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Adubação parcelada de nitrogênio


associada a molibdênio na cultura do milho

Cristiano Aparecido Crisóstomo


Faculdades Integradas de Bauru - FIB

Renan Fonseca Nascentes


Faculdades Integradas de Bauru - FIB

'10.37885/230111664
RESUMO

O experimento foi conduzido a campo em área feito preparo de solo (no qual foi feito uma
subsolagem e uma gradagem média), no ano de 2018. No sitio Joeli, localizado no muni-
cípio de Lençóis Paulista, SP. Na execução do experimento foi utilizado o híbrido comer-
cial AL Avaré desenvolvido pela CATI Sementes. O delineamento experimental empregado
foi de blocos ao acaso com quatro repetições, contendo em cada bloco 18m², tendo em sua
área total 117m2. Plantas de milho divididas em quatro linhas wde 5 metros cada, distancia-
das 17 cm uma planta da outra e 90 cm entre linha, e espaço de 50 cm de um bloco para o
outro. Os tratamentos consistirão da aplicação de três doses de nitrogênio em épocas dis-
tintas com e sem a utilização de molibdênio através de pulverização (T1 100% da dose em
V2, T2 50% da dose em V2 e 50% em V4, T3 33% da dose em V2 e 33% em V4 e 33% em
V6, T4 100% da dose em V2 + aplicação foliar de molibdênio em V4, T5 50% da dose em V2 e
50% em V4 + aplicação foliar de molibdênio em V4, T6 33% da dose em V2 e 33% em V4 e
33% em V6 + aplicação foliar de molibdênio em V4). Resultados e discussões: Os resul-
tados evidenciaram efeitos significativos em relação ao parcelamento da dose de nitrogênio,
em diferentes épocas de aplicação no diâmetro médio das plantas, como demonstrado na
Figura 5. Durante o crescimento das plantas, e principalmente no final do ciclo, observou-se
diferença na coloração entre as parcelas, sendo que o tratamento T1 e T4 apresentaram
plantas com folhas amareladas, sinal de deficiência de N, acarretou perdas de produtividade
total e diâmetro médio e altura médio menor, o que não ocorreu nos demais tratamentos.
Porém, no tratamento T2 e T5 no qual foram realizadas apenas duas aplicações aplicação,
em V2 e V4, não se observou sinais de deficiência de Nitrogênio nas plantas, porém refletiu
na altura, diâmetro e produção. Em relação aos tratamentos T3 e T6 no qual foram aplicados
parcelados nos estágio fenológicos V2,V4 eV6. Conclusão: Com dados obtidos através do
experimento, mostrou-se que a adição de molibdênio não obteve diferença significativa por
estar com uma concentração acima da adequada para cultura em todos os tratamentos, o
melhor tratamento para adubação de cobertura foi onde teve maior parcelamento, diminuindo
a perda do nutriente em volatilização.

Palavras-chave: Épocas de Aplicação, Molibdênio, Cultura do Milho.


INTRODUÇÃO

O milho (Zea mays) é um dos grãos mais cultivados atualmente. Podendo ser utilizado
tanto na alimentação humana quanto animal e cultivado tanto em países desenvolvidos como
subdesenvolvidos (GARCIA et al., 2006). O Brasil está entre os três maiores produtores de
milho, porém não apresenta as maiores produtividades, isso por causa do grande número
de pequenos produtores que não dispõem de tecnologias adequadas (PAIVA, 2011). Nos
últimos anos, a cultura do milho, no Brasil, vem passando por importantes mudanças no
manejo e tratos culturais, o que tem resultado em aumentos significativos na produtividade
de grãos. Entre essas mudanças, destacam-se a adoção de sementes de cultivares com
maior potencial de produção, alterações no espaçamento e na densidade de semeadura de
acordo com as características das cultivares e melhoria na qualidade dos solos e na fertili-
zação (YAMADA; ABDALLA; VITTI, 2007; VON PINHO et al., 2009). Todos os cultivares de
milho possuem respostas diferenciadas em relação à adubação mineral, com o nitrogênio
sendo um dos nutrientes que apresentam os efeitos mais expressivos no aumento da pro-
dução de grãos, que mesmo em cultivos de agricultura familiar, tem-se mostrado um dos
engasgos para a produção, uma vez que é o nutriente exigido em maior quantidade e o que
mais influência na produtividade do milho, assim como o que mais onera o custo de produção
(COSTA et al., 2015). Segundo Schiavinatti et al. (2015) o nitrogênio é o nutriente que mais
limita a produção, mas ao mesmo tempo é o que permite maiores produtividades, pelo seu
papel extremamente importante no metabolismo da planta. A cultura do milho exige em cerca
de 25 kg de N para cada tonelada de grão produzido. Outro fator importante com relação a
este elemento e o rendimento de grãos é o tipo de fertilizante nitrogenado que será utilizado
e a época que será aplicado. Segundo os resultados de Von Pinho et al. (2009) afirmaram
que pesquisas que visam a avaliar o comportamento agronômico de cultivares de milho em
diferentes doses de fertilizantes são necessárias e podem fornecer valiosas informações
aos produtores. A utilização da adubação de molibdênio via foliar, para aumentar teores
do micronutriente nas folhas, foram relatadas por pesquisadores com efeitos positivos na
produtividade na cultura do milho. Em estudos científicos, destacam- se como principais
fontes de molibdênio nas aplicações foliares o molibdato de sódio e molibdato de amônio
por sua solubilidade em água (BRAGA, 2009). Salienta-se que as aplicações foliares de
molibdênio têm mais efetividade ao serem aplicadas nos estádios inicias de desenvolvimento
da planta. O objetivo do presente experimento foi avaliar o efeito do parcelamento da adu-
bação nitrogenada, em diferentes estádios da cultura do milho, na ausência e presença de
molibdênio aplicado via foliar.

