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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA
FARROUPILHA – CAMPUS ALEGRETE
CURSO BACHARELADO EM ZOOTECNIA
DISCIPLINA DE FORRAGICULTURA I

Janaina Martins de Medeiros

Laura Gomes Coelho

Luana Bittencourt Acosta

Marielle de Quadros Peres

ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO DE MATÉRIA SECA POR MEIO DE CORTE E DA


PRODUÇÃO DE COMPONENTES BOTÂNICOS E ESTRUTURAIS.

Relatório de Pesquisa

Alegrete, RS, Brasil

2015

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FARROUPILHA – CAMPUS ALEGRETE
CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA
DISCIPLINA DE FORRAGICULTURA I

Janaina Martins de Medeiros

Laura Gomes Coelho

Luana Bittencourt Acosta

Marielle de Quadros Peres

ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO DE MATÉRIA SECA POR MEIO DE CORTE E DA


PRODUÇÃO DE COMPONENTES BOTÂNICOS E ESTRUTURAIS.

Relatório de Pesquisa apresentado


à Disciplina de Forragicultura do Curso de
Bacharelado em Zootecnia do Instituto
Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia Farroupilha – Campus
Alegrete, como requisito de avaliação
parcial.

Orientador: Prof.ª Drª. Anna


Carolina Cerato Confortin.

Alegrete, RS, Brasil

2015

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Sumário
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................3

2. OBJETIVO.................................................................................................... 5

3. MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................6

3.1 CARACTERISTICAS DAS FORRAGEIRAS............................................6

3.1.1 AZEVÉM (Lolium multiflorum Lam.)..................................................6

3.1.2 TREVO-BRANCO (Trifolium repens L.)............................................8

3.1.3 CORNICHÃO (Lotus corniculatus L.)..............................................10

3.2 Distribuições dos canteiros....................................................................12

3.3 Densidade de sementes........................................................................13

3.4 Inoculação............................................................................................. 13

3.5 Calagem................................................................................................ 13

3.5 Adubo.................................................................................................... 13

3.6 Cortes....................................................................................................13

4. RESULTADO E DISCUSSÕES..................................................................15

4.1 Cálculos percentagem de matéria seca e produção de matéria seca


(folha-colmo e altura de dobramento)....................................................................22

4.2 Cálculos de percentual de cada componente da planta........................23

5. CONCLUSÃO..............................................................................................28

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................29

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1. INTRODUÇÃO
A oferta de forragem de boa qualidade para os animais é importante para seu
desenvolvimento, sabendo que sua dieta esta baseada em volumoso e concentrado,
onde de 60 à 70% da dieta é volumoso e de 30 à 40% é concentrado, de acordo
com a espécie animal.

As espécies utilizadas podem ser gramíneas ou leguminosas, cada uma com


suas respectivas características, as leguminosas necessitam de um manejo
diferenciado das gramíneas, pois a sementes da mesma apresenta dormência, é
utilizado vários métodos para realização da quebra da mesma, é utilizado inoculante
nas leguminosas, porque elas apresentam dificuldade na fixação de nitrogênio, o
inoculante realiza a fixação de bactérias, gênero Rhizobium, realizando um tipo de
simbiose, ou seja uma integração benéfica entre planta e bactéria. Nas leguminosas
este processo ocorre com a formação de nódulos nas raízes (rizomas).

As gramíneas apresentam boa adaptabilidade aos solos e climas, tem uma


fácil fixação de nitrogênio naturalmente, não apresenta rizomas. As sementes são
maiores que as de leguminosas.

As espécies podem ser cultivadas em consorcio ou sozinhas, porém é


necessário se ter cuidado ao realizar consorcio, pois algumas plantas não toleram a
presença de outras plantas de espécie diferente (alelopátia). Para se obter uma
pastagem uniforme e que atenda as necessidades dietéticas do animal é necessário
que o manejo seja adequado de acordo com cada fase de desenvolvimento da
planta.

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2. OBJETIVO
O experimento foi realizado no Instituto Federal Farroupilha Campus-Alegrete,
do dia 02 de abril de 2015 a 02 julho de 2015, o mesmo foi utilizado para avaliação
parcial da cadeira de Forragicultura I do 5º semestre de Bacharelado em zootecnia,
ofertada pela professora Doutora Anna Carolina Cerato Confortin.

Este trabalho teve como objetivo avaliar as forrageiras de clima temperado,


onde se pode observar e acompanhar o desenvolvimento de gramíneas e
leguminosas desde a fase de germinação da semente até a fase de inflorescência, a
partir disto foi possível obter resultados de matéria seca e matéria verde dos
canteiros devido a manejos realizados nos mesmos em fases diferentes de
desenvolvimento da planta.

Com este experimento podemos mostrar aos discentes e docentes do


Campus-Alegrete, que é viável a produção de forrageiras em consorcio para os
animais e consequente para o produtor.

