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Instituto de Educação
2023
II
III
UNIVERSIDADE DE LISBOA
Instituto de Educação
Tese especialmente elaborada para a obtenção do grau de Doutor em Educação, na especialidade Tecnologias da
Informação e Comunicação na Educação
Presidente:
− Doutora Mariana Teresa Gaio Alves, Professora Associada com Agregação e membro do Conselho Científico do
Instituto de Educação da Universidade de Lisboa
Juri:
− Doctor Julio Cabero Almenara, Catedrático da Universidad
Faculdad de Ciencias de Ia Educación da Universidad de Sevilla;
− Doutor José António Moreira, Professor Associado com Agregação
Departamento de Educação e Ensino a Distância da Universidade Aberta;
− Doutor João Filipe Lacerda de Matos, Professor Catedrático Jubilado
Instituto de Educação da Universidade de Lisboa;
− Doutora Neuza Sofia Guerreiro Pedro, Professora Auxiliar com Agregação
Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, orientadora;
− Doutor Fernando António Albuquerque Costa, Professor Auxiliar
Instituto de Educação da Universidade de Lisboa;
Esta investigação foi financiada por fundos nacionais com apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia
(FCT), IP e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (FCT/MCTES) no âmbito do Programa de
Doutoramento “Aprendizagem Enriquecida com Tecnologias e Desafios Societais” (Technology Enhanced Learning
and Societal Challenges – TELSC), referência FCT PD/00173/2013 e Bolsa de Investigação PD/BD/150422/2019.
2023
V
Agradecimento
Índice Geral
Índice de Tabelas...................................................................................................................... XV
Resumo .....................................................................................................................................XIX
Abstract ....................................................................................................................................XXI
1. Introdução........................................................................................................................... 23
1.1 A Investigação.............................................................................................................. 23
1.1.1 Tema, Problema, Objetivos e Questões de Investigação ......................................... 23
1.1.2 Etapas da Investigação ............................................................................................. 25
1.1.3 Ética e Privacidade ................................................................................................... 26
3.2 Primeira Fase: Avaliar o Nível de Proficiência dos Docentes do Ensino Superior.... 90
3.2.1 Abordagem Metodológica........................................................................................ 91
3.2.2 Objetivo.................................................................................................................... 91
3.2.3 Quadro de Referência DigCompEdu ....................................................................... 92
3.2.4 Instrumento de Recolha de Dados ........................................................................... 94
3.2.5 Desenvolvimento de Ferramenta de Autoavaliação................................................. 96
3.2.6 Procedimento de Amostragem, Recolha, Tratamento e Análise dos Dados ............ 98
4.1 Primeira Fase: Avaliar o Nível de Proficiência dos Docentes do Ensino Superior.. 116
4.1.1 Análise Prévia da Amostra..................................................................................... 116
4.1.2 Nível de Pproficiência dos Docentes ..................................................................... 123
4.1.3 Discussão ............................................................................................................... 158
7. Referências........................................................................................................................ 277
9.1 Apêndice A Declaração de Privacidade Sobre a Proteção de Dados Pessoais ........ 314
Índice de Figuras
Figura 1 Histórico do Termo Competência em Educação ........................................................... 31
Figura 2 Competências Essenciais e Quadros de Referência ...................................................... 32
Figura 3 Quadros de Referência e Ferramentas ........................................................................... 32
Figura 4 Quadro de Referência LifeComp ................................................................................... 33
Figura 5 Organização das Competências Digitais ....................................................................... 35
Figura 6 Relação em Competências Digitais Gerais, Específicas e as CHA ............................... 36
Figura 7 Promoção da Competência Digital dos Aprendentes e o DigComp 2.2 ........................ 51
Figura 8 Quadro de Referência DigCompOrg ............................................................................. 52
Figura 9 Quadro de Referência OpenEdu .................................................................................... 53
Figura 10 Evolução 2017 – 2022 do Índice DESI Geral ............................................................. 65
Figura 11 Evolução 2017 – 2022 do Índice DESI por Dimensão em Portugal ........................... 65
Figura 12 DESI 2022 UE-27........................................................................................................ 66
Figura 13 DESI 2022 – Posição Portugal e Espanha ................................................................... 70
Figura 14 DESI Portugal 2022 – Dimensão Capital Humano ..................................................... 71
Figura 15 DESI Espanha 2022 – Dimensão Capital Humano ..................................................... 71
Figura 16 Projetos Mapeados por País no DigComp into action ................................................. 74
Figura 17 Eixos e Linhas de Ação do Plan Nacional de Competencias Digitales ....................... 84
Figura 18 Abordagem Metodológica da Investigação ................................................................. 90
Figura 19 Quadro de Referência DigCompEdu ........................................................................... 93
Figura 20 Modelo de Progressão do DigCompEdu ..................................................................... 94
Figura 21 Escala de Pontuação e Nível de Proficiência do DigCompEdu Check-In .................. 95
Figura 22 Sistema de Autoavaliação............................................................................................ 97
Figura 23 Etapas do Processo de Desenvolvimento do e-DigCompEdu ................................... 106
Figura 24 Amostragem da Segunda Fase da Investigação......................................................... 111
Figura 25 Distribuição do Nível de Proficiência nas Competências Digitais ............................ 125
Figura 26 Distribuição dos Entrevistados por Área da CNAEF ................................................ 171
Figura 27 Quadro de Referência e-DigCompEdu ...................................................................... 246
XIV
XV
Índice de Tabelas
Tabela 1 Relação DESI 2021 e PIB per capita 2020 ................................................................... 67
Tabela 2 DESI 2022 – Indicadores da Dimensão Capital Humano ............................................. 72
Tabela 3 Projetos portugueses mapeados pelo DigComp into action .......................................... 74
Tabela 4 Projetos espanhóis Mapeados pelo DigComp into action ............................................. 75
Tabela 5 Eixos da INCoDE.2030 ................................................................................................. 77
Tabela 6 Cronograma da Recolha de Dados por Meio da Pesquisa Survey .............................. 100
Tabela 7 Codificação e Detalhamento das Entrevistas Realizadas ............................................ 111
Tabela 8 Indicadores da Aplicabilidade do DigCompEdu......................................................... 113
Tabela 9 Indicadores da Validação do e-DigCompEdu ............................................................. 114
Tabela 10 Caracterização da Amostra - Dimensão Pessoal (Primeira Fase) ............................. 116
Tabela 11 Caracterização da Amostra - Dimensão Docência (Primeira Fase) .......................... 117
Tabela 12 Caracterização da Amostra - Dimensão Institucional (Primeira Fase) ..................... 117
Tabela 13 Alfa de Cronbach se o item for excluído e Correlação de item total corrigida ......... 119
Tabela 14 Teste de Levene da Média Geral nos Fatores com Duas Categorias ........................ 120
Tabela 15 Teste de Levene da Média Geral nos Fatores com Mais de Duas Categorias .......... 121
Tabela 16 Nível de Proficiência Geral e por Área ..................................................................... 124
Tabela 17 Nível de Proficiência Geral por Gênero .................................................................... 125
Tabela 18 Teste t do Resultado Geral por Gênero ..................................................................... 126
Tabela 19 Nível de Proficiência por Área e por Gênero ............................................................ 126
Tabela 20 MANOVA por Gênero.............................................................................................. 127
Tabela 21 ANOVAs Subsequentes por Gênero ......................................................................... 127
Tabela 22 Nível de Proficiência por Nível de Formação ........................................................... 128
Tabela 23 ANOVA por Nível de Formação .............................................................................. 128
Tabela 24 Post-hoc de Tukey da ANOVA por Nível de Formação........................................... 129
Tabela 25 Nível de Proficiência por Área e por Nível de Formação ......................................... 129
Tabela 26 MANOVA por Nível de Formação ........................................................................... 130
Tabela 27 ANOVAs Subsequentes por Nível de Formação ...................................................... 130
Tabela 28 Post-hoc de Tukey da MANOVA por Nível de Formação ....................................... 131
Tabela 29 Nível de Proficiência por Faixa Etária ...................................................................... 132
Tabela 30 ANOVA por Faixa Etária.......................................................................................... 133
Tabela 31 Nível de Proficiência por Área em relação à Faixa Etária ........................................ 133
Tabela 32 MANOVA por Faixa Etária ...................................................................................... 134
Tabela 33 Nível de Proficiência por Tempo de Carreira ........................................................... 135
Tabela 34 ANOVA por Tempo de Carreira ............................................................................... 135
Tabela 35 Nível de Proficiência por Área e por Tempo de Carreira ......................................... 136
XVI
Tabela 70 Aplicabilidade do DigCompEdu por Área para o Ensino Superior Online .............. 172
Tabela 71 Aplicabilidade da Área: Envolvimento Profissional no Ensino Superior Online ..... 173
Tabela 72 Aplicabilidade da Área: Recursos Digitais no Ensino Superior Online ................... 179
Tabela 73 Aplicabilidade da Área: Ensino e Aprendizagem no Ensino Superior Online ......... 184
Tabela 74 Aplicabilidade da Área: Avaliação no Ensino Superior Online................................ 191
Tabela 75 Aplicabilidade da Área: Capacitação dos Aprendentes no Ensino Superior Online 197
Tabela 76 Aplicabilidade da Área: Promoção da Competência Digital dos Aprendentes no
Ensino Superior Online .............................................................................................................. 203
Tabela 77 Validação da Competência da Área: Envolvimento Profissional ............................. 240
Tabela 78 Validação das Competências da Área: Recursos Digitais ......................................... 241
Tabela 79 Validação das Competências da Área: Avaliação ..................................................... 241
Tabela 80 Validação da Competência da Área: Capacitação dos Aprendentes ......................... 242
Tabela 81 Validação das Competências da Área: Literacia Científica Digital (LCD) .............. 243
Tabela 82 Validação das Competências da Área: Gestão Digital do Ensino e da Aprendizagem
Online (GEP).............................................................................................................................. 244
Tabela 83 Quadro da Competência: Gestão de Múltiplas Identidades Digitais Profissionais ... 249
Tabela 84 Quadro da Competência: Interação Online ............................................................... 251
Tabela 85 Quadro da Competência: Curadoria Digital .............................................................. 253
Tabela 86 Quadro da Competência: Processo Avaliativo Online .............................................. 255
Tabela 87 Quadro da Competência: Segurança e Privacidade .................................................. 257
Tabela 88 Quadro da Competência: Ambientes Digitais ........................................................... 259
Tabela 89 Quadro da Competência: Publicação e Gestão de Autoria Produção Científica ...... 262
Tabela 90 Quadro da Competência: Pesquisa, Seleção e Divulgação Científica ...................... 264
Tabela 91 Quadro da Competência: Recolha, Tratamento e Análise de Dados ........................ 266
Tabela 92 Quadro da Competência: Concepção e Desenvolvimento de Cursos e Unidades
Curriculares ................................................................................................................................ 269
Tabela 93 Quadro da Competência: Organização, Acompanhamento e Gerenciamento de Cursos
e Unidades Curriculares ............................................................................................................. 270
Tabela 94 Quadro da Competência: Gestão de Estudantes, Usuários e Permissões.................. 272
XVIII
XIX
Resumo
A importância da competência digital docente vem sendo salientada por várias organizações
oficiais que sinalizam a urgência do seu desenvolvimento na sociedade do século XXI. No
contexto europeu, esse fato ganhou especial evidência após a publicação do European
Framework for the Digital Competence of Educators: DigCompEdu em 2017. Esse
referencial foi desenvolvido sem considerar as especificidades dos diferentes níveis e
modalidades de ensino, e é a ausência de um referencial de competências digitais ajustado ao
ensino superior online que o presente estudo assume como problema de investigação. Com
vista a responder a essa problemática, assumiram-se os seguintes objetivos específicos de
investigação: (a) avaliar o nível de proficiência das competências digitais dos docentes do
ensino superior em Portugal; (b) verificar a aplicabilidade do DigCompEdu ao ensino
superior online; (c) mapear, por meio de uma pesquisa documental as competências digitais
necessárias para lecionar no ensino superior online; e (d) desenvolver e validar um quadro de
referência das competências digitais docentes do ensino superior online. O estudo foi
conduzido em duas fases. A primeira fase (quantitativa) foi dedicada à avaliação do nível de
proficiência, em que foi adotado o DigCompEdu e o instrumento DigCompEdu Check-In,
aplicando-se, esse último, aos docentes do ensino superior português (n=846). Os resultados
apontaram para o nível de proficiência intermediário (B1 – Integrador). A segunda fase
(qualitativa) procurou analisar a aplicabilidade do DigCompEdu ao contexto do ensino
superior e ainda desenvolver e validar uma proposta de quadro de referência das
competências digitais necessárias aos docentes do ensino superior a lecionar online. Essa fase
foi realizada por meio da condução de entrevistas semiestruturadas com docentes do ensino
superior português que possuíam experiência em lecionação online (n=22). Os resultados
revelaram que o DigCompEdu foi entendido como “aplicável” ao contexto do ensino
superior, atestando-se assim a sua aplicabilidade e a consequente viabilidade do
desenvolvimento de um quadro de referência com base no mesmo. Para compor esse quadro
de referência, procedeu-se ao mapeamento das competências digitais docentes específicas
para lecionar no ensino superior online por meio de pesquisa documental. Esse processo
resultou em 12 novas competências, sendo seis distribuídas em quatro das áreas existentes no
DigCompEdu, e outras seis agrupadas em duas novas áreas. As 12 competências adicionadas
foram submetidas ao processo de validação por meio das entrevistas conduzidas, tendo sido,
em sua totalidade, consideradas “válidas” ou “muito válidas”. O presente estudo termina com
a apresentação de um quadro de referência das competências digitais docentes do ensino
superior online, o qual assumiu a designação de e-DigCompEdu por se apresentar como
extensão do referencial existente.
XX
XXI
Abstract
The importance of teachers' digital competences has been highlighted by several official
organisations, pointing out to the urgent need for its development in today’s 21st century
society. In the European context, this fact gained special emphasis following the release of
the European Framework for the Digital Competence of Educators, known as DigCompEdu,
in 2017. It is worth noting, however, that this framework was not designed with the
specificities of different education levels and modalities in mind. As such, this study
highlights the absence of a digital competence framework tailored to online higher education
as a significant research problem. To address this issue, the following specific research
objectives were studied: (a) to assess the level of digital competence proficiency among
higher education professors in Portugal; (b) to verify the applicability of DigCompEdu to
online higher education; (c) to map, through documentary research, the digital competences
required to teach in online higher education; and (d) to develop and validate a digital
competences framework for online higher education. The study was conducted in two phases.
The first phase, quantitative in nature, focused on assessing the level of proficiency of
Portuguese higher education professors. The DigCompEdu and the DigCompEdu Check-In
instrument were adopted, and the latter was applied to 846 professors. The results showed an
intermediate level of proficiency (B1 – Integrator). The second phase, which was qualitative,
aimed to analyse the applicability of DigCompEdu to the context of higher education and to
develop and validate a proposal for a digital competence framework for higher education
professors teaching online. This phase was carried out by conducting semi-structured
interviews with Portuguese higher education professors who had experience in online
teaching (n=22). The results revealed that DigCompEdu was applicable to the context of
higher education, demonstrating its viability for the development of a framework based on it.
To compose this framework, specific digital competences to teach in online higher education
were mapped through documentary research. This process resulted in 12 new competencies,
six of which were distributed in four existing areas in DigCompEdu, while the remaining six
were grouped into two new areas. The 12 added competencies were submitted to the
validation process through interviews, all considered 'valid' or 'highly valid'. The study
concluded with the presentation of a framework of digital competences for teaching in online
higher education, named e-DigCompEdu, and presents itself as an extension of the existing
DigCompEdu framework, including 12 new competencies required for teaching in online
higher education.
XXII
23
1. Introdução
Este capítulo busca apresentar diversas temáticas necessárias à compreensão e
desenvolvimento desta investigação.
1.1 A Investigação
Nesta seção, apresenta-se o posicionamento desta investigação em relação ao
Tema, Problema, Objetivos e Questões de Investigação (seção 1.1.1), as Etapas da
Investigação (seção 1.1.2), bem como questões relacionadas com a Ética e Privacidade
(seção 1.1.3).
Questões de Investigação
• Qual o nível de proficiência nas competências digitais dos docentes do
ensino superior português? Existe diferença no nível considerando os
fatores relacionados às dimensões pessoais, profissionais e
institucionais?
• O DigCompEdu é aplicável ao ensino superior online?
• Quais as competências digitais necessárias para a docência no ensino
superior online?
1.2 Enquadramento
Nesta seção introduzimos algumas temáticas necessárias à compreensão e ao
desenvolvimento desta investigação.
ensino-aprendizagem (P. Dias et al., 2019; Hatlevik & Christophersen, 2013; Mirete et
al., 2020; Pereira et al., 2019; Pettersson, 2018).
O uso de dispositivos digitais em sala de aula, independentemente do ciclo de
estudo, como telemóveis, tablets, smartwatchs, notebooks, telas interativas, projetores e
outros que estão por chegar, devem ser tratados como um material didático, veículos de
informações, devendo haver planeamento e elaboração de estratégias pedagógica. Dessa
forma, o docente deve dominar não apenas a mecânica de utilizador, mas igualmente
deve conseguir extrair o máximo de aproveitamento pedagógico destes dispositivos;
para Silvia et al. (2022), a educação é provocada a responder às novas necessidades
integrando às práticas pedagógicas ao uso das tecnologias digitais como apoio ao
processo de ensino-aprendizagem.
Com a chegada das tecnologias digitais entende-se que caberá à educação tirar
proveito das mesmas; contudo, esse processo não tem decorrido nos diferentes níveis de
ensino com a agilidade esperada; repercute-se em tempos distintos para estudantes,
professores e formadores dos professores, além de docentes do ensino superior, esses
entendidos como paciente-zero, agravados ainda por não trazerem consigo níveis de
conforto na interação com as tecnologias tão elevados quanto era esperado (Pedro,
2016).
As tecnologias digitais permitem combinações de vários elementos, por
exemplo, entre pessoas e pessoas, conteúdo e conteúdo, além de sistemas e outros
sistemas que não eram possíveis antes (Ungerer, 2016). Como não poderia ser diferente
no ambiente educacional as tecnologias evoluíram de textos simples para sistemas
digitais altamente complexos e interativos. Para Huang et al. (2019) os sistemas de
educação tornaram-se muito complexos, o que resulta em desafios crescentes na
concepção, desenvolvimento, implementação e suporte desses sistemas; indicam ainda
cinco estágios da tecnologia educacional: (a) instrução intuitiva (séculos XVII e XVIII);
(b) instrução visual (séculos XIX e XX); (c) instrução audiovisual (anos 1920 – 1950);
(d) comunicação audiovisual (anos 1950 – 1970); e (e) TIC (década de 1970 até o
presente).
Na constante evolução da educação, é inquestionável a maior influência das
TIC, impulsionando uma mudança completa em relação à maneira de conceber, planejar
e, como ocorre o processo de ensino-aprendizagem, levando à quebra das barreiras
espaço-temporais, fato que determina o crescente interesse na competência digital dos
30
professores em todos os níveis do sistema educacional (M. Durán et al., 2019; Montoro
et al., 2016).
Para Carmo e Franco (2019), a educação presencial e online possuem culturas
acadêmicas específicas; no presencial, há práticas tradicionais baseadas na rigidez, na
homogeneização e no monologismo, enquanto no online as atividades se baseiam na
flexibilidade, descentralização e interatividade.
1.2.2 Competências
Para Sá e Paixão (2013), a visibilidade que o conceito de competência tem
assumido nas últimas décadas em educação evidencia um novo entendimento do papel
da escola e da formação face a uma sociedade em constante mudança, alicerçada na
complexidade e imprevisibilidade.
White (1959) foi o responsável pela introdução, nos Estados Unidos, do termo
competência, referindo-se às características pessoais associadas a um desempenho
superior na realização de uma tarefa e à motivação com que o indivíduo a realiza.
McClelland (1973) definiu-a, posteriormente, como uma característica subjacente ao
sujeito, casualmente relacionada ao desempenho bem-sucedido numa dada tarefa ou em
determinada situação.
Segundo Sá e Paixão (2013), McClelland tem sido referido por diversos autores
(Fleury & Fleury, 2001; Gouveia, 2007; Le Deist & Winterton, 2005; Rychen &
Salganik, 2001) como precursor de uma perspectiva mais clássica da noção de
competência, na medida em que se entende o conceito como ligado ao input.
Em sentido complementar, a competência é pensada como um conjunto de
conhecimentos, habilidades e atitudes que justificam um alto desempenho, na medida
em que há também um pressuposto de que os melhores desempenhos estão
fundamentados na inteligência e na personalidade das pessoas, considerando-se assim
um stock de recursos intrínsecos que o indivíduo detém (Fleury & Fleury, 2004).
Na Figura 1, são sinteticamente ilustrados os momentos históricos do uso do
termo competência na educação.
31
Figura 1
Histórico do Termo Competência em Educação
Figura 2
Competências Essenciais e Quadros de Referência
(Council of Europe, 2018b)(Margherita Bacigalupo et al., 2016)(Bianchi et al., 2022)(Kampylis et al., 2015)
Figura 3
Quadros de Referência e Ferramentas
Figura 4
Quadro de Referência LifeComp
Figura 5
Organização das Competências Digitais
eficiente, adequada, crítica, criativa, autônoma, flexível, ética e reflexiva, seja para o
trabalho, lazer, participação, aprendizagem e socialização.
K. Silva et al. (2022) assinalam e exemplificam a relação entre as competências
digitais gerais (CDG) e as competências digitais específicas (CDE) com o devido
processo de derivação (CHA), que consiste em responder o que é necessário saber
(conhecimento), o que se deve fazer (habilidades) e de que forma deve ser feito
(atitudes), conforme demonstrado na Figura 6.
Figura 6
Relação em Competências Digitais Gerais, Específicas e as CHA
Vuorikari et al. (2022), corroborando com K. Silva et al. (2022), indicam que as
competências são uma combinação de conhecimentos, habilidades e atitudes, compostas
por conceitos e fatos (ou seja, conhecimento), descrições de habilidades (por exemplo, a
capacidade de realizar processos) e atitudes (por exemplo, uma disposição, uma
mentalidade para um ato), e ainda as define:
sociedade digital” (p. 28), a qual indicava como ação a ser proposta, até 2013, a criação
de “indicadores de competências digitais e de literacia mediática para toda a UE” (p.
31), o que culminou na criação do Digital Economy & Society Index (DESI) (Comissão
Europeia, 2014; European Commission, 2016).
