Ruff et al.

Doses de fósforo em híbridos de milho cultivados em solo arenoso

Scientific Electronic Archives

Issue ID: Sci. Elec. Arch. Vol. 16 (5)
May 2023
DOI: http://dx.doi.org/10.36560/16520231717
Article link: https://sea.ufr.edu.br/SEA/article/view/1717

Doses de fósforo em híbridos de milho cultivados em solo arenoso

Phosphorus doses in mays hybrids cultivated in sandy soil

Oilhan Jonas Ruff

Centro Universitário do Vale do Araguaia

Jefersson Pereira Duarte

Centro Universitário do Vale do Araguaia

Claudia Cardoso dos Santos

Universidade Federal de Mato Grosso

Corresponding author
Carlos Leandro Rodrigues dos Santos
Centro Universitário do Vale do Araguaia
calersantos@gmail.com

______________________________________________________________________________________
Resumo. O objetivo foi analisar doses crescentes de adubação fosfatada em dois diferentes híbridos de milho
cultivados em solo arenoso. O delineamento experimental foi de blocos casualizados, em esquema fatorial 2 x 5, sendo
dois híbridos de milho (Brevant 688 e Agroceres 1051) e cinco doses de fósforo (0; 50; 100; 150 e 200 kg ha -1 de P2O5),
replicadas quatro vezes. A fonte de fósforo utilizada foi o monofosfato de amônio. O solo utilizado foi coletado de um
Neossolo Quartzarênico com 903 g kg-1 de areia. Aos 45 dias após o plantio dos híbridos foram mensuradas as
características estruturais como altura e o diâmetro de colmo. A biomassa vegetal foi pesada e seca para a obtenção
dos dados que foram submetidos à análise de variância e estudo de regressão. As plantas híbridas de milho diferem em
suas respostas à aplicação de fósforo em solo de textura arenosa, indicando a necessidade de diferentes
recomendações de adubação fosfatada no mesmo solo para diferentes híbridos, sendo que para o genótipo Brevant
688 ocorreram as maiores produções indicando maior potencial para a utilização desse material para as condições de
textura extremas impostas neste estudo.
Palavras-chave: adubação fosfatada, fertilidade do solo, textura do solo.

Abstract. The objective was to analyze increasing doses of phosphate fertilization in two different corn hybrids grown in
sandy soil. The experimental design was randomized blocks, in a 2 x 5 factorial scheme, with two corn hybrids (Brevant
688 and Agroceres 1051) and five doses of phosphorus (0; 50; 100; 150 and 200 kg ha -1 P2O5), replicated four times.
The phosphorus source used was ammonium monophosphate. The soil used was collected from a Entisol
Quartzpsamment (Soil Taxonomy, USA) with 903 g kg-1 of sand. At 45 days after planting the hybrids, structural
characteristics such as height and stem diameter were measured. The plant biomass was weighed and dried to obtain
the data that were subjected to analysis of variance and regression study. The hybrid corn plants differ in their responses
to phosphorus application in sandy textured soil, indicating the need for different phosphate fertilization
recommendations in the same soil for different hybrids, with the highest yields for the Brevant 688 genotype indicating
greater potential for the use of this material for the extreme texture conditions imposed in this study.
Key words: phosphate fertilization, soil fertility, soil texture.

______________________________________________________________________________________

Introdução 4° levantamento da safra mundial de milho para a

O milho (Zea mays) é uma das culturas Safra 2022/2023 (FIESP, 2022) realizado pelo
mais consumidas mundialmente. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos

