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ISBN - 978-65-00-10024-2

APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO
BÁSICOS EDUCAÇÃO FÍSICA

No final do ano de 2019 uma nova doença (COVID19) provocada


por um novo vírus (Sars-Cov2) foi descoberta, e em 2020 tornou-se
uma pandemia. Entre as mudanças nascidas dessa pandemia, o
afastamento social foi um a das principais necessidades e com isso
escolas e universidades foram fechadas. Eu que sempre havia
trabalhado com aulas presenciais vi aterrissar no meu “quintal” a
necessidade de produzir vídeo aulas, aulas síncronas e podcasts,
tudo visando manter o processo ensino-educação caminhando.
Fora isso também me vi impelido a “apostilar” minhas aulas, coisa
que sempre fui muito resistente, afinal melhor apostila que os livros
textos? Dessas apostilas saíram esse “caderno de notas”. Mais do
que substituir os livros textos, tem como objetivo orientar os
estudantes no caminho do conhecimento das disciplinas, facilitando
o processo de imergir em conteúdos por vezes visto
preconceituosamente como difícil e impenetrável.
Eu sinceramente espero que ajude, principalmente aqueles com
mais dificuldades em alcançar a linguagem dos livros textos e
aqueles que querem apenas ter uma visão mais abrangente dos
assuntos aqui abordados.
Sumário

INTRODUÇÃO ​3
AULA 1 – Noções Básicas de Metabolismo ​6
AULA 2 – Sistema Creatina Fosfato ​15
AULA 3 – Glicólise ​18
AULA 4 – Ciclo de Krebs ​29
AULA 5 – Fosforilação Oxidativa ou Respiração Celular ​36
AULA 6 – Metabolismo de Carboidratos, Lipídios e Proteínas ​39
AGRADECIMENTOS ​43
Sobre o autor ​44
INTRODUÇÃO
A bioquímica compreende a área da Biologia que estuda as relações
entre partículas químicas e orgânicas, dentro das nossas células. A
Bioquímica é o ramo da ciência que estuda a química da vida. Como
qualquer outra ciência moderna, depende de instrumentos
sofisticados para dissecar a arquitetura, a organização e os
mecanismos de sistemas nem sempre acessíveis aos sentidos
humanos. Além das implicações lógicas para a saúde humana, a
bioquímica revela o trabalho do mundo natural, o que permite
entender e apreciar a condição misteriosa e única que se chama
vida.
A relevância da bioquímica para a sociedade nunca foi tão grande.
O impacto da biotecnologia e os avanços na medicina, ciências do
esporte, agricultura, ciências do meio ambiente, ciências forenses e
muitos outros campos apresentam profundas implicações para o
futuro da humanidade. A disciplina bioquímica aborda tópicos
importantes e comuns do seu estudo nos diferentes cursos,
demonstrando a interdisciplinaridade deste ramo e,
consequentemente, a sua importância para eles.
A Química e as transformações químicas sempre existiram, sempre
foram visíveis, mesmo que inconscientemente. Iniciando-se com os
filósofos, o compartilhamento do conhecimento científico era bem
elitizado, porém, junto com a evolução científica, cada vez mais a
ciência foi se tornando parte essencial na sociedade. Com o passar
do tempo a Química se tornou uma disciplina mais acessível,
mesmo que ainda complexa para muitas pessoas. O avanço
tecnológico e científico em todo o mundo tornou a Química cada vez
mais inclusa ao cotidiano. Contudo, segundo os dados do Senso
Escolar de 2019, aproximadamente 40% dos alunos matriculados
nas escolas possuem acesso a um laboratório (figura 1), seja por
deficiência da estrutura escolar (ausência de espaço físico, falta de
reagentes, vidraria e equipamentos) e também a falta de preparo
dos docentes (professores não capacitados ministram aulas de
disciplinas em que não possuem formação). Ainda sobre o censo
escolar (2019) 40% dos professores que ministram química no
ensino médio não possuem a formação aceitável para tal (figura 2).
Figura 1 – Laboratórios nas escolas de ensino médio
Figura 2 – Formação dos professores
Nos cursos de Licenciatura de Educação Física percebe-se, com
certa frequência, a dificuldade que alguns professores enfrentam em
ensinar os conteúdos da bioquímica de modo que os conhecimentos
façam sentido na formação do aluno. É importante compreender que
esses professores, no período de formação intelectual e profissional,
incorporaram em sua própria prática de sala de aula os elementos
das teorias de forma relativizada, dificultando a aprendizagem pelo
aluno de Licenciatura em Educação Física. De um modo geral
pesquisas indicam que o professor do ensino superior aprende a
ensinar reproduzindo estratégias e práticas de seus antigos
professores, buscando, também, dar sua identidade a essas
práticas.
Nesse contexto (alunos sem a íntegra das
competências/conhecimentos necessários e professores que não
compreendem bem a bioquímica no contexto da Educação Física)
se impõe a pergunta: como proceder para que os estudantes
tenham o melhor aproveitamento da disciplina?
Além disso, surge da sociedade contemporânea uma demanda
diferenciada. Vivemos num período de conhecimento extremamente
difundido. A internet possibilitou que os conhecimentos de
bioquímica (além de outros) estivesse ao alcance de muitos. Não é
mais prerrogativa do professor ser o detentor do conhecimento para
ser “distribuído” entre os alunos. Contudo, do mesmo momo que a
internet ajuda a difundir os conhecimentos pertinentes difunde
igualmente conhecimentos não tão atualizados, cientificamente
embasado e até mesmo correto. Outra situação é a falta de
organização (progressão pedagógica) dos conteúdos na internet,
dificultando para o neófito compreender de forma plena o
conhecimento necessário para aplicação em outras disciplinas e
mesmo na prática profissional. Assim, tão importante quanto o
conteúdo está a capacitação do licenciando para buscar e discernir
conhecimentos nos diversos meios.
AULA 1 – NOÇÕES BÁSICAS DE METABOLISMO

