes escolas cervejeiras mundiais”,
explica Lemos.

1.1.6 A Global Craft Beverages

A Global Craft Beverage (GCB) é uma Holding de empresa com sede em Portugal,
cujo negócio principal é a fabricação de azeitonas especiais. A Holding possui vários
negócios voltados para o ramo de alimentação e bebidas.

Dando continuidade ao plano de expansão empresarial, iniciado em 2010 com


implantação da 1ª fábrica fora da Europa, na Argentina, e aproveitando o
crescimento da demanda nos últimos 10 anos no ramo de bebidas, mais
precisamente o da cerveja, a Global Craft Beverage contratou a SIXPLAN para fazer
o estudo da viabilidade e elaboração de projeto Conceitual para a implantação de
uma fábrica de cervejas artesanais no Brasil.

Figura 5: Organograma Global Craft Beverages


1.1.7 A SIXPLAN

A SIXPLAN é uma empresa de engenharia que possui seu core business voltado
para a consultoria, planejamento e gestão de projetos industriais.

Fundada no ano de 2012, é composta em sua sociedade por um diretor, uma equipe
de 60 engenheiros especialistas com formações distintas sudvididos entre as áreas
técnicas e gerenciais, e ainda com um corpo administrativo e de suporte de 30
colabores. A SIXPLAN atua em elaboração e gestão de projetos desde a fase de
viabilidade até projetos tipo EPCM.

Em seu breve currículo, a SIXPLAN possui projetos como Projeto básico e detalhado
da Duplicação BR116 Norte Lote 3 – BA; EPCM Implantação Industrial Mina Bauxita
Paragominas, Viabilidade e Conceitual para implantação da fábrica de sapatos em
Passo Fundo/RS, entre outros.

Figura 6: Organograma SIXPLAN


1.1.8 O Projeto
1.1.8.1 Localização

O Projeto da Cervejaria Artesanal da Global Craft Beverages no Brasil será


implantado na cidade de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, na rua Divino
Mestre, número 92, no bairro Olhos D'Água, em um terreno sem nenhuma instalação
ou construção.

O terreno possui área total igual a 1440 m² e dimensões conforme figuras abaixo. No
terreno vizinho do lado esquerdo existe uma empresa de aluguel de andaimes, mas
no terreno vizinho do lado direito não há nenhuma instalação em funcionamento.

De acordo com o Mapa de Zoneamento da Prefeitura de Belo Horizonte, a região do


bairro Olhos D`Água (ver ANEXO A) é caracterizado como Zona de Grandes
Equipamentos (ZE). Ou seja, trata-se uma região ocupada ou destinada a usos de
especial relevância na estrutura urbana, nas quais é vedado o uso residencial, e é
ideal para um empreendimento como uma cervejaria. A taxa de permeabilidade
mínima exigida nesse tipo de zoneamento é de 20% da área total do terreno, o que
permite que a construção ocupe, em projeção, aproximadamente 960 m², já
descontados os afastamentos frontais e laterais mínimos. Além disso, A ZE também
tem o maior Coeficiente de Aproveitamento Máximo (CAm = 8) entre todos os outros
tipos zoneamento, o que significa a possibilidade de construção de uma área
equivalente a oito vezes a área do terreno.

Figura 7: (a) Terreno da GCB visto por cima. (b) Dimensões do terreno.
Fonte: Google Maps. 2015.
Figura 8: Terreno da GCB indicado por seta. Bairro Olhos D`água à frente
(parte inferior da figura) e vista para outras regiões de Belo Horizonte.

Fonte: Google Maps. 2015.

Figura 9: Terreno da GCB no bairro Olhos D`água e rodovias federais BR-040 e


BR-356 próximas. Os números 1 e 2 indicam as vias coletoras no bairro.

Fonte: Google Maps. 2015.


1.1.8.2 Capacidade Produtiva

Tratando-se de uma cervejaria que irá atender um mercado regional, a empresa


será de médio porte, levando-se em conta o tamanho de outras cervejarias do
estado de Minas Gerais. Estima-se uma produção de 40 mil litros por mês de
cerveja.

1.1.8.3 Público Alvo

O público alvo que se almeja atingir com a cerveja artesanal que será produzida na
nova instalação da Global Craft Beverages (GCB) pertence às classes A e B,
embora seja previsto ampliar no longo prazo o consumo inclusive para as outras
classes.

Por ser artesanal, produzida em menor escala, a cerveja da GCB é uma cerveja
premium e busca um público disposto a pagar mais caro por um produto de maior
qualidade e exclusividade.

1.1.8.4 O produto

A cerveja artesanal a ser fabricada é do tipo Larger, estilo Pilsen, de teor alcoólico
igual a 4,7%, baixa fermentação, moderadamente amarga e levemente encorpada.
De coloração clara, o produto contém como matérias-primas água, malte de cevada,
levedura, lúpulo amargor e aromático, e será comercializado em garrafas tipo
longneck de 355 mL de design e rótulo originais. O preço do produto estará dentro
da média praticada pelo mercado de cervejas artesanais premium (ver APÊNDICE
D)

1.1.8.5 Promoção

O estudo de promoção do produto para atingir o público alvo e tornar a marca


conhecida será feito pela equipe de marketing da GCB. A promoção se dará,
basicamente, através de eventos específicos e de parcerias com bares e
restaurantes cuidadosamente selecionados e/ou criados.

1.1.8.6 Logística para recebimento e distribuição

A localização do terreno no bairro Olhos D`água facilita o recebimento de matérias-


primas e o escoamento do produto, uma vez que o transporte por caminhão pode
ser feito pela BR-040 e pela MG-030, que conectam grandes centros e onde o
tráfego de veículos é mais rápido.

A distribuição da cerveja artesanal, produto final da cervejaria que se pretende


comercializar, também ganha vantagem pela posição estratégica do local de
implantação. A BR-356 permite o escoamento para o interior da cidade de Belo
Horizonte e seus inúmeros bairros e o terreno da futura instalação também está
próximo de bairros nobres da cidade de Belo Horizonte, como o Belvedere, e de
regiões da cidade de Nova Lima. Estes lugares representam alto potencial de
aceitação do produto e o transporte até eles seria rápido e eficiente. Além disso, as
vias de ligação reginal BR-040 e a MG-030 favorecem o transporte da cerveja para
outras cidades ao entorno de BH, como Contagem, Betim, Ibirité, Itabirito, Nova
Lima como um todo, entre outras, os quais caracterizam possíveis mercados de
distribuição.

Com relação às matérias-primas, a água utilizada no processo será fornecida pela


COPASA MG (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) tendo que passar por
um tratamento na instalação da fábrica para que fique com o pH correto, entre
outras adequações. A cervejaria da GCB também contará com um poço artesiano
para eventuais necessidades de abastecimento próprio. O malte será obtido através
de uma empresa produtora de malte localizada no estado do Paraná e as demais
matérias-primas obtidas através de distribuidores em Minas Gerais.
Figura 10: Localização do terreno da GCB e outras referências ao entorno.
Fonte: Google Maps. 2015.

