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EFEITO COMBINADO DE MATÉRIA ORGÂNICA E ADUBAÇÃO POTÁSSICA NO

DESENVOLVIMENTO INICIAL DO FEIJOEIRO

Francisco Elias Azevedo de Paiva1, Débora Nobre Silva1, Luma Maria Mesquita de Farias
Aragão1, André Lucas Carvalho Melo1, Maria Cristina Martins Ribeiro de Sousa2

¹Estudante de Agronomia do Instituto Federal do Instituto Federal de Educação, Ciência e


Tecnologia do Ceará-IFCE/Campus Sobral. E-mail: elias.azevedo08@aluno.ifce.edu.br,
deboranobre.08@aluno.ifce.edu.br, luma.aragao08@aluno.ifce.edu.br,
andre.carvalho62@aluno.ifce.edu.br
2
Doutora em Engenharia Agrícola, Docente do Instituto Federal do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Ceará-IFCE/Campus Sobral. E-mail: cristina2009@ifce.edu.br

RESUMO: O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito combinado da matéria orgânica e da
adubação potássica no desenvolvimento inicial do feijoeiro. O experimento foi conduzido no
Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Ceará- IFCE/Campus Sobral. O ensaio
foi conduzido com delineamento experimental foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 5
x 2, (cinco doses de potássio x com e sem matéria orgânica), com quatro repetições. O fator
adubação potássica foi composto por 100%; 120%; 140%; 160% e 180% da dose recomendada. O
fator matéria orgânica, com presença e ausência de esterco bovino. A irrigação com a adubação
potássica foi feita em um período de 15 em 15 dias durante o experimento. Aos trinta dias após o
plantio avaliou-se a altura da planta (cm), o número de folhas, o comprimento da raiz (cm), o
diâmetro do caule (cm), a massa fresca da parte aérea (g), a massa seca da parte aérea (g), a massa
fresca da raiz (g) e a massa seca da raiz (g). Os dados obtidos foram submetidos à análise de
variância pelo teste F (P<0,05) e as médias comparadas pelo teste de Tukey (P<0,05). Os
resultados mostraram que o uso das diferentes doses de potássioa adubação potássica não diferiu
nos tratamentos. Avaliou- Observou-se que o uso da matéria orgânica favorece o
desenvolvimento do Feijãode plantas de feijoeiro na fase inicial de desenvolvimento.
PALAVRAS-CHAVE: Phaseolus vulgaris, potássio, Bean, esterco bovino, tratamento.

