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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Educação e Comunicação

Mestrado em Gestão e Administração Educacional

Mudança Curricular e de métodos pedagógicos: vivencias dos estudantes do Instituto


Industrial – Lichinga (2021 à 2022)

Carlos João

N°711220102

Lichinga, Maio de 2023


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
Faculdade de Educação e Comunicação

Mestrado em Gestão e Administração Educacional

Mudança Curricular e de métodos pedagógicos: vivencias dos estudantes do Instituto


Industrial – Lichinga (2021 à 2022)

Carlos João

N°711220102

Dissertação Submetida a Faculdade da UCM


como o requisito parcial para obtenção do grau do
Mestrado em Gestão e Administração
Educacional.

Supervisor:
Filipe André Angst

_________________________

Lichinga, Maio de 2023


Índice

DECLARAÇÃO......................................................................................................................VII

DEDICATÓRIA....................................................................................................................VIII

AGRADECIMENTOS.............................................................................................................IX

RESUMO...................................................................................................................................X

LISTA DE ABREVIATURAS...............................................................................................XII

LISTA DE TABELAS...........................................................................................................XIII

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO..................................................................................................0

1.1.Introdução.............................................................................................................................0

1.1.Contextualização...................................................................................................................1

1.2.Problematização....................................................................................................................2

1.3.1.Objectivo geral...................................................................................................................3

1.3.2.Objectivos específicos.......................................................................................................3

1.4.Questões de Pesquisa............................................................................................................3

1.5.Justificativa...........................................................................................................................4

1.6.Relevância do estudo............................................................................................................4

1.7.Delimitação da Pesquisa.......................................................................................................5

1.7.1.Delimitação Temática........................................................................................................5

1.7.2.Delimitação Espacial.........................................................................................................5

CAPÍTULO II: MARCO TEÓRICO..........................................................................................7

2.1.Educação...............................................................................................................................7

2.2.Ensino técnico profissional...................................................................................................8

2.3. Conceito de currículo.........................................................................................................11

2.4. Reforma curricular.............................................................................................................12

2.5. Inovação curricular............................................................................................................13

2.6. Teorias Curriculares...........................................................................................................14

2.8. Mudança curricular............................................................................................................14


2.9.Estudos Realizados.............................................................................................................15

2.9.1.Estudos Empíricos Localizados.......................................................................................15

CAPÍTULO III: DESENHO METODOLÓGICO....................................................................16

2.1.Pesquisa quanto aos objectivos...........................................................................................16

2.3.Tipo de pesquisa.................................................................................................................17

2.4.Pesquisa quanto aos métodos..............................................................................................18

2.4.1.Pesquisa quanto aos Procedimentos Metodológicos........................................................18

2.4.3.Estratégia de análise e interpretação de dados.................................................................19

2.4.4.Estratégia da Interpretação...............................................................................................19

2.5.População-alvo....................................................................................................................19

2.6.Participantes........................................................................................................................20

2.8.Observação..........................................................................................................................21

2.9.Entrevista............................................................................................................................21

2.9.1.Éticas de Pesquisa............................................................................................................22

2.9.2.Limitações da Pesquisa....................................................................................................22

CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS


...................................................................................................................................................24

4.1.Verificação dos resultados dos objectivos..........................................................................32

CAPITULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES.......................................................35

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS......................................................................................36

APÊNDICE...............................................................................................................................42

Guião de entrevista dirigida aos Funcionários do Instituto Industrial......................................42

ANEXOS..................................................................................................................................44

V
DECLARAÇÃO

Declaro por minha honra que este trabalho de Dissertação de Mestrado nunca foi apresentado,
na sua essência, em nenhuma outra Instituição de Ensino Superior para a obtenção de
qualquer grau académico e que este é resultado da minha investigação pessoal e das
orientações do meu supervisor. O seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão
devidamente mencionadas ao longo do trabalho e na bibliografia.

Autor

___________________________________
Carlos João

VI
DEDICATÓRIA

Aos meus pais, pela coragem dispensada e disponibilização das primeiras provisões, aos meus
irmãos pelo apoio, e aos demais familiares pela força, coragem e compreensão que me deram
desde o início do curso até ao presente momento.

VII
AGRADECIMENTOS

Neste momento tão especial na minha vida, cumpre-me agradecer a todos que contribuem
directa ou indirectamente para concretização do meu sonho.
Agradeço a Deus todo-poderoso por ter iluminado os meus caminhos, pela força e sabedoria.
Ao meu Supervisor, Prof. Filipe André Angst, pela disponibilidade, pelo apoio e pelo
interesse demonstrado durante a orientação da minha Dissertação. Muito obrigado.

Ao meu pai e minha mãe, obrigado por fazer-me acreditar na educação, no amor e carinho
que sempre demostraram por mim. Muito obrigado.

Aos meus filhos, perdoem-me a minha ausência. Vocês são a minha fonte de inspiração.
A minha esposa, pelo amor, apoio, carinho, paciência e amizade transmitido. Muito obrigada
por tudo.

Aos meus irmãos, agradecer-vos a força, a confiança e o incentivo que sempre me deram,
fizeram de mim

Agradeço a Universidade Católica de Moçambique, pela formação e acolhimento. Aos


docentes e aos Trabalhadores da Faculdade em causa, pela formação e partilha de
conhecimentos durante o curso

A todos o meu humilde e sincero agradecimento.

VIII
RESUMO

O presente estudo aborda sobre a Mudança Curricular e de métodos pedagógicos: vivencias dos estudantes do
Instituto Industrial – Lichinga (2021 à 2022), tem como objectivo analisar a Mudança Curricular e de métodos
pedagógicos. Especificamente, pretende-se (1) identificar os métodos pedagógicos; (2) descrever as percepções
dos professores sobre o Currículo; e (3) propor práticas de inovação na implementação dos conteúdos do
currículo. Tendo em vista responder a questão “até que ponto a mudança curricular e de métodos influencia na
qualidade de ensino e aprendizagem no Instituto Industrial? O estudo optou por uma abordagem metodológica
qualitativa, com recurso à leitura apoiada pelas técnicas de entrevista, observação e análise documental para
constatar o nível de realidade que não pode ser quantificado. Portanto, a importância desta pesquisa está no facto
de que as constatações e resultados deste estudo poderão ajudar para o desenho de um plano de acção e a tomada
de atitudes que conduzam ao alcance das mudanças desejadas face às inovações introduzidas e melhorar, com
isso, os discursos e as práticas em contextos pedagógicos, não só, ao nível micro, mas também, aos níveis meso e
macro da educação em Moçambique; visto que, reforma curricular é a transformação política educativa de um
país a nível de estratégias, objectivos e prioridades, que tem como denominador comum: a introdução de algo
novo. Portanto, concluiu-se que, a inovação só é possível quando as políticas educacionais permitem e
estimulem a flexibilidade curricular para que a possibilidade de criação possa acontecer, ser sistematizada,
avaliada e difundida. Isto implica: abertura para aprender; para alterar conceitos e ideias, para assumir novos
comportamentos e atitudes; para repensar a cultura pessoal e organizacional; para mudar crenças, adquiri novos
conhecimentos e aderir a novas formas de pensar e agir. As inovações podem ser criadas por um professor,
grupo de professores, grupo de disciplinas, por uma equipe pedagógica, por uma instituição; por alunos e
professores e se dão estimuladas por diferentes factores, como sejam: diferenciação na postura filosófica,
sociológica, cultural, económica e política da educação; autonomia docente, mudanças nas técnicas e nas
possibilidades tecnológicas.

Palavras-chave: Ensino técnico profissional, estudantes, mudança curricular, adaptação e métodos pedagógicos.

IX
ABSTRACT

The present study deals with the Curricular Change and pedagogical methods: experiences of the students of the
Industrial Institute - Lichinga (2021 to 2022), aims to analyze the Curricular Change and pedagogical methods.
Specifically, it is intended to (1) identify the pedagogical methods; (2) describe teachers' perceptions of the
Curriculum; and (3) propose innovative practices in the implementation of curriculum content. With a view to
answering the question “to what extent does curricular change and methods influence the quality of teaching and
learning at the Industrial Institute? The study opted for a qualitative methodological approach, using reading
supported by interview techniques, observation and document analysis to verify the level of reality that cannot be
quantified. Therefore, the importance of this research lies in the fact that the findings and results of this study
will be able to help in the design of an action plan and the taking of attitudes that lead to the achievement of the
desired changes in the face of the introduced innovations and to improve, with this, the discourses and practices
in pedagogical contexts, not only at the micro level, but also at the meso and macro levels of education in
Mozambique; since, curriculum reform is the educational policy transformation of a country in terms of
strategies, objectives and priorities, which has as common denominator: the introduction of something new.
Therefore, it was concluded that innovation is only possible when educational policies allow and encourage
curricular flexibility so that the possibility of creation can happen, be systematized, evaluated and disseminated.
This implies: opening to learn; to change concepts and ideas, to assume new behaviors and attitudes; to rethink
personal and organizational culture; to change beliefs, acquire new knowledge and adhere to new ways of
thinking and acting. Innovations can be created by a teacher, group of teachers, group of disciplines, by a
pedagogical team, by an institution; by students and teachers and are stimulated by different factors, such as:
differentiation in the philosophical, sociological, cultural, economic and political posture of education; teaching
autonomy, changes in techniques and technological possibilities.

Keywords: Professional technical education, students, curriculum change, adaptation and pedagogical methods.

