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Acta Scientiarum
http://www.uem.br/acta
ISSN impresso: 1679-9275
ISSN on-line: 1807-8621
Doi: 10.4025/actasciagron.v37i3.19392

Soltura biológica do solo por gramíneas do gênero Brachiaria na


integração lavoura-pecuária

José Flávio Neto, Eduardo da Costa Severiano* , Kátia Aparecida de Pinho Costa, Wellington
Silva Guimarães Junnyor, Wainer Gomes Gonçalves and Renata Andrade

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, Rod. Sul Goiana, Km 01, 75901-970, Campus Rio Verde, Rio Verde, Goiás, Brasil.
*Autor para correspondência. E-mail: severianoec@yahoo.com.br

ABSTRATO. A compactação do solo associada à degradação das pastagens pode diminuir a produtividade animal,
a longevidade da forragem e comprometer a sustentabilidade ambiental. Para enfrentar esse grave problema, o
potencial de soltura das forrageiras deve ser reconhecido. Avaliamos o intervalo hídrico menos limitante como
indicador do potencial de soltura biológica em relação ao cultivo de gramíneas do gênero Brachiaria em integração
lavoura-pecuária. Também avaliamos a disponibilidade hídrica para a cultura da soja que sucedeu essas gramíneas.
Nossos estudos foram realizados em duas etapas. Na primeira etapa, foram divididas 32 parcelas em quatro blocos
casualizados nos quais foram cultivados milho combinado com os seguintes tratamentos: 1 - Brachiaria brizantha
cultivar Marandu; 2 - Xaraés; 3 - Piata; 4 - MG4; 5 - B. decumbens; 6 - B. ruziziensis; 7 - Plantas invasoras; e 8 - solo descoberto.
Avaliamos o solo, para quantificar o afrouxamento biológico do solo, e também as forrageiras. Na segunda etapa,
cultivamos soja e adicionamos: 9 - preparo convencional como controle, aumentando o número de parcelas para 36.
Nossos resultados sugerem que é possível cultivar Brachiaria brizantha ou Brachiaria decumbens como estratégia
de manejo para auxiliar na recuperação edáfica. Os capins Xaraés e Piatã proporcionam maior soltura do solo e
aumentam a disponibilidade hídrica para sucessivas safras de soja.
Palavras-chave: recuperação de pastagem, qualidade estrutural do solo, intervalo hídrico mínimo limitante.

Descompactação biológica do solo por capins do gênero Brachiaria em Integração


Agricultura-Pecuária

RESUMO. A compactação do solo associada à degradação das pastagens reduz a produtividade animal e da
forrageira e compromete a sustentabilidade ambiental. No enfrentamento desta grave questão, faz-se necessário o
conhecimento do potencial de descompactação do solo promovido por algumas forrageiras.
Este trabalho objetivou avaliar o intervalo hídrico ótimo como indicador da descompactação biológica do solo
decorrente do cultivo de capins do gênero Brachiaria em integração agrícola-pecuária, bem como a disponibilidade
hídrica à soja cultivada em sucessão. O estudo foi realizado em duas etapas. Inicialmente foram implantadas 32
parcelas em quatro blocos casualizados, cultivando milho consorciado com os seguintes tratamentos: 1 - Brachiaria
brizantha cultivares Marandu, 2 - Xaraes, 3 - Piata e 4 - MG4, 5 - B. decumbens, 6 - B. ruziziensis , 7 - Plantas
invasoras e, 8 - Solo descoberto. Foi avaliando o solo para quantificação da descompactação biológica, e também
como forragens. Na segunda etapa cultivou-se soja, acrescentando-se como tratamento testemunha: 9 - plantio
convencional, totalizando 36 parcelas. Os resultados sugerem o cultivo de B. brizantha ou B. decumbens na
recuperação edáfica. Destacam-se os capins Xaraes e Piata que fornecem maior descompactação do solo e,
consequentemente, aumento da disponibilidade hídrica à soja em sucessão.

Palavras-chave: recuperação de pastagens, qualidade estrutural do solo, intervalo hídrico ótimo.