COMBINED EFFECT OF ORGANIC MATTER AND POTASSIUM FERTILIZATION


ON THE INITIAL DEVELOPMENT OF BEANS

ABSTRACT: The objective of this work was to evaluate the combined effect of organic
matter and potassium fertilization on the initial development of beans. The experiment was
conducted at the Federal Institute of Education, Sciences and Technology of Ceará -
IFCE/Campus Sobral. The trial was conducted with an experimental design in randomized
blocks, in a 5 x 2 factorial scheme, (five doses of potassium x with and without organic
matter), with four replications. The potassium fertilizer factor was made up of 100%; 120%;
140%; 160% and 180% of the recommended dose. The organic matter factor, with the
presence and absence of cattle manure. Irrigation with potassium fertilizer was carried out
every 15 days during the experiment. Thirty days after planting, plant height (cm), number
of leaves, root length (cm), stem diameter (cm), fresh mass of the aerial part (g), mass dry
mass of the aerial part (g), the fresh mass of the root (g) and the dry mass of the root (g). The
data obtained were subjected to analysis of variance using the F test (P<0.05) and the means
compared using the Tukey test (P<0.05). The results showed that the use of different doses of
potassium did not differ between treatments. It was assessed that the use of organic matter
favors the development of beans.
KEYWORDS: Phaseolus vulgarisbean, potassium, cattle manure, treatment.
INTRODUÇÃO:
O feijoeiroão (Phaseolus vulgaris L.) é uma das espécies de leguminosas mais produzidas
no mundo. As diferentes classes de mercado de feijão colorido incluem o, marrom, o roxo, o
vermelho escuro e claro, o vermelho pequeno, o rosa e o preto. Nutricionalmente, oO feijão é um
alimento muito nutritivo, sendo é uma excelente fonte de carboidratos complexos como:
proteínas, fibras, vitaminas, minerais e tem baixo teor de gordura (PITURA et al. 2019).
O cultivo do feijoeiro é realizado em todo o território brasileiro, no sistema solteiro ou
consorciado a outras culturas (WANDER, 2005). Dados da FAO (2018) apontavam que o
Brasil como segundo maior produtor mundial de feijão em 1990, caindo para terceiro em
2016.
No Brasil, Oo feijão é plantado em três safras anuais no país. O plantio da 1ª primeira
safra, também chamada de safra das águas, ocorre entre outubro e dezembro, e tem como
característica o plantio e a colheita beneficiados pelo alto índice de chuvas. A 2ª segunda
safra, ou safra da seca, é plantada em período com menor índice de chuva, normalmente em
fevereiro ou março. A 3ª terceira safra de outono inverno ou safra irrigada, ocorre no
inverno, referindo-se à colheita de feijão irrigado plantado entre os meses de maio e julho.
Após de 90Noventa dias de após o plantio, pode ser feita a colheita do feijão pode ser feita.
Elementos climáticos, como chuva e temperatura, exercem grande influência na produção de
feijão (LANDAU et al. 2020).
O feijoeiro é uma planta bastante exigente em nutrientes e, por possuir ciclo curto,
necessita que eles estejam prontamente disponíveis nos momentos de demanda, para não
limitar a produtividade. O feijão-comum pode absorver, em condições favoráveis,
quantidades significativas de potássio, proporcionando melhor desenvolvimento dos grãos
na maturação e no vigor da semente (OLIVEIRA et al., 1996).
A matéria orgânica representa componente fundamental para a manutenção da
qualidade do solo, estando envolvida em diversos processos físicos, químicos e biológicos.
Desequilíbrios no seu suprimento e alterações nas taxas de decomposição podem provocar a
sua redução em solos sob cultivo, assim acontece o processo de degradação. A
sustentabilidade de agroecossistemas está intimamente relacionada a sua manutenção
(ROSCOE et al., 2002).
Um dos principais benefícios da adição da matéria orgânica no solo é a melhoria das
propriedades físicas, principalmente a estrutura, estabilizando os seus agregados
(MALCOLM et al., 1989).
Compreende-se por matéria orgânica todo o carbono orgânico presente no solo, na
forma de resíduos frescos ou em diversos estágios de decomposição, compostos humificados
e materiais carbonizados (ex.: carvão em solos de savana), associados ou não à fração
mineral; assim como a porção viva, composta por raízes e pela micro, meso e macrofauna.
Entretanto, esta é uma conceituação teórica e na maioria das vezes o que se convenciona
chamar de MO matéria orgânica compreende somente parte dos componentes citados,
dependendo enormemente do preparo da amostra e da metodologia utilizada na
determinação (ROSCOE et al., 2002).
Diante das premissas apresentadas, o objetivo foi mostrar oas efeito combinado de
matéria orgânica e adubação potássica na cultura do feijão durante seu estágio inicial,
podendo promover um crescimento robusto, enraizamento eficaz, suprimento adequado de
nutrientes e aumento da resistência a estresses, criando as condições ideais para um
desenvolvimento saudável e produtivo.

