ME DI CI NA: Apostila

A P O ST I L A
ME
EXERCÍCIOS
COM RESOLUÇÃO
COMPLETA:
OBJETIVOS E
DISCURSIVOS
DI
BI O LO G I A
CI
NAConteúdo de Biologia
completo e consistente
para o ENEM e vestibulares
Apostila desenvolvida
especialmente para a
aprovação em medicina
Exercícios comentados
dos vestibulares mais 1 º E D I ÇÃO
concorridos do Brasil
APOSTIL A MED
Organização André Corleta | Margit Anton Bersch

| Arthur Casa Nova Nonnig
Autor Luana Vasconcellos | Bruno Correia
Revisão Bruno Correia | Guilherme da Silva Batista

| Leonardo Teixeira Madrid Alves | Marina Sousa
Coordenação de Design Margit Anton Bersch
Renata Goulart | Luana Cardoso
Layout e Diagramação
Ilustradores Michelle Iashmine Mauhs
V855b
Vasconcellos, Luana.
Biologia MED / Luana Vasconcellos, Bruno Correia;
organizadores Margit Anton Bersch, Arthur Casa Nova
Nonnig. – Porto Alegre, RS: Me Salva!, 2022.
150 p. : 21 x 29,7 cm – (Apostilas MED, v. 4)
ISBN 978-65-87558-12-7
1. Biologia – Estudo e ensino. 2. Vestibular. I. Correia, Bruno.

II. Título. III. Série.
CDD 570
Catalogação da publicação: Maurício Amormino Júnior – CRB6/2422
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SOBRE A APOSTILA
Queremos estar cada vez mais próximos de você, estudante! Para isso,
organizamos este material exclusivo que vai te ajudar na preparação para
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apostila MED é a nossa mais nova aposta para aprimorar a experiência do
estudante Me Salva!, agregando conteúdo físico focado em Medicina à
experiência de ensino online.
Aqui, você tem o conteúdo escrito e desenvolvido pelos professores do

Me Salva! Cada volume corresponde a uma disciplina que vai fazer a
diferença na sua aprovação em Medicina: Matemática, Física, Química e
Biologia. Para um melhor aproveitamento, recomendamos que você
estude as diferentes disciplinas em paralelo, de acordo com seu
planejamento semanal.
Ao longo do texto, você encontrará exercícios resolvidos para a melhor

compreensão do conteúdo, além de questões recomendadas e seus
respectivos gabaritos para treinar. No início de cada capítulo, há um QR
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Vamos juntos garantir o seu sonho MED?

BIO
LO
GIA
BIOLOGIA
01. Microbiologia................................... 7 03. Zoologia........................................... 85
Vírus.................................................. 7 Evolução........................................... 85
Bactéria e archaea......................... 17 Exercícios......................................... 119
Protozoários.................................... 24
Exercícios......................................... 35 04. Genética........................................... 131
Genes, cromossomos e
02. Botânica........................................... 45
reprodução...................................... 131
Exercícios......................................... 155
Evolução das plantas..................... 45
Desenvolvimento vegetal.............. 55
Morfologia vegetal......................... 56
Fisiologia vegetal............................ 61
Movimento vegetais...................... 66
Exercícios......................................... 75
MICROBIOLOGIA
E ai, galera do Me Salva! Antes de continuar o texto, pare, respire fundo e
pense: quando falamos em microrganismos, o que vem na cabeça de vocês?
Apostamos que a maioria de vocês deve ter pensado em vírus, bactérias e
associado a doenças, certo? Isso porque essa é a forma que fomos ensinados
a pensar através de todas as propagandas de televisão, todos os comerciais
de produtos de limpeza e todos os discursos de desenhos animados aos quais
assistimos ao longo da nossa vida, sem contar o fato de estarmos vivenciando
uma pandemia causada por um vírus. Porém, esses organismos pequeninos
estão muito mais presentes no nosso dia a dia do que apenas quando
manifestamos algum sintoma de doença causada por algum deles. Como
forma de exemplificar isso a vocês, trago um trecho de um dos meus livros
favoritos aqui:
"Há muito mais coisas em seu corpo do que você poderia imaginar. Cerca de
100 trilhões delas, para ser mais exato. Para cada célula humana em nosso
organismo, há outras nove impostoras pegando carona. Você não é formado
apenas de carne e osso, sangue e músculo, mas também de bactérias e
fungos. Não é um indivíduo, mas uma colônia – um ecossistema. Somos
apenas 10% humanos. Até pouco tempo atrás, os micróbios eram vistos como
invasores, inimigos, parasitas. Estávamos decididos a exterminá-los. Mas
a ciência vem revelando uma história bem diferente: os micro-organismos
comandam nosso corpo e evoluíram numa relação de estreita simbiose
com os humanos – e é impossível ser saudável sem eles." (Livro 10% Humano
- como os microrganismos são a chave para a saúde do corpo e da mente.
Autora: Alanna Collen)
E agora? Já estão tendo uma outra visão sobre esses grupos de organismos
e com interesse em estudá-los? Os microrganismos, como o próprio nome
sugere, não são visíveis a olho nu e são divididos em mais de um grupo
taxonômico. Neste capítulo, focaremos nos vírus, nas bactérias e nos
protozoários. Vamos lá?
VAMOS EXERCITAR?
Acesse a plataforma do Me Salva! para uma lista de
exercícios, com resolução, referentes a este capítulo!
VÍRUS
Vamos começar falando sobre esse grupo que, desde 2019, influencia
muito nossas vidas devido à pandemia causada pelo novo coronavírus.
Acredito que, como se trata de um assunto contemporâneo que levantou
diversas questões e discussões, é provável que as provas de vestibulares
venham a explorar mais esse grupo e suas características. Por isso, é
importante relembrarmos o que faz com que os vírus sejam um grupo
muito peculiar dentro da Biologia.
8 CIÊNCIAS DA NATUREZA BIOLOGIA | MICROBIOLOGIA
Comparados com os eucariotos, e até mesmo com as células

procarióticas, os vírus são ainda menores e mais simples. Eles não
possuem as estruturas e as funções metabólicas encontradas nas
células. Assim, podemos dizer que a grande maioria deles são genes
empacotados com capas proteicas.
Relembre:
Células procariontes: mais simples e sem envoltório nuclear –

material genético disperso no citoplasma.
Células eucariontes: mais complexas e com material genético

envolto em uma membrana nuclear.
Mas e a pergunta que não quer calar: os vírus são estruturas vivas ou
não? Mesmo com a capacidade de causar um grande número de doenças
e de se espalhar entre os organismos, eles não podem se reproduzir ou
desempenhar suas atividades metabólicas fora das células hospedeiras,
sendo considerados parasitas intracelulares obrigatórios. É provável que
a maioria dos estudiosos de vírus concordem que eles não são seres
vivos, mas que existem em uma área nebulosa entre formas vitais e
químicas. É possível afirmar que os vírus levam uma ''vida emprestada''.
Se os vírus não são células, então o que eles são? Ao examinar sua
estrutura mais detalhadamente, observa-se que eles são partículas
infecciosas constituídas por um ácido nucleico envolto por uma camada
proteica e, em alguns casos, em envelope membranoso. Seus genomas
podem ser de DNA de dupla-fita, DNA de fita simples, RNA de dupla-
fita ou RNA de fita simples, dependendo do tipo de vírus. Um vírus é
denominado vírus de DNA ou vírus de RNA de acordo com o tipo de ácido
nucleico de seu genoma. O coronavírus e o HIV, por exemplo, são vírus de
RNA com fita simples.
A capa proteica que envolve o genoma viral é chamada de capsídeo e

pode apresentar diferentes formas (bastão, poliédrico etc.), dependendo
do tipo de vírus. Os capsídeos são formados por muitas unidades
menores de proteínas chamadas de capsômeros. Alguns vírus ainda
possuem estruturas acessórias que os ajudam a infectar o hospedeiro,
como, por exemplo, um envelope membranoso que circunda o capsídeo,
o que faz com que sejam chamados de vírus envelopados.
Esses envelopes virais contêm fosfolipídios e proteínas derivadas da

membrana das células hospedeiras hospedeiras, além de proteínas e
glicoproteínas de origem viral. Um exemplo de vírus que apresenta essa
característica é o Influenza, que causa a gripe. Muitos dos capsídeos
mais complexos que existem são de vírus que infectam bactérias,
denominados bacteriófagos ou simplesmente fagos.
MICROBIOLOGIA | BIOLOGIA CIÊNCIAS DA NATUREZA 9
O menor vírus tem apenas 20 nm de diâmetro, menor que um ribossomo.

Para se ter uma ideia melhor dessa proporção, é possível encontrar
milhões deles na cabeça de um único alfinete. Cada tipo de vírus possui
uma capacidade de infectar células de uma variedade limitada de
hospedeiros, sendo essa propriedade denominada especificidade de
hospedeiro do vírus. Essa especificidade de hospedeiro é resultante da
evolução dos sistemas de reconhecimento do vírus. Eles identificam as
células hospedeiras por um encaixe "chave-fechadura" entre as proteínas
da superfície viral e as moléculas receptoras específicas do exterior das
células. Alguns vírus possuem ampla especificidade de hospedeiro, ou
seja, podem infectar diferentes espécies de organismos. Outros, porém,
possuem especificidade tão restrita que infectam apenas uma espécie,
como é o caso do vírus do sarampo, que infecta apenas seres humanos.
Uma infecção viral inicia quando o vírus se liga à célula hospedeira e o

genoma viral entra na célula. No caso de vírus que infectam bactérias
(os bacteriófagos), a replicação pode ocorrer de duas formas: a partir do
ciclo lítico ou a partir do ciclo lisogênico.
No ciclo lítico, o vírus invade a célula hospedeira e interrompe as suas

funções. Além disso, ao mesmo tempo em que o DNA ou RNA é replicado,
este ainda comanda a síntese das proteínas, que formarão o capsídeo.
Dessa maneira, são produzidos novos vírus. Neste processo, ocorre a lise,
que é quando a célula infectada se rompe, fazendo com que os novos
bacteriófagos sejam liberados e haja a morte da célula hospedeira. Os
vírus que se reproduzem dessa maneira causam sintomas que aparecem
imediatamente após o início do processo.
Já no ciclo lisogênico, o vírus invade a célula hospedeira e incorpora

seu DNA ao da célula infectada. A célula hospedeira continua se
reproduzindo normalmente, copiando o material genético viral
e transmitindo-o para suas células-filhas. Nesse caso, não há o
rompimento da célula infectada. Quanto aos sintomas de doenças
causadas por vírus que apresentam esse tipo de ciclo lisogênico, podem
demorar mais para se manifestarem.
Já em células animais, os vírus penetram tanto com seu material

genético quanto com sua cápsula. Caso seja do tipo envelopado, os
receptores deste envoltório se combinam aos também existentes na
membrana celular, possibilitando a liberação do DNA ou RNA no interior
do hospedeiro.
Quando o material genético for o DNA, ocorrerá normalmente o processo