X
LISTA DE ABREVIATURAS

UCM - Universidade Católica de Moçambique

EGFAE – Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado

CRM - Constituição da República de Moçambique

SS - seguintes

XI
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Percepção sobre às mudanças na Planificação………………………………........24

Tabela 2: Percepção dos funcionários sobre o aproveitamento escolar……………………...25


Tabela 3: Até que ponto a mudança curricular e de métodos pedagógicos influencia na
qualidade de ensino e aprendizagem no Instituto Industrial?..................................................26

Tabela 4: O que se pretende que mude nas práticas pedagógicas com a introdução do
Currículo no Instituto?.............................................................................................................27
Tabela 5: Que acções formativas são desenvolvidas para que os professores ajudem na
concretização das mudanças ao nível do Instituto? ………………………………………….28
Tabela 6: Que inovações são desenvolvidas pelos professores no que tange aos métodos
pedagógicas? ………………………………………………………………………………....29
Tabela 7: Quais são as mudanças e os desafios que acontecem com a introdução do Currículo
no Instituto Industrial?.............................................................................................................30

XII
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

1.1. Introdução
O presente trabalho aborda sobre "Mudança Curricular e de métodos pedagógicos: vivencias
dos estudantes do Instituto Industrial – Lichinga (2021 à 2022) ʺ,dedica-se a analisar à
Mudança Curricular e de métodos pedagógicos. Assim, a “mudança” é o acto ou efeito de
mudar, deslocação, modificação, transformação, alteração e variação. Entretanto, nota-se que
todos os termos nos conduzem a um movimento de introdução de algo novo. É assim que a
mudança desde os tempos teve o seu entendimento. Na perspectiva de se construir o currículo
que se adequasse especificamente às práticas, às condições educacionais humanas, políticas
económicas, socioculturais existentes essencialmente no sentido de repor o respeito entre os
homens, e contribuir para recuperar a qualidade de ensino como em qualquer processo de
mudança curricular, tanto a nível de reforma, como ao nível de inovações, existem
pressupostos que necessitam de serem analisados, tendo em conta que as questões de
educação e de currículo que se relacionam com processos mais amplos que exigem decisões
ao nível mais elevado do poder político e governamental de um país.
Neste contexto, a mudança curricular significa qualquer transformação que é introduzida de
forma intencional no sistema educativo ou em qualquer dos seus subsistemas, visando a sua
evolução de forma controlada ou a ultrapassagem de pontos críticos que tiveram sido
detectados. Ainda, nesta linha de pensamento, a mudança pode variar dependendo do seu
âmbito, origem, forma de implementação, grau e tipo de controlo das consequências
resultantes. Neste sentido, a mudança pode estar associada a uma evolução gradual, sendo
este termo frequentemente utilizado para referir as alterações que se registam ou se
concretizam de forma progressiva e que são provocadas por agentes internos ou externos do
processo de mudanças.
Do que se sabe, a introdução do novo currículo, além de defender uma base curricular
comum, deve reforçar a necessidade de maiores mudanças, feitas através de diferentes
propostas. Portanto, defende-se que a reforma curricular deve facilitar o desenvolvimento dos
conteúdos, numa perspectiva de interdisciplinaridade e contextualização dos mesmos. Esta
pesquisa pretende avaliar no Instituto Industrial, da Cidade de Lichinga, respectivamente, o
impacto das mudanças introduzidas no ensino, com o pressuposto de que a reforma curricular
implica mudanças em várias dimensões, no que respeita às mudanças ou inovações, pois, de
acordo com Da Silva (2008), as mudanças permitem avaliar em que medida a reforma
curricular é plausível para melhorar a educação. Salienta-se que a mudança curricular cria a
sensação de movimento e gera expectativa no campo de educação.
De entre várias inovações, foram introduzidas mudanças no que tange ao Currículo. Com esta
inovação esperava-se que ao nível do Instituto acontecessem mudanças quanto a (1)
introdução de saberes locais das comunidades onde o Instituto se situa; (2) previsão de uma
margem de tempo que permita acomodação do currículo; (3) negociação entre as instituições
educativas e as respectivas comunidades para a leccionação dos conteúdos; (4) planificação
adequada com vista a integração das matérias propostas para o currículo; (5) reserva de 20%
do tempo total, em cada disciplina, para acomodar o currículo com experiencias locais.

1.1.Contextualização

Um estudo sobre Mudança Curricular e de métodos pedagógicos, é de extrema importância


dado que o apelo internacional para a educação advoga a construção do conhecimento que
intermedeia o ser humano com o seu meio. Neste sentido, o papel desta educação é deveras
visualizar o aspecto cultural dos alunos para reforçar a solidariedade e construir identidades
de grupo. Ademais, as recomendações sobre a melhoria da qualidade, nas suas diversas
vertentes, chamam atenção num cogitar sobre a necessidade de um permanente diálogo
intercultural. Entre tanto, Moçambique abraçou essas recomendações internacionais como
forma de credibilizar o ensino, numa altura que existe abertura global. Daí que o indivíduo
formado não só deve ter uma visão global, como também local. Mas, também ter valores
universais inclui o conhecimento dos saberes da sua comunidade, porque é assim que se
chama cidadão íntegro. Neste contexto, este estudo como forma de supervisionar a
operacionalização da Mudança Curricular e de métodos pedagógicos, propõe-se
especificamente a (1) averiguar como é que os documentos reguladores perspectivam que as
mudanças aconteçam no Instituto Técnico, no contexto do currículo; (2) descrever as
percepções dos professores, o corpo directivo sobre o Currículo; (3) avaliar se os métodos
pedagógicos desenvolvidos pelos professores no âmbito do Currículo contribuem para
mudanças pedagógicas no Instituto e (4) propor práticas de inovação que ajudem para as
mudanças desejadas.

1
1.2. Problematização
A educação é um processo pelo qual a sociedade prepara os seus membros para garantir a sua
continuidade e o seu desenvolvimento. Trata-se de um processo dinâmico que busca
continuamente as melhores estratégias para responder aos novos desafios que as comunidades
enfrentam no sentido de condicionar um bem-estar social, dando respostas e soluções aos seus
inúmeros problemas e contingências. Assim, a sociedade moçambicana tem estado nos
últimos tempos, em mudanças profundas motivadas por factores político-económicas e
socioculturais, as quais, no campo da educação evidenciam-se na reforma curricular. Estas
mudanças de currículo no sector de educação são uma imposição dos processos tecnológicos,
sócio económicas e visam uma melhor adaptação do processo de ensino e aprendizagem às
novas realidades orientadas, pós, O sistema de educação técnico-profissional constitui o
principal instrumento para a materialização da política de formação da força de trabalho
qualificada em resposta às exigências do desenvolvimento económico e social do país. Deste
modo, na educação técnico-profissional é um factor preponderante no desenvolvimento das
habilidades/capacidades intelectuais nos cidadãos, ora, para que isso aconteça, depende das
políticas traçadas pelos governos, isto é, o governo deve traçar politicas que visam o
desenvolvimento e crescimento da economia nacional. No entanto, apesar de o Instituto
Industrial e Comercial de Lichinga, ao longo dos anos ter-se como um dos melhores
Instituições de ensino técnico do País, é notável as mudanças que o mesmo apresenta
actualmente no que tange a educação, ora, as formas tradicionais de conceber o conhecimento
vêm revigorando a discussão sobre currículo e métodos de ensino/aprendizagem, trazendo
novas exigências ao debate pedagógico no mundo académico. Desta forma, fazendo uma
análise sobre a contemporaneidade, a sociedade do conhecimento é uma sociedade de
aprendizagem. Esse imperativo impõe mudanças na relação homem e o conhecimento tendo
em vista as novas formas de conceber e de pensar a realidade, sendo essa mudança
paradigmática na forma de conceber o homem e sua relação com o conhecimento que tem
estimulado reflexões sobre o papel social do Instituto nesse novo cenário. Face a esta
situação, coloca-se a seguinte questão: “Até que ponto a mudança curricular e de métodos
pedagógicos influencia na qualidade de ensino e aprendizagem no Instituto Industrial?

2
1.3. Objectivos

Marconi e Lakatos (2003) dizem que toda a pesquisa deve ter um objectivo determinado para
saber o que se vai procurar e o que se pretende alcançar. Para o presente projecto, elaboramos
dois tipos de objectivos, sendo um geral e restantes específicos.

1.3.1. Objectivo geral

Analisar a Mudança Curricular e de métodos pedagógicos

1.3.2. Objectivos específicos


 Ilustrar como a mudança curricular e de métodos pedagógicos influencia na qualidade
de ensino e aprendizagem;
 Identificar os métodos pedagógicos;
 Descrever as percepções dos professores sobre o Currículo e;
 Propor práticas de inovação na implementação dos conteúdos do currículo local

1.4. Questões de Pesquisa

 O que se pretende que mude nas práticas pedagógicas com a introdução do Currículo
no Instituto?
 Que acções formativas são desenvolvidas para que os professores ajudem na
concretização das mudanças ao nível do Instituto?
 Que percepções têm os professores, gestores e supervisores sobre o currículo e as
mudanças que se pretendem?
 Que inovações são desenvolvidas pelos professores no que tange aos métodos
pedagógicas?
 Quais são as mudanças e os desafios que acontecem com a introdução do Currículo no
Instituto Industrial?

3
1.5. Justificativa

O motivo da escolha deste tema reside no facto do mesmo ser de extrema importância, uma
vez que, a educação técnico-profissional (ETP) é um processo pelo qual o homem através da
sua capacidade para aprender, adquire experiências que actuam sobre a sua mente e o seu
físico e através disso há uma necessidade de saber como a mudança curricular e de métodos
pedagógicos influencia na qualidade de ensino e aprendizagem no Instituto Industrial de
Lichinga. Não só, o facto de a ETP ser o meio de preparação de recursos humanos necessários
ao crescimento de um país e ao seu desenvolvimento me motivou para levar avante um estudo
desta natureza. E não só, o facto de o autor ter tido convivência com vários quadros formados
no referido Instituto “Instituto Industria e Comercial de Lichinga” despertou em mim um
ardente desejo de querer entender na íntegra o papel desta instituição para o desenvolvimento
sócio-económico de Moçambique e com especial enfoque para o da Cidade da Lichinga.
Entretanto, é reconhecível no meio académico a importância da Educação técnico profissional
na formação dos indivíduos e desenvolvimento das capacidades intelectuais visto que a
Educação técnico profissional incuti no indivíduo um espírito empreendedor, uma autonomia,
uma liberdade, um padrão cultural que faz com que o individuo tenha uma nova forma de
encarar à sua situação social, me entusiasmou a realizar um estudo desta natureza.

1.6. Relevância do estudo

A importância desta pesquisa está no facto de que as constatações e resultados deste estudo
poderão ajudar para o desenho de um plano de acção e a tomada de atitudes que conduzam ao
alcance das mudanças desejadas face às mudanças introduzidas e melhorar, com isso, os
discursos e as práticas em contextos pedagógicos, não só, ao nível micro do Instituto, mas
também, aos níveis meso e macro da educação em Moçambique.

Este estudo e os objectivos desenhados induzem a um cruzamento de motivações: pessoal,


académico e profissional. No âmbito pessoal, este contributo que dou espero que possa ajudar
para a implementação de acções que visão a melhoria do ensino e aprendizagem através de
mudanças do currículo e métodos pedagógicos introduzidos.

No que se refere ao nível académico, espera-se que este estudo sirva de contributo como um
acervo bibliotecário de consulta para outros prossecussores que se interessem em desenvolver
o tema relacionado com as reformas curriculares.

4
Nos caris profissional, o estudo referente a Mudança Curricular e de métodos pedagógicos,
vai ajudar o Instituto Industrial – Lichinga, a compreender a eficácia das polícias educacionais
e contributo das inovações providas das reformas curriculares.