Há muita confusão em nossa área acerca do termo metabolismo, e


onde impera desinformação os charlatões reinam. O conceito de
metabolismo é relativamente simples, porém reúne uma
complexidade que por vezes leva a um afastamento do estudante,
contudo, via de regra, é muito importante para qualquer profissional
da área da saúde conhecer os rudimentos da disciplina.
Metabolismo pode ser definido como o conjunto de reações
químicas de um dado organismo. Como dois lados de uma mesma
moeda, que não podem deixar de coexistir, o metabolismo é
composto por anabolismo e catabolismo. Anabolismo é o conjunto
de reações químicas que promove crescimento, armazenamento,
reconstrução/regeneração etc. Catabolismo é composto por reações
químicas que promovem redução, dispêndio, liberação etc.
Outras transformações químicas, produção de calor e regulação do
ambiente interno podem estar associadas a definição de
metabolismo, visto que seres vivos estão sempre “lutando” contra a
entropia.
Os dois lados do metabolismo são complementares. Para “construir”
uma proteína (anabolismo), precisamos de energia que será oriunda
de uma reação química catabólica, energia essa que estava
armazenada em uma molécula altamente energética que foi
sintetizada (anabolismo) com energia vinda da quebra (catabolismo)
de um nutriente (figura 3).
Figura 3 – Interrelação entre reações (vias) anabólicas e
catabólicas. Relâmpagos simbolizam energia sendo transferida;
flechas azuis reações ou vias anabólicas; flechas vermelhas
reações ou vias catabólicas.

A forma curta de contar essa estória é dizer que o alimento gera


energia para mantermos a vida. Porém a versão longa precisa ser
melhor conhecida pelos profissionais. Os caminhos (vias) que a
energia percorre para chegar a gerar movimento, calor ou outros
efeitos fisiológicos é um tanto quanto complexa, mas compreensível
(figura 4). E é exatamente isso que se estuda no metabolismo
energético, não se trata de decorar moléculas ou enzimas, mas sim
estudar como estas moléculas transportam a energia que foi
armazenada no alimento até ser transduzida nas funções que nos
impedem de ser devorados pela entropia, pelo menos
temporariamente.
Figura 4 - Os caminhos (vias) que a energia percorre para chegar a
gerar movimento, calor ou outros efeitos fisiológicos é um tanto
quanto complexa, mas compreensível.

O alimento é uma fonte de energia pois compõe-se de moléculas


que armazenaram energia solar, sim as plantas usam a energia do
sol para agrupar cadeias de carbono (esqueletos de carbono) que
armazenam esta energia. Essas cadeias de carbono são ingeridas
por nós ou por outros animais que consumimos. Essas cadeias de
carbono devem de “desfeitas”, quebradas (degradadas) para liberar
a energia que ficou armazenada.
Essas cadeias de carbono são chamadas macronutrientes, são eles
os carboidratos, os lipídios e as proteínas. Existem os
micronutrientes que são importantíssimos para que o organismo
funcione de forma eficiente. São usados na obtenção da energia,
mas eles mesmos não fornecem energia. São vitaminas, minerais,
fibras dietéticas e a própria água.
A quebra dos macronutrientes começa na digestão, macronutrientes
são moléculas grandes demais para serem absorvidas inteiras.
Assim chega-se aos substratos energéticos: carboidratos liberam
hexoses (glicose, frutose etc.); lipídios liberem os ácidos graxo
(ácido linoleico, ácido palmítico etc.). e as proteínas liberam
aminoácidos (glutamina, alanina etc.). São esses substratos que
entram no processo final da extração da energia aproveitável pelo
organismo.
Todos os processos de quebra e transferência de energia são
reações químicas. As células não podem depender que reações
químicas espontâneas aconteçam para obter os resultados
esperados. Os substratos precisam ser quebrados e terem a energia
disponibilizada de acordo com as demandas de forma precisa. Para
isso as células contam com “máquinas” chamadas enzimas (figura
5). Enzimas são proteínas especializadas em catalisar reações
químicas eficientemente, de forma controlada e direcionada. No
processo a enzima se liga ao substrato formando um complexo
(ES), ocorre a reação formando o complexo com o produto (EP) e o
produto é liberado, sem que a enzima seja modificada ao final.
Figura 5 – Exemplos de catálise enzimáticas. E = enzima; S =
substrato; P = produto; ES = complexo enzima-substrato; EP =
complexo enzima-produto. Na parte superior uma reação catabólica
(um substrato é quebrado em 2 produtos), na parte inferior uma
reação anabólica (dois substratos são ligados para formar um
produto maior). Cores e proporções meramente ilustrativas.