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O cultivo do milho no Brasil

O milho é o terceiro cereal mais cultivado no mundo, depois do arroz e do trigo (AWIKA,
2011), produzido em quase todos os continentes, sendo que sua importância econômica é
distinguida pelas diversas formas de utilização, que pode compreender desde a alimentação
animal até a produção de produtos advindos do uso de altas tecnologias como embalagens
biodegradáveis ( FAOSTAT, 2006). No Brasil, o cultivo do milho é amplamente difundido,
sendo que isto se deve tanto à sua grande forma de uso nas propriedades agrícolas, quanto
também à tradição de se cultivar esse cereal pelos agricultores (MAGALHÃES et al., 2002).
Segundo Coelho (2007), o milho cultivado no Brasil nos últimos anos vem passando por
importantes transformações tecnológicas, decorrente da conscientização dos produtores
em busca de melhores índices produtivos, com o uso de diferentes sistemas de produção.
Diferenças observadas nos rendimentos agrícolas não são oriundas, somente das transfor-
mações tecnológicas (FANCELLI, DOURADO NETO, 2004; FORNASIERI-FILHO, 2007), mas
sim, decorrentes de diversos fatores que afetam a cultura do milho, tais como adubação, as
condições edafoclimáticas, manejo e a própria cultivar (MAGALHÃES et al., 2002). Nesse
prospecto, uma das variáveis decisivas da produção de milho, é a aquisição e o fornecimento
de macro e micronutrientes para a cultura, entre os quais se sobressai o nitrogênio, por par-
ticipar e afetar diretamente o desenvolvimento da planta, assim como do sistema radicular
(MALAVOLTA, 2006), é por isso, que esse nutriente é absorvido em maior quantidade pela
cultura do milho e também o mais limitante para a mesma. Características morfofisiológi-
cas de plantas de milho O milho é uma planta que pertence à classe Monocotiledonae;
Ordem Poales; família Poaceae; gênero Zea; espécie Zea mays (DOEBLEY, 1990). É uma
gramínea anual, de metabolismo C4 (GARCIA et al., 2006), que tem seu desenvolvimento
limitado caso haja déficit hídrico (BERGONICI et al., 2001), sendo que este déficit pode
afetar aspectos como: a expansão foliar, fotossíntese e outros processos como absorção
de nutrientes e também a translocação de fotoassimilados (BERGAMASCHI, 1992. A plan-
ta de milho tem um ciclo bastante variado, em que pode ocorrer cultivares extremamente
precoces até cultivares extremamente tardias, com um ciclo de aproximadamente 300 dias.
Entretanto, em condições como às do Brasil, os cultivares variam de 110 dias até 180 dias
de ciclo, englobando o estágio de semeadura até a colheita. Basicamente, o ciclo da cultura
do milho compreende os seguintes estádios de desenvolvimento: germinação e emergên-
cia, crescimento vegetativo, florescimento, frutificação e maturidade (CASTRO, KLUNGE,
1999). 17 Para se obter uma maior facilidade, dividiu-se o ciclo da planta em 10 estádios
de desenvolvimento, sendo que os estádios anteriores ao florescimento são caracterizados
pelo número de folhas e, os estádios posteriores ao florescimento, são caracterizados pela
consistência dos grãos (FANCELLI, DOURADO NETO, 1996).