O DESI é um índice composto por indicadores relevantes sobre o desempenho
digital da Europa que procura retratar e acompanhar longitudinalmente a evolução dos
Estados-Membros no domínio digital à época (European Commission, 2023). Lançado
inicialmente em 2015 contando com dados de dois anos; o DESI 2014 (dados de 2013)
e DESI 2015 (dados de 2014) estava organizado em cinco dimensões: (a) conectividade;
(b) capital humano; (c) utilização de serviço de internet; (d) integração das tecnologias
digitais; e (e) serviços públicos digitais (European Commission, 2016).
Em 2021, o DESI, referido nos documentos portugueses como Índice de
Digitalidade da Economia e da Sociedade (IDES), sofreu diversas alterações
metodológicas (European Commission, 2021a), entre elas a exclusão da dimensão
conectividade e a referência a 27 Estados-Membros (UE-27), recalculando todos os
índices desde 2017, alterações permanecidas em 2022 (European Commission, 2021a,
2022a).
Essas alterações tiveram como objetivo refletir as duas principais iniciativas
políticas com impacto na transformação digital da UE nos próximos anos: (a) Plano de
Recuperação e Resiliência (PRR) (Comissão Europeia, 2022c) que requer 20% das
dotações sejam direcionadas ao âmbito digital; e (b) Orientações para a Digitalização da
Europa na próxima década (Comissão Europeia, 2021a).
contínuas mudanças tecnológicas, sendo uma das mais importantes potencialidades das
TIC o desenvolvimento de competências tecnológicas, digitais e informacionais, sem
menosprezar a importância de outros fatores essenciais e imprescindíveis em qualquer
processo educacional, bem como a sua utilização adequada em salas de aula poderá
promover as tão almejadas competências digitais dos estudantes do ensino superior
(Area-Moreira et al., 2016; Heitink et al., 2016; Mirete, 2016; Randolph & Myers,
2013; Tondeur et al., 2016).
Este hecho, se agudizo aún más debido a los acontecimientos relacionados con
la pandemia por COVID-19, que han impactado en la aceleración los procesos
de digitalización en las instituciones educativas, muchas de las cuales no
44
1.2.6.1 Instituições
As instituições de ensino superior em Portugal ainda são muito marcadas por
uma cultura educacional tradicional, embora estejam envoltas em processos de
mudança, e têm sido imperativa a necessidade de inovar e reinventar seus papéis
científicos, sociais e educacionais, provocados sobretudo por uma evolução da
conscientização da globalização, cultura de networking, internacionalização do
conhecimento e da relação entre a participação digital e as novas práticas de cidadania
(Caeiro & Moreira, 2018; Dias-Trindade et al., 2020; Dias-Trindade & Moreira, 2020).
O sistema de ensino superior em Portugal possui uma natureza binária,
organizando-se em torno de dois subsistemas de ensino: universidades e institutos
politécnicos. O ensino universitário orienta-se para a oferta de formações científicas
sólidas, juntando esforços e competências de unidades de ensino e pesquisa; o ensino
politécnico, por sua vez, orienta profissionalmente, intervindo na formação técnica
avançada em formações de natureza vocacional (Assembleia da República Portuguesa,
2007). Esses ainda são distinguidos em estabelecimentos públicos e privado. De acordo
com os dados vigentes, providos pela Direção-Geral do Ensino Superior Portugal
(DGES), Portugal dispõe de 37 universidades e 76 institutos politécnicos, sendo 36,3%
privados e 63,7% públicos (Direção-Geral do Ensino Superior, 2022).
Para Caeiro e Moreira (2018), a educação a distância em Portugal tem sido
cenário de grandes contradições, embora seja destacada com grande potencialidades em
relatórios e outros documentos produzidos por investigadores, consultores e outros
especialistas, têm ocupado um lugar de “agente menor” do sistema educativo. Os
autores afirmam ainda que “os setores mais conservadores e grande parte das políticas
que têm adotado têm sistematicamente ignorado o valor da EaD no quadro de mudança
46
1.2.6.2 Estudantes
Os docentes são responsáveis, segundo os últimos dados referentes a 2020, por
um total de 396.909 estudantes no ensino superior português. Esses estudantes são
formados por 45,9% de homens e 54,1% mulheres, sendo que 63,9% frequentavam
instituições universitárias e 36,1% em institutos politécnicos. Em relação ao tipo de
estabelecimento, 81,6% encontram-se matriculados em instituições públicas e 18,4%
em privadas (Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2021a).
1.2.6.3 Docentes
A população alvo desta investigação, docentes do ensino superior português, de
acordo com os últimos dados disponíveis de 2019, era composta por 35.549 docentes
(Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2021b). A polução em estudo será detalhada
na seção 3.2.6.1. Amostragem.
47
2. Revisão da Literatura
Este capítulo de revisão de literatura tem como objetivo identificar e analisar os
estudos relacionados com esta investigação, elaborando uma síntese das mesmas,
considerando o uso das TIC na educação (seção 2.1), os quadros europeus relacionados
as competências digitais (seção 2.2), as competências digitais docente no ensino
superior (seção 2.3), a educação a distância (seção 2.4), e os indicadores de
competências digitais no contexto Europeu (seção 2.5).
Figura 7
Promoção da Competência Digital dos Aprendentes e o DigComp 2.2
The DigCompOrg framework has seven key elements and fifteen sub-elements
that are common to all education sectors. There is also scope for the addition of
sector- specific elements and sub-elements. For each of the elements and sub-
elements of DigCompOrg, a number of descriptors were developed (74 in total).
Diagrammatically, the elements, sub-elements and descriptors of DigCompOrg
are presented as the sectors of a circle, with an emphasis on their inter-
relatedness and inter-dependence. (Kampylis et al., 2015, p. 4)
Figura 8
Quadro de Referência DigCompOrg
Figura 9
Quadro de Referência OpenEdu
plataformas online, institucionais ou não, baseadas na internet por meio dos recursos
digitais possibilitados pelas TIC.
O ensino e a aprendizagem estão se movendo em direção aos meios digitais e,
consequentemente, em direção aos ambientes digitais, sendo imputado no leque de
atividades o gerenciamento de várias ferramentas online e a realização do
acompanhamento virtual dos estudantes, o que proporcionará uma melhor experiência
(Bustos-Contell et al., 2021).
With the growing use of digital devices and environments and wider spread of e-
learning in educational settings, the digital competence of students is also
coming more into focus. Furthermore, it has been suggested that a higher level
of digital competence has a positive effect on students’ academic performance.
(Kallas & Pedaste, 2022, p. 1)
Para Lucas e Moreira, (2018), o “AVA é uma plataforma baseada na web para
os aspetos digitais de percursos de estudo, habitualmente no âmbito de instituições de
ensino” (p. 89).
Na prática, essas funções do LMS são frequentemente incluídas nos AVA
comerciais (Kear & Rosewell, 2016), como o Moodle e o Canvas e, por isso,
adotaremos essa premissa nesta investigação quando nos referirmos ao AVA.
A internet tem sido vastamente utilizada no ensino superior, considerando o
momento digital em que vivemos, têm surgido assim diversas classificações para os
programas. O Council on Higher Education, por meio da publicação Distance Higher
Education Programmes in a Digital Era: Good Practice Guide (Council on Higher
Education [CHE], 2014), classifica os programas/cursos de ensino superior online de
acordo com seu uso em: (a) internet-supported, (b) internet-dependent, e (c) fully
online. Já Allen e Seaman (2014) classificam de acordo com a forma como a tecnologia
da internet contribui: quando não há nenhum tipo de entrega é considerado tradicional,
já quando facilitados pela internet para entregar o conteúdo em menos de 30% são
considerados web facilitados, já quando este percentual está entre 30% e 79% é
considerado hibrido/blend, e por fim, com entrega superior a 80% são considerados
online.
Um número considerável de instituições de ensino superior já se beneficia do
uso dos AVA, desempenhando um importante papel na infraestrutura de aprendizagem
das instituições de ensino, tendo assim a sua adoção consolidada (Zabolotniaia et al.,
2020), contudo na maioria das vezes como meio de suporte à atividade presencial. Os
docentes têm apresentado uma intenção comportamental mais positiva de utilização dos
AVA quando consideram que o uso será útil e melhorará seu desempenho de ensino
(Cigdem & Topcu, 2015). No estudo realizado por Bond et al. (2018) os autores
assinalaram o seu uso massivo (80%), bem como a percepção de utilidade pelos
docentes (93%). Porém, os AVA, têm sido utilizados principalmente de forma
instrumental, sobretudo na digitalização de conteúdo educacional, preservando as
metodologias tradicionais, utilizando as plataformas disponibilizadas pelas instituições
como recurso de digitalização, organização, administração, repositório de recursos
digitais de baixo ou nula interatividade (C. Santos et al., 2022b; Vicente et al., 2020).
Para Caeiro (2014), apesar de grande parte das intuições de ensino superior
possuírem estrutura para oferecer alguns cursos online, os recursos tecnológicos, o
64
1
Escala pontuação ponderada de 0 a 100.
65
Figura 10
Evolução 2017 – 2022 do Índice DESI Geral
Figura 11
Evolução 2017 – 2022 do Índice DESI por Dimensão em Portugal
Figura 12
DESI 2022 UE-27
evolução dos Estados-Membros (55,05%) e superior ao país com maior PIB per capita,
Luxemburgo (34,27%).
...o coeficiente de correlação varia de –1 a +1, sendo que o valor 0 indica que
não há correlação, e 1 indica uma correlação perfeita. Então, quanto mais perto o
coeficiente estiver do valor 1, mais alta é a correlação. Assim, a partir do valor
do coeficiente, a correlação pode ser classificada da seguinte forma: 0 = nula; de
0,1 a 0,3 = fraca; de 0,4 a 0,6 = média; de 0,7 a 0,9 = alta; e 1 = perfeita. (p. 371)
Tabela 1
Relação DESI 2021 e PIB per capita 2020
HR 43,07 17 340,00 €
IT 40,85 24 900,00 €
CY 43,46 23 840,00 €
LV 46,13 12 130,00 €
LT 47,02 14 030,00 €
LU 55,04 82 250,00 €
HU 41,23 12 710,00 €
MT 54,46 20 320,00 €
NL 62,36 40 160,00 €
AT 56,87 35 390,00 €
PL 36,53 12 750,00 €
PT 45,86 17 070,00 €
RO 27,43 8 820,00 €
SI 47,96 19 720,00 €
SK 39,95 15 180,00 €
FI 67,15 36 240,00 €
SE 60,49 42 570,00 €
•
Fonte: European Commission (2022c, 2023).
Nota. Ordem por país de acordo com o código de redação interinstitucional (União Europeia, 2022).
2.6.1 Evidências.
Com base na revisão da literatura, foram identificadas evidências de um melhor
posicionamento da Espanha em relação à boa parte dos Estados-Membros, e em
especial Portugal, em quatro direções: 2.6.1.1 volume da produção científica; 2.6.1.2
DESI; 2.6.1.3 Projetos catalogados no DigComp into action; e 2.6.1.4 Mapeamento de
estruturas e ações de suporte as competências digitais.
Figura 13
DESI 2022 – Posição Portugal e Espanha
UE-27
7ª 15ª
Considerando o DESI 2022, por dimensão, foi possível identificar com mais
clareza as diferenças entre Portugal e Espanha. Portugal possui o índice das dimensões
(a) capital humano; (b) integração das tecnologias digitais; e (c) serviços públicos
digitais acima da média dos Estados-Membros, conforme demonstrado na Figura 14;
enquanto na Espanha, o índice geral e os índices de todas as dimensões estão acima da
média, conforme demonstrado na Figura 15.
71
Figura 14
DESI Portugal 2022 – Dimensão Capital Humano
Figura 15
DESI Espanha 2022 – Dimensão Capital Humano
Tabela 2
DESI 2022 – Indicadores da Dimensão Capital Humano
Em uma análise nos indicadores dessa dimensão, entre esses dois países, foi
possível identificar que as diferenças mais expressivas, em pontos percentuais, estão na
subdimensão (1a) habilidades dos usuários da internet, conforme demonstrado
anteriormente na Tabela 2. Portugal apresentou dados inferiores em relação à Espanha
em todos os três indicadores, possuindo, inclusive, dois desses índices (1a1 e 1a2)
superiores à média dos Estados-Membros, o que demonstra um bom posicionamento no
geral.
O relatório DESI 2022 de Portugal (Comissão Europeia, 2022b) destacou que,
embora o índice de Portugal em relação aos Estados-Membros tenha evoluído, essa
evolução foi inferior à dos países homólogos “Os progressos relativos de Portugal são,
de modo geral, ligeiramente inferiores aos dos países homólogos, pelo que há margem
para o país acelerar os seus esforços de digitalização” (p. 3).
73
2
https://portugaldigital.gov.pt/indicators/
3
https://observatorio.incode2030.gov.pt/
74
used. The stories highlight the key actors involved, the steps made, the products and,
when possible, what comes next” (p. 25); e (b) ferramentas “Tools are activities,
methods and products developed using DigComp” (p. 25).
Por meio da análise quantitativa deste mapeamento, seja na execução de projetos
nacionais ou europeus, fica evidente um maior número de projetos espanhóis mapeados
pelo DigComp into action em relação aos Estados-Membros, conforme demonstrado na
Figura 16.
Figura 16
Projetos Mapeados por País no DigComp into action
Tabela 3
Projetos portugueses mapeados pelo DigComp into action
Tabela 4
Projetos espanhóis Mapeados pelo DigComp into action
Portugal.
Órgãos Relacionados.
INCoDE.2030
O relatório DESI 2015 (Comissão Europeia, 2015) destacou que Portugal
encontrava-se na 14ª posição entre os 28 Estados-Membros à época, com a indicação
expressa:
Tabela 5
Eixos da INCoDE.2030
Marco Legal.
4
Programa Reforçado de Apoios ao Emprego e à Formação Profissional
79
...que Portugal esteja na linha da frente dos países que melhor estão preparados
para enfrentar os desafios e mudanças inerentes a uma transição global,
garantindo que a mesma resulte numa maior igualdade e inclusão dos cidadãos,
num reforço dos pilares democráticos, num aumento na competitividade da
80
Espanha.
Órgãos Relacionados.
Marco Legal.
5
https://tic.crue.org/publicaciones/
84
Figura 17
Eixos e Linhas de Ação do Plan Nacional de Competencias Digitales
O Plano uni-digital é específico para o ensino superior, foi indicado como uma
das medidas do España Digital 2025 – Competencias Digitales (eixo três) (Gobierno de
España, 2020) estabelecidas na medida número 10 no Plan Nacional de Competencias
Digitales (Gobierno de España, 2021). Foi assinalado como fator-chave para o sucesso
dessas medidas a coordenação entre o Ministerio de las Universidades e a CRUE para:
(a) provisão de meios técnicos e metodologias educacionais digitais; (b) formação de
professores; (c) inclusão da formação digital no currículo de diferentes graus, incluindo
a alocação de créditos para programas MOOC; (d) desenvolvimento de uma rede de
centros de excelência em inteligência artificial; (e) redução de obstáculos
administrativos para acelerar a implementação de novas licenciaturas universitárias; e
(f) modificação de currículos para futuros professores.
3. Metodologia de Investigação
Neste capítulo, descreve-se metodologicamente aspectos gerais desta
investigação quando à (a) natureza; (b) objetivos; (c) tempo; (d) fontes; (e) abordagem;
e (f) procedimentos (seção 3.1). A investigação foi desenvolvida em duas fases de
acordo com a metodologia adotada, as quais estão descritas em detalhes na seção 3.2.
Primeira Fase: Avaliar o Nível de Proficiência dos Docentes do Ensino Superior, bem
como na seção 3.3 Segunda Fase: Desenvolver o Quadro de Referência e-DigCompEdu.
(e) Abordagem:
A seleção de uma abordagem de investigação deve considerar, também, a
natureza do problema e/ou a questão de investigação a ser realizada, as experiências
pessoais dos pesquisadores, bem como o público ao qual o estudo se dirige. Consiste no
planejamento e procedimentos que abrangem as decisões, desde pressupostos gerais até
métodos detalhados de recolha, análise e interpretação de dados, sendo esses
classificados em qualitativas, quantitativas e métodos mistos (Creswell & Clark, 2018;
Creswell & Creswell, 2021; Mattar & Ramos, 2021).
Adotou-se como abordagem metodológica quantitativa, na primeira fase da
investigação, e qualitativa, na segunda fase da investigação, conforme demonstrado na
Figura 18.
Figura 18
Abordagem Metodológica da Investigação
Por fim, pode-se definir que esta investigação é de natureza aplicada, com
objetivos descritivos, sendo executada de forma transversal adotando como fontes as
pesquisas documentais e bibliográficas, além de recolha de dados em campo; adotando
abordagem metodológica quantitativa e qualitativa.
3.2.2 Objetivo
O objetivo desta fase é conhecer o nível de proficiência nas competências
digitais dos docentes do ensino superior em Portugal (objetivo específico A), para que
assim seja possível apontar as lacunas existentes, subsidiando a tomada de decisões
relacionadas à formação, tanto por parte de universidades como de institutos
politécnicos, implementando, desta forma, ações formativas assertivas, fato
extremamente relevante para a modernização científica e tecnológica ambicionada no
contexto do ensino superior europeu e de igual modo para atingir a meta nacional de
92
Figura 19
Quadro de Referência DigCompEdu
6
Anderson, L.W., & D. Krathwohl (Eds.) (2001). A Taxonomy for Learning, Teaching and Assessing: a
Revision of Bloom’s Taxonomy of Educational Objectives. Longman, New York.
94
Figura 20
Modelo de Progressão do DigCompEdu
Figura 21
Escala de Pontuação e Nível de Proficiência do DigCompEdu Check-In
Figura 22
Sistema de Autoavaliação
indicando o nível de proficiência por esses atingido, contendo resultados gerais e por
área.
Cohen et al. (2018) destacam especificamente as vantagens da utilização da
internet para a recolha de dados em questionários, por comparação ao modo impresso,
salientando vantagens associadas à: (a) à redução de custos; (b) ao aumento da
velocidade de realização da investigação; (c) ao acesso a populações e amostras mais
amplas; (d) à superação das restrições de natureza espaciais e temporais; (e) ao volume
de acesso; (f) à conveniência de resposta por parte dos respondentes; (g) à associado a
maiores índices de anonimato nas respostas com consequente aumento da honestidade e
autenticidade nas mesmas; (h) às maiores taxas de resposta; (i) ao maior envolvimento e
atratividade conseguidos por meio do design estabelecido; e (j) maior precisão no
processo de exportação e tratamento dos dados.
a população-alvo; (l) gera instrumentos precisos por meio de pilotagem e revisão; (m)
possibilita generalizações e a observação de padrões de resposta; (n) reúne dados que
podem ser processados estatisticamente; e (o) usa dados em grande escala coletados de
uma ampla população para permitir que generalizações sejam feitas sobre determinados
fatores ou variáveis.
A pesquisa survey envolve a solicitação de informações autorrelatadas de
pessoas sobre si por meio de um processo de amostragem que possibilitará aos
investigadores generalizarem esses resultados para uma população, viabilizados com a
aplicação de um conjunto de procedimentos e com o auxílio de técnicas da estatística
descritiva e inferencial, possibilitando, dessa forma, obter uma descrição quantitativa de
tendências, atitudes ou opiniões da população em estudo (docentes do ensino superior
português) por meio de uma amostra (Creswell, 2018; Rea & Parker, 2014).
Segundo Cohen et al. (2018), a pesquisa survey pode ser exploratória,
confirmatória, descritiva ou analítica. Nesta investigação, a pesquisa survey foi
analítica, pois objetiva analisar as variáveis independentes (fatores que caracterizam a
amostra) quanto à sua influência nas variáveis dependentes (médias), bem como as
relações entre as variáveis.
Como procedimento, nesta investigação, adotou-se o referencial desenvolvido
Rea e Parker (2014), que descrevem como projetar e conduzir uma pesquisa survey de
maneira rigorosa e imparcial em 11 estágios, listados logo abaixo e indicados nas seções
seguintes.
Tabela 6
Cronograma da Recolha de Dados por Meio da Pesquisa Survey
3.2.6.1 Amostragem.
A moldura de amostragem (Estágio 4) (Babbie, 1999) foi determinada como o
endereço eletrônico da Direção-Geral de Ensino Superior (Direção-Geral do Ensino
Superior, 2022) em que foi possível listar todas as instituições de ensino superior
portuguesa, contando ao todo com 113 instituições (37 universidades e 76 institutos
politécnicos), considerando-se os docentes vinculados a essas instituições como a
população em estudo.
A população estudada, em 2019, era composta por 35.549 docentes, sendo
79,3% (n=28.095) de estabelecimentos públicos e 20,7% (n=7.454) de instituições
101
Estatística Descritiva.
Estatística descritiva é o ramo da estatística que envolve a organização, o
resumo e a representação dos dados utilizando medidas de tendência central (média,
mediana e moda), medidas de variabilidade e dispersão (desvio padrão, variância,
quartil e intervalo quartil), distribuição de frequência, tabelas, gráficos, e distribuição
(normal e não normal), não procurando inferir sobre os dados, ou seja, não procuram
prever parâmetros que possam ser generalizados (Field, 2021; Larson & Betsy, 2015;
Marôco, 2021; Mattar & Ramos, 2021).
Nesta investigação, realizou-se os testes de normalidade da amostra e, em
especial, a medida de tendência central, a média, para calcular o nível de proficiência
em que o docente se encontra, além de expressar os resultados por meio de frequência e
desvio padrão em tabelas e gráficos.
Estatística Inferencial.
A estatística inferencial envolve o uso de uma amostra para chegar a conclusões
sobre uma população, que a partir dos resultados obtidos na amostra pode-se inferir, por
meio da aplicação de testes estatísticos, quando se tem um resultado estatisticamente
103
significativo também na população (Creswell & Guettterman, 2021; Field, 2021; Larson
& Betsy, 2015; Marôco, 2021; Mattar & Ramos, 2021).
Nesta investigação, com o objetivo de identificar diferenças estaticamente
significativas nas médias entre os grupos, adotou-se diversos testes estatísticos como:
(a) teste t; (b) Análise de Variância (ANOVA); e a (c) Análise de Variância
Multivariada (MANOVA), descritos e justificados a seguir.