15
 Ruff et al. Doses de fósforo em híbridos de milho cultivados em solo arenoso
(USDA) a produção mundial é de 1.179,6 milhões
de toneladas. O Brasil é o terceiro maior produtor
mundial de milho com 126 milhões de toneladas
atrás somente dos Estados Unidos (364,7 milhões
de toneladas) e da China (271 milhões de
toneladas).
Mediante essas informações de números
promissores na produção em escala mundial,
devido a importância econômica e qualidades
nutricionais deste cereal para a alimentação
humana ou para a ração animal, faz se importante
ressaltar a importância do cultivo desses grãos.
Contudo, no cultivo dos grãos há alguns fatores
limitantes como solos em áreas sob Cerrado, pois
estas áreas apresentam limitações na obtenção de
maiores produtividades; tais como, baixa fertilidade,
baixos teores de matéria orgânica, Ca, Mg e K, além
de alta acidez e sobretudo a deficiência de fósforo
(P). Considerando que esse bioma apresenta uma
área expressiva de Neossolos Quartzarênicos
(IBGE, 2015), grande parte destes solos quando
bem manejado com práticas conservacionistas
adequadas poderia ser utilizada para a produção de
milho.
O P é um dos elementos essenciais para as
plantas, sendo presente em várias partes estruturais
das células e metabólitos móveis armazenadores de
energia. A contribuição do fósforo para as plantas é
essencialmente via sistema radicular, estando sua
absorção dependente da capacidade de
fornecimento do solo (SOUZA et al., 2014).
Na cultura do milho, a quantidade de P para
o crescimento ideal das plantas é menor quando
comparado ao N e K. Sendo a nutrição das plantas
de milho com P essencial, uma vez que o P é um
nutriente determinante na produção de grãos, sendo
que 80 a 90% do seu total absorvido pelas plantas
de milho são exportados para os grãos (RESENDE
et al., 2006).
Para a produção ideal de uma cultura, os
fatores bióticos (sementes), e abióticos (solo, clima,
temperatura) são extremamente relevantes. Cruz et
al. (2009), atribui a capacidade produtiva de uma
lavoura, também às características genéticas das
sementes, e seu comportamento, de acordo com as
condições de solo, clima e ecologia as quais as
plantas serão submetidas, sendo a cultivar
responsável por até 50% do rendimento final.
Deste modo, a escolha de sementes com
alta capacidade de produção, torna-se um
diferencial no potencial produtivo, uma vez que
diferenças entre cultivares de milho quanto à
capacidade de crescimento em solo com deficiência
de P, por exemplo, pode influenciar largamente a
absorção e utilização deste nutriente, assim, a
variedade híbrida pode indicar maior eficiência no
aproveitamento do nutriente (SOUSA et al., 2010).
Contudo, além de estudar qual variedade de
milho pode promover maior produção, é importante,
analisar as quantidades de P que as plantas podem
expressar melhor seu potencial produtivo. Estudos
realizados por Prado et al. (2001) e Castro et al.
(2016), citam que a adubação fosfatada em doses
16
maiores do que a exigida pela cultura, pode
expressar melhor seu potencial e
consequentemente o melhor desenvolvimento da
cultura.
Em relação ao fator abiótico solo, o P
interage fortemente com os constituintes
mineralógicos, devido à alta intempérie, sendo
maior a adsorção em solos argilosos tornando-se
indisponível às plantas. A capacidade de solos, de
região de clima tropical e subtropical, em adsorver
fósforo é em média 1.000 vezes maior que a
adubação fosfatada, geralmente aplicada,
implicando que, em condições naturais, existe uma
tendência à deficiência desse elemento (VILAR et
al., 2013). Já em solos arenosos, de acordo com
estes mesmos autores ocorre o oposto, pois
apresentam baixa capacidade de adsorver o P,
tornando maior o nível crítico deste nutriente no
solo. Mediante o exposto, a pesquisa teve como
objetivo analisar doses crescentes de adubação
fosfatada em dois diferentes híbridos de milho
cultivados em solo arenoso.
Material e Métodos
O experimento realizado no segundo
semestre de 2020, em condições de casa de
vegetação do Centro Universitário do Vale do
Araguaia em Barra do Garças, Mato Grosso
(Altitude de 318 m a 15°53'26.2"S 52°16'38.6"W). O
clima da região é do tipo Aw pela classificação de
Köppen e Geiger. A precipitação média anual é de
1.585 mm e a temperatura média anual é de 25,6 °C
(INMET, 2020).
O delineamento experimental utilizado foi o
de blocos casualizados, com quatro repetições, em
esquema fatorial 2 x 5, utilizando dois híbridos de
milho (Brevant 688 e Agroceres 1051) e cinco doses
de P2O5 (0, 50, 100, 150 e 200 kg ha-1) na forma de
monofosfato de amônio (MAP - 61% de P2O5). O
solo utilizado foi coletado em uma área no perímetro
de Barra do Garças – MT (15°90'18.4"S
52°30'60.1"W ) e classificado como Neossolo
Quartzarênico, conforme Sistema Brasileiro de
Classificação do solo atual e de acordo com as
análises apresenta: granulometria de areia = 90,3
%, silte = 8,4% e argila = 1,2%; e características
química de pH em CaCl2 = 5,4; P = 2,2 mg dm -3; K =
0,02 cmolc dm-3; Ca = 0,79 cmolcdm-3; Mg = 0,06
cmolcdm-3; Al = 0,06 cmolc dm-3; H+Al = 0,91cmolc
dm-3; M.O. = 7,37 g dm-3; CTC = 1,78 cmolc dm-3; V =
49,03%; Zn = 0,68 mg dm -3; Cu = 0,17 mg dm-3; Fe
= 31,84 mg dm-3; Mn = 5,70 mg dm-3; B = 0,03 mg
