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1.1. Contextualização
A cultura de cereais surgiu há 11 mil anos a.C. no Oriente Próximo, no Oriente Médio e
depois na Europa, com a revolução neolítica. Representou a expressão de uma mudança
social e ideológica que acarretou modificações na relação entre o homem e o meio.
Surgia a necessidade de intensificar a produtividade das principais espécies consumidas,
dentre elas o trigo, em decorrência do desequilíbrio entre a demografia humana e os
recursos ali mentares. Como resposta, iniciou-se a especialização da agricultura (CAU
VIN, 1994 apud Flandrin; Montanari, 1998). Desde então, o trigo tem se destacado pela
sua importância para a economia global, por ser um dos três cereais mais cultivados no
mundo, juntamente com o milho e o arroz (Takeiti, 2015). É pertencente à família das
gramíneas, ao gênero Triticum, e as principais espécies de cultivo são Triticum
monococcum, Triticum durum e Triticum aestivum. O vocábulo tri ticum, que originou
a palavra trigo, significa quebrado, triturado, fazendo referência à atividade que deve ser
realizada para separar o grão da casca que o recobre (Leon; Rossel, 2007).
O trigo (espécie Triticum aestivum L.) é um dos cereais mais produzidos no mundo e,
devido ao seu aprimoramento genético, possui ampla adapta ção edafoclimática, sendo
cultivado desde regiões de clima desértico, em alguns países do Oriente Médio, até
regiões com alto índice de precipita ção, como na China e Índia. Na Europa, o cultivo
do trigo se expandiu nas regiões mais frias, como Rússia e Polônia, e foi pelas mãos dos
europeus que, no século XV, o trigo chegou às Américas (Flandrin; Montanari, 1998).
O trigo desempenha um papel crucial na economia global, sendo uma das principais
commodities agrícolas. Segundo o economista Jeffrey Sachs, em seu livro "O Fim da
Pobreza", o trigo é uma cultura vital para muitas economias em desenvolvimento, pois
representa uma fonte importante de renda para agricultores e contribui
significativamente para o comércio internacional, fortalecendo as bases econômicas
dessas regiões, (Sachs, J. 2005).
Em suma, a pesquisa nesse tema não apenas aborda desafios específicos enfrentados na
produção de trigo em sequeiro, mas também oferece oportunidades para aprimorar
práticas agrícolas, impulsionar a economia local e promover a sustentabilidade em um
contexto de mudanças climáticas e escassez de recursos.
Objectivos
Objectivo geral:
Objectivos específicos:
Leon, A. E.; Rosell, C. M (2007). De tales harinas, tales panes: granos, harinas e
productos de pa nificação en Iberoamerica. Córdoba: Hugo Baez,. 480 p.
Scheeren, P.L.; Caierão, E.; Silva, M.S.; Del Duca, L.J.A.; Junior, A.N.; Linhares, A.;
EI Chelberger, L. BRS Guamirim (2007). Cultivar de trigo da classe pão, precoce e de
baixa estatura. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.42, n.2, p.293-296, fev.,
Rossi, R. M.; Neves, M. F (2004). (Coord.). Estratégias para o trigo no Brasil. São
Paulo: Atlas.
Khan, K., & Shewry, P. R. (Eds.). (2009). Wheat: Chemistry and Technology.
American Association of Cereal Chemists.