Test t- Student
ANOVA
MANOVA
Figura 23
Etapas do Processo de Desenvolvimento do e-DigCompEdu
3.3.2 Objetivo
Esta segunda fase da investigação possui três dos quatros objetivos específicos:
o primeiro é verificar, por meio das entrevistas, a aplicabilidade do DigCompEdu no
ensino superior online (objetivo específico B), visto que o mesmo foi desenvolvido com
foco em docentes de todos os níveis de ensino, conforme será apresentado na seção
4.2.1. Primeira Etapa: Aplicabilidade do DigCompEdu no Ensino Superior . O segundo
objetivo foi mapear, por meio de pesquisa documental, as competências digitais
necessárias para lecionar no ensino superior online (objetivo específico C), conforme
será apresentado na seção 4.2.2. Segunda Etapa: Mapeamento das Competências
Digitais Necessárias para a Docência no Ensino Superior e, por fim, o terceiro é validar
esse conjunto de novas competências específicas mapeadas para a docência no ensino
superior online (objetivo específico D), junto aos docentes que lecionam no ensino
superior online, conforme será apresentado na conforme 4.2.3. Terceira Etapa:
Validação do Quadro de Referência e-DigCompEdu.
• Estágio 1: Tematização;
• Estágio 2: Projetando;
• Estágio 3: Entrevistando;
• Estágio 4: Transcrevendo;
• Estágio 5: Analisando;
• Estágio 6: Verificando;
• Estágio 7: Reportando.
Amostragem.
O processo de amostragem teve início nos respondentes da primeira fase
(n=846). Tendo em conta os objetivos desta segunda fase adotou-se como critério para
participação os docentes que lecionam no mínimo com 30% de sua carga horária na
modalidade online, sendo possível identificar no banco de dados um total de 331
docentes que atendem a essa critério, porém, o preenchimento dos dados pessoais, que
incluiu o e-mail, foi opcional, o que nos possibilitou a realizar o convite a 221 docentes.
Todos os docentes (n=221) foram contatados por e-mail, conforme Apêndice F,
contendo o convite para uma nova participação na investigação, na fase de entrevistas.
O período indicado foi de 15/06/2021 a 09/07/2021 para a realização das mesmas. No e-
mail do convite continha um link de um calendário compartilhado que constava os
agendamentos já realizados (anônimos), evitando assim a indicação por parte dos
docentes de disponibilidades conflitantes, sendo possível indicar o horário que lhe for
mais conveniente.
O convite aos 221 docentes resultou em 25 confirmações, sendo duas canceladas
por parte dos entrevistados e uma por dificuldade técnica no momento da entrevista
(com impossibilidade de novo agendamento), resultando em 22 entrevistas realizadas,
conforme demonstrado na Figura 24.
111
Figura 24
Amostragem da Segunda Fase da Investigação
Ética e Privacidade.
Os procedimentos éticos foram descritos na seção 1.1.3. Ética e Privacidade do
capítulo 1. Introdução.
Tabela 7
Codificação e Detalhamento das Entrevistas Realizadas
7
https://zoom.us/
112
Tabela 8
Indicadores da Aplicabilidade do DigCompEdu
0 a 25 Não aplicável
26 a 50 Pouco aplicável
51 a 75 Aplicável
Tabela 9
Indicadores da Validação do e-DigCompEdu
0 a 25 Não válida
26 a 50 Pouco válida
51 a 75 Válida
teórica da investigação, que deve ser rigorosa e deve haver uma ligação lógica entre a
teoria e as questões de pesquisa (Estágio 1); (b) todos os aspectos referentes aos
procedimentos metodológicos devem ser sólidos e rigorosos, bem como na perspectiva
ética e de privacidade (Estágio 2); (c) os questionamentos devem ser cuidadosos e a
verificação das informações obtidas deve ser contínua (Estágio 3); (d) a transcrição dos
dados gravados para a mídia escrita deve demonstrar fidelidade às características-chave
da situação da entrevista (Estágio 4); (e) a análise dos dados deve demonstrar fidelidade
aos dados (Estágio 5); (f) procedimentos de validação devem ser implementados e
usados em todas as etapas (Estágio 6); e, por fim, (g) o relatório deve ser justo e visto
como justo pelos leitores (Estágio 7).
Tabela 10
Caracterização da Amostra - Dimensão Pessoal (Primeira Fase)
Tabela 11
Caracterização da Amostra - Dimensão Docência (Primeira Fase)
Tabela 12
Caracterização da Amostra - Dimensão Institucional (Primeira Fase)
4.1.1.2 Confiabilidade.
O Alfa de Cronbach (Cronbach, 1984) é a medida mais comum adotada para
analisar a confiabilidade de um instrumento, sendo ainda considerado o índice mais
importante de confiabilidade (Field, 2021; Kline, 2015).
Alfa de Cronbach.
Autores divergem quanto a uma escala de consistência interna baseada no
coeficiente Alfa de Cronbach. Hinton et al. (2014) sugerem que o Alfa de Cronbach
maior que 0,9 indica uma excelente confiabilidade; entre 0,7 e 0,9, alta confiabilidade;
entre 0,5 e 0,7, confiabilidade moderada; menor que 0,5, baixa confiabilidade. Pestana e
Gageiro (2014) assinalam que quando superior a 0,9 é considerado muito boa, entre 0,8
e 0,9 é boa, entre 0,7 e 0,8 é razoável, entre 0,6 e 0,7 é fraca e, por fim, menor que 0,6 é
inadmissível.
O instrumento aplicado apresentou Alfa de Cronbach de 0,936, o que demonstra
uma “excelente confiabilidade” para Hinton et al. (2014) e “confiabilidade muito boa”
para Pestana e Gageiro (2014). Valor esse similar ao identificado por outros
investigadores (Benali et al., 2018; Ghomi & Redecker, 2019; Lucas et al., 2021),
inclusive quando aplicado na mesma população desta investigação (Dias-Trindade &
Moreira, 2020).
Tabela 13
Alfa de Cronbach se o item for excluído e Correlação de item total corrigida
Teste t
O teste t tem como pressuposto a homogeneidade das variâncias, adotou-se o
teste de Levene (Field, 2021) para verificação desse pressuposto nos fatores que
possuíam até duas categorias. Observou-se a homogeneidade das variâncias na amostra
(valor p> 0,05) em todos os fatores analisados conforme demonstrado na Tabela 14.
Tabela 14
Teste de Levene da Média Geral nos Fatores com Duas Categorias
ANOVA
A ANOVA tem como pressuposto a homogeneidade das variâncias, a qual
adotou-se o teste de Levene (Field, 2021) para verificação desse pressuposto nos fatores
que possuíam mais de duas categorias. Observou-se a homogeneidade das variâncias na
amostra (valor p> 0,05) em todos os fatores analisados conforme demonstrado na
Tabela 15.
Tabela 15
Teste de Levene da Média Geral nos Fatores com Mais de Duas Categorias
MANOVA
A MANOVA possui as mesmas condições de aplicação da ANOVA, em que as
observações são independentes, e em que um vetor de médias substitui as médias
individuais, porém expandidas para as características multidimensionais, com a
distribuição normal multivariada e a homogeneidade das matrizes de variâncias –
covariâncias (Marôco, 2021; Pestana & Gageiro, 2014).
análise dos dados (Field, 2021; Marôco, 2021); dessa forma a amostra será considerada
com distribuição normal multivariada.
Vale a pena observar que a MANOVA é ainda um teste válido mesmo com
modestas violações nos pressupostos de normalidade multivariada,
particularmente quando os tamanhos amostrais são iguais e existe um número
razoável de participantes em cada grupo. (Dancey & Reidy, 2019, p. 472)
Nível Geral.
O nível de proficiência nas competências digitais é escalado por pontos, seja nos
resultados gerais ou por área, essa última varia ainda em função da quantidade de
competências, conforme demonstrado anteriormente na Figura 21.
Quanto aos resultados gerais desta investigação, os docentes do ensino superior
português assinalaram uma média geral de 47,88 pontos (escala 0 – 88 pontos),
correspondendo ao nível de proficiência nas competências digitais de B1 – Integrador.
Em relação ao nível de proficiência por área, foi possível identificar que em: (a)
envolvimento profissional; (b) recursos digitais; (c) ensino e aprendizagem; (d)
capacitação dos aprendentes; e (e) promoção das competências digitais dos aprendentes
o nível B1 – Integrador, e, por fim, na área (f) avaliação um resultado inferior, A2 –
Explorador, conforme demonstrado na Tabela 16.
124
Tabela 16
Nível de Proficiência Geral e por Área
EP B1 – 9,77 (3,067)
RD B1 – 7,18 (2,442)
EA B1 – 9,03 (3,630)
AV A2 – 5,55 (2,592)
CA B1 – 6,03 (3,062)
PC B1 – 10,35 (4,299)
Figura 25
Distribuição do Nível de Proficiência nas Competências Digitais
Gênero.
Tabela 17
Nível de Proficiência Geral por Gênero
Teste t
Tabela 18
Teste t do Resultado Geral por Gênero
Tabela 19
Nível de Proficiência por Área e por Gênero
MANOVA
Tabela 20
MANOVA por Gênero
Traço de
,015 2,148 6 839 ,046
Pillai
Por meio das ANOVAs subsequentes pode-se observar que a diferença ocorre
unicamente na área de (a) recursos digitais, conforme demonstrado na Tabela 21.
Tabela 21
ANOVAs Subsequentes por Gênero
EP 3,347 ,068
RD 7,698 ,006
EA ,472 ,492
AV ,002 ,969
CA ,022 ,882
PC ,483 ,487
Nível de Formação.
Tabela 22
Nível de Proficiência por Nível de Formação
ANOVA
Tabela 23
ANOVA por Nível de Formação
ocorre nos doutores (Média = 48,16) e nos mestres (Média = 49,74) com médias
superiores estatisticamente significativas em relação aos licenciados (Média = 42,55).
Tabela 24
Post-hoc de Tukey da ANOVA por Nível de Formação
Nível de Nível de
Erro-padrão Valor de p
Formação Formação
Tabela 25
Nível de Proficiência por Área e por Nível de Formação
MANOVA
Tabela 26
MANOVA por Nível de Formação
Traço de
,037 2,650 12 1.678 ,002
Pillai
Por meio das ANOVAs subsequentes pode-se observar que a diferença ocorre
nas áreas: (a) ensino e aprendizagem; (b) avaliação; e (c) promoção das competências
digitais dos aprendentes, conforme demonstrado na Tabela 27.
Tabela 27
ANOVAs Subsequentes por Nível de Formação
EA 4,724 ,009
AV 7,142 ,001
CA 1,627 ,197
PC 8,488 <,001
Nota. a Graus de liberdade; EP = Envolvimento Profissional; RD = Recursos Digitais; EA = Ensino e
Aprendizagem; AV = Avaliação; CA = Capacitação dos Aprendentes; PC = Promoção da Competência
Digital dos Aprendentes.
Post-hoc MANOVA
Tabela 28
Post-hoc de Tukey da MANOVA por Nível de Formação
Nível de
Áreas Nível de Formação Erro-padrão Valor de p
Formação
Nível de
Áreas Nível de Formação Erro-padrão Valor de p
Formação
Faixa Etária.
Tabela 29
Nível de Proficiência por Faixa Etária
25 – 34 35 – 44 45 – 54 55 – 64 65 – 75
(n=37) (n=214) (n=315) (n=253) (n=27)
Resultados
Nível Nível Nível Nível Nível
Média (DP) Média (DP) Média (DP) Média (DP) Média (DP)
B1 B1 B1 B1 B1
Geral 46,24 46,96 47,75 49,37 44,96
(19,193) (15,992) (16,079) (15,624) (16,549)
Nota. DP = Desvio padrão; Faixa etária em anos.
ANOVA
Tabela 30
ANOVA por Faixa Etária
Tabela 31
Nível de Proficiência por Área em relação à Faixa Etária
25 – 34 35 – 44 45 – 54 55 – 64 65 – 75
(n=37) (n=214) (n=315) (n=253) (n=27)
Resultados
Nível Nível Nível Nível Nível
Média (DP) Média (DP) Média (DP) Média (DP) Média (DP)
B1 B1 B1 B1 B1
EP
9,30 (3,423) 9,79 (2,905) 9,84 (3,098) 9,84 (3,102) 8,81 (3,151)
B1 B1 B1 B1 B1
RD
6,92 (2,722) 7,27 (2,383) 7,09 (2,439) 7,30 (2,408) 6,67 (2,882)
B1 B1 B1 B1 B1
EA
8,76 (4,393) 8,64 (3,556) 9,08 (3,634) 9,40 (3,556) 8,30 (3,550)
A2 A2 A2 A2 A2
AV
5,68 (3,101) 5,36 (2,653) 5,48 (2,565) 5,77 (2,479) 5,52 (2,723)
A2 A2 B1 B1 A2
CA
5,78 (3,301) 5,69 (3,192) 6,06 (2,924) 6,38 (3,083) 5,52 (2,887)
134
25 – 34 35 – 44 45 – 54 55 – 64 65 – 75
(n=37) (n=214) (n=315) (n=253) (n=27)
Resultados
Nível Nível Nível Nível Nível
Média (DP) Média (DP) Média (DP) Média (DP) Média (DP)
B1 B1 B1 B1
B1
PC 10,21 10,26 10,68 10,15
9,81 (4,966)
(4,453) (4,414) (3,856) (4,793)
MANOVA
Tabela 32
MANOVA por Faixa Etária
Tempo de Carreira.
Tabela 33
Nível de Proficiência por Tempo de Carreira
<5 6 – 10 11 – 20 21 – 30 31 – 40 41 – 50
(n=100) (n=96) (n=235) (n=251) (n=140) (n=24)
Resultados
Nível Nível Nível Nível Nível Nível
Média (DP) Média (DP) Média (DP) Média (DP) Média (DP) Média (DP)
B1 B1 B1 B1 B1 B1
Geral 44,50 48,18 47,04 49,87 48,11 46,88
(15,660) (17,180) (15,164) (16,060) (16,512) (16,549)
Nota. DP = Desvio padrão; Tempo de carreira em anos.
ANOVA
Tabela 34
ANOVA por Tempo de Carreira
Tabela 35
Nível de Proficiência por Área e por Tempo de Carreira
<5 6 – 10 11 – 20 21 – 30 31 – 40 41 – 50
(n=100) (n=96) (n=235) (n=251) (n=140) (n=24)
Resultados Nível Nível Nível Nível Nível Nível
Média Média Média Média Média Média
(DP) (DP) (DP) (DP) (DP) (DP)
B1 B1 B1 B1 B1 B1
EP 9,48 9,67 9,80 10,13 9,41 9,58
(3,090) (3,141) (3,062) (2,924) (3,119) (3,752)
B1 B1 B1 B1 B1 B1
RD 6,95 7,58 7,00 7,16 7,34 7,38
(2,520) (2,486) (2,306) (2,492) (2,353) (3,118)
B1 B1 B1 B1 B1 B1
EA 8,40 8,74 8,76 9,62 9,01 9,29
(3,399) (3,966) (3,446) (3,617) (3,721) (3,983)
A2 A2 A2 A2 A2 A2
AV 4,92 5,51 5,36 5,98 5,64 5,08
(2,497) (2,974) (2,370) (2,640) (2,626) (2,104)
A2 A2 A2 B1 B1 A2
CA 5,51 5,90 5,95 6,35 6,17 5,42
(3,093) (3,157) (2,903) (3,104) (3,119) (3,147)
B1 B1 B1 B1 B1 B1
PC 9,24 10,78 10,26 10,63 10,54 10,12
(4,068) (4,729) (4,126) (4,250) (4,270) (5,343)
Nota. DP = Desvio padrão; EP = Envolvimento Profissional; RD = Recursos Digitais; EA = Ensino e
Aprendizagem; AV = Avaliação; CA = Capacitação dos Aprendentes; PC = Promoção da Competência
Digital dos Aprendentes; Tempo de carreira em anos.
MANOVA
Tabela 36
MANOVA por Tempo de Carreira
Traço de
,065 1,830 30 4195 ,004
Pillai
Por meio das ANOVAs subsequentes pode-se observar que a diferença ocorre
nas áreas (a) ensino e aprendizagem; e (b) avaliação, conforme demonstrado na Tabela
37.
Tabela 37
ANOVAs Subsequentes por Tempo de Carreira
EP 1,282 ,269
RD 1,114 ,351
EA 2,368 ,038
AV 3,051 ,010
CA 1,463 ,200
PC 1,827 ,105
Post-hoc MANOVA
Tabela 38
Post-hoc de Tukey da MANOVA por Tempo de Carreira
Tempo de Tempo de
Áreas Erro-padrão Valor de p
Carreira Carreira
6 – 10 ,517 ,986
11 – 20 ,432 ,962
<5 21 – 30 ,428 ,050
31 – 40 ,473 ,795
41 – 50 ,822 ,887
6 – 10 11 – 20 ,438 1,000
21 – 30 ,434 ,324
EA 31 – 40 ,479 ,994
41 – 50 ,825 ,985
11 – 20 21 – 30 ,328 ,091
31 – 40 ,386 ,987
41 – 50 ,775 ,983
21 – 30 31 – 40 ,381 ,591
41 – 50 ,772 ,998
31 – 40 41 – 50 ,799 ,999
<5 6 – 10 ,368 ,596
11 – 20 ,308 ,713
21 – 30 ,305 ,007
31 – 40 ,337 ,277
AV
41 – 50 ,586 1,000
6 – 10 11 – 20 ,312 ,997
21 – 30 ,309 ,652
31 – 40 ,341 ,999
139
Tempo de Tempo de
Áreas Erro-padrão Valor de p
Carreira Carreira
41 – 50 ,588 ,979
11 – 20 21 – 30 ,234 ,084
31 – 40 ,275 ,914
41 – 50 ,552 ,996
21 – 30 31 – 40 ,272 ,803
41 – 50 ,550 ,579
31 – 40 41 – 50 ,569 ,927
Nota. DP = Desvio padrão; Tempo de carreira em anos.
Ciclo de Ensino.
Tabela 39
Nível de Proficiência por Ciclo de Ensino
B1 B1 B2
Geral
45,93 (15,582) 48,65 (15,485) 53,11 (17,847)
ANOVA
Tabela 40
ANOVA por Ciclo de Ensino
Por meio do post-hoc de Tukey, foi possível identificar que essa diferença
ocorre entre os docentes que lecionam no doutoramento (média = 53,11) com médias
superiores estatisticamente significativas aos que lecionam no mestrado (média = 48,65)
e na licenciatura (média = 45,93), conforme demonstrado na Tabela 41, não
identificando, desta forma, a diferença entre os docentes que lecionam no mestrados e
na licenciaturas.
Tabela 41
Post-hoc de Tukey da ANOVA por Ciclo de Ensino
A diferença foi percebida nas áreas: (a) avaliação; e (b) capacitação dos
aprendentes. Os docentes que lecionam no nível mais elevado (doutorado) possuem
nível de proficiência superior (B1 – Integrador) em relação aos que lecionam no nível
menos elevado (licenciatura) (A2 – Explorador).
Tabela 42
Nível de Proficiência por Área e por Ciclo de Ensino
MANOVA
Tabela 43
MANOVA por Ciclo de Ensino
Por meio das ANOVAs subsequentes pode-se observar que a diferença ocorre
em todas as áreas, conforme demonstrado na Tabela 44.
Tabela 44
ANOVAs Subsequentes por Ciclo de Ensino
EP 7,398 ,001
RD 3,276 ,038
EA 9,714 <,001
AV 3,873 ,021
CA 4,454 ,012
PC 14,167 <,001
Post-hoc MANOVA
Tabela 45
Post-hoc de Tukey da MANOVA em Ciclo de Ensino
Modalidade de Ensino.
Tabela 46
Nível de Proficiência por Modalidade de Ensino
B1 B2 B2 B2
Geral
43,17 (15,348) 54,81 (14,204) 58,16 (16,980) 54,59 (12,359)
ANOVA
Tabela 47
ANOVA por Modalidade de Ensino
Por meio do post-hoc de Tukey foi possível identificar que essa diferença está
nos docentes que lecionam na modalidade presencial com médias inferiores (43,17)
estatisticamente significativas em relação aos que lecionam no contexto online em
qualquer proporção (30% = 54,81; 70% = 58,16 e 100% = 54,59), conforme
demonstrado na Tabela 48.
146
Tabela 48
Post-hoc de Tukey da ANOVA por Modalidade de Ensino
presencial (A2 – Explorador). Nas áreas (c) avaliação; e (d) capacitação dos aprendentes
a diferença observada apontou que os docentes que lecionam em qualquer proporção no
ensino online obtiveram nível de proficiência superior (B1 – Integrador), em relação aos
docentes que lecionam 100% no presencial (A2 – Explorador). Na área (e) promoção da
competência digital dos aprendentes, não foram encontradas diferenças em relação à
modalidade de ensino.
Tabela 49
Nível de Proficiência por Modalidade de Ensino
B1 B1 B2 B2
EP
9,02 (3,068) 10,82 (2,644) 11,40 (3,025) 11,20 (2,492)
B1 B2 B2 B1
RD
6,65 (2,381) 8,10 (2,113) 8,14 (2,687) 7,17 (2,871)
A2 B1 B2 B1
EA
7,99 (3,500) 10,48 (3,156) 11,51 (3,744) 10,71 (2,900)
A2 B1 B1 B1
AV
4,91 (2,407) 6,47 (2,600) 7,07 (2,832) 6,32 (1,968)
A2 B1 B1 B1
CA
5,24 (2,934) 7,21 (2,797) 7,74 (3,374) 7,07 (2,563)
B1 B1 B1 B1
PC
9,39 (4,284) 11,72 (3,823) 12,30 (4,729) 12,12 (3,226)
MANOVA
Tabela 50
MANOVA por Modalidade de Ensino
Grau de Grau de
Teste
Valor F liberdade liberdade Valor de p
estatístico
(Hipótese) (Erro)
Traço de
,165 8,118 18 2.517 <,001
Pillai
Por meio das ANOVAs subsequentes pode-se observar que a diferença ocorre
em todas as áreas, conforme demonstrado na Tabela 51.
Tabela 51
ANOVAs subsequentes por Modalidade de Ensino
EP 29.613 <,001
RD 23.712 <,001
EA 42.415 <,001
AV 29.716 <,001
CA 32.962 <,001
PC 24.093 <,001
Post-hoc MANOVA
Tabela 52
Post-hoc de Tukey da MANOVA em Modalidade de Ensino
Modalidade de
Áreas Modalidade de ensino Erro-padrão Valor de p
ensino
70% Presencial –
100% Presencial ,226 <,001
30% online
EP 30% Presencial –
,464 <,001
70% online
Modalidade de
Áreas Modalidade de ensino Erro-padrão Valor de p
ensino
70% Presencial –
,182 <,001
30% online
70% Presencial –
,262 <,001
30% online
Modalidade de
Áreas Modalidade de ensino Erro-padrão Valor de p
ensino
70% Presencial –
,191 <,001
30% online
70% Presencial –
,225 <,001
30% online
70% Presencial –
,320 <,001
30% online
Modalidade de
Áreas Modalidade de ensino Erro-padrão Valor de p
ensino
Tipo de Ensino.