Portanto, no âmbito social o estudo servirá de elemento basilar, porque como reza a história, a
educação está ao serviço da sociedade e, a melhoria de qualidade de ensino por via de
mudanças visa resolver os problemas que apoquentam a sociedade.

1.7. Delimitação da Pesquisa

1.7.1. Delimitação Temática

Quanto a delimitação temática, o trabalho aborda sobre Mudança Curricular e de métodos


pedagógicos: vivencias dos estudantes do Instituto Industrial.
1.7.2. Delimitação Espacial
Tendo em conta a natureza do problema, o estudo será restringido ao nível da Cidade de
Lichinga na província do Niassa no Instituto Industrial. Assim quanto a delimitação espacial,
o trabalho será realizado em Moçambique, na província do Niassa Cidade de Lichinga.

1.7.3. Delimitação Temporal

Quanto a delimitação temporal, a pesquisa será baseada mediante o período de 2021 à 2022, a
escolha deste período deve-se ao facto da obtenção de mais informações relevantes e coesas a
cerca da Mudança Curricular e de métodos pedagógicos: vivencias dos estudantes do Instituto
Industrial.

1.8. Pergunta de Partida


Até que ponto a mudança curricular e de métodos pedagógicos influencia na qualidade de
ensino e aprendizagem no Instituto Industrial?

1.8.1. Estrutura do estudo


Estruturalmente, o trabalho está organizado em cinco capítulos, sendo os seguintes:

 Capitulo I-Introdução- que fez a enunciação do tema; contextualiza, delimita e


formula a pergunta de partida. Ainda no mesmo capítulo, arrola-se os objectivos da
investigação, as questões 3 subjacentes aos objectivos; clarifica-se a pertinência

5
teórica e prática da investigação, as razões e motivos que justificam o estudo e a
descrição da estrutura da monografia.
 Capitulo II- Marco Teórico-neste capítulo fez marcadamente do quadro teórico e
conceptual e, encarrega-se a definir os principais conceitos; descreve as teorias de
autores de referência, conjugado com investigações recentes e os resultados que
possam contribuir directamente para o desenvolvimento do trabalho de campo.
 Capítulo III- Desenho Metodológico-fez a apresentação dos procedimentos seguidos
para o desenvolvimento do trabalho de campo; também neste capítulo se efectua a
identificação das questões de investigação, do tipo de estudo, do objecto de estudo,
dos instrumentos de recolha de dados, da validade; faz a indicação do modo de
tratamento dos dados, das limitações do estudo, da ética e caracterização do local da
pesquisa.
 Capítulo IV-Apresentação, Analise e Discussão de dados- encarregou-se na
organização dos dados, apresentação e sua análise; discute os dados e interpreta os
resultados de acordo com as categorias previamente elaboradas.
 Capítulo IV-Conclusão e Recomendações – responsabilizou-se na redacção das
principais conclusões e recomendações.

6
CAPÍTULO II: MARCO TEÓRICO

Neste capítulo, foram apresentados os aspectos chaves, referentes à conceitualização e das


teorias que dão suporte para o presente estudo. Para uma sustentabilidade do tema proposto
no presente projecto de pesquisa, importa referir que serão utilizadas abordagens de alguns
autores e leis consideradas relevantes sobre a mudança curricular e de métodos pedagógicos.

Libânio (2003), concorda com o autor afirmando que a educação de qualidade é aquela
mediante a qual a escola promove, para todos, domínio dos conhecimentos e desenvolvimento
de capacidades cognitivas e afectivas indispensáveis ao atendimento das necessidades
individuais e sócias dos alunos, bem como a inserção no mundo e a construção da cidadania
como poder de participação, tendo em vista a construção de uma sociedade mais justa e
igualitária.

Este autor acrescenta sustentando que a busca do conhecimento implica orientar e desafiar
antes, acompanhar e estimular durante, avaliar e propor novos desafios. Uma experiencia e
aquela que não tem único caminho, permite desenvolvimento de capacidades cognitivas e
afectivas indispensáveis ao atendimento das necessidades individuais e sócias dos alunos,
bem como a inserção no mundo e a constituição da cidade também como poder de
participação, tendo em vista a construção de uma sociedade justa e igualitária.

2.1.Educação

Para Durkheim (1968), a educação, ou seja, “a acção exercida pelas gerações adultas sobre as
que não estão ainda maduras para a vida social”, tem como objectivo principal “suscitar e
desenvolver na criança um certo número de estados físicos, intelectuais e morais exigidos pela
sociedade (…) pelo meio a que pertence”. É um conceito que da ênfase ao carácter social e
global da educação. A forma mais usual desta é a educação formal, que inclui programas
escolares, ministrados e avaliados por agentes especializados, e cuja leccionação abarca um
conjunto de actividades obrigatórias e facultativas, desenvolvidas dentro ou fora da escola.
(p.51)

Esta perspectiva confere à educação activa um papel relevante na formação do educando ou


aluno através de uma “relação adaptativa optimizante que se consuma mediante a
comunicação e acção”.

7
Neste caso os agentes principais são a escola, a família, o meio e, nalguns casos, também, a
profissão. Completamente a esta acção, nota o mesmo autor a importância da educação
permanente, direccionada especialmente para indivíduos em idade adulta.

Educação pode ser entendida de acordo com Cotrim (1982) como “o processo pelo qual o
homem através de sua capacidade para aprender, adquire experiências que actuam sobre a sua
mente e o seu físico”. (p.14)

Na linha de pensamento de Schmied-Kowarzik (1983), “a educação é uma função parcial


integrante da produção e reprodução da vida social, que é determinada por meio da tarefa
natural e, ao mesmo tempo, cunhada socialmente da regeneração de sujeitos humanos, sem os
quais não existiria nenhuma práxis social”. A história do progresso social é simultaneamente
também um desenvolvimento dos indivíduos em suas capacidades espirituais e corporais e em
suas relações mútuas. A sociedade depende tanto da formação e da evolução dos indivíduos
que a constituem, quanto estes não podem se desenvolver fora das relações sociais.

A Educação é um processo dinâmico e em constantes mudanças e visa essencialmente a


integração das novas gerações.

Segundo Mazula (1995) “a educação é um sistema, com auxílio de diversas estratégias


visando alcançar finalidades e objectivos específicos definidos pela sociedade”. (p. 305)

Para Newitt (1997) “a educação é basicamente a maneira de uma sociedade preparar as


gerações mais novas para o desempenho de uma função útil na sociedade”. (p.383)

2.2.Ensino técnico profissional

Por definição, o ensino técnico constitui em uma modalidade de ensino vocacional, orientada
para a rápida integração do aluno no mercado de trabalho. A educação profissional tem como
objectivos não só a formação de técnicos de nível médio, mas a qualificação, a requalificação,
a profissionalização para trabalhadores com qualquer escolaridade, a actualização tecnológica
permanente e a habilitação nos níveis médio e superior. A educação profissional deve levar ao
«permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva». (Perrenoud, 1997: 45).
A educação profissional integrada ao ensino médio se constitui, em uma retomada de ensino e
desenvolvimento de estratégias educacionais capazes de se contraporem à dualidade estrutural
do sistema de ensino que historicamente foi implementado em Moçambique. A educação
profissional no país sempre esteve associada à formação de mão-de-obra, pois, desde os
8
primórdios de sua formação profissional, foram registadas várias decisões de carácter
assistencialista destinadas a amparar os órfãos e os demais desvalidos da sorte. Portanto, o
Sendo o Ensino Técnico-Profissional uma componente importante do Sistema Nacional de
Educação, que tem por missão garantir aos cidadãos o acesso a uma formação científico-
técnica, altamente qualificada, para responder às necessidades do desenvolvimento económico
e social, a estratégia de desenvolvimento do Ensino Técnico Profissional é parte integrante do
Plano Estratégico de Educação. Nela se identificam as opções e acções prioritárias de
intervenção do Governo e seus parceiros internos e externos, visando ajustar a formação
técnico-profissional aos desafios do desenvolvimento económico do país.

O Ensino Técnico-Profissional estrutura-se neste momento em dois níveis: o nível básico12 e


o nível médio, ambos com a duração de três anos, e é organizado por ramos: comercial,
industrial e agrícola. O critério mínimo de ingresso é a conclusão da 7ª classe para o nível
básico, e, para o nível médio, a conclusão da 10ª classe do Ensino Secundário Geral ou do 3º
ano do nível básico do Ensino Técnico-Profissional. Este nível de educação não é gratuito,
havendo cobrança de propinas. O Ensino Técnico-Profissional está numa fase de reforma,
com enfoque na introdução de um sistema educativo modular, seja ao nível básico, seja ao
nível médio, que vai resultar em diferentes tipos de certificados.
De acordo com a Política Nacional de Educação e Estratégias de Implementação, promulgada
pelo Conselho de Ministros da República de Moçambique (Resolução nº 8/95 de 22 de
Agosto de 1995), o Ensino Técnico tem a responsabilidade de formar os operários e técnicos
necessários devidamente qualificados, para responder às necessidades de mão-de-obra
qualificada para os diferentes sectores económicos e sociais do país. Assim, os cursos técnico-
profissionais serão planificados de modo a reflectir as necessidades do desenvolvimento da
economia nacional e têm um carácter terminal.

Assim, são objectivos do Ensino Técnico Profissional em Moçambique:

 Assegurar a formação integral e técnica dos jovens em idade escolar, de modo a


prepará-los para o exercício de uma profissão;
 Desenvolver nos jovens as qualidades básicas de personalidade, em particular,
educando-os a assumir uma atitude correcta perante o trabalho;
 Desenvolver capacidades de análise e síntese, de investigação e inovação, de
organização e direcção científica do trabalho;

9
 Desenvolver conhecimentos sobre a saúde e nutrição e a protecção do ambiente.

Em Moçambique o Ensino Técnico Profissional compreende três níveis: O elementar, o


básico e o médio. A duração dos cursos vária de três a quatro anos de acordo com a área ou
ramo e o nível. A organização curricular dos cursos técnicos compreende quatro áreas: a
formação geral, a formação básica, a básica específica e a de especialidade.

O ensino técnico tem um carácter terminal. Pelo facto de também ter como objectivo
proporcionar os conhecimentos necessários para o prosseguimento de estudos, com a actual
organização curricular, a componente de formação geral e básica acaba reduzindo as
possibilidades de uma maior profissionalização dos alunos.

