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FOME ZERO E AGRICULTURA

SUSTENTÁVEL

Leonor Água e Matilde Cardoso


FOME

• Mas o que exatamente é considerado fome?


Para explicar essa questão, os especialistas
utilizam o conceito de segurança e
insegurança alimentar. Pela definição da
ONU, “a segurança alimentar só existe quando
todas as pessoas, em todos os momentos, têm
acesso físico, social e económico a uma
alimentação suficiente, segura e nutritiva que
satisfaça as suas necessidades e preferências
alimentares para uma vida ativa e saudável”.
Quando isso não acontece, dizemos que ocorre
uma situação de insegurança alimentar, ou, em
termos práticos, fome.
FOME NO MUNDO

• Nos últimos cinco anos, de acordo com um estudo de 2019 da Organização das
Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, houve um aumento de quase 60
milhões de pessoas em situação de fome no mundo, fazendo com que a fome
passasse a afetar quase 690 milhões de pessoas. Em termos percentuais, isso
equivale a aproximadamente 8,9% da população mundial. 
• A pandemia de Covid-19 agravou a situação da fome pelo mundo. Estima-se que
entre 83 e 132 milhões de pessoas passarão a viver em situação de fome como
resultado da recessão econômica desencadeada pela doença. Se a tendência
continuar, a estimativa é que, até 2030, esse número exceda 840 milhões de pessoas.
AGRICULTURA
SUSTENTÁVEL

• A agricultura sustentável é um conceito usado


para definir a relação entre as práticas da
agricultura e as de sustentabilidade. Dessa
forma, a atividade económica da agricultura
permite respeitar o meio ambiente, ao mesmo
tempo, em que garante sua viabilidade
financeira, obtendo maior equilíbrio entre
ambas as partes. Para que a agricultura
sustentável seja uma realidade, é preciso adotar
algumas práticas na terra para diminuir o
impacto causado ao meio ambiente e
desenvolver soluções que possam ajudar nesse
processo.
FAO

• A FAO é  uma das agências das Nações


Unidas, a que lidera esforços para a
erradicação da fome. Promovendo o
desenvolvimento agrícola, a organização reúne
forças visando possibilitar a todos a melhoria
nutricional, preocupando-se com a segurança
alimentar, questões ambientais e o acesso aos
alimentos essenciais para uma vida saudável.
Para isso, a FAO auxilia os países-membros na
elaboração de estratégias para um
desenvolvimento econômico, político e social
sustentável, uma vez que, recomenda,
acompanha e implementa técnicas de
produção e armazenagem aos seus signatários,
por meio do seu programa de cooperação
técnica
•  Até 2030, acabar com a fome e garantir o acesso de todas as
pessoas a uma alimentação de qualidade, nutritiva e
suficiente durante todo o ano;
• Até 2030, acabar com todas as formas de malnutrição, e
atender às necessidades nutricionais dos adolescentes,
mulheres grávidas e pessoas idosas;
• Até 2030, duplicar a produtividade agrícola e o rendimento
dos pequenos produtores de alimentos, particularmente das
OBJETIVOS DA mulheres, povos indígenas, agricultores de subsistência,
ONU pastores e pescadores, através de garantia de acesso
igualitário à terra e a outros recursos produtivos;
• Até 2030, garantir sistemas sustentáveis de produção de
alimentos e implementar práticas agrícolas resilientes, que
aumentem a produtividade e a produção, que ajudem a
manter os ecossistemas, que fortaleçam a capacidade de
adaptação às alterações climáticas, às condições
meteorológicas extremas, secas, inundações e outros
desastres, e que melhorem progressivamente a qualidade da
terra e do solo.
• Até 2020, manter a diversidade genética de sementes,
plantas cultivadas, animais de criação e domesticados e suas
respetivas espécies selvagens, inclusive por meio de bancos
de sementes e plantas que sejam diversificados e
bem geridos ao nível nacional, regional e internacional;
• Aumentar o investimento, inclusive através do reforço da
cooperação internacional, em infraestruturas rurais, em
investigação e extensão de serviços agrícolas, no
desenvolvimento de tecnologia e nos bancos de genes de
OBJETIVOS DA plantas e animais, para aumentar a capacidade de produção
ONU agrícola nos países em desenvolvimento, em particular nos
países menos desenvolvidos;
• Corrigir e prevenir as restrições ao comércio e distorções
nos mercados agrícolas mundiais, incluindo a eliminação de
todas as formas de subsídios à exportação e de todas as
medidas de exportação com efeito equivalente;
• Adotar medidas para garantir o funcionamento adequado
dos mercados de matérias primas agrícolas e seus derivados,
e facilitar o acesso à informação sobre o mercado, inclusive
sobre as reservas de alimentos.
O QUE PODEMOS FAZER

Comprar frutas e vegetais Fazer uma lista de compras Não desperdiçar


Adotar uma dieta independentemente do seu com o que realmente comida
equilibrada e saudável aspeto precisamos
CONSUMO
CONSCIENTE

Esta área de ação está relacionada com


a preocupação de cada indivíduo em
consumir produtos locais e de época, de
forma a contribuir para a economia
local e dos pequenos agricultores, na
redução da sua pegada ecológica, no
consumo de alimentos saudáveis e na
alteração da sua dieta de forma a reduzir
o consumo de carne. Para a promoção
de dietas mais saudáveis e sustentáveis,
todas as etapas da cadeia de
fornecimento devem ser consideradas
(produção, processamento e
embalagem, distribuição, consumo e
deposição final)
ÁREAS DE
AÇÃO

A gestão sustentável do uso do solo, da


água e dos recursos genéticos é crucial
para assegurar um sistema de produção
alimentar sustentável e seguro. As
práticas agrícolas sustentáveis devem
promover a fertilidade e produtividade
dos solos no longo prazo em níveis
economicamente viáveis. Face aos
desafios impostos pelas alterações
climáticas sobre os sistemas agrícolas,
serão necessários investimentos em
inovação para o desenvolvimento de
novas tecnologias. Os indivíduos podem
promover a produção sustentável através
do investimento em empresas que
desenvolvem novas tecnologias
PRODUÇÃO
SUSTENTÁVEL

Nas recentes décadas, foi feito um


progresso substancial na redução da
fome e subnutrição em todo o mundo.
Contudo, esta é ainda uma realidade,
especialmente nas regiões rurais dos
países em desenvolvimento. Além disto,
a insegurança alimentar é também um
problema grave não apenas nos países
com rendimentos mais baixos, mas
também nos designados países
desenvolvidos. Ações de apoio a
campanhas para erradicação da fome, de
assistência alimentar através dos bancos
alimentares e de redução do desperdício
alimentar são importantes e devem estar
associadas a políticas sociais
governamentais eficazes.
DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA

• A Doutrina Social Católica chama cada vez mais a atenção para a “unidade da família humana”
e para o “destino universal dos bens” com ela relacionado. Com isto quer dizer-se que Deus
como criador do mundo determinou que os bens da terra se destinam à vida e à satisfação das
necessidades de todos os Homens. Por isso é que constitui um escândalo a desigual distribuição
dos bens da terra. Para os cristãos, não é aceitável que a pobreza e a fome sejam o destino de
milhões de pessoas, enquanto outras levam uma vida de abundância e esbanjamento. Os
mantimentos desta terra, por exemplo, não são propriedade daqueles que podem pagar mais.
Pelo contrário, são a base da vida de todos os Homens.
https://youtu.be/iteCytv0RqY

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