Introdução A recuperação das pastagens e a melhoria das características

A extensa e contínua atividade de pastoreio da físicas do solo são alcançadas pela reversão desse processo de
pecuária brasileira é a principal causa da degradação. Combinando técnicas para amortizar custos
degradação das pastagens. A degradação física operacionais e aumentar a sustentabilidade, como é o caso da
do solo ocorre devido à compactação causada pelo Integração Lavoura Pecuária (CLI) (COSTA et al., 2010), as
pisoteio de animais e tráfego de máquinas em propriedades químicas, físicas e biológicas do solo podem ser
condições desfavoráveis quanto ao teor de água melhoradas. Além disso, os sistemas de plantio direto podem
do solo (LANZANOVA et al., 2007). Essa possibilitar a formação de palha (PETTER et al., 2011).
degradação resulta em uma diminuição acelerada Embora muitos agricultores relutem em adotar
da produtividade e longevidade das pastagens (IMHOFFesse
et al., 2000).devido aos possíveis efeitos negativos
sistema
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de pisoteio animal (BAVOSO et al., 2010; FLORES et al., precipitação ocorrendo em janeiro e o mínimo ocorrendo
2007), o uso de plantas forrageiras oferece uma alternativa em junho, julho e agosto (< 50 mm mês-1).
para a recuperação física do solo.
Diferentemente da lavoura realizada por equipamentos Uma área de 2.016 m2 foi plantada com milho (Zea
agrícolas, a lavoura por plantas ocorre uniformemente ao mays) em 19 de novembro de 2010 e foi destinada à silagem.
longo das camadas do solo pelas raízes e forma bioporos O espaçamento entre linhas foi de 0,88 m (população de
favoráveis ao crescimento radicular, infiltração de água e 55.000 plantas ha-1). A adubação foi realizada no plantio
difusão de gases (SEVERIANO et al., 2010). de acordo com os resultados da análise de solo (Tabela 2)
Consequentemente, o cultivo de plantas atenua os efeitos com 30 kg ha-1 de N, 200 kg ha-1 de P2O5, 60 kg ha-1 de
deletérios e proporciona um ambiente favorável para K2O, 2 kg ha-1 de B e 0,4 kg ha-1 de Mo. Foram utilizadas
culturas sucessivas (CHIODEROLI et al., 2012; GUIMARÃES et al.,as 2009).
seguintes fontes de fertilizantes: superfosfato simples,
Embora algumas plantas sejam conhecidas por penetrar cloreto de potássio, ácido bórico e molibdato de sódio,
em camadas compactadas do solo (LIMA et al., 2012), seguindo as recomendações de Sousa e Lobato (2004).
pouco se sabe sobre o potencial de cultivo da Brachiaria
(Trin.) Griseb. spp. (syn. Urochloa P. Beauv. spp.), Após a emergência da cultura, foi realizado o desbaste
especialmente suas novas cultivares. Esse conhecimento é das plantas, sendo definidas 36 parcelas de 5,4 × 6 m (32,4
relevante quando se considera a significativa área ocupada m2 ), dispostas aleatoriamente em quatro blocos.
pelo gênero (aproximadamente 85% das pastagens A adubação de cobertura, que consistiu na aplicação de 30
cultivadas no Brasil), tanto pelo seu valor nutricional quanto kg ha-1 de N de sulfato de amônio e 90 kg ha-1
pela sua alta resistência ao estresse (ARROYAVE et al., K2O a partir de cloreto de potássio, foi realizado trinta dias
2011) e sua crescente adoção na produção integrada em após a emergência do milho. A sobressemeadura de capim
regiões tropicais (PACHECO et al., 2008), dada a sua foi realizada com 9 kg ha-1 de sementes puras viáveis do
viabilidade de consorciação com culturas anuais gênero Brachiaria para implantação do sistema CLI de
(CALONEGO et al., 2011). acordo com os seguintes tratamentos: 1. Brachiaria
brizantha cv. Marandu; 2. Brachiaria brizantha cv.
O objetivo do presente estudo foi avaliar a faixa hídrica Xaraés; 3. Brachiaria brizantha cv. Piata; 4. Brachiaria
menos limitante do solo como um indicador de seu potencial brizantha cv. MG4; 5. Brachiaria decumbens e, 6.
Brachiaria ruziziensis.
biológico de afrouxamento do solo para o cultivo de
gramíneas do gênero Brachiaria no CLI e sua disponibilidade Para efeito de comparação, foram adotados os seguintes
hídrica para uma cultura de soja sucessora. tratamentos testemunhas: 1. Recuperação mecânica por
preparo do solo com subsolagem e deslumbramento com
material e métodos enxada rotativa (areio convencional); 2. solo em pousio na
ausência de cobertura vegetal; e 3. comunidade vegetal
Nosso estudo foi realizado na área experimental do (plantas invasoras) em densidade e diversidade com
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, predominância de copa de plantas dicotiledôneas das
Câmpus Rio Verde, no município de Rio Verde-Goiás, 17° seguintes espécies: Amaranthus spinosus L. (caruru-de-
48' 34,25” S e 50° 54' 05,36” W, a 731 m de altitude e em espinho), Nicandra physalodes (L.) Gaertn. (joá-de-capote),
área coberta por Latossolo Vermelho Distroférrico Crotalaria incana L. (xique-xique), Sida spinosa L.
(EMBRAPA, 2006). Uma caracterização química e física do (guanxuma), Waltheria indica L. (malva-veludo), (L.), Conysa
solo é apresentada na Tabela 1. canadensis (L.) Cronquist (buva ), Spermacoce latifolia
Aubl. (erva-quente), Ageratum conyzoides L. (mentrasto),
Segundo a classificação de Köppen, o clima é Stellaria media (L.) Vill. (erva de-passarinho). As
megatérmico ou tropical úmido (Aw) do subtipo savana monocotiledôneas, que estiveram presentes em menor
tropical, com invernos secos e verões chuvosos. A número, foram identificadas como: Digitaria insularis (L.)
temperatura média anual na região é de 25°C, e a Fedde (capim-amargoso), Eleosine indica
precipitação média anual é de aproximadamente 1.600 mm, (L.) Gaertn., (capim-pé-de-galinha) e Commelina
com máxima benghalensis L. (trapoeraba).