dm-3; S= 3,91 mg dm-3.
Na primeira etapa de correção da fertilidade
conforme recomendações oficiais para a cultura no
Cerrado e laudo de análise química e física, o solo
foi acondicionado em recipientes de11 L e foi
incorporado a ele 1,74 g de calcário dolomítico
(PRNT = 80%, PN de 104%), equivalente a 244 kg
ha-1 de calcário por hectare. Cada recipiente
recebeu os tratamentos com as respectivas doses
de P2O5, que fracionados foram: 0; 0,45; 0,90; 1,35
e 1,80 g por vaso de fosfato monoamônio, aplicadas
 Ruff et al. Doses de fósforo em híbridos de milho cultivados em solo arenoso
no centro do vaso juntamente com KCl, ureia
(somando as diferenças da maior dose de MAP
menos os teores contidos no MAP - 10% de N, para
que todos os vasos ficassem com a mesma dose de
N) e S elementar na profundidade de 5 cm,
simulando aplicação de fósforo no sulco de plantio,
sendo os micronutrientes aplicados via solução em
100 mL por vaso.
No dia 02 de setembro de 2020 foram
semeadas oito sementes por vaso, distantes a 5 cm
do local de disposição dos adubos. Doze dias após
a germinação, foi realizado o desbaste deixando
somente duas plantas por vaso para evitar a
competição de nutrientes e espaço entre plantas.
Quanto aos milhos híbridos o genótipo 1 (Brevant
688) tem o tratamento de semente com inseticida
Imidacloprid (neonicotinóide), e o genótipo 2
(Agroceres 1051) tem tratamento com inseticida
Poncho (clotianidina). A irrigação foi feita
diariamente de forma a manter o teor de umidade
próximo da capacidade de campo (70% do volume
total de poros).
Realizou-se aos 45 dias após o plantio a
medição da altura das plantas, sendo altura da
primeira folha ligulada e do diâmetro de colmo das
plantas, que foram colhidas e fracionadas. Após o
corte, separou-se a parte aérea e as raízes, onde
foram pesadas e levadas para secagem em estufa
Tabela 1. Altura de planta da folha expandida (AFE), altura da folha ligulada (AFL), diâmetro do colmo (DC), número de
folhas (NF), massa fresca de parte aérea (MFPA) e massa fresca de raiz (MFR) avaliadas em dois genótipos de milho
sob doses de P2O5
AFE AFL
ANAVA
(cm) (cm)
Genótipo (Fc) 2,89NS 2,75NS
Dose (Fc) 15,46* 24,86*
Genótipo x Doses
(Fc) 2,01NS 1,55NS
Média Geral 56,78 18,06
C.V. (%) 17,91 20,30
NS – não significativo e * - significativo a 5% de probabilidade pelo teste t. Fc = F calculado
A altura da folha expandida e a altura da
folha ligulada das plantas de milho foram
influenciadas pelas doses de P2O5, verificando-se
efeito significativo no modelo quadrático de
regressão (p≤0,05) entre as variáveis e doses de P,
com altura máxima da folha expandida foi na dose
de 133,55 kg ha-1 de P2O5, promovendo um
incremento de 74,74% quando comparada a maior
dose do adubo com a dose sem a adubação e altura
máxima da folha ligulada foi observada na dose de
138,94 kg ha-1 de P2O5 com incremento de 85,59%,
quando comparado a dose com adubação e a dose
sem a adubação com P (Figura 1).
Resultados semelhantes para altura foram
observados por Lana et al. (2014) e Silva et al.
(2014), no estudo em que avaliaram o índice de
de circulação forçada de ar a 65 °C, onde
permaneceram até atingirem peso constante. O
material vegetal foi pesado e avaliado suas partes
constituintes.
Os dados obtidos a partir dos valores das
características estruturais e de crescimento das
plantas de milho, como altura das plantas, altura da
primeira folha ligulada, diâmetro de colmo das
plantas, massa fresca de parte aérea, massa fresca
de raiz, massa fresca total, massa seca de folhas,
massa seca de colmo, massa seca de raiz e massa
seca total foram submetidos à análise de variância
(Anova) aplicando-se teste F para comparar médias
dos genótipos e regressão modelo polinomial de 5%
de probabilidade para estudar a influencia das
doses, utilizando-se o programa Sisvar (FERREIRA,
2008).
Resultados and discussão
A análise da variância evidenciou efeito
significativo (p≤0,05) para os genótipos de milho
para a massa fresca de raiz. Enquanto para doses
de P2O5, houve efeito significativo para altura de
plantas, altura da folha ligulada, número de folhas e
massa fresca de parte aérea. Não houve efeito
significativo para nenhum dos fatores sobre o
diâmetro de colmo e também não houve interação
entre os fatores (Tabela 1).
DC NF MFPA MFR
(cm) _ g planta-1 g planta-1
0,47NS 1,00NS 6,42* 1,73NS
0,04NS 18,33* 6,79* 7,63*
1,59NS 2,11NS 1,33NS 0,69NS
1,55 7,67 34,74 36,00
78,17 12,31 52,71 50,69
eficiência agronômica (IEA) de fertilizantes
fosfatados para a cultura do milho, e ao avaliarem a
cultura do milho em resposta à adubação com P e
N, respectivamente.
Para o número de folhas (NF) e massa
fresca da parte aérea (MFPA) das plantas de milho
houve efeito significativo com ajuste do modelo
quadrático de regressão (p≤0,05) com maior de
número de folhas expresso na dose de 130,50 kg
ha-1 de P2O5, promovendo um incremento de 5,70%
quando comparada a maior dose do adubo com a
dose sem a adubação e, para a MFPA a maior
produção foi obtida na dose de P de 154 kg ha -1,
com incremento de 92,40% quando comparado a
dose com adubação e a dose sem a adubação com
P (Figura 2).
17
 Ruff et al. Doses de fósforo em híbridos de milho cultivados em solo arenoso