Por vezes é necessário um cofator para que a reação ocorra, neste


caso o cofator participa do processo mais sai sem modificações da
reação (figura 6). A parte proteica seria chamada apoenzima e a
parte não proteica cofator, e o conjunto apoenzima + cofator é
chamado haloenzima. Quando o cofator é uma molécula orgânica
chamamos de coenzima.
Figura 6 - Ação enzimática com cofator (coenzima). AE =
apoenzima; HE = haloenzima; E = enzima; S = substrato; P =
produto; ES = complexo enzima-substrato; EP = complexo enzima-
produto. Cores e proporções meramente ilustrativas.

A velocidade das reações vai depender de diversos fatores como a


concentração da enzima, concentração de substratos, concentração
dos produtos, energia inicial para a reação, pH e temperatura do
meio etc. Muitas vezes a presença de outras substâncias pode
acelerar ou inibir a velocidade das rações (controle alostérico).
Importante destacar que algumas enzimas funcionam nos dois
sentidos, ou seja, seus produtos podem passar a ser seus
substratos.
As reações químicas podem ser divididas em 2 grandes grupos:
exotérmicas e endotérmicas. As reações exotérmicas são aquelas
que liberam calor (energia) e as endotérmicas aquelas que
armazenam calor energia. Normalmente os processos anabólicos
são endotérmicos e os catabólicos exotérmicos.
A energia contida nos esqueletos de carbono está nas ligações
covalente entre esses carbonos, contudo não basta quebrar essas
ligações e utilizar a energia liberada. As células não conseguem
aproveitar essa energia para manutenção de suas atividades. Para
isso essa energia tem que ser transferida para moléculas
apropriadas, os chamados fosfatos de alta energia. A principal e
mais conhecida dessas moléculas é a adenosina trifosfato (ATP).
Como o nome revela que é uma molécula com 3 grupamentos
fosfatos ligados a ela e a energia reside nessas ligações entre os
fosfatos.

Figura 7 – Representação simplificada da molécula de adenosina


trifosfato (ATP). Em azul a adenina, em verde a ribose e marcado
em tons de vermelho os grupamentos fosfato.

A energia contida nos esqueletos de carbono terá que ser


transferida inicialmente para a formação (síntese do ATP). Esse
processo ocorre quando enzimas específicas usam a energia para
ligar um grupamento fosfato a molécula de adenosina difosfato
(ADP) (figura 6).
Figura 7 – Reação de síntese e degradação do ATP. Os círculos
amarelos representam os grupamentos fosfatos e o círculo branco.
Cores e proporções meramente ilustrativas.

O processo de ressíntese do ATP ocorre mediante a uma sequência


de eventos (reações químicas) cada uma catalisada por uma
enzima específica, formando vários caminhos (vias metabólicas)
que irão liberar a energia de forma gradual sintetizando ATP em
grande quantidade (a quantidade dependerá do substrato utilizado e
da via a ser seguida. A maior parte desta energia será oriunda de
reações que dependem do oxigênio molecular (O2) (figura 8).
Figura 8 – Catabolismo dos alimentos para ressíntese do ATP.