1.2 Gerenciamento de Projetos


1.2.1 Estilo organizacional do Projeto – SIXPLAN

Para o projeto, a SIXPLAN adota a estrutura matricial será adotada a fim de


estabelecer o fluxo de informações vertical de cada funcionalidade com um fluxo
horizontal para cruzar todas as funções e, assim, garantir a qualidade da decisão no
caso de conflitos de interesses, o contato direto no lugar de burocracia e aumentar a
motivação gerencial.
Viabilidade e Projeto Conceitual - Cervejaria GCB

Diretor

Qualidade

Controle de Documentos

Engenharia Econômica

Processo Sistemas Mecânica Elétrica Civil Concreto Infraestrutura Arquitetura Tubulação

Equipe Equipe Equipe Equipe Equipe Equipe Equipe Equipe

Gerente do
Projeto

Engenheiro de
Planejamento

Figura 11: Organograma Projeto – SIXPLAN

1.2.2 Estilo Organizacional do Projeto – GCB

Para a fábrica, a estrutura organizacional da GCB será funcional. O fluxo de


informações será estabelecido verticalmente seguindo a ordem hierárquica assim, o
executivo chefe ficará em contato com todas as operações, simplificando os
mecanismos de controle com clareza nas definições de responsabilidades.

Figura 12: Organograma Projeto – GCB


1.2.3 Kick Off Meeting (KOM)

Para KOM, ver APÊNDICE A.

1.2.4 Termo de abertura do Projeto (TAP)

Para termo de abertura do Projeto, ver APÊNDICE B.

1.2.5 Estrutura Analítica do Projeto

Figura 13: Estrutura Analítica do Projeto

1.2.6 Partes interessadas

Para Planilha com a Relação e Avaliação (Matriz Alvo) de Stakeholders, ver


APÊNDICE C.
1.2.7 Tolerância a riscos

Após reuniões de brainstorming com a equipe de projetos juntamente com as partes


interessadas e algumas entrevistas com especialistas foi possível identificar os
riscos que podem causar impacto significante nos objetivos do projeto como escopo,
cronograma, custos e qualidade.

Analisando as premissas do projeto foi identificado dois riscos que podem afetar os
custos do projeto.

 O mercado de consumo está em decadência ao fim do projeto: Isso impacta


diretamente nas vendas do produto final da fábrica diminuindo os ganhos que
foram considerados na viabilidade econômica do projeto.
 Qualidade da água no local a ser implantado a fábrica não for favorável para
produção da cerveja: Isso implicaria na implantação de um projeto para tratar
e purificar a agua aumentando os custos do projeto.
 A GCB precisará subcontratar uma empresa que ficará responsável para
destinação dos resíduos gerados na produção da cerveja, os serviços
prestados por essa empresa deverão atender as questões ambientais
propostas, ao contrário disso a fábrica estará sujeita a advertência, multas e
até mesmo suspensão dos serviços sendo assim isso se torna um risco
grande para o projeto e que deve ser gerenciado durante toda a fase de
operação.

Portando a GCB não está disposta a tolerar que 40% desses riscos ocorra durante o
projeto pois dessa forma o projeto pode gerar prejuízos.
1.3 Questões Ambientais e de Saúde e Segurança no Trabalho
1.3.1 Resíduos gerados no processo e suas utilizações

Em relação ao consumo de recursos naturais, o setor cervejeiro caracteriza-se como


consumidor de grande quantidade de água, que, em geral, deve ser de excelente
qualidade. Além disso, pela natureza do processo produtivo da cerveja, os resíduos
sólidos são gerados principalmente nas etapas de filtragem, envase e tratamento de
água e efluentes líquidos. Dentre os principais resíduos gerados estão: grãos
usados constituídos de restos de casca e polpa dos grãos, misturados, em
suspensão ou dissolvidos no mosto.

Desta forma, pode-se dizer que os principais pontos de atenção em relação aos
impactos ambientais do setor cervejeiro são oriundos destas características, como a
geração de resíduos sólidos de etapas de filtração antes e depois da fermentação,
odores, geração de efluentes dos sistemas de refrigeração, etc.

A Figura abaixo traz os principais aspectos ambientais a serem considerados para


cada etapa do processo.

Figura 14: Estrutura Analítica do Projeto

1.3.1.1 Principais Poluentes

a. Resíduos Sólidos
No processo cervejeiro, os resíduos sólidos são gerados principalmente nas etapas
de filtragem, envase e efluentes líquidos. Os principais resíduos gerados são:

 Grãos usados: principal tipo de resíduo, em relação à quantidade gerada. São


os resíduos oriundos do aproveitamento do conteúdo dos grãos de malte,
constituídos de restos de casca e polpa dos grãos, misturados, em suspensão
ou dissolvidos no mosto.
 Excesso de levedura: durante o processo de fermentação as leveduras se
reproduzem, obtendo-se ao final do processo mais levedo do que se utilizará
na próxima batelada. Parte desta levedura é utilizada no preparo de nova
batelada, e parte pode ser vendida para a indústria alimentícia (padarias por
exemplo);
 Resíduos do envase: durante a etapa de envase existem dois tipos de
resíduos gerados:

o Pasta celulósica: composta dos rótulos removida na lavagem das


garrafas retornáveis, pode ser vendida a empresas de reciclagem de
papel;
o Garrafas quebradas, latas e tampas metálicas amassadas, plástico e
papelão originários de embalagens: podem ser segregados e vendidos
para as empresas de reciclagem;

b. Efluentes líquidos

A indústria cervejeira gera quantidades significativas de efluentes líquidos devido a


frequente necessidade de limpeza, seja de equipamentos, pisos ou garrafas.

Os efluentes líquidos são gerados principalmente nas etapas de lavagem de


garrafas, linhas e equipamentos como:

 Limpeza de caldeiras;
 Limpeza de tubulações;
 Limpeza de filtros;
 Limpeza de trocadores de calor;
 Limpeza de tanque leveduras;
 Limpeza de garrafas de vidro;
 Limpeza de pisos.

A divisão da geração de efluentes em cada etapa do processo varia intensamente


em volume e características. Por exemplo, a lavagem de garrafas gera grandes
volumes de efluente, mas com reduzida carga orgânica. No entanto, a fermentação
e filtragem geram apenas 3% do volume de efluentes, mas são responsáveis por
97% da carga orgânica total.