de transcrição e a síntese de RNA, que será traduzido em proteínas. Caso
o material genético do vírus seja o RNA, há a opção de ele sintetizar
diretamente mais RNAs, que serão traduzidos em proteínas; ou o RNA
poderá ser convertido em DNA por meio de uma enzima chamada
transcriptase reversa. Assim, essa molécula mais complexa se incorpora
ao material genético da célula parasitada e, com isso, são produzidos
vários RNAs, que serão traduzidos em proteínas e atuarão no controle
metabólico do hospedeiro. Vírus desse segundo tipo são chamados de
retrovírus. O exemplo mais conhecido é o HIV, causador da AIDS.
Por enquanto, estamos falando de características gerais dos vírus e

tópicos que são básicos e essenciais de se saber na hora da prova.
Porém, com todo o contexto em que estamos vivendo desde o final
do ano de 2019, com o surgimento de um novo vírus com alto poder
infeccioso e que foi capaz de causar uma pandemia, é interessante
compreendermos outras características desse grupo, que agora também
podem ser abordadas em provas.
Em primeiro lugar, como esses vírus surgem na população humana

dando origem a doenças nocivas? Basicamente, há três processos que
contribuem para isso:
1) Mutação dos vírus já existentes. Os vírus de RNA tendem

a apresentar altas taxas de mutação devido aos erros não
corrigidos pela verificação de erros na replicação de seu
genoma. Algumas mutações transformam os vírus existentes
em novas variedades genéticas (cepas).
2) Disseminação de uma doença viral de uma pequena população

isolada. Nesse caso, fatores tecnológicos e sociais, incluindo o
baixo custo das viagens internacionais, transfusões sanguíneas,
hábitos alimentares, abuso de drogas intravenosas, possibilitam
que uma doença humana antes rara se torne um problema
global.
3) A partir dos vírus existentes nos animais. Os cientistas estimam

que cerca de três quartos das novas doenças humanas se
originam dessa maneira. Animais que portam e transmitem
determinado vírus, sem serem afetados por ele, atuam como
reservatórios naturais.
Os vírus novos ou que surgem repentinamente são chamados de

vírus emergentes. Alterações no comportamento dos hospedeiros
ou no ambiente podem aumentar o tráfego viral responsável pelas
doenças emergentes. Por exemplo, novas estradas para áreas remotas
podem permitir a disseminação dos vírus entre populações humanas
previamente isoladas. Da mesma forma, a destruição das florestas para
expandir áreas de plantações pode colocar as pessoas em contato com
outros animais hospedeiros de vírus capazes de infectar o ser humano.
Esse é um tópico para você ficar ligadinho(a), pois pode facilmente ser
relacionado com a parte de Ecologia de uma prova!
O novo coronavírus é chamado cientificamente de SARS-CoV-2:
` SARS é uma abreviação de uma síndrome chamada de Severe Acute

Respiratory Syndrome, que é traduzida como Síndrome Respiratória
Aguda Grave. Essa é a forma grave de muitas doenças respiratórias e
o principal sintoma é a dificuldade de respirar.
` CoV é uma abreviação de coronavírus, a família de vírus que ele

pertence. O número 2 é devido a ser muito parecido com outra
espécie de coronavírus que quase se tornou uma pandemia em 2002,
o SARS-CoV.
As teorias mais aceitas pelos cientistas para o seu surgimento em 2019,

na cidade de Wuhan, na China, abordadas em um relatório feito pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) no início de 2021, apontam que o
vírus passou do morcego para um mamífero intermediário (pangolim),
e dele para o ser humano. A transmissão de um morcego diretamente
para um humano também foi considerada como uma hipótese possível
e provável. Há outras teorias levantadas ao longo do tempo, como a da
transmissão do vírus para humanos por meio de produtos alimentícios ou
a possibilidade de o vírus ter sido fabricado e escapado acidentalmente
em laboratório. Contudo, até a finalização da produção deste material
ainda não há uma resposta definitiva. Os cientistas seguem na busca
para saber a origem do vírus.
Independentemente de como o vírus surgiu, rapidamente ele se espalhou

pelo mundo, o que resultou em uma pandemia e mudou por completo
nossas vidas. Desde 2019, estamos convivendo com essa doença e
vemos a capacidade de rápida mutação dos vírus, já que ao longo desse
tempo surgiram diferentes variantes do coronavírus.
A transmissão desse vírus costuma ocorrer no contato com infectados,

por meio de secreções, como: gotículas de saliva, espirro, tosse e catarro.
Além disso, toque ou aperto de mão e contato com objetos ou superfícies
contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos, também
podem transmitir o vírus. O tempo de incubação do vírus, ou seja, o
período entre o primeiro contato e a manifestação dos sintomas, é de 2
a 14 dias. Os sintomas da doença são variados, mas os principais são:
tosse seca, dor de garganta, febre, dor no corpo e, em casos mais graves,
dificuldade para respirar.
Relembre:
surto: ocorre quando há aumento localizado do número de casos de

uma doença.
endemia: ocorre quando a doença é recorrente na região, mas não

há um aumento significativo no número de casos e a população
convive com ela.
pandemia: ocorre quando atinge níveis mundiais, ou seja,

quando determinado agente se dissemina em diversos países ou
continentes, usualmente afetando um grande número de pessoas.
Fonte: https://www.who.int/emergencies/diseases/
novel-coronavirus-2019/situation-reports
Assim, para além das medidas de segurança, como distanciamento,

uso de máscara e higienização adequada, o que serve como forma de
controle da proliferação e redução de danos da doença é a vacinação em
massa da população.
VACINA
Vacina é um conteúdo que desde sempre costuma cair em provas de

vestibulares e no ENEM. Com esse assunto em alta devido ao avanço da
vacinação contra a Covid-19 ao redor do mundo, é bom fazermos uma
retomada por aqui.
As vacinas são substâncias produzidas a partir dos agentes patogênicos

vivos ou mortos (vírus, bactérias) na forma atenuada. Há outras que são
produzidas a partir do RNA, das proteínas, entre outros. Todas elas têm
como função estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos que
vão atuar na defesa do organismo. O mecanismo de ação das vacinas se
dá através de uma "memória imunológica", já que ao induzir a produção
de anticorpos contra determinado patógeno, futuramente, quando
o indivíduo infectar-se com aquele agente, o organismo gerará uma
resposta imunológica de forma mais rápida para destruí-lo.
Com o avanço da doença e da pandemia, cientistas do mundo todo se

dedicaram a produzir o quanto antes uma vacina segura e adequada para
combater a Covid-19. No ano de 2021, no Brasil, estavam disponíveis
4 tipos de vacinas para a população, cada uma com uma forma de ação.
São elas:
CORONAVAC
A vacina do Butantan utiliza a tecnologia de vírus inativado (morto), uma
técnica consolidada há anos e amplamente estudada. Ao ser injetado
no organismo, esse vírus não é capaz de causar doença, mas induz uma
resposta imunológica.
ASTRAZENECA
No Brasil, é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A
tecnologia empregada é o uso do chamado vetor viral. O adenovírus, que
infecta chimpanzés, é manipulado geneticamente para que seja inserido

o gene da proteína "Spike" (proteína "S") do Sars-CoV-2.
PFIZER
Essa vacina se baseia na tecnologia de RNA mensageiro ou mRNA.
O RNA mensageiro sintético dá as instruções ao organismo para a
produção de proteínas encontradas na superfície do novo coronavírus,
que estimulam a resposta do sistema imune.
JANSSEN
Assim como o imunizante da Astrazeneca, também se utiliza da
tecnologia de vetor viral, baseado em um tipo específico de adenovírus
que foi geneticamente modificado para não se replicar em humanos.
Essa vacina é aplicada em apenas uma dose.
Nenhuma vacina é 100% eficaz. Mesmo com as duas doses, ainda é

possível se infectar e transmitir para outras pessoas a doença. Porém,
ela é essencial para diminuir o número de casos graves e óbitos, diminuir
a lotação de hospitais e UTIs e conter a pandemia. Mesmo após estar
vacinado(a), é necessário seguir tomando os cuidados, como manter
o distanciamento e o uso de máscaras. Apenas com a vacinação em
massa e a conscientização das pessoas é que conseguiremos conter o
vírus e sair da pandemia. Vacinar-se é um pacto coletivo!
Nosso foco maior até então foi estudar as características gerais dos
vírus e conhecer mais sobre o coronavírus, que causa a Covid-19. Porém,
existem diversas outras doenças causadas por vírus e que também
costumam ser cobradas em provas. Assim, vamos falar um pouco sobre
elas agora:
AIDS: causada pelo vírus HIV (vírus da imunodeficiência adquirida
humana), um retrovírus. A transmissão se dá através de contato direto
com as secreções (como sangue, esperma, secreção vaginal) em sexo
desprotegido ou no uso compartilhado de seringas, em acidentes
com agulhas e objetos cortantes infectados, na transfusão de sangue
contaminado, na transmissão vertical da mãe infectada para o feto
durante a gestação, no trabalho de parto ou durante a amamentação.
Na primeira fase após a transmissão, chamada de infecção aguda (varia

de três a seis semanas), ocorre a incubação do vírus e o organismo leva
de 30 a 60 dias após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os
primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como
febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida. A
pessoa pode ficar anos sem saber que está infectada.
Como o vírus ataca os linfócitos T CD4+ (glóbulos brancos do sistema

imunológico), com o tempo as células de defesa começam a funcionar
com menos eficiência até serem destruídas. A baixa imunidade permite
o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se
aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio
mais avançado da doença, a AIDS. Nessa fase, mesmo as infecções mais
simples, que seriam combatidas facilmente pelo organismo de pessoas
com sistema imunitário normal, passam a se manifestar de forma grave.
Gripe: causada pelo vírus Influenza através do contato com gotículas

e secreções. Os sintomas incluem febre, vermelhidão no rosto, dores
no corpo, cansaço e sintomas respiratórios, como tosse, secreções
nasais e espirros. A vacina é a melhor maneira de prevenir a gripe e suas
complicações. Devido ao alto poder mutagênico dos vírus, todos os anos
é necessário receber uma nova dose, já que sua composição é alterada
de acordo com o tipo de variedade mais provável de se disseminar.
Resfriado: é causado na maioria das vezes por Rinovírus. Seus sintomas