Tabela 53
Nível de Proficiência por Tipo de Ensino
Universitário Politécnico
Resultados (n=520) (n=326)
Nível – Média (DP) Nível – Média (DP)
Teste t
Tabela 54
Teste t em Tipo de Ensino
Tabela 55
Nível de Proficiência por Tipo de Ensino
Universitário Politécnico
Resultados (n=520) (n=326)
Nível – Média (DP) Nível – Média (DP)
MANOVA
Tabela 56
MANOVA por Tipo de Ensino
Por meio das ANOVAs subsequentes pode-se observar que a diferença ocorre
nas áreas (a) envolvimento profissional; e (b) ensino e aprendizagem, conforme
demonstrado na Tabela 57.
155
Tabela 57
ANOVAs Subsequentes por Tipo de Ensino
EP 5,993 ,015
RD ,002 ,967
EA 5,531 ,019
AV ,623 ,430
CA 3,662 ,056
PC 1,876 ,171
Tipo de Estabelecimento.
Tabela 58
Nível de Proficiência por Tipo de Estabelecimento
Público Privado
Resultados (n=776) (n=70)
Nível – Média (DP) Nível – Média (DP)
Teste t
Tabela 59
Teste t em Tipo de Estabelecimento
Tabela 60
Nível de Proficiência por Área e por Tipo de Estabelecimento
Público Privado
Resultados (n=776) (n=70)
Nível – Média (DP) Nível – Média (DP)
MANOVA
Tabela 61
MANOVA por Tipo de Estabelecimento
Rastreio de
,019 2,682 6 839 ,014
Pillai
Por meio das ANOVAs subsequentes, não foi possível identificar em qual área
ocorre a diferença, conforme demonstrado na Tabela 62.
158
Tabela 62
ANOVAs Subsequentes Tipo de Estabelecimento
EP 1,382 ,240
RD 1,303 ,254
EA 3,480 ,062
AV 1,099 ,295
CA 0,001 ,980
PC 0,018 ,894
4.1.3 Discussão
As competências digitais docentes tornaram-se tema de debate e de
desenvolvimento de quadros de referência de diversas instituições em todo o mundo
(ETF & JISC, 2018; INTEF, 2022a; ISTE, 2021; Lucas & Moreira, 2018; UNESCO,
2018).
As diferenças entre os níveis de proficiência nesta discussão serão apresentadas
considerando o nível de proficiência (NP) estabelecido no instrumento, bem como a
identificação de diferença nas médias estatisticamente significativas (ES) nos testes
realizados. O assunto será discutido com base nos resultados gerais e por área, bem
como nas dimensões: (a) pessoal; (b) docência; e (c) institucional, que agrupam os
fatores analisados.
trocas com colegas. São uma fonte de inspiração para os outros, a quem passam o seu
conhecimento” (Lucas & Moreira, 2018, p. 30); ou, no nível C2 – Pioneiro,
“Experimentam tecnologias digitais altamente inovadoras e complexas e / ou
desenvolvem novas abordagens pedagógicas. Lideram a inovação e são um modelo a
seguir pelos outros educadores” (Lucas & Moreira, 2018, p. 30).
Tabela 63
Síntese dos Resultados da Avaliação do Nível de Proficiência – Dimensão Pessoal
Dimensão DP Total
Fator GN NF FE TC
Geral = =2 = = 1
EP = = = = 0
RD 1 = = = 1
EA = a. 2 = 3 2
AV = 2 = 3 2
CA = a b c 3
PC = a. 2 = = 1
Total 1 4 1 3
Notas de nível de proficiência. a Os docentes doutores e mestres possuem nível de proficiência superior
(B1) em relação aos licenciados (A2); b Os docentes que compõe as faixas etárias intermediárias (45 – 54
e 55 – 64 anos) possuem nível de proficiência superior (B1) em relação aos docentes com as faixas etárias
inferiores (25 – 34 e 35 – 44 anos) e superiores (65 – 75 anos) (A2); c Os docentes que compõem as faixas
de tempo de carreira intermediárias (21 – 30 e 31 – 40 anos) possuem nível de proficiência superior (B1)
em relação aos docentes com as faixas de tempo de carreira inferiores (< 5; 6 – 10 e 11 – 20 anos) e
superiores (41 – 50 anos) (A2).
Notas estatísticas. 1 O gênero masculino possui médias superiores estatisticamente significativa em
relação ao feminino; 2 Os docentes doutores e mestres apresentaram médias superiores estatisticamente
significativas em relação aos licenciados; 3 Os docentes que possuem 21 e 30 anos de carreira
apresentaram médias superiores estatisticamente significativas em relação aos que possuem menos de 5
anos.
Quanto ao gênero, o resultado geral indicou não haver diferença (NP e ES). Em
relação às áreas, em recursos digitais foi assinalado competências digitais mais elevadas
no gênero masculino (ES) em relação ao feminino, indicando, dessa forma, haver
diferença em apenas uma (RD) das seis áreas do quadro de referência.
A relação entre competência digital e gênero é contraditória na literatura.
Guillén-Gámez e Mayorga-Fernández (2019) assinalam que fatores pessoais, como
gênero e idade, podem resultar em diferenças no nível da competência digital dos
professores universitários, enquanto Lucas et al. (2021) também destacam haver
resultados de estudos contraditórios (Almerich et al., 2016; Cai et al., 2017; Ilomäki,
2011; Scherer et al., 2015, 2017; Sipilä, 2014), sejam apontando diferença entre os
gêneros “usually favouring males as more competent” (p. 3), bem como a inexistência
dessas diferenças (Krumsvik et al., 2016).
Em relação ao nível de formação, foram encontradas diferenças (ES) nos
resultados gerais, apontam que os docentes doutores e mestres possuem competências
digitais mais elevadas em relação aos licenciados, não identificando a diferença entre
doutores e mestres. Em relação às áreas: (a) ensino e aprendizagem (NP e ES); (b)
avaliação (ES); (c) capacitação dos aprendentes (NP); e (d) promoção das competências
digitais dos aprendentes (NP e ES) assinalaram competências digitais mais elevadas nos
doutores e mestres em relação aos licenciados, não identificando diferença entre
doutores e mestres.
Conforme indicado anteriormente, verifica-se que o nível de formação se
apresenta como o fator mais relevante para o nível de competência digital, apresentando
diferença nos resultados gerais e em quatro das seis áreas do quadro de referência. Os
162
resultados apontam para um maior nível de competência digital nos docentes com mais
elevada formação acadêmica (mestres e doutores). Esse resultado corrobora com
diversos estudos, seja os desenvolvidos por B. Durán et al. (2017) que assinalaram a
relação positiva da titulação acadêmica do docente com o seu nível de competência
digital, ou ainda de Guillén-Gámez e Mayorga-Fernández (2020a) que identificaram
uma relação positiva entre a participação/número de projetos de investigação nacionais
e internacionais e a competência digital, atestando ainda fatores ligados à investigação
vinculados aos níveis mais elevados de formação.
...o maior nível de formação e a proficiência digital docente parece indicar que a
obtenção dos graus acadêmicos de mestre e doutor revela-se um processo
promotor do desenvolvimento destas competências. (Pedro et al., 2021, p. 39)
Tabela 64
Síntese dos Resultados da Avaliação do Nível de Proficiência – Dimensão Docência
Dimensão DD
Total
Fator CE ME
Geral a. 1 c. 5 2
EP 2 c. 5 2
RD 2 d. 5 2
EA 3 e. 5 2
AV b. 2 f. 5 2
CA b. 2 f. 5 2
PC 4 5 2
Total 6 6
70% ou 100%) possuem nível de proficiência superior (B2) em relação aos docentes que lecionam 100%
presencialmente (B1); d Os docentes que lecionam simultaneamente em ambas as modalidades, em
qualquer proporção (30% ou 70%), possuem nível de proficiência superior (B2) aos que lecionam em
apenas uma modalidade (B1), seja ela presencial ou online; e Os docentes que lecionam na proporção 70%
online possuem nível de proficiência superior (B2), seguido dos que lecionam na proporção de 30% ou
100% online (B1) e, com menor nível, estão os que lecionam 100% no presencial (A2); f Os docentes que
lecionam em qualquer proporção no ensino online obtiveram nível de proficiência superior (B1) em
relação aos docentes que lecionam 100% no presencial (A2).
Notas estatísticas. 1 Os docentes que lecionam no doutoramento possuem médias superiores
estatisticamente significativa aos que lecionam no mestrado ou na licenciatura; 2 Os docentes que
lecionam no doutoramento possuem em médias superiores estatisticamente significativas em relação aos
que lecionam na licenciatura; 3 Os docentes que lecionam no doutoramento possuem médias superiores
estatisticamente significativas em relação aos que lecionam no mestrado e na licenciatura; 4 As diferenças
foram entre todos os grupos; 5 Os docentes que lecionam 100% no presencial apresentaram médias
inferiores estatisticamente significativas em relação aos que lecionam online em qualquer proporção.
...o melhor desempenho dos mestres e doutores pode estar relacionado com uma
maior atividade na área de docência, requerendo assim maior investimento na
utilização de diferentes ferramentas para suporte a suas atividades letivas. (C.
Santos, Pedro, et al., 2021a)
avaliação (NP e ES); (d) capacitação dos aprendentes (NP e ES); e (e) promoção das
competências digitais dos aprendentes (ES) os resultados apontam competências digitais
mais elevadas nos docentes que lecionam no contexto online (em qualquer proporção)
em relação aos que lecionam exclusivamente no presencial. Na área (f) recursos digitais,
foram identificadas competências digitais mais elevadas (NP e ES) nos docentes que
lecionam simultaneamente em ambas as modalidades (em qualquer proporção).
Tabela 65
Síntese dos Resultados da Avaliação do Nível de Proficiência – Dimensão Institucional
Dimensão DI
Total
Fator EN ES
Geral = = 0
EP 1 = 1
RD = = 0
EA 1 = 1
AV = = 0
CA a = 1
PC = = 0
Total 3 0
Quanto ao tipo de ensino, os resultados gerais apontam não haver diferença nas
competências digitais. Por área os resultados indicam competências digitais mais
elevadas (ES) em (a) envolvimento profissional (ES); (b) ensino e aprendizagem; e (c)
capacitação dos aprendentes (NP), os docentes vinculados aos institutos politécnicos
assinalavam competências digitais mais elevadas comparadas aos das universidades.
Esse resultado, pelo menos em parte das áreas, encontra eco no estudo realizado
por Vicente et al. (2020) quando afirmam uma relação mais positiva com as tecnologias
digitais por docentes vinculados aos institutos politécnicos quando comparados aos
vinculados às universidades, seja no: (a) uso de tecnologias digitais para experimentar
novos formatos de aprendizagem colaborativa “This claim is more notorious among
teachers from the polytechnic institutes (80.9%) than among teachers from universities
(73,8%)” (p. 10); (b) uso de tecnologias digitais para oferecer aos estudantes
oportunidades de aprendizado personalizadas “and this practice is more evident among
polytechnic teachers (68.7%) than university teachers (56.7%)” (p. 10); (c) uso de
tecnologias digitais para participar de oportunidades de formação online (p. ex.,
MOOCs, webinars, conferências virtuais) na medida que professores universitários
admitem raramente ou nunca participar de tais oportunidades “higher among teachers
from universities (46.3%) than from the polytechnic institutes (32.9%)” (p. 10); e por
fim (d) participação em redes digitais de educação“40.7% of university faculty members
claim to be totally inactive, compared with 29.7% in polytechnic institutes” (p. 11).
Em relação ao tipo de estabelecimento (público ou privado), não foi encontrada
diferença nas competências digitais, seja no resultado geral ou por área.
doutores, 9,1% (n=2) mestres e 13,6% (n=3) licenciados, sendo 59,09% (n=9) do gênero
masculino e 40,91% (n=13) do feminino. Em relação à faixa etária, 13,6% (n=3)
possuíam entre 35 e 44 anos, 40,9% (n=9) entre 45 e 54 anos, e 45,5% (n=10) entre 55 e
64 anos, conforme demonstrado na Tabela 66. Quanto à lecionação, 27,3% (n=6)
lecionam na licenciatura, 36,4% (n=8) no mestrado e 36,4% (n=8) no doutoramento,
sendo que 63,6% (n=14) dedicava-se 30% de sua carga horária online, 22,7% (n=5)
70% online e 13,6% (n=3) 100% online, conforme demonstrado na Tabela 67. Em
relação às características institucionais, 72,7% (n=16) estavam vinculados a
universidades e 27,3% (n=6) a institutos politécnicos, sendo 95,5% (n=21) de
instituições públicas e 4,5% (n=1) de instituições privadas, conforme demonstrado na
Tabela 68.
Tabela 66
Caracterização da Amostra - Dimensão Pessoal (Segunda fase)
Tabela 67
Caracterização da Amostra - Dimensão Docência (Segunda fase)
Nota. a O critério de inclusão nesta fase da investigação foi lecionar no mínimo 30% online.
Tabela 68
Caracterização da Amostra - Dimensão Institucional (Segunda fase)
Tipo de
Universitário Politécnico
Ensino
% (n=) 72,7 (16) 27,3 (6)
Tipo do Público
estabelecim Público Privado Militar e
ento Policial
% (n=) 95,5 (21) 4,5 (1) 0 (0)
Região
Porto e Regiões
Administrat Alentejo Algarve Centro Lisboa
Norte Autônomas
iva
% (n=) 4,5 (1) 4,5 (1) 18,2 (4) 54,5 (12) 13,6 (3) 4,5 (1)
Figura 26
Distribuição dos Entrevistados por Área da CNAEF
Serviços (n=0) 0%
Programas gerais (n=0) 0% Educação (n=1) 4%
Artes e humanidades
(n=1) 5%
Saúde e protecção
social (n=4) 18%
Ciências sociais,
comércio e direito
(n=5) 23%
Agricultura (n=3)
14%
Engenharia, indústrias
transformadoras e
construção (n=4) 18% Ciências, matemática e
informática (n=4) 18%
Tabela 69
Aplicabilidade do DigCompEdu para o Ensino Superior Online
Índice
Áreas Indicador Sem
Sim Neutro Não
resposta
Geral Aplicável 74,38% 18,18% 4,96% 2,48%
Tabela 70
Aplicabilidade do DigCompEdu por Área para o Ensino Superior Online
Índice
Áreas Indicador Sem
Sim Neutro Não
resposta
Muito
Envolvimento Profissional 80,68% 14,77% 1,14% 3,41%
aplicável
Recursos Digitais Aplicável 74,24% 21,21% 0,00% 4,55%
Ensino e Aprendizagem Aplicável 75,00% 19,32% 3,41% 2,27%
Muito
Avaliação 81,82% 16,67% 1,52% 0,00%
aplicável
Capacitação dos Muito
78,79% 13,64% 3,03% 4,55%
aprendentes aplicável
Promoção da Competência
Aplicável 61,82% 21,82% 15,45% 0,91%
Digital dos Aprendentes
Tabela 71
Aplicabilidade da Área: Envolvimento Profissional no Ensino Superior Online
Índice
Área: Envolvimento
Indicador Sem
profissional Sim Neutro Não
resposta
Sim, é bastante diferente, e quem não faz fica de fora, quer dizer, eu sinto que
hoje a comunicação, através de ferramentas digitais é absolutamente central. A
maior parte da comunicação acontece de forma digital, seja entre parceiros, quer
com os stakeholder internos e externos, que é que nós temos. Sem dúvida
nenhuma que eu acho que é absolutamente decisivo essa comunicação
institucional, seja feita com as ferramentas digitais. [Docente Q]
profissional contínuo, e ainda buscar refletir e fornecer feedback crítico sobre políticas e
práticas digitais ao nível institucional.
Espera-se também a procura de auxílio junto a outros colegas objetivando a
melhoria e o desenvolvimento da prática digital e pedagógica, buscando assim expandir
e melhorar continuamente o repertório de práticas pedagógicas digitais, contribuindo,
dessa forma, ativamente para o incremento do desenvolvimento de práticas, políticas e
visões institucionais sobre o uso de tecnologias digitais.
Esta competência foi considerada “muito aplicável” para o ensino superior
online, conforme demonstrado anteriormente na Tabela 71.
Os entrevistados demonstraram refletir sobre o próprio uso das tecnologias
digitais, seja em relação: (a) à sua continuidade “Sim, eu acho que é importante, porque
eu penso que o digital é uma ferramenta que veio para ficar, com as quais teremos que
cada vez trabalhar mais.” [Docente S]; e o (b) sentido de utilização:
Para mim as tecnologias nunca surgiram isoladas, como de forma isolada, como
tecnologia só por tecnologia, nunca, eu sou de uma área que é didática das
ciências, logo para mim tecnologias surgem sempre com uma aplicação prática,
ou seja, integradas em estratégias de ensino. [Docente B]
Nós temos essa cultura na minha instituição, nós no final de cada ano educativo
fazemos essa avaliação, fazemos um relatório, um dossiê, técnico tecnológico. E
de facto, temos um inquérito para os alunos, onde eles se pronunciam sobre
todas as áreas, desde tudo sobre o próprio professor, vários critérios relativos à
docência, ao acompanhamento, à pontualidade, aos conteúdos, enfim, a
177
metodologia, tudo isso, a avaliação, etc., como também aos recursos disponíveis
e disponibilizados pela instituição. [Docente Q]
Sem dúvida, precisamente porque a minha área tem a ver com a área da didática
das ciências, logo sirvo-me de muito destes recursos, logo que aprendendo vou
integrando, logo traduz-se num grande desenvolvimento da minha prática...
[Docente B]
Tabela 72
Aplicabilidade da Área: Recursos Digitais no Ensino Superior Online
Índice
Área: Recursos
Indicador Sem
digitais Sim Neutro Não
resposta
interessa, são as potencialidades dos recursos para determinados fins, logo isso é
decisivo ou sempre que eu vejo algo, exploro.” [Docente B]; e:
É, sem dúvida, porque nem todos permitem as mesmas coisas, nem todos se
aplicam aos mesmos contextos, quando isso começou aliás, mais uma vez a
pandemia obrigou a muitas coisas, a própria escola criou uma sob égide do
conselho pedagógico, foi criado um grupo de trabalho justamente para avaliar e
estudar capacidades de várias ferramentas de ensino online. [Docente P]
Obviamente há pessoas que têm todo o direito de não permitir e, por isso é que
existem o licenciamento Creative Commons e as pessoas têm todo o direito de
decidir qual é o tipo de direito de autor que querem fazer respeitar. [Docente H]
182
É a grande questão que se levanta neste momento, tem muito a ver com o que
disse, com proteção de dados, dados com a reserva de direitos. Essa é uma
matéria que está, que tem uma regulamentação europeia recente, está também já
nos diversos cantos do mundo, é uma preocupação cada vez maior. [Docente Q]
Sim, é uma área que nós todos podemos estar despertos para ela, às vezes não é
linear, não é nítida a fronteira até onde é que podíamos ir, onde é que não pode
ir, onde é que é plágio, deixa de ser plágio onde enfim de tudo isso. [Docente Q]
dos conteúdos que são desenvolvidos, com os direitos de autor associados à instituição
e, portanto, esses conteúdos não devem ser partilhados a não ser com os estudantes
legalmente inscritos nos programas.” [Docente E]; e ainda:
Bom, quando trabalho com alunos claro que são recursos que estão a ser
utilizados, mas estão a ser utilizados no grupo/turma, não são propriamente para
passar desse ambiente. Logo é um ambiente restrito, claro que tenho cuidado
também cada vez mais com aqueles recursos que utilizo, que são recursos para
os quais nós temos licença. [Docente B]
Mais uma vez nós, neste momento no ensino superior, estamos muito
condicionados pelo RGPD, pelo Regulamento Geral de Proteção de Dados,
temos sempre que ter algum cuidado do que é compartilhado e de que conteúdos
e que podem ser compartilhados ou não. [Docente J]
Eu acho que é assim, tudo o que obviamente motivar e estando ao abrigo da Lei
Geral da Proteção de Dados, para que agora estamos, como motivar a
identificação de uma determinada questão, e que afetam um determinado aluno,
num determinado momento, obviamente temos que ter essa preocupação.
[Docente N]
Destaca-se que parte dos entrevistados deposita nas plataformas online parte
desta responsabilidade “Mas tem muito a ver com as plataformas que as pessoas usam,
por exemplo, a plataforma Moodle tem imenso cuidado com os direitos de privacidade e
o respeito pela privacidade.” [Docente H] e:
Tabela 73
Aplicabilidade da Área: Ensino e Aprendizagem no Ensino Superior Online
Índice
Área: Ensino e
Indicador Sem
aprendizagem Sim Neutro Não
resposta
Novas por novas, eu acho que não. Eu acho que voltando ao princípio aquela
pergunta que fez no início, quando no processo de reflexão nós percebemos que
há coisas que podem ser melhoradas, aí sim, é importante introduzir as
ferramentas que nos permitem melhorar esses processos. [Docente E]
Mas tem a ver com o que eu disse em relação a diversidade dos estudantes, nós
não podemos chegar à sala de aula e pensar que todos os alunos têm um
telemóvel e sabem usar os recursos absolutamente. Não é verdade, até porque, é
186
verdade, todos têm telemóvel e todos têm imensas redes sociais, mas cada um
deles faz o uso dessas redes sociais e no seu telemóvel e dos recursos de forma
diferente. [Docente H]
A competência orientação prevê, por parte dos educadores, o uso das tecnologias
e serviços digitais para melhorar a interação com os aprendentes, individual e
coletivamente, dentro e fora das atividades de aprendizagem, bem como proporcionar
orientação e assistência oportuna e dirigida, experimentar e desenvolver novos formatos
e formas para oferecer orientação e apoio aos estudantes.
São preconizadas como atividades pelo DigCompEdu, nesta competência, o uso
de ferramentas de comunicação digital para responder prontamente às perguntas dos
aprendentes, interagir, monitorizar remotamente os processos e oferecer-lhes orientação
intervindo quando necessário, além de experimentar e desenvolver novas formas e
formatos de oferecer orientação e apoio.