Tabela 1. Caracterização física e química do Latossolo Vermelho Distroférrico utilizado para cultivo em sistemas de integração lavoura-pecuária, no
município de Rio Verde, Goiás.

Tamanho da partícula ataque sulfúrico


Profundidade
Pd Bd
VCS CS MS FS VFS Silte Argila SiO2 Al2O3 Fe2O3 Ki Kr
(cm) (kg dm-3) ------------------------ (g kg-1) -------------- ----------------- 154 195 204
0–20 2,8 1,2 1 15 141 53 441 41 204 0,34 0,21
Pd: Densidade da partícula; Bd: Densidade aparente; VCS: areia muito grossa; CS: areia grossa; MS: areia média; FS: areia fina; VFS: areia muito fina; Ki: razão molecular (SiO2/Al2O3); Kr: razão
molecular SiO2/(Al2O3 + Fe2O3).

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Afrouxamento do solo por gramíneas Brachiaria 377

O milho destinado à produção de silagem foi colhido PT = [1ÿ ( ) Bd Pd ] (1)

mecanicamente 90 dias após a semeadura em 17 de


fevereiro de 2011, com teor de matéria seca variando de em que Pd é a densidade da partícula.
30 a 35%. O desenvolvimento do capim braquiária foi A curva de resistência à penetração (PRC) foi obtida
posteriormente monitorado por 250 dias durante a produção ajustando os valores de resistência à penetração (PR) em
de massa seca, que variou com a sazonalidade climática. função do teor volumétrico de água (ÿ) e Bd usando o
modelo não linear proposto por Busscher (1990) de acordo
Coletamos amostras em áreas de 1 m2 com a equação 2:
avaliar a forragem colocando aleatoriamente um quadrado ÿ

0,78 5,65 2
= 0,34 ÿ Bd R ; = 0,82** (2)
dentro de cada parcela e cortando 20 cm de altura, cujo
relações públicas

produto foi preparado e embalado para estudos posteriores.


O IHO foi determinado de acordo com os procedimentos
Os cortes foram realizados nos dias 21/03/2011 (1º corte),
descritos por Silva et al. (1994). Tanto o limite superior do
11/05/2011 (2º corte), 04/07/2011 (3º corte), 12/09/2011 (4º
teor de água do solo retido no potencial da matriz de - 6
corte), 24/10/2011 (5º corte) e 25/11/2011 (6º corte).
kPa ou o ponto em que a porosidade cheia de ar (ÿAP) era
de 10% foi considerado a capacidade de campo (ÿFC)
O manejo da forragem foi precedido de cobertura no (SEVERIANO et al., 2008). .
período chuvoso com 50 kg ha-1 O ÿAP (GRABLE; SIEMER, 1968) foi calculado para cada
N e 25 kg ha-1 de K2O aplicados na forma de uréia e amostra usando a Eq. 3:
cloreto de potássio, respectivamente. Após avaliação, foi
realizado um corte de padronização em toda a área ÿ
PA
= TP ÿ 0,1 (3)
experimental, e o resíduo resultante foi retirado.
em que TP é a porosidade total.
Após a coleta mecanizada da silagem de milho e após Para o limite inferior, consideramos o teor de água
cada corte da forragem, deu-se continuidade à amostragem retido no potencial da matriz de - 1.500 kPa o ponto de
indeformada do solo em cada parcela, amostrando-se murcha permanente (ÿPWP)
aleatoriamente camadas de 0 a 20 cm com anéis metálicos (RICHARDS; WEAVER, 1943) e/ou o teor de água
de 6,4 cm de diâmetro e 5,0 cm de altura. correspondente a uma resistência à penetração de 2,5 MPa
Após a retirada das amostras, as mesmas foram embaladas (ÿPR) (SEVERIANO et al., 2011). Esses valores foram
em filme de PVC, embebidas em parafina e acondicionadas utilizados na Equação 2. O IHO foi obtido ajustando-se os
em caixas de isopor para transporte e armazenamento no limites do teor de água do solo em função do Bd com limite
laboratório. superior definido como o menor valor entre ÿFC e ÿAP e
As amostras indeformadas foram inicialmente saturadas limite inferior definido como o maior valor entre ÿPWP e
e submetidas a um potencial matricial de - 6 kPa para
ÿPR.
determinar sua microporosidade e capacidade de campo
Uma amostra de solo coletada 32 dias após a última
(EMBRAPA, 2011a; SEVERIANO et al., 2011). O teor de
avaliação da forragem foi cortada para avaliar a condição
água do solo foi posteriormente ajustado para 0,04 a 0,53
química atual do solo. Em seguida, as gramíneas foram
dm3 dm-3, e as amostras foram submetidas a testes de
dessecadas com herbicida glifosato na dosagem de 1.500
penetrômetro de acordo com o método de Tormena et al.
(1998) utilizando um penetrômetro de bancada MARCONI- g ha-1. A cultura da soja (Glycine max L. Merril) foi então
MA 933 equipado com um variador eletrônico de velocidade semeada na proporção de 400.000 plantas ha-1 com
e um sistema de registro de dados. espaçamento de 0,47 m entre linhas para iniciar a segunda
Em seguida, as amostras foram secas em estufa a parcela do estudo. A adubação foi então realizada de
105°C por 48 horas para determinação da densidade acordo com os resultados da análise de solo (Tabela 2)
aparente (Bd) conforme método da Embrapa (2011a). A seguindo as recomendações de Sousa e Lobato (2004).
porosidade total (TP) foi determinada pela equação 1 da seguinte forma:

Tabela 2. Complexo de sorção do Latossolo Vermelho Distroférrico utilizado para cultivar sistemas de integração lavoura-pecuária durante a semeadura de
capim braquiária consorciado com milho (safra 2010/2011) e soja (safra 2011/2012) no município de Rio Verde, Goiás .(1)

Ca mg Al H + Al P k m(3) OM(4)
---------- cmolc dm-3 ---------- pH (CaCl2)
----- mg dm-3 ----- V(2) ----- % ----- g kg-1
Safra 2010/2011 2,9
3.2 1.3 0,0 5.6 104,0 Safra 2011/2012 46,6 0,0 27.3 5.2
2,12
2.76 1.41 0,03 5.34 138,33 45,8 0,74 45,49 5.21
(1) 20 cm de profundidade; (2)V: saturação de base; (2)m: saturação de alumínio; (4): MO: matéria orgânica. P: determinado por extração de Mehlich.

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O monitoramento diário do teor de água do solo (ÿ) foi A produção de matéria seca do capim -braquiária foi
iniciado na época do plantio da cultura da soja e estendido submetida à análise de variância em delineamento em
até a maturidade fisiológica, que ocorreu entre 08/12/2011 blocos ao acaso e, quando significativa, as médias foram
e 23/03/2012 na camada de solo de 0 a 20 cm. As comparadas pelo teste de Tukey (p < 0,05).
amostragens foram realizadas com amostrador de solo
Resultados e discussão
semiautomático Saci, modelo S-20, sendo a maioria das
coletas no período da manhã. As amostras foram A variação no teor de água do solo com o aumento de
embaladas e enviadas ao laboratório para determinação D e uma ênfase no IHO são representadas pela área
de umidade por técnica gravimétrica conforme Embrapa sombreada na Figura 2. A retenção de água aumenta com
(2011a). o aumento de Bd tanto para a capacidade de campo (FC)
quanto para o ponto de murcha permanente (PWP), que
Estabelecemos uma frequência de ÿ dentro da pode ser atribuída à mudança no tamanho dos poros
decorrente da compactação do solo (OLIVEIRA et al.,
amplitude hídrica disponível durante o ciclo da soja
2007), especialmente a redução da porosidade preenchida
(Fwithin) segundo Silva e Kay (1997) para avaliar a
por ar com o aumento da densidade comumente
disponibilidade hídrica do afrouxamento biológico do solo
observada em sistemas de integração lavoura-pecuária (SPERA et al., 2004).
para cada sistema, considerando as fases vegetativa e Se o aumento de Bd proporcionou maior superfície de
reprodutiva da cultura da soja. adsorção de água para as partículas sólidas (BLAINSKI et
al., 2009) com valor máximo de 0,15 dm3 dm -3 para o
A temperatura e a precipitação foram monitoradas IHO em um Bd igual a 1,15 kg dm-3, a impedância
durante o experimento, e os resultados são mostrados na mecânica causada pelo aumento da PR impediu que a
Figura 1. disponibilidade hídrica do solo atingisse seu máximo até
ultrapassar o valor de densidade crítica (Ddc) de 1,25 kg
(A) dm-3, momento em que o IHO tornou-se nulo. Esse
achado está de acordo com o valor obtido por Lima et al.
450 40 (2012). Nessas condições, o crescimento das plantas era
400 35 limitado em qualquer nível de umidade, o que sugere que
350 30 o solo estava fisicamente degradado (SILVA et al., 1994).
300 25 A amplitude do LLWR variou de 0,01 a 0,15 dm3
250
Precipitação

20 Temperatura

200 dm-3, o que é comum quando Latossolos dessa classe


15
150 textural são submetidos a manejo intensivo (BLAINSKI et
100 10
al., 2009), principalmente considerando a resistência
50 5 crítica à penetração (RP).
0 0
ÿ ÿ ÿ ÿ LLWR
fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 PA FC PWP relações públicas

(B) 0,70
Semeadura Floração Colheita
0,60

120 30 0,50 Bdc

100 0,40
25
0,30
80
Precipitação 20 Teor
0,20
60 Temperatura

15 0,10
40 0,00
20 10 0,85 0,95 1,05 1,15 1,25 1,35 1,45

0 5 Densidade a granel (kg dm-3)