Como pode ser visto na figura 7, o ATP não é energia e nem se


transforma em energia, como muitas vezes é descrito,
principalmente nas mídias sociais. O ATP é uma molécula complexa
que combina um nucleotídeo (adenina) com um açúcar (ribose) e os
grupamentos fosfatos. O que possibilita a liberação de energia é a
transformação desta molécula em duas outras moléculas menores e
um próton (H+), ou seja, nada desaparece ou se transforma em
energia.
Então o ATP é a “moeda energética” da célula, o que isso quer
dizer: praticamente toda a demanda energética da célula é mantida
às custas de quebras da ligação do último fosfato do ATP (figura 7).
Como as células não podem manter reservas infinitas de ATP e elas
precisam de energia todo o tempo, há uma “ameaça” hipotética de
que essas reservas acabem. No entanto, os mecanismos de
ressíntese de ATP são tão eficientes que de modo geral a
concentração de ATP não chega a cair para valores inferiores a 90%
de sus concentração normal. A questão energética é tão prioritária
que a célula por vezes prefere se canibalizar do que deixar a
concentração de ATP baixar. Os mecanismos de ressíntese, por
eficientes que são, aumentam ou diminuem sua velocidade de
acordo com a velocidade em que o ATP é quebrado, mantendo
assim constante a concentração de ATP. Quando a velocidade de
quebra aumenta (maior demanda de energia), a célula reage
aumentando a velocidade ou priorizando os mecanismos mais
rápidos de ressíntese.
Como os organismos físicos estão em constante luta contra a
entropia, a questão energética é tão fundamental para a célula que
ela tenta manter as reservas de ATP sempre próximas a 100%. Para
isso além de flexibilidade na velocidade das vias de produção de
ATP, elas também têm várias vias, com características diferentes e
substratos diferentes. Nos próximos capítulos estudaremos as
principais vias de fornecimento de energia para ressíntese de ATP.
AULA 2 – SISTEMA CREATINA FOSFATO
Em situações nas quais a demanda energética é alta e o tempo é
curto para manter a concentração de ATP elevada as células
utilizam o sistema creatina fosfato. Este sistema tem a capacidade
de responder muito rapidamente pois é composto por apenas uma
reação catalisada por uma única enzima. A reação é uma
transferência do grupamento fosfato ligado a creatina formando um
composto chamado creatina fosfato.
Creatina é um composto nitrogenado formado a partir de três
aminoácidos: glicina, arginina e metionina (figura 9). Pode ser
sintetizada endogenamente ou obtida através da alimentação a
partir da ingestão de carnes. Ao entrar nas células pode receber um
grupamento fosfato transferido de um ATP, reação catalisada pela
creatina kinase (CK), formando creatina fosfato (CrP) (figura 10). A
creatina fosfato fica armazenada e nos momentos em que a
variação da concentração de ATP é acentuada a atividade da CK
aumenta e ocorre uma rápida resposta de transferências de fosfato
da CrP para o ADP, ajudando a restabelecer a concentração de ATP
(figura 10).
Figura 9 – Síntese de creatina.

Figura 10 – Transferência de fosfato catalisada pela creatina kinase.


Destaca-se o grupamento fosfato que pode ser transferido da
creatina fosfato para o ADP, ou do ATP para a creatina livre.
Este sistema é eficiente, porém as reservas de CrP nos músculos
são reduzidas em 80% em 6 a 8 segundos, dependendo de qual
músculo e do nível inicial de CrP. O aumento da concentração de
creatina livre inibirá a ação da enzima fazendo com que a
velocidade de transferência de fosfatos para ADP diminua
exponencialmente.
O sistema CrP tem outa função importante no metabolismo
energético. A energia produzida na matriz mitocondrial, pela
respiração celular, é transferida ao citoplasma por um mecanismo
de lançadeira com participação da creatina kinase (figura 11).

Figura 11 – Lançadeira de creatina fosfato.


AULA 3 – GLICÓLISE

A glicólise (quebra da glicose) é uma via metabólica composta de


reações químicas anaeróbias (não necessitam de oxigênio) e que
acontece no citoplasma de quase todas as células. É um
mecanismo eficiente de transdução da energia principalmente pela
rapidez e por produzir ATP próximo aos sítios de utilização. Em
contrapartida, não aproveita toda a energia contida na molécula por
ter como produto esqueletos de 3 carbonos, ainda com energia
armazenada em suas ligações.
O principal substrato da glicólise (como o nome já diz) é a glicose,
que é uma hexose comum em muitos carboidratos. As células
captam glicose através de transportadores conhecidos como GLUT
(do inglês glucose transporter) e algumas delas, como os músculos
estriados esqueléticos e hepatócitos, podem armazená-la na forma
de um carboidrato chamado glicogênio.
Ao entrar na célula a glicose é fosforilada pela hexokinase, que é
uma enzima que transfere um grupamento fosfato do ATP para o
carbono de número 6 da glicose (figura 12). Esta reação tem como
produto a glicose 6 fosfato (G6P) que não é transportada pelos
GLUTs.
Figura 12 – Reação de fosforilação da glicose catalisada pela
hexokinase. ① representa a enzima hexokinase.

Na sequência, a G6P é isomerizada em frutose 6P pela


glicosefosfato-isomerase. Por sua vez a fosfofrutokinase (PFK)
transfere mais um fosfato do ATP para a frutose 6 fosfato (figura 13).
2 fatos são importantes até aqui, o primeiro é que 2 moles de ATP
foram investidos para cada mol de glicose, o segundo é que a PFK
é um dos maiores reguladores da via glicolítica. A PFK é ativada
alostericamente por ADP e inibida por ATP, desta forma as
variações dessas moléculas ativa ou inibe a atividade enzimática,
com consequente aumento ou diminuição da velocidade de toda a
via.

Figura 13 – Reação de isomerização e fosforilação. ② representa a


enzima glicosefosfato-isomerase; ③ representa a enzima
fosfofrutokinase (PFK).