costumam ser coceira no nariz, irritação na garganta, espirros e
secreções nasais. A congestão nasal também é comum nos resfriados,
porém, ao contrário da gripe, a maioria dos adultos e crianças não
apresenta febre ou apenas febre baixa.
H1N1: a gripe H1N1 consiste em uma doença causada por uma mutação
do vírus da gripe. Também conhecida como gripe Influenza tipo A ou
gripe suína, ela se tornou conhecida quando afetou grande parte da
população mundial entre 2009 e 2010. Os sintomas da gripe H1N1
são bem parecidos com os da gripe comum e a transmissão ocorre da
mesma forma. Os vírus influenza (“da gripe”) são mestres em rearranjo.
Esse fenômeno geralmente ocorre quando dois vírus infectam a mesma
célula ao mesmo tempo. Como ambos os vírus estão usando a célula
para produzir mais partículas de vírus, vai haver muitas peças de vírus
dispersas pela célula – incluindo genomas recém produzidos – que
podem acabar trocando alguns segmentos. Os porcos, em especial, são
recipientes bastante comuns para essa mistura do vírus influenza. Tanto
os vírus da influenza humana quanto os da aviária (incluso o da suína)
podem reconhecer as células de porco e, portanto, infectá-las. Se uma
célula no porco é infectada com dois tipos de vírus ao mesmo tempo,
pode liberar novos vírus que contêm uma mistura de material genético de
vírus da influenza humana e da aviária.
Dengue, zika vírus e chikungunya: essas três doenças são transmitidas

pela picada da fêmea de mosquito Aedes aegypti. As três doenças são
muito parecidas e podem ser confundidas. Entretanto, existem diferenças
no quadro clínico que podem ajudar na distinção. Enquanto a dengue se
destaca pelas dores no corpo, febre alta, dor atrás dos olhos e vômitos,
a Chikungunya se destaca por dores e inchaço nas articulações (pés,
mãos, tornozelos e pulso). A Zika se destaca por uma febre mais baixa
(ou ausência de febre), muitas manchas na pele e coceira no corpo.
A principal ação de prevenção dessas doenças deve ser combater a
reprodução do mosquito.
Febre amarela: é transmitida aos humanos e a macacos, por meio da

picada de mosquitos infectados. Não há transmissão direta de pessoa
a pessoa e nem de macacos para humanos! Em áreas de mata, os
principais vetores são os mosquitos Haemagogus e Sabethes e o ciclo
de transmissão é chamado de silvestre. Já nas áreas urbanas, o vetor
do vírus é o Aedes aegypti e o ciclo é chamado de urbano. A maior
frequência da febre amarela ocorre entre os meses de dezembro e maio,
período com maior índice de chuvas, quando aumenta a proliferação do
vetor, o que coincide ainda com maior atividade agrícola. Os sintomas
incluem dor de cabeça e no corpo, febre, náuseas, diarrea, cansaço e
pode haver casos mais graves que incluam problemas cardíacos, renais e
hepáticos fatais. A vacina é a principal forma de prevenção e controle
da doença.
Caxumba: a contaminação ocorre pela saliva, copos e garfos

contaminados. Algumas pessoas não apresentam sintomas. Quando
ocorrem, incluem glândulas salivares doloridas e inchadas, febre, dor
de cabeça, fadiga e falta de apetite. A prevenção é feita por meio da
vacinação (tríplice viral).
HEPATITES VIRAIS:
` Hepatite A: A transmissão da hepatite A é fecal-oral (contato de fezes

com a boca). A doença tem grande relação com alimentos ou água
inseguros, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal.
Os sintomas incluem fadiga, mal-estar, febre, dores musculares e
sintomas gastrointestinais como: enjoo, vômitos, dor abdominal,
constipação ou diarreia. A urina pode ficar escura.
` Hepatite B: pode se desenvolver de duas formas: aguda (curta

duração) e crônica (dura mais de seis meses). A transmissão ocorre
pelo sangue e outros líquidos ou secreções corporais contaminados,
como em relações sexuais sem preservativo. A prevenção se dá
pela vacinação.
` Hepatite C: também pode se manifestar na forma aguda ou crônica,

sendo a segunda a forma mais comum. As formas de contaminação
se assemelham com as da Hepatite B. É uma doença silenciosa e
se caracteriza por um processo inflamatório persistente no fígado.
O surgimento de sintomas em pessoas com hepatite C é muito raro,
cerca de 80% das pessoas não apresentam qualquer manifestação
e não há vacina para a prevenção. Dessa forma, é importante a
testagem da população.
Raiva: doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos,

inclusive humanos, causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da
família Rabhdoviridae. Ela é transmitida aos humanos pela saliva de
animais infectados, principalmente por meio da mordida, podendo ser
transmitida também por arranhão e/ou lambida desses animais. Os
sintomas incluem febre, dor de cabeça, salivação em excesso, espasmos
musculares, paralisia e confusão mental. A raiva é uma doença quase
sempre fatal, para a qual a melhor medida de prevenção é a vacinação
pré ou pós-exposição.
Rubéola: A rubéola é uma doença aguda, de alta contagiosidade, que

é transmitida pelo vírus do gênero Rubivirus, da família Togaviridae.
A transmissão da rubéola acontece diretamente de pessoa a pessoa,
por meio das secreções nasofaríngeas expelidas pelo doente ao
tossir, respirar, falar ou respirar. Os sintomas incluem febre, dor de
cabeça, gânglios aumentados, manchas na pele que causam coceira
e vermelhidão nos olhos. A infecção por rubéola na gravidez acarreta
inúmeras complicações para a mãe, como aborto e natimorto (feto
expulso morto), e para os recém-nascidos, como malformações
congênitas. A prevenção é feita por meio da vacinação (tríplice viral).
Sarampo: a contaminação ocorre quando o doente tosse, fala, espirra ou

respira próximo de outras pessoas. Os sintomas incluem tosse, coriza,
olhos inflamados, dor na garganta, febre e erupções cutâneas vermelhas
e com manchas. A única maneira de evitar o sarampo é pela vacina
(tríplice viral).
Varíola: a contaminação ocorre através da saliva, contato direto e

compartilhamento de objetos contaminados, como copos, por exemplo.
A varíola de ocorrência natural foi destruída em todo o mundo em 1980.
Além de sintomas semelhantes aos da gripe, os pacientes também
apresentam irritação na pele que aparece primeiro no rosto, nas mãos e

nos antebraços e, posteriormente, no tronco. A prevenção é através
da vacina.
Vírus do papiloma humano (HPV): é um vírus que infecta pele ou

mucosas (oral, genital ou anal), tanto de homens quanto de mulheres,
provocando verrugas anogenitais (região genital e no ânus) e câncer,
a depender do tipo de vírus. A infecção pelo HPV é uma Infecção
Sexualmente Transmissível (IST). A infecção pelo HPV não apresenta
sintomas na maioria das pessoas. Em alguns casos, o HPV pode ficar
latente de meses a anos, sem manifestar sinais, por isso a importância
de fazer exames regulares. A prevenção é feita através de vacina e uso de
preservativo em relações sexuais.
Poliomielite: a contaminação ocorre através de gotículas de saliva, água

ou alimentos. As pessoas podem não apresentar sintomas, mas quando
apresentam incluem fadiga, febre, mal-estar, sensação de desmaio,
fraqueza muscular, perda de massa muscular ou tremor muscular,
crescimento atrofiado, dor de cabeça ou náusea.
2. BACTÉRIA E ARCHAEA
Os primeiros seres a habitar a Terra foram procariotos que viveram há

3,5 bilhões de anos. Até hoje esses organismos estão por aqui e são
muito bem adaptadas aos mais variados e extremos habitats. Essa
capacidade de viver em quase todos os lugares ajuda a explicar por que
os procariotos são os organismos mais abundantes aqui na Terra.
A maioria dos procariotos é unicelular, embora as células de algumas

espécies permaneçam unidas umas às outras após a divisão celular. Em
geral, os organismos desse grupo são muito menores que uma célula
eucariótica, porém bem organizados, realizando todas as funções vitais
de um organismo dentro de uma única célula. Existem diversos tipos
morfológicos de bactérias, dentre eles os cocos, bacilos, vibriões e
espirilos.
Uma característica importante de quase todas as células procarióticas

é a presença de uma parede celular. A parede das bactérias é formada
por um polímero açucarado chamado peptideoglicano, enquanto que a
parede celular das arqueas contém uma variedade de polissacarídeos
e proteínas, mas não apresenta o peptideoglicano. A função dessa
estrutura é manter a forma e proteger a célula e evitar seu rompimento
em um ambiente hipotônico (aquele com concentração de soluto
menor que a concentração do solvente). Em um ambiente hipertônico
(concentração do soluto é maior que a concentração do solvente),
pode ocorrer um processo chamado plasmólise, em que há a perda de

água de dentro da célula e, assim, o citoplasma se contrai afastando-se
da parede celular, podendo inibir a reprodução celular. Portanto, o sal
pode ser usado para preservar alimentos, porque ele causa a perda de
água em procariotos que degradam alimentos, evitando que eles se
multipliquem rapidamente.
Usando uma técnica chamada de coloração de Gram, os cientistas

podem classificar muitas espécies de bactérias de acordo com
diferenças na composição da parede celular. Essa é uma ferramenta
valiosa na medicina, pois gera informações sobre o tratamento a
ser seguido, já que permite determinar se uma infecção é causada
por bactérias gram-negativas ou gram-positivas. Bactérias gram-
positivas têm paredes celulares mais simples, com uma quantidade
relativamente grande de peptidoglicano. Bactérias gram-negativas têm
menos peptidoglicano e são estruturalmente mais complexas, com
uma membrana mais externa. Essa membrana extra que as bactérias
gram-negativas possuem impede a entrada de algumas substâncias,
como fármacos, fazendo com que elas possam ser mais resistentes aos
antibióticos do que as espécies gram-positivas.
A eficácia de certos antibióticos, como a penicilina, procede de sua

inibição sobre a ligação do peptideoglicano, afetando a funcionalidade
da parede celular, principalmente em bactérias gram-positivas. Esses
medicamentos não afetam negativamente as células humanas, pois as
mesmas não têm esse polímero.
A parede celular de muitos procariotos é envolvida por uma camada

adesiva de polissacarídeos ou proteína, que permite a esses organismos
aderir-se ao seu substrato ou a outros indivíduos em uma colônia,
protege contra a desidratação e pode defender os procariotos
patogênicos do ataque pelo sistema imune de seus hospedeiros. Alguns
procariotos também utilizam fímbrias, uma espécie de apêndice que
lembra pelos, para se aderir ao seu substrato ou a outro.
Para a locomoção, a estrutura mais comum utilizada pelos procariotos