No que diz respeito à composição, os efluentes da indústria cervejeira apresentam,


usualmente, alto potencial de poluição pela sua carga orgânica, teor de sólidos em
suspensão e presença de fósforo e nitrogênio.

c. Emissões atmosféricas

A principal fonte de emissões atmosféricas de uma cervejaria são emissões de


gases de combustão, oriundas da caldeira de produção de vapor (CO, CO2, NOx,
SOx, hidrocarbonetos, etc), e material particulado. Conforme descrito abaixo:

 Emissão de CO2: gerado em grande quantidade durante a fermentação e


poderá ser vendido excedente a outras plantas
 Emissão de poeira: proveniente do recebimento e transporte de malte, gritz, e
outras matérias-primas;
 Odor: Na fervura do mosto, entre 6 e 10% do mosto é evaporado, emitindo
além de vapor d’água diversos compostos orgânicos, fazendo deste processo
a principal fonte de odores do processo cervejeiro;

1.3.2 Certificação Ambiental

A ISO 14.000 é a melhor opção e serve como espelho para as empresas que
querem adotar em sua estrutura organizacional o modelo de empresa sustentáveis e
ambientalmente envolvidas. A SIXPLAN indica para a GBC a organização e o
acompanhamento de forma legal aos procedimentos e meios ligados a gestão
ambiental com a utilização da metodologia de Sistema de Gestão Ambiental (SGA)
para garantia deste certificado. Com isso, espera-se que a empresa trabalhe de
forma mais organizada e correta no manejo dos recursos ambientais.

A implantação do SGA ajuda as empresas a manter a política ambiental adequada


às normas estabelecidas por lei. Daí se explica a procura por parte dos investidores,
compradores, clientes e até mesmo da sociedade, em buscar no mercado empresas
que tem respeitado o meio ambiente e, consequentemente a limpeza.

A questão ambiental é um assunto atual que vem sendo muito discutido no mercado
nacional e internacional. Por motivo da necessidade de escassez de recurso
naturais e por pressões de ecologistas, da sociedade e do próprio governo as
empresas vêm adotando de forma obrigatória a questão ambiental que passou a ser
um grande diferencial dentro do mercado competitivo.

Neste sentido, as empresas passaram a gerenciar as matérias-primas que estão


sendo retiradas do meio ambiente de forma mais controlada, e em decorrência disto
a contabilidade passou a ser uma das peças utilizadas pelos gestores na busca da
maior produtividade sem degradar ou desperdiçar recursos do meio ambiente e uma
dessas ferramentas utilizadas pela contabilidade dentro das empresas e o SGA
(Sistema de Gestão Ambiental) que busca minimizar os danos ambientais e reduzir.

Para se obter a ISO 14000 as organizações precisam passar por uma rigorosa
inspeção para sua instalação, e, além disso, há também uma fiscalização periódica
para que não se saia do padrão e a empresa mantenha a sua certificação.

Dentro do mercado competitivo isso é de fundamental importância, pois as


empresas que obtém desta certificação tem uma maior credibilidade não só no
mercado interno como no externo, conseguem obter melhores resultados quanto ao
seu processo produtivo, além de merecer por parte de todos, o reconhecimento de
se apresentar como uma organização que trata com seriedade e respeito ao meio
ambiente.

1.3.3 Normas de Meio Ambiente e Segurança do trabalho

Abaixo, a SIXPLAN lista as normas, documentos e licenças que deverão ser


elaborados para durante a elaboração da fase de projetos:
 Plano Diretor do Município de Belo horizonte: dará os parâmetros urbanísticos
que deverão ser seguidos. É ela que define a área máxima que pode ser
construída, assim como a Taxa de Ocupação do terreno e a Taxa de
Permeabilidade do terreno. Ela deve ser seguida para que o projeto executivo
consiga o Alvará de Construção junto à Prefeitura;
 Código de Obras: é o que define os parâmetros construtivos de uma
edificação;
 NBR 9050/2004: esta Norma regulamenta a acessibilidade a edificações,
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos;
 Instruções Técnicas (IT) do Corpo de Bombeiros de MG: no caso de projeto,
as ITs a serem atendidas são a IT-07 (sobre Compartimentação Horizontal e
Vertical da edificação), IT-08 (sobre Saídas de Emergência), IT-13
(Iluminação de Emergência).

Outras licenças importantes para o início da execução do projeto são: a Licença


para Remoção de Árvores, aprovação do Projeto de Terraplenagem, aprovação da
Licença de Movimentação de Terra e previsão de localização para o bota fora de
terra e entulhos.

É ainda de suma importância que a NR-18, que dispõe sobre as normas de


Condições de Trabalho na Indústria, sejam seguidas.

1.3.4 Tratamento dos resíduos

A produção da cerveja gera efluentes e resíduos orgânicos sólidos que demandam


adequado tratamento - neste ponto, as estações especializadas para destinação
destes materiais se enquadram como opção interessante para as industriais
artesanais, além de alternativa ambientalmente correta.

Tratar os efluentes da cervejaria é vital para a segurança e a manutenção de um


ambiente limpo, e esta importância se evidencia ainda mais quando considerado que
os processos de fabricação da bebida utilizam a água como matéria-prima. A maior
parte das indústrias de bebidas não tratam seus resíduos, e estes são descartados
em rios, nas estações de tratamento municipais ou uso no campo.
No entanto, a escolha por fazer o tratamento no próprio local de produção muitas
vezes gera inúmeras dificuldades, principalmente no caso de obstáculos referentes a
espaço físico e qualificação para tratamento dos efluentes. A terceirização dos
serviços de transporte e tratamento, neste sentido, é uma solução eficiente que vai
de encontro às necessidades dos empreendedores: encaminhando o material
residual para empresas especializadas, eles deixam de se preocupar com fatores
como espaço para armazenamento, dificuldade para tratar os efluentes, contratação
de mão de obra qualificada e efetivamente dedicada ao processo e também a
questão de áreas frágeis para o lançamento destes materiais.

Vantagens da terceirização do tratamento de efluentes advindos da produção de


cerveja:

 Excelente custo-benefício;
 Foco no segmento de atuação;
 Destino legal e ambientalmente correto.

1.4 Administraçao de Contratos

Considerando que o escopo do projeto está bem definido por parte da GCB, a
SIXPLAN sugere dois tipos de contratos que melhor podem atender a GCB nas
próximas etapas do projeto.

São os modelos Preço Global (Lump sum) para contratação da engenharia básica e
Engineering Procurement Construction (EPC) para a engenharia detalhada e
implantação do projeto.

No modelo Preço Global para contratação da engenharia básica será fechado um


valor fixo para um produto bem definido. Neste tipo de contrato a contratante terá
menos trabalho para gerenciar o projeto sendo que se já conhece o preço total antes
do início do trabalho o que serve de incentivo para o fornecedor controlar os custos.

Na modalidade de contratação EPC a principal característica é que a


responsabilidade pela engenharia, aquisição e construção ficam a cargo da
contratada sendo tudo realizado com recursos próprios, os riscos de funcionamento
e integração das partes também são de responsabilidade da contratada, ou seja, a
contratada deve entregar a obra pronta e em funcionamento assumindo todos os
riscos pertinentes ao projeto. A função da GCB nesse modelo de contrato seria
apenas acompanhar o andamento do projeto e garantir que o mesmo será entregue
dentro do cronograma previsto.

