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I. INTRODUÇÃO
II.1.1 Solo
Portanto para:
(próxima página)
Seleção da área para amostragem
A área a ser amostrada deve apresentar características uniformes, observando
os seguintes aspectos: i) Cor do solo; ii) Posição no relevo; iii) Cobertura vegetal;
iv) Textura do solo; v) Drenagem e vi) Histórico da área.
Tipos de amostras
Com a finalidade de análise química do solo são coletados dois tipos de
amostras: i) Amostras simples: que é a porção de terra coletada em cada ponto
da gleba e ii) Amostra composta: que é a mistura das amostras simples, de forma
homogênea e, da qual, são retiradas, aproximadamente, 300 g de terra para
envio ao laboratório.
Cuidados e Recomendações
Os principais cuidados e recomendações para a coleta adequada de amostras
para análise de solo, são: i) Planejar antecipadamente o caminhamento para a
amostragem; ii) Conhecer as condições da área a ser amostrada; iii) Limpar o
local em cada ponto a ser amostrado; iv) Caminhar em “zigue-zague” na gleba
delimitada; v) Não retirar amostras próximas de vossorocas, brejos, casas e
outras edificações, árvores, sulcos de erosão, formigueiros e trilha de pedestres;
vi) Nunca colocar as amostras compostas em recipiente usados ou sujos, como
latas de soda, saquinhos de leite, sacos de adubo, de calcário, de cimento,
embalagem de defensivos, além de outros.
Época de amostragem
A amostragem do solo pode ser realizada em qualquer época do ano. Todavia,
deverá ser evitado terreno molhado. Ainda, devido ao tempo mínimo gasto para
que a amostra chegue ao laboratório, para o processamento analítico ser
realizado e para o envio dos resultados, aconselha-se realizá-la 120 a 90 dias
antes do início previsto para a aplicação de corretivos e fertilizante.
Profundidade de retirada das amostras simples
É recomendada para culturas anuais a amostragem das camadas de 0-20 e 20-
40 cm, onde a maior parte do sistema radicular das plantas se desenvolve.
Contudo, recomenda-se a abertura de buraco específico para a amostragem do
solo em profundidade (20-40cm). Em sistemas de Plantio Direto (com mais de
três anos de implantação), sugere-se considerar também a amostragem de
0-10cm, pelo nível diferenciado de fertilidade que essa camada apresenta.
Material necessário para amostragem do solo
Os materiais necessários na amostragem do solo são: i) Trado, pá de corte (pá
reta) ou sonda; ii) Balde;iii) Sacos plásticos e iv) Etiquetas de identificação.
II.2.2. Planta
Macronutrientes
Nutriente Sintoma de deficiência Importância nutricional
Fósforo (i) Coloração púrpura ou arroxeada (i) Estimula o desenvolvimento das raízes.
das folhas novas. (ii) Aumenta o teor de proteínas nos grãos.
(ii) Colmos frágeis e delgados (iii) Atua na fotossíntese e respiração.
(finos frágeis). (iv) Participa no processo de transferência
(iii) Espigas pequenas e retorcidas de energia e no enchimento de grãos.
(tortas) nas extremidades
Potássio (i) Margens das folhas inferiores (i) É responsável pelo uso eficiente da água
(velhas) amarelada, alaranjada ou (regula abertura e fechamento de
bronzeada estômatos)
(ii) Manchas marrons (ou escuras) (ii) Aumenta a resistência da planta ao
no interior do colmo. acamamento.
(iii) Espigas com extremidades (iii) Aumenta a tolerância a pragas e
sem grãos e com sabugo afilado doenças.
(ponteagudo) (iv) Ameniza os efeitos do excesso de N
Cálcio (i) Clorose nas folhas novas. (i) É essencial para o crescimento e
(ii) Redução do crescimento aprofundamento das raízes.
radicular. (ii) Vital para a germinação do grão de
(iii) Morte das extremidades das pólen e fecundação das flores.
raízes. (iii) É parte integrante da parede celular dos
(iv) Falhas de granação (afeta tecidos vegetais.
fecundação).
Tabela 4. Descrição sucinta dos sintomas de deficiência e importância dos
nutrientes para a cultura do milho (Zea mays L.) – continuação.
Magnésio (i) Folhas inferiores (velhas) com (i) É essencial para a fotossíntese
listras esbranquiçadas (clorose) (ii) É componente da clorofila (pigmento
paralelas às nervuras. participante ativo do processo
(ii) Crescimento reduzido da planta. fotossintético).
(iii) Auxilia na absorção de fósforo.
Enxofre (i) Amarelecimento das folhas novas. (i) Participa na composição das
(ii) Crescimento reduzido da planta. proteínas (melhora qualidade)
(iiii) Folhas com limbos mais (ii) Auxilia na síntese de enzimas e
flácidos. vitaminas.
(iii) Participa na formação dos grãos.
Micronutrientes
Boro (i) Folhas avermelhadas (ou roxas) (i) Atua no processo de divisão celular.
no final do ciclo da cultura. (ii) Transporte de carboidratos.
(ii) Espigas pequenas e falhas na (iii) Participa no enchimento de grãos.
granação. (iv) Importante para a germinação da
(iii) Extremidades das espigas com semente.
grãos murchos com aspecto de (v) Contribui para o crescimento de
cortiça. raízes (sobretudo em estádios iniciais)
Zinco (i) Folhas esbranquiçadas próximas (i) Participa no crescimento das plantas.
à região do “cartucho”. (ii) É ativador de inúmeras enzimas.
(ii) Crescimento reduzido da planta. (iii) Participa na formação dos grãos.
(iii) Encurtamento dos internódios.