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3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 CARACTERISTICAS DAS FORRAGEIRAS


3.1.1 AZEVÉM (Lolium multiflorum Lam.)

Origem

A origem do azevém anual é o norte da Itália (Spedding,1972). O gênero


Lolium apresenta duas espécies de larga distribuição; o azevém perene (Lolium
perenne L.), que praticamente não é utilizado no Brasil, e o azevém anual (Lolium
multiflorum Lam), que é a segunda forrageira hibernal mais cultivada no Rio Grande
do Sul. O azevém é uma planta muito utilizada pelos produtores, por apresentar boa
produção de forragem, boa rebrotação, resistente ao pastejo e ao excesso de
umidade,onde suporta altas lotações, apresenta alto valor nutritivo e boa
palatabilidade (Carâmbula, 1977). Possui alta ressemeadura natural, além de fácil
aquisição de sementes e baixo custo de implantação. O germoplasma de azevém
utilizado pela maioria dos produtores é o azevém diplóide (2n), denominado azevém
comum. Alguns produtores vêm utilizando cultivares tetraplóides (4n), que
apresentam algumas características diferentes do azevém diplóide, como por
exemplo, sementes maiores, folhas mais largas e de coloração mais escura.

Características morfológicas

O azevém é uma gramínea anual, cespitosa, cujo porte chega a atingir 1,2 m
de altura. Os colmos são cilíndricos e eretos, compostos de nós e entrenós, com 30
a 60 cm de altura. Possui folhas finas, tenras e brilhantes, com 2 a 4 mm de largura.
As bainhas são cilíndricas e as folhas jovens são enroladas. A lígula é curta e as
aurículas são abraçantes. A inflorescência é uma espiga dística, isto é, com duas
fileiras de espiguetas, com 15 a 20 cm de comprimento, contendo cerca de 40
espiguetas arranjadas alternadamente, com 10 a 20 flores férteis por espiga. O grão
é uma cariopse e apresenta peso de mil sementes médio de 2 a 2,5 g nas
variedades diplóides e 3 a 4,5 g nas tetraplóides (Balasko et al., 1995).

Características agronômicas

Esta gramínea é adaptada a temperaturas baixas desenvolvendo-se,


sobretudo, entre o outono e a primavera. Alvim et al. (1987) destacam existir uma
relação direta entre a temperatura ambiente e a produção do azevém, que é máxima
quando ao redor de 22ºC. É uma gramínea considerada rústica, competitiva, com
boa capacidade de perfilhamento e que se desenvolve bem em qualquer tipo de
solo, mas prefere os argilosos, férteis e úmidos. Porém, em condições onde o solo
apresente alta deficiência de drenagem, o azevém tem seu desenvolvimento
prejudicado. Embora tolere bem a acidez, é mais exigente em fertilidade e umidade
do que a aveia-preta.

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Trata-se de uma forrageira que tem alta palatabilidade pelos animais e


contém elevados teores de proteína e digestibilidade, bem como equilibrada
composição mineral. Além de excelente opção forrageira, presta-se muito como
alternativa para proteção e cobertura de solo, proporcionando boa produção de
massa. A produção de massa é variável, podendo ultrapassar de 10,0 t.ha-1 de MS
em situações de bom manejo. Floresce geralmente em setembro e produz
quantidades apreciáveis de sementes.

Utilização e manejo

As sementes de azevém têm capacidade de permanecer viáveis no solo


desde a queda das sementes no fim de seu ciclo (novembro ou dezembro
dependendo da cultivar ou população) até a estação favorável seguinte.

O estabelecimento do azevém, assim como o da aveia, em sucessão com


culturas de verão é realizado preferencialmente por meio de semeadura direta. Esse
método de semeadura, além dos benefícios do controle da erosão pela menor
mobilização do solo e a conservação dos restos culturais na superfície, também
apresenta menores custos. Por outro lado, o mesmo azevém comum, cujas
sementes são produzidas em regiões de pecuária, normalmente é utilizado sob
pastejo até setembro-outubro e, somente então, diferido para produção de
sementes. A época de semeadura do azevém é no outono, dando-se preferência
aos meses de março e abril para que as plantas, ainda jovens, aproveitem o calor
dessa estação e se desenvolvam mais rapidamente de maneira que, quando entrem
no inverno, já tenham altura suficiente para serem pastejadas.

Nesse caso, a semeadura pode ser feita a lanço, utilizando o pisoteio dos
animais para se colocar a semente em contato com o solo, ou mesmo utilizar
máquinas de plantio direto sobre o campo. Esta prática tem sido utilizada em boa
escala no Rio Grande do Sul, com excelentes resultados. Quando a lavoura estiver
apresentando as folhas inferiores amareladas, começando a cair, se procede a
semeadura aérea. Essas folhas, caindo sobre as sementes, mantêm umidade
adequada e estimulam o início da germinação. Entretanto, isso não significa que no
decorrer do desenvolvimento da cultura não se deva fazer uso de adubações
nitrogenadas.

No momento em que o azevém produz as primeiras 5 a 6 folhas seu


perfilhamento se inicia. Isto ocorre no outono, quando normalmente a liberação de
nitrogênio a partir da matéria orgânica do solo é baixa, uma vez que as temperaturas
começam a diminuir. Se não houver adubação com nitrogênio neste momento, o
perfilhamento tem o risco de ser lento e em menor densidade, e a pastagem leva
muito tempo até ter condição de ser utilizada com os animais. A espera pela massa
de forragem ou altura de pasto ideais para início do pastejo constitui um grande
dilema em sistemas pecuários.

