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Diabetes Mellitus (DM)

Patologia Geral
Prof. Marisa Utzig 

Ana Paula Gomes Pereira de Melo


Rgm: 24654353

Ana Rita Jesus Santos


Rgm:24981524

Cleuzileny Furtado de Oliveira


Rgm:22667334Lucas Barroso de Sousa

Liliane Pires Batista Brasilino


Rgm:30339529

Lucas Barroso de Sousa


Rgm: 26498162

Felipe Gonçalves da Silva


Rgm: 24823406

Karoliny Moura Marques


Rgm: 25237926

Shamara Thaylla Gottfried Tomé


Rgm: 24939021

Vitória Rayssa Pereira de Sousa


Rgm: 24593001
SUMÁRIO

1. Definição ------------------------------------------------------------------------------- 3
2. Fisiopatologia:------------------------------------------------------------------------ 4
3. Característica Celulares ---------------------------------------------------------- 5
4. Tipos:------------------------------------------------------------------------------------ 6
5. Diagnóstico: -------------------------------------------------------------------------- 8
6. Tratamento: --------------------------------------------------------------------------- 9
7. Referência Bibliográfica:--------------------------------------------------------- 11

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1). Definição:

“O Diabetes mellitus (DM), segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é


definido como uma doença crônica não transmissível (DCNT), caracterizada
pelo aumento da glicose plasmática, devido à defeitos na secreção e/ou ação
da insulina produzida pelo pâncreas” (OMS, 1999; International Diabetes
Federation - IDF, 2019) , ou seja, é uma síndrome metabólica de origem
múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina
exercer adequadamente seus efeitos. A insulina é produzida pelo pâncreas e é
responsável pela manutenção do metabolismo da glicose e a falta desse
hormônio provoca déficit na metabolização da glicose e, consequentemente,
diabetes

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2) Fisiopatologia:

A glicose é um glicídio que é primeiramente absorvida no intestino


delgado, provenientes de carboidratos da alimentação. A glicose sai do lúmen
intestinal, passa pelas microvilosidades do intestino e por meio da GLUT 2
(proteína transportadora de glicose do intestino) a glicose entra na corrente
sanguínea. A partir daí será distribuída por todo o organismo.

Para que a glicose possa passar para as células musculares e tecidos


adiposo é utilizado outro transportador chamado Glut 4. A insulina (hormônio
produzida pelo pâncreas) é liberada na corrente sanguínea e se liga a
receptores que desencadeiam uma cascata de reações e ativam a GLUT 4,
que se transloca até a membrana da célula muscular ou tecido adiposo e
permite a entrada da glicose para dentro da célula, diminuindo a quantidade de
glicose na corrente sanguínea.

Quando essa reação não acontece, temos a chamada DIABETES, que é


uma doença caracterizada pela presença de hiperglicemia crônica, que resulta
da ausência de secreção de insulina (Diabetes tipo 1) ou uma secreção
deficiente/insatisfatória (Diabetes tipo 2).

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2) Características Celulares:

O pâncreas

O pâncreas é uma glândula mista com uma porção endócrina e outra exócrina.
A porção exócrina é formada por uma glândula acinosa cujas células têm
morfologia característica de células secretoras de proteínas, importantes no
processo de digestão. O órgão é revestido por uma cápsula delicada de tecido
conjuntivo que divide a glândula em lóbulos, ele possui pequenos aglomerados
chamados de ilhotas de Langerhans responsável pela produção de insulina e
glucamon. O número de ilhotas em humanos varia, ficando em torno de um
milhão, sendo que cada ilhota possui em média 1500 células. As ilhotas são
compostas por três diferentes tipos celulares principais; em humanos, células
β, células α e células δ correspondem a aproximadamente 54%, 35% e 11%
do total de células das ilhotas.

Características Celulares

Células β são células particularmente encontradas nas ilhotas de Langerhans


responsáveis pela produção de insulina e está diretamente ligada a diabetes.
A glicose entra nas células β pancreáticas pelo transportador GLUT-2, sendo
imediatamente fosforilada em glicose-6-fosfato pela enzima glucoquinase. Ao
final da glicólise é formado piruvato, que no processo de geração de energia
que ocorre nas mitocôndrias produz ATP, levando ao fechamento dos canais
de potássio (subunidade KIR6.2 e SUR1) sensíveis a ATP. Ocorre, então, a
despolarização da membrana 5 plasmática e a entrada de Ca2+ na célula por
canais de cálcio dependentes de voltagem. O Ca2+, por fim, leva à liberação
da insulina armazenada em vesículas próximas a membrana plasmática das
células.

Células α são células endócrinas nas ilhotas de Langerhans do pâncreas. Elas


são responsáveis por sintetizar e secretar o