1/12/11 1/1/12 1/2/12 1/3/12 1/4/12
Figura 2. Variação do teor de água do solo (ÿ) com aumento da densidade
do solo (Bd) dentro dos limites críticos da capacidade de campo (ÿFC, - 6
Chuva T oC Máximo kPa), do ponto de murcha permanente (ÿPWP, - 1500 kPa), do porosidade
Média T oC Mínimo T oC aerada a 10% (ÿAP) e resistência do solo à penetração de 2,5 MPa (ÿPR)
para o Latossolo Vermelho Distroférrico utilizado para cultivo em sistemas
Figura 1. Precipitação (mm) e temperatura (ºC): (A) mensal e (B) diária de integração lavoura-pecuária em Rio Verde, Goiás. A área sombreada
durante o cultivo de capim braquiária e soja, respectivamente, em Rio representa a faixa de água menos limitante (LLWR); Bdc representa a
Verde, Goiás. densidade crítica para o desenvolvimento da planta.

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Afrouxamento do solo por gramíneas Brachiaria 379

A diminuição da porosidade do solo não limitou a oxigenação tanto para os componentes vegetais como animais e adaptabilidade
(Figura 2) em grande parte devido ao desenvolvimento de poros aos desafios climáticos em sistemas de produção de alto nível
estruturais nos Latossolos oxídicos (REATTO et al., 2007), que por tecnológico (COSTA et al., 2010; FLORES et al., 2008). Essa
sua vez favorecem sua aeração excessiva. capacidade mitigou os efeitos da sazonalidade na produção de
Segundo Severiano et al. (2011), problemas relacionados à anóxia forragem causados pela baixa pluviosidade e temperaturas noturnas
do solo ocorrem apenas quando a estrutura está extremamente durante o período de pousio (Figura 1).
degradada (Bd > Bdc), ou por um tempo relativamente curto após
chuvas intensas quando o teor de água do solo está acima da
capacidade de campo devido ao comportamento dinâmico da água B. brizantha cv. Xaraés
em solo. B. brizantha cv. piata
Segundo Blainski et al. (2008), a adoção de sistemas de B. brizantha cv. marandu
integração lavoura-pecuária pode ser uma alternativa para B. decumbens

restabelecer as características de qualidade física do solo. No B. brizantha cv. MG-4

entanto, espécies e cultivares podem variar em sua capacidade de B. ruziziensis

soltura biológica, conforme observado na Figura 3. As pastagens plantas invasoras


do gênero Brachiaria avaliadas Nenhuma cobertura

exibiram variações no grau de aumento do IHO com o maior lavoura convencional


0,15
aumento encontrado em B. brizantha, principalmente nas cultivares
Xaraes e Piata, cujos sistemas radiculares forrageiros demonstraram 0,12
alta agressividade no rompimento das camadas compactadas.
0,09
(LLWR,

Esses resultados estão de acordo com os de Bonelli et al. Intervalo

0,06
(2011), que avaliando os efeitos da compactação do solo na
produtividade e nas características morfológicas dos capins Piatã e
0,03
Mombaça, verificaram que a compactação do solo não influenciou
na produção do capim Piatã. Esse achado sugere que essa planta 0,00
possui um sistema radicular mais agressivo relacionado a processos 17/02 21/03 5/11 7/4 12/0924/10 25/11
fisiológicos e interações ambientais que podem, por sua vez,
Periodo de avaliação
permitir que as raízes dessas cultivares quebrem as camadas
compactadas. Figura 3. Mudanças na faixa de água menos limitante (LLWR, dm3
dm-3) de Latossolo Vermelho Distroférrico cultivado em sistemas de
integração lavoura-pecuária no município de Rio Verde, Goiás, após o
Flores e cols. (2008) relataram que o capim-xaraés apresenta
corte das plantas forrageiras (a 1ª avaliação do IHO foi realizada na
vantagens em relação a outras cultivares de braquiária, como maior colheita da safra anterior de milho).
taxa de rebrota e maior produção de forragem, principalmente na
estação seca. Essa maior atividade metabólica parece ter Assim, mesmo com a redução drástica na produção de
contribuído para afrouxar a eficiência. forragem que ocorre no período seco, os maiores rendimentos das
cultivares foram observados no terceiro, quarto e quinto corte do
O capim Marandu e B. decumbens apresentaram um potencial capim em comparação com os cortes realizados no período
intermediário de rompimento das camadas compactadas, o que chuvoso (1º, 2º e 6º ) , conforme Tabela 3. Assim, sugerimos que o
está de acordo com os achados de Chioderoli et al. (2012) que acúmulo de reservas orgânicas nos colmos dessas gramíneas
observaram maiores produtividades na safra sucessora quando contribuiu para maior atividade metabólica e rebrota na retomada
essas duas forrageiras foram semeadas no momento da cobertura do período chuvoso. Consequentemente, uma maior agressão
do milho anterior. Calonego et ai. (2011) também demonstraram radicular levou a um melhor afrouxamento biológico (Figura 3).
que quando a braquiária foi consorciada com milho por dois anos
consecutivos, melhorou as condições estruturais do solo, diminuindo
sua resistência à penetração e consequentemente aumentando o O aumento do IHO decorrente do cultivo do capim braquiária