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Características e estádios de desenvolvimento da cultura do milho

Nas condições brasileiras, a cultura do milho apresenta ciclo variável entre 110 e 180
dias da semeadura a colheita, em função da caracterização dos genótipos em superprecoce,
precoce e tardio (FANCELLI e DOURADO NETO, 2000).
De acordo com Resende et al. (2003), a identificação utilizada para definir o padrão
de desenvolvimento da planta em estádios é: vegetativo (V) e reprodutivo (R). Os estádios
vegetativos e reprodutivos podem ser subdivididos em:

Tabela 1. Descrição de abreviaturas.

Abreviatura Descrição Abreviatura Descrição


VE Emergência R1 Embonecamento e polinização
V1 Uma folha desenvolvida R2 Grão bolha de água
V2 Duas folhas desenvolvidas R3 Grão leitoso
V3 Três folhas desenvolvidas R4 Grão pastoso
V4 Quatro folhas desenvolvidas R5 Formação de dente
Vn n folhas desenvolvidas
R6 Maturidade fisiológica
VT Pendoamento

Durante a fase vegetativa, cada estádio é definido de acordo com a formação visível do
colar na inserção da bainha da folha com o colmo. Assim, a primeira folha de cima para baixo,
com o colar visível, é considerada completamente desenvolvida (RESENDE et al., 2003).

Nitrogênios e a produtividade do milho

O nitrogênio (N) é o nutriente que as plantas requerem em maior quantidade, sendo que
plantas deficientes em nitrogênio apresentam sintomas característicos como amarelecimen-
to das folhas mais velhas, ocorrendo em seguida clorose que pode se tornar generalizada
e consequentemente ocorre perda foliar, sendo que até em alguns casos, pode ocasionar
deformações nas espigas, mais especificamente nas pontas (MARTINS et al., 2008).O
Nitrogênio pode ser incorporado ao solo de diferentes maneiras, sendo: I - através de com-
postos orgânicos, com o incremento de restos vegetais e animais; II - através de compostos
inorgânicos, como os fertilizantes nitrogenados sintéticos; III - através da fixação biológica,
simbiótica. Contudo, quando o composto já se encontra no solo, o mesmo pode ser mine-
ralizado, imobilizado ou perdido por diferentes processos, como a volatilização, lixiviação
e/ou também pode ser extraído pelas plantas (MCSHAFFREY, 2006). Segundo Malavolta
(2006), o manejo do Nitrogênio tem sido uma das técnicas agrícolas mais estudadas, com o
objetivo de aumentar a sua eficiência de uso. Essa necessidade é decorrente da maior parte
do Nitrogênio presente no solo se encontrar em combinações orgânicas, sendo que essa
forma se torna indisponível para as plantas. Quando em condições apropriadas e satisfatórias
na cultura o Nitrogênio proporciona à mesma, uma abundante vegetação com pigmentação

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verde, um acréscimo no número de folhagem assim como nos teores de proteínas das
plantas, auxilia no rápido crescimento e também favorece os microrganismos do solo, para
que ocorra a decomposição da matéria orgânica. É por ter características como estas que
o nitrogênio é o nutriente que causa maiores efeitos no acréscimo de produção da cultura
do milho. O Nitrogênio promove o aumento do peso de mil grãos (FERREIRA et al., 2001;
AMARAL FILHO et al., 2005), aumento do número de espigas por planta (FERNANDES
et al., 2005), aumento da altura de plantas e do peso de espigas (ARAÚJO et al., 2004), da
produção de matéria seca (ARAÚJO et al., 2004; DUETE et al., 2008).

Molibdênio

O molibdênio é o micronutriente menos encontrado no solo, com teores totais de 2 mg


