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MORFOFUNCIONAL
CURSO DE MEDICINA
ORIENTADORES:
Prof.ª. Adriana Oliveira
Prof. Hudson Wallença
Prof.ª. Lyah Lamarck
Prof. Rômulo Dayan
AES 19 – DOENÇAS METABÓLICAS,
HORMONAIS E NUTRICIONAIS
DIABETES MELLITUS
OBJETIVOS:
- Analisar a relação histológica da pancreatite endócrina e exócrina;
- Relatar a fisiopatologia da Diabetes tipo 1 e tipo 2 com seus respectivos diagnósticos laboratoriais;
A diabetes mellitus é uma doença crônica que afeta cerca de 3% da população mundial, com prospecto
de aumento até 2030, e tem sua prevalência aumentada dado o envelhecimento populacional. A diabetes
mellitus ocupa a nona posição entre as doenças que causam perda de anos de vida saudável. A alta
prevalência de diabetes mellitus e suas complicações apontam a necessidade de investimentos na
prevenção, no controle da doença e nos cuidados longitudinais.
01. Com auxílio do Livro do Harrison de Medicina Interna, observando as imagens abaixo, descreva
a regulação da homeostase da glicose (imagem 1) e os mecanismos de secreção da insulina
estimulada por glicose e anormalidades no diabetes (imagem 2).
O DM tipo 1 resulta de interações de fatores evolução mais lenta para o diabetes ao longo de
genéticos, ambientais e imunológicos que um período de vários anos.
acabam acarretando a destruição das células
As características do diabetes só se tornam
beta pancreáticas, assim como uma deficiência
evidentes após a ocorrência de uma perda limiar
de insulina.
da secreção de insulina e da massa de células
Pode surgir em qualquer idade, porém beta. Os eventos que induzem a transição da
desenvolve-se mais comumente antes dos 20 intolerância à glicose para o diabetes franco
anos de idade. A maioria dos indivíduos tem estão associados, com frequência, a maiores
evidência de autoimunidade dirigida contra as demandas de insulina, como poderia ocorrer
ilhotas pancreáticas. durante infecções ou na puberdade.
Alguns indivíduos que possuem o fenótipo Após a manifestação clínica inicial do DM tipo 1,
clínico do DM tipo 1 carecem de marcadores pode seguir-se uma fase de “lua de mel”, durante
imunológicos indicativos de um processo a qual o controle glicêmico é conseguido com
autoimune envolvendo as células beta e os doses moderadas de insulina ou, raramente, a
marcadores genéticos do diabetes tipo 1. insulina não é necessária. Entretanto, essa fase
transitória de produção endógena de insulina
Acredita-se que esses indivíduos desenvolvam
pelas células beta residuais desaparece, e o
uma deficiência de insulina por mecanismos não
indivíduo torna-se deficiente em insulina.
imunes desconhecidos e possam ser propensos
à cetose; muitos são de ascendência negra ou Muitos indivíduos com DM tipo 1 de longa
asiática. duração produzem uma pequena quantidade de
insulina (refletida pela produção de peptídeo C),
O declínio temporal da função e da massa de
enquanto outros com 50 anos de DM tipo 1
células beta que precede o desenvolvimento do
apresentam células positivas para insulina no
DM tipo 1 é mostrado esquematicamente na
pâncreas à necrópsia.
Figura.
Os indivíduos com predisposição genética são expostos a um fator desencadeante que inicia um processo
autoimune, resultando no desenvolvimento de autoanticorpos contra as ilhotas pancreáticas e declínio
gradual na massa e função das células beta. A doença no estágio 1 caracteriza-se pelo desenvolvimento
de dois ou mais autoanticorpos contra as células das ilhotas, porém com manutenção da normoglicemia.
A doença no estágio 2 é definida por autoimunidade continuada e desenvolvimento de disglicemia. O
estágio 3 é definido pelo desenvolvimento de hiperglicemia que excede os critérios diagnósticos para o
diagnóstico de diabetes. A inclinação descendente da massa de células beta varia entre indivíduos e pode
não ser contínua. Pode-se observar uma fase de “lua de mel” nos primeiros 1 ou 2 anos após o início do
diabetes, que está associada a uma redução das necessidades de insulina.