é o flagelo. Os flagelos podem estar distribuídos ao redor de toda a
célula ou concentrados em uma ou em ambas as extremidades. Essas

estruturas, em bactérias e arqueas, são semelhantes em tamanho e
mecanismo de propulsão, mas apresentam composições proteicas
completamente diferentes e não relacionadas.
Como já vimos, as células desses organismos são mais simples do que

as dos eucariotos tanto na estrutura interna quanto no arranjo físico
de seu DNA. Em geral, os procariotos têm cromossomos circulares,
enquanto os eucariotos têm cromossomos lineares. Lembrando que,
diferente dos eucariontes, os procariontes apresentam seu material
genético disperso no citoplasma. Além de seu cromossomo único,
procariontes também podem ter plasmídeos em suas células, ou
seja, moléculas circulares de DNA muito menores, que se replicam
independentemente e que carregam alguns poucos genes.
Os organismos desse grupo, em condições favoráveis conseguem se

reproduzir rapidamente. Os procariotos se reproduzem principalmente de
forma assexuada, mas em alguns casos há troca de material genético,
como veremos. A grande variação genética desses organismos é
resultado de uma combinação de reprodução rápida e mutação.
` Fissão Binária (ou bipartição): uma célula procariótica única se divide

em duas células, a qual então se divide em 4, 8, 16 e assim por diante.
Esse tipo de reprodução é muito rápida, em pouco tempo é possível
ter uma colônia.
` Esporulação: quando há um ambiente não propício para a bactéria,

ela desidrata e se torna esporo, que é muito resistente. Quando esses
esporos encontram ambientes propícios, eles se reidratam e se
transformam em bactérias e aí voltam a fazer bipartição para formar
novos organismos.
` Conjugação: troca de material genético entre as bactérias. Há duas

bactérias e uma (bactéria doadora) doa um plasmídeo, através de
uma ponte citoplasmática entre elas chamada de pili, a outra célula.
As duas bactérias se separam e a bactéria que recebeu o plasmídeo
passa a incluir o material genético da outra em seu próprio DNA e
passará a produzir novas proteínas.
` Transformação: uma bactéria morre e seu DNA fica disperso no

ambiente, fragmentado. Outra bactéria encontra esse fragmento de
DNA (pertencente à bactéria morta) e o incorpora em seu DNA. Dessa
forma, ela passa a ter novos genes e a produzir novas proteínas,
sofrendo uma transformação.
` Transdução: é a troca de material genético entre as bactérias

utilizando um bacteriófago (vírus que infecta bactérias). Ao infectar
uma célula bacteriana, o vírus transfere pequenos pedaços de DNA
cromossômico de uma bactéria para outra de forma espontânea.
Devido à alta variação genética, esse grupo apresenta diversas

adaptações nutricionais. Os organismos que obtêm energia a partir
da luz são chamados fotótrofos, e aqueles que obtêm energia a partir
de substâncias químicas são chamados quimiótrofos. O oxigênio (O2)
também é um fator que influencia o metabolismo dos procariontes:
` Aeróbios obrigatórios: necessitam usar o O2 para a obtenção de

energia dependendo dele para crescer.
` Anaeróbios obrigatórios: são envenenados por O2. Esses organismos

encontram outras formas para sobreviver, como a fermentação.
` Anaeróbios facultativos: usam o O2 se ele está presente, mas também

podem efetuar a fermentação ou a respiração anaeróbia em um
ambiente anaeróbio.
As arqueas compartilham algumas características com as bactérias

e outras com os eucariotos. Além disso, apresentam características
exclusivas. Dentro desse grupo se destacam os organismos com
capacidade de suportar ambientes com condições extremas, como os
halófilos extremos, que vivem em ambientes altamente salinos, e os
termófilos extremos, que aguentam ambientes muito quentes. Há ainda
as metanogênicas, arqueias que liberam metano como um subproduto
de seu modo exclusivo de obtenção de energia. Embora algumas
metanogênicas vivam em ambientes extremos, como sob quilômetros
de gelo na Groenlândia, outros vivem em pântanos e brejos onde outros
microrganismos consumiram todo o O2. O "gás dos pântanos" encontrado
em alguns ambientes é o metano liberado por essas arqueias.
Tabela comparativa entra os domínios Bacteria, Archaea e Eukarya.

Fonte: REECE, URRY, CAIN, WASSERMAN, MINORSKY & JACKSON.
Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
Como vimos, esses organismos habitam os mais diversos lugares da

Terra e estão em maioria, quando comparados com outras espécies. Eles
estão entre nós (inclusive, em nós!). Algumas linhagens de bactérias
podem produzir toxinas que podem atacar e prejudicar as células do
nosso corpo. Essas são as bactérias que atuam como patógenos e
que estão envolvidas em algumas doenças. Vamos falar um pouco de
algumas agora:
Meningite: corresponde à inflamação do tecido que envolve o cérebro

e a medula espinhal. Pode ser causada por diversas espécies de
bactérias, sendo as principais Streptococcus pneumoniae, Mycobacterium
tuberculosis, Haemophilus influenzae e Neisseria meningitidis, que
são transmitidas por meio do contato com secreções de pessoas
diagnosticadas com a doença. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça
ao movimentar o pescoço, aparecimento de manchas roxas na pele,

confusão mental, cansaço excessivo e rigidez muscular no pescoço.
A prevenção da meningite deve ser feita principalmente por meio da
vacinação ainda na infância.
Hanseníase (lepra): causada pela bactéria Mycobacterium leprae e que

pode ser transmitida por meio do contato com secreções respiratórias
de pessoas contaminadas. Os sintomas mais comuns são as lesões
formadas na pele, que acontecem devido à presença da bactéria no
sangue e na pele, ressecamento da pele, perda da sensibilidade e
presença de lesões e feridas nos pés, nariz e olhos, que podem levar a
cegueira, e paralisia muscular.
Leptospirose: causada por bactérias do gênero Leptospira. A

contaminação ocorre pelo contato direto ou indireto com urina, fezes
ou secreções infectadas pela bactéria. Essa doença é mais comum em
períodos de chuva e não é transmissível de pessoa para pessoa. Os
sintomas são dor de cabeça, dor muscular, febre alta, calafrios, olhos
avermelhados e náuseas. Em casos mais graves, a bactéria pode atingir
a corrente sanguínea e se espalhar para outros tecidos, incluindo o
cérebro, causando sintomas mais graves, como dificuldade para respirar
e tosse com sangue. Como forma de prevenir, o ideal é evitar locais
potencialmente contaminados, como lama, rios, água parada e
lugares alagados.
Cólera: causada pela bactéria Vibrio cholerae que produz toxinas que
provocam a inflamação das células intestinais, gerando sintomas como
diarreia intensa, fezes líquidas e esbranquiçadas, náuseas constantes,
desidratação. Essa doença é transmitida pelo consumo de água e
alimentos contaminados, sendo mais comum em locais que não
possuem água encanada, saneamento básico ou coleta de lixo. Para
prevenir, é recomendado e importante cozinhar bem os alimentos, beber
água filtrada e lavar as mãos antes de manipular os alimentos e após ir
ao banheiro.
Coqueluche: uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella

pertussis, que entra no organismo através das vias respiratórias, aloja-se
nos pulmões e leva ao desenvolvimento dos sintomas respiratórios. Os
sintomas iniciais são semelhantes aos de uma gripe, com febre baixa,
coriza, tosse seca e, com o avançar da doença, pode haver dificuldade
para respirar. Como prevenção, existe uma vacina. Além disso, é
recomendado evitar ficar em locais fechados por muito tempo e lavar as
mãos com água e sabão de forma frequente.
Tuberculose: infecção respiratória causada pela bactéria Mycobacterium

tuberculosis, popularmente conhecido como bacilo de Koch, que entra
no organismo por meio das vias aéreas superiores, através da inalação
de secreção contaminada. Em seguida, aloja-se nos pulmões, levando
ao desenvolvimento de sinais e sintomas respiratórios, como tosse por
mais de três semanas, que pode ser acompanhada de sangue, dor ao
respirar ou tossir, suor noturno e febre baixa e constante. A prevenção
pode ser feita por meio da vacina BCG e evitar ficar em lugares públicos e
fechados, cobrir a boca ao tossir e lavar regularmente as mãos.
Pneumonia: causada pelas bactérias Streptococcus pneumoniae ou

Diplococcus pneumoniae, transmitidas pela inalação de gotículas
contaminadas. Os sintomas incluem tosse com catarro, febre alta,
dificuldade para respirar e dor no peito. Para prevenir a pneumonia
bacteriana é recomendado evitar permanecer por muito tempo em locais
fechados e com pouca ventilação de ar e lavar bem as mãos.
Clamídia: infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria

Chlamydia trachomatis, que pode ser transmitida através da relação
sexual oral, vaginal ou anal sem preservativo, além de também poder ser
transmitida da mulher para o filho durante o parto normal. Os principais
sintomas são dor e ardor ao urinar, corrimento peniano ou vaginal
branco-amarelado e semelhante a pus, dor pélvica ou inchaço dos
testículos. Para prevenir deve-se ter relações sexuais protegidas.
Sífilis: infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria

Treponema pallidum, que é transmitida através da relação sexual
desprotegida ou contato direto com as lesões da sífilis. Os principais
sintomas são feridas no pênis, ânus ou região genital feminina. Por mais
que essas feridas desapareçam sozinhas, não quer dizer que a doença
tenha sido eliminada do corpo. A bactéria pode estar se espalhando
pela corrente sanguínea e vir a causar a sífilis secundária e terciária. A
prevenção da sífilis é feita por meio do uso de preservativo em todas as
relações sexuais.
Gonorreia: infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria

Neisseria gonorrhoeae, que é transmitida através da relação sexual
vaginal, anal ou oral desprotegida. Na maioria dos casos a gonorreia é
assintomática. Sintomas podem aparecer, como dor e ardor ao urinar,
corrimento branco-amarelado, inflamação da uretra, incontinência
urinária ou inflamação no ânus. A prevenção é feita por meio do uso de
preservativo em todas as relações sexuais.
Tifo: há dois tipos, o tifo epidêmico, que é causado pela picada da pulga
infectada pela bactéria Rickettsia prowazekii, e o tifo murino ou endêmico,
que é causado pela entrada das fezes de piolho infectado pela bactéria
Rickettsia typhi. Os sintomas são febre alta, dor de cabeça, mal-estar,
náuseas, vômitos, tosse, dor de barriga, diarreia e manchas avermelhadas
na pele.
Botulismo: causada pela ação de uma potente toxina produzida

pela bactéria Clostridium botulinum, transmitida através do contato
com machucados ou pela ingestão de alimentos contaminados,
principalmente os enlatados e os que não têm preservação adequada.
Os sintomas incluem dor de cabeça, tontura, diarreia, dificuldade
para engolir ou falar, fraqueza facial e, em casos mais graves,
paralisia descendente da musculatura respiratória, braços e pernas e
comprometimento de nervos cranianos. Para prevenir é preciso cuidados
com o consumo, distribuição e comercialização de alimentos, além da
higiene na hora de limpar os alimentos e as mãos.
ATENÇÃO!
Existem outras doenças causadas por bactérias, porém, as
mais cobradas em provas de vestibulares são essas. É bastante
comum que, ao falarmos sobre bactérias, pensemos apenas
nos aspectos ruins envolvidos. Mas esse grupo não se resume
apenas a problemas de saúde. Dentro de nós existe uma
microbiota especial, ou seja, população de micro-organismos,
como bactérias, vírus e fungos, em especial aquela encontrada
no trato gastrointestinal. Lá, há mais células bacterianas do que
propriamente nossas, e elas vivem em uma relação de simbiose
com nossas células, com benefícios para os dois lados. Para
as bactérias, há oferta de nutrientes e um ambiente adequado
para sua sobrevivência; para nós, elas atuam na defesa do nosso
organismo, no processo digestivo e, inclusive, na produção
de vitaminas. Outros animais, como os ruminantes, que são
herbívoros, se beneficiam de bactérias simbiontes, que os
ajudam a digerir a celulose que compõe a parede celular das
células vegetais.
Além disso, as bactérias nos trazem muitos outros benefícios,

como na indústria alimentícia, por exemplo, onde são utilizadas
para realçar sabor, agregar textura, cor, consistência e elevar a
quantidade de vitaminas do alimento produzido. E não para por
aí! Produtos derivados do leite, fermentação de pães e bolos, e até
mesmo a cerveja também utilizam esses organismos no processo
de fabricação. Elas são essenciais também para o processo
de decomposição, que é responsável por parte da ciclagem de
nutrientes. Além disso, realizam a fixação de nitrogênio no solo.
Dentro da engenharia genética, bactérias são manipuladas para
produzir insulina e contribuir no tratamento de pacientes
com diabetes.
3. PROTOZOÁRIOS
Os organismos desse grupo fazem parte, junto com as algas, do