kg-1, tendo variação nos diferentes tipos de solos de 0,013 mg kg-1 a 17,0 mg kg-1, sendo
que os solos que derivam de argilitos e de granitos possuem maiores quantidades deste
micronutriente. O mineral primário de molibdênio, molibdenita um mineral dissulfureto de
molibdenio (MoS2), contém a maior parte de molibdênio terrestre. Este sulfeto é lentamente
oxidado e transformado em íons de molibdato, que é adsorvido ao solo principalmente a
óxidos, tendo similaridade como acontece com a adsorção dos fosfatos. Assim, da mesma
forma que com os ânions fosfato, o incremento no pH do meio resulta também em dessor-
ção de molibdato, levando ao aumento da sua fitodisponibilidade (RAIJ, 2011). Segundo
Davies (1956), Dechen e Nachtigall (2006), o molibdênio pode ser encontrado de quatro
maneiras, as quais são: não disponível retido no interior da estrutura dos minerais primários
e secundários; parcialmente disponível ou trocável, absorvido nas partículas das argilas, de
modo particular nos óxidos de Ferro e Aluminio, na forma de MoO4 e a sua disponibilida-
de em função do pH e do teor de fósforo disponível; ligado a matéria orgânica; e na forma
solúvel em água. Muitos solos contêm suficiente quantidade deste micronutriente; contudo,
as deficiências são muito comuns em muitos países onde se têm alta precipitação pluvial
(JONES, 2003; KAISER et al., 2005; FAGERIA, 2009). Mesmo com diversas formas do mo-
libdênio presente no solo, a maior parte não se encontra disponíveis para as plantas, a sua
disponibilidade está determinada por fatores como, o pH do solo e o teor de óxidos de Fe e
Al. As presenças de matéria orgânica, como também de fosfato e sulfato, apresentam uma
pequena influência na disponibilidade de este micronutriente (DAVIES, 1956; DECHEN;
NACHTIGALL, 2006). O molibdênio é um nutriente requerido em menor quantidade para
o adequado crescimento e produção variando entre 0,6 e 10 mg por quilograma de massa
seca (DECHEN; NACHTIGALL, 2006). Nas amostragens de folhas no estado de São Paulo,
a faixa de teor adequada em milho é 0,1–0,2 mg kg-1 de molibdênio (CANTARELLA; RAIJ;
CAMARGO, 1997). Noonan, em 1953, foi o primeiro pesquisador a relatar os efeitos positivos

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do molibdênio sobre a produtividade da cultura do milho (WEIR; HUDSON, 1966). A adsorção
deste micronutriente também é afetada pelo material de origem e pelas propriedades do solo,
assim como por baixas temperaturas e alta quantidade de N (HAMLIN, 2007). É encontrado
na sua maioria como parte da enzima redutase do nitrato das raízes e colmos das plantas,
entre elas o milho, que catalisa a redução do nitrato (NO3-), a nitrito (NO2-), para depois ser
convertido a amônio (NH4+) (DECHEN; NACHTIGALL, 2006). O fertilizante molibdênico nas
plantas tem sido ministrado de três formas principais: aplicação no solo, aplicação foliar e
aplicação na semente (PEREIRA, 2010). As quantidades de molibdênio aplicadas no solo de
0,05 a 1 kg ha-1 (dependendo da cultura e do pH do solo), nas sementes, de 50 a 400 g ha-1,
e as aplicações foliares, entre 60 a 218 mg ha-1, são comuns em muitas culturas (GUPTA;
MCLEOD, 1978). Fancelli e Dourado Neto (2000) observaram que a produtividade de 9 t
ha-1 de grão de milho extrai 9 g de molibdênio. Nos estudos científicos destacam-se como as
principais fontes de fornecimento do molibdênio o molibdato de sódio, molibdato de amônio,
trióxido de molibdênio e ácido molíbdico (ALBINO; CAMPO, 2001). No Brasil, a adubação
foliar com micronutrientes em milho intensificou-se, contribuindo com os seguintes fatores;
o desenvolvimento de híbridos com alto potencial produtivo e maior exigência nutricional,
avanço da fronteira agrícola para os solos ácidos e pobres, inclusive de micronutrientes
(VEDOVATO; FINAMORE, 2016). Mesmos autores asseguram que determinar as doses,
fontes e épocas de aplicação mais adequada à cultura, além disso, verificar possíveis efeitos
tóxicos às plantas, na aplicação de produtos que contêm micronutrientes, ato que podem
auxiliar no planejamento da adubação. A cultura do milho é exigente e responsiva à fertili-
zação foliar (ORSO et al., 2013). A deficiência de molibdênio é mais pronunciada durante a
fase reprodutiva do que na fase vegetativa, podendo afetar de forma importante a produção
das culturas (HAMLIN, 2007). Em razão da restrita mobilidade nas plantas, em algumas
espécies, a deficiência aparece nas folhas novas e em outras nas folhas velhas (PRADO,
2008). Podem ser observadas deformidades na folha, pela morte de algumas células do
parênquima. Também as folhas apresentam tamanho reduzido, com clorose e mosqueados
de cor marrom, em toda a parte da folha, apresentando áreas necrosadas nas pontas das
folhas, que se vão estendendo, levando finalmente, à morte da folha e sua queda prematura
(DECHEN; NACHTIGALL, 2006). Muitas vezes, a deficiência de molibdênio se manifesta
como deficiência de nitrogênio, pois é um nutriente indispensável ao metabolismo deste
(HAMLIN, 2007; KAISER et al., 2005; FAGERIA, 2009). Portanto, o efeito do molibdênio
sobre o crescimento e a produtividade das plantas está muitas vezes relacionado ao aumento
na capacidade da planta em assimilar o nitrogênio. Aplicações de 62 g ha-1 de molibdato
de sódio, via foliar, é considerado como ideal para o crescimento adequado das hortaliças
(MAYNARD; HOCHMUTH, 2007), enquanto 50 a 100 g de molibdato de sódio (diluídos em