Esta competência foi considerada “muito aplicável” para o ensino superior
online, conforme demonstrado anteriormente na Tabela 73.
Os entrevistados relataram o aumento da frequência da comunicação
relacionados à orientação online “Pronto, era isso que também disse há pouco, se torna
muito mais fácil. Conseguimos reunir muito mais frequentemente, a cada vez menos eu
tenho um report de alunos dizendo que não reuniram o suficiente.” [Docente F],
contudo, também indicam pontos negativos decorrente desse aumento de frequência:
Online nem param para pensar, portanto, agora surgiu esta dúvida, vou ler isso,
não sei o que é que é isso, escreve ao professor. Mas daqui a pouco estou lendo
outra coisa e escreve ao professor, portanto, a comunicação tornou-se muito
mais intensa. [Docente J]
Portanto eu, por exemplo, cheguei em uma determinada altura que não aceito
perguntas por e-mail. Põe no fórum, todos veem a pergunta, todos vem a
resposta, que é para que não virem outros 20 fazerem a mesma pergunta.
Portanto, habituei-os a não enviar e-mail porque eu não iria responder. [Docente
J]
187
Eu sou coordenador do mestrado e devo dizer que o ano em que tivemos mais
alunos a terminar o projeto, a dissertação, foi exatamente ano passado. Nós
estudamos o assunto e procurei perceber as causas, e porque, quer dizer um ano
de pandemia porque de facto nós fizemos esse trabalho de orientação à distância,
de uma forma permanente. [Docente Q]
Por exemplo, eu tive que transformar todos os trabalhos que era de duas ou três
pessoas em individuais, porque as pessoas não arranjavam maneiras de falarem,
tinham um ritmo de vida que tem tempo para ir as aulas, mas não têm tempo de
conversar uns com os outros. [Docente C]
Tem que se arranjar uma maneira, lógico, mas a colaboração entre os alunos,
podem ser em termos de perguntas ou dúvidas, `onde foste buscar isso ou
aquilo´. Muitos em trabalhos ainda não vi isso, as pessoas todas me pedem
trabalhos individuais, não porque não gostam um dos outros, mas porque não
têm maneira de se encontrar. [Docente C]
[Docente F]; “Isso eu acho que não, piorou um pouco, quando eles fazem trabalho de
grupo, estão juntos é melhor do que quando estão separados por zoom” [Docente M]; e
“Nas últimas aulas com os estudantes falamos um pouco disso, que não facilita tanto o
online.” [Docente T].
Parte dos entrevistados reconhecem a importância das tecnologias digitais na
aprendizagem colaborativa “Muito importante, as tecnologias é aquilo que permite aos
estudantes interagirem entre eles, não é, portanto, quanto mais desenvolvidas elas
tiverem, mais facilmente os estudantes interagem e trabalham em conjunto.” [Docente
E], reconhecem, pelo menos em parte, os benefícios para o ensino online “É importante
no ensino online, como também é importante no ensino presencial, ou seja, nós temos
que aprender a trabalhar em colaboração ou a viver em sociedade.” [Docente B], bem
como as vantagens desse modelo:
autorregulação das aprendizagens. Porque eles acumulam tudo mesmo, matéria até a
data do teste, depois de tudo para o teste.” [Docente N] e “A autorregulação dos
estudantes é uma coisa que eu acho que falha na maior parte dos alunos, eu dou aula nos
4º e 5º anos e ainda sinto essas falhas, portanto tem que ser trabalhado cedo.” [Docente
D].
Os entrevistados levantam diversos motivos que podem estar relacionados com a
ausência desta competência, referindo-se: (a) fatores culturais:
Acho que há pessoas que por motivos próprios são mais autorreguladas e mais
capazes de trabalho autônomo, de resolução de dificuldades de forma autônoma
e há pessoas que não, que reagem melhor ao ensino presencial mais estruturado
e mais expositivo e no fundo reagem melhor a um processo de aprendizagem
mais passivo. [Docente I]
Eles não têm a maturidade para o fazerem. Estamos falando de alunos do ensino
superior e que têm entre os 17 e os 22 anos de idade. Os de 17 anos que eles
entram com ensino superior de repente, cai em um online na mesa, mas nem
sequer sabem como desenvolver a sua autonomia, no fundo é como uma criança
de lá no seu desenvolvimento e é a primeira vez que é confrontada com um
garfo e uma faca, para olhar para os talheres e vai espetar o garfo na testa,
porque não sabe para que é que aquilo serve, não sabe como é que manuseia os
equipamentos. [Docente J]
Tabela 74
Aplicabilidade da Área: Avaliação no Ensino Superior Online
Índice
Área: Avaliação Indicador Sem
Sim Neutro Não
resposta
A competência estratégias de avaliação prevê por parte dos educadores o uso das
tecnologias digitais para a avaliação formativa e sumativa, além de melhorar a
diversidade e adequação dos formatos e abordagens de avaliação.
São preconizadas como atividades pelo DigCompEdu, nessa competência, a
utilização das tecnologias digitais para a melhoria das estratégias de avaliação formativa
e sumativa em testes utilizando simulações ou tecnologias digitais específicas de um
192
Agora num exame que seja completamente online, isso aí sim é possível usar
qualquer coisa. Por exemplo, na universidade em que atuo o nosso modelo
pedagógico de primeiro ciclo prevê que sigam com uma vertente da avaliação
contínua, possam realizar dois pequenos trabalhos para submeter. [Docente A]
Com a diversidade das áreas de docência dos entrevistados, foi possível analisar
em diferentes prismas as estratégias de avaliação, como avaliação clínica por parte de
estudantes na área da saúde:
Mas também facilita, por exemplo, na nossa área que trabalhamos muito com
imagens de doenças e assim a avaliação online vem facilitar o material que eu
disponibilizo ao aluno, por exemplo, para ele fazer uma avaliação clínica de uma
situação e responder em consequência dessa, qual seria a opção, terapêutica ou
cirúrgica que eu utilizaria. Isso me facilitaria porque eu não tenho que imprimir
fotografias, ficam sempre mal nas impressoras, não tem que imprimir raio X,
não tem que imprimir ecografia, facilitara muito os conhecimentos da avaliação.
[Docente D]
193
Não pode ser o regime do teste, do exame escrito, da mesma forma que era feito,
tem que ter outras componentes, porque é evidente que o aluno está à distância,
portanto, nada nos garante que seja o próprio que está fazendo sem uma forma
de contornar as situações e podemos estar sendo muito injustos depois na
avaliação. [Docente Q]
Evidência digitais do tipo, quantas vezes acedeu aos conteúdos, quantas vezes
descarregou, na realidade, não me parecem muito relevantes. Eu penso que há
algumas evidências digitais, se elas fizerem parte da avaliação no sentido de, por
exemplo, participação num grupo de discussão. Mas não pode ser o número de
participações, tem que ser o que é que foi dito nesse grupo de discussão.
[Docente E]
Sim, tivemos há uns dois ou três anos um projeto que utilizada o Google
Analytics, que era ótimo, eu não geria nada, só recebia o resultado, havia uma
empresa que fazia isso, portanto, isso não é um conhecimento que não está nas
mãos de todos nós. [Docente C]
Sim, acho que sim. É uma coisa que eu gostaria mais de explorar e que não
explorei até agora, mas eu acho que a data analysis que o online permite fazer,
por exemplo, de forma muito superficial consigo ver quando é que um exercício
funcionou ou não funcionou, simplesmente pelos resultados obtidos ou pela
duração que os alunos passaram a fazer o exercício, e esse tipo de informação é
excelente para desenvolver outros materiais e para melhorar os atuais. [Docente
H]
No online há uma maior preocupação com o feedback, até porque existe essa
insegurança de não estarmos presentes e, portanto, leva-nos a criar momentos,
de feedback sistemático, como controlo para sabermos se os próprios alunos
estão envolvidos no processo, se não estão desligados. Portanto, aí o feedback é
fundamental, é crítico no processo de aprendizagem online. [Docente Q]
196
Importante destacar que o feedback é mais uma atividade dentre tantas outras
envolvidas do processo de ensino, porém, mesmo com a importância atestada, os
entrevistados assinalam aumento da carga de trabalho “Sim, é muito importante
também, é na área em que eu falho mais, porque tenho muitos alunos, devia ser o mais
rápido possível.” [Docente I]; ao mesmo tempo indicam que:
Tabela 75
Aplicabilidade da Área: Capacitação dos Aprendentes no Ensino Superior Online
Índice
Área: Capacitação
Indicador Sem
dos aprendentes Sim Neutro Não
resposta
Já agora, que estas plataformas têm pensado no Moodle ou até mesmo nosso
sistema de informação da universidade (...), dá para aumentar também as letras,
dá para usar screen riders, dá para ver a versão mobile... Portanto, a estas noções
de acessibilidade e apesar de ainda haver um longo caminho a percorrer,
felizmente muitas das plataformas online já têm em conta questões de
acessibilidade, o que também facilita aqui um pouco. [Docente P]
No processo online torna-se mais isolado, a pessoa está mais isolada, depende
mais de si. Se tem dificuldades, aí os recursos são absolutamente decisivos, ou
está munido dos recursos que permitam ultrapassar essas suas limitações, ou está
199
Acho que é aqui uma brecha grande do nosso ensino. Nós às vezes exigirmos,
mas não percebemos que estamos usando coisas que são deles, e às vezes,
muitas vezes estamos em sítios, onde o acesso a determinada rede só dá para
estar em 30 ou 40 pessoas ligadas e as outras 60 têm que usar os dados próprios.
[Docente N].
que está desvalorizado. Portanto, tentar ensinar todos os alunos com a mesma
progressão, da mesma maneira, com a mesma metodologia, já desde os anos 50
do século passado, que foi questionado e, portanto, é impossível. O que nós
tentamos fazer é o nosso melhor, como professor. [Docente H]
É absolutamente necessário, no processo online não vejo por que não, aliás, é
próprio, é adequado exatamente para essas situações, um estudante, tem maior
disponibilidade, pode fazer mais rápido, o estudante com menos disponibilidade
pode ser mais lento, sem dúvida o online tem mesmo essa vantagem, não
importa o tempo ou quando. [Docente T]
Além de “Seria o ideal, mas isso era um desafio no presencial, agora no online,
pode ter a facilidade para que isso aconteça.” [Docente Q].
Porém, os entrevistados relatam restrições em relação à efetiva adoção de
práticas de diferenciação e personalização, seja por (a) limitações legais:
Acreditar, acredito, mas não pratico. Então seguimos com isto, não tenho
hipótese de o praticar ou pelo menos ainda não digo, ainda não tive essa
capacidade de conseguir deixar que avancem em uma velocidade diferente dos
demais e tenho essa necessidade para resolver. [Docente O]
Sim, acho que isso é muito importante. Mas, o processo que temos atualmente
dificulta essa opção, ou melhor acho que hoje não é opção. No ensino superior
acho que esse processo neste momento dificilmente é opção, porque temos uma
agência de avaliação e acreditação que estipula, que avalia e que define, que é
muito formal e que o processo tem que estar perfeitamente definido, tem que se
estandardizado e ainda não tem o espaço suficiente para atender a percursos
formativos diferenciados. [Docente Q]
Depende um pouco do grau de ensino, nos graus mais baixos, no primeiro ciclo
normalmente, isso não é possível, no segundo ciclo e no terceiro ciclo é muito
frequente, não só através das ações opcionais, mas também dentro das próprias
unidades curriculares não é muito comum, mas pode ser feito, haver percursos
diferentes. [Docente A]
201
e (c) operacional:
E depois, como é que eles saem diferenciados nos diplomas? Essa parte faz me
toda confusão. Nesse aspecto, aqui estamos aplicando o que é clássico e todos
têm que cumprir isso, todos têm que cumprir aquilo, com notas diferentes, claro,
com classificações diferentes. [Docente M]
ou por (b) serem mais jovens e vocacionados para o online “Mas não vejo diferenças, no
envolvimento, talvez entre os mais jovens, talvez se verifiquem maior envolvimento
porque estão muito vocacionados para fazer tudo o que for online.” [Docente F].
Os entrevistados, de uma forma geral, atestam a importância do envolvimento
ativo no ensino online “Se nós não conseguirmos que os estudantes se envolvam nas
atividades de aprendizagem com entusiasmo, nós, não estamos fazendo o nosso trabalho
como deve ser, não é?” [Docente E]; “Sim, o ativo é fundamental. Isto com Bolonha é
imperativo, o aluno tem que ter um papel ativo na busca do conhecimento.” [Docente
O]; e “Eu acho que é sempre mais difícil estimular a participação deles online,
presencial conseguimos comunicar melhor e estimular que participem, interajam e
colaborem.” [Docente Y].
Tabela 76
Aplicabilidade da Área: Promoção da Competência Digital dos Aprendentes no Ensino
Superior Online
Devo, no entanto, dizer o seguinte, nestes anos todos de experiência que nós
temos, nunca conseguimos disponibilizar ferramentas de comunicação e
colaboração que fossem utilizadas pelos estudantes, isto é, eles procuram outras,
que não são controladas por nós. [Docente E]
Sim, mas ainda estou aí numa fase exploratória desse procedimento, porque eu
também preciso aprender a usar as ferramentas e preciso de me adaptar a elas e
perceber como é que elas funcionam antes de as implementar e as atribuir aos
alunos. [Docente H]
Hoje em dia, as coisas são muito mais complexas, porque o computador deixou
de ser uma máquina rudimentar, uma ferramenta só para ajudar aqui, ali, naquilo
que era essencial e passou a ser uma peça central na vida de praticamente todos
nós, e têm um grau de sofisticação que é incomparável àquilo que era o antigo.
[Docente A]
A competência uso responsável prevê por parte dos educadores a utilização das
tecnologias digitais, a tomada de medidas que garantam o bem-estar físico, psicológico
e social dos estudantes, bem como a capacitação dos mesmos e para gerir riscos e usar
as tecnologias de forma segura e responsável.
São preconizadas como atividades pelo DigCompEdu a transmissão aos
aprendentes de uma atitude positiva em relação às tecnologias digitais, os incentivando
à utilização criativa e crítica, à capacitação dos mesmos em relação à proteção de
dispositivos, conteúdo digital e os dados pessoais, para que possam assim compreender
as medidas de segurança, proteção, riscos, ameaças e privacidade em ambientes digitais.
Espera-se ainda dos docentes que possuam consciência do papel das tecnologias
digitais no domínio do bem-estar e na inclusão social e no impacto ambiental da sua
utilização, sendo possível ainda monitorizar o comportamento de outros estudantes nos
ambientes digitais para salvaguardar o seu bem-estar e proteger a si e aos outros,
reagindo de forma imediata e eficazmente quando ameaçados em ambientes digitais
(cyberbullying).
Esta competência foi considerada “pouco aplicável” para o ensino superior
online, conforme demonstrado anteriormente na Tabela 76.
Embora considerada “pouco aplicável”, parte dos entrevistados relatam a
importância desta competência no ensino online:
Mas a partir do momento em que implica que nós estamos online também em
contato com os nossos utentes, e essa questão da segurança passou a ser também
muito importante de ser incorporada nos nossos conteúdos. [Docente G]
Portanto, uma coisa é eu ter um ensino online com crianças, do liceu, outra coisa
é falar de adultos, (...) devemos ter boas práticas nesse sentido na utilização
correta dos recursos. [Docente E]
Importante destacar que, no ensino superior, parte dos estudantes são potenciais
futuros professores, o que torna esta promoção ainda mais importante nesses cursos de
formação:
tecnologias e formas também que lhes permitam que os capacitem para detectar
em determinadas situações que sejam perigosas. [Docente B]
The capacity to develop and project a positive digital identity or identities and to
manage digital reputation (personal or organisational) across a range of
platforms; to build and maintain digital profiles and other identity assets such
as records of achievement; to review the impact of online activity; to collate and
curate personal materials across digital networks. Digital wellbeing An
understanding of the reputational benefits and risks involved in digital
participation. (p. 3)
The central roles associated with the interactions were (a) content facilitator,
(b) meta-cognition facilitator, (c) process facilitator, (d) advisor/counselor,
assessor (formative and summative), (e) technologist and resource provider. The
peripheral roles were (a) manager/administrator, (b) designer, (c) co-learner,
and (d) researcher. (2009, pp. 388–389)
8
Material/contente; Structure/virtual environment; Communication, cooperation and interactivity;
Student assessment; Flexibility and adaptability; Support (student and staff); Staff qualifications and
experience; Vision and institutional leadership; Resource allocation; e The holistic and process aspect.
216
O ISTE atualizou recentemente os seus standards que, por sua vez, têm como
objetivo servir como uma estrutura para inovação e excelência em aprendizagem, ensino
e liderança. Nesse, é possível encontrar uma seção específica destinada aos educadores,
que possui a área Learning Catalyst (área 2) indicando a competência (2.4)
Collaborator, a qual é descrita como competência cultural de comunicação com
estudantes e colegas, além de interagir como colaborador na aprendizagem dos
estudantes (ISTE, 2021).
Albrahim (2020) identifica e organiza as competências para o ensino online em
seis categorias 9 descritas em tarefas ou declarações de desempenho. No seio dessas a
interação está relacionada com duas categorias: (a) pedagógicas e (b) sociais e de
comunicação. Na categoria competências pedagógicas declara que os professores online
eficazes devem compreender os fundamentos do ensino e da pedagogia online,
demonstrando esse entendimento por meio da aplicação de vários princípios e
estratégias, e ainda indica como estratégia a promoção da interação em grupo,
colaboração e trabalho em equipe. Na categoria habilidades sociais e de comunicação
declara que a comunicação ativa e a presença social são vitais para envolver os
estudantes online, utilizando para tal diferentes ferramentas de comunicação. Os
docentes devem assim se comunicarem com eficiência e promover a interatividade entre
os estudantes, indicando ainda como estratégias a facilitação e a permanência da
discussão interativa e a troca de informações.
Para Bustos-Contell et al. (2021), uma das principais causas do fracasso do
ensino online é a ausência de contato pessoal e, mais especificamente, sentimentos de
solidão e isolamento, podendo assim a interação atuar diretamente para mitigar estes
sentimentos.
No DigCompEdu, a interação é referida apenas na área (a) ensino e
aprendizagem na competência 3.2 Orientação “ Usar tecnologias e serviços digitais para
melhorar a interação com os aprendentes, individual e coletivamente, dentro e fora da
9
Pedagogical; content; design; technological; management and institutional; and social and
communication.
217
10
http://www.ijdc.net/
11
www.sherpa.ac.uk/index.html
12
https://www.dcc.ac.uk/
219
recursos digitais, recursos esses que serão sempre o primeiro e o mais proeminente meio
de contato.
No DigCompEdu, na área recursos digitais, há as competências (a) seleção, (b)
criação e modificação e, por fim, a (c) gestão, proteção e partilha; englobando assim
apenas uma parte da curadoria digital. Embora o DigCompEdu tenha sido desenvolvido
naturalmente com o uso de tecnologias digitais, não considerou as especificidades das
diferenças envolvidas nos níveis educacionais nem da modalidade de ensino, tão
diferente é o processo de seleção de um recurso realizado para estudantes do primeiro
ciclo e do secundário, bem como de uma licenciatura ou de um doutoramento,
igualmente diferente, entre a modalidade presencial para o online. Importante assinalar
que o DigCompEdu não faltou em apresentar essas diferenças, pois o seu objetivo foi
fornecer competências digitais gerais aos educadores.
Dessa forma, essa competência foi incluída no mapeamento das competências
digitais necessárias para a docência no ensino superior online.
13
Policies, structures and processes for the quality assurance of e-assessment; learning assessment;
authenticity, transparency and authorship; infrastructure and resources; learner support; teaching staff;
learning analytics; and public information.
221
14
Pedagógica, Profesional, Digital y Diseño
15
Diseño instruccional; estrategias de enseñanza-aprendizaje; evaluación y retroalimentación;
comunicación efectiva; liderazgo; transferencia del conocimiento; tutorías formación académica;
experiencia profesional; membresías en colegios y academias; formación en tic y herramientas digitales;
experiencia en ambientes virtuales de aprendizaje; experiencia con laboratorios virtuales; productividad
académica y productividad científica.
229
16
https://orcid.org/
17
https://www.doi.org/
18
https://www.issn.org/
19
https://www.isbn-international.org/
20
https://clarivate.com/wp-content/uploads/dlm_uploads/2021/05/Journal-Citation-Indicator-discussion-
paper.pdf
21
https://www.scopus.com/sources
22
https://www.scimagoir.com/
231
Na advantage of online surveys is that they can validate responses, such as not
allowing a text response for a question that requires a number. In theory, the
data will be cleaner than what is generated from a paper form, provided the
researcher has Applied rigor our survey design principles. (Creswell &
Guettterman, 2021, p. 184)
...for documents and visual materials, the process of record information may be
informal (taking notes) or formal (optically scanning the material to develop a
complete computer text file). For observation and interviews, qualitative
inquirers use specially designed protocols. Data-recording protocols are forms
designed and used by qualitative researchers to record information during
observations and interviews. (Creswell & Guettterman, 2021, pp. 257–258)
Web-Based Video Interviews: An option that does allow both audio e video
communication at a distance is to conduct interviews through video conferences.
Applications such as Skype, Facetime, and Google Hangouts allow you to set up
a video conference with anyone on the globe who as an internet connection and
account with that service. (p. 184)
qualitative data collection, you will collect text or words through interviewing
participants or by writing field notes during observations” (Creswell & Guettterman,
2021, p. 275). Diversas ferramentas digitais, com propósitos distintos, são amplamente
adotadas por investigadores e instituições, como ferramentas específicas para a
transcrição, por exemplo, o Transkriptor, NVivo Transcription e Microsoft Transcribe
e, para análise de dados, por exemplo, o ATLAS.ti, NVivo e MAXQDA.
Mirete (2015) desenvolveu o instrumento TIC (ACUTIC), validado em docentes
do ensino superior, possuindo três dimensões: atitude, conhecimento e uso das TIC. Na
dimensão conhecimento, trata especificamente de programas de análises de dados como
o SPSS e o Atlas. A mesma autora, Mirete (2016), identificou médias inferiores no
domínio do tratamento estatístico de dados ligados diretamente à investigação (média
3,02 de uma escala de 5) em relação aos programas básicos como Word e PowerPoint
(média 4,22 de uma escala de 5), demonstrando assim a necessidade do aumento das
competências necessárias à análise e tratamento de dados, sejam eles quantitativos, ou
qualitativos, ficando evidente assim a forte componente digital no processo de recolha,
tratamento e análise de dados, devendo assim os docentes do ensino superior possuírem
tais competências digitais.