Reino Protista. O termo Protozoário é usado para se referir a diversos
seres que apresentam semelhanças entre si, porém que não possuem
relação evolutiva. Dessa forma, é considerado como um agrupamento
artificial ou polifilético, já que não inclui o ancestral comum de todos os
indivíduos.
Os protozoários são seres eucariontes, unicelulares e heterótrofos,

ou seja, não têm a capacidade de produzir seu próprio alimento. A
alimentação é feita através de fagocitose (processo em que a célula
engloba partículas). Uma característica importante da célula desses
organismos é a presença de vacúolos, chamados de contráteis ou
pulsáteis, com a função de realizar a regulação osmótica.
Em sua maioria, os protozoários são organismos de vida livre, sendo

encontrados em ambientes aquáticos, tanto de água doce, salobra ou
salgada quanto em ambientes úmidos. Contudo, há espécies que se
associam com outros organismos e vivem como parasitas. O principal
critério para a classificação é justamente a forma de locomoção que as
espécies utilizam, sendo:
` Ciliados: aqueles que se movem utilizando o batimento de cílios.

Exemplo: Paramecium.
` Flagelados: organismos que se locomovem utilizando um único e

longo flagelo. Exemplo: Tripanosoma cruzi, causador da doença de
Chagas.
` Rizópodos: aqueles que se locomovem por pseudópodes ("falsos

pés"), que são uma modificação corporal na forma de prolongamentos
citoplasmáticos. Exemplo: Amoeba proteus.
` Esporozoários: aqueles que não apresentam estruturas para

locomoção e são levados pelo ambiente através do ar, da água ou até
mesmo de outros organismos como animais. Exemplo: Plasmodium
vivax, responsável por provocar a Malária.
Quanto à reprodução desse grupo, a principal forma é a assexuada, por

divisão binária. Ainda é possível haver reprodução sexuada, como no
grupo dos paramécios, através da conjugação, um processo em que
dois indivíduos se unem e trocam material genético, formando novos
protozoários.
Esses organismos também podem causar doenças em humanos. A

maioria delas são mais comuns em países e regiões com problemas
de saneamento básico e tratamento de água. Assim, a melhor maneira
de preveni-las é bebendo água filtrada, lavar bem os alimentos antes
de comer, usar repelentes e ter hábitos de higiene, como lavar as mãos
depois de usar o banheiro. Vamos ver as principais:
Amebíase: causada pela ameba Entamoeba histolytica. A transmissão

ocorre pela ingestão dos cistos do protozoário encontrados na água ou
em alimentos contaminados e é uma das infecções mais comuns em
áreas tropicais com más condições de saneamento. Os sintomas podem
ser leves e incluir cólicas, diarreia, acompanhadas de sangue ou não,
febre e vômito.
Giardíase: causada pelo protozoário flagelado Giardia lamblia. A

transmissão ocorre através da ingestão dos cistos desse parasita
presentes em água, alimentos ou objetos contaminados. Os sintomas
incluem diarreia, náuseas, fezes amareladas, dor e distensão abdominal
com flatulências.
Toxoplasmose: causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, encontrado

nas fezes de gatos e outros felinos e na água ou nos alimentos
contaminados. A maioria das pessoas infectadas pela primeira vez não
apresenta sintomas e, por isso, não precisam de tratamentos específicos.
Quando aparecem sintomas, os principais são dor de cabeça, dor
muscular e febre, assemelhando-se a um resfriado. Em alguns grupos,
como gestantes e pessoas com HIV, a doença pode ser mais grave.
Tricomoníase: causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Sua

transmissão ocorre por meio das relações sexuais ou contato íntimo com
secreções de uma pessoa contaminada. Os sintomas são corrimento
vaginal de odor desagradável, coceira genital e dor ao urinar. A
prevenção, nesse caso, é ter relações sexuais protegidas.
Malária: é causada por diferentes espécies de protozoários do gênero

Plasmodium, sendo mais comum no Brasil o Plasmodium vivax. O agente
transmissor é o mosquito do gênero Anopheles, popularmente chamado
de mosquito-prego, que contém o protozoário em sua saliva e o transmite
por meio da picada. Os sintomas são calafrios, febre alta, dores de
cabeça e musculares, taquicardia, aumento do baço e, por vezes, delírios.
Fonte: https://planetabiologia.com/malaria-sintomas-tratamento-causa-prevencao-e-ciclo-
de-vida/
Doença de Chagas: é causada pelo Trypanosoma cruzi. Esse protozoário

está presente nas fezes do inseto chamado barbeiro. Esse animal
costuma picar a pessoa e, ao mesmo tempo, defecar na ferida,
infectando-a. A doença pode ser leve, causando inchaço e febre, ou
se tornar mais prolongada e grave, com sintomas como insuficiência
cardíaca, inflamação do cérebro, lesões neurológicas e dilatação do tubo
digestório, que podem levar o indivíduo à morte, se não tratada.
Leishmaniose: causada por protozoários do gênero Leishmania e a

transmissão se dá pela picada da fêmea do mosquito-palha, que faz
parte de um grupo de insetos conhecidos como flebotomíneos. Existem
diferentes tipos de Leishmaniose: a tegumentar, que é a forma mais
comum e afeta a pele, provocando o surgimento de um pequeno caroço
ou feridas no local da picada; e a visceral, que afeta os órgãos internos e
causa sintomas mais sistêmicos, como febre, ínguas dolorosas, perda de
peso e manchas na pele.
Agora que conhecemos alguns grupos de microrganismos, suas

principais características e patologias causadas por eles, vamos ver
como os vestibulares costumam cobrar esses assuntos.
1. (FUVEST 2021) No que diz respeito a infecções sexualmente

transmissíveis (ISTs), identifique a relação correta entre grupo causador,
um de seus sintomas e se possui ou não vacina preventiva.
Resolução: resposta correta letra E.

a) A gonorreia é uma IST transmitida pela bactéria Neisseria gonorrhoeae,

que ainda não possui vacina e, na maioria das vezes, não apresenta
sintomas na pessoa contaminada. Quando apresenta, eles costumam ser
dor e ardor ao urinar, corrimento branco-amarelado, inflamação da uretra,
incontinência urinária ou inflamação no ânus.
b) A hepatite C é causada pelo vírus HCV, que causa uma inflamação no

fígado e não há vacina que previna.
c) A AIDS é uma doença causada pelo vírus HIV, que em sua fase aguda
pode causar erupções cutâneas pelo corpo, mas não possui vacina que
previna.
d) A sífilis é uma IST causada pela bactéria Treponema pallidum e gera

feridas na região genital como sintoma. Ainda não há vacina que previna.
e) A Crista de Galo é causada pelo vírus do papiloma humano (HPV) e

tem como um dos sintomas o aparecimento de verrugas características
na região genital. As formas de prevenção são a vacinação e o uso de
preservativos.
2. (FUVEST 2019) Desde 2013, a cobertura vacinal para doenças como

caxumba, sarampo, rubéola e poliomielite vem caindo ano a ano em
todo o país, devido, entre outros motivos, ______I_____. Contudo, sabe-se
que a vacina é o único meio de prevenir essas doenças e consiste na
inoculação de _____II_____. As lacunas I e II podem ser corretamente
preenchidas por:
Resolução: resposta correta letra C.
Como vimos, as vacinas são substâncias produzidas a partir dos agentes

patogênicos (vírus ou bactérias), vivos, na forma atenuada, ou mortos.
Elas tem como função estimular o sistema imunológico a produzir
anticorpos, que vão atuar na defesa do organismo. O mecanismo de
ação das vacinas se dá através de uma "memória imunológica", já que
ao induzir a produção de anticorpos contra determinado patógeno,
futuramente, quando o indivíduo infectar-se com aquele agente, o
organismo gerará uma resposta imunológica de forma mais rápida
para destruí-lo.
Essas doenças têm baixa incidência na população, justamente devido

ao trabalho de vacinação em massa que é feito no país. No momento em
que um grande número de pessoas começa a parar de tomar a vacina,
essas doenças podem voltar a circular pela população, aumentando sua
incidência. Em seu relatório com os dez maiores desafios de saúde para
2019, a OMS incluiu o movimento antivacina.
3. (UNICAMP 2020) Graças às campanhas de vacinação, a poliomielite

foi considerada erradicada no Brasil: o último caso foi registrado em
1989. Contudo, o Ministério da Saúde constatou cobertura vacinal
alarmante (abaixo de 50%) em 312 municípios brasileiros em 2018. A
vacinação é a única forma de prevenção da poliomielite; é uma questão
de responsabilidade social contemplada no Programa Nacional de
Imunizações do Ministério da Saúde.
(Fonte: portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/43797-ministerio-da-saude-alerta-
parabaixas-coberturas-vacinais-para-polio.)
Assinale a alternativa que caracteriza corretamente a poliomielite.
a) É uma doença viral contagiosa, que pode ser transmitida através

da ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes de
doentes.
b) A transmissão do vírus ocorre por meio de vetores hematófagos

que tenham picado uma pessoa contaminada na fase aguda da
doença.
c) É uma doença bacteriana transmitida por gotículas de saliva ou

de sangue de pessoas contaminadas, com alto risco de contágio.
d) A transmissão da bactéria ocorre por meio de vetores artrópodes

que tenham picado uma pessoa contaminada na fase crônica da
doença.
Resolução: resposta correta letra A.
A poliomielite é uma doença causada por vírus, que é transmitida através