Até 2001, a rede de instituições públicas e privadas de Educação Técnica Profissional era
constituída por 65 escolas e institutos (39 tuteladas pelo Ministério de Educação, 22 por
outros ministérios e 10 pertencentes a grandes empresas públicas e privadas).
Apesar dos esforços desenvolvidos, o país não dispõe ainda de um subsistema de Ensino
Técnico Profissional que possa responder eficazmente aos complexos desafios da fase actual
de desenvolvimento socioeconómico

De acordo com a Estratégia do Ensino Técnico-Profissional (2002-2011), aprovada pelo


Conselho de Ministros da República de Moçambique em 20 de Dezembro de 2001, a presente
Estratégia de Desenvolvimento do Ensino Técnico-Profissional em Moçambique, sistematiza
as acções prioritárias, com vista a capacitar o sistema de formação para responder de maneira
adequada aos desafios que se lhe colocam a equipar os diferentes sectores económicos.

A formação de quadros e de profissionais qualificados a todos os níveis deverá ser resultado


de consensos entre o Governo e os parceiros sociais e duma planificação cuidadosa, a curto,
médio e longo prazo.

Nesta perspectiva, a formação técnico-profissional deverá contribuir para uma satisfação da


procura de habilidades e competências profissionais no mercado de trabalho e de emprego
que resulte no aumento dos níveis de produtividade e de rendimento das indústrias,
proporcionando aos jovens e adultos, para os quais muitas vezes não existem vagas no
mercado de trabalho formal, habilidades e capacidades para desenvolverem pequenas
iniciativas de empreendimentos económicos.
10
2.3. Conceito de currículo

Antes de conceptualizar o currículo, é importante frisar que o termo é usado com vários
sentidos e várias definições têm sido apresentadas, de acordo com diversos autores e mediante
a evolução do pensamento curricular. A definição dada pelo dicionário refere que, o currículo
é curso, pequena carreira, sucessão de factos que marcam cultura e profissionalmente a
carreira de uma pessoa. Neste conceito denota-se a visão gradativa do currículo, o que sugere
a sua contextualização. Entretanto, o currículo nos dias de hoje encarado como relação de
poder é desvinculado de algumas manifestações populares que a educação devia ensinar,
como forma de as perpetuar.
Currículo é “uma palavra proveniente do latim currere, que
indica o caminho, trajectória, percurso a ser usado nas relações
existentes entre escolas e sociedade “ (Barbosa & Favere, 2013,
p.4).

Na construção do currículo escolar devem ser considerados os aspectos como o que ensinar,
como ensinar, por que ensinar e quando avaliar (Barbosa & Favere, 2013).

Neste contexto olhando cada etapa de desenvolvimento da sociedade aliada as mudanças


económicas e políticas se constrói um currículo escolar que se adequa a estas mudanças (p.4).

De acordo com Goodson (1995), “ na etimologia básica do termo currículo, a palavra latina
Scurrere, correr e refere a curso (ou carro de corrida) ” (p.31). Denota-se nesta citação que o
termo currículo é definido como curso a ser seguido. Repare-se que tratar dessa maneira ao
currículo é excluir os problemas sociais e de poder.

Para Silva (2000), etimologicamente a palavra “currículo” vem do latim curriculum, “pista de
corrida”(p.14). E, no curso dessa corrida, que é o currículo, acabamos por nos tornar o que
somos. Nesta visão, o autor adianta, ainda, que nas discussões que se faz sobre o currículo,
deixa-se à tona o conhecimento.

Contudo, esquecemo-nos que o conhecimento, que constitui o currículo, está intrinsecamente


envolvido naquilo que somos, culturalmente. Alicerçando-se na etimologia, Pinar (2007)
explica que o método “currere – a forma infinitiva de curriculum – não promete reparações
rápidas. Pelo contrário, este método autobiográfico pede-nos que abrandemos, que nos
recordemos e até reencontremos no passado e que imaginemos o futuro de forma meditativa”.
(p.21)

11
A perspectiva actual, de acordo com Reis citado em Piletti (2010) defende que “currículo é
tudo que acontece na vida de uma criança, na vida de seus pais e professor. Tudo que cerca o
aluno, em todas as horas do dia, constitui matéria para o currículo” (p.50). Esta teoria, como
se pode depreender procura resguardar os valores de uma comunidade escolar. É o que devia
comportar todo o currículo escolar.

2.4. Reforma curricular

No dizer de Pacheco (2010), entende-se por reforma a “transformação política educativa de


um país a nível de estratégias, objectivos e prioridades” (p.150).

Estes desideratos, uma vez transformados podem ser traduzidos em conceitos como inovação,
renovação, mudança e melhoria que tem como denominador comum: a introdução de algo
novo.

No entender de Lammer (2006), “a reforma curricular refere-se ao melhoramento do


currículo, removendo as suas deficiências e fraquezas. Está associada com a inovação
planeada, a adopção, a mudança e a partida de práticas estabelecidas” (p.106). Para o caso
vertente da reforma que conduziu com introdução do Currículo Local, justifica-se pela
ausência de conteúdos locais, como resposta à descentralização no desenho curricular, por um
lado e, humanização do ensino, por outro.

Neste contexto, Em 1983 foi introduzido no Moçambique independente o Sistema Nacional


de Educação (SNE) com a Lei 4/83 de 23 de Março. Depois de introduzido o SNE em 1983, a
República de Moçambique foi experimentando vários cenários, de entre eles há que destacar:
declínio do crescimento económico devido a destruição de infra-estruturas educacionais e
sociais motivadas pela guerra de desestabilização (1977-1992); a entrada de Moçambique na
economia de mercado (1986) entre vários cenários. Estes e outros factores fizeram com que
houvesse a revogação da Lei 4/83, de modo a adequar o sistema educativo moçambicano à
nova realidade social, política e económica.

Estruturalmente e nos termos da Lei 6/92, o Sistema Nacional de Educação moçambicano


compreende: o ensino pré-escolar (destinado a crianças até 6 anos), ensino escolar (primário,
secundário e universitário) e ensino extra – escolar (que se realiza fora do sistema regular de
ensino).

12
Entretanto, foi aprovada recentemente a Lei do SNE, aprovada pela Lei n o 18/2018, de 28 de
Dezembro, preconiza que a educação básica obrigatória passa a ser de nove classes, contra as
sete do decreto anterior, aprovado em 1992. Dentre as novidades, destacam-se a divisão em
seis subsistemas de educação, nomeadamente։ Pré-escolar, Geral, Adultos, Profissional,
Formação de Professores e Ensino Superior.

Assim, com a adaptação do programa curricular orientado para as necessidades das escolas,
desde que tal medida não contrarie os princípios, objectivos e concepção do SNE. Deste modo
a Lei aprovada altera a actual realidade do ensino, que determinava que o ensino público era
gratuito e obrigatório da 1ª à 7ª classe, sendo extensivo à 9ª classe a partir do presente ano. O
ensino primário completo (1ª à 7ª Classe) é concluído na 6ª classe e só será ministrado por um
professor até ao fim do ensino primário, ou seja, o secundário tem início na 7ª e termina na
12ª classe.

Na óptica de Moreira (1999), a ideia de reforma associa-se a ideia de progresso ou mudança


que pressupõe a introdução de novos programas, tecnologias e processos que gerem maiores
eficiências, racionalidade e controle dos resultados.

2.5. Inovação curricular

De acordo com Hard (1996) citado em Hernández (2000) a inovação é “qualquer aspecto
novo para um indivíduo dentro de um sistema” (p.19). Neste contexto, o que é inovação para
um pode não ser para o outro dentro de um mesmo ambiente. Esse autor ainda refere que, “a
inovação não é a mesma coisa para quem a promove, para quem a facilita e para quem a põe
em prática ou para quem recebe seus efeitos. (…) uma inovação resulta da confluência de
uma pluralidade de olhares e opiniões que procedem dos que tem algum tipo de relação com
ela”. Com isso, não basta inovar só por inovar. Qualquer que seja a inovação deve-se traduzir.

Para Castanho (2002): A inovação é acção de mudar. Alterar as coisas, pela introdução de
algo novo. Não se deve confundi-la com invenção (criação de algo que não existia) ou com
descoberta (acto de encontrar o que existia e não era conhecido). A inovação consiste na
aplicação de conhecimentos já existentes. (…) Inovar consiste em introduzir novos modos de
actuar em face de práticas pedagógicas que aparecem como inadequadas ou ineficazes.

Segundo Saviani (1989) inovar é “ utilizar outras formas e é entendida como colocar a
experiência educacional a serviços de novas finalidades” (p.26). Neste contexto, deve-se
inovar a partir do questionamento das finalidades da experiência educacional.

13
Segundo Pereira (2011), a inovação curricular tem de ser entendida como sendo “introdução
de mudanças de forma planificada visando produzir uma melhoria da acção educacional”.

A inovação curricular pode envolver a uma parte do processo de ensino-aprendizagem.


Assim, por inovação curricular, pode ser percebida como sendo a criação de respostas novas
aos desafios oferecidos por um dado contexto educacional, a partir da análise e reflexão que
se faz da actual situação, verificando avaliativamente as efectivas contribuições que tais
inovações podem oferecer para enfrentar os desafios e produzir as melhorias esperadas.

Em termos estruturais, afirmamos que houve inovação se há algo novo num determinado
processo.
2.6. Teorias Curriculares

As teorias curriculares emergem na tentativa de inovar o currículo ao procurar incorporar as


mudanças impostas pela dinâmica social. Silva (2000) defende a existência de três grandes
categorias de teorias de acordo com os conceitos que elas enfatizam.
 Teorias tradicionais: defendem a eficiência, a organização do ensino, o planeamento
e o cumprimento dos objectivos.
 Teorias críticas: advogam as relações sociais de produção; a reprodução cultural e
social; a emancipação e libertação, o currículo oculto e resistência ao capitalismo.
 Teorias pós-críticas: defesa da identidade, da alteridade, a diferença cultural, do
género, da raça, etnia e do multiculturalismo.
2.8. Mudança curricular

A propósito desta matéria várias são as teses que foram desenvolvidas por diversos autores,
uns que denominam mudanças e outros por reforma ao fenómeno de alteração de uma
política. Privilegiando a conceitos constantes no dicionário, a “mudança” é o acto ou efeito de
mudar, deslocação, modificação, transformação, alteração, variação. Portanto, nota-se que
todos os termos nos conduzem a um movimento de introdução de algo novo. É assim que a
mudança desde os tempos teve o seu entendimento.
Goodson (2001) mantém a ideia de que um currículo construído social e historicamente,
sempre em mutação, não pode ser ensinado como se fosse algo fixo e incontestável. Nesta
acepção está mais claro que os conflitos instalados entre as teorias curriculares são uma forma
de mudança dialéctica de pensar sobre o currículo.