IHO. atenuou os efeitos da degradação estrutural na cultura sucessora


da soja. Além disso, a Figura 4 sugere que a presença de palha na
Além disso, o capim MG4 e B. ruziziensis se comportaram superfície do solo proveniente da secagem do pasto aumentou a
como invasoras de comunidades de plantas daninhas e exibiram disponibilidade de água para a cultura. Segundo Andrade e cols.
potencial limitado para auxiliar na recuperação física do solo. Além (2011), as perdas de água por evaporação em sistemas de plantio
disso, a recuperação mecânica via preparo do solo proporcionou direto, em comparação com o preparo convencional, são reduzidas
os maiores índices de recuperação, conforme representado na proporcionalmente ao aumento de resíduos, o que preserva o teor
Figura 3, que abrange apenas o último período de avaliação, pois de água do solo ao reduzir a oscilação térmica na camada
o preparo do solo foi realizado durante o plantio da safra de verão. superficial (BRAIDA et al. , 2006; CHIODEROLI et al., 2012).
Quando atendidas suas exigências nutricionais, as cultivares
Xaraes e Piata apresentaram alto potencial produtivo

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380 Flávio Neto e outros

0,40 0,40
UB UB
0,35 0,35

0,30 0,30
LIBRA

0,25 LIBRA
0,25

0,20
0,20
B. brizantha cv. marandu
B. brizantha cv. Xaraés 0,15
0,15
01/12/11 01/01/12 01/02/12 01/03/12 01/04/12
01/12/11 01/01/12 01/02/12 01/03/12 01/04/12

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0,15
01/12/11 01/01/12 01/02/12 01/03/12 01/04/12
01/12/11 01/01/12 01/02/12 01/03/12 01/04/12

0,40 0,40
UB UB

0,35 0,35 LIBRA

0,30 LIBRA 0,30

0,25 0,25
um
-m
aroo
)3 gdT
o
le á
n
d
s(

0,20
0,20

B. decumbens B. ruziziensis
0,15
0,15
01/12/11 01/01/12 01/02/12 01/03/12 01/04/12
01/12/11 01/01/12 01/02/12 01/03/12 01/04/12

0,40 0,40
UB UB

0,35 LIBRA
0,35 LIBRA

0,30 0,30

0,25 0,25

0,20 0,20

plantas invasoras Nenhuma cobertura


0,15 0,15
01/12/11 01/01/12 01/02/12 01/03/12 01/04/12 01/12/11 01/01/12 01/02/12 01/03/12 01/04/12

0,40

0,35
UB

0,30

0,25

0,20 LIBRA

0,15 lavoura convencional


01/12/11 01/01/12 01/02/12 01/03/12 01/04/12

Período de monitoramento

Figura 4. Variação temporal do teor de água no solo durante o ciclo da cultura da soja em relação aos limites críticos do intervalo hídrico mínimo em um Latossolo
Vermelho Distroférrico em sistemas de integração lavoura-pecuária. Ub: limite superior (ÿFC, - 6 kPa) e Lb: limite inferior (ÿPWP, - 1500 kPa ou ÿPR, 2,5 MPa) do
IHO para o período monitorado.

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Afrouxamento do solo por gramíneas Brachiaria 381

Tabela 3. Produção de massa seca de capim forrageiro do gênero Brachiaria em sistemas de integração lavoura-pecuária no Estado de Rio Verde, Goiás.(1)

Corte de avaliação (2)


Total
Grama Primeiro Segundo Terceiro Quarto Quinto Sexto

--------------------------------------- kg ha-1 ------- --------------------------------


B. brizantha cv. Xaraés B. 5,433Ca 3,947Cb 1,446Ac 858Anúncio 1.119Ad 4,140Bb 16.943AB
brizantha cv. Piata B. 7,373Aa 3,847CDc 1,255Ad 883Anúncio 1.053Ad 4,915Ab 19.325A
brizantha cv. Marandu B. 5,302Ca 4,236BCb 976ABc 980Ac 786Ac 3,781BCc 16.060B
decumbens B. 6,136Ba 4,543Bb 1,283Ad 774Ae 1.053Ade 3,699Cc 17.487AB
brizantha cv. MG4 B. 4,800Da 5.110Aa 1,268Ac 851Ac 839Ac 3,667Cb 16.536B
ruziziensis 5,528Ca 3,434Db 604Bd 286Bd 331Bd 2,217Dc 12.401C
(1) Para cada grama, os valores médios são seguidos pelas mesmas letras maiúsculas nas colunas, e para cada corte de avaliação, os valores médios seguidos pelas mesmas letras minúsculas nas linhas
não diferiram de acordo com o teste de Tukey a 5% de probabilidade (média de quatro replica). 1º corte de avaliação: 21/03/2011; 2º corte de avaliação: 11/05/2011; 3º corte de avaliação: 07/04/2011; 4º corte
de avaliação: 12/09/2011; 5º corte de avaliação: 24/10/2011; 6º corte de avaliação: 25/11/2011. (2)Soma da produção dos seis cortes de avaliação.