Existem alternativas para iniciar a utilização do azevém, isto antes do ponto


ótimo, tais como o pastejo controlado (horário) ou o uso inicial de baixas taxas de
lotação (consumo inferior ao crescimento). Embora ambas as situações procurem
minimizar problemas no estabelecimento do pasto recomenda-se, sempre que

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possível, a espera pelo momento ideal, pois 15-20 dias a mais de espera para o
pleno estabelecimento podem representar 40 a 50 dias a mais de utilização do
pasto, e numa condição potencial de ganho de peso bastante superior. No caso da
fenação, os cortes devem ser efetuados antes do florescimento, sendo o primeiro
corte realizado próximo de 90 dias após a semeadura, e o segundo 40 a 50 dias
após primeiro. Possui ótima palatabilidade e digestibilidade. Para a utilização como
forragem fornecida no cocho (cortes) podem ser feitos de 2 a 4 cortes, dependendo
também da fertilidade do solo e da adubação.

Além do cultivo exclusivo, o azevém pode ser consorciado com outras


gramíneas (aveia, centeio) e com leguminosas (trevos, alfafa, cornichão, etc.).
Normalmente, em comparação com a aveia, ele apresenta um crescimento inicial
um pouco lento, mas em compensação sua utilização atinge um período de pastejo
mais prolongado, variando de 60 a 180 dias conforme o sistema adotado. Com
relação à consorciação com leguminosas como cornichão ou trevos, além do
aumento do teor de proteína na forragem, pode também ser aumentada sua
produção. Sob o ponto de vista econômico, a inclusão de leguminosas (fixadoras de
nitrogênio atmosférico) permite uma economia na aplicação de N para as
gramíneas.

3.1.2 TREVO-BRANCO (Trifolium repens L.)

Origem

É uma espécie leguminosa originário da Ásia, é a mais importante leguminosa


semeada com gramíneas em pastagens de clima temperado segundo (Frame e
Newbould, 1986), destacando-se pela alta produção de forragem e elevado valor
nutritivo (Dall’Agnol ET al., 1982). A espécie é particularmente valorizada para uso
sob lotação contínua, pois é adaptada para produzir sob condições de desfolhação
intensa, incrementando a palatabilidade e o teor de proteína da forragem colhida
pelos animais.

Características morfológicas

O trevo-branco é uma leguminosa perene. Suas folhas são compostas por


folíolos ovais e glabros, com margens denteadas e mancha esbranquiçada em forma
de meia lua na face superior da folha. A inflorescência é com muitas flores brancas
ou rosadas. Possui sementes muito pequenas de cor limão-pálido, com 1 a 1,5 mm
de comprimento e 0,9 a 1,0 mm de largura. Na forma de um estolão principal ou
planta-mãe com crescimento predominantemente apical (Chapman, 1983). Em
climas temperados, o trevo-branco é um exemplo clássico de uma espécie clonal
que se reproduz vegetativamente, com mínima dependência sobre a reprodução
sexual (Chapman, 1987).

Características agronômicas

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De clima temperado e subtropical, o trevo-branco não resiste a altas


temperaturas e é razoavelmente tolerante à geada e ao sombreamento.
Temperatura do solo abaixo de 5ºC é a principal causa do crescimento lento das
raízes do trevo-branco (Kessler et al., 1994). Tolera seca moderada, mas não severa
(Hutchinson et al., l995). O trevo-branco é uma leguminosa exigente em fósforo e
para sua implantação é fundamental realizar inoculação. O pH ótimo para o
crescimento do trevo-branco é próximo de 6,0, e o limite crítico de pH é 5,0.

Segundo Bailey e Laidlaw (1999), o aumento do pH do solo de 5,4 para 6,1


resultou na duplicação da produção do trevo-branco. Pode apresentar, ainda, baixa
nodulação em solos muito ácidos. Daí a preocupação com a correção da acidez do
solo. O seu principal objetivo deve ser a consorciação com gramíneas e até outras
leguminosas. É arriscado quando dominante na pastagem dada sua característica
de gerar timpanismo nos bovinos, sendo que o principal cuidado é manter sempre
gramíneas em consorciação. O trevo-branco produz sementes por polinização
cruzada, chegando a se colher entre 350 e 500 kg.ha-1de sementes. As sementes
das inflorescências que são pastejadas retêm sua viabilidade após a passagem no
trato digestório dos bovinos ou ovinos, e são depositadas no solo por intermédio das
fezes (Chapman, 1987). O trevo-branco tem elevado valor nutritivo, sendo rica fonte
de proteína, cálcio, fósforo e caroteno. As inflorescências e os pedúnculos têm
menor digestibilidade do que as folhas e os pecíolos (Soegaard, 1994).