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500 litros de água), aplicados via foliar, são usados para corrigir deficiências nas culturas
(JONES, 2003). A toxicidade de molibdênio nas plantas é rara, mesmo em condições de
absorção do nutriente em doses elevadas, sobretudo em condições de campo (LEITE et al.,
2002). Nos tecidos das plantas, concentrações acima de 500 mg kg-1 de molibdênio chegam
a ser consideradas tóxicas para a maioria das plantas, podendo ocasionar deformação das
folhas, cor amarelo-dourada dos tecidos da parte aérea das plantas (GUPTA, 1997). Na li-
teratura brasileira, as poucas pesquisas existentes sobre aplicação de molibdênio via foliar,
ou associada ao nitrogênio aplicado no solo, são para milho grão maduro, e não foram en-
contrados estudos para milho-doce. (VALENTINI; COELHO; FERREIRA, 2005) obtiveram
acréscimos médios na produtividade de grãos de 43,8 e 11,8%, na de milho grão-maduro
devido ao molibdênio via foliar, nas plantas sem e com aplicação de nitrogênio, respectiva-
mente. No Trabalho feito por Teixeira (2006), avaliando doses de molibdênio via foliar (0 a
1600 g ha-1), parcelados em diferentes formas, foram verificados efeitos na altura de planta
e no peso de 1000 grãos de milho-grão maduro, enquanto em milho pipoca, constatou incre-
mentos na produtividade, número de sementes e no teor de molibdênio nos grãos e folhas.
Por outro lado, Ferreira et al. (2001) e Santos et al. (2010) verificaram maior produtividade
com nitrogênio e pequeno ou nulo efeito da adubação molibdica, devido, segundo os autores,
à aplicação tardia do molibdênio, teores de molibdênio na semente e no solo ideais para o
milho, e fornecimento alto de fósforo o qual pode ter propiciado aumento da disponibilidade
desse micronutriente. Na cultura do milho, dentre os nutrientes, o nitrogênio e molibdênio
são os nutrientes exportados em maior proporção com relação ao total extraído, alcançando,
para ambos, 63% dos totais dos dois nutrientes (BROCH; RANNO, 2009).

Caracterizações do local

O experimento foi conduzido a campo em área com preparo de solo (no qual foi feito
uma gradagem média), no ano de 2018. Localizado no município de Lençóis Paulista, SP,
entre as coordenadas de latitude 22°35’27,43” S, Longitude 48°49’34,25” W e altitude mé-
dia de 568 metros.
O solo da área experimental foi classificado como Latossolo Vermelho textura muito
argilosa, fase campo subtropical e relevo suave ondulado. Coletou-se amostras do solo
para análise química nas camadas de 00-20 cm, e os resultados foram interpretados para
correções necessárias. (Tabela 2)

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Figura 1. Localização do experimento Earth, acesso em: 14 de Janeiro de 2018.

Fonte: Google.

Caracterizações do experimento: Caracterizações do híbrido utilizado

Na execução do experimento foi utilizado o híbrido comercial AL Avaré, desenvol-


vido pela CATI Sementes, sendo este híbrido recomendado para a todas as regiões do
Brasil. A seguir, as principais características agronômicas do híbrido utilizado, conforme
dados do Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes/CAT I:
Híbrido: MILHO AL AVARÉ, híbrido simples, ciclo semiprecoce, ciclo médio de 140 a
150 dias, época de semeadura safra normal de setembro a dezembro, safrinha de janeiro
a março, uso para grãos, coloração alaranjado, baixa resistência ao acamamento, altura da
espiga de 1,10 a 1,20 metros, altura das plantas de 2,20 a 2,40 metros, estande de safra
45-55 mil plantas/ha.

Análises de solo

Após a definição da área em que foi implantado o experimento, procedeu-se a coleta


de uma amostra de solo, levando em consideração as recomendações de coleta de 20
sub-amostras para obtenção de uma amostra composta, a fim de se ter uma boa represen-
tatividade das condições de fertilidade da lavoura.
A área possui sistema de plantio convencional. A cultura antecessora foi milho sendo
a mesma utilizada para silagem.

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Tabela 2. Caracterização química da área na camada de 0-20 cm, antes da implantação do experimento. Techsolo-Lençóis
Paulista – SP, 2018.