de gotículas de saliva, água ou alimentos contaminados. A transmissão
se dá de forma direta, sem participação de vetores.
4. (UNICAMP 2021) Arbovírus são assim designados porque parte

de seu ciclo de replicação ocorre nos insetos; esses vírus podem ser
transmitidos aos seres humanos. O Ministério da Saúde alertou para o
controle das arboviroses e o risco de epidemias sazonais no Brasil
em 2020.
Assinale a alternativa correta.
a) O vírus da febre amarela e o zika vírus podem ser transmitidos pela

picada do mosquito Culex. Para ambos os casos não existe vacina, sendo
considerada profilática a erradicação do inseto vetor e de suas larvas.
b) O vírus da dengue e o zika vírus podem ser transmitidos pela picada

do mosquito Aedes aegypti. A eliminação do inseto vetor e dos focos de
criação das larvas são medidas profiláticas.
c) O vírus da febre amarela e o da chikungunya podem ser transmitidos

pela picada do mosquito Aedes aegypti. Para ambos os casos, foram
desenvolvidas vacinas e o controle do inseto vetor não é considerado
uma medida profilática.
d) O vírus da chikungunya e o da dengue podem ser transmitidos pela

picada do mosquito Culex. A erradicação do inseto vetor e a eliminação
das larvas são consideradas medidas profiláticas.
Resolução: resposta correta letra B.
Tanto no ciclo urbano da febre amarela quanto na zika, dengue e

chikungunya, os vírus podem ser transmitidos pela picada do mosquito
Aedes aegypti. No caso da febre amarela silvestre, os mosquitos são os
Haemagogus e Sabethes. Para a febre amarela existe vacina. Para todas
essas doenças são necessárias medidas de controle do inseto vetor
como profilaxia.
5. (UFPR 2021) Existem, atualmente, pelo menos oito tipos de vacinas

sendo testadas contra o coronavírus, utilizando diferentes vírus ou partes
virais. Considerando as características das vacinas que utilizam o próprio
vírus atenuado ou inativado, assinale a alternativa correta.
a) O vírus inativado, componente da vacina, é um antígeno capaz de

estimular o sistema imune a produzir anticorpos, porém sem causar
doença.
b) Quando aplicado no corpo de um indivíduo, o vírus inativado é capaz

de se replicar, porém de maneira lenta, sem causar maiores danos ao
organismo.
c) Na vacina, o vírus atenuado é um anticorpo que não causa doença,

mas provoca uma resposta imunológica que pode bloquear ou matar o
vírus se uma pessoa for infectada.
d) Na vacina, o vírus inativado é um anticorpo que provoca uma resposta

imunológica que pode matar o vírus se uma pessoa for infectada.
e) O vírus atenuado presente na vacina não é capaz de se replicar, sendo

constituído apenas pela informação genética que codifica proteínas que
representam antígenos relevantes para a proteção do organismo.
Resolução: resposta correta letra A.
Aqui mais uma questão sobre vacina e bem atual que aborda o
coronavírus. Conforme vimos, as vacinas que já foram aprovadas para
prevenir contra esse vírus utilizam mecanismos diferentes de ação, mas
a base é sempre a mesma. Vacinas são produzidas a partir do patógeno
atenuado ou inativo. O vírus atenuado é capaz de se replicar, porém de
maneira lenta, sem causar maiores danos ao organismo. Já o inativo
não tem a capacidade de se replicar dentro do nosso corpo. A função da
vacina é estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos, que vão
atuar na defesa do organismo. Isso gerará uma "memória imunológica",
já que ao induzir a produção de anticorpos contra determinado patógeno,
futuramente, quando o indivíduo infectar-se com aquele agente, o
organismo gerará uma resposta imunológica de forma mais rápida para
destruí-lo.
6. (UFPR 2019) No Brasil, doenças como a febre amarela, o sarampo e

a tuberculose são problemas de saúde pública. Com relação a essas
doenças, assinale a alternativa correta.
a) A febre amarela é uma doença bacteriana e sua transmissão ocorre

pela picada de mosquito do gênero Aedes.
b) Sarampo e tuberculose são doenças provocadas por vírus e

transmitidas por gotículas eliminadas por tosse e espirro.
c) Febre amarela e sarampo são doenças causadas por vírus, e para

ambas a prevenção pode ser realizada por meio de vacinação.
d) A tuberculose é causada pelo vírus de Koch, e a prevenção pode ser

feita por meio da vacina tríplice viral.
e) Tuberculose e sarampo são doenças bacterianas, e para ambas a

prevenção pode ser realizada por meio de vacinação.
A febre amarela é uma doença viral, que pode ser transmitida pela picada
do mosquito Aedes no ciclo urbano e pelos mosquitos Haemagogus e
Sabethes no ciclo silvestre.
Sarampo é uma doença viral e tuberculose é uma doença bacteriana.

Ambas podem ser transmitidas pela via aérea.
Correta.
A tuberculose é uma doença causada pela bactéria Mycobacterium

tuberculosis, popularmente conhecida como bacilo de Koch e a prevenção
pode ser feita pela vacina BCG.
A tuberculose é bacteriana e o sarampo viral. Ambas podem ser

prevenidas pela vacinação, a BCG e a Tríplice Viral, respectivamente.
7. (UNESP 2019) A profilaxia pré-exposição (PrEP) ao vírus HIV é um

tratamento que consiste no consumo diário do antirretroviral Truvada®
e tem como público-alvo pessoas com maior vulnerabilidade a adquirir
o vírus. Segundo o Ministério da Saúde, o uso correto do medicamento
reduz o risco de infecção por HIV em mais de 90%. Esse uso, porém, não
barra a entrada do vírus no organismo, apenas bloqueia a ação da enzima
transcriptase reversa. (Fonte: https://g1.globo.com. Adaptado.)
O tratamento com Truvada®
a) é profilático porque combate o agente transmissor da AIDS.
b) evita que a célula infectada produza moléculas de DNA viral.
c) dispensa o uso de métodos contraceptivos de barreira.
d) impede a entrada do vírus em células humanas de defesa.
e) pode ser eficaz contra outros vírus constituídos por DNA.
A AIDS é uma doença causada pelo retrovírus HIV. A melhor forma de

combater a transmissão é o não compartilhamento de seringas e uso
de proteção em relações sexuais. Em vírus que apresentam apenas o
RNA, a enzima chamada transcriptase reversa pode o converter em DNA.
Assim, essa molécula mais complexa se incorpora ao material genético
da célula parasitada e são produzidos vários RNAs, que serão traduzidos
em proteínas e atuarão no controle metabólico do hospedeiro. Se essa
enzima é bloqueada, esse processo é impedido de ocorrer.
8. (UNESP 2017) As chamadas Doenças Sexualmente Transmissíveis

(DSTs) também são transmitidas por outras vias, além da relação sexual.
O quadro apresenta algumas DSTs.
Suponha que Júlio adquiriu uma DST através de transfusão sanguínea,

que Paulo adquiriu uma DST ainda no ventre materno e que Adriano teve
uma DST que só se adquire por relação sexual. As DSTs de Júlio, Paulo e
Adriano podem ser, respectivamente,
a) cancro mole, AIDS e condiloma acuminado.
b) condiloma acuminado, gonorreia e sífilis.
c) AIDS, sífilis e cancro mole.
d) gonorreia, condiloma acuminado e AIDS.
e) sífilis, cancro mole e gonorreia.
Há chances de transmitir o HPV (condiloma acuminado) para o bebê

durante a gravidez ou parto, mas é muito improvável. Ele é transmitido
principalmente pelo contato direto de pele com pele durante o sexo
vaginal, oral ou anal. Não se espalha através de sangue ou
fluidos corporais.
A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o

sexo sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue
contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou
o parto.
A gonorreia tem a sua principal forma de contágio através de relações

sexuais sem proteção. No entanto, também pode acontecer a
transmissão da mãe para o bebê durante o parto, quando a gonorreia não
é identificada e/ou tratada corretamente.
A transmissão do HIV, e por consequência da AIDS, acontece das

seguintes formas: relações sexuais desprotegidas, compartilhamento
de seringas, transfusão de sangue contaminado, da mãe infectada para
seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação e través de
instrumentos não esterilizados que furam ou cortam.
O cancro mole é transmitido pela relação sexual com uma pessoa

infectada sem o uso da camisinha masculina ou feminina.
9. (UNESP 2017) O quadro apresenta alguns dos sinais clínicos que

ajudam a distinguir os casos de dengue, de zika e de chikungunya.
As diferenças no quadro clínico de cada uma dessas doenças devem-se
a) às características dos diferentes vetores dos agentes causadores da

dengue, da zika e da chikungunya.
b) às características e estratégias infecciosas dos diferentes agentes

causadores da dengue, da zika e da chikungunya.
c) às características climáticas das diferentes regiões geográficas onde

ocorrem a dengue, a zika e a chikungunya.
d) aos diferentes modos de transmissão dos agentes causadores da

dengue, da zika e da chikungunya.
e) às diferenças na resposta imunológica dos infectados em resposta ao

mesmo agente causador da dengue, da zika e da chikungunya.
As três doenças apresentam o mesmo modo de transmissão e vetor, o

mosquito Aedes aegypti e em uma mesma região pode haver a incidência
das três. O que faz variar os sintomas são as características dos vírus
que causam as doenças, já que são diferentes em cada uma.
10. (FUVEST 2016) Atualmente, os seres vivos são classificados em

três domínios: Bacteria, Archaea e Eukarya. Todos os eucariotos estão
incluídos no domínio Eukarya, e os procariotos estão distribuídos
entre os domínios Bacteria e Archaea. Estudos do DNA ribossômico
mostraram que os procariotos do domínio Archaea compartilham,
com os eucariotos, sequências de bases nitrogenadas, que não estão
presentes nos procariotos do domínio Bacteria. Esses resultados apoiam
as relações evolutivas representadas na árvore:
Archaea
a) Bacteria
Eukarya
Bacteria
b) Archaea
Eukarya
Eukarya
c) Bacteria
Archaea
Archaea
Bacteria
d) Archaea
Eukarya
Eukarya
e) Archaea
Bacteria
Como vimos, os procariotos estão organizados em dois domínios:

Archaea e Bacteria. Evolutivamente, as arqueas estão mais próximas dos
eucariotos que as bactérias, que é o que mostra a árvore representada na
letra B.
EXERCÍCIOS
1. (UEMS) Sobre os vírus, é correta a afirmação:
a) Todos os vírus têm DNA na sua constituição.