Embora a SIXPLAN entenda que esses modelos de contrato são os mais indicados
para as próximas etapas do projeto a decisão de escolha fica a critério da GCB.

1.5 Análise Técnica


1.5.1 Processo de Fabricação

A partir de estudos técnicos, de mercado e demandas da GCB, a instalação da


cervejaria deverá contar com uma instalação que permita uma capacidade de
produção máxima igual a 40 mil litros de cerveja por mês.

1.5.1.1 Insumos utilizados

Em geral, para a produção de cerveja, consome-se aproximadamente 15 kg de


malte e adjunto por hectolitro de cerveja, sendo que para a maior parte das cervejas
o percentual de adjunto não ultrapassa 30% deste total.

a. Matérias-primas
i. Água

Um dos componentes mais importante da cerveja é a água. Para o processo de


fabricação requer formas de tratamento, independentemente de onde seja sua fonte
(rede de distribuição ou poço artesiano local). É necessário, portanto, que sejam
feitas análises e correções químicas, de cor, turbidez, dureza, pH, entre outras antes
de sua utilização para que não afete a qualidade e padrão definidos para o produto
final.
ii. Malte de cevada

O malte é um produto que resulta da germinação artificial e posterior dessecação da


cevada. Para sua produção numa maltaria, os grãos são primeiramente analisados e
preparados, passando por um teste de qualidade, no qual são medidos tamanho,
teor de proteína, umidade e porcentagem de germinação. Depois são encaminhados
para a produção de malte efetivamente. As etapas seguintes são a maceração e
germinação. Nelas, os grãos são lavados, recebem água e oxigênio e são colocados
num ambiente com umidade e temperatura controlados, onde vão germinar. Esse
processo dura quatro a seis dias. Finalizado, são submetidos à secagem e
torrefação. Desse modo, quando os grãos atingem os teores da germinação, é
necessário secar para interromper a atividade biológica no grão. Dependendo da
intensidade desse processo, o malte pode assumir colorações e aromas
característicos de cada tipo de cerveja.

iii. Levedura

A levedura é o micro-organismo responsável pela fermentação em cerveja. Ela é


responsável por metabolizar os açúcares extraídos a partir de grãos, o que produz o
álcool e dióxido de carbono, e, assim, se transforma o mosto em cerveja. Além de
fermentar a cerveja, a levedura influencia o caráter e sabor.

iv. Lúpulo

A flor do lúpulo que é utilizado na fabricação da cerveja da GCB é da espécie


vegetal Humulus lupulus. A planta é dioica, ou seja, possui os sexos separados, mas
somente as flores da planta fêmea são utilizadas como ingredientes da bebida.
Nessas flores, existem glândulas amareladas entre as pétalas, chamadas lupulinas,
que produzem resinas e óleos que são responsáveis pelo aroma e amargor que é
conferido à cerveja.

v. Outros insumos

Alguns valores de referência para produtos auxiliares são:


 Soda cáustica: 0,5 a 1,0 kg (30% NaOH) / hl cerveja, dependendo da
eficiência das lavagens realizadas;
 CO2: o consumo de CO2 de uma cervejaria depende do tipo de envase, além
de outras possíveis perdas de gás após a carbonização no processo
produtivo, mas em geral este se situa entre 3 e 4 kg/ hl de mosto valor em
geral menor do que a produção de CO2 pela fermentação; e
 Produtos químicos: na produção de cerveja é utilizada uma ampla gama de
produtos químicos, principalmente ácidos, soda e detergentes para as etapas
de lavagem; hipoclorito ou outros produtos para desinfecção; cola para os
rótulos; lubrificantes e óleos hidráulicos para as máquinas; fluidos de trabalho
para os sistemas de refrigeração; e aditivos para o produto (antiespumantes,
conservantes, etc).

b. Utilidades
i. Energia

Na indústria cervejeira, consome-se energia em duas formas basicamente: calor de


processo, na forma de vapor, e energia elétrica.

No que diz respeito ao consumo de energia na forma de calor, tem-se que uma
cervejaria trabalhando de modo otimizado consome cerca de 150- 200 MJ/ hl
cerveja.

As principais etapas em consumo de calor numa cervejaria são:

 Preparação do mosto;
 Fervura do mosto (etapa de maior consumo);
 Limpeza (CIP) e desinfecção;
 Lavagem de garrafas e barris; e
 Pasteurização.

Os principais usos de eletricidade numa cervejaria são:

 Envase;
 Instalações de refrigeração;
 Planta de ar comprimido;
 ETE; e
 Equipamentos de ar condicionado.

ii. Água

A relação “consumo de água/ produção de cerveja” varia de modo bastante


significativo conforme o porte das instalações, sendo que a tendência geral é que
quanto menores as instalações, maior o consumo relativo.

As etapas que apresentam o maior consumo de água nas cervejarias são o


resfriamento e lavagem. De modo bastante genérico, tem-se que o consumo total de
água numa cervejaria varia entre 4 e 10hl de água/hl de bebida.
1.5.1.2 Fluxograma do Processo de Fabricação

Figura 15: Fluxograma do processo de fabricação.


a. Brassagem ou Mostura

Primeira etapa de fabricação, a mostura dura entre 2 a 5 horas para extração dos
açucares fermentáveis, entre outros do malte. O malte é moído e misturado com
água quente que fica em uma temperatura de 65ºC. Após esta etapa, é retirada a
água rica em açucares, e o malte moído é lavado, resultando em um líquido
chamado de mosto.

b. Fervura

O mosto é filtrado para eliminar o malte. A fervura esteriliza o sabor da cerveja.


Nesse ponto, é adicionado o lúpulo, que dá sabor amargo e aromas florais e herbais
à cerveja.

c. Fermentação

O processo seguinte à fervura é a fermentação. Esta etapa gasta de 5 a 10 dias em


uma temperatura de 16 a 21ºC, embora varie de acordo com o tipo de cerveja. O
mosto é mantido em tanques onde o fermento específico é adicionado e transforma
o açúcar em álcool e gás carbônico. No fim, os sedimentos são separados e a
mistura se torna a cerveja propriamente dita.

d. Maturação

Nessa fase, a cerveja é finalizada, aroma, sabor e corpo são concluídos e


substâncias indesejadas são eliminadas. A maturação costuma levar de seis a 30
dias, em razão do tipo de fermento e do toque pessoal do cervejeiro.

e. Envase e pasteurização

A cerveja é filtrada para ficar transparente e brilhante, e depois é envasada. Então o


produto é submetido à pasteurização. Nesse processo, a cerveja é aquecida até
60ºC e resfriada até chegar à temperatura ambiente.