MO(1) pH P(2) K+(2) Ca+2(3) Mg+2(3) Al+3(3) V m Mo


g dm -3
CaCl2 Mg dm -3
--------cmolc dm -------
-3
----%--- Mg dm-3
15 5,1 11,4 2,28 43 13 0 67,5 0 2,68
MO= Matéria orgânica; V = Saturação por Bases; m = Saturação por Alumínio. . (1) Walkley e Black (1934); (2) Mehlich-1; (3) KCl 1 mol
L-1; pH medido em solução de CaCl2 0.01 mol L-1.

Extrações de nutrientes

O padrão de adubação nitrogenada que se estabeleceu para a produção da cultura


do milho foi de 6,00 a 8,00 toneladas por hectares, conforme especificado no Boletim 100.
Fonte: Raij et al. (1997).

Delineamentos experimental

O delineamento utilizado empregado foi de blocos ao acaso com quatro repetições,


contendo em cada bloco 18m², tendo em sua área total 117m2. Plantas de milho divididas
em quatro linhas de 5 metros cada, distanciadas 17 cm uma planta da outra e 90 cm entre
linha, e espaço de 50 cm de um bloco para o outro. (Figura 2). Os seis tratamentos testa-
dos estão apresentados na Tabela 3. Em arranjo fatorial, produto da combinação da forma
de aplicação na linha distante cinco cm da planta, são estes seis tratamentos de adubação
nitrogenadas em diferentes parcelamentos com e sem molibdênio.

Tabela 3. Descrição dos tratamentos a serem utilizados.

Aplicação de Mo em
Tratamento Aplicação Nitrogênio em cobertura Dose de Mo Dose de N
V4
T1 100% em V2 Sem 0 90 kg ha-1
T2 50% em V2 e 50% em V4 Sem 0 90 kg ha-1
T3 33% em V2 e 33% em V4 33% em V6 Sem 0 90 kg ha-1
T4 100% em V2 Com 75 g ha-1 90 kg ha-1
T5 50% em V2 e 50% em V4 Com 75 g ha -1
90 kg ha-1
T6 33% em V2 e 33% em V4 33% em V6 Com 75 g ha-1 90 kg ha-1

Figura 2. Croqui da área experimental.

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Plantio e adubação

Para o plantio utilizou-se de adubo formulado 08-28-16 com boro e zinco, com 250 kg
de formula ha-1,a distribuição foi no sulco de plantio aproximadamente cinco centímetros
ao lado e abaixo das sementes, tentando evitar assim possíveis problemas de salinização.
Devido ao índice de V% da amostra de solo não necessitou a calagem, Mantendo-se o pH
em 5,1, para melhor avaliação nutricional do experimento. Delimitou-se a área e estaquea-
mento dos blocos.
O plantio do milho realizou-se no dia 16 de janeiro de 2018 com plantadeira a vá-
cuo Exacta 2900 Jumil, e adubação de cobertura manual, promovendo todos os tra-
tamentos Citados.

Figura 3. Detalhe do plantio de milho do experimento com plantadeira, Lençois paulista, 2018.

Fonte: Cristiano Aparecido Crisóstomo.

Utilizou-se para cobertura ureia (45% de Nitrogênio) e a dose de 90 kg ha-1 Nitrogênio,


utilizando adubação de cobertura de acordo com o Boletim 100. Fonte: Raij et al. (1997).

Tratamentos e condução do experimento

O experimento foi em campo com os tratamentos de parcelamentos de nitrogênio em


cobertura em três estágios diferentes e adição de molibdênio em V4. A fonte nitrogênio
utilizada foi uréia com 45% de Nitrogênio, aplicada manualmente próxima às plantas do
milho, sem incorporação. A aplicação de Nitrogênio em V2 teve por objetivo simular níveis
de disponibilidade de nitrogênio no solo e, em V4, suprir a necessidade do nutriente para
desenvolvimento das plantas, em V6 verificaram-se as respostas da cultura às doses de
nitrogênio aplicadas, através dos resultados obtidos nos diversos tratamentos chegou-se

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ao resultado de melhores produtividades. As sementes foram semeadas em 16 de Janeiro
de 2018, em sistema de semeadura mecanizada, no espaçamento de 90 (noventa) cm e na
densidade de 65.000(sessenta e cinco mil) plantas ha-1. A adubação realizada na linha, por
ocasião da semeadura, e consistiu de formula 08-28-16, duzentos e cinquenta kg de formula
ha-1, tendo disponível no plantio vinte kg de Nitrogênio ha-1, setenta kg de P2O5 ha-1 e quaren-
ta kg de K2O ha-1 em todos os tratamentos. Efetuou-se o controle de plantas daninhas com
capina manual e controle de pragas com sistemas biológicos utilizando-se de cartelas de
Trichogramma pretiosum, para que não interfiram no desenvolvimento da planta e no efeito
de doses aplicadas sobre o rendimento de grãos. O experimento foi conduzido em regime
de sequeiro. O Molibdênio aplicou-se via pulverização foliar no estágio V6, utilizando-se o
fertilizante foliar Mo Omex® (produto comercial), disponível em solução solúvel em água
na concentração de 15% de Molibdênio. O produto foi diluído em água e a aplicado com
pulverizador costal manual com pressão constante, permitindo assim aplicação equivalente
a 200 l ha-1 da calda.