A variação temporal do teor de água no solo durante o ciclo aumento de água disponível para a cultura sucessora.
subseqüente da cultura demonstrou que o limite superior do IHO O preparo convencional foi o único tratamento em que a RP não
teve pouca influência na disponibilidade hídrica (Figura 4), mesmo ficou dentro do limite inferior, conforme corroborado por Serafim
para sistemas em que as forrageiras apresentaram baixo potencial et al. (2008). Portanto, a ausência de estresse hídrico é sugerida
de cultivo (Figura 3). e quantificada pela ocorrência de um valor de ÿ dentro dos limites
Observamos problemas ocasionais de anoxia geral quando o do IHO (Fwithin) em 100% das avaliações de monitoramento
monitoramento foi realizado após chuvas intensas (por exemplo, deste tratamento. Esses dados demonstram que a dependência
da cultura da distribuição regular de chuva ocorreu durante o ciclo
22/02/2012, Figura 1). Conforme discutido anteriormente, o teor
de água do solo voltou aos limites do IHO nas avaliações da cultura (Figura 1).
subsequentes devido à predominância de poros estruturais e ao
comportamento dinâmico da água, conforme corroborado por
Blainski et al. (2009). A Tabela 4 também indica que a recuperação biológica
promovida pelo capim-xaraés resultou em pequena redução no
O limite inferior do IHO proporcionou maiores restrições
Fwithin durante a fase reprodutiva da soja (IPP100%PV e
hídricas em todos os sistemas de integração lavoura-pecuária
IHO98,3%RP). Observamos efeitos semelhantes nos tratamentos
(Figura 4) de acordo com Leão et al. (2006), o que aumenta a
com capim piatã (IHO1,00%PV e IHO89,8%PR), seguido de B.
probabilidade de estresse na cultura subseqüente devido ao
decumbens (IHO100%PV e IHO84,7%RP) e capim-marandu
impedimento mecânico do sistema radicular (KLEIN; CÂMARA,
(IHO100%VP e IHO83. 1%RP), o que está de acordo com os
2007).
dados obtidos por Bonelli et al. (2011), Calonego et al. (2011) e
No entanto, como o solo foi arado por cultivo de grama, a
Chioderoli et al. (2012).
frequência com que ÿ permaneceu dentro dos limites do IHO
aumentou (Fwithin), conforme mostrado na Tabela 4. Esses resultados enfatizam que a ocorrência de estresse
hídrico é coincidente com os estádios fenológicos de aumento da
demanda hídrica pela cultura. Segundo a Embrapa (2011b), as
Tabela 4. Intervalo hídrico mínimo (IHO), taxa de recuperação física do solo
necessidades hídricas da cultura da soja aumentam com o
e análise da frequência ÿ dentro dos limites do IHO (Fwithin) durante o ciclo
da soja para sistemas de integração lavoura-pecuária utilizando gramíneas desenvolvimento da planta e atingem o pico na floração e
do gênero Brachiaria em um Latossolo Vermelho Distroférrico no Rio Verde, enchimento de grãos. Déficits hídricos significativos durante essas
Goiás. fases podem causar alterações fisiológicas nas plantas e levar à

Físico
queda prematura de folhas e flores e aborto de vagens, o que
LLWR Fdentro (%)
Tratamento Recuperação também pode reduzir o rendimento de grãos. Como o solo está
dm3 dm-3 (%) PV RP
B. brizantha cv. Xaraés B. 0,13 88 100,0 98,3
exposto em sistemas de produção agrícola intensiva, a escolha
brizantha cv. Piata B. 0,10 69 100,0 89,8 de cultivares de gramíneas como culturas de rotação é crítica,
brizantha cv. Marandu B. 0,08 54 100,0 83,1
pois fornecem uma forma potencialmente eficaz de soltura
decumbens B. 0,08 54 100,0 84,7
brizantha cv. MG4 B. 0,03 20 56,5 42,4 biológica (Figura 3 e Tabela 4).
ruziziensis 0,01 7 0,0 0,0

Plantas invasoras 0,01 7 0,0 1,7

Sem cobertura 0,01 7 0,0 3,4 A grama MG4 produziu uma resposta intermediária
0,14 98 100,0 100,0
Cultivo convencional VP: (LLWR56,5%VP e LLWR42,4%RP). Uma resposta inferior foi
Fase vegetativa; PR: Fase reprodutiva. observada em tratamentos que continham ervas daninhas