Utilização e manejo

O trevo-branco pode ser semeado em cultivo singular ou em mistura com


gramíneas em solos preparados ou não. Também pode ser sobres semeado sobre
pastagens nativas. As técnicas de sobres semeadura são mais bem sucedidas em
pastagens com baixa massa de forragem, e desde que a umidade do solo seja
adequada para a germinação e o desenvolvimento da plântula. As pastagens com
alta densidade de plantas, por sua vez, podem ser rebaixadas por pastejo intenso,
corte ou por dessecação parcial antes da sobres semeadura. Os princípios para uma
sobres semeadura bem sucedida são: controle de ervas daninhas antes da
semeadura; pH do solo satisfatório e fertilização com fósforo; umidade do solo
adequada; pastejo após a semeadura para limitar a competição da gramínea
existente, intercalando com períodos de descanso para evitar super pastejo da
espécie introduzida (Tiley e Frame/, 1991). É uma espécie que encontra seu habitat
ideal na região dos Campos de Cima da Serra (RS e SC), em função das condições
climáticas favoráveis (sem períodos secos e com temperaturas amenas no verão).
Nessa condição sua perenidade é mantida, desde que condições de alta fertilidade
do solo sejam asseguradas. Portanto, é uma espécie cuja utilização só é
recomendada quando o solo for de alta fertilidade natural, ou esta seja corrigida
conforme recomendação da análise do solo.

Obrigatoriamente, como para todas as demais leguminosas forrageiras de


clima temperado, as sementes devem ser previamente inoculadas com rizóbio
específico e peletizadas. Em qualquer caso, somente fazer a mistura no momento
da semeadura.

A época de semeadura desta leguminosa deve ser de março a junho. A


profundidade de semeadura deve ser de 1,0 a 1,5 cm, sob uma leve, mas firme

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camada de solo, devido ao minúsculo tamanho das sementes. Quando semeado


visando a produção de sementes deve-se utilizar cerca de 3 kg.ha-1 em fileiras
espaçadas entre 30 e 45 cm (Laidlaw, 1978). Quando em consorciação
gramínea/trevo, para reduzir a competição, a gramínea deve ser semeada com a
metade da recomendação para um pasto exclusivo. Pode ser consorciado, por
exemplo, com azevém, trevo-vermelho e cornichão.

Segundo Fothergill e Davies (1993), as cultivares de azevém tetraplóides são


mais compatíveis na consorciação do que as cultivares diplóides devido a uma
menor capacidade de perfilhamento. Nas pastagens, apesar de boa parte dos
nutrientes serem reciclados com o retorno da excreta dos animais, esta reposição é
desuniforme, e uma aplicação de P e de K é requerida anualmente para manutenção
da leguminosa.

A quantidade anual de fertilizante nitrogenado necessária em pasto exclusivo


de gramínea para alcançar produções de pastagens de trevo-gramínea varia de l24
a 278 kg.ha-1 de N, com média de 172 kg.ha-1 de N (Royal Society, 1983).

O trevo-branco pode ser utilizado em lotação contínua ou rotativa. Sob


lotação contínua, o tamanho do folíolo é muitas vezes reduzido, e um aumento das
ramificações pode ocorrer. No método rotativo, o trevo tem tempo para produzir
estolões e folhas maiores durante os intervalos de descanso, razão pela qual este
método de pastejo contém, geralmente, mais trevo do que pastos manejados sob
lotação contínua (Steen e Laidlaw, 1995). Em se tornando o principal componente
da dieta dos animais, o seu elevado teor de proteínas de alta degradabilidade acaba
por prover as condições para a ocorrência do timpanismo. Por conseguinte, há
situações de manejo onde se deva privilegiar a presença da gramínea associada.

Excessos de trevo-branco podem ser corrigidos aliviando-se a carga animal


e, ou adubando estrategicamente a gramínea com nitrogênio. Também, em curto
prazo, a suplementação com volumosos, como feno de gramíneas, pode ser uma
solução para esta situação. Associações bem equilibradas dessa espécie com
gramíneas podem assegurar ganhos médios diários de bovinos em crescimento
superiores a 1.200 g.cabeça-1.Comparado com as gramíneas, o trevo-branco tem
baixo conteúdo de carboidratos solúveis em água e de massa seca, e um elevado
teor de proteína.

3.1.3 CORNICHÃO (Lotus corniculatus L.)

Origem

Lotus corniculatus L. tem distribuição natural na Europa ocidental e no norte


da África, e distribuição secundária no nordeste e centro-oeste dos Estados Unidos,
sudeste do Canadá, sul da América Latina, Europa oriental e central, e partes de
Ásia. A história do cornichão, no Rio Grande do Sul, se iniciou em 1940 a partir do
desenvolvimento da cv. “São Gabriel”, caracterizada pelas folhas grandes, de
crescimento ereto e indeterminado e sem rizomas (Paim, 1988).

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Características morfológicas

Trata-se de uma planta herbácea, perene, glabra (Lotus corniculatus L.) com
folhas pinadas compostas de três folíolos apicais digitados e dois basais
distanciados, assemelhando-se a estípulas. Possui folíolos sem nervuras visíveis ou
com somente a principal aparente. Com inflorescência em umbelas de 4 a 6 flores
amarelas, possui vagem linear, cilíndrica, deiscente e bivalva com falsos septos
transversais entre as sementes. A sua altura pode variar entre 50 e 80 cm quando
não pastejada. O hábito de crescimento, de forma geral, é ereto, embora possa ser
prostrado ou ascendente (Seaney e Henson, 1970). No Brasil, a cultivar mais
utilizada é o São Gabriel, desenvolvido pela Estação Experimental de São Gabriel,
RS, a partir de pesquisas entre 1955 e 1965, tendo seu cultivo se expandido para
outros países da América do Sul (Paim, 1988). Essa cultivar é caracterizada pelo
rápido crescimento inicial, boa produtividade e elevada qualidade de forragem, longo
período vegetativo e boa ressemeadura natural.
.