Dessa forma, esta competência foi incluída no mapeamento das competências
digitais necessárias para a docência no ensino superior online.
23
Pedagogical; content; design; technological; management and institutional; and social and
communication.
235
24
Content; pedagogy; design; communication; technology; and management.
238
Tabela 77
Validação da Competência da Área: Envolvimento Profissional
Índices
Competência Indicador Sem
Sim Não Neutro
resposta
Gestão de
múltiplas 59,09% 13,64% 18,18% 9,09%
identidades Válida
digitais (n=13) (n=3) (n=4) (n=2)
profissionais
Tabela 78
Validação das Competências da Área: Recursos Digitais
Índices
Competência Indicador Sem
Sim Não Neutro
resposta
Tabela 79
Validação das Competências da Área: Avaliação
Índices
Competência Indicador Sem
Sim Não Neutro
resposta
Processo 59,09% 13,64% 9,09% 18,18%
avaliativo Válida
online (n=13) (n=3) (n=2) (n=4)
Tabela 80
Validação da Competência da Área: Capacitação dos Aprendentes
Índices
Competência Indicador Sem
Sim Não Neutro
resposta
Novas áreas.
Tabela 81
Validação das Competências da Área: Literacia Científica Digital (LCD)
Índices
Competência Indicador Sem
Sim Não Neutro
resposta
Publicação e
gestão de autoria Muito 86,36% 13,64% 0,00% 0,00%
na produção válida (n=19) (n=3) (n=%) (n=%)
científica
Pesquisa,
seleção e Muito 81,82% 4,55% 0,00% 13,64%
divulgação válida (n=18) (n=1) (n=0) (n=3)
científica
Recolha, 77,27% 13,64% 0,00% 9,09%
Muito
tratamento e
válida (n=17) (n=3) (n=0) (n=2)
análise de dados
Tabela 82
Validação das Competências da Área: Gestão Digital do Ensino e da Aprendizagem
Online (GEP)
Índices
Competência Indicador Sem
Sim Não Neutro
resposta
Concepção e
desenvolvimento 77,27% 22,73% 0,00% 0,00%
Muito
de cursos e
válida (n=17) (n=5) (n=0) (n=0)
unidades
curriculares
Organização,
acompanhamento
e gerenciamento 59,09% 22,73% 9,09% 9,09%
Válida
de cursos e (n=13) (n=5) (n=2) (n=2)
unidades
curriculares
Gestão de
estudantes, 72,73% 22,73% 4,55% 0,00%
Válida
usuários e (n=16) (n=5) (n=1) d(n=0)
permissões
4.2.4 Discussão
Nesta seção, será discutida incialmente a Primeira Etapa: Aplicabilidade do
DigCompEdu no Ensino Superior (seção 4.2.1), desta segunda fase da investigação,
vinculada ao objetivo específico B. Em seguida, será discutido brevemente o
mapeamento das competências digitais para a docência no ensino superior, alinhado
com o objetivo específico C; esta discussão será resumida em virtude da seção em que
os resultados foram apresentados e analisados em simultâneo (seção 4.2.2). Por fim, o
processo de validação destas competências, alinhado com o objetivo específico D, o que
resultou no e-DigCompEdu: quadro de referência das competências digitais docentes do
ensino superior online, este alinhado com o objetivo geral e apresentado como produto
245
25
https://education.ec.europa.eu/selfie-for-teachers
26
https://education.ec.europa.eu/selfie/registration-procedure
246
Figura 27
Quadro de Referência e-DigCompEdu
Descrição
Gerenciar diversas identidades digitais profissionais, sejam elas em sistemas
internos ou externos à instituição. Promover a segurança de identidades digitais com
diversos recursos e estratégias. Avaliar previamente a criação de uma identidade digital,
externa à instituição, as políticas de privacidade e de proteção de dados a essas
associadas, bem como ferramentas de proteção de acesso à mesma.
Atividades
27
PDF/Universal Accessibility
28
ISO 14289 - Document management applications — Electronic document file format enhancement for
accessibility
29
https://www.w3.org/TR/WCAG20/
249
Tabela 83
Quadro da Competência: Gestão de Múltiplas Identidades Digitais Profissionais
Descrição
Interagir por meio de diferentes dispositivos e ferramentas digitais, incluindo as
mídias sociais, de forma síncrona e assíncrona, individual e coletivamente com colegas
docentes e investigadores, integrando estratégias de ensino em direção ao objetivo
pedagógico pretendido. Considerar critérios de acesso às tecnologias pelo estudante na
escolha do tipo e forma de interação.
Atividades
1. Utilizar diferentes ferramentas para interação síncrona com os
estudantes, p. ex., videoconferências e chats;
251
Tabela 84
Quadro da Competência: Interação Online
Declarações de
Progressão
proficiência
A1 – Recém-chegado Fazer uso limitado da Interajo limitadamente
interação. com os estudantes e
disponibilizo o conteúdo
necessário no AVA
institucional.
A2 – Explorador Utilizar ferramentas Interajo assincronamente
básicas de interação. com os estudantes por
meio de mensagem de e-
mail e via ambiente
virtual.
Interajo sincronicamente
com os estudantes por
videoconferência.
B1 – Integrador Identificar e avaliar com Identifico, dentro de
critérios básicos diversas ferramentas de
ferramentas de interação. interação, as mais
adequadas à minha
metodologia e ao conteúdo
a ser ensinado.
Incentivo a interação entre
os estudantes em salas em
simultâneo ou em fóruns
de discussão.
252
Declarações de
Progressão
proficiência
B2 – Especialista Identificar e avaliar com Desenvolvo minha
critérios avançados metodologia de ensino
ferramentas de interação. integrada as ferramentas
digitais de interação
Considero o acesso dos
estudantes às tecnologias
ao selecionar o tipo e a
forma de interação.
C1 – Líder Avaliar e selecionar com Avalio as ferramentas de
base em critérios interação e utilizo-as com
abrangentes e na estratégia base nos objetivos
de ensino os melhores pedagógicos pretendidos.
métodos de interação.
C2 – Pioneiro Utilizar diferentes Mesclo diferentes
ferramentas de interação ferramentas de interação
simultaneamente. como de engajamento e
salas em simultâneo.
Descrição
Gerenciar conteúdo e recursos selecionados intencionalmente por meios digitais
para agregar, customizar, validar criticamente, armazenar, compartilhar, manter
atualizado e atribuir licenças durante seu ciclo de vida.
Atividades
1. Customizar conteúdo e recursos digitais para atender às minhas
necessidades de ensino;
2. Atualizar periodicamente os conteúdo e recursos digitais utilizados em
minhas aulas;
3. Atribuir licenças de uso aos conteúdos e recursos digitais que
desenvolvo, p. ex., Creative Commons30 ou GNU General Public
License31;
30
https://creativecommons.org/
31
https://www.gnu.org/licenses/
253
Tabela 85
Quadro da Competência: Curadoria Digital
Declarações de
Progressão
proficiência
A1 – Recém-chegado Gerenciar limitadamente Disponibilizo apenas
conteúdos e recursos materiais desenvolvidos
digitais. por mim aos estudantes.
A2 – Explorador Localizar conteúdo e Seleciono e disponibilizo
recursos digitais aos estudantes materiais
desenvolvidos por outros. integrais encontrados
online, p. ex., artigos,
capítulos.
B1 – Integrador Compartilhar com Gerencio, por meio de
ferramentas avançadas drives virtuais, pastas
conteúdos e recursos contendo conteúdos e
digitais. recursos digitais a qual
indico permissões seletivas
aos estudantes.
B2 – Especialista Gerenciar, por meio de Integro em meus
ferramentas avançadas, conteúdos e recursos
conteúdo e recursos digitais dados de diversas
digitais de diversas fontes. fontes.
Gerencio conteúdos e
recursos digitais com
ferramentas específicas de
gerenciamento.
C1 – Líder Avaliar com critérios Avalio criticamente todos
complexos conteúdos e os conteúdos e recursos
recursos digitais de digitais que irei utilizar,
diversas fontes, mantendo- considerando fatores
os atualizados. qualitativos, p. ex.,
indexação em bases em
32
https://apastyle.apa.org/
33
https://ieeeauthorcenter.ieee.org/
254
Declarações de
Progressão
proficiência
bases de dados e métricas
de avaliação de periódicos.
Atualizo sistematicamente
todos os conteúdos e
recursos digitais que adoto
em minhas aulas a cada
novo uso.
C2 – Pioneiro Avaliar com critérios Avalio criticamente todos
abrangentes conteúdos e os conteúdos e recursos
recursos digitais, digitais que irei utilizar,
interpretando e atribuindo considerando fatores
licenças de uso. externos, como a literatura
mais recente.
Atribuo licenças de uso
aos conteúdos e recursos
digitais produzidos por
mim.
Descrição
Desenvolver um processo de avaliação totalmente online, alinhado aos objetivos
de aprendizagem pretendidos institucionalmente para o curso ou unidade curricular.
Identificar e utilizar sistemas online de avaliação alinhados com os níveis utilizados nas
práticas avaliativas institucionais, nomeadamente o presencial no que diz respeito à sua
eficácia e integridade. Considerar os requisitos relativos a equipamentos, conexão e
competências digitais necessárias dos estudantes ao selecionar o formato das avaliações
online. Identificar as vantagens e desvantagens das avaliações online com abordagens
quantitativa e qualitativa.
Atividades
255
Tabela 86
Quadro da Competência: Processo Avaliativo Online
Declarações de
Progressão
proficiência
A1 – Recém-chegado Fazer uso limitado de Raramente realizo
recursos digitais para o avaliações totalmente
processo de avaliação online.
online. Digitalizo o processo de
avaliação presencial para o
online.
A2 – Explorador Usar recursos digitais Envio links de plataforma
básicos para avaliar online. de questionários para
avaliar os estudantes.
B1 – Integrador Reconhecer e avaliar Identifico com base nos
criticamente os diferentes objetivos de aprendizagem
tipos de avaliações online. o melhor tipo e
abordagem, p. ex.,
quantitativa ou qualitativa.
B2 – Especialista Utilizar as ferramentas de Adoto e combino
avaliações online diferentes tipos de
adequadas considerando os avaliação online
256
Declarações de
Progressão
proficiência
objetivos de considerando os objetivos
aprendizagem. de aprendizagem e o
acesso dos estudantes as
tecnologias.
Considero no
desenvolvimento de um
processo de avaliação o
perfil dos estudantes
quanto ao acesso às
tecnologias digitais.
C1 – Líder Desenvolver processos Elaboro avaliações online
avaliativos online formativas com questões
personalizados. de múltipla escolha,
prevendo feedbacks e
correções automatizadas.
C2 – Pioneiro Integrar ferramentas de Incorporo códigos de
avaliações online aos ferramentas digitais, p. ex.,
sistemas institucionais. html, de origem externa
aos ambientes
institucionais, destinados
às avaliações online.
Descrição
Adotar medidas de segurança eletrônica que garantam padrões de qualidade,
integridade e validade das informações, incluindo autenticação dos estudantes e
tecnologias antiplágio, bem como procedimentos para proteção de dados e
conformidade aos requisitos de privacidade.
Atividades
1. Divulgar individualmente os resultados das avaliações online, p. ex.,
classificações intermediárias e finais, bem como feedbacks de atividades
individualizados, p. ex., comentários em e-portfólios ou ensaios; ou
publicamente de forma que não permita a identificação do estudante;
2. Adotar medidas de segurança nas avaliações online para mitigar as
tentativas de falsificação de identidade (garantida de identidade), p. ex.,
257
Tabela 87
Quadro da Competência: Segurança e Privacidade
Declarações de
Progressão
proficiência
A1 – Recém-chegado Fazer uso limitado de Realizo ações limitadas
recursos digitais voltados à em relação à segurança e
segurança e privacidade privacidade nas avaliações
nas avaliações online. online.
A2 – Explorador Utilizar unicamente os Considero que as
recursos do AVA tecnologias e ferramentas
institucional para garantir embarcadas no AVA
a segurança e privacidade institucional promovem
nas avaliações online. suficientemente a
segurança e privacidade
autonomamente.
Divulgo publicamente,
dentro do ambiente virtual,
nominalmente, os
resultados das avaliações.
B1 – Integrador Usar as ferramentas Utilizo ferramentas
digitais adicionais ao AVA digitais adicionais para
para aumentar a segurança evitar a falsificação de
e privacidade nas identidade.
avaliações online. Utilizo ferramentas
digitais para verificar
plágio nas atividades.
34
Internet Protocol address
258
Declarações de
Progressão
proficiência
Divulgo de forma privada
os resultados das
avaliações, bem como o
feedback das atividades.
B2 – Especialista Usar estrategicamente Analiso dados (logs) das
dados para evitar a avaliações para identificar
falsificação de identidade e possíveis falhas de
a fraude na autoria do segurança.
trabalho. Utilizo ferramentas
digitais que comparam os
trabalhos dos estudantes
para evitar cópia (plágio).
C1 – Líder Analisar criticamente as Analiso e aplico ações
ferramentas digitais, para promover a segurança
disponibilizadas e o aumento da
institucionalmente ou privacidade nas avaliações
externas, quanto à online.
segurança e privacidade. Divulgo publicamente os
resultados das avaliações
anonimamente com o
objetivo de promover a
transparência e
autorregulação da
aprendizagem.
C2 – Pioneiro Utilizar de forma integrada Reconheço o limite entre
diversas ferramentas ações que promovam o
digitais para promover a aumento da segurança e a
segurança e a privacidade possível violação de
nas avaliações. privacidade.
Descrição
Selecionar novos ambientes digitais para atender aos objetivos pedagógicos.
Identificar os requisitos e as competências digitais requeridas pelos diferentes ambientes
digitais e promover, previamente, a capacitação dos estudantes. Utilizar ambientes
digitais que possuam suporte a dispositivos móveis para que os estudantes não tenham
restrições no acesso em relação ao tempo e ao espaço.
259
Atividades
1. Selecionar ambientes digitais para complementar demandas específicas
dos conteúdos, p. ex., selecionar o YouTube35 como um ambiente digital
e indicar uma playlist contendo um tutorial do SPSS36;
2. Adotar ambientes digitais para oferecer aos estudantes possibilidades de
aquisição de conhecimento e experiência que requereriam altas
demandas logísticas e financeiras se presencial, p. ex., visita a museus
com recurso 360º;
3. Experimentar e analisar os requisitos tecnológicos e de competência
digitais dos ambientes digitais adotados;
4. Capacitar previamente os estudantes para utilizar os ambientes digitais,
sejam eles AVA institucionais, ambientes digitais institucionais e
governamentais ou ambientes digitais imersivos.
Tabela 88
Quadro da Competência: Ambientes Digitais
Declarações de
Progressão
proficiência
A1 – Recém-chegado Fazer uso limitado dos Utilizo limitadamente um
ambientes digitais. ambiente digital, com
exceção do AVA
institucional.
A2 – Explorador Ter conhecimento de Conheço outros ambientes
outros ambientes digitais digitais e os indico como
fora da estrutura digital da material complementar às
instituição. aulas.
B1 – Integrador Promover de forma Antes de usar efetivamente
integrada às aulas a um novo ambiente digital,
capacitação dos estudantes capacito os estudantes para
em novos ambientes que não tenham
digitais. dificuldade.
B2 – Especialista Abordar de forma Utilizo diferentes
prática/engajada o ambientes digitais para
conteúdo dentro de novos atender integralmente ou
ambientes digitais. complementar as aulas.
35
https://www.youtube.com/
36
Software estatístico SPSS (Statistical Package for the Social Science) desenvolvido pela IBM
260
Declarações de
Progressão
proficiência
C1 – Líder Promover o envolvimento Seleciono criteriosamente
ativo dos estudantes dentro e promovo a participação
de ambientes digitais. ativa dos estudantes em
novos ambientes digitais.
C2 – Pioneiro Desenvolver e integrar Integro diversos ambientes
ambientes digitais externos digitais ao AVA
à estrutura do AVA institucional.
institucional.
Descrição
Desenvolver produção científica utilizando ferramentas de edição de textos e
ferramentas digitais para citação, referenciação e controle de autoplágio. Selecionar
periódicos e orientações institucionais quanto às métricas de avaliação de desempenho
do investigador para publicação a partir da indexação em bases de dados e métricas de
avaliação de periódicos internacionais, tendo consciência das licenças atribuídas à
publicação.
Atividades
1. Utilizar ferramentas digitais no apoio à citação e referenciação, bem
como para monitorar o plágio e autoplágio;
2. Reconhecer um periódico a partir da indexação das bases de dados, p.
ex., SCOPUS37 e Web of Science38 (WoS); bem como em métricas de
avaliação de periódicos internacionais, p. ex., Journal Citation Indicator
– JCI (Clarivate)39, Journal Citation Reports – JCR (Clarivate)40;
CiteScore41 (SCOPUS), Scientific Journal Rankings42 (SCOPUS SJR) e
Índice Dialnet de Revistas (Dialnet)43;
3. Utilizar editores de texto com recursos avançados voltados à produção
científica, p. ex., índice automático, legendas automáticas, notas de
rodapé e referência cruzada; integrando ainda dados de origem externa,
p. ex., tabelas, esquemas, figuras e vídeos;
4. Trabalhar colaborativamente no desenvolvimento da produção científica
por meio de ferramentas digitais seguras e apropriadas para o efeito, seja
na produção textual colaborativa ou na análise de conteúdo.
37
https://www.scopus.com/sources
38
https://mjl.clarivate.com/home
39
https://clarivate.com/wp-content/uploads/dlm_uploads/2021/05/Journal-Citation-Indicator-discussion-
paper.pdf
40
https://clarivate.com/webofsciencegroup/solutions/journal-citation-reports/
41
https://www.scopus.com/sources
42
https://www.scimagojr.com/
43
https://dialnet.unirioja.es/metricas/idr
262
Tabela 89
Quadro da Competência: Publicação e Gestão de Autoria Produção Científica
Declarações de
Progressão
proficiência
A1 – Recém-chegado Fazer uso limitado de Raramente utilizo recursos
recursos digitais para digitais na minha produção
produção científica. científica.
A2 – Explorador Usar ferramentas básicas Utilizo basicamente o
na produção científica. editor de texto para
escrever.
Integro em minha
produção científica figuras
e tabelas oriundas de
outras aplicações.
B1 – Integrador Integrar diversas Utilizo ferramentas
ferramentas digitais para o digitais de apoio à citação
auxiliar no e referenciação para
desenvolvimento e gestão. auxílio na produção
científica.
Utilizo ferramentas
digitais para elaboração de
esquemas e figuras para
auxílio na produção
científica.
B2 – Especialista Utilizar recursos digitais Desenvolvo minha
avançados de edição de produção científica
textos e mitigar plágio e utilizando recursos
autoplágio. avançados de edição de
texto de forma
colaborativa.
Utilizo ferramentas
digitais específicas de
plágio e autoplágio antes
de publicar.
C1 – Líder Selecionar por meio de Avalio criticamente, antes
recursos digitais um de submeter uma
periódico a partir da publicação o periódico
indexação em base de com base na indexação em
dados. diferentes bases de dados.
Reconheço os critérios
institucionais de avaliação
da produção científico
quanto investigador na
minha instituição
263
Declarações de
Progressão
proficiência
C2 – Pioneiro Selecionar por meio de Avalio criticamente, antes
recursos digitais um de submeter um artigo,
periódico com base em periódicos com base em
indicadores internacionais. métricas de avaliação
internacionais.
Descrição
Pesquisar e selecionar informações relevantes em bases de dados científicas,
utilizando, quando necessário, operadores booleanos e filtros. Divulgar ativamente
minha produção cientifica, seja a inclusão em repositórios institucionais ou em redes
sociais acadêmicas e profissionais.
Atividades
44
https://www.ebsco.com/
45
https://www.scopus.com/sources
46
https://mjl.clarivate.com/home
47
https://doaj.org/
48
https://scielo.org/
264
Tabela 90
Quadro da Competência: Pesquisa, Seleção e Divulgação Científica
Declarações de
Progressão
proficiência
A1 – Recém-chegado Fazer uso limitado de Utilizo motores de busca
recursos digitais para convencionais em minha
pesquisa, utilizando pesquisa.
motores comuns de busca.
A2 – Explorador Realizar buscas básicas Exploro a partir da minha
nas bases de dados instituição as bases de
científicas. dados científicas
disponibilizadas para
realizar minha
investigação.
B1 – Integrador Utilizar redes sociais Utilizo diversas redes
acadêmicas e sociais acadêmicas e
profissionais. profissionais, além do
repositório institucional,
para divulgar minha
produção científica.
B2 – Especialista Usar nas fermentas de Faço uso de recursos de
busca operadores pesquisa com operadores
booleanos e filtros booleanos e filtros
avançados. avançados para promover
maior especificidade nos
resultados das minhas
pesquisas.
C1 – Líder Acessar a base de dados Exploro as bases de dados
disponibilizadas pela institucionais a partir de
instituição externamente. qualquer local por meio de
uma VPN ou de sistemas
de login específicos
disponibilizados.
C2 – Pioneiro Utilizar ferramentas Analiso os periódicos para
digitais para analisar a leitura e publicação com
indexação e indicadores base na indexação e
internacionais de métricas de avaliações
periódicos. internacionais.
Descrição
265
Atividades
Tabela 91
Quadro da Competência: Recolha, Tratamento e Análise de Dados
Declarações de
Progressão
proficiência
A1 – Recém-chegado Fazer uso limitado de Utilizo minimamente
ferramentas digitais com ferramentas digitais para
dados recolhidos. recolher, tratar e analisar
dados.
A2 – Explorador Utilizar ferramentas Uso um editor de planilhas
digitais básicas para para calcular médias e
análise qualitativa e desvio padrão.
quantitativa. Uso um editor de textos
para realizar a
categorização da
transcrição de uma
entrevista/notas de
observação.
B1 – Integrador Utilizar softwares para Uso softwares estatísticos
análises básicas por meio para a realização de testes t
da estatística descritiva e e qui-quadrado para
inferencial, além de analisar e tirar conclusões
análises básicas de dados na minha investigação.
qualitativos. Uso softwares de
investigação qualitativa
para realizar a análise de
conteúdo por meio da
categorização da
transcrição de uma
entrevista.
B2 – Especialista Utilizar softwares para Uso softwares estatísticos
análises intermediárias por para a realização de testes
meio da estatística ANOVA, regressão linear
descritiva e inferencial, simples e correlação de
além de análises Pearson para analisar e
intermediárias de dados tirar conclusões na minha
qualitativos. investigação.