14
2.9.Estudos Realizados

2.9.1.Estudos Empíricos Localizados

Com alguns estudos similares do mesmo assunto, o mesmo recorre alguns artigos, obras e
informações disponíveis nas plataformas digitais, tais como as publicações de Sílvia Isabel
Pestana Neves (2012), que realizou um estudo similar que aborda o tema sobre “Currículo e
manuais escolares em contexto de flexibilidade curricular. Estudo de processos de
recontextualização) ”, que tem o objectivo geral de estudar a reforma curricular, inovações e
mudanças que acontecem para a melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem dos alunos.

O estudo conta também com os objectivos especificos de identificar os documentos


reguladores que perspectivam inovações para melhoria do ensino e aprendizagem, descrever
as percepções dos professores, técnicos e gestores de escola sobre o Currículo, avaliar se as
práticas pedagógicas desenvolvidas pelos professores, no âmbito do Currículo, contribuem
para mudanças pedagógicas na escola e propor práticas de inovação que ajudem para as
mudanças desejadas.

Outrossim, o estudo é baseado nos autores Luís Ausse (2014), que retracta da questão sobre
Inovação e mudanças nas práticas pedagógicas no Currículo Local do Ensino Básico em
Lichinga, Dissertação publicada pela Faculdade de Educação e Comunicação, No entanto, o
estudo é apoiado principalmente nos artigos referentes pela lei 18/2018 de 28 de Dezembro e
Lei 9/92, que versa sobre os aspectos ligados ao tema em estudo.

15
CAPÍTULO III: DESENHO METODOLÓGICO

2. Metodologia

Neste capítulo apresentamos de forma clara todos os passos a ser seguidos para a realização
do trabalho, onde optaremos pela abordagem qualitativa que culminara com a revisão
bibliográfica/documental bem como a realização do trabalho de campo, mediante os
instrumentos de recolha de dados como os casos de entrevista e observação.
2.1. Pesquisa quanto aos objectivos

Quanto aos objectivos a presente pesquisa é bibliográfica, uma vez que será baseado nas
diferentes matérias existentes que trata sobre a Mudança Curricular e de métodos
pedagógicos.

A pesquisa bibliográfica está inserida principalmente no meio académico e tem a finalidade


de aprimoramento e actualização do conhecimento, através de uma investigação científica de
obras já publicadas.

Como ensina Fonseca (2002) a pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de


referências teóricas já analisadas e publicadas por meios escritos e electrónicos, como livros,
artigos científicos, páginas de web sites (p. 32).

A pesquisa bibliográfica nos permitira saber o que já existe sobre a literatura de Mudança
Curricular e de métodos pedagógicos, onde ajudara a fazer análises com base nas consultas ao
acervo bibliográfico sobre o tema que pretendemos estudar que nos servira para construção da
fundamentação teórica.

Para Andrade (2010), a pesquisa bibliográfica é habilidade fundamental nos cursos de


graduação, uma vez que constitui o primeiro passo para todas as actividades académicas. Uma
pesquisa de laboratório ou de campo implica, necessariamente, a pesquisa bibliográfica
preliminar. Seminários, painéis, debates, resumos críticos, monográficas não dispensam a
pesquisa bibliográfica. Ela é obrigatória nas pesquisas exploratórias, na delimitação do tema
de um trabalho ou pesquisa, no desenvolvimento do assunto, nas citações, na apresentação das
conclusões. Portanto, se é verdade que nem todos os alunos realizarão pesquisas de
laboratório ou de campo, não é menos verdadeiro que todos, sem excepção, para elaborar os
diversos trabalhos solicitados, deverão empreender pesquisas bibliográficas (p. 25).

16
2.2. Formas de abordagem

Como método de abordagem, recorreu ao qualitativo. Segundo Minayo (2001) a pesquisa


qualitativa se preocupa com um nível de realidade que não pode ser quantificado. Ou seja, ela
trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o
que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenómenos que
não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis.

Para Creswell (2014), a pesquisa qualitativa é um conjunto de práticas que transformam o


mundo visível em dados representativos, incluindo notas, entrevistas, fotografias, registros e
lembretes. Os pesquisadores qualitativos buscam entender um fenómeno em seu contexto
natural.

De modo geral, a pesquisa qualitativa é uma abordagem que pressupõe que o significado dado
ao fenómeno é mais importante que sua quantificação.

Os resultados de pesquisas qualitativas se destinam a explicar somente o fenómeno ou o


contexto em que a pesquisa foi aplicada, não sendo capaz de generalizar os resultados para
uma população ou para outros contextos diferentes.
2.3. Tipo de pesquisa
O presente trabalho de pesquisa segue o enfoque qualitativo sendo tipo de estudo descritivo
exploratório, pois se enquadra nos propósitos de investigação de captar as particularidades da
área educacional. O tema sobre “Mudança Curricular e de métodos pedagógicos: vivencias
dos estudantes do Instituto Industrial – Lichinga (2021 à 2022) ”, é pouco estudado no
contexto dos Institutos técnicos profissionais moçambicanos, desse modo, a pesquisa
exploratória visa examinar um tema pouco estudado.
Vilelas (2009), postula que os estudos exploratórios pretendem dar-nos uma visão geral e
aproximada dos objectos de estudo. Paralelamente, os estudos descritivos pretendem analisar
como se manifesta um fenómeno e os seus componentes. Entretanto, os estudos exploratórios
têm como finalidade a formação de conceitos e ideias capazes de tornar os problemas mais
precisos e de formular hipóteses para estudos posteriores. No entanto, reconhece-se que
subsiste sempre a questão de saber se o quadro expresso pelos comentários dos professores
corresponde à realidade.

17
2.4. Pesquisa quanto aos métodos

Quanto ao método, a pesquisa em destaque é dedutivo pelo facto, de apresentar teorias e leis
sobre uma realidade da (Mudança Curricular e de métodos pedagógicos), e o pesquisador
como elemento chave apenas vai descrever e interpretar o fenómeno que irá se deparar no
campo de pesquisa" que o método dedutivo que trata de sair das questões gerais aos
particulares, pois a partir das teorias e leis já existentes sobre o tema, determinamos a situação
particular do mesmo.

Método proposto pelos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibniz, pressupõe que só a razão é
capaz de levar ao conhecimento verdadeiro. O raciocínio dedutivo tem o objectivo de explicar
o conteúdo das premissas. Por intermédio de uma cadeia de raciocínio em ordem descendente,
de análise do geral para o particular, chega a uma conclusão. Usa o silogismo, construção
lógica para, a partir de duas premissas, retirar uma terceira logicamente decorrente das duas
primeiras, denominada de conclusão.

O método comparativo será usado na busca de diferenças e semelhanças existentes entre os


sectores da administração pública no que tange ao ensino técnico profissional em
Moçambique e outros países.
2.4.1. Pesquisa quanto aos Procedimentos Metodológicos

Uma investigação pode ser definida como sendo o melhor processo de chegar a soluções
fiáveis para problemas, através de recolhas planeadas, sistemáticas e respectiva interpretação
de dados. É uma ferramenta da máxima importância para incrementar o conhecimento e, deste
modo, promover o progresso científico permitindo ao Homem um relacionamento mais eficaz
com o seu ambiente, atingindo os seus fins e resolvendo os seus conflitos.

Como referem Ludke e André (1986) e Santos (1999, 2002) investigar é um esforço de
elaborar conhecimento sobre aspectos da realidade na busca de soluções para os problemas
expostos. Consideramos que, tal como Bell (1997), “uma investigação é conduzida para
resolver problemas e para alargar conhecimentos sendo, portanto, um processo que tem por
objectivo enriquecer o conhecimento já existente”.

Os Procedimentos Metodológicos correspondem a todo conjunto de tomada de decisões e


acções quanto à escolha das técnicas de pesquisa e método para o desenvolvimento de um
trabalho científico. Por isso também chamado de Procedimento Metodológico.

18
O problema em estudo nesta pesquisa, surgiu mediante as mudanças curriculares no que toca
a qualidade de ensino.
2.4.2. Instrumentos e Procedimentos de colecta de dados da pesquisa

Para Marconi e Lakatos (2010), o processo de colecta de dados é a etapa da pesquisa, onde se
aplica os instrumentos e técnicas definidas pelo pesquisador a fim de colectar dados e
informações necessárias à realização da pesquisa, tomando um cuidado com a utilização dos
instrumentos definidos, evitando erros nesta etapa.

A apresentação dos instrumentos e procedimentos de colecta e interpretação de dados nas


pesquisas científicas variam consoante o tipo, a classificação e a natureza das mesmas.

A posição do autor do presente trabalho encontra suporte científico e teórico em que


considera que a leitura analítica é feita com base nos textos seleccionados embora seja
necessário a adição de novos textos e a supressão de outros tantos, a postura do pesquisador
nesta fase, deverá ser de analisa-los como se fossem definitivos. Ainda, na óptica do
Gil(2007),a finalidade da leitura analítica é a de ordenar e sumariar as informações contidas
nas fontes, de forma que estas possibilitem a obtenção de respostas ao problema da pesquisa.

Instrumento de recolha de dados: Observação, entrevista, questionários, análise de materiais


ou documental.
2.4.3. Estratégia de análise e interpretação de dados

O conteúdo foi analisado na base de várias obras referentes ao plano de aulas, análise de
conteúdo e categorização dos aspectos que constituem o problema (assentes nos objectivos
específicos) e faremos a confrontação das informações recolhidas.
2.4.4. Estratégia da Interpretação

Os dados recolhidos serão interpretados através de técnicas de categorização, isto é, arrumar


os conteúdos em categorias: Interpretar os fenómenos relativos a “Mudança Curricular e de
métodos pedagógicos.
2.5. População-alvo

A população-alvo é a colecção de elementos ou objectos que possuem a informação que o


pesquisador está buscando. Desta forma, faz-se necessário que seja definido a população-alvo
com precisão para que os dados gerados se dirijam para o problema de pesquisa. A definição
da população-alvo envolve traduzir o problema da pesquisa em uma declaração exacta de
quem deve e de quem não deve ser incluído na amostra (Malhotra et al, 2005).

19
Para o presente estudo, foi definida como população-alvo, o conjunto formado pelos
professores, técnicos, alunos e membros da Direcção do Instituto Lichinga.

Neste contexto, o universo em causa foi constituído por 50 indivíduos.