Características agronômicas

O Lotus corniculatus L. é bastante resistente ao frio, preferindo climas de


temperado frio a temperado médio, resistindo bem às geadas. É uma espécie
perene muito bem adaptada à maioria dos solos e regiões do RS. Por essa razão é
uma das leguminosas preferenciais para a região da Campanha do RS. Sua
tolerância à deficiência hídrica deriva de seu sistema de raízes pivotantes que se
aprofunda no solo, buscando água em camadas mais profundas, além de outras
características fisiológicas que determinam essa maior tolerância.

Vegeta na primavera/verão e possui alto valor nutritivo, tendo problemas de


persistência devido a seu porte ereto, o que o torna sensível ao pisoteio e ao
pastejo. É uma das poucas leguminosas que não é muito exigente com relação a
solos. Dá-se bem em solos arenosos, argilosos, pobres, médios e tolera pH inferior a
6,0, até 4,8. O excelente valor nutritivo do Cornichão deve-se aos elevados teores
de proteína e digestibilidade. López et al. (1996) observaram até 24% de proteína
bruta e 86% de digestibilidade. Quando do florescimento os teores se situam entre
15 e 18% e, quando as sementes estão maduras, os teores caem para níveis
próximos a 8%. A produção de sementes pode alcançar 600 kg.ha-1, mas o comum
é que as produções variem entre 50 e 175 kg.ha-1 (McGraw et al., 1986).

Utilização e manejo

Lotus corniculatus L. Como se trata de uma leguminosa que tem a semente


muito pequena, o solo precisa ser muito bem preparado no caso de semeadura
convencional. Deve-se levar em consideração um estabelecimento de cultura
perene, observando para que as condições iniciais de desenvolvimento sejam as
melhores. O cornichão apresenta estabelecimento lento, atingindo o máximo de sua
produção somente depois de um ano. As sementes demoram a germinar, e as
plântulas apresentam-se com reduzido crescimento inicial; é um competidor fraco no
estádio inicial de crescimento, pois os colmos são fracos e tendem a acamar, a
menos que estejam apoiados por outras espécies em consorciação. São duas as
épocas indicadas para a semeadura do Cornichão: início de outono e na primavera.

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A semeadura outonal permite, ainda, que a planta aproveite o período de


chuva e frio para ampliar seu sistema radicular. Outro benefício é que se tem, para o
inverno seguinte, o pasto bem estabelecido, com plantas que podem inclusive
antecipar o início do pastejo (maio). É uma espécie de crescimento ereto, o que
determina que seu manejo deva ser feito com cuidado para manter uma área de
folhas elevada e não se remova os pontos de crescimento, os quais, em sua
maioria, estão bem acima da superfície do solo. Raramente são relatados casos de
timpanismo, mesmo em pastagens dominadas pelo Cornichão. Em suas folhas
encontram-se elevados teores de tanino. O crescimento mais intenso do Cornichão
vai de meados de julho a novembro. A cultura pode produzir até 30 t.ha-1 de massa
verde, ou 5 a 6 t.ha-1 de feno. Quando o objetivo é produzir sementes, e em se
tratando de uma cultura de primeiro ano, o Cornichão deverá manter-se em
crescimento até o fim de setembro, quando então deverá ser pastejado com elevada
lotação para que, de forma rápida, seja rebaixado.

As sementes forrageiras utilizadas neste experimento foram doadas por um


produtor rural, este já havia realizado a quebra da dormência através da imersão das
sementes em água na temperatura de 76 a 100ºC, com tempo de tratamento
específico para cada espécie.

3.2 Distribuições dos canteiros


Figura 1 - Croqui

Canteiro 1 Canteiro 2
Cornichão e Trevo-branco Cornichão, Trevo-branco e Azevém

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3.3 Densidade de sementes


Na cultura de azevém numa condição de solo preparado convencionalmente,
e com distribuição das sementes bem feita, a densidade de sementes de boa
qualidade (germinação e pureza superiores a 90%) pode ser em torno de 20 kg.ha-
1. Porém em condições adversas recomenda-se 30 kg.ha-1. Com base nessa
recomendação foi realizada a semeadura dos canteiros.

A densidade de semeadura recomendada para a cultura de trevo-branco,


pode ser em torno de 2 a 4 kg.ha-1 de sementes. A profundidade de semeadura
deve ser de 1,0 a 1,5 cm, sob uma leve, mas firme camada de solo, devido ao
minúsculo tamanho das sementes.

A densidade de semeadura recomendada para a cultura de cornichão, pode


ser em torno de 8kg ha-1, quando semeado a lanço, em linha recomenda-se cerca
de 5 a 6kg ha-1. No nosso experimento a semeadura realizou-se a lanço.