1.6 Análise Econômica-Financeira


1.6.1 Investimentos
1.6.1.1 Terreno
No terreno, cuja propriedade já é da holding GCB, será necessário a execução de
obras de terraplanagem para a implantação da fábrica. O custo será de R$
30.000,00. O terreno tem boa localização e completo acesso a serviços de energia
elétrica, água e esgoto.

1.6.1.2 Máquinas

 Cervejaria completa composta de Moinho de Malte, Plataforma, Painel de


Comando, Tanque de Água Quente, Tanque de Brassagem/ Cozimento/
Whirlpool, Tanque de Filtragem, Unidade de Resfriamento, Aerador de Mosto,
Bomba Trasfega, Tanques de Fermentação/Maturação, Conjunto de
Refrigeração do Mosto, e conjunto de Refrigeração dos Tanques.
 Filtro de Cerveja
 Enchedora de Garrafas Automática 6 Bicos
 Pasteurizador de Cerveja

A proposta em questão estima entrada de 20% e 80 % financiado. Existem linhas no


BNDES como FINAME, que é a forma mais barata de conseguir recursos para
alavancar o projeto, haja visto que é um financiamento subsidiado pelo governo.
Porém de forma conservadora, provisionamos o financiamento pelos juros da taxa
SELIC, em 14,25% a.a.

1.6.1.3 Estação de tratamento

Será utilizada uma estação de tratamento pré-fabricada para destinação dos


resíduos finais que após o tratamento serão vendidos para empresas locais.

O custo de aquisição será de R$ 95.000,00 sendo 30% de entrada e 70%


financiados em 24x pela taxa de juros básica Selic 14,25% aa.

1.6.1.4 Construção Civil e Instalações

Está previsto um custo médio de R$1.500,00/m2 para construção civil e instalações


prediais. E ainda o custo de R$ 100.000,00 para a instalação eletromecânica,
instrumentação e comissionamento da fábrica.

1.6.1.5 Móveis e utensílios


Foi previsto despesas iniciais com montagem do escritório e acessórios no valor de
R$ 10.810,00.

1.6.1.6 Licenças e regularizações

Foi provisionado o valor de R$10.000,00 para despesas com regularizações e


licenças pré-operacionais.

1.6.2 Orçamento

SIX PLAN
CLIENTE: GCB - GLOBAL CRAFT BEVERAGES
OBJETO: PROJETO MICROCERVEJARIA
MÊS DE REFERÊNCIA : JULHO/2015
ORÇAMENTO PARA IMPLANTAÇÃO
PREÇO
QUANTIDADE
ITEM DESCRIÇÃO Unid. Unit.(R$) Total (R$)
1 Máquinas e Equipamentos de Produção R$ 1,074,750.00
1.1 Microcervejaria completa 40.000 lts. unid. 1 720,750.00 R$ 720,750.00
1.2 Filtro de cerveja unid. 2 57,000.00 R$ 114,000.00
1.3 Enchedor de garrafa automático 6 bicos unid. 2 87,000.00 R$ 174,000.00
1.4 Pasteurizador de cerveja unid. 2 33,000.00 R$ 66,000.00

2 Infraestrutura, Instalações e outros R$ 328,500.00


2.1 Terraplanagem terreno vb 1 30,000.00 R$ 30,000.00
2.2 Arquitetura, Construção Civil e instalações m2 120 1,500.00 R$ 180,000.00
2.3 Poço artesiano c/ outorga Vb 1 18,500.00 R$ 18,500.00
2.4 Instalações eletromecânicas, instrum. e comission. Vb 1 100,000.00 R$ 100,000.00

3 Móveis e utensílios R$ 10,810.00


3.1 Computador Unid. 3 1,500.00 R$ 4,500.00
3.2 Telefone Unid. 2 200.00 R$ 400.00
3.3 Interfone Unid. 1 500.00 R$ 500.00
3.4 Roteador Unid. 1 150.00 R$ 150.00
3.5 Mesa Unid. 4 400.00 R$ 1,600.00
3.6 Cadeira Unid. 12 180.00 R$ 2,160.00
3.7 Material de escritório Vb 1 1,500.00 R$ 1,500.00

4 Licenças e regularizações vb 1.00 10,000.00 R$ 10,000.00

5 ET- Estação de tratamento vb 1.00 95,000.00 R$ 95,000.00


Considerações:

Total Geral R$ 1,519,060.00

Figura 16: Orçamento do Projeto.


1.6.3 Índices
1.6.3.1 Capital de giro

Com todos os custos, preço e demanda estimados é possível fazer uma previsão de
fluxo de caixa e estabelecer exatamente qual será mês em que o caixa necessitará
de maior cobertura, sendo que este valor será a necessidade de capital de giro que
vai compor o investimento. Desta forma o investimento inicial será de R$
750.000,00, a ser pago com carência de 12 meses só os juros e a partir de então
juros + amortização em 24 x com taxas baseada na Selic atual de 14,25% a.a,

1.6.3.2 Valor Presente Líquido

A análise do valor do VPL calculado indica viabilidade para o projeto pois seu valor
positivo foi de R$ 4.181.530,75 para TMA indicada como SELIC de 14,25% aa. ou
1,19% a.m.

1.6.3.3 Taxa interna de retorno

A taxa interna de retorno é a taxa que tornaria o VPL igual a zero, se fosse a

taxa mínima de atratividade. A TIR calculada foi de 10% a.m. Esta taxa interna de
retorno está bem acima da Taxa de atratividade estipulada, que era de 1,19 %a.m.,
o que torna o negócio viável com ampla margem. Além disso, 10% a.m é uma taxa
bem acima das usualmente encontradas no mercado, tornando- se uma grande
oportunidade de negócio.

1.6.3.4 Payback descontado

O payback descontado revela o ano em que o investimento retorna para o investidor


levando em consideração valores descontados a uma taxa mínima de atratividade. A
TMA estipulada foi de 1,19%a.m. O payback encontrado foi de aproximadamente 15
meses (14,97).

1.6.4 CPU

A Composição de Preços Unitários está detalhada no APÊNDICE D.

1.6.5 BDI

Para BDI sobre custo e sobre faturamento ver APÊNDICE E, abaixo o BDI resumo.
Figura 17: Planilha de BDI.

1.6.6 Fluxo de Caixa

O Fluxo de Caixa e o Payback descontado está detalhada no APÊNDICE F.

1.6.7 Orçamento da Cervejaria

O orçamento para a cervejaria da GCB está detalhado no APÊNDICE P.


2. Planejamento de Projetos

2.1 Cronograma, LD e Critério de Medição


2.1.1 Cronograma

Para Cronograma, ver APÊNDICE G.

2.1.2 Lista de Documentos

Para Lista de Documentos do Projeto, ver APÊNDICE H.

2.1.3 Critério de medição

Os critérios de medição e forma de pagamentos são os apresentados abaixo:

Figura 18: Critérios de Medição.