Uso recursos de gráficos
hierárquicos, diagramas e
mapas para analisar os
dados em softwares de
investigação qualitativa.
C1 – Líder Utilizar ferramentas Uso softwares estatísticos
digitais específicas para para a realização de testes
análises avançadas por MANOVA, ANCOVA e
267
Declarações de
Progressão
proficiência
meio da estatística equações estruturais para
descritivas e inferencial, analisar e tirar conclusões
além de análises avançadas na minha investigação.
de dados qualitativos. Uso recursos de cluster
analysis em softwares de
investigação qualitativa.
C2 – Pioneiro Desenvolver bibliotecas Desenvolvo bibliotecas de
para tratamento e análise ferramentas de análise de
de dados para ferramentas dados e compartilho com a
digitais de código aberto. comunidade.
Descrição
Criar um curso ou unidade curricular considerando diversas opções de
configurações disponibilizadas pelos AVA. Reconhecer e adotar de forma abrangente
diversas ferramentas e recursos para o ensino online, garantindo sempre a
compatibilidade com tecnologias móveis. Trabalhar colaborativamente com equipes
multidisciplinares. Produzir conteúdo em ferramentas de produção autoral. Garantir a
disponibilidade de informações públicas e de fácil acesso sobre as políticas e estratégias
institucionais e de apoio aos estudantes.
Atividades
1. Definir regras inerentes ao curso ou à unidade curricular, em
consonância com as normas institucionais e legais, p. ex., calendários e
tipos de avaliação, duração, carga horária, métodos e tipos de atividades
e formas de interação;
2. Definir estrategicamente diversas ferramentas que serão utilizadas no
curso ou na unidade curricular, p. ex., painéis de discussão, fórum, chat,
disponibilização de arquivos, gerenciamento de tarefas;
3. Trabalhar individualmente ou com equipes multidisciplinares, p. ex.,
designers instrucionais, técnicos instrucionais, designers gráficos e
equipe de produção;
4. Mapear e definir a adoção de ferramentas emergentes, p. ex., realidade
virtual, aumentada e mista;
5. Incorporar laboratórios virtuais nos cursos como forma de experimentos
simulados;
6. Produzir conteúdo em formado SCORM49 por meio de ferramentas
autorais.
49
Sharable Content Object Reference Model
269
Tabela 92
Quadro da Competência: Concepção e Desenvolvimento de Cursos e Unidades
Curriculares
Declarações de
Progressão
proficiência
A1 – Recém-chegado Fazer uso limitado de Utilizo limitadamente
ferramentas digitais na recursos digitais básicos
concepção e para a concepção de cursos
desenvolvimento de cursos ou unidades curriculares.
ou unidades curriculares.
A2 – Explorador Integrar na metodologia de Desenvolvo cursos ou
ensino adotada apenas unidades curriculares
funcionalidades básicas do apenas com
AVA. funcionalidades básicas, p.
ex., fóruns, pastas e
páginas já existentes no
AVA institucional.
B1 – Integrador Integrar funcionalidades Desenvolvo cursos ou
avançadas no AVA unidades curriculares
institucional prevendo utilizando funcionalidades
metodologia ativas. existentes no AVA como
criação de wikis, criação
de grupos e grupos de
discussão.
B2 – Especialista Utilizar ferramentas Desenvolvo conteúdo em
autorais para criar ferramentas de produção
conteúdo para os cursos ou autoral, no padrão
unidades curriculares. SCORM, e as incorporo ao
AVA institucional.
C1 – Líder Integrar uma variedade de Incorporo aos cursos ou
ferramentas externas ao unidades curriculares
AVA em seus cursos ou ferramentas externas, p.
unidades curriculares. ex., formulários,
videoconferências e
ferramentas antiplágio,
para mitigar o acesso às
múltiplas plataformas
pelos estudantes.
C2 – Pioneiro Integrar conteúdos Desenvolvo atividades
inovadores como para cursos ou unidades
laboratórios virtuais e curriculares online em
experiência imersiva nos ambientes imersivos, p.
cursos ou unidades ex., Metaverso, e interajo
curriculares.
270
Declarações de
Progressão
proficiência
com os estudantes neste
ambiente.
Descrição
Realizar a gestão de um curso ou unidade curricular em um ambiente virtual de
aprendizagem. Gerir diversos tipos e formas de comunicação e interação com os
estudantes pré-estabelecidas. Acompanhar a calendarização do curso ou unidade
curricular, configurar e realizar no AVA atividades e avaliações online em
conformidade ao pré-estabelecido institucionalmente. Fazer cumprir regras e
regulamentos definidos. Gerir a participação dos estudantes e o fluxo de atividades
docentes e administrativas. Auxiliar os estudantes a lidar com suas cargas emocionais
em consequência da falta de contato pessoal.
Atividades
1. Gerir atividades variadas com os estudantes, p. ex., questionários, envio
e recebimento de arquivos, avaliações online, fóruns;
2. Acompanhar e gerir com os estudantes a calendarização com recursos
internos dos AVA ou externos;
3. Executar no AVA o processo de avaliação online dos estudantes, sejam
as avaliações formativas ou sumativas;
4. Estabelecer comunicação com os estudantes de forma assíncrona, p. ex.,
e-mails, mensagens via AVA; e síncrona, p. ex., videoconferência;
5. Gerir o cumprimento de regras e regulamentos pelos estudantes.
Tabela 93
Quadro da Competência: Organização, Acompanhamento e Gerenciamento de Cursos
e Unidades Curriculares
Declarações de
Progressão
proficiência
A1 – Recém-chegado Fazer uso limitado de Organizo e acompanho os
ferramentas digitais na estudantes no curso ou na
271
Declarações de
Progressão
proficiência
organização, unidade curricular
acompanhamento e limitadamente, pois
gerenciamento de cursos e disponibilizo no AVA
unidades curriculares. institucional diversos
materiais organizados em
pastas e ao final do prazo
os avalio.
A2 – Explorador Gerir basicamente a Desenvolvo no AVA
calendarização, institucional seções
comunicação e interação, específicas sobre
bem como o cumprimento calendarização,
de regras e regulamentos. comunicação e interação.
Desenvolvo no AVA
institucional seções
específicas sobre regras e
regulamentos envolvidos
no curso ou na unidade
curricular.
B1 – Integrador Gerir basicamente Desenvolvo no AVA
atividades e avaliações institucional seções
online. específicas com
detalhamento do processo
de avaliação online e
atividades propostas.
B2 – Especialista Utilizar recursos digitais Promovo atividades
para mitigar os efeitos do integrativas entre os
distanciamento físico. estudantes, sejam elas
assíncronas ou síncronas.
C1 – Líder Usar uma variedade de Exploro ferramentas
ferramentas externas externas ao AVA
AVA. institucional, p. ex.,
formulários,
videoconferências e
recurso antiplágio.
C2 – Pioneiro Usar conteúdos inovadores Exploro atividades em
como laboratórios virtuais ambientes imersivos onde
e experiência imersiva nos interajo com os estudantes.
cursos ou unidades
curriculares.
Descrição
272
Atividades
Tabela 94
Quadro da Competência: Gestão de Estudantes, Usuários e Permissões
Declarações de
Progressão
proficiência
A1 – Recém-chegado Fazer uso limitado das Faço limitadamente a
funcionalidades de gestão gestão de estudantes,
de usuários no ambiente usuários e permissões no
virtual. AVA quando necessário.
A2 – Explorador Consultar dados dos Visualizo, quando
estudantes, bem como os necessário, os dados dos
usuários com suas estudantes e dos usuários
respetivas permissões no envolvidos no curso ou
AVA. unidade curricular.
B1 – Integrador Fazer o controle de acesso Faço o controle de
de estudantes e usuários de estudantes e usuários
outros perfis. vinculados aos cursos ou
unidades curriculares,
editando, restringindo ou
ampliando o acesso.
50
Comma-separated
273
Declarações de
Progressão
proficiência
B2 – Especialista Gerir as inscrições dos Realizo, quando
estudantes. necessário, o processo de
inscrição dos estudantes
manualmente ou envio o
código de autoinscrição.
C1 – Líder Acrescentar novos Incluo, quando necessário,
usuários ao curso ou nos cursos ou nas unidades
unidade curricular com curriculares novos
papéis e permissões usuários com papéis e
adequadas. permissões adequadas.
C2 – Pioneiro Criar grupos de usuários Crio sob demanda grupos
personalizados, bem como de usuários personalizados
realizar inscrições de para atender à
estudantes em bloco. especificidade de diversos
profissionais envolvidos
no curso ou unidade
curricular.
Realizo a inscrição de
novos estudantes no curso
ou na unidade curricular
em bloco por meio de
arquivos .csv.
274
51
http://www.digcomptest.eu/
275
52
www.e-digcompedu.eu
277
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306
8. Anexos
8.1 Anexo A
Parecer Conselho de Ética do Instituto de Educação
307
8.2 Anexo B
Instrumento em português
1.2. Uso tecnologias digitais para trabalhar com colegas dentro e fora da minha instituição
a) Raramente tenho oportunidade para colaborar com outros colegas
b) Às vezes troco materiais com colegas; p. ex. via email
c) Entre colegas, trabalhamos juntos em ambientes colaborativos ou usamos discos mídias
partilhados
d) Troco ideias e materiais, também com colegas externos à minha instituição, p. ex. numa rede
online profissional ou num espaço colaborativo online
e) Crio materiais juntamente com outros colegas numa rede online de profissionais de
diferentes instituições
2.1. Uso diferentes websites e estratégias de pesquisa para encontrar e selecionar uma
gama de diferentes recursos digitais
a) Raramente uso a internet para encontrar recursos
b) Uso motores de busca e plataformas de recursos para encontrar recursos relevantes
c) Avalio e seleciono recursos com base na sua adequação ao meu grupo de estudantes
d) Comparo recursos usando uma série de critérios relevantes; p. ex.. fiabilidade, qualidade,
adequação, design, interatividade, atratividade
e) Aconselho colegas sobre recursos adequados e estratégias de pesquisa
2.2. Crio os meus próprios recursos digitais e modifico recursos existentes para adaptá-los
às minhas necessidades
a) Não crio os meus próprios recursos digitais
b) Crio material para as aulas com um computador, mas depois imprimo-os
c) Crio apresentações digitais, mas pouco mais
d) Crio diferentes tipos de recursos
e) Organizo e adapto recursos complexos e interativos
2.3. Protejo, eficazmente, conteúdo sensível; p. ex. exames, classificações, dados pessoais
dos estudantes
a) Não preciso, porque a instituição encarrega-se disto
b) Evito armazenar dados pessoais eletronicamente
c) Protejo alguns dados pessoais
d) Protejo ficheiros com dados pessoais com palavra-passe
e) Protejo dados pessoais de forma abrangente; p. ex. combinando palavras-chave difíceis de
adivinhar com encriptação e atualizações frequentes de software
3.1. Pondero, cuidadosamente, como, quando e por que usar tecnologias digitais na aula,
para garantir que sejam usadas com valor acrescentado
a) Não uso, ou raramente uso, tecnologias na aula
309
3.3. Quando os meus estudantes trabalham em grupos, usam tecnologias digitais para
adquirir e documentar conhecimento
a) Os meus estudantes não trabalham em grupos
b) Não é possível, para mim, integrar tecnologias digitais em trabalho de grupo
c) Incentivo os estudantes a trabalharem em grupos para procurar informação online ou
apresentar os seus resultados num formato digital
d) Peço aos estudantes que trabalham em grupos que utilizem a internet para encontrar
informação e apresentar os seus resultados num formato digital
e) Os meus estudantes trocam evidências e criam conhecimento juntos, num espaço
colaborativo online
3.4. Uso tecnologias digitais para permitir que os estudantes planifiquem, documentem e
monitorizem as suas aprendizagens; p. ex. quizzes para autoavaliação, eportefólios para
documentação e divulgação, diários online/blogues para reflexão...
a) Não é possível no meu contexto de trabalho
b) Os meus estudantes refletem sobre a sua aprendizagem, mas não com tecnologias digitais
c) Às vezes uso; p. ex., quizzes para autoavaliação
d) Uso uma variedade de ferramentas digitais para permitir aos estudantes planificar,
documentar ou refletir sobre a sua aprendizagem
e) Integro, sistematicamente, diferentes ferramentas digitais para planificar, monitorizar e
refletir sobre o progresso dos estudantes
Área 4: Avaliação
310
4.1. Uso ferramentas de avaliação digital para monitorizar o progresso dos estudantes
a) Não monitorizo o progresso dos estudantes
b) Monitorizo o progresso regularmente, mas não através de meios digitais
c) Às vezes uso uma ferramenta digital, p. ex. um quiz, para controlar o progresso dos
estudantes
d) Uso uma variedade de ferramentas digitais para monitorizar o progresso dos estudantes
e) Uso, sistematicamente, uma variedade de ferramentas digitais para monitorizar o progresso
dos estudante
4.2. Analiso todos os dados disponíveis para identificar, efetivamente, os estudantes que
precisam de apoio adicional. Os “dados” incluem: envolvimento dos estudantes,
desempenho, classificações, participação; atividades e interações sociais em ambientes
(online). “Estudantes que precisam de apoio adicional” são: estudantes que correm o risco
de desistir ou apresentam baixo desempenho; estudantes que têm distúrbios de
aprendizagem ou necessidades específicas de aprendizagem, estudantes que não possuem
competências transversais; p. ex. competências sociais, verbais ou de estudo.
a) Estes dados não estão disponíveis e/ou não é minha responsabilidade analisá-los
b) Em parte, apenas analiso dados academicamente relevantes; p. ex. desempenho e
classificações
c) Também tenho em consideração dados sobre a atividade e o comportamento dos estudantes,
para identificar aqueles que precisam de apoio adicional
d) Examino regularmente toda a evidência disponível para identificar estudantes que precisam
de apoio adicional
e) Analiso dados sistematicamente e intervenho de modo atempado
5.1. Quando crio tarefas digitais para os estudantes, tenho em linha de conta e abordo
potenciais dificuldades práticas ou técnicas, p. ex., acesso equitativo a dispositivos e
recursos digitais, problemas de interoperabilidade e conversão, falta de habilidades
digitais, ...
a) Não crio tarefas digitais
b) Os meus estudantes não têm problemas em utilizar tecnologia digital
c) Adapto a tarefa para minimizar dificuldades
d) Discuto possíveis obstáculos com os estudantes e delineio soluções
e) Dou espaço para a variedade, p. ex. adapto a tarefa, discuto soluções e proporciono caminhos
alternativos para completar a tarefa
5.3. Uso tecnologias digitais para os estudantes participarem ativamente nas aulas
a) No meu contexto de trabalho não é possível envolver os estudantes ativamente na aula
b) Envolvo ativamente os estudantes na aula, mas não com tecnologias digitais
c) Quando ensino, uso estímulos motivadores, p. ex. vídeos, animações
d) Os meus estudantes envolvem-se com média digitais nas minhas aulas, p. ex. fichas de
trabalho digitais, jogos, quizzes
e) Os meus estudantes usam tecnologias digitais para investigar, discutir e criar conhecimento
de forma sistemática
6.1. Ensino aos meus estudantes como avaliar a fiabilidade da informação, identificar
desinformação e informação enviesada
a) Isto não é possível na minha unidade curricular ou contexto de trabalho
312
b) Ocasionalmente relembro aos estudantes que nem toda a informação online é fiável
c) Ensino aos estudantes como discernir fontes fiáveis e não fiáveis
d) Discuto com os estudantes como verificar a precisão da informação
e) Discutimos, amplamente, como a informação é criada e pode ser distorcida
6.2. Preparo tarefas que requerem que os estudantes usem meios digitais para
comunicarem e colaborarem uns com os outros ou com um público externo
a) Isto não é possível na minha unidade curricular ou contexto de trabalho
b) Apenas em raras ocasiões exijo aos meus estudantes que comuniquem ou colaborem online
c) Os meus estudantes usam comunicação e colaboração digital, sobretudo entre eles
d) Os meus estudantes usam meios digitais para comunicarem e colaborarem entre eles e com
um público externo
e) Preparo, sistematicamente, tarefas que permitem aos estudantes expandirem lentamente as
suas competências
6.3. Preparo tarefas que requerem que os estudantes criem conteúdo digital; p. ex. vídeos,
áudios, fotos, apresentações digitais, blogues, wikis ...
a) Isto não é possível na minha unidade curricular ou contexto de trabalho
b) Isto é difícil de implementar com os meus estudantes
c) Às vezes, para diversão e motivação
d) Os meus estudantes criam conteúdo digital como parte integrante do seu estudo
e) Isto é uma parte integrante da sua aprendizagem e eu aumento, sistematicamente, o nível de
dificuldade para desenvolver ainda mais as suas competências
9. Apêndices
9.1 Apêndice A
Declaração de Privacidade Sobre a Proteção de Dados Pessoais
1. Introdução
O Digcomptest.eu é uma ferramenta online, desenvolvida pelo pesquisador
Cassio Cabral Santos do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, pertencente
ao programa de Doutorando em Educação, especialidade Tecnologia da Informação e
educação, que está comprometido com a privacidade do usuário.
A política relativa à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao
tratamento de dados pessoais pelas instituições comunitárias baseia-se no Regulamento
(UE) n.º 2018/1725 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de outubro de 2018, e
na livre circulação de pessoas esses dados.
Algumas páginas podem conter links para outros sites, não somos responsáveis
pelas políticas ou práticas de privacidade de sites de terceiros.
sistema em que leciona, tempo de carreira, dispositivos digitais que possui e quais
utiliza em sala de aula. Nome e e-mail são armazenados apenas com o objetivo de
enviar ao usuário o relatório individual personalizado, não sendo utilizado nem
compartilhados em nenhum momento da pesquisa.
Para fornecer à pesquisa mais dados serão coletados metadados como data,
horário, IP, país de acesso, sistema operacional e navegador no momento do
preenchimento do questionário.
Não usamos Cookies.
7. Como você pode acessar seus dados, verificar sua precisão e, se necessário,
corrigi-los?
Você pode entrar em contato com o pesquisador responsável Cassio Cabral
Santos.
Contato por e-mail:
cassiosantos@campus.ul.pt
9.2 Apêndice B
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
9.3 Apêndice C
Autorização de Uso do Instrumento (inglês)
319
9.4 Apêndice D
Autorização de Uso do Instrumento (português)
320
9.5 Apêndice E
Convite de Participação (Primeira Fase)
321
9.6 Apêndice F
Convite de Participação (Segunda Fase)
322
9.7 Apêndice G
Guião de Entrevista
Guião de Entrevista
Entrevistado:
Data da Entrevista: Hora Início: Hora Fim:
Duração:
➔ Iniciar a gravação
Professor XXX, para que fique então registado, confirma a autorização de
gravação desta entrevista? Reiteramos que não iremos utilizar quaisquer dados de
natureza pessoal e não usaremos este ficheiro de gravação para qualquer outro fim além
do suporte ao processo de análise de dados. Após a conclusão da investigação este vídeo
será eliminado.
Dimensão 2 – Competências
Área 1 - Envolvimento Profissional
1.1 Comunicação Institucional
Área 4 – Avaliação
4.1 Estratégias de avaliação
Sobre o tema que estivemos a trabalhar há alguma ideia / competência que gostasse de
indicar e que entende que não teve oportunidade para o referir?
Caro Professor (a), agradecemos imensamente o tempo dispendido para a participação nesta
investigação.
➔ Fim da gravação
328
9.8 Apêndice H
e-DigCompEdu: Quadro de Referência das Competências Digitais
Docentes do Ensino Superior Online
Imagem licenciada de depositphotos: ID: 144734009 Autor: barsrsind ; ID: 51804281 Autor: AntartStock
329
330
www.e-digcompedu.eu
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
331
Ficha técnica
Este quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online
vem em linha com o cenário europeu na publicação de referenciais, em específico com
as competências digitais como o DigComp 2.2: The Digital Competence Framework for
Citizens , European Framework for the Digital Competence of Educators: DigCompEdu ,
A European Framework for Digitally-Competent Educational Organisation (DigCompOrg) ,
Opening up Education: A Support Framework for Higher Education Institutions (OpenEdu)
e o The Digital Competence Framework for Consumers (DigcompConsumers) .
Autor:
Cassio Santos
Instituto de Educação da Universidade de Lisboa (ULisboa)
https://orcid.org/0000-0002-1402-2978
Esta investigação foi financiada por fundos nacionais através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia,
IP e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (FCT/MCTES) no âmbito do Programa de
Doutoramento “Aprendizagem Enriquecida com Tecnologias e Desafios Societais” (Technology Enhanced
Learning and Societal Challenges - TELSC) referência FCT PD/00173/2013 e Bolsa de Investigação PD/
BD/150422/2019.
e-Acessibilidade
(PDF/UA - PDF/Universal Acessibility)
(CC BY-NC-ND 4.0)
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
332
Índice
Introdução 05
e-DigCompEdu em síntese 07
Área 4: Avaliação 21
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
333
Introdução
A digitalização da vida moderna e, consequentemente, a onipresença das Tec-
nologias da Informação e Comunicação (TIC) oportunizou que essas tecnologias as-
sumissem um papel central no âmbito pessoal, profissional e social dos cidadãos, re-
querendo desses sentido ético, uso crítico e criativo de tais tecnologias e, portanto,
competências específicas, as designadas competências digitais.
A União Europeia tem publicado, nos últimos anos, diversos quadros de referên-
cias que têm promovido a identificação e unificação de critérios para certificar o nível
de competência do usuário, exemplo ocorrido na área de aprendizagem de idiomas
estrangeiros com o Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas: Aprendiza-
gem, Ensino, Avaliação (QECR).
Esses quadros de referência (frameworks) organizam as definições e orienta-
ções, auxiliando na compreensão de ideias e abordagens, bem como na descrição
dos contextos os quais foram desenvolvidos, orientando assim ações e práticas. São
considerados marcos teóricos essenciais em uma sociedade moderna.
O Conselho da União Europeia elencou, em 2006 e novamente em 2018, oito
competências essenciais para a aprendizagem ao longo da vida, e para algumas
dessas foram desenvolvidos quadros de referência, inclusive para as competências
digitais, conforme apresentado na Figura 1.
02 07
Competências
essenciais para a
aprendizagem ao
longo da vida
03 06
Matemáticas e no domínio das
ciências, da tecnologia
e da engenharia.