A ligação entre o terceiro e quarto carbono da frutose 1,6 bisfosfato


será quebrada (figura 14), gerando 2 trioses fosfato: gliceraldeído-3-
fosfato (G3P) e dihidroxiacetona fosfato. A enzima triosefosfato
isomerase é capaz de converter a dihidroxiacetona em 3GP, pode-
se dizer que a cada mol de glicose inicialmente utilizada, forma-se 2
moles de G3P.

Figura 14 – A aldolase ( ④ ) quebra a frutose 3 fosfatos produzindo


2 trioses. ⑤ representa a triosefosfato isomerase.

A G3P será substrato de uma reação importante para entendermos


a via glicolítica como um todo. A glicealdeído 3P desidrogenase faz
uma reação de oxirredução entre o G3P e a nicotinamida adenina
dinucleotídeo oxidadada (NAD+) (figura 15), isso possibilita a
ligação de um grupamento fosfato ao G3P, formando gliceraldeído
1,3 bisfosfoglicerato, NADH (NAD reduzido) e um próton (H+).
Figura 15 – Reação de fosforilação do Gliceraldeido 3P. ⑥
representa a enzima gliceraldeído 3P desidrogenase.

Além de ser a sequência da via glicolítica, permitindo continuar o


catabolismo da glicose, essa reação tem importância no fato de
potencialmente alterar o pH e o status Redox da célula (figura 16).
Quanto maior a velocidade da via glicolítica maior a quantidade de
prótons e NADH serão formados, desequilibrando a célula. Essas
variações de concentração podem prejudicar diversas funções
celulares e precisa de mecanismos para resolução dos problemas
(tamponamento e reequilíbrio redox). Importante lembrar que essa
reação ocorre em dobro pois são formados dois G3P na reação
anterior.
Figura 16 – Substratos e produtos da reação da gliceraldeído 3P
desidrogenase com destaque para a acidose e desequilíbrio do
tônus redox.

Até o momento só tivemos investimentos em ATP (2 ATP


convertidos em 2 ADP), nenhum foi produzido, por isso essa fase é
chamada de fase de investimento. A partir daí termos a chamada
fase de pagamento pois serão gerados ATP.
A próxima reação da via é a
transferência do fosfato ligado ao
carbono 1 para um ADP (figura
17). Essa reação é catalisada
pela enzima fosfoglicerato kinase.
Assim são formados os 2
primeiros moples de ATP
diretamente na via glicolítica,
essa reação “paga” todos os ATP
investidos na primeira fase.
Figura 17 – Reação de transferência de fosfato de 1,3 BPG para o
ADP. ⑦ representa a enzima fosfoglicerato kinase.

Na sequência ocorre isomerização e desidratação, com a produção


de um composto altamente energético chamado fosfoenolpiruvato
(figura 18). Essas reações são catalisadas por fosfogliceratomutase
e enolase, respectivamente. Lembrando que para cada mol de
glicose que iniciou o processo, serão gerados 2 moles de
fosfoenolpiruvato.

Figura 18 – Formação do fosfoenolpiruvato. ⑧ representa a


enzima fosfogliceratomutase; ⑨ representa a enzima enolase.

A piruvato kinase será a enzina responsável por fazer a


transferência do grupamento fosfato de fosfoenolpiruvato para o
ADP (figura 19), formando assim ATP e piruvato. Para cada mol de
glicose ocorrerá a produção de 2 moles de ATP e 2 moles de
piruvato. Ao final desse processo haverá a formação de 4 moles de
ATP e o investimento de 2 moles de ATP, ficando assim de saldo 2
ATP.
Figura 19 – Formação do piruvato. ⑩ representa a enzima piruvato
kinase.

É importante lembrar que até este momento houve a formação de


íons de hidrogênio e de NADH com potencial de desequilibrar o
meio intracelular. Quanto mais ativada estiver a glicólise, maior o
potencial de desequilíbrio. Para combater esse desequilíbrio ocorre
a reação catalisada pela lactato desidrogenase (LDH) (figura 20).
Essa reação pode ser chamada de fermentação lática (para diferir
dos outros tipos de fermentação).
Figura 20 – Reação de síntese de lactato. ⑪ representa a enzima
lactato desidrogenase.

A formação do lactato tem potencial oxidante do NADH além de


tamponar íons hidrogênio (figura 21). A lactato desidrogenase é uma
enzima de reação reversível que será ativada com presença de
NADH produzindo velozmente grande quantidade de lactato, quanto
maior a concentração de NADH, mais veloz será a reação na
direção da síntese de lactato. Desta forma a síntese de lactato
funciona como protetor do equilíbrio celular. Na situação hipotética
que todas as moléculas de piruvato produzidas na via glicolítica
forem convertidas em lactato, o saldo de desequilíbrio seria zero
(figura 22).
Figura 21 – Reação de redução do piruvato a lactato com destaque
a acepção do íon de hidrogênio e oxidação do NADH em NAD+.