Após a emissão final com atendimento a comentários feitos pela GCB a aprovação
não deve ultrapassar 10 (dez) dias. Após esse prazo os documentos serão
considerados liberados para faturamento.

2.1.4 Critérios de Projeto e Normas Específicas

A fabricação de tanques inox pequenos/reservatório de água pressurizado e tinas de


fermentação serão feitos respeitando os parâmetros mínimos da Norma ASME,
capítulo 8, Divisão 1 - Boiler and Pressure Vessel Code - Rules for Construction of
Pressure Vessels.

A fabricação de tanques inox maiores /reservatório de água serão seguirá os


parâmetros mínimos da Norma Base API 650 - Welded Steel Tanks for Oil Storage
(Tanques de aço soldados para Armazenamento de petróleo).

Válvulas, respiros e equipamentos menores terão garantia de funcionamento dos


fornecedores e sua fabricação seguirá normas específicas dos fabricantes.

2.1.5 Matriz de Responsabilidades

A Matriz de reponsabilidade do Projeto está apresentada abaixo:


Recursos Humanos Necessários
(R)esponsável pela execução

Engenheiro de Planejamento

Engenheiro de Sistemas

Coordenador disciplica
Controle Documentos
Engenheiro Mecânico
Engenheiro Químico

Engenheiro Elétrico
Gerente de Projeto
Responsável pela (A)provação

Engenheiro Civil

Arquiteto
Qualidade
(C)onsultado

(I)nformado

ID Tarefa
1 Termo de Abertura do Projeto C/A R/C I I I I I I I I I
2 Normas de Coordenação C/A R I
3 Elaboração do cronograma A R C C C C C I C C C
4 Lista de documentos A R C C C C C I C C C
5 Critérios de Projeto de Processo A R C I I I C I C C I
6 Fluxograma de Processos A I R I I I C I I C I
7 Fluxograma de Engenharia A
8 Balanço de Massa A I R I I I I I I C I
9 E.T de equipamentos do processo A I C R I C C I I C I
10 F.D de equipamentos do processo A I C R I C C I I C I
11 Relatório Tecnico Final
12 Diagrama Unifilar A I I C I R I I I I I
13 Estudo de Cargas e Demanda
14 Lista de equipamentos tecnicos A I C R C C C I I C I
15 Critérios de Projeto A R C C C C C I I I I
16 Fluxograma de Engenharia (ar e agua) A I C R I I I I I C I
17 Balanço de agua e ar
18 Rotas basicas de tubulação A I I R C I C I I I I
19 Lista preliminar de materias de tubulação A I C R I I I I I I I
20 E.T de materiais de tubulação A I C R I I I I I I I
21 E.T de equipamentos (bombas e compressores) A I C R C C C I I C I
22 F.D de equipamentos (bombas e compressores) A I C R C C C I I C I
23 Arranjo mecânico A I C R C C C I I I I
24 Lista de equipamentos mecânicos A I I R C C I I I C I
25 Planilha de Quantidades (Concreto, Infra, Estruturas metalicas, Arquitetura) A I C C R C C I I C R
26 Análise Econômica A R C C C C C I I C C
27 Desenvolvimento do relatório tecnico e econômico

Figura 19: Matriz de Responsabilidades - SIXPLAN.

2.2 Saídas (resultados) do Planejamento do Projeto


2.2.1 Norma de Coordenação

Para Norma de Coordenação do Projeto, ver APÊNDICE I.

2.3 Curva S Física e Financeira

Para Curva S Física e Financeira, ver APÊNDICE H.


2.4 SIGP – Sistemas Informatizados para Gestão de Planejamento
2.4.1 Microsoft Project

Figura 20: Tela de visualização de atividades e Gráfico de Gantt no MS Project.

Microsoft Project é um software de gestão de projetos produzido pela Microsoft.


Possui recursos relacionados à gestão de projetos. São vários os focos do
Programa: tempo (datas, duração do projeto, calendário de trabalho), Gráfico de
Gantt, modelo probabilístico (para cálculos relacionados a planejamento), Diagrama
da Rede, Custos (fixos, não fixos, outros), utiliza tabelas no processo de entrada de
dados, permite uso de subprojetos, possui recursos para agrupar, filtrar e classificar
tarefas e um conjunto padrão de relatórios.

O cronograma desenvolvido pela SIXPLAN para o acompanhamento e controle do


Projeto Estudo de Viabilidade e Projeto Conceitual para implantação da Cervejaria
Artesanal – GCB foi criado através dessa ferramenta.

2.4.1.1 Timesheet

Na SIXPLAN, utiliza-se um software para apropriação de horas das atividades


realizadas durante o desenvolvimento de todos projetos. Esse software foi
desenvolvido em 2009 exclusivamente para a empresa e já passou por 3
reprogramações desde então. O software permite registrar com facilidade as horas
utilizadas pelos colaboradores em cada atividade de cada projeto no qual participam,
e possibilita, dessa forma, controlar o banco de horas e o esforço em horas
dispendido para cada documento elaborado ou em elaboração.

2.4.1.2 AutoCAD

Figura 21: Tela de visualização de atividades e Gráfico de Gantt no MS Project.

AutoCAD é um software do tipo CAD — Computer Aided Design ou desenho


auxiliado por computador - criado e comercializado pela Autodesk, Inc. desde 1982.
É utilizado principalmente para a elaboração de peças de desenho técnico em duas
dimensões (2D) e para criação de modelos tridimensionais (3D).

Na SIXPLAN, todos os desenhos técnicos das disciplinas Arquitetura, Civil,


Mecânica, Elétrica, Tubulação e Metálica são elaborados através desse software.

2.5 Comunicação em Projetos

Para Plano de Comunicação do Projeto, ver APÊNDICE J.


3. Planejamento da Execução e Integração dos Projetos de Engenharia

Para Norma de Execução de Projeto, ver APÊNDICE L.

Para Norma de Planejamento e Controle de Projeto, ver APÊNDICE M.

3.1 VIP’s Utilizadas no Projeto

3.1.1 VIP (Value Improvement Practices)

É uma metodologia sistêmica, feita através de um processo formal e documentado,


e que visa a otimizar o valor dos empreendimentos. Através das VIPs são
levantadas e desenvolvidas alternativas em termos de soluções técnicas e
metodológicas para melhorar uma ou mais métricas de desempenho do projeto e
otimizar a relação custo x benefício.

Cada VIP possui uma abordagem específica para o ganho de real de valor e deve
ser utilizada de acordo com o tipo e natureza do empreendimento. Assim, é preciso
fazer uma escolha entre as várias VIPs disponíveis para saber qual ou quais devem
ser aplicadas em cada empreendimento, já que, em termos práticos, é preciso
priorizar e optar pelas VIPs que mais agregam valor. É obrigação das partes
interessadas fazer essa escolha, uma vez que tais escolhas estão diretamente
relacionadas aos objetivos estratégicos das empresas e do empreendimento.