Figura 1. Extensão da maior folha expandida (Altura de planta 1) e Altura da folha ligulada (altura 2) de plantas híbridas
de milho sob doses de P2O5.

Figura 2. Número de folhas (A) e massa fresca da parte aérea (B) de milhos híbridos sob doses de P2O5.

Para a massa fresca de raiz (MFR) e massa
seca da raiz (MSR) dos genótipos de milho
observaram-se efeito significativo no modelo
quadrático de regressão (p≤0,05) com valores
expressivos incrementando em 91,26% ao
comparar a maior dose com P e a dose sem a
adubação, sendo que para a massa fresca o maior
acúmulo foi na dose de 150 kg ha -1 de P2O5 e que
para a massa seca da raiz o incremento foi de
73,17%, quando comparado a maior dose de P de
200 com a dose sem adição de P.
A análise da variância revelou efeito
significativo (p≤0,05) para os genótipos de milho
sobre as variáveis massa seca de raiz, massa seca
de colmo e massa seca total, enquanto que para as
doses de P2O5, houve efeito significativo para massa
seca de raiz, massa seca das folhas e massa seca
total. Não houve interação entre os fatores genótipo
e doses para nenhuma das variáveis (Tabela 2).
A massa seca de folhas foi influenciada
pelas doses de P2O5, verificando-se efeito
significativo no modelo quadrático de regressão
(p≤0,05) com maior produção proporcionada pela
dose de 142,55 kg ha -1 de P2O5 com incremento de
94,66% quando se compara a maior dose de
adubação com a dose sem a adubação com P. Para
a massa seca total a produção máxima foi
proporcionada pela dose de 128,33 kg ha -1 com

18
 Ruff et al. Doses de fósforo em híbridos de milho cultivados em solo arenoso

incremento nesta variável de 88,15% quando comparadas as doses com e sem P, ou seja a maior
e a menor (Figura 4).