Manganês (i) Clorose internerval nas folhas (i) Atua no sistema enzimático.
novas.(sintoma muito parecido com (ii) Tem ação relevante na fotossíntese.
a deficiência de magnésio- Mg) (atua na fotólise da água)
(ii) Colmos finos. (iii) Acelera a germinação da semente.
(iii) Menor crescimento das plantas. (iv) Favorece a maturação das plantas.
Cobre (i) Amarelecimento das folhas (logo (i) Atua no sistema enzimático.
após o seu desdobramento) (ii) Atua no sistema imunológico da
(ii) Encurvamento das extremidades planta. (fenóis e quinonas)
das folhas (iii) participa na síntese de proteína
(iii) Margens das folhas necrosadas (iv) Participa na produçã o de
(iii) Enfraquecimento do Colmo plastocianina para a fotossíntese
III. ACIDEZ DO SOLO
Tipo Origem
Acidez ativa, atual, livre Concentração de H+ ou H3O+ da solução do solo
ou iônica
Acidez trocável Concentração de H+ e Al 3+ presente no complexo de
troca
Acidez potencial, Concentração de H+ e Al 3+ liberados por um conjunto
titulável ou de reserva de substâncias do solo (principalmente matéria
orgânica)
CALAGEM
Onde:
NC = necessidade de calcário (t/ha);
CTC = capacidade de troca catiônica (mmolc/dm3);
V1 = saturação por bases (fornecida pela análise de solo);
V2 = saturação por bases desejada (dependente da cultura);
(V% recomendado para milho = 60-70% em condições normais e 50-55% em
solos sob vegetação de cerrado ou com baixa CTC efetiva)
PRNT = poder relativo de neutralização total (do calcário) e
p = profundidade de correção
(p = 0,5 para profundidade de correção até 10 cm);
(p = 1,0 para profundidade de correção até 20 cm);
(p = 1,5 para profundidade de correção até 30 cm) e
(p = 2,0 para profundidade de correção de 40 cm).
(Observação: na prática, o fator p, não é comumente considerado).
NC (t/ha) = (2 x Al+++)
Critério baseado na elevação de teores de cálcio e magnésio
(*) Para os solos com teor de argila inferior a 20% deve-se substituir o valor 2 por 1,2.
Critério SMP
Tabela 11. Doses de gesso em função da textura do solo (Vitti & Luz, 1998)
(i) ferro (Fe), cobre (Cu), zinco (Zn), boro (B) e manganês diminui;
(ii) molibdênio (Mo) e cloro (Cl) aumenta;
(iii) fósforo (P) aumenta até pH próximo de 6,0-6,4, permanecendo máxima e
constante até pH 7,0, a partir do qual ocorre um decréscimo;
(iv) nitrogênio (N) e enxofre (S) aumenta linearmente até pH 6,0, onde atinge
um patamar e permanece constante e
(v) cálcio (Ca), magnésio (Mg) e potássio (K), praticamente, permanece
constante.
Por outro lado, sabe-se que acima de pH 5,5 todo alumínio
precipita na forma de hidróxido (o que é desejável, pois o alumínio é um elemento
tóxico - inibidor de mitose). Sendo assim, verifica-se que o pH entre 5,7 e 6,2
representaria o valor almejável em qualquer sistema de produção, sendo a faixa
de 5,5 a 6,5, satisfatoriamente, aceitável.
A água, além de ser o carreador de nutrientes, do solo à planta
(solução diluída), possui acentuada importância no crescimento celular, no
mecanismo de abertura e fechamento de estômatos (relacionado à transpiração e
absorção de dióxido de carbono), em reações metabólicas, na distribuição de
fotoassimilados pela planta e na regulação de temperatura (a água possui alto
calor específico), dentre outras.
VIII. ADUBAÇÃO
N P K Ca Mg S
Citação
mg.kg-1
(1) 27,5-32,5 1,9-3,5 17,5-29,5 2,3-4,0 1,5-4,0 1,5-2,1
Tabela 17. Adubação corretiva de potássio para solos de cerrado com teor
de argila superior a 20%. CPAC/EMBRAPA (1998)
(1) Ao atingir o nível de K, na análise do solo, acima dos valores críticos, utilizar
somente a adubação de manutenção.
Tabela 18. Recomendação de adubação fosfatada corretiva para solos sob
vegetação de cerrado (CPAC/EMBRAPA, citado por Fancelli &
Dourado-Neto, 1999).
XI.1. Nitrogênio
Onde:
(1) Ao atingir nível de P extraído acima de valores estabelecidos nessa classe, utilizar
somente adubação de manutenção.
VI.3. Potássio
Cobertura
Rendimento
Classe de resposta
almejado Semeadura
(t/ha) alta média baixa
N (kg/ha)
2a4 10 40 20 10
4a6 20 60 40 20
6a8 20 100 70 40
8 a 10 30 120 90 50
10 a 12 30 140 110 70
VIII. MICRONUTRIENTES
Teor B Cu Fe Mn Zn
Mg.dm-3
Baixo 0-0,20 0-0,2 0-4,0 0-1,2 0-0,5
Médio 0,21-0,6 0,21-0,8 4,1-12 1,3-5,0 0,6-1,2
Alto >0,6 >0,8 >12 >5,0 >1,2
Extrator Água quente DTPA
Fonte: Raij et al. (1996)
Teor B Cu Mn Zn
mg.kg-1
Baixo 0-0,25 0-0,4 0-1,9 0-1,0
Médio 0,25-0,5 0,41-0,8 2,0-5,0 1,1-1,6
Alto >0,5 >0,8 >5,0 >1,6
Extrator Água quente Mehlich 1
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