Para o Projeto “Beer Project - Global Craft Beverage”, caracterizado por estudos de
viabilidade e projeto conceitual, foram utilizadas as 7 VIPs listadas abaixo:

Os conceitos de cada VIP e a forma como elas se aplicam a este Projeto para a
cervejaria da GCB estão descritos separadamente a seguir.

3.1.2 Seleção de Tecnologia

Essa VIP visa garantir que todas as alternativas tecnológicas disponíveis para o
empreendimento foram consideradas e que a alternativa selecionada é a melhor
dentro dos critérios predefinidos. Trata-se de uma busca sistemática, organizada e
fundamentada por alternativas dentro ou fora da organização, podendo essas
estarem prontas para o uso ou ainda em desenvolvimento, serem caras ou baratas,
e equivalentes ou superiores aquelas já em uso.

Após o levantamento de todas as soluções possíveis, as etapas seguintes são


definir critérios de priorização, avaliar e selecionar as alternativas apropriadas,
decidir qual tecnologia será utilizada e implementá-la. Lembra-se que a atividade de
documentar todo o processo deve ser feita em todas as etapas.

Como se aplica ao negócio

Na etapa de estudos de viabilidade da cervejaria foram identificadas todas as


tecnologias disponíveis para a construção da fábrica e produção da cerveja e que
atendiam aos requisitos de projeto. Já na fase de elaboração do projeto conceitual,
todas as opções levantadas foram avaliadas, definindo-se aquelas mais apropriadas.
Em termos de tecnologias que foram consideradas nessa VIP, estão: tecnologias de
produção automatizada de bebidas fermentadas, métodos de armazenagem de
produto final, condicionamento de temperatura de ambientes, tecnologia construtiva
das instalações da fábrica (estruturas metálicas, de concreto e outras).

3.1.3 Simplificação de Processos

A VIP de Simplificação de Processos foca nas funções dentro dos processos


associadas com o custo do ciclo de vida útil da instalação/unidade. Busca-se através
dela: reduzir o custo do investimento (reduzir o número de equipamentos e encontrar
equipamentos comparáveis, porém mais baratos); reduzir as despesas operacionais
(diminuir a necessidade de manutenções, reposição de peças durante a operação);
e aumentar a funcionalidade do processo como um todo.

Como se aplica ao negócio

Buscou-se arranjos eficientes para o processo de produção da cerveja artesanal,


que contemplassem equipamentos como tanques inox, filtros, enchedor de garrafa,
pasteurizador e outros equipamentos na quantidade correta para atender a
capacidade de produção esperada e com o melhor custo x benefício.

3.1.4 Classificação da Qualidade da Instalação

Essa VIP se aplica a projetos do tipo Greenfield ou Brownfield e envolve instalações


industriais de qualquer tipo e porte. Ela se caracteriza por determinar quais classes
são aplicáveis para o tipo de instalação do objeto do projeto e quais seriam as mais
relevantes.

O processo de classificação deve ser feito através de workshops com equipes


multidisciplinares e logo no início da Engenharia Conceitual, tendo como entradas:
os objetivos do negócio, os requisitos legais, a tecnologia selecionada e as
alternativas de processo e locacionais. Como produto são gerados critérios de
projetos que deverão ser empregados nas etapas de desenvolvimento do Projeto.

Como se aplica ao negócio

Esta VIP permitiu definir critérios de confiabilidade para os tanques, filtros e demais
equipamentos principais, critérios para os processos automatizados acerca de sua
facilidade de manutenção, limpeza e vida útil.

3.1.5 Minimização de Resíduos

Essa VIP tem como objetivo analisar todo o processo com o objetivo de reduzir e/ou
eliminar resíduos de um processo específico, possibilitando a minimização do custo
de proteção ao meio ambiente durante a vida útil do projeto.

Como se aplica ao negócio

Como o processo de produção da cerveja não está livre da geração de resíduos,


esta VIP foi usada para analisar muitas fontes potenciais de resíduos, entre elas: o
acúmulo de sujeira e resíduos em equipamentos e instalações, já que a lavagem de
caldeiras, tubulações, pisos e tanques gera grandes quantidades de efluentes
líquidos; a emissão de CO2 durante a fermentação; a emissão de poeira no
recebimento e transporte de matérias-primas; e a geração de restos de grãos e
excesso de levedura.

3.1.6 Revisões da Viabilidade da Construção

Método que permite a equipe do projeto otimizar o uso dos conhecimentos e


experiências adquiridas em construções do mesmo tipo, no planejamento,
suprimento, fabricação e instalação para alcançar os objetivos gerais do projeto, em
termos de segurança e integridade industrial e preservação ao meio ambiente. É
feito através de workshops e reuniões e o objetivo é levantar melhorias que possam
reduzir custo, prazo, mudanças no futuro e aumentar a segurança nas instalações.

Como se aplica ao negócio

Foram levantadas soluções de monitoramento de segurança da fábrica e proteção


dos equipamentos, e de layout geral, buscando com esta aumentar a facilidade da
entrada e saída de veículos pesados, responsáveis pelo transporte de matérias-
primas e descarte.

3.1.7 Adaptação de Padrões e Especificações

Trata-se do método que busca selecionar padrões e especificações adequados a


cada projeto. Custos podem ser desnecessariamente acrescidos em função da
aplicação de códigos, padrões e especificações que excedam os requisitos de
projeto.

Como se aplica ao negócio

Através dessa VIP, conseguiu-se selecionar normas, códigos e especificações


aplicáveis ao desenvolvimento do estudo de viabilidade e desenvolvimento do
projeto conceitual da fábrica de cerveja, eliminando tudo que não se aplicava
diretamente ao negócio.

3.1.8 Ajuste de Capacidade

Prática que busca reduzir custos através do planejamento do funcionamento das


plantas de maneira que os sistemas e equipamentos operem de forma harmônica,
sem folgas operacionais, mesmo trabalhando na maior ou menor capacidade.

Como se aplica ao negócio

Essa VIP foi aplicada após a definição dos critérios de projeto, para evitar erros de
dimensionamento ou mesmo o superdimensionamento do sistema de produção de
cerveja e equipamentos, com capacidades e dimensões exageradas, o que oneraria
o projeto e poderia resultar, inclusive, em problemas de operabilidade.

3.2 Vendor List

Para Vendor List, ver APÊNDICE N.

3.3 Alterações em Projeto

Para Norma de Alterações em Projeto, ver APÊNDICE O.