Figura 3. Massa de raiz de plantas híbridas de milho sob doses de P2O5.

Tabela 2. Massa seca de raiz (MSR), massa seca de colmo (MSC), massa seca de folhas (MSF) e massa seca parte
aérea total (MSPATotal) avaliadas em dois genótipos de milho sob doses de P2O5.
MSR MSC MSF MSPATotal
ANAVA 
g planta-1 g planta-1 g planta-1 g planta-1
Genótipo (Fc) 5,4* 4,98* 3,27 NS
4,3*
Dose (Fc) 6,45* 2,28 NS
6,73* 4,59*
Genó x Doses (Fc) 2,05NS 0,92NS 0,66NS 0,74NS
Média Geral 4,69 2,29 3,23 5,53
C.V. (%) 60,97 63,61 50,96 54,40
NS – não significativo e * - significativo a 5% de probabilidade pelo teste t; Fc = F calculado

Figura 4. Massa seca de folhas (A) de folhas e massa seca da parte aérea total (B) de plantas de milho sob doses de
P2 O5 .

Em estudos, Almeida (2019) observou que a maior proporção de massa seca na planta. Esse
maior concentração de fósforo propicia aumento no comportamento também foi constatado por outros
desenvolvimento da planta e, consequentemente, autores em seus trabalhos com adubação fosfatada

19
 Ruff et al. Doses de fósforo em híbridos de milho cultivados em solo arenoso
na cultura do milho (BASTOS et al., 2010; PELÁ et
al., 2017; SALDANHA et al., 2017). Scaramuzza et
al. (2011), ao avaliarem a resposta da soja (Glycine
max L.) a fertilizantes fosfatados, observaram efeito
positivo na produção de massa seca de parte aérea.
Essa informação é corroborada pelo presente
estudo, pois os resultados podem ser verificados no
gráfico da figura 5.
A diferença de comportamento entre os
genótipos sobre a variável massa fresca de parte
Figura 5. Biomassa de dois híbridos de milho cultivado em solo arenoso, independente das doses de fósforo aplicada
em solo arenoso. MFPA = massa fresca de parte aérea; MSR = massa seca de raiz; Mscolmo = massa seca de colmo;
MSPAtotal = massa seca de parte aérea total. Letras diferentes sobre as barras em cada variável indica diferença
estatística.
Conclusões
As plantas híbridas de milho diferem em suas
respostas à aplicação de fósforo em solo de textura
arenosa, indicando a necessidade de diferentes
recomendações de adubação fosfatada no mesmo solo
para diferentes híbridos, sendo que para o genótipo
Brevant 688 ocorreram as maiores produções indicando
maior potencial para a utilização desse material para as
condições de textura extremas impostas neste estudo.
Referências
BASTOS, A. L.; COSTA, J. P. V.; SILVA, I. F.; RAPOSO,
R. W. C.; OLIVEIRA, F. A.; ALBUQUERQUE, A. W.
Resposta do milho a doses de fósforo. Revista Brasileira
de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v.
14, n. 5, p. 485–491, mai. 2010.
CASTRO, L. R.; REIS, T. C.; FERNANDES JÚNIOR, O.;
ALMEIDA, R. B. S.; ALVES, D. S. Doses e formas de
aplicação de fósforo na cultura do milho. Revista Agraria,
v. 9, p. 47-54, 2016.
CRUZ, J. C.; GARCIA, J. C.; PEREIRA FILHO, I. A.;
PINTO, L.; QUEIROZ, L. Caracterização dos sistemas de
produção de milho para altas produtividades. Circular
Técnica N 124, Embrapa Milho e Sorgo-(INFOTECA-E),
2009, p. 15.
20
aérea e o híbrido Brevant 688 é bastante notável,
uma vez que a diferença ainda permanece nas
demais variáveis. As variáveis massa seca da raiz,
massa seca do colmo e massa seca da parte aérea
total apresentaram diferenças significativas para
ambos os fatores. O genótipo Brevant 688
promoveu melhor desenvolvimento sobre as
variáveis massa fresca de raiz, massa seca de raiz,
massa seca de colmo e massa seca total.
FERREIRA, D. F. Sisvar: a computer statistical analysis
syste. Review. Ciênc. agrotec. 35 (6) Dec. 2011.
https://doi.org/10.1590/S1413-70542011000600001
FIESP-FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE
SÃO PAULO –. Safra Mundial de Milho 2019/20 - 12o
Levantamento do USDA. Abril de 2020. Disponível em:
https://www.fiesp.com.br/indices-pesquisas-e-
publicacoes/safra-mundial-de-milho-2/attachment/file-
20200413143957boletimmilhoabril2020/. Acesso em: 01
jun. 2020.
IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E
ESTATÍSTICA. Manual técnico de pedologia. 3 ed. Rio de
Janeiro: IBGE, 2015, 425 p.
INMET. Instituto Nacional de Meteorologia. BDMEP -
Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa,
2020. Disponível em: http://www.inmet.gov.br/. Acesso
em: 01 jun.2020.
LANA, M. C.; RAMPIM, L.; VARGAS, G. Adubação
fosfatada no milho com fertilizante organomineral em
Latossolo Vermelho eutroférrico. Global Scientia and
Technology, v. 7, n. 1, p. 26-36, 2014.
 Ruff et al. Doses de fósforo em híbridos de milho cultivados em solo arenoso