b) Os vírus diferem dos seres vivos por serem acelulares.
c) Não necessitam de outros organismos para sua reprodução.
d) Não infectam células bacterianas.
e) São considerados seres unicelulares.
2. (UEMS) Componente que faz parte da estrutura dos vírus, formado por
proteínas que, além de proteger o ácido nucleico viral, tem a capacidade
de se combinar quimicamente com substâncias presentes na superfície
das células hospedeiras, permitindo ao vírus reconhecer e atacar o tipo
de célula adequado a hospedá-lo:
a) Núcleo viral.
b) Envoltório lipídico.
c) Capsídeo.
d) DNA.
e) RNA.
3. (ENEM 2001) A partir do primeiro semestre de 2000, a ocorrência

de casos humanos de febre amarela silvestre extrapolou as áreas
endêmicas, com registro de casos em São Paulo e na Bahia, onde os
últimos casos tinham ocorrido em 1953 e 1948. Para controlar a febre
amarela silvestre e prevenir o risco de uma reurbanização da doença,
foram propostas as seguintes ações:
I. Exterminar os animais que servem de reservatório do vírus

causador da doença.
II. Combater a proliferação do mosquito transmissor.
III. Intensificar a vacinação nas áreas onde a febre amarela é

endêmica e em suas regiões limítrofes.
É efetiva e possível de ser implementada uma estratégia envolvendo
a) apenas a ação II.
b) apenas as ações I e II.
c) apenas as ações I e III.
d) apenas as ações II e III.
e) as ações I, II e III.
4. (UNESP) Os vírus são organismos obrigatoriamente parasitas, uma vez

que só se reproduzem no interior de seus hospedeiros. Sobre os vírus, é
correto afirmar que:
a) apresentam características fundamentais dos seres vivos: estrutura

celular, reprodução e mutação.
b) são seres maiores que as bactérias, pois não atravessam filtros que
permitem a passagem de bactérias.
c) são formados por uma carapaça proteica envolvendo o retículo rugoso

com ribossomos utilizados na síntese de sua carapaça.
d) são todos parasitas animais, pois não atacam células vegetais.
e) podem desempenhar funções semelhantes aos antibióticos,

ocasionando a "lise bacteriana”, e impedir a reprodução das bactérias.
5. (UFSCAR) Determinado medicamento tem o seguinte modo de

ação: suas moléculas interagem com uma determinada proteína
desestabilizando-a e impedindo-a de exercer sua função como mediadora
da síntese de uma molécula de DNA, a partir de um molde de RNA. Este
medicamento:
a) é um fungicida.
b) é um antibiótico com ação sobre alguns tipos de bactérias.
c) impede a reprodução de alguns tipos de vírus.
d) impede a reprodução de alguns tipos de protozoários.
e) inviabiliza a mitose.
6. (UFMS) O Ministério da Saúde estuda incluir novas vacinas no

calendário oficial do país já a partir de 2005. As vacinas contra o
rotavírus, varicela, pneumococo poderão ser gratuitas e fazer parte do
Plano Nacional de Imunização. Atualmente, fazem parte do calendário
oficial: BCG (tuberculose), hepatite B, poliomielite, Hib (meningite), febre
amarela (em áreas endêmicas), tríplice viral e tríplice bacteriana.
Fonte: Folha de S. Paulo, p. C4, 27 de agosto de 2004.
As vacinas tríplice viral e tríplice bacteriana são administradas para

evitar, respectivamente, as seguintes doenças:
a) rubéola, leptospirose e sífilis / gonorreia, sarampo e tétano.
b) gripe, sarampo e coqueluche / botulismo, sífilis e rubéola.
c) sarampo, difteria e cólera / tétano, rubéola e coqueluche.
d) gripe, herpes e coqueluche / cólera, botulismo e sífilis.
e) sarampo, caxumba e rubéola / difteria, coqueluche e tétano.
7. “É preciso entrar nas células, tomar de assalto o seu material genético

e utilizá-lo para se reproduzir. É o que o HIV faz com os linfócitos ou
células CD4 do sistema imunológico. O sucesso no Brasil no tratamento
da AIDS deve-se à utilização eficaz dos remédios que impedem a
multiplicação do vírus em várias faces do seu ataque às células CD4.
Dois tipos de drogas servem a esse propósito: os inibidores das enzimas
protease e a transcriptase reversa.”
Fonte: Revista Galileu, maio de 2001.
O papel da enzima transcriptase reversa na reprodução do HIV é:
a) promover a síntese proteica na célula hospedeira.
b) colocar o material genético do vírus no DNA da célula hospedeira.
c) sintetizar DNA viral a partir do RNA viral.
d) sintetizar RNA viral a partir do DNA viral.
e) cortar as proteínas da célula hospedeira para fazer mais vírus.

8. (UFPA) O bacterifago ou simplesmente fago é um vírus cujo ciclo

reprodutivo é bem conhecido, devido à assombrosa capacidade de
produzir, ao cabo de algumas horas, milhões de novos indivíduos no
interior de uma bactéria hospedeira. Durante esse processo:
a) o vírus perfura a parede celular e injeta seu RNA no citoplasma

bacteriano.
b) ocorre necessariamente a lise (destruição) da célula bacteriana.
c) o vírus penetra inteiro na célula hospedeira.
d) o vírus reproduz-se injetando uma proteína no citoplasma bacteriano.
e) são necessários o RNA e a proteína virais para a produção de

novos fagos.
9. (Viçosa) Impressionados com a notícia do poder arrasador com que o

vírus Ebola vem dizimando uma certa população na África, alguns alunos
de um colégio sugeriram medidas radicais para combater o vírus desta
terrível doença. Considerando-se que este agente infeccioso apresenta
características típicas dos demais vírus, assinale a alternativa que
contenha a sugestão mais razoável:
a) descobrir urgentemente um potente antibiótico que possa destruir a

sua membrana nuclear.
b) alterar o mecanismo enzimático mitocondrial para impedir o seu

processo respiratório.
c) injetar nas pessoas contaminadas uma dose maciça de bacteriófagos

para fagocitar o vírus.
d) cultivar o vírus “in vitro”, semelhante à cultura de bactérias, para tentar

descobrir uma vacina.
e) impedir, de alguma maneira, a replicação da molécula de ácido

nucleico do vírus.
10. (UFT) Avalie a figura abaixo e marque a alternativa que apresenta a

sequência CORRETA.
1. A figura representa os ciclos lítico e lisogênico de um vírus.

2. O ciclo lítico está representado em I.
3. No ciclo lisogênico o DNA viral é incorporado ao DNA da célula
hospedeira.
4. O ciclo lítico não está relacionado com o rompimento da célula
hospedeira.
5. O ciclo lisogênico sempre resulta em morte da célula hospedeira.
a) 1-V, 2-V, 3-F, 4-F, 5-V
b) 1-V, 2-V, 3-F, 4-F, 5-F
c) 1-V, 2-V, 3-V, 4-V, 5-V
d) 1-V, 2-F, 3-F, 4-F, 5-V
e) 1-V, 2-V, 3-V, 4-F, 5-F
11. (UDESC 2009) Leia e analise as afirmativas abaixo:
I. As bactérias possuem apenas um material genético, DNA ou RNA.
II. O cromossomo bacteriano está enovelado em torno de uma

proteína histona.
III. As bactérias possuem apenas um cromossomo, que é circular, e

algumas apresentam um material genético denominado plasmídeo, que
está disperso no citoplasma.
IV. Pelo processo de transdução, muitas bactérias trocam material

genético com outras bactérias.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
b) Somente a afirmativa III é verdadeira.
c) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.
12. (ENEM 2010) O uso prolongado de lentes de contato, sobretudo

durante a noite, aliado a condições precárias de higiene, representa
fatores de risco para o aparecimento de uma infecção denominada
ceratite microbiana, que causa ulceração inflamatória da córnea. Para
interromper o processo da doença, é necessário tratamento antibiótico.
De modo geral, os fatores de risco provocam a diminuição da oxigenação
corneana e determinam mudanças no seu metabolismo, de um estado
aeróbico para anaeróbico. Como decorrência, observa-se a diminuição
no número e na velocidade de mitoses do epitélio, o que predispõe ao
aparecimento de defeitos epiteliais e à invasão bacteriana.
CRESTA. F. Lente de contato e infecção ocular. Revista Sinopse de Oftalmologia.
São Paulo: Moreira Jr., v, n.04, 04. 2002 (adaptado).
A instalação das bactérias e o avanço do processo infeccioso na

córnea estão relacionados a algumas características gerais desses
microrganismos, tais como:
a) A grande capacidade de adaptação, considerando as constantes

mudanças no ambiente em que se reproduzem e o processo aeróbico
como a melhor opção desses microrganismos para a obtenção
de energia.
b) A grande capacidade de sofrer mutações, aumentando a probabilidade

do aparecimento de formas resistentes e o processo anaeróbico da
fermentação como a principal via de obtenção de energia.
c) A diversidade morfológica entre as bactérias, aumentando a variedade

de tipos de agentes infecciosos e a nutrição heterotrófica, como forma de
esses microrganismos obterem matéria-prima e energia.
d) O alto poder de reprodução, aumentando a variabilidade genética dos

milhares de indivíduos e a nutrição heterotrófica, como única forma de
obtenção de matéria-prima e energia desses microrganismos.
e) O alto poder de reprodução, originando milhares de descendentes

geneticamente idênticos entre si e a diversidade metabólica,
considerando processos aeróbicos e anaeróbicos para a obtenção
de energia.
13. (UFAM) Além do cromossomo, algumas bactérias contêm um

pequeno DNA circular extracromossômico denominado de:
a) Z DNA. d) DNA linear.
b) Plasmídeo. e) P DNA.
c) B DNA.
14. (FATEC-SP) Um organismo unicelular, sem núcleo diferenciado,

causador de infecção em ratos, provavelmente será:
a) uma bactéria. d) um fungo.
b) uma alga. e) um protozoário.
c) um vírus.
15. (FATEC-SP) As bactérias são organismos microscópicos,

procariontes e muitas são patogênicas, pois causam doenças. Entre as
doenças humanas causadas por bactérias, podemos citar:
a) varíola, poliomielite, hidrofobia e AIDS.
b) sífilis, gonorreia, meningite e tétano.
c) pneumonia, tuberculose, caxumba e sarampo.
d) encefalite, poliomielite, hepatite e cólera.
e) botulismo, febre tifoide, gripe e AIDS.