Figura 22 – Resumo das reações envolvendo oxirredução e


acidificação com tamponamento na via glicolítica.
Se a via tem potencial de alteração nula do pH, mas ocorre a
acidose, de onde estariam vindo os íons de hidrogênio que
aumentam no meio intracelular e na corrente sanguínea. O Prof
Robert Robergs vem defendendo nos últimos anos 20 anos a
proposta de que os prótons surgem da própria hidrolise do ATP
(figuras 7 e 23).
Quanto maior a demanda da célula por energia, por exemplo a fibra
muscular durante o exercício, maior será a quantidade e velocidade
da quebra de ATP, sendo que cada mol de ATP que é convertido em
ADP libera 1 mol de H+. Essa proposta é endossada pelas
evidências de que o músculo esquelético não produz quantidades
significativas de ácido lático, como se pensava desde a década de
1910. Sugiro a leitura do artigo “Limitações lógicas ao modelo da
fadiga induzida pelo ácido lático”
(https://www.researchgate.net/publication/228679030_Limitacoes_lo
gicas_ao_modelo_da_fadiga_induzida_pelo_acido_latico). Assim, a
acidose é uma resposta a própria necessidade da célula em
produzir energia aproveitável.

Figura 23 – Cabeçalho do artigo “Acidose Metabólica induzida por


exercício: de onde os prótons vem”
(http://sportsci.org/jour/0102/rar.htm).
AULA 4 – CICLO DE KREBS
O ciclo de Krebs ou ciclo do ácido tricarboxílico ocorre na matriz
mitocondrial dos eucariontes. Foi descrita por Hans Krebs em 1937
e rendeu um prêmio Nobel ao químico alemão. Consiste em uma
sequência de reações químicas que oxidam uma série de
moléculas, mas normalmente é descrita a partir da condensação de
acetil-coenzima A e oxaloacetato formando citrato.
Partindo do metabolismo de carboidratos, e mais especificamente
da glicólise, temos o transporte do piruvato do citoplasma para a
matriz mitocondrial. Um complexo enzimático chamado piruvato
desidrogenase (PDH) remove um carbono da molécula e adiciona
uma Coenzima A, formando o acetil-CoA e dióxido de carbono
(CO2). O PDH é ativado alostericamente por AMP e NAD+
(indicadores de diminuição da energia disponível) e inibido por ATP,
NADH e por Acetil-CoA (indicadores de energia disponível).

Figura 24 – Reações catalisadas pelo complexo piruvato


desidrogenase (PDH). ① representa o complexo PDH.
O acetil-Coa pode ser condensado ao oxaloacetato formando
citrato, com a liberação da CoA, e na sequência isomerizado a
isocitrato (figura 25). Como o oxaloacetato tem um esqueleto de 4
carbonos e o acetil 2 carbonos, a junção delas forma um esqueleto
de 6 carbonos, que se mantem na isomerização, lembrando que no
caso de continuação do metabolismo de carboidratos os 2 carbonos
do acetil originaram-se da glicose (ver capítulo anterior).

Figura 25 – Reações de formação do citrato e isocitrato. ②


representa a enzima citrato sintase; ③ representa a enzima
aconitase.

A próxima reação da via é uma descarboxilação, o isocitrato é


convertido em α-cetoglutarato (αKG) conjuntamente a uma redução
do NAD(P)+ e a produção de CO2 (figura 26). Ocorre também a
dissociação de um próton. Com a descarboxilação o esqueleto com
6 carbonos (isocitrato) passa a 5 carbonos (αKG).
Figura 26 – Descarboxilação do isocitrato. ④ representa a enzima
isocitrato desidrogenase.

Na conversão de αKG em Succcinil-CoA ocorre a redução de um


NAD+ e a liberação de mais uma molécula de CO2 (figura 27). A
reação permite que uma coenzima A seja adicionada a molécula.
Importante notar que contando desde a formação de acetil-CoA
(figura 24), esta é a terceira molécula de CO2 liberada. Pensando
desta forma, os carbonos que entraram no ciclo como piruvato
(esqueleto de 3 carbonos) foram todos liberados, ou seja, todas as
ligações que formavam a cadeia carbônica foram quebradas.
Outro dado interessante é que nenhum ATP foi gerado até aqui.
Porém uma grande quantidade de moléculas reduzidas (NAD+ para
NADH) foi formada, e isso não poderá ser ignorado, os elétrons
transferidos desde o piruvato precisarão ser “entregues” sob pena
de instabilidade na matriz mitocondrial.
Figura 27 – Descarboxilação oxidativa do α-cetoglutarato. ⑤
representa o complexo enzimático α-cetoglutarato desidrogenase.

Na figura 28 pode-se observar que o succinil-CoA será convertido


em succinato na mesma reação em que uma guanosina difosfato
(GDP) será fosforilada. Será produzida uma molécula altamente
energética (GTP) e a CoA será liberada.
Figura 28 – Fosforilação do GDP. ⑥ representa a enzima succinil-
CoA sintetase.