Empreendedorismo
04 05 •EntreComp: the entrepreneurship
competence framework
Digitais
•DigComp 2.2: The Digital Competence Framework for
Sensibilidade e expressão culturais
Citizens
•Reference Framework of Competences for
•European Framework for the Digital Democratic Culture: Context, concepts and model
Competence of Educators: DigCompEdu
•A European Framework for Digitally-Competent
Educational Organisations
•O Opening up Education: A Support Framework for
Higher Education Institutions
•The Digital Competence Framework for Consumers
Introdução
A competência digital docente vem ganhando força a partir de organizações
oficiais que apoiam e demandam o desenvolvimento de competências digitais na so-
ciedade do século XXI em que estamos imersos, com maiores evidências após a publi-
cação do European Framework for the Digital Competence of Educators: DigCompEdu,
em 2017. Esse quadro foi desenvolvido intencionalmente para todos os níveis educa-
cionais, não considerando assim as especificidades dos diferentes níveis educacio-
nais e modalidades de ensino.
A Competência Digital Docente (CDD) pode ser definida como conhecimentos,
habilidades e atitudes relativas aos aspectos tecnológicos, informativos e comunica-
tivos utilizados no contexto profissional-educacional, agregando bons critérios peda-
gógicos e didáticos para a integração efetiva desses elementos no processo de ensi-
no-aprendizagem de forma consciente das suas implicações na formação digital dos
estudantes.
No DigCompEdu, como introduzido anteriormente, não foram consideradas as
especificidades dos diferentes níveis educacionais e modalidades de ensino, deixan-
do uma lacuna para docentes e instituições de ensino de quais são as competências
digitais docentes necessárias para o ensino superior online. Essa necessidade se faz
urgente considerando tamanha diferença no processo de ensino-aprendizagem me-
diado por tecnologias digitas para estudantes do primeiro ciclo e do secundário, bem
como de uma licenciatura ou de um doutoramento, e com diferenças mais expres-
sivas entre a modalidade presencial e o online. Devendo-se ainda considerar que o
componente investigação no ensino superior está imerso no âmbito digital, seja na re-
colha, tratamento, pesquisa, publicação, divulgação e gestão da produção científica.
Dessa forma, aqui apresentamos o e-DigCompEdu: quadro de referência das
competências digitais docentes do ensino superior online, como extensão do atual em
vigor DigCompEdu, como proposta de suprir essa lacuna.
O quadro de referência e-DigCompEdu é composto por 34 competências, das
quais 22 têm origem no referencial base (DigCompEdu) a que esse se propõe como
extensão e 12 foram adicionadas, sendo 6 competências acrescentadas às áreas já
existentes e 6, pelas suas características específicas, agrupadas em 2 novas áreas,
totalizando 8 áreas.
O e-DigCompEdu será apresentado na seção seguinte, “e-DigCompEdu em sín-
tese”, e detalhado nas páginas seguintes.
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
335
e-DigCompEdu
em síntese
O processo de digitalização da sociedade tem causado impactos em todos os
seguimentos, o que não poderia ser diferente na educação, principalmente no ensino
superior online.
Embora haja uma variedade de quadros de referência sobre competências
digitais, não se encontra um quadro de referência específico para docentes do ensino
superior online, tendo isso em vista, nasce a proposta de desenvolvimento do quadro de
referência especifico para esse contexto. Considerando a existência do DigCompEdu,
quadro de referencia europeu, optou-se pelo desenvolvimento de um novo quadro de
referência complementar com as especificidades do ensino superior online, ou seja,
uma extensão do atual em vigor, devendo assim serem utilizados em conjunto.
Como premissa de que o DigCompEdu foi desenvolvido sem a especificidade
de nível e modalidade, foi submetido a uma validação quanto à sua aplicabilidade
junto aos docentes que lecionam no contexto do ensino superior online. Os resultados
apontaram que o DigCompEdu é aplicável a esse contexto, tornando, dessa forma,
viável o desenvolvimento do e-DigCompEdu como sua extensão.
Desencadeado pela necessidade de um quadro de referência específico e con-
siderando o DigCompEdu como aplicável no ensino superior online, iniciou-se o de-
senvolvimento do e-DigCompEdu partindo para o mapeamento das competências
digitais específicas e necessárias para a docência no ensino superior online. Esse pro-
cesso foi realizado por meio de uma pesquisa documental, utilizando para tal registros
públicos europeus e internacionais, bibliografia científica e referenciais de qualidade
do ensino superior e para o ensino online, resultando em 12 competências digitais do-
centes específicas do ensino superior online.
A validação das 12 competências digitais docentes, específicas do ensino su-
perior online, foi realizada por meio de entrevistas com docentes portugueses que le-
cionam nesse contexto. As novas competências validadas podem ser observadas na
Figura 2 em associação com as já existentes no DigCompEdu.
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
Competências no ensino superior 336
Prática reflexiva 2.3 Gestão, proteção e partilha 3.3 6.3 Criação de conteúdo 7.3 Recolha, tratamento
1.3 Aprendizagem colaborativa e análise de dados
1.4 DPC digital 2.4 Interação online 3.4 Aprendizagem autorregulada 6.4 Uso responsável
GESTÃO DIGITAL DO
8
Múltiplas identidades
1.5 digitais profissionais 2.5 Curadoria digital 6.5 Resolução de problemas digitais
ENSINO E DA APRENDIZAGEM
Organização, acompanhamento e
AVALIAÇÃO CAPACITAÇÃO DOS
4 5 APRENDENTES
8.2 gerenciamento de cursos e
unidades curriculares
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
337
Imagem licenciada de depositphotos: ID: 48463487 Autor: Monkeybusiness
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
338
1 Envolvimento profissional
A competência digital dos educadores é expressa pela sua capacidade para utilizar tecnologias
digitais, não só para melhorar o ensino, mas também para as interações profissionais com colegas,
aprendentes, encarregados de educação e outras partes interessadas. É expressa, também, pela sua
capacidade para utilizá-las para o seu desenvolvimento profissional individual e para o bem coletivo, e
inovação contínua na instituição e no ensino.
Usar tecnologias digitais Usar tecnologias digitais Refletir individualmente e Usar fontes e recursos digi-
para melhorar a comuni- para colaborar com outros coletivamente, avaliar criti- tais para desenvolvimento
cação institucional com os educadores, partilhar e tro- camente e desenvolver ati- profissional contínuo.
aprendentes, encarregados car conhecimento e experi- vamente a sua prática pe-
de educação e terceiros. ência, bem como para inovar dagógica digital e a da sua
Contribuir, colaborativamen- práticas pedagógicas de for- comunidade educativa.
te, para desenvolver e me- ma colaborativa.
lhorar as estratégias de co-
municação institucional.
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
339
Imagem licenciada de depositphotos: ID: 213373210 Autor: RealVector
1.5
MÚLTIPLAS IDENTIDADES
DIGITAIS PROFISSIONAIS
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
340
C2
Pioneiro Desenvolver estratégias Não utilizo sistema de autenticação com
avançadas de segurança das login centralizado, crio uma conta com
identidades digitais. senha protegida para cada sistema.
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
341
Imagem licenciada de depositphotos: ID: 25262919 Autor: Pressmaster
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
342
02 Recursos digitais
Os educadores têm ao seu dispor uma variedade de recursos digitais (educativos) que po-
dem utilizar no ensino. Uma das competências-chave que qualquer educador precisa de desenvolver
é aceitar essa variedade, para identificar eficazmente os recursos que melhor se adequam aos seus
objetivos de aprendizagem, grupo de aprendentes e estilo de ensino; para estruturar a riqueza de
materiais, estabelecer ligações e modificar, adicionar e desenvolver recursos digitais para apoiar a sua
prática.
Ao mesmo tempo, precisam de ter consciência de como usar e gerir conteúdo digital de forma
responsável. Devem respeitar as regras de direitos de autor quando utilizam, modificam e partilham
recursos e proteger conteúdo e dados sensíveis, tais como exames ou as classificações dos aprenden-
tes em formato digital.
Identificar, avaliar e selecionar recur- Modificar e desenvolver recursos exis- Organizar conteúdo digital e disponi-
sos digitais para o ensino e aprendiza- tentes com licença aberta e outros bilizá-lo aos aprendentes, encarrega-
gem. Ter em consideração o objetivo recursos onde tal é permitido. Criar dos de educação e outros educado-
específico de aprendizagem, o con- ou cocriar novos recursos educativos res. Proteger eficazmente conteúdo
texto, a abordagem pedagógica e o digitais. Ter em consideração o obje- digital sensível. Respeitar e aplicar
grupo de aprendentes, ao selecionar tivo específico de aprendizagem, o corretamente regras de privacidade
recursos digitais e planificar a sua uti- contexto, a abordagem pedagógica e e de direitos de autor. Compreender a
lização. o grupo de aprendentes, ao selecionar utilização e criação de licenças aber-
recursos digitais e planificar a sua uti- tas e de recursos educativos abertos,
lização. incluindo a sua atribuição apropriada.
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
343
Imagem licenciada de depositphotos: ID: 128817362 Autor: ideyweb
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
344
A1
Recém-chegado Iinterajo limitadamente com os
Fazer uso limitado da
estudantes e disponibilizo o conteúdo
interação.
necessário no AVA institucional.
C2
Pioneiro Mesclo diferentes ferramentas de
Utilizar diferentes ferramentas de
interação como de engajamento e salas
interação simultaneamente.
em simultâneo.
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
345
Imagem licenciada de depositphotos: ID: 156218012 Autor: Anna_leni
1
https://creativecommons.org/
2
https://www.gnu.org/licenses/
3
https://apastyle.apa.org/
4
https://ieeeauthorcenter.ieee.org/
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
346
A1
Recém-chegado Disponibilizo apenas materiais
Gerenciar limitadamente
desenvolvidos por mim aos
conteúdos e recursos digitais.
estudantes.
Imagem licenciada de depositphotos: ID: 53827621 Autor: PaulStringer
A2
Explorador Localizar conteúdo e recursos Seleciono e disponibilizo aos estudantes
digitais desenvolvidos por materiais integrais encontrados online, p.
outros. ex., artigos, capítulos.
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
347
Imagem licenciada de depositphotos: ID:229024060 Autor: VitalikRadko
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
348
03 Ensino e aprendizagem
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
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Imagem licenciada de depositphotos: ID 68972119 Autor: Ymgerman
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
350
04 Avaliação
Usar tecnologias digitais para a avalia- Produzir, selecionar, analisar critica- Usar tecnologias digitais para forne-
ção formativa e sumativa. Melhorar a mente e interpretar evidências digi- cer feedback oportuno e direcionado
diversidade e adequação dos forma- tais sobre a atividade, desempenho e aos aprendentes. Adaptar estratégias
tos e abordagens de avaliação. progresso do aprendente, de modo a de ensino e proporcionar apoio di-
informar o ensino e aprendizagem. recionado, com base nas evidências
geradas pelas tecnologias digitais
utilizadas. Permitir que aprendentes
e encarregados de educação compre-
endam as evidências fornecidas pelas
tecnologias digitais e as usem para to-
mada de decisão.
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
351
Imagem licenciada de depositphotos: ID 355222804 Autor: NinaMunha
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
352
A2
Explorador
Usar recursos digitais básicos Envio links de plataforma de questionários
para avaliar online. para avaliar os estudantes.
C1
Líder Elaboro avaliações online formativas com
Desenvolver processos
questões de múltipla escolha, prevendo
avaliativos online personalizados.
feedbacks e correções automatizadas.
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
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Imagem licenciada de depositphotos: ID 195232630 Autor: ShendArt
5
Internet Protocol address
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e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
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Imagem licenciada de depositphotos: ID: 275753822 Autor: AndrewLozovyi
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
356
Um dos pontos-fortes das tecnologias digitais na educação é o seu potencial para apoiar estra-
tégias pedagógicas centradas no aprendente e impulsionar o envolvimento ativo dos aprendentes no
processo de aprendizagem e sua apropriação. Assim, as tecnologias digitais podem ser usadas para
facilitar o envolvimento ativo dos aprendentes, p. ex., quando exploram um tópico, experimentam di-
ferentes opções ou soluções, compreendem ligações, chegam a soluções criativas ou criam um arte-
facto e refletem sobre ele.
As tecnologias digitais podem também contribuir para o apoio da diferenciação em sala de
aula e da educação personalizada, ao proporcionarem a realização de atividades de aprendizagem
adaptadas ao nível de competência, interesses e necessidades de cada aprendente. No entanto, em
simultâneo, deve-se ter cuidado para não exacerbar as desigualdades existentes (p. ex., no acesso a
tecnologias digitais) e garantir a acessibilidade a todos os aprendentes, incluindo aqueles com neces-
sidades especiais.
Garantir acessibilidade a recursos Usar tecnologias digitais para atender Usar tecnologias digitais para promo-
e atividades de aprendizagem para às diversas necessidades de aprendi- ver o envolvimento ativo e criativo dos
todos os aprendentes, incluindo os zagem dos aprendentes, permitindo aprendentes com um assunto especí-
que têm necessidades especiais. Ter que estes progridam a diferentes ní- fico. Usar tecnologias digitais no âm-
em consideração e dar resposta às veis e velocidades e sigam caminhos bito de estratégias pedagógicas que
expetativas, capacidades, usos e con- e objetivos de aprendizagem indivi- fomentem as competências trans-
ceções erróneas (digitais) dos apren- duais. versais dos aprendentes, a reflexão
dentes, bem como ao uso contextual, profunda e a expressão criativa. Abrir
físico e cognitivo que fazem das tec- a aprendizagem a novos contextos do
nologias digitais. mundo real, que envolvam os próprios
aprendentes em atividades práticas,
investigação científica ou resolução
de problemas complexos, ou que, de
outros modos, aumentem o seu en-
volvimento ativo em temas comple-
xos.
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
357
Imagem licenciada de depositphotos: ID: 345925538 Autor: YAYImages, ID: 51804281 Autor: AntartStock
6
https://www.youtube.com/
7
Software estatístico SPSS (Statistical Package for the Social Science) desenvolvido pela IBM
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
358
A1
Recém-chegado Utilizo limitadamente um
Fazer uso limitado dos ambiente digital, com exceção
ambientes digitais. do AVA institucional.
Imagem licenciada de depositphotos: ID: 53827621 Autor: PaulStringer
B2
Especialista Abordar de forma prática/engajada Utilizo diferentes ambientes digitais
o conteúdo dentro de novos para atender integralmente ou
ambientes digitais. complementar as aulas.
C2
Pioneiro Desenvolver e integrar ambientes
Integro diversos ambientes digitais ao
digitais externos à estrutura do
AVA institucional.
AVA institucional.
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
359
Imagem licenciada de depositphotos: ID: 148910149 Autor: Rawpixel
e-DigCompEdu: Quadro de referência das competências digitais docentes do ensino superior online - uma extensão do DigCompEdu
360
Incorporar atividades, tarefas e ava- Incorporar atividades, tarefas e ava- Incorporar atividades, tarefas e ava-
liações de aprendizagem que re- liações de aprendizagem que re- liações de aprendizagem que re-
queiram que os aprendentes arti- queiram que os aprendentes usem, queiram que os aprendentes se ex-
culem necessidades de informação; eficaz e responsavelmente, tecno- pressem através de meios digitais,
encontrem informação e recursos logias digitais para comunicação, modifiquem e criem conteúdo digi-
em ambientes digitais; organizem, colaboração e participação cívica. tal em diferentes formatos. Ensinar
processem, analisem e interpretem aos aprendentes como os direitos
informação; e comparem e avaliem de autor e as licenças se aplicam ao
criticamente a credibilidade e a fia- conteúdo digital, como referenciar
bilidade da informação e das suas fontes e atribuir licenças.
fontes.
6.4 6.5
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Imagem licenciada de depositphotos: ID: 230924054 Autor: EdZbarzhyvetsky
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à utilização de ferramentas digitais, sejam elas voltadas ao processo de escrita, como editores de tex-
tos, gerenciadores de referência e controle de autoplágio, além do processo de pesquisa nas bases de
dados; seja nos processos voltados à recolha, tratamento e análise de dados, independentemente de
uma abordagem quantitativa ou qualitativa.
Cabe ainda ao docente divulgar ativamente sua produção cientifica, seja com a inclusão em
repositórios institucionais ou em redes sociais acadêmicas e profissionais, aumentando assim a ampli-
tude do acesso à sua produção.
Os diferentes tipos de periódicos possuem métricas de avaliação internacionais específicas, as quais os
docente devem conhecer e aplicar de acordo com os planos de carreira docente.
7.1. Publicação e gestão de autoria 7.2. Pesquisa, seleção 7.3. Recolha, tratamento
na produção científica e divulgação científica e análise de dados
Desenvolver produção científica utili- Pesquisar e selecionar informações Recolher dados quantitativos e quali-
zando ferramentas de edição de textos relevantes em bases de dados cientí- tativos em formato totalmente digital.
e ferramentas digitais para citação, re- ficas, utilizando, quando necessário, Tratar e analisar dados de qualquer
ferenciação e controle de autoplágio. operadores booleanos e filtros. Divul- abordagem metodológica oriundos
Selecionar periódicos e orientações gar ativamente minha produção cien- de diversas ferramentas digitais. Ex-
institucionais quanto às métricas de tifica, seja a inclusão em repositórios portar e apresentar, textual ou grafi-
avaliação de desempenho de investi- institucionais ou em redes sociais aca- camente, os resultados da análise a
gador para publicação a partir da in- dêmicas e profissionais. partir de uma variedade de ferramen-
dexação em bases de dados e índices tas de análise, os incorporando em
internacionais, tendo consciência das editores de texto ou em ferramentas
licenças atribuída à publicação. de submissão.
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PUBLICAÇÃO E GESTÃO DE
7.1
AUTORIA NA PRODUÇÃO CIENTÍFICA
8
https://www.scopus.com/sources
9
https://mjl.clarivate.com/home
10
https://clarivate.com/wp-content/uploads/dlm_uploads/2021/05/Journal-Citation-Indicator-discussion-paper.pdf
11
https://clarivate.com/webofsciencegroup/solutions/journal-citation-reports/
12
https://www.scopus.com/sources
13
https://www.scimagojr.com/
14
https://dialnet.unirioja.es/metricas/idr
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A1
Recém-chegado Fazer uso limitado de Raramente utilizo
recursos digitais para recursos digitais na minha
produção científica. produção científica.
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plágio e autoplágio.
Utilizo ferramentas digitais específicas de
plágio e autoplágio antes de publicar.
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Imagem licenciada de depositphotos: ID: 47628625 Autor: dikaya_miau
7.2
PESQUISA, SELEÇÃO E
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
Pesquisar e selecionar informações relevantes em bases de dados
científicas, utilizando, quando necessário, operadores booleanos e filtros.
Divulgar ativamente minha produção cientifica, seja a inclusão em
repositórios institucionais ou em redes sociais acadêmicas e profissionais.
15
https://www.ebsco.com/
16
https://www.scopus.com/sources
17
https://mjl.clarivate.com/home
18
https://doaj.org/
19
https://scielo.org/
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A1
Recém-chegado Fazer uso limitado de Utilizo motores de busca
recursos digitais para convencionais em minha
pesquisa, utilizando motores pesquisa.
comuns de busca.
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Imagem licenciada de depositphotos: ID: 103018660 Autor: Azamatovic
7.3
RECOLHA, TRATAMENTO
E ANÁLISE DE DADOS
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A1
Recém-chegado Fazer uso limitado de
Utilizo minimamente ferramentas digitais
ferramentas digitais com
para recolher, tratar e analisar dados.
dados recolhidos.
Imagem licenciada de depositphotos: ID: 53827621 Autor: PaulStringer
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Imagem licenciada de depositphotos: ID: 98222856 Autor: georgejmclittle
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O ensino online abriu precedente aos múltiplos papéis que passam a ser requeridos aos do-
centes na sequência das múltiplas atribuições específicas e interdependentes que o ensino online
acarreta. Essas atribuições são muitas vezes realizadas colaborativamente, seja tanto no que diz respei-
to ao desenvolvimento de um dado curso, nos seus múltiplos componentes, seja relativamente a uma
dada unidade curricular. O processo de desenvolvimento de um curso ou unidade curricular abrange
Imagem licenciada de depositphotos: ID: 275928874 Autor: vectorspointdavooda ; ID: 182699064 Autor: julynx ; ID:66246025 Autor: jacartoon
o reconhecimento e a seleção de ferramentas e recursos para o ensino online, sejam elas voltadas para
a produção de conteúdos, interação, avaliação, entre outros; devendo tais soluções relevar compatibi-
lidade com tecnologias móveis e ainda com os desejáveis níveis de acessibilidade.
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Imagem licenciada de depositphotos: ID: 84136854 Autor: ideyweb
CONCEPÇÃOEEDESENVOLVIMENTO
8.1. CONCEPÇÃO DESENVOLVIMENTO DE
8.1
CURSOSEEUNIDADES
DE CURSOS UNIDADESCURRICULARES
CURRICULARES
Criar um curso ou unidade curricular considerando diversas opções de
configurações disponibilizadas pelos AVA. Reconhecer e adotar de forma
abrangente diversas ferramentas e recursos para o ensino online, garan-
tindo sempre a compatibilidade com tecnologias móveis. Trabalhar cola-
borativamente com equipes multidisciplinares. Produzir conteúdo em fer-
ramentas de produção autoral. Garantir a disponibilidade de informações
públicas e de fácil acesso sobre as políticas e estratégias institucionais e de
apoio aos estudantes.
20
Sharable Content Object Reference Model
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A2 Integrar na metodologia
Desenvolvo cursos ou unidades
Explorador
curriculares apenas com funcionalidades
de ensino adotada apenas
básicas, p. ex., fóruns, pastas e páginas já
funcionalidades básicas do AVA.
existentes no AVA institucional.
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ORGANIZAÇÃO, ACOMPANHAMENTO
8.2 E GERENCIAMENTO DE CURSOS E
UNIDADES CURRICULARES
Realizar a gestão de um curso ou unidade curricular em um ambiente virtual
de aprendizagem. Gerir diversos tipos e formas de comunicação e interação
com os estudantes pré-estabelecidas. Acompanhar a calendarização
do curso ou unidade curricular, configurar e realizar no AVA atividades e
avaliações online em conformidade ao pré-estabelecido institucionalmente.
Fazer cumprir regras e regulamentos definidos. Gerir a participação dos
estudantes e o fluxo de atividades docentes e administrativas. Auxiliar os
estudantes a lidar com suas cargas emocionais em consequência da falta
de contato pessoal.
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21
Comma-separated
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