2.6. Participantes

Segundo Marcon & Lakatos (2001) diz que "amostra é uma parcela conveniente selecionada
do universo ou população; é um subconjunto do universo, isto é, a amostra é o subconjunto
do universo da população por meio do qual se estabelecem ou se estimam as características
desse universo ou população. A presente pesquisa quanto ao tipo de amostragem, será usada a
amostragem por acessibilidade ou por conveniência.(p.49)

Entretanto, o estudo envolveu uma amostra de 17 indivíduos, sendo: 11 professores, e 6


técnicos da do Instituto. Em termos de trabalhos com esses indivíduos foi por via de uma
amostragem não probabilística porque, segundo Sampieri et all (2006, pp.271-271) as
amostras não probabilísticas “são de grande valor, pois conseguem ao proceder
cuidadosamente e com uma profunda imersão inicial no campo, obter os casos (pessoas,
contextos, situações) que interessam ao pesquisador e que oferecem uma grande riqueza para
colecta a análise de dados”

De acordo com Gil (2007) afirma que "o pesquisador selecciona os elementos a que tem
acesso, admitindo que estes possam de alguma forma, representar o universo ou seja, este tipo
de amostragem não precisa de um rigor estatístico e é utilizado em estudos qualitativos. (p.
104)
2.7. Técnica de recolha de dados

De acordo Bell (2004) discutindo sobre as técnicas de colecta de dados, afirma que os
ʺmetodos multiplos são adequados quando pretendemos avaliar de forma mais complexa a um
aspecto mais controverso".(p.125)

Para Vilelas (2009) "a triangulação consiste na utilização de vários métodos para a recolha de
dados de modo que haja convergência quanto a representação exaustiva da realidadeʺ.

Assim sendo, combinação dos métodos permite superar as eventuais limitações que ocorrem
na utilização de apenas um único método de investigação. Portanto, serão usados os seguintes
métodos ou técnicas de colecta de dados: Entrevista, observação e análise documental
(Vilelas, 2009, p. 23).

20
Assim Tratando-se de um estudo qualitativo, os instrumentos de recolha de dados serão
concebidos de tal forma que coincidissem com questões ligadas a Mudança Curricular e de
métodos pedagógicos, percepções e atitudes acerca do mesmo. Assim, o guião de entrevistas,
a grelha de observação e a ficha de leitura pretenderá visualizar:

(i). Opiniões: percepções dos funcionários sobre a Mudança Curricular e de métodos


pedagógicos;

(ii). Factos: o ambiente da Mudança Curricular e de métodos pedagógicos, o comportamento


dos funcionários em relação o Processo de reforma curricular;

(iii). Atitudes: acções desenvolvidas pelos funcionários no âmbito da Mudança Curricular e


de métodos pedagógicos.
2.8. Observação

Na pesquisa usou-se a observação, que é uma técnica para colecta de dados, através na qual o
pesquisador utilizou os seus sentidos para colecta de dados acerca da problemática da
Mudança Curricular e de métodos pedagógicos.

Ela nada mais é do que uma fonte subsidiária de dados, os quais permitirão ao observador
chegar a um resultado preciso dos factos analisados. Sobre ela discorreremos um pouco mais,
com vista a demarcar os traços que lhe são peculiares.
2.9. Entrevista

A Entrevista foi dada aos Professores, e os superiores hierárquicos do Instituto, tendo em


vista a recolher as percepções sobre a Mudança Curricular e de métodos pedagógicos; as
práticas pedagógicas desenvolvidas por estes três actores e perspectivar acções factíveis para
a consecução das inovações resultantes do Currículo.

Conforme Marconi & Lakatos (2002) referem que "a entrevista é um encontro entre duas
pessoas a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto,
mediante a uma conversação profissional".

Para Silltiz et al (1967, p.32) explica que:


Enquanto técnica de colecta de dados, a entrevista é bastante adequada para a obtenção
de informações acerca do que as pessoas sabem, crêem, esperam, sentem ou desejam,
pretendem fazer, fazem ou fizeram bem como acerca das suas explicações ou razões a
respeito das coisas precedentes.

21
Importa-nos também referir que, quanto ao tipo da entrevista a ser utilizada será de
levantamento não estruturada é um tipo de entrevista que é utilizada para obter
informações a partir dos Funcionários do Instituto em causa.
2.9.1. Éticas de Pesquisa

Sobre a ética de investigação, Vilelas (2009) defende que o “investigador tem de proteger o
investigado contra inconvenientes susceptíveis de lhe fazer mal ou prejudicar”. Adianta ainda
que “investigar é necessário, mas é preciso ter cuidado para não interferir no direito e na
dignidade das pessoas”(p.372).

Para isso, na realização desta pesquisa foram assegurados todos os direito: tratamento justo e
equitativo ao investigado antes, durante e após a sua participação; privacidade;
confidencialidade e integridade, embora algo não fácil, uma vez que o estudo obedece uma
periodicidade, marco que pode tornar susceptível a nomeação dos investigados. Ainda,
observou-se a honestidade, legalidade e o compromisso de citar devidamente as fontes e com
o compromisso de partilhar o produto da pesquisa a escola envolvida.

O pesquisador teve na posse a sua credencial, para ir se apresentar no local onde vai
desenvolver o seu estudo, isto é, irá marcar audiência aos Superiores hierárquicos da
instituição.

Aos participantes, o pesquisador foi tecer esclarecimentos de que todos que foram apoiar será
apenas para a concretização do estudo e a informação servirá somente para a pesquisa e que
todos os seus direitos serão reservados. Portanto, os entrevistados merecerão a dignidade
total, acima de tudo houve confidencialidade sobre os dados por eles fornecidos.

2.9.2. Limitações da Pesquisa

As limitações de pesquisa são as barreiras que vão enfrentar o pesquisador no campo no


momento de recolha de informações a concretização do seu trabalho de forma sustentável.
São as limitações dum estudo, as dificuldades encaradas no decurso da pesquisa, por exemplo,
assuntos culturais, económicas, políticas, que por ventura possam inviabilizar a
materialização do estudo pretendido (Sampieri, 2006).

Deste modo, para a realização deste estudo, houve algumas limitações tais como: a falta de
material, manuais, artigos para a obtenção de informações, as dificuldades para a aceder aos
dados da Instituição devido aos constrangimentos sigilosos ou seja, não fornecimento de
informações achadas confidenciais para as pessoas entrevistadas e as limitações financeiras
22
elevadas as despesas de internet, transporte, impressão, telefone celular, computador entre
outros para a realização do trabalho.
2.1.1. Localização da área de estudo

O estudo centrou-se no Instituto Industrial e Comercial Ngungunhane, localiza-se na avenida


matama, a 3300 Lichinga, no bairro (Sanjala); Actualmente, a cidade de Lichinga tem uma
configuração de uma espécie de um enclave, pois é ladeado pelo distrito de Chimbunila.
Limita-se a Norte pela Localidade de Lussanhando, a Este pelos Postos Administrativos de
Lione e Meponda, a Sul e Este pelo Posto Administrativo de Chimbunila.

23
CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS

Neste capítulo, são apresentados os dados que foram colhidos no campo e procura-se
identificar e descrever, resumidamente as semelhanças e as similaridades entre as variações
com objectivo de tirar conclusões das informações credíveis e pertinentes. No entanto,

Deste modo, a apresentação dos resultados obtidos no campo de pesquisa aos diferentes
informantes, desenvolveu-se com base nas respostas colhidas atreveis da entrevista que por
sua vez engloba todos resultados finais da pesquisa, observações e explanações necessárias.
Com base ao método qualitativo usado desta pesquisa, nesta secção apresenta-se os dados
recolhidos no local de pesquisa.

4.1 Dados obtidos por meio da Entrevista prestada aos Funcionarios

Tabela 1: Percepção sobre às mudanças na Planificação


Pergunta Resposta Participantes Percentagem
Como tem sido o Um entrevistado referiu que o professor
processo de planifica o conteúdo centralmente
mudanças na consagrado e interliga com o conteúdo 02 100%

Planificação? proposto. Isto é identifica-se um


assunto.
Total 02 100%
Fonte: Autor,2023.

Em relação a questão: Como tem sido o processo de mudanças na Planificação? Um


entrevistado referiu que o professor planifica o conteúdo centralmente consagrado e interliga
com o conteúdo proposto. Isto é identifica-se um assunto.

Jacobs citado em Lemmer (2006, p.91) considera que o ensejo de uma reforma curricular é
“defender os sistemas escolares em que o conhecimento desejável seja determinado pelos
estudantes e/ou professores que apoiam o estabelecimento de uma nova ordem social”. No
entanto, o estudo verificou que os professores não apoiam aos alunos e pais encarregados de
educação na identificação de conteúdos locais e muito menos os incluem na planificação. Esta
prática nunca ajudará para que se concretize as mudanças desejadas e criar situações
pedagógicas que possam emergir inovações, pois, inovar é uma acção que visa mudar.

24
Inovar consiste em introduzir novos modos de actuar em face de práticas pedagógicas que
aparecem como inadequadas ou ineficazes.

Neste âmbito, a mudança nunca se pode operar sem que haja o desenvolvimento humano.
Cimalawoonga (2011) considera que a mudança educativa é (algo) socialmente complexa e
tecnicamente simples. E, quanto mais é exagerada a simplicidade do aspecto técnico, maior é
o problema que nele advém, o que gera resistências e dificuldades de planificação. Em suma,
a prática demonstrou que os professores têm problemas ligados à planificação, no seu todo, ou
seja nas suas componentes dosificação e plano de aulas e a gestão da avaliação. Constata-se
que estes profissionais continuam agarrados aos modelos tradicionais.

Tabela 2: Percepção dos funcionários sobre o aproveitamento escolar


Pergunta Resposta Participantes Percentagem
Qual é o Um entrevistado fez menção
aproveitamento que há melhor desempenho
escolar dos alunos escolar pois apresentam melhor 02 100%

face as mudanças as aproveitamento. Ao passo que


inovações um entrevistado fez menção que
curriculares? não há melhor desempenho
escolar na medida em que
verificasse fraco aproveitamento
dos mesmos.
Total 02 100%
Fonte: Autor,2023

Em relação a segunda questão que diz: Qual é o aproveitamento escolar dos alunos face as
mudanças as inovações curriculares?
Um entrevistado fez menção que há melhor desempenho escolar pois apresentam melhor
aproveitamento. Ao passo que um entrevistado fez menção que não há melhor desempenho
escolar na medida em que verificasse fraco aproveitamento dos mesmos.

Para Castanho (2002): A inovação é acção de mudar. Alterar as coisas, pela introdução de
algo novo. Não se deve confundi-la com invenção (criação de algo que não existia) ou com
descoberta (acto de encontrar o que existia e não era conhecido). A inovação consiste na

25
aplicação de conhecimentos já existentes. (…) Inovar consiste em introduzir novos modos de
actuar em face de práticas pedagógicas que aparecem como inadequadas ou ineficazes (p. 76).
Tabela 3: Até que ponto a mudança curricular e de métodos pedagógicos influencia na
qualidade de ensino e aprendizagem no Instituto Industrial?
Pergunta Resposta Participantes Percentagem
Até que ponto a mudança Um entrevistado disse que a
curricular e de métodos mudança curricular e de métodos
pedagógicos influencia influenciam negativamente na 02 100%

na qualidade de ensino e qualidade de ensino, visto que


aprendizagem no distorce os conteúdos assimilados
Instituto Industrial? e trás ,ao passo que um
entrevistado fez me que a
mudança curricular influencia
positivamente na medida em que
verificam-se resultados positivos
por parte dos alunos ou
estudantes a assimilação rápida
dos conteúdos.
Total 02 100%
Fonte: Autor,2023.