Na conversão de succinato em fumarato há a participação da flavina


adenina dinucleotídeo oxidada (FAD) como aceptor de elétrons.
Essa reação aumenta ainda mais o desequilíbrio do tônus redox.
Figura 29 – Oxidação do Fumarato. ⑦ representa a enzima
succinato desidrogenase.
A hidratação do fumarato pela enzima fumarase gera o malato
(figura 30) que é precursor do oxaloacetato. A oxidação do malato
produz mais NADH e oxaloacetato fechando o ciclo (figura 31).

Figura 30 – Síntese de Malato. ⑧ representa a enzima fumarase.

Figura 31 – Oxidação do Malato com redução do NAD+. ⑨


representa a enzima malato desidrogenase.
Ao final do ciclo o energético é de 1 GTP, 3 NADH e 1 FADH2. A
grande quantidade de elétrons oriundos das cadeias de carbono
quebradas terá que ser distribuída a outros aceptores para que não
ocorra desequilíbrio que venham a prejudicar o funcionamento das
mitocôndrias (e das células). Nesse caso o grande aceptor de
elétrons será o oxigênio molecular (O2) e isso ocorrerá na respiração
celular.
Apesar do ciclo normalmente ser apresentado como uma via
fechada isso não representa a verdade. Vários intermediários do
ciclo podem ser utilizados para sintetizar outras moléculas (como
aminoácidos não essenciais), bem como alguns aminoácidos (e
cetoácidos) podem servir como precursores de intermediários do
ciclo (figura 32).

Figura 32 – Visão geral do Ciclo de Krebs (Fonte da imagem:


Citratcyclus.svg, Domínio público,
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=2818922).
AULA 5 – FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA OU RESPIRAÇÃO
CELULAR

Nas membranas internas das mitocôndrias existe um complexo de


proteínas capazes de aceitar e transportar elétrons. Esse conjunto
de proteínas realiza reações redox que é a transferência dos
elétrons retirados das cadeias carbônicas dos substratos
energéticos e transferi-los para o oxigênio. Além disso, esse
processo também contribui para a síntese de ATP. Acada par de
elétrons transportado um gradiente de concentração de prótons é
formado no espaço intermembranas, criando energia potencial que
poderá ser transformada em energia química.
A fosforilação oxidativa é dividida em 2 partes: Cadeia
transportadora de elétrons (figura 33) e quimiosmose.

Figura 33 – Visão geral da cadeia transportadora de elétrons.


Números romanos representam os complexos proteicos, (1)
representa a ubiquinona, (2) o citocromo C, as flechas pretas o fluxo
de elétrons e as flechas vermelhas o fluxo de prótons. Cores e
proporções meramente ilustrativas.
Como o nome já ajuda a entender, a cadeia transportadora de
elétrons é um grupo de complexos proteicos que são reduzidos
quando principalmente os NADH e FADH2 produzidos no
metabolismo são oxidados. Os elétrons vão perdendo energia a
cada transporte e essa energia é aproveitada no transporte de
prótons da matriz mitocondrial para o espaço intermembranas. O
complexo I recebe dois elétrons do NADH e reduz o complexo Q
(ubiquinona formando QH2), além disso transporta também um
próton (H+) e libera NAD+ (NAD oxidado). QH2 atravessa a
membrana e “entrega” os elétrons ao complexo III. O complexo III
reduzido transporta mais prótons para o espaço intermambranas e
passa os elétrons ao citocromo C. O citocromo C reduzido passa
pela membrana e “entrega” os elétrons ao complexo IV, que
transporta os últimos prótons da cadeia e entrega os elétrons ao
oxigênio, formado uma molécula de água (figura 33).
Como os elétrons do FADH2 estão em um nível energético mais
baixo do que os do NADH, a sequência de transferência de elétrons
é a mesma, porém iniciando no complexo II que irá passar os
elétrons para a ubiquinona. O número de prótons transportado
nesse caso será menor.
O complexo IV depende da presença de O2 que funcionará como
aceptor final dos elétrons, somente com a presença dele é que o
fluxo da cadeia transportadora seja mantido. Quanto maior for a
demanda de energia maior será a velocidade das vias e maior será
a produção de NADH e FADH2, desta forma, maior será a
velocidade dos eventos na cadeia e maior será a necessidade de
O2. A redução da oferta do oxigênio reduz a capacidade de
transporte de elétrons, prejudicando a produção de energia por
“paralisar” todo o processo de oxidação dos substratos
energéticos.
Como descrito, o bombeamento de prótons para o espaço
intermembranas cria um gradiente de concentração e energia
potencial. Fica favorecido o retorno dos prótons a matriz
mitocondrial através da ATP sintetase (ATP sintase), que é uma
proteína com um canal que permite a passagem dos íons de
hidrogênio, porem “capturando” a energia de seu movimento através
do canal. A energia potencial do gradiente de prótons é usada para
unir um ADP a um grupamento fosfato formando ATP (figura 34).

