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Trabalho da Cadeira de Bioquímica

Docente: dr. Mussa Issufo

Discente: Dulce Domingos Andrade

RESUMO

1. Metabolismo dos Glícidos

a) Glicólise

Glicólise é um processo bioquímico em que a molécula de glicose (C6H12O6),


proveniente da alimentação, é quebrada em duas moléculas menores de ácido pirúvico ou
piruvato (C3H4O3), liberando energia. Dependendo do organismo e do tipo de célula, a
respiração celular pode acontecer na presença do oxigénio (aeróbicos) ou completa
ausência (anaeróbicos) e assim a glicólise produzirá substâncias diferentes.

b) Fermentação

A fermentação é um processo de respiração anaeróbica, por meio do qual as células


obtêm energia química para as actividades normais do seu metabolismo. Portanto, para
que a energia armazenada nas ligações químicas da glicose seja liberada, é preciso que
ocorram sucessivas oxidações. Geralmente as moléculas são oxidadas quando perdem
elétrons, ao reagir com o oxigénio. De acordo com o tipo de enzimas, o produto final
será diferente, por exemplo: álcool etílico, ácido láctico, ácido acético ou ácido butírico.

c) Ciclo de Krebs

O Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico é uma das etapas metabólicas da respiração
celular aeróbica que ocorre na matriz mitocondrial de células animais.

d) Cadeia respiratória

Cadeia respiratória é a etapa da respiração celular que ocorre no interior das


mitocôndrias, precisamente em sua membrana interna pregueada. Ela realiza o transporte
de átomos de hidrogénio energizados, ou seja, elétrons, a partir de substâncias aceptoras
intermediárias (NAD e FAD) provenientes da glicólise e do ciclo de Krebs.
2. Metabolismo dos Aminoácidos

a) Transamina

A transaminação é uma reacção caracterizada pela transferência de um grupo amina de


um aminoácido para um cetoácido, para formar um novo aminoácido e um novo ácido α-
cetônico. As enzimas são chamadas de transaminases ou de aminotransferases. Os dois
tipos comuns de aminotransferases são alanina aminotransferase (ALT) e aspartato
aminotransferase (AST). Elas estão principalmente dentro das células
hepáticas(hepatócitos), mas também podem ser encontradas em coração e rins. Altos
níveis dessas enzimas no sangue significa ruptura de alguma dessas células, por exemplo
por uma hepatite ou um infarto agudo do miocárdio.

b) Desaminação

A desaminação  é a etapa em que o nitrogénio é  retirado do glutamato, pela enzima


Glutamato desidrogenase, gerando uma molécula inorgânica: a amônia (NH3), que
também existe na sua forma protonada: íon amônio (NH4+). A produção de amónia gera
um sério problema fisiológico porque essa molécula é extremamente tóxica. Talvez por
isso a desaminação esteja restrita apenas a um tecido:  o fígado. E é exactamente o fígado
o único tecido que tem a capacidade de metaboizar essa amónia convertendo-a em ureia
uma molécula de baixa toxicidade e de alta solubilidade, muito adequada para
a excreção via urina.

3. Metabolismo dos Lípidos

a) Beta Oxidação em Lípidos Saturados

A ß oxidação é um processo catabólico de ácidos graxos que consiste na sua oxidação


mitocondrial. Eles sofrem remoção, por oxidação, de sucessivas unidades de dois átomos
de carbono na forma de acetil-CoA. Como exemplo pode ser citado o ácido palmítico,
um ácido graxos de 16 carbonos, que vai sofrer sete reações oxidativas, perdendo em
cada uma delas dois átomos de carbono na forma de acetil-CoA. Ao final desse processo
os dois carbonos restantes estarão na forma de acetil-CoA.
A ß oxidação é dividida em quatro reacções sequenciais:

 Oxidação, na qual o acil-CoA é oxidado a enoil-CoA, com redução de FAD a


FADH2
 Hidratação, na qual uma dupla ligação é hidratada e ocorre a formação de 3-
hidroxiacil-CoA

 Oxidação de um grupo hidroxila a carbonila, tendo como resultado uma beta-


cetoacil-CoA e NADH

 Cisão, em que o ß-cetoacil-CoA reage com uma molécula de CoA formando um


acetil-CoA e um acil-CoA que continua no ciclo até ser convertido a acetil-CoA

b) Beta Oxidação em Lípidos Insaturados

Os ácidos gordos insaturados seguem um percurso semelhante, embora novas enzimas


sejam necessárias para a oxidação na proximidade da ligação insaturada. No caso desta
ligação se localizar num carbono ímpar, intervém a Δ3, Δ2-enoil-CoA isomerase. Esta
enzima transfere a ligação dupla do carbono 3 para o carbono 2, permitindo a
continuação da β-oxidação. Neste ciclo de β-oxidação não se forma FADH2.

Se o ácido graxo a ser oxidado for insaturado, o processo tem dois passos enzimáticos
adicionais:

 A conversão do isômero "cis" em "trans";


 A saturação da dupla ligação pela adição de água.

 Uma vez o ácido graxo saturado, ele pode seguir com o processo normal de
oxidação.

BIBLIOGRAFIA

PEDROSA, R. G, DONATO J. TIRAPEGUI, J. (2009). Dieta Rica em Proteína na


redução do Peso Corporal. Campinas. Dpt Nutricional, 2009.

SANTOS, Maria Ângela. Biologia Educacional. 17 Ed. São Paulo: Editora Ática, 2005
Silva, J., César, Biologia, Volume 1 e 2, 8ª ed. São Paulo: Sarcuva, 2005.

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