Um entrevistado disse que a mudança curricular e de métodos influenciam negativamente na


qualidade de ensino, visto que distorce os conteúdos assimilados e trás, ao passo que um
entrevistado fez me que a mudança curricular influencia positivamente na medida em que
verificam-se resultados positivos por parte dos alunos ou estudantes a assimilação rápida dos
conteúdos.

Sobre as mudanças curriculares, Alencar (1996) considera que é introdução intencional de


ideias, processos, produtos ou procedimentos novos para a unidade, relevante da adopção, que
visa gerar benefícios para o indivíduo, grupo, organização ou sociedade maior. Uma ideia
consubstanciada por Castanho (2002) ao afirmar que a inovação é acção de mudar. Alterar as
coisas pela introdução de algo novo. Inovar consiste na aceitação de novas práticas como
forma de imprimir mudanças nas práticas pedagógicas. Os resultados mostram que a mudança
curricular e de métodos frequentemente influenciam negativamente na qualidade de ensino.

26
Tabela 4: O que se pretende que mude nas práticas pedagógicas com a introdução do
Currículo no Instituto?
Pergunta Resposta Participante Percentagem
s
O que se pretende Dois entrevistados consideram que
que mude nas deve planificar uma aula, de modo
práticas a pensar nos alunos e tentar 03 100%

pedagógicas com a imaginar o que lhes chamaria


introdução do atenção como forma. Ao passo que
Currículo no um funcionário disse que deve se
Instituto? melhorar nas praticas pedagógicas
existentes tais como
empoderamento do
aluno,socialização,conscientização,
interdisciplinaridade,prendizagem
compartilhada e atividades em
grupo.

Total 03 100%
Fonte: Autor,2023.

Dois entrevistados consideram que deve planificar uma aula, de modo a pensar nos alunos e
tentar imaginar o que lhes chamaria atenção como forma. Ao passo que um funcionário disse
que deve se melhorar nas praticas pedagógicas existentes tais como empoderamento do
aluno,socialização,conscientização, interdisciplinaridade,prendizagem compartilhada e
atividades em grupo.
Inovar é, segundo Saviani (1989, p.26), “utilizar outras formas” e é “colocar a experiência
educacional a serviço de novas finalidades”. É introduzir mudanças de forma planeada
visando produzir uma melhor acção da condição educacional que se considere menos
favorável para uma mais desejável, através da/o:
1. Criação de métodos ou técnicas que favoreçam a incorporação de conteúdos e integração
social dos alunos, bem assim os que estimulem a participação destes em outros níveis, não
sendo apenas o intelectual.

27
2. Emprego das modernas tecnologias educacionais para tornar mais significativas as
situações da aprendizagem.
3. Criação de respostas novas aos desafios oferecidos por um dado contexto educacional, a
partir da análise e reflexão que se faz da actual situação, verificando (valorativamente) as
efectivas contribuições que tais inovações podem oferecer para enfrentar os desafios e
produzir as melhorias esperadas.

Nesta perspectiva, as práticas pedagógicas são instrumentos que podem ajudar as escolas a
concretizarem seus objectivos de aprendizagem. Por exemplo, por meio delas, é possível
manter alunos nativos digitais engajados com a escola ou para estabelecer uma dinâmica de
sala de aula mais participativa e inclusiva.

Tabela 5: Qual é o contributo do Currículo?


Pergunta Resposta Participantes Percentagem
Perante esta questão, Um
Qual é o contributo do entrevistado entendem que o
Currículo? Currículo contribui para: O 01 100%

profundo conhecimento da
realidade, Inovações nas
práticas pedagógicas;
Melhoria do PEA, o
desenvolvimento de
aptidões dos alunos e o
desenvolvimento do espírito
empreendedor dos alunos.
Total 01 100%
Fonte: Autor,2023.

Perante esta questão, Um entrevistado entendem que o Currículo contribui para: O profundo
conhecimento da realidade, Inovações nas práticas pedagógicas; Melhoria do PEA, o
desenvolvimento de aptidões dos alunos e o desenvolvimento do espírito empreendedor dos
alunos.

28
Para Rego citado em Piletti (2010, p.50) “o currículo significa muito mais do que o conteúdo
a ser aprendido – significa toda a vida escolar da criança. Um programa de ensino só se
transforma em currículo após as experiências que a criança vive em torno do mesmo”. Assim,
este currículo pode contribuir para uma formação integral do indivíduo. Nos dias que correm
as novas teorias curriculares apontam as características segundo as quais, o currículo é uma
das formas de aproximar o percurso escolar ao percurso da vida de um indivíduo.

Tabela 6: Que inovações são desenvolvidas pelos professores no que tange aos métodos
pedagógicas?
Pergunta Resposta Participantes Percentagem
Que inovações são Quanto aos métodos pedagógicos
desenvolvidas pelos dois entrevistados disseram que
professores no que tange desenvolvem inovações criadas por 03 100%

aos métodos um professor, grupo de professores,


pedagógicas? grupo de disciplinas, por uma equipe
pedagógica, por uma instituição; por
alunos e professores e se dão
estimuladas por diferentes factores,
como sejam: diferenciação na
postura filosófica, sociológica,
cultural, económica e política da
educação; autonomia docente,
mudanças nas técnicas e nas
possibilidades tecnológicas, ao passo
que um entrevistado disse que
desenvolvem praticas pedagógicas
com o objectivo de aprimorar o
aprendizado dos alunos por meio de
instrumentos e técnicas que façam
com que ambos se interessem pela
matéria e fixem o conteúdo.
Total 03 100%
Fonte: Autor,2023.

29
Quanto aos métodos pedagógicos dois entrevistados disseram que desenvolvem inovações
criadas por um professor, grupo de professores, grupo de disciplinas, por uma equipe
pedagógica, por uma instituição; por alunos e professores e se dão estimuladas por diferentes
factores, como sejam: diferenciação na postura filosófica, sociológica, cultural, económica e
política da educação; autonomia docente, mudanças nas técnicas e nas possibilidades
tecnológicas, ao passo que um entrevistado disse que desenvolvem praticas pedagógicas com
o objectivo de aprimorar o aprendizado dos alunos por meio de instrumentos e técnicas que
façam com que ambos se interessem pela matéria e fixem o conteúdo.

De acordo com Hard (1996) citado em Hernández (2000, p.19) a inovação é “…qualquer
aspecto novo para um indivíduo dentro de um sistema”. Neste contexto, o que é inovação para
um pode não ser para o outro dentro de um mesmo ambiente. 16 Esse autor ainda refere que, “
a inovação não é a mesma coisa para quem a promove, para quem a facilita e para quem a põe
em prática ou para quem recebe seus efeitos. (…) uma inovação resulta da confluência de
uma pluralidade de olhares e opiniões que procedem dos que tem algum tipo de relação com
ela”. Com isso, não basta inovar só por inovar. Qualquer que seja a inovação deve-se traduzir,
segundo Alencar (1996), na introdução intencional de ideias, processos, produtos ou
procedimentos novos para a unidade, relevante da adopção, que visa gerar benefícios para o
indivíduo, grupo, organização ou sociedade maior. Para Castanho (2002): A inovação é acção
de mudar. Alterar as coisas, pela introdução de algo novo. Não se deve confundi-la com
invenção (criação de algo que não existia) ou com descoberta (acto de encontrar o que existia
e não era conhecido). A inovação consiste na aplicação de conhecimentos já existentes. (…)
Inovar consiste em introduzir novos modos de actuar em face de práticas pedagógicas que
aparecem como inadequadas ou ineficazes (p. 76). O fenómeno de inovar acontece de forma
uniforme, num determinado espaço temporal. Pode ocorrer de forma individual ou colectiva;
contudo deve acontecer de formas que se possa controlar se os objectivos estão sendo
cumpridos. Segundo Saviani (1989, p.26) inovar é “ utilizar outras formas e é entendida como
colocar a experiência educacional a serviços de novas finalidades”. Neste contexto, deve-se
inovar a partir do questionamento das finalidades da experiência educacional. Ferretti (1989)
diz que inovar do ponto de vista da organização curricular, significa propor medidas que
promovam a integração de conteúdos, como a proposição de conteúdos que derivam de outros
referenciais para além do relacionado ao campo específico do conhecimento da área
disciplinar, como os conteúdos derivados de questões sociais, de meio ambiente, de questões
culturais. Portanto, este autor ao defender a incorporação de conteúdos que derivam de outros
30
referenciais assume que o Currículo Local da maneira que vem sendo projectado, significa
uma inovação.

Tabela 7: Quais são as mudanças e os desafios que acontecem com a introdução do


Currículo no Instituto Industrial?

Pergunta Resposta Participantes Percentagem

Quais são as mudanças e Três entrevistados disseram que as


os desafios que mudanças e os desafios que a
acontecem com a globalização e as mudanças
04 100%
introdução do Currículo contínuas que caracterizam o mundo
no Instituto Industrial? actual colocam Instituto vários
desafios no que concerne a
implementação de currículos
flexíveis que garantam maior acesso,
maior igualdade de oportunidades e
melhor qualidade de ensino. Neste
contexto, o novo currículo
implementado pretende
proporcionar, aos futuros professores
e técnicos de outras áreas, saberes
teóricos e práticos que sejam
adequados ao mercado de trabalho e
ao desenvolvimento económico do
país e do mundo. Ao passo que um
referenciou que a assimilação dos
conteúdos introduzidos e os seus
métodos, tem contribuído
negativamente no processo de
ensino.

Total 04 100%

Fonte: Autor,2023.

31
Três entrevistados disseram que as mudanças e os desafios que a globalização e as mudanças
contínuas que caracterizam o mundo actual colocam Instituto vários desafios no que concerne
a implementação de currículos flexíveis que garantam maior acesso, maior igualdade de
oportunidades e melhor qualidade de ensino. Neste contexto, o novo currículo implementado
pretende proporcionar, aos futuros professores e técnicos de outras áreas, saberes teóricos e
práticos que sejam adequados ao mercado de trabalho e ao desenvolvimento económico do
país e do mundo. Ao passo que um referenciou que a assimilação dos conteúdos introduzidos
e os seus métodos, tem contribuído negativamente no processo de ensino.