Figura 34 – ATP sintetase (ATP sintase). As flechas pretas


representam a síntese do ATP, as flechas vermelhas o fluxo de
prótons e as esferas amarelas os grupamentos fosfato. Cores e
proporções meramente ilustrativas.
AULA 6 – METABOLISMO DE CARBOIDRATOS, LIPÍDIOS E
PROTEÍNAS

Os eventos descritos nos capítulos anteriores estão associados a


degradação da glicose, desde a isomerização da glicose 6P até a
produção de CO2 e H2O. Porém, pode-se obter energia de outros
substratos energéticos como os ácidos graxos e os aminoácidos.
Os ácidos graxos são os principais constituintes dos lipídios,
moléculas hidrofóbicas e pobres condutoras de calor. Usadas como
armazenamento de energia e isolamento térmico por vários animais,
porém podem cumprir funções estruturais e regulatórias. Os ácidos
graxos têm estrutura geral R-COOH (figura 35) e podem ter a cadeia
de carbonos com ou sem ligações duplas (insaturado e saturado,
respectivamente).

Figura 35 – Estrutura dos ácidos graxos. À esquerda a estrutura


geral, no centro um modelo de ácido graxo saturado e à direita
insaturado. R representa a cadeia carbônica que pode variar de
acordo com o ácido graxo. Formas e cores meramente ilustrativas.
Um dos lipídios armazenados mais comuns é o triacil-glicerol (TAG)
que é formado pela união de uma molécula de glicerol a 3
aminoácidos (figura 36).

Figura 36 – Formação do Triacil-glicerol. R representa a cadeia


carbônica que pode variar de acordo com o ácido graxo. Formas e
cores meramente ilustrativas.

Após lipólise os ácidos graxos livres (AGL) podem ser transportados


para os tecidos que poderão ser utilizados como substratos
energéticos. Esse processo mitocondrial começa com a β-oxidação
que é a remoção sequencial de 2 carbonos (acetil) da cadeia
carbônica do AGL e a junção deste com uma coenzima A (CoA)
(figura 37). A cada par de carbonos removido será gerado um acetil-
CaA, como exemplo o ácido palmítico que tem 16 carbonos irá gerar
8 acetil-Coa.
Figura 37 – β-oxidação. Cores e formas meramente ilustrativas.

A partir da formação do acetil-CoA o processo é semelhante ao


que ocorre com a glicose, ou seja, o acetil-CoA servirá como
intermediário do ciclo de Krebs gerando GTP, NADH e FADH2
(figuras 25 a 31).
Os aminoácidos podem ser aproveitados como intermediários do
ciclo de Krebs. Cada aminoácido pode entrar em uma ou mais
etapas do ciclo dependendo de suas cadeias (figura 38). Como os
aminoácidos têm na sua estrutura pelo menos um grupamento
amina (NH3-) precisam ser desaminados antes de serem
aproveitados como substrato energético.
Figura 38 – Aminoácidos como precursores de intermediários do
ciclo de Krebs.
AGRADECIMENTOS
São muitas pessoas a agradecer neste momento, mas o espaço é
curto e focarei em algumas pessoas importantes. Em primeiro lugar
4 pessoas foram fundamentais: Cristiane (minha amada esposa), os
Professores Paulo Azevedo, Rafael Pereira e Franz Knifis. Essas
pessoas foram as maiores incentivadoras e me ajudaram a
“desencanar” sobre publicar uma coleção de e-Books (confesso que
tinha um pouco de receio).
Minhas filhas Ariadne e Julia, a primeira incentivadora e a segunda
compreensiva, ambas muito carinhosas e meus melhores legados.
Aos amigos Alex Itaborahy, Dailson Paulucio, Alex Koch, Felipe
Sampaio que são fonte de inspiração e motivação em querer
avançar.
A Prof Leticia Ecard que neste momento de grandes mudanças tem
ensinado tanto em como transformar nosso modus operandi para
adaptar-se a esses novos desafios tecnológicos.
As instituições que trabalho na figura de seus coordenadores,
exigentes, porém justos, e colegas, que sempre estão a disposição
para ajudar nos momentos de aperto.
Enfim a todos os alunos, do presente e do passado, que são o
motivo e razão desse material. Meu obrigado pelo privilégio de ter
convivido com vocês.
SOBRE O AUTOR

Marco Machado é graduado em Educação Física (UERJ);


Especialista em Bioquímica, Fisiologia e Nutrição na Atividade
Física; Mestre em Ciência da Motricidade Humana; Docente de
Graduação e Pós-graduação (UNIG, Funita, Fasap, UFRJ,
Unisaúde); Palestrante (EUA, Europa, Brasil); Membro do ACSM;
Consultor Científico do HSJA. Autor de mais de 80 artigos científicos
em revistas internacionais; Autor do livro "Tópicos Avançados em
Bioquímica do Exercício" (2004) e “Tópicos Especiais em Fisiologia
do Exercício” (2018).
Autor da série “Básicos Educação Física” da qual este e-Book faz
parte.

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Orcid - https://orcid.org/0000-0001-6364-6798
Google Scholar - https://scholar.google.com/citations?
user=kudxdg0AAAAJ&hl=pt-BR

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