FISIOPATOLOGIA
07. Preencha a tabela abaixo, descrevendo sobre o mecanismo de ação, farmacocinética, efeitos
adversos e interações medicamentosas do representante elencado de cada classe abaixo, para o
tratamento diabetes.
Os análogos de insulina de ação ultrarrápida, como lispro, aspart e glulisina, podem ser aplicados cerca
de 10 minutos antes das principais refeições, com o objetivo de cobrir os períodos de hiperglicemia
prandial, coincidindo com seu pico de ação em aproximadamente 1 hora. Pelo rápido início de ação,
também podem ser administrados logo após as refeições, de acordo com a quantidade de carboidrato
ingerida, uma vantagem principalmente em crianças pequenas, com padrão alimentar imprevisível.
Insulinas de ação rápida são administradas para mimetizar a liberação prandial (hora da refeição) de
insulina e controlar a glicose pós-prandial. Elas podem ser usadas também em casos em que são
necessárias correções rápidas de glicose elevada. Em geral, insulinas de ação rápida e curta são usadas
em conjunto com uma insulina basal de ação mais longa que provê controle para a glicemia de jejum. A
insulina regular deve ser injetada por via SC 30 minutos antes da refeição, ao passo que as insulinas de
ação rápida são administradas 15 minutos antes ou de 15 a 20 minutos depois de iniciar a refeição. As
insulinas de ação rápida são comumente usadas em bombas externas de insulina e são apropriadas para
administração IV, embora a insulina regular seja usada mais comumente quando a via IV é necessária.
Insulina neutra com protamina Hagedorn (NPH) é uma insulina de ação intermediária formada pela adição
de zinco e protamina à insulina regular. (outra denominação para essa preparação é insulina isofana). A
combinação com protamina forma um complexo que é menos solúvel, resultando em retardo na absorção
e ação prolongada. A insulina NPH é usada para controle basal (jejum) nos diabetes tipos 1 e 2 e, em geral,
é dada junto com a insulina de ação rápida ou curta para controle na hora da refeição. A insulina NPH deve
ser dada somente por via SC (nunca IV), e não deve ser usada quando é necessário baixar rapidamente a
glicose (p. ex., cetoacidose diabética).
O ponto isoelétrico da insulina glargina é menor do que o da insulina humana, levando à formação de um
precipitado no local da injeção, o qual libera insulina por um período prolongado. Tem início mais lento
do que a insulina NPH e um efeito hipoglicêmico achatado e prolongado, sem pico. A insulina detemir tem
uma cadeia lateral de ácido graxo que aumenta a associação com albumina. A dissociação lenta da
albumina resulta em propriedades de longa ação similares às da insulina glargina. Como com a insulina
NPH, a insulina glargina e a insulina detemir são usadas para controle basal e devem ser administradas
somente por via SC. Nenhuma insulina de longa ação deve ser misturada na mesma seringa com outras
insulinas, pois isso pode alterar o perfil farmacodinâmico.
09. De acordo com o protocolo clínico e diretrizes terapêuticas, descreva sobre os seguintes
aspectos relacionados ao tratamento não medicamentoso das diabetes tipo 1 e 2: terapia nutricional
e exercícios físicos.
Inclui: modificações no estilo de vida (MEV) (dieta, atividade física, perda de peso, cessação do tabagismo.)
EXERCÍCIO FÍSICO
Para indivíduos com pré-diabetes, em risco aumentado de desenvolver DM2, 150 minutos de atividade
física aeróbica de moderada intensidade reduz o risco de diabetes tipo 2.
Para pessoas com DM2, a prática de exercícios combinados resistidos (pelo menos 1 ciclo de 10 a 15
repetições de 5 ou mais exercícios, duas a três sessões por semana, em dias não consecutivos) e aeróbicos
(no mínimo 150 minutos semanais de moderada ou equivalente de alta intensidade, sem permanecer mais
do que dois dias consecutivos sem atividade) promovem reduções significativas da HbA1c.
ALIMENTAÇÃO
Não existe uma estratégia alimentar universal para prevenir ou retardar o início do DM2.
Incentivar a perda de peso estruturada em um plano alimentar saudável, com redução de calorias, redução
de gorduras saturadas e aumento da ingestão de fibras, associado à prática de atividade física é essencial.
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