16. (ENEM 2003) Na embalagem de um antibiótico, encontra-se uma bula

que, entre outras informações, explica a ação do remédio do seguinte
modo: o medicamento atua por inibição da síntese proteica bacteriana.
Essa afirmação permite concluir que o antibiótico:
a) impede a fotossíntese realizada pelas bactérias causadoras da doença

e, assim, elas não se alimentam e morrem.
b) altera as informações genéticas das bactérias causadoras da doença,
o que impede a manutenção e reprodução desses organismos.
c) dissolve as membranas das bactérias responsáveis pela doença, o que
dificulta o transporte de nutrientes e provoca a morte delas.
d) elimina os vírus causadores da doença, pois não conseguem obter as
proteínas que seriam produzidas pelas bactérias que parasitam.
e) interrompe a produção de proteína das bactérias causadoras da
doença, o que impede sua multiplicação pelo bloqueio de funções vitais.
17. Dentre os grupos de doenças citados abaixo, marque a alternativa na

qual todas elas sejam sexualmente transmissíveis e também causadas
por bactérias.
a) Cancro mole, difteria, gonorreia.

b) Clamídia, candidíase, sífilis.
c) Cancro mole, sífilis, gonorreia.
d) Difteria, candidíase, gonorreia.
e) -
18. (UDESC 2010) Assinale a alternativa incorreta referente às bactérias.
a) A conjugação é a maneira pela qual as bactérias podem trocar material

genético.
b) O cromossomo bacteriano é circular e contém todos os gens
essenciais à bactéria.
c) Algumas bactérias transformam o nitrogênio atmosférico em
compostos químicos assimiláveis pelos demais seres vivos.
d) No grupo das arqueobactérias estão as bactérias halófilas, as
metanogênicas e as termoacidófilas.
e) As bactérias Staphylococcus apresentam um arranjo linear em forma
de colar.
19. As principais doenças causadas por protozoários que envolvem o

sangue e os órgãos internos são:
a) Malária, toxoplasmose, tripanossomíase e leishmaniose.

b) Dengue, difteria, micose e disenteria.
c) Tripanossomíase, hepatite, esquistossomose e filariose.
d) Toxoplasmose, difteria, filariose e micose.
e) Tripanossomíase, filariose, dengue e hepatite.
20. (UFMA) Os protozoários apresentam diversos meios de locomoção

que frequentemente são utilizados para a sua classificação. Dentre os
meios de locomoção dos protozoários, podemos citar os pseudópodes,
que são prolongamentos citoplasmáticos que permitem o deslocamento
e captura de alimento. Além dos pseudópodes, os protozoários podem se
locomover por:
a) Flagelos e pés ambulacrais.
b) Cílios e cistos.
c) Flagelos e cistos.
d) Flagelos e cílios.
e) Cistos e pés ambulacrais.
21. (UFPB) O padrão reprodutivo mais frequente entre os protozoários é o

assexuado. Abaixo, temos exemplo de:
a) cissiparidade ou bipartição.
b) divisão múltipla.
c) conjugação.
d) esporogonia.
e) brotamento ou gemiparidade.
22. (CESUMAR-PR 2008) Alguns protozoários são parasitas do homem

e causam-lhe doenças. Entre as espécies de protozoários parasitas,
podemos citar o:
a) Trypanosoma cruzi, causador da doença de chagas.
b) Clostridium tetani, causador do tétano.
c) Treponema pallidum, causador da sífilis.
d) Mycobacterium leprae, causador da lepra.
e) Neisseria meningitidis, causador da meningite.
23. (FATEC) Os protistas são seres vivos que podem ser encontrados
em toda parte, na terra e na água, assim como no interior de outros
organismos, onde atuam como parasitas ou simbiontes. Sobre eles são
feitas as afirmações a seguir:
I. Cada protista consiste de uma única célula procariótica, na qual o

material hereditário se encontra mergulhado diretamente no líquido
citoplasmático.
II. Algumas formas parasíticas de protistas provocam doenças bastante

conhecidas, como malária, febre amarela e tétano.
III. O Reino Protista engloba seres vivos exclusivamente heterótrofos,

pluricelulares, que se alimentam por absorção de nutrientes do meio.
IV. As bactérias e muitos protistas atuam na digestão da celulose no

interior do trato digestivo dos animais ruminantes, como cabras, bois,
carneiros, veados e girafas.
Dentre essas afirmações, somente
a) I e II estão corretas.
b) I e III estão corretas.
c) II e III estão corretas.
d) III e IV estão corretas.
e) IV está correta.
24. (PUC-RJ) Considere as seguintes afirmações referentes

aos protozoários:
I. Considerando-se o nível de organização dos protozoários, pode-se

afirmar corretamente que são seres acelulares como os vírus.
II. Pode-se afirmar corretamente que os protozoários só se reproduzem

assexuadamente.
III. O protozoário causador da malária no homem é o parasita plasmódio.
a) apenas II está correta.
b) apenas III está correta.
c) apenas I e II estão corretas.
d) apenas II e III estão corretas.
e) todas estão corretas.
25. (UNITAU) Através do contato sexual, diversas doenças são

transmitidas. Entre as de maior importância epidemiológica, podem ser
citadas a __(I)__, que é causada por vírus; a __(II)__, que é causada por
bactéria e a _(III)__, que é causada por protozoário. Relacione a seguir as
moléstias que preenchem as colunas I, II e III do texto, respectivamente.
a) Sífilis, AIDS e tricomoníase.
b) AIDS, sífilis e tricomoníase.
c) Tricomoníase, sífilis e AIDS.
d) AIDS, tricomoníase e sífilis.
e) Sífilis, tricomoníase e AIDS.

GABARITO DAS QUESTÕES DA PLATAFORMA:
1. B 6. E 11. B 17. E 22. A

2. C 7. C 12. E 18. C 23. B
3. D 8. A 14. B 19. E 24. E
4. E 9. E 15. A 20. A 25. B
5. C 10. E 16. B 21. D 26. A
REFERÊNCIAS:
REECE, URRY, CAIN, WASSERMAN, MINORSKY & JACKSON. Biologia de Campbell. 10. ed. –
Porto Alegre: Artmed, 2015.
https://butantan.gov.br/covid/butantan-tira-duvida/tira-duvida-noticias/como-surgiu-o-
novo-coronavirus-conheca-as-teorias-mais-aceitas-sobre-sua-origem
https://butantan.gov.br/covid/butantan-tira-duvida/tira-duvida-noticias/entenda-o-que-e-
uma-pandemia-e-as-diferencas-entre-surto-epidemia-e-endemia#:~:text=E%20o%20que%20
a%20diferencia,um%20grande%20n%C3%BAmero%20de%20pessoas.
https://coronavirus.saude.mg.gov.br/blog/27-como-surgiu-o-coronavirus
https://butantan.gov.br/covid/butantan-tira-duvida/tira-duvida-noticias/quais-sao-as-
diferencas-entre-as-vacinas-contra-covid-19-que-estao-sendo-aplicadas-no-brasil
http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv/sintomas-e-fases-da-aids
https://bvsms.saude.gov.br/gripe-e-resfriado/
http://www.saude.ba.gov.br/temasdesaude/perfil-das-doencas-dengue-zika-e-chikungunya/
https://www.saude.mg.gov.br/febreamarela
http://www.iff.fiocruz.br/index.php/8-noticias/239-h1n1sintomas
https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Hepatites-virais
https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/raiva
https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/rubeola
https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Sarampo
http://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/hpv
https://www.tuasaude.com/doencas-causadas-por-bacterias/
https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/botulismo
http://ead.hemocentro.fmrp.usp.br/joomla/index.php/noticias/adotepauta/652-
descobrindo-o-mundo-das-bacterias
https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/toxoplasmose
https://cursinhoparamedicina.com.br/blog/biologia/o-que-sao-protozoarios-e-quais-as-
suas-caracteristicas/

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Organização André Corleta | Margit Anton Bersch

Autor Luana Vasconcellos | Bruno Correia

Revisão Bruno Correia | Guilherme da Silva Batista

Coordenação de Design Margit Anton Bersch

Renata Goulart | Luana Cardoso

Ilustradores Michelle Iashmine Mauhs

150 p. : 21 x 29,7 cm – (Apostilas MED, v. 4)

1. Biologia – Estudo e ensino. 2. Vestibular. I. Correia, Bruno.

Catalogação da publicação: Maurício Amormino Júnior – CRB6/2422

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Nossa metodologia de ensino é focada no estudante da era digital:

Aqui, você tem o conteúdo escrito e desenvolvido pelos professores do

Ao longo do texto, você encontrará exercícios resolvidos para a melhor

Vamos juntos garantir o seu sonho MED?

Bactéria e archaea......................... 17 Exercícios......................................... 119

Exercícios......................................... 35 04. Genética........................................... 131

Comparados com os eucariotos, e até mesmo com as células

Células procariontes: mais simples e sem envoltório nuclear –

Células eucariontes: mais complexas e com material genético

A capa proteica que envolve o genoma viral é chamada de capsídeo e

Esses envelopes virais contêm fosfolipídios e proteínas derivadas da

O menor vírus tem apenas 20 nm de diâmetro, menor que um ribossomo.

Uma infecção viral inicia quando o vírus se liga à célula hospedeira e o

No ciclo lítico, o vírus invade a célula hospedeira e interrompe as suas

Já no ciclo lisogênico, o vírus invade a célula hospedeira e incorpora

Já em células animais, os vírus penetram tanto com seu material

Quando o material genético for o DNA, ocorrerá normalmente o processo

Por enquanto, estamos falando de características gerais dos vírus e

Em primeiro lugar, como esses vírus surgem na população humana

1) Mutação dos vírus já existentes. Os vírus de RNA tendem

2) Disseminação de uma doença viral de uma pequena população

3) A partir dos vírus existentes nos animais. Os cientistas estimam

Os vírus novos ou que surgem repentinamente são chamados de

O novo coronavírus é chamado cientificamente de SARS-CoV-2:

` SARS é uma abreviação de uma síndrome chamada de Severe Acute

` CoV é uma abreviação de coronavírus, a família de vírus que ele

As teorias mais aceitas pelos cientistas para o seu surgimento em 2019,

Independentemente de como o vírus surgiu, rapidamente ele se espalhou

A transmissão desse vírus costuma ocorrer no contato com infectados,

surto: ocorre quando há aumento localizado do número de casos de

endemia: ocorre quando a doença é recorrente na região, mas não

pandemia: ocorre quando atinge níveis mundiais, ou seja,

Assim, para além das medidas de segurança, como distanciamento,

Vacina é um conteúdo que desde sempre costuma cair em provas de

As vacinas são substâncias produzidas a partir dos agentes patogênicos

Com o avanço da doença e da pandemia, cientistas do mundo todo se

infecta chimpanzés, é manipulado geneticamente para que seja inserido

Nenhuma vacina é 100% eficaz. Mesmo com as duas doses, ainda é

Na primeira fase após a transmissão, chamada de infecção aguda (varia

Como o vírus ataca os linfócitos T CD4+ (glóbulos brancos do sistema

Gripe: causada pelo vírus Influenza através do contato com gotículas

Resfriado: é causado na maioria das vezes por Rinovírus. Seus sintomas

Dengue, zika vírus e chikungunya: essas três doenças são transmitidas

Febre amarela: é transmitida aos humanos e a macacos, por meio da

Caxumba: a contaminação ocorre pela saliva, copos e garfos

` Hepatite A: A transmissão da hepatite A é fecal-oral (contato de fezes

` Hepatite B: pode se desenvolver de duas formas: aguda (curta

` Hepatite C: também pode se manifestar na forma aguda ou crônica,

Raiva: doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos,

Rubéola: A rubéola é uma doença aguda, de alta contagiosidade, que