MATERIAL E MÉTODOS
O experimento teve início no dia 20 vinte de setembro de 2023, em uma área
pertencente ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará-IFCE/Campus
Sobral, onde as sementes de feijão foram semeadas em vasos com volume de 1 L. Os vasos
foram preparados co uma camada de brita, , onde as sementes foram semeadas, foram preparados
com brita, uma pequena tela para separação da brita e do solosubstrato, e por fim, o solo em
sisendo este adicionado ao vaso para que estivessem prontos para receberem as sementes de feijão.
O ensaio foi conduzido com delineamento experimental em blocos casualizados, em
esquema em fatorial 5 x 2 (cinco doses de potássio x com e sem matéria orgânica), com
quatro repetições. O fator adubação potássica foi composto por 100%; 120%; 140%; 160%
e 180% da dose recomendada. O fator matéria orgânica, com presença e ausência de esterco
bovino, 50% dos vasos receberam somente o solo e os outros 50%, solo e matéria orgânica..
Aos trinta dias após o plantio avaliou-se a altura da planta (ALT - cm), o número de
folhas (NUF), o comprimento da raiz (C_R - cm), o diâmetro do caule (DI_C - cm), a massa
fresca da parte aérea (MFPA - g), a massa seca da parte aérea (MS_PA - g), a massa fresca
da raiz (MF_R - g) e a massa seca da raiz (MSR - g). Para a variável altura da planta, foi
considerado o comprimento compreendido entre o colo da planta e a inserção da folha
bandeira. As dimensões das plantas foram obtidas com auxílio de uma régua graduada e um
paquímetro digital. O peso foi obtido utilizando-se uma balança eletrônica de precisão. Para
determinação da matéria seca, as plantas foram acondicionadas em sacos de papel e postas
para secar em estufa de circulação forçada, à temperatura de 70 °C ±1 ºC, sendo pesadas
através de uma balança analítica de precisão 0,01g. Os dados obtidos foram submetidos à
análise de variância pelo teste F (P<0,05) e as médias dos tratamentos, quando observado
diferença significativa entre estes, foram comparadas pelo teste de Tukey (P<0,05).

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nos gráficos mostras as médias e os intervalos de confiança para os diferentes níveis de
fatores. Os resultados das para variáveis na altura da planta e número de folhas,
apresentaramou diferenças significativas entre os tratamentos com e sem matéria orgânica
(Figuras 1A e ), (Figura 1B). Assim existindo diferença nas 2 variáveis do substrato com matéria
orgânica.

Fig
ura 1. Efeito de matéria orgânica na Altura altura (A) e no nNúmero de fFolhas (B) de plantas
de feijãofeijoeiro em sua fase inicial de desenvolvimento. Tratamentos Médias dos tratamentos
seguidaos pela mesma letra mostram que tem há diferença entre si pelo teste de Tukey ao
nível de 5% de significância.

Estudos com a produção de pinhão manso tiveram resultados semelhantes, obtidos


por Lima et al. (2010). Esses autores observaram que os resultados indicaram que o uso de
esterco bovino aumenta consideravelmente o crescimento das plantas de pinhão manso. A
aplicação isolada de matéria orgânica na forma de esterco bovino é uma excelente
alternativa para a adubação do pinhão manso.
Verificou-se uma diferença significativa entre os tratamentos para a variável Diâmetro
diâmetro do cCaule (Figura 2A). Entretanto, para a variável do cComprimento da rRaiz,
mostraobserva-se que, não têm há diferenças significativas entre os tratamentos (Figura 2B),
inexistindo mostrando não haver efeito das doses de potássio sobre o desenvolvimento das
raízes da cultura.
Fig
ura 2. Efeito da matéria orgânica no Diâmetro do Caule (A) e no Comprimento da Raiz (B) de
plantas de feijão. Médias dos tTratamentos seguidaos pela mesma letra não diferem entre si
pelo teste Tukey ao nível de 5% de significância.

Em um ensaio feito por de oOliveira et al. (2019), com doses de matéria orgânica,
utilizando esterco bovino e esterco caprino, aplicada aplicados na cultura da mamoneira, o
diâmetro do caule foi influenciado pelas doses crescentes de matéria orgânica na composição
do substrato, para ambos os estercos (bovino e ovino).
Houve diferença significativa entre os tratamentos pdara a Massa massa Fresca fresca
da Parte parte aérea (Figura 3A) quanto e para a variável Massa massa Fresca fresca da Raiz raiz
(Figura 3B) nas plantas com matéria orgânicapara o fator matéria orgânica.