Embora os sistemas de preparo convencionais permitam que (LLWRnullVP e LLWR1,7%RP) e sem cobertura (LLWRnullVP e
o solo fique descoberto e possam levar à perda de água por LLWR3,4%RP), sugerindo que o ambiente físico desfavorável ao
evaporação, ao contrário de um solo com palha em sua superfície crescimento das plantas nessas condições (SEVERIANO et al.,
(PERES et al., 2010), a ação mecânica dos equipamentos de 2011).
preparo do solo provou proporcionar maior recuperação física A espécie B. ruziziensis tem sido amplamente utilizada como
solo (Tabela 4) e consequentemente uma cultura de cobertura para sistemas de plantio direto nos Cerrados

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382 Flávio Neto e outros

região devido à sua facilidade de dessecação durante a BLAINSKI, E.; TORMENA, CA; FIDALSKI, J.; GUIMARÃES,
formação da palha com sua rápida morte e touceira RML Quantificação da degradação física do solo por meio
reduzida, que favorecem a semeadura mecanizada. da curva de resistência do solo à penetração. Revista
Além disso, o uso de B. ruziziensis em sistemas intensivos Brasileira de Ciência do Solo, v. 32, n. 3, pág. 975-983,
de produção é limitado quando se considera o baixo 2008.
potencial de recuperação física do solo (IHO = 0,01 dm3 BLAINSKI, E.; GONÇALVES, ACA; TORMENA, C.
A.; FOLEGATTI, MV; GUIMARÃES, RML
dm-3, estabelecendo um Fwithin de 0,0 e 0,0% para as
Intervalo hídrico ótimo num Nitossolo Vermelho
fases vegetativa e reprodutiva, respectivamente, como
distroférrico irrigado. Revista Brasileira de Ciência do
mostrado na Tabela 4).
Solo, v. 33, n. 2, pág. 273-281, 2009.
Ressaltamos que a escolha de plantas de cultivo pode
BONELLI, EA; BONFIM-SILVA, EM; CABRAL, C.
fazer parte de uma estratégia de manejo para recuperação
EA; CAMPOS, JJ; SCARAMUZZA, WLMP; POLIZEL, AC
da qualidade estrutural do solo em sistemas de integração Compactação do solo: Efeitos nas características produtivas
lavoura-pecuária, em contraste com a recuperação mecânica e morfológicas dos capins Piatã e Mombaça. Revista
promovida pelo preparo convencional. O plantio direto Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 15, n.
pode ser utilizado além de diversificar e verticalizar a 3, pág. 264-269, 2011.
produção, minimizando custos, diluindo riscos e agregando BRAIDA, JA; REICHERT, JM; VEIGA, M.; REINERT, DJ
valor aos produtos agrícolas. O plantio direto também é uma Resíduos vegetais na superfície e carbono orgânico do solo
estratégia de preservação ambiental por ser um modelo e suas relações com a densidade máxima aplicada no
ensaio proctor. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.
agrícola de baixo carbono.
30, n. 4, pág. 605-614, 2006.
BUSSCHER, WJ Ajuste dos dados de resistência do
penetrômetro de ponta chata ao teor de água comum.
Conclusão
Transações da Sociedade Americana de Engenheiros
Nossos resultados evidenciam que levaram às seguintes Agrícolas, v. 33, n. 2, pág. 519-524, 1990.
observações: CALONEGO, JC; BORGHI, E.; CRUSCIOL, CAC
- O cultivo da Brachiaria brizantha ou Intervalo hídrico ótimo e compactação do solo com cultivo
consorciado de milho e braquiária. Revista Brasileira de
A Brachiaria decumbens pode ser utilizada como estratégia
Ciência do Solo, v. 35, n. 6, pág. 2183-2190, 2011.
de manejo na recuperação edáfica de sistemas de
CHIODEROLI, CA; MELLO, LMM; GRIGOLLI, PJ; FURLANI,
integração lavoura-pecuária; e
CEA; SILVA, JOR; CESARIN, A.
- Os capins Xaraés e Piatã proporcionaram maior L. Atributos físicos do solo e produtividade de soja em
soltura biológica e consequentemente maior disponibilidade sistema de consórcio milho e braquiária. Revista Brasileira
hídrica para a safra sucessora de soja. de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 16, n. 1, pág.
37-43, 2012.
Reconhecimentos COSTA, CAP; OLIVEIRA, IP; SEVERIANO, EC; SAMPAIO,
FMT; CARRIJO, MS; RODRIGUES, CR Extração de
Os autores agradecem à FAPEG (Fundação de Amparo
nutrientes pela fitomassa de cultivares de Brachiaria
à Pesquisa do Estado de Goiás) pelo financiamento parcial
brizantha sob doses de doença. Ciência Animal Brasileira,
de nossa pesquisa, Edital 09/2010 - ProPós (Processo nº v. 11, n. 2, pág. 307-314, 2010.
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Afrouxamento do solo por gramíneas Brachiaria 383

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REATTO, A.; BRUAND, A.; SILVA, EM; MARTINS, ES;
Informações sobre a licença: Este é um artigo de acesso aberto distribuído sob os termos
BROSSARD, M. Propriedades hidráulicas do horizonte da Licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução
diagnóstico de Latossolo de uma topossequência regional irrestritos em qualquer meio, desde que o trabalho original seja devidamente citado.

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