4.1. Verificação dos resultados dos objectivos


De referenciar primeiro que os objectivos traçados anteriormente no trabalho foram
alcançados a 100% na medida em que a maior parte dos inqueridos acabaram por descrever
os aspectos ligados a Mudança Curricular e de métodos pedagógicos a partir de como a
mudança curricular e de métodos pedagógicos influencia na qualidade de ensino e
aprendizagem, os métodos pedagógicos, o Currículo e a inovação na implementação dos
conteúdos do currículo local.

4.2. Interpretação e discussão de dados

No geral, os dados recolhidos no campo de estudo, nas três vertentes metodológicas


(observação, entrevista e análise documental), permitiram fazer a seguinte análise Sobre a
Mudança Curricular e de métodos pedagógicos: vivencias dos estudantes do Instituto
Industrial. As mudanças educacionais envolvem, no essencial, quatro eixos fundamentais: 1.
Uma afirmação de novos objectivos curriculares que valorizam não só conhecimentos, mas
também capacidades, atitudes e valores e, mais recentemente, competências. Antes,
constituíam objectivos da educação formar especialistas/máquinas para as fábricas; os
conteúdos que constituíam o conhecimento eram os factos sociais que eram ensinados de
modo a serem perpetuados; a função do currículo era de reflectir uma realidade fixa e pensar
sobre a realidade social.
Hoje, os objectivos da educação são a formação de indivíduos interventivos proactivos, a
partir de conteúdos que advêm das colocações do povo, de sua existência, desafiando a busca
de respostas, tanto em nível de reflexão como de acção.

32
2. Uma nova organização curricular, em que se destaca a emergência de dimensões
curriculares transversais como a formação social e pessoal, a educação para a cidadania ou as
novas tecnologias de informação e comunicação.
Antes, o currículo era uma questão meramente técnica; a educação devia funcionar de acordo
com princípios das administrações propostas por Taylor. Enfatizava-se o ensino,
aprendizagem, avaliação, metodologia, didáctica, organização, planeamento, eficiência,
objectivos. Isto culminava em abstracção e a suposta inutilidade das habilidades e
conhecimentos cultivados, desconhecimento e inconsciência.
Hoje, através de conteúdos que advêm dos problemas candentes da própria sociedade.
Enfatiza se a Identidade, alteridade, diferença, subjectividade, significação e discurso, saber e
poder, representação, cultura, género, raça, ética, sexualidade, multiculturalismo.
3. Uma nova relação escola-sociedade, onde se evidência uma acrescida atenção à diversidade
cultural.
Antes, o ensino era centrado no professor que apresentava os conteúdos, as vezes,
desvinculados da realidade, não havendo nenhuma articulação com o contexto social ou com
o momento histórico que estava sendo vivenciado. O professor era o detentor do
conhecimento e o aluno era um ser vazio, acrítico, memorizador.
Hoje, o ensino é centrado no estudante. O aluno é um ser crítico, interventivo, produtor do
seu próprio conhecimento. O professor é facilitador da aprendizagem.
4. Uma nova organização pedagógica, potenciadora da autonomia, onde se destaca a
afirmação da cultura de projecto.
Antes, o ensino era caracterizado por uma comunicação verticalizada; tendente a uma
desumanização e domestificação dos indivíduos; divisão social e técnica do trabalho;
delimitação das fronteiras entre acções intelectuais e instrumentais; incidência da
racionalidade formal e técnica; e com conteúdos organizados de forma sequencial.
Hoje, caracteriza-se por uma comunicação dialógica e reflexiva; tendente a uma humanização
e “desdomestificação” dos indivíduos; há uma inclusão social e técnica do trabalho;
incidência na problematização e na superação da contradição educador-educandos
4.4. Discussão dos resultados
Percebeu-se, através das pesquisa feita que Sobre as mudanças e inovações curriculares,
Alencar (1996) consideram que é introdução intencional de ideias, processos, produtos ou
procedimentos novos para a unidade, relevante da adopção, que visa gerar benefícios para o
indivíduo, grupo, organização ou sociedade maior. Uma ideia consubstanciada por Castanho

33
(2002) ao afirmar que a inovação é acção de mudar. Alterar as coisas pela introdução de algo
novo. Inovar consiste na aceitação de novas práticas como forma de imprimir mudanças nas
práticas pedagógicas. Os resultados mostram que os professores percebem o conceito sobre o
currículo local, mas na prática não trouxeram algo novo, uma vez que não fazem a inserção de
conteúdos e muito menos se preocupam em pesquisar com vista à colheita de informações. Os
professores ficam ancorados aos programas de ensino, por consequente não inovam. Como
diz Ferretti (1989), inovar significa propor estratégias que fomentem a integração de saberes
locais, como a asserção de conteúdos que derivam de outros referenciais para além do
relacionado ao campo específico do conhecimento da área disciplinar, como os conteúdos
derivados de questões sociais, de meio ambiente, de questões culturais. Portanto, o professor
inovador é aquele que nas suas práticas, fora de planificar na óptica do currículo, ensina aos
alunos como atravessar as estradas, como criar projectos que dão rendimento a escola, como é
o caso de pintura, cestaria, reciclagem e limpeza, etc., procurando afastar-se da forma
inovadora, criativa e “mágica”, mas orientada por aquilo defendem os documentos
reguladores. E como isso não acontece, logo as mudanças estão longe de se operar. Jacobs
citado em Lemmer (2006, p.91) considera que o ensejo de uma reforma curricular é “defender
os sistemas escolares em que o conhecimento desejável seja determinado pelos estudantes
e/ou professores que apoiam o estabelecimento de uma nova ordem social”. No entanto, o
estudo verificou que os professores não apoiam aos alunos e pais encarregados de educação
na identificação de conteúdos locais e muito menos os incluem na planificação. Esta prática
nunca ajudará para que se concretize as mudanças desejadas e criar situações pedagógicas que
possam emergir inovações, pois, inovar é uma acção que visa mudar. Inovar consiste em 44
introduzir novos modos de actuar em face de práticas pedagógicas que aparecem como
inadequadas ou ineficazes. A fraca percepção sobre o currículo está associada à falta de
formação dos professores”.

34
CAPITULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Chegando nos trâmites finais do trabalho, concluiu-se que, a mudança frequente do currículo
contribui negativamente para os alunos, visto que estes ficam saturados de diversas
informações difusas no processo de ensino e aprendizagem. Entretanto, a inovação só é
possível quando as políticas educacionais permitem e estimulem a flexibilidade curricular
para que a possibilidade de criação possa acontecer, ser sistematizada, avaliada e difundida.
Isto implica: abertura para aprender; para alterar conceitos e ideias, para assumir novos
comportamentos e atitudes; para repensar a cultura pessoal e organizacional; para mudar
crenças, adquiri novos conhecimentos e aderir a novas formas de pensar e agir. As inovações
podem ser criadas por um professor, grupo de professores, grupo de disciplinas, por uma
equipe pedagógica, por uma instituição; por alunos e professores e se dão estimuladas por
diferentes factores, como sejam: diferenciação na postura filosófica, sociológica, cultural,
económica e política da educação; autonomia docente, mudanças nas técnicas e nas
possibilidades tecnológicas. Da análise das teorias gerais percebeu-se que muitas delas se
convergem quanto ao conceito do currículo, das mudanças, das inovações, da reforma, da
supervisão e da avaliação, da tarefa do professor, do papel dos supervisores e outras
divergem-se quanto ao papel da avaliação e as perspectivas da supervisão ao defenderem
apenas o controlo do rendimento e da supervisão verticalista. No que diz respeito aos
documentos reguladores, que também trazem algumas teorias, todos eles convergem do ponto
de vista do conhecimento e práticas do Currículo
5.2. Sugestões

Segundo as conclusões desta pesquisa, recomendamos o seguinte:

 O Instituto deve criar instrumentos que possam garantir a formação e capitação


professor, isto poderá trazer uma melhor capacidade de abordagem dos conteúdos de
ensinos, e consequentemente o bom desempenho destes.
 A escola deve criar condições favoráveis para a prática da actividade docente.
 Sugere-se o Instituto que motive o professor de modo que esteja comprometido com o
currículo.
 O Instituto deve monitorar a aplicação dos planos curriculares, programas de ensino e
normas de avaliação;

35
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 Sampieri, R. H., Collado, C.H., Lucio, P. B. (2006). Metodologia de Pesquisa. 3ª ed.


São Paulo.

 Santos, R. & Machado, C. (2005). O Currículo: conceitualização e reconceitualização.


São Paulo: Ática.
 Saviani, D. A. (1989). A Filosofia da Educação e o problema da Inovação em
Educação. São Paulo: Cortez

40
 Schimied-Kowarzik(1983), W. Pedagogia Dialética. São Paulo: Brasiliense,.

 Serrasina, L. et all (2011). Formação continua: Relatos e reflexões. Lisboa: Escola


Superior de Educação.
 Silltiz et.,al (1967). Métodos de Pesquisa Nas Relações Sociais. São Paulo, Brasil:
Editora
 Silva, E. B. (2003). A educação Básica pós LDB. São Paulo: Pioneira.

 Silva, T. T. (2000). Teorias do currículo: Uma introdução crítica. Porto: Porto Editora.
Soares, M. (2010).

 Vilelas, J. (2009). Investigação: o processo de construção de conhecimento. Lisboa:


Sílabo.Vozes.

41
APÊNDICE

Guião de entrevista dirigida aos Funcionários do Instituto Industrial


Chamo-me Carlos João, estudante finalista do Curso de Mestrado em Gestão e
Administração Educacional, na Universidade Católica de Moçambique (Faculdade de
Educação e Comunicação), estando a recolher dados para a elaboração da Dissertação curso
subordinado ao tema: Mudança Curricular e de métodos pedagógicos: vivencias dos
estudantes do Instituto Industrial – Lichinga (2021 à 2022), gostaria de contar com a
vossa colaboração, respondendo livremente as perguntas abaixo colocadas.

Bom dia/ Boa tarde. Espero que responda com clareza e precisão as questões que lhe serão
colocadas.

1. Como tem sido o processo de mudanças na Planificação?

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2. Qual é o contributo do Currículo?

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3. Até que ponto a mudança curricular e de métodos pedagógicos influencia na qualidade


de ensino e aprendizagem no Instituto Industrial?

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4. O que se pretende que mude nas práticas pedagógicas com a introdução do Currículo
no Instituto?

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5. Que acções formativas são desenvolvidas para que os professores ajudem na


concretização das mudanças ao nível do Instituto?

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6. Que inovações são desenvolvidas pelos professores no que tange aos métodos
pedagógicas?
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7. Quais são as mudanças e os desafios que acontecem com a introdução do Currículo no
Instituto Industrial?
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ANEXOS

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