3.4 Inoculação
O manejo de inoculação da semente foi realizado com incorporação do
inoculante em um balde com calda de açúcar agindo como solução aderente. Logo
após foi misturado rapidamente as sementes com inoculante mais o aderente, toda
semente foram uniformemente revistada com inoculante. Posteriormente as
sementes foram esfregadas já inoculadas com as mãos de modo a formar pelets.
Para finalizar foi recoberto as sementes com uma fina camada de calcário finamente
moído, visando o controle da acidez em torno da semente e deixado secar na
sombra por 2 horas. As sementes doadas tinham sido inoculadas a 15 dias antes de
ser incorporada ao solo. Este manejo permitiu que existisse uma integração entre
plantas leguminosas e as bactérias, realizando assim a simbiose que resulta na
formação de nódulos nas raízes, permitindo a obtenção do nitrogênio que a cultura
necessita para seu desenvolvimento, além de conferir uma certa proteção às
sementes ao ataque de pragas.

3.5 Calagem
A correção do solo foi realizada com a aplicação de calcário, visando a
melhora do pH do solo, foi utilizado 3,420g no canteiro 1 e no canteiro 2, foram
incorporados através de um procedimento manual a lanço.

3.5 Adubo
Para adubação foi utilizado a formula de NPK 5-25-25 totalizando 90g por
canteiro, após a emergência foi utilizado 40g de ureia no canteiro 1 e no canteiro 2.

3.6 Cortes
Foram realizados 2 cortes nas culturas no decorrer do experimento. O
primeiro corte foi realizado no estagio vegetativo, visando estimar a produção de

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matéria seca e produção de componentes estruturais da planta. O segundo corte


objetivou estimar a produção de matéria seca por hectare, também realizamos o
emparelhamento da cultura do canteiro de cornichão, trevo-branco e azevém.

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4. RESULTADO E DISCUSSÕES
Calculo Densidade de semente

Semente de cornichão

8kg ---- 10000 m²

X ------ 6 m² x = 0,0048g de sementes de cornichão

Foi utilizado o dobro do resultado, 100g de sementes.

Semente de Trevo-branco

4kg ---- 10000m²

X ------- 6m² x = 0,0024g de sementes de trevo branco

Foi utilizado o dobro do resultado 0,0048 de sementes

Semente de azevém

30kg ----- 10000m²

X ---------6m² x = 0,018g de sementes de azevém

No dia 2 de Abril de 2015 foi realizado o preparo dos canteiros, a turma foi
divida em grupos cada um ficou responsável por dois canteiros. Para construção dos
mesmos foi utilizado: pá de corte, rastilho, inchada, regador, fita métrica, balizas de
madeira para identificação dos canteiros. Após medirmos à área dos canteiros 4m x
1,5m totalizando 6m², com auxilio da fita métrica. Onde logo após iniciou-se o
manejo de preparo do solo onde foi realizada a calagem nos canteiros e os de mais
manejos do solo com o restante das ferramentas.

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Figura 2 a) Construção canteiro b) Calagem c ) Adubação

No dia 9 de Abril de 2015 foi realizado à semeadura nos canteiros, onde no


primeiro canteiro foi implantado as espécies em consorcio de Cornichão (Lotus
corniculatus L) e Trevo-branco (Trifolium repens L.), ambos semeados a lanço.
Figura 3 – Semeadura no canteiro 1 e 2

No segundo canteiro foi implantado o Cornichão (Lotus corniculatus L) em


consorcio com o Trevo-branco (Trifolium repens L.) e Azevém (Lolium multiflorum
Lam.), o azevém foi plantado em linha e as de mais a lanço.

No dia 23 de Abril de 2015 foi realizada a contagem da emergência dos


canteiro 1 e 2 utilizou-se quadrados de 50x50cm, para determinar a quantidade de
plantas que emergiram.
Tabela 1 - Resultado da contagem de emergência do canteiro 1

Áreas analisadas Nº de plantas Nº de plantas

Área 1 Cornichão = 2 Trevo branco = 163

Área 2 Cornichão = 1 Trevo branco = 105

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Figura 4- Trevo-branco

Tabela 2 – Resultado da contagem de emergência do canteiro 2


Áreas analisadas Nº de plantas Nº de plantas Nº de plantas

Área 1 Cornichão = 1 Trevo branco = 121 Azevém = 130

Área 2 Cornichão = 3 Trevo branco = 100 Azevém = 75

Figura 5- trevo-branco e azevém

No dia 30 de Abril de 2015 foi realizada a limpeza nos canteiros, observou-


se a presença de plantas daninhas como paulistinha entre outros. No canteiro do
cornichão, trevo-branco e azevém por causa da alelopátia, a presença de plantas
daninhas foi menor.

Dia 07 de maio de 2015, foi incorporado o Nitrogênio ao solo na forma de


uréia, foi utilizado um regador com água para se obter uma homogeneização da
uréia ao solo.

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Figura 6 - a) Ureia b) Trevo-branco c) Trevo branco e Azevém

A B C

Dia 21 de Maio de 2015, foi analisado a porcentagem de área descoberta dos


canteiros.