Fig
ura 3. Efeito da matéria orgânica na Massa massa Fresca fresca da Parte parte Aérea aérea (A) e
na Massa massa Fresca fresca da Raiz raiz (B) de plantas de feijoeiroão. Tratamentos Médias dos
tratamentos seguidaos pela mesma letra não diferem entre si pelo teste Tukey ao nível de 5%
de significância.
No teste feito por De Oliveira et al. ,( 2019), com doses de matéria orgânica aplicada a
cultura da mamoneira, a área foliar foi tomada pelas doses de matéria orgânica. A área
foliar se manteve crescente com o incremento do esterco até certo teor, quando a partir deste
o efeito foi negativo, ocasionando redução na área foliar.
Houve diferença significativa entre os tratamentos tanto para a variável Massa massa
Seca seca da Parte parte Aérea aérea (Figura 4A) quanto para a variável Massa massa Seca seca
da Raiz raiz (Figura 4B) nas das plantas que receberam o tratamento compara o fator matéria
orgânica.

Fig
ura 4. Efeito da matéria orgânica na Massa massa Seca seca da Parte parte Aérea aérea (A) e na
Massa massa Seca seca da Raiz raiz (B) de plantas de feijão. Tratamentos Médias dos
tratamentos seguidaos pela mesma letra não diferem entre si pelo teste Tukey ao nível de 5%
de significância.

Na experimentação feita porEm seus ensaios De Oliveira et al, 2019, com doses de
matéria orgânica aplicada a cultura da mamoneira. Oliveira et al. (2019), obteve uma reposta
significativa para área foliar, matéria seca da parte aérea, matéria seca total (P<0,01) e para
matéria seca das raízes (P<,0,05). Estes resultados evidenciam a resposta da mamoneira a
adubação orgânica, demonstrando ainda que as fontes orgânicas utilizadas proporcionaram
diferentes condições nutricionais ao meio. Comparando-se o desenvolvimento das nos
tratamentos que receberam adubação com as plantas cultivadas apenas no solo, percebe-se a
importância da adubação orgânica na mamoneira.

CONCLUSÕES
O uso de matéria orgânica teve um impacto significativo no desenvolvimento inicial do
feijãofavorece o desenvolvimento inicial de plantas de feijeiro.
. O maior desenvolvimento da cultura foi verificado com plantas em que se utilizou da
matéria orgânica, especialmente na altura da planta e o número de folhas. Enquanto as diferentes
doses de cloreto de potássio não apresentaram efeitos consistentes nas variáveis avaliadasNão se
observa respostas da adubação potássica em plantas de feijoeiro em sua fase inicial de
desenvolvimento.

REFERÊNCIAS:

COSTA, E., H. SILVA, P. R. R. Matéria orgânica do solo e o seu papel na manutenção e


produtividade dos sistemas agrícolas. Enciclopédia biosfera v. 9, n. 17, p. 1842-1860, 17 (2013).
DA COSTA, A. S. V. da. et al. Efeito do resíduo de celulose e esterco no solo sobre o
desenvolvimento do milho (Zea mays) e feijão (Phaseolus vulgaris). Revista Ceres, v. 54, n.
314, p. 339-344, 2007.
DE SOUSA, M. D. D. M. de et al. Efeito da adubação potássica no crescimento do feijão de
corda preto. Revista Brasileira dDe Agricultura Irrigada-Rbai, v. 7, n. 1, 2013.
DE OLIVEIRA, F. de A. de et al. Desenvolvimento inicial da mamoneira sob diferentes fontes e
doses de matéria orgânica. Revista Caatinga, v. 22, n. 1, p. 206-211, 2009.
LANDAU, E. C.;, & MOURA, L. (2020). Evolução da produção de feijão (Phaseolus vulgaris,
Fabaceae). (2020).
LIMA, R., et al. Crescimento de plantas de pinhão manso em função da adubação orgânica e
mineral. In: Congresso Brasileiro dDe Mamona, 4.; Simpósio Internacional dDe Oleaginosas
Energéticas, 1., 2010, João Pessoa. Inclusão social e energia: Anais... Campina Grande: Embrapa
Algodão, 2010., 2010.
PITURA, K.; ARNTFIELD, S. D. Characteristics of flavonol glycosides in bean (Phaseolus
vulgaris L.) seed coats. Food chemistry, v. 272, p. 26-32, 2019.

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