4. Conclusões e Lições Aprendidas

Verificou-se, através deste trabalho técnico, que o estudo de viabilidade e


elaboração de um projeto conceitual para um empreendimento industrial, como a
cervejaria neste caso, está intimamente ligado a um planejamento caracterizado por
metodologias gerenciais, criteriosas e pertinentes. Além disso, foi possível
desenvolver um relatório consistente em muitos aspectos, utilizando técnicas e
práticas de planejamento eficazes que permitiram os autores desenvolverem a
documentação de projeto conceitual e estudo de viabilidade econômica para uma
área diferente da qual estavam acostumados. Essa tarefa os tornou capazes de
compreender como deve ser feito o planejamento de um empreendimento industrial,
com foco especial na elaboração de documentos de planejamento e controle
utilizados na fase de engenharia.

Ao se aplicar de modo prático tais técnicas de planejamento e controle do escopo,


tempo, recursos e custos, os autores também passaram a ter uma percepção mais
concreta e global sobre projetos multidisciplinares e como se elabora o processo de
comunicação e o planejamento integrado em empreendimentos desse tipo. Por fim,
notou-se a grande importância de um profissional como o engenheiro de
planejamento dentro das estruturas organizacionais para se aumentar as chances
de sucesso em projetos.
REFERÊNCIAS

API Standard 650. Welded Steel Tanks for Oil Storage. Downstream Segment. ed.
11. 2007.

Apostila. O Ponto de Partida para Início de Negócio - Cervejaria. SEBRAE. 2006.

ASME Boiler and Pressure Vessel Code. Rules for Construction of Pressure Vessels.
Capítulo 8, Divisão 1. 2010.

LIMA. Flávio Luís de Souza. Apostila. Como Montar Uma Microcervejaria. SEBRAE.
2008.

OSTERGAARD, S.; OLSSON, L., NIELSEN, J. Metabolic Engineering of


Saccharomyces cerevisiae. Microbiol. Mol. Biol. Rev. 2000 64: 34–50.

PMI (PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE). Um guia do conhecimento em


gerenciamento de projetos – Guia PMBOK. 5 ed. 2013.

Publicação elerônica. Cerveja Artesanal: Ótimo Negócio para Pequenos. SEBRAE.


Disponível em: <http://www.sebraemercados.com.br/cerveja-artesanal-otimo-
negocio-para-pequenos/>. Acesso em jun. 2015.

SCHEFFER, Rayane Carla; DIAS, Edimar Nunes; LEMES, Bruno Kissik; LEMOS,
Afonso José. Processo produtivo da cerveja tipo Pilsen. UNESPAR/FECILCAM.
2013.

Site Como Fazer Cerveja. Matérias-Primas. Disponível em:


<http://comofazercerveja.com.br/conteudo/view?ID_CONTEUDO=14/>. Acesso em
jun. 2015.

Site da Cervesia – Soluções em Tecnologia Cervejeira e Gestão de Processos.


Disponível em: <www.cervesia.com.br>. Acesso em jun. 2015.

Site da Prefeitura de Belo Horizonte. Planejamento Urbano - Mapa consolidado da


Lei de de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. Disponível em:
<http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTax
onomiaMenuPortal&app=planejamentourbano&tax=38827&lang=pt_BR&pg=8843&t
axp=0&>. Acesso em jun. 2015.

Site da Prefeitura de Belo Horizonte. Regulação - Legislação Urbana. Disponível em:


<http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTax
onomiaMenuPortal&app=regulacaourbana&tax=7936&lang=pt_BR&pg=5570&taxp=
0&>. Acesso em jun. 2015.

Site do Sindicato Nacional da Indústria da Cervajea – SINCERV. Disponível em:


<http://www.sindicerv.com.br/index.php>. Acesso em jun. 2015.

Site Project Management Knowledge Base - PMKB. Modelos de documentos de


planejamento em arquivos eletrônicos. Disponível em:
<http://pmkb.com.br/?dlm_download_category=gestao-de-projetos-download>.
Acesso em jun. 2015.
ANEXOS

 ANEXO A - Mapa de Zoneamento do Bairro Olhos d`Água


APÊNDICES

 APÊNDICE A – KOM

APENDICE A - KOM - SIXPLAN_R1.pdf

 APÊNDICE B – TAP

APENDICE B - TAP - SIXPLAN _R1.pdf

 APÊNDICE C – Matriz Alvo de Stakeholders

APENDICE C -
Matriz alvo stakeholders - SIXPLAN_R1.xlsx

 APÊNDICE D – Composição de Preço

APENDICE D - CPU
R1.xlsx

 APÊNDICE E – BDI

APENDICE E - BDI
DETALHADO R1.xlsx

 APÊNDICE F – Fluxo de Caixa

APENDICE F - Fluxo
de caixa R1.xlsx

 APÊNDICE G – Cronograma

APENDICE G - Cronograma - SIXPLAN_R1.pdf

 APÊNDICE H – Lista de Documentos, Curvas de Avanço Físico e Financeiro


APENDICE H - LD,
Curvas de Avanço - SIXPLAN_R0.xlsx

 APÊNDICE I – Norma de Coordenação

APENDICE I - Norma de Coordenação - SIXPLAN_R0.pdf

 APÊNDICE J – Plano de Comunicação

APENDICE J - Plano
de Comunicação - SIXPLAN_R0.xlsx

 APÊNDICE L – Norma de Execução de Projeto

APÊNDICE L - NORMA DE EXECUÇÃO DE PROJETO_R1.pdf

 APÊNDICE M – Norma de Planejamento e Controle de Projeto

APÊNDICE M - NORMA DE PLANEJAMENTO E CONTROLE_R1.pdf

 APÊNDICE N – Vendor List

APÊNDICE N -
Vendor List - SIXPLAN.xls

 APÊNDICE O – Norma de Alterações em Projeto

APÊNDICE O - NORMA ALTERACOES EM PROJETO_R1.pdf

 APÊNDICE P – Orçamento da Cervejaria

APENDICE P -
Orçamento Cervejaria.xlsx
2015

Autorização de Divulgação de Trabalho Técnico

AUTORIZAÇÃO DE PUBLICAÇÃO

AUTORIZAMOS A PUBLICAÇÃO DE NOSSO TRABALHO NA INTERNET,


JORNAIS E REVISTAS TÉCNICAS EDITADAS PELO IETEC.

NÃO AUTORIZAMOS A PUBLICAÇÃO OU DIVULGAÇÃO DO NOSSO


TRABALHO.

BELO HORIZONTE 22 de outubro de 2015

Engenharia de Planejamento
CURSO:

2º/2015 TURMA: 10
SEMESTRE/ANO:

Estudo de Viabilidade e Projeto Conceitual para implantação da


TÍTULO DO
Cervejaria Artesanal – GCB na cidade de Belo Horizonte – MG
TRABALHO:

NOME DOS PARTICIPANTES ASSINATURA


(LEGÍVEL)

Fabiana Elian Ribeiro

Gustavo Araújo Pimentel

Lucas Soares Gonçalves de Carvalho

Marcela Heloísa Drumond Corrêa

Marcus Vinícius Ribeira Cândido

Sérgio Porto Machado

Você também pode gostar