Tabela 3 - Porcentagem de área descoberta do canteiro 1


Áreas analisadas Porcentagem de área descoberta

Área 1 37%

Área 2 32%

Área 3 40%

Figura 7 - Trevo-branco

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Tabela 4 - porcentagem de área descoberta do canteiro 2


Áreas analisadas Porcentagem de área descoberta

Área 1 19%

Área 2 10%

Área 3 50%

Figura 8 - Trevo-branco e azevém

No mesmo dia dando continuidade ao manejo no canteiro, realizamos a


metragem da altura de dobramento das cultivar de azevém.

Tabela 5 - altura de dobramento do azevém


Áreas analisadas Altura de dobramento

Área 1 17 cm

Área 2 19 cm

Área 3 19 cm

Área 4 16 cm

Área 5 15 cm

Figura 9 - Azevém

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Também no mesmo realizamos, foi utilizado quadrado de 50x50cm de


limitando área de corte, o material foi recolhido em sacolas plásticas, totalizando
uma amostra de cada canteiro, posteriormente realizamos no laboratório uma
subdivisão das amostras de matéria verde para pesagem.
Figura 10 a) Canteiro 1 Trevo-branco b) Canteiro 2 Azevém e trevo-branco

Tabela 6 - Peso das amostras de matéria verde do canteiro 1


Amostras Peso das amostras
Peso total 23,77g
Peso da metade (com divisão de componentes) 11,25 g
Peso da metade (sem divisão) 12.52 g

Tabela 7 - Peso das amostras de matéria verde do canteiro 2

Amostras Peso das amostras

Peso total 113,27 g

1 Peso da metade (com divisão de componentes) 48,96 g

2 Peso da metade (sem divisão) 64, 31 g

Figura 11- Pesagem da matéria verde dos canteiros

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A amostra 2 sem divisão de componentes foi colocada dentro de um saco e


foi levada a estufa com circulação de ar comprimido com temperatura de 65ºC
durante 48 hs.

A amostra 1 realizou-se a separação dos componentes de cada planta e


também analise da presença de plantas daninhas, cada componente foi coloca em
um saco, também levados a estufa com circulação de ar comprimido com
temperatura de 65ºC durante 48hs.
Figura 12 - Separação dos componentes botânicos e estruturais das cultivares

Dia 11 de junho de 2015 retiramos as amostras da estufa, e realizamos a


pesagem da matéria seca e posteriormente foram descartados os conteúdos dos
mesmos. Também anotamos os pesos das amostras para realização dos cálculos.

Tabela 8 - peso das amostras de matéria seca do canteiro 2


Amostras Peso das amostras
Folíolo do azevém 4,86 g
Colmo do azevém 1,02 g
Folíolo do trevo branco 0,43 g
Pecíolo do trevo branco 0,51 g
Outras espécies 0,53 g
Peso da metade (sem divisão) 1,95 g

Tabela 9 - Peso das amostras de matéria seca do canteiro 1


Amostras Peso das amostras
Colmo do trevo branco 0,27 g
Folha do trevo branco 1g
Outras espécies 0,12 g
Peso da metade (sem divisão) 1,23 g

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A partir destes dados de amostras retiradas do canteiro, realizou-se os


cálculos, explicados abaixo.

4.1 Cálculos percentagem de matéria seca e produção de matéria


seca (folha-colmo e altura de dobramento).
Canteiro azevém, cornichão e Trevo branco

Total de azevém (folha+colmo)  4,80g +1,02g = 5,88g

5,88g MS de azevém -------- 4,86 g de folha de azevém

100 g ----------------------------x = 82,7% de folha de azevém

Total de Trevo branco (folha + pecíolo)  0,43g + 0,51 g = 0,94 g

0,94g MS de Trevo Branco -------- 0,43 g de folha de Trevo branco

100g -------------------- x = 45% de folha de Trevo Branco

Calculo de matéria verde parcial

48,96 g ----1,95 g

100 ------- x = 3,98% de MS de trevo branco, azevém e cornichão

Calculo de matéria verde total

113,27 x 40 x 0,0398 =180,32 kg de MS de Trevo branco, azevém e


cornichão/ ha

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Canteiro Trevo Branco e Cornichão

1,27 g de MS de trevo branco ---- 1 g de folha de trevo branco

100 g ------------------------- x = 78, 74% de folha de trevo branco

Calculo de Matéria verde parcial

12,52 g ---- 1,23 g

100g ------ x = 9,82% de MS de Trevo branco e cornichão

Calculo de matéria verde total

23,77 g x 40 x 0,098 = 85,57 kg de MS de Trevo branco e Cornichão/ha

4.2 Cálculos de percentual de cada componente da planta

Canteiro trevo branco e cornichão

1,39 g ---- 100

1g ---- x = 71, 9% de folha de trevo branco

85,57 kg x 0,719 = 61,56 kg de MS de folha de trevo branco

1,39 g ---- 100


0,27 g ------ x = 19,42% de colmo de trevo branco

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85,57 kg x 0,194 = 16,60 kg de MS de colmo de trevo branco

1,39 g ----- 100


0,12 g ------ x = 8,63% de outras espécies do canteiro

85,57 kg x 0,086 = 7,35 kg de MS de outras espécies

Canteiro trevo branco, cornichão e azevém

7,35 g ----- 100

4,86g ----- x = 66,12% de folíolo de azevém

180,32 kg x 0,661 = 119,19 kg de MS de folíolo de azevém

7,35 g ---- 100


1,02 g ---- x = 13,87% de colmo de azevém

180,32 kg x 0,1387 = 25,01 kg de MS de colmo de azevém

7,35 g ---- 100


0,43 g ---- x = 5,85% de folíolo de trevo branco

180,32g x 0,0585 = 10,54 kg de MS de folíolo de trevo branco

7,35 g ---- 100


0,51 g ---- x = 6,93% de pecíolo de trevo branco

180, 32g x 0,0693 = 12,49 kg de MS de pecíolo de trevo branco

7,35 g --- 100


0,53 g ---- x = 7,21% de outras espécies

180,32 g x 0,0721 = 13 kg de MS de outras espécies no canteiro.