Figura 4. Gráfico pluviométrico durante a condução do experimento. Lençóis Paulista. SP.2018.

Variáveis mensuradas

Para fins de estudo, foram consideradas como parcela útil as duas linhas centrais
de cada parcela. Foram avaliados três caracteres de interesse agronômico. Avaliou-se a
altura de plantas, diâmetro de caule das plantas em dois estádios diferentes (V6, R1) e
produtividade, no estágio fenológico V8 coletou-se amostras de folhas de cada tratamento
para avaliar os nutrientes de cada tratamento. No momento de maturação fisiológica das
plantas coletou-se as espigas de 10 plantas para avaliar a produtividade. O Rendimento de
Grãos (RG) foi obtido por meio da pesagem do total da massa de grãos obtida com a trilha
da parcela colhida em 15 junho de 2018, sendo esse valor transformado para kg ha-1 e o
seu peso corrigido para 13% de umidade. Os dados obtidos foram submetidos à análise
de variância (Anova) e havendo diferença estatística significativa (teste F) entre as médias,

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estas foram comparadas pelo teste de Tukey a 5%. As Análises estatísticas foram efetuados
com auxílio do programa R.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados evidenciaram efeitos significativos em relação ao parcelamento da dose


de nitrogênio, em diferentes épocas de aplicação no diâmetro médio das plantas. Durante
o crescimento das plantas, e principalmente no final do ciclo, observou-se diferença na
coloração entre as parcelas, sendo que o tratamento T1(100% de N, sem Mo) e T4(100%
de N, com Mo) apresentaram plantas com folhas amareladas, sinal de deficiência de nitro-
gênio, acarretou perdas de produtividade total e diâmetro médio e altura médio menor, o
que não ocorreu nos demais tratamentos. Porém, no tratamento T2(50% + 50% de N, sem
Mo) e T5(50% + 50% de N, com Mo) no qual foram realizadas apenas duas aplicações apli-
cação, em V2 e V4, não se observou sinais de deficiência de Nitrogênio nas plantas, porém
refletiu na altura, diâmetro e produção. Em relação aos tratamentos T3(33% + 33% + 34%
de N, sem Mo) e T6(33% + 33% + 34% de N, com Mo) no qual foram aplicados parcelados
nos estágio fenológicos V2,V4 eV6.

Tabela 4. Análise de variância do parcelamento de nitrogênios (N) e aplicação foliar de molibdênio (Mo) em plantas de
milho. Lençóis paulista, 2018.

Valor de F

Fonte de Variação Altura em V6 Diâmetro em V6 Altura em R1 Diâmetro em R1 Produtividade

---------------------------------cm--------------------------------- (kg ha-1)


N 41,09** 29,95** 14,99** 30,08** 129,46**
Mo 2,28ns 2,50ns 0,061ns 6,71* 0,002ns
N x Mo 1,51ns 0,051ns 0,55ns 0,249ns 0,132ns

Tabela 5. Caracterização de analise foliar. Techsolo- Lençóis Paulista – SP, 2018.

Descrição N P K Ca Mg S Cu Fe Mn Zn B Mo

Tratamento -----------------------g.kg-1 ----------------------- ----------------------- mg.kg-1 -----------------------


T1 27,70 2,10 15,80 8,30 1,90 2,10 28,10 186,50 51,30 10,60 15,20 3,02
T2 28,10 2,20 16,10 8,40 2,20 1,50 9,10 151,10 55,80 20,10 16,09 3,08
T3 29,60 2,30 15,90 7,80 2,10 1,80 10,30 154,10 50,20 33,60 12,07 3,14
T4 27,70 2,80 17,00 8,20 2,30 2,50 23,40 140,40 47,90 25,00 13,41 3,11
T5 27,90 2,20 17,00 7,70 2,10 1,90 17,30 129,60 54,10 13,30 10,28 2,97
T6 27,30 1,90 16,60 8,00 2,20 1,80 14,90 114,60 56,40 12,70 9,39 2,86