PELÁ, A.; GONÇALVES, R. N.; PEREIRA, F. S.;

RODRIGUES, F.; CRUZ, S. J. S. Phosphorus use
efficiency in maize as a function of different sources.
Australian Journal of crop Science, v. 11, n. 1, p. 71-75.
2017.

PRADO, R. M.; FERNANDES, F. M.; ROQUE, C. G.

Resposta da cultura do milho a modos de aplicação e
doses de fósforo, em adubação de manutenção. Revista
Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v. 25, n. 1, p. 83-90,
2001.

RESENDE, A. V.; FURTINI NETO, A. E.; ALVES, V. M.

C.; MUNIZ, J. A.; CURI, N.; FAQUIN, V.; KIMPARA, D. I.;
SANTOS, J. Z. L.; CARNEIRO, L. F. Fontes e modos de
aplicação de fósforo para o milho em solo cultivado da
Região do cerrado. Revista Brasileira de Ciência do Solo,
v. 30, n. 3, p. 453-466, 2006.

SALDANHA, E. C. M.; ROCHA, M. E. L. DA; ARAÚJO, J.

L. S.; ALVES, J. D. N.; MARIANO, D. C.; OKUMURA, R.
S. Adubação fosfatada na cultura do milho no nordeste
paraense. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages,
v.16, n. 4, p. 441-448, 2017.

SANTOS, R. D.; PEREIRA, L. G. R.; NEVES, A. L. A.;

AZEVÊDO, J. A. G.; MORAES, S. A. de; COSTA, C. T. F.
Características agronômicas de variedades de milho para
produção de silagem. Acta Scientiarum: Animal Sciences,
v. 32, n. 4, p. 367-373, 2010.

SCARAMUZZA, J. F.; CHIG, L. A.; CASONATTO, R.

Efeito de fertilizante organomineral comparado a
diferentes fontes de fósforo em soja. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO, 33., 2011,
Uberlândia. Solos nos biomas brasileiros: sustentabilidade
e mudanças climáticas: anais. [Uberlândia]: SBCS: UFU,
ICIAG, 2011.

SILVA, G. F.; OLIVEIRA, F. H. T.; PEREIRA, R. G.;

DIÓGENES, T. B. A.; NOVO JÚNIOR, J.; SOUZA FILHO,
A. L. Doses de nitrogênio e de fósforo recomendadas para
produção econômica de milho verde em Mossoró-RN.
Magistra, v. 26, n. 4, p. 471-485, 2014.

SOUSA, D. M. G.; REIN, T. A.; GOEDERT, W. J.;

LOBATO, E.; NUNES, R. S. Fósforo. In: PROCHNOW, L.
I.; CASARIN, V.; STIPP, S. R. (Ed.) Boas práticas para
uso eficiente de fertilizantes. v. 2, Piracicaba: INPI, 2010.
p. 67-132.

SOUZA, J. R.; RIBEIRO, B. N.; RAPOSO, T. P.; FIORIN,

J. E.; CASTRO, G. S. A.; MAGALHÃES, R. S. Eficiência
do fósforo revestido com polímeros na cultura da soja.
Acta Iguazu, Cascavel, v. 3, n. 4, p. 1-9, 2014

21