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Dia 18 de junho de 2015 realizamos a metragem novamente da altura de


dobramento de trevo- branco no canteiro 1 e de azevém no canteiro 2, após esse
procedimento fizemos o corte do azevém a matéria verde proveniente do corte foi
colocada em um saco, o mesmo foi realizado com o trevo-branco e levado ao
laboratório para secagem em uma estufa de circulação de ar comprimido a 65ºC, e
retirada da estufa no dia 02 de julho de 2015 e realizado a pesagem da amostra
agora em matéria seca.

Canteiro de cornichão e Trevo Branco


Tabela 10 - altura do trevo branco do canteiro 1

Áreas analisadas Altura

Área 1 15 cm

Área 2 27 cm

Área 3 30 cm

Área 4 23 cm

Área 5 21 cm

Figura 13 - Trevo-branco

Canteiro cornichão, trevo branco e azevém


Tabela 11 - altura de dobramento do azevém do canteiro 2

Áreas analisadas Altura de dobramento

Área 1 60 cm

Área 2 60 cm

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Área 3 46 cm

Área 4 58 cm

Área 5 45 cm

Tabela 12 - amostra de matéria verde do ponto vegetativo do canteiro 1

Amostra Peso das amostras

301,66 g

Tabela 13 - amostras de matéria verde do ponto vegetativo do canteiro 2

Amostra Peso das amostras

247,66 g

Figura 14 - Corte da altura de dobramento do azevém

Tabela 14 - amostras de matéria seca do ponto vegetativo canteiro 1

Amostra Peso das amostras

41,9 g

Tabela 15 - amostras de matéria seca do ponto vegetativo canteiro 2

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Amostra Peso das amostras

38,5g

Calculo do segundo corte do canteiro 1 e canteiro 2, para estimativa de


produção de matéria seca e percentual de matéria seca por hectare.

Canteiro 1 cornichão e trevo-branco

TC – 301,66 g de matéria verde

301,66 g de MV ------- 41,9 g de MS

100 ----------------- x = 13,89% de MS de cornichão e trevo branco

PMS = 0,1389 x 301,66 g x 40 = 1676 kg de MS/ha de cornichão e trevo branco

Canteiro 2 cornichão, trevo-branco e azevém

TC- 247,66 g de matéria verde

247,66 g de MV ------- 38,5 g

100 ------------------ x = 15,54%

PMS = 0,1554 x 247,66 x 40 = 1539 kg de MS/ha de cornichão, trevo-branco e


azevém.

Observação: A cultura do cornichão foi de quase inexistente germinação, o que é


demonstrado na tabela 1, por este motivo ficou inviável a separação de
componentes botânicos e estruturais da planta e a não realização de cálculos de
estimativa de matéria verde e matéria seca da cultivar.

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5. CONCLUSÃO
Esta atividade desenvolvida na cadeira de forragicultura I nos trouxe
proximidade com o manejo que deve ser realizado para uma boa produção de
forrageiras, foi de extrema importância para nossa construção acadêmica
acompanhar o desenvolvimento das cultivares, sendo assim possível acompanhar
cada fase de crescimento da forrageira, também possibilitando realizar as estimativa
de produção de matéria seca e o percentual das mesmas por hectare, também por
meio de cortes realizar a avaliação de componentes botânicos e estruturais das
culturas que implantamos em nossos canteiros.

Para nos formarmos bons zootecnistas devem saber realizar o manejo


adequado desde a escolha da sua cultivar adequada para sua região e época do
ano. Como futuro “nutricionistas” animais, devemos ter o conhecimento
bromatológica e genético, visando as necessidades dietéticas dos animais em
determinadas fases da vida animal em suas respectiva categorias.

Foi possível observar durante o experimento, que o canteiro 2 consorciado


apresentou bom rendimento de matéria verde e matéria seca, apresentou menor
incidência de plantas daninhas por consequência da alelopátia proveniente da
cultura do azevém, pelo fato de ser gramínea possibilita maior quantidade de cortes
do que uma leguminosa.

No canteiro 1 o trevo-branco apresentou maior percentual de matéria seca por


hectare o que demonstra que uma leguminosa embora precise de inoculação e
maiores cuidados no manejo, superou a quantidade de matéria seca do canteiro 1,
mas possibilitou apenas um corte.

Com tudo esta atividade desenvolvida em grupo nos oportunizou conhecer


diversas cultivares, além das que foram desenvolvidas no nosso grupo.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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azevém (Lolium multiflorum) na produção de leite de vacas mestiças na região do
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