Fica evidente que o N é um nutriente essencial para a cultura do milho, porém se for
aplicado sem critérios ou em grandes quantidades e épocas não recomendadas, como no
período de diferenciação onde a cultura é mais sensível, pode afetar a produção e a quali-
dade da cultura como se observou no presente trabalho. Com o parcelamento da dose de

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Nitrogênio, evitaram-se problemas de qualidade e baixa produção, além de minimizar as
perdas desse nutriente por volatilização devido ao período de falta de umidade, sendo maior
aproveitado pela cultura. Com a aplicação de molibdênio via foliar no período de maior de-
manda pela cultura do milho em V4, não foi possível observar diferença significativa entre
os diferentes tratamentos para o diâmetro médio, altura média e produtividade, podemos
observar na Figura 5, 6 e 7.

Figura 5. Diâmetro médio das plantas de milho em (cm) das parcelas no estágio fenológico V6 e R1. (*) Médias seguidas
por letras iguais não diferem entre si pelo teste de Tukey (p<0,05).

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Figura 6. Diâmetro médio das plantas de milho em (cm) das parcelas no estágio fenológico V6 e R1. (*) Médias seguidas
por letras iguais não diferem entre si pelo teste de Tukey (p<0,05.

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Figura 7. Produtividade por hectare em kg, dos tratamentos diferentes (após correção de umidade para 13%) com os seis
tratamentos diferentes. Lençóis paulista. SP. 2018. As medias seguidas pela mesma letra não diferem significativamente
entre si pelo teste de Tukey a 5% de significância.

Isto pode ter ocorrido devido à alta concentração de molibdênio em todos os tratamen-
tos. A utilização de adubação via foliar é uma forma de suprir alguma carência ou estresse
que a planta possui, além de ser uma alternativa de absorção pela planta. Através da análise
foliar observou-se que todos os tratamentos tiveram índices de molibdênio maiores do que o
adequado para o milho, esse motivo mostrou que não teve diferença entre tratamentos com
ou sem molibdênio. Nas amostragens de folhas no estado de São Paulo, a faixa de teor ade-
quada em milho é 0,1–0,2 mg kg-1 de molibdênio (CANTARELLA; RAIJ; CAMARGO, 1997).
O nitrogênio é o nutriente mais requerido, o que mais limita a produtividade e também
o que mais onera a cultura do milho (CASTELLEN, 2005), sendo recomendado o seu par-
celamento, quando se deseja produtividades elevadas e uma maior eficiência de utilização
do adubo (BARROS NETO, 2008). A dose de Nitrogênio utilizada em cobertura foi de 90 kg
ha-1, baseado em uma expectativa de rendimento de grãos de 8 t ha-1.
É comum que a adubação de cobertura seja realizada antecipando aos momentos de
maior requisição de nutrientes pela cultura, visando o estágio fenológico ideal para se con-
seguir uma maior absorção do nutriente, levando a uma melhor produtividade e isso acon-
tece nos estágios vegetativos e reprodutivos, tanto no florescimento quanto na frutificação
e enchimento de grãos. Por isso, é apropriado que a aplicação de cobertura seja feita até o
final da etapa vegetativo, para que, esteja disponível nas fases seguintes.
A aplicação de altas quantidades do elemento está sujeita a maiores perdas, uma vez
que a planta tem capacidade de assimilá-lo até certa quantidade. Acima de tal quantidade,
o excesso será perdido por meio de processos que ocorrem no ambiente. Contudo, deve-
-se priorizar por duas ou três aplicações em cobertura, a primeira deve ser feita, preferen-
cialmente, quando a planta está no estágio fenológico V2 as outras em V4 e V6. Nesses

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estágios a exigência e a absorção de nitrogênio pelas plantas são mais intensas, pois será
determinante para produção desejada.
Todos tratamentos aplicados no estágio fenológico V2, teve sua maior parte perdida
por volatilização, pois durante este estágio faltou umidade suficiente no solo. Diminuindo
assim o aproveitamento das plantas, fator que se mostra muito importante no memento da
adubação de cobertura, com isso percebeu-se no experimento que o parcelamento em mais
de duas vezes torna mais assertiva a decisão de parcelamento de cobertura.

CONCLUSÕES

Com dados obtidos através do experimento, mostrou-se que a adição de molibdênio


não obteve diferença significativa por estar com uma concentração acima da adequada
para cultura em todos os tratamentos, o melhor tratamento para adubação nitrogenada de
cobertura obteve com o parcelamento em três estágios diferentes da cultura (V2, V4 e V6),
diminuindo a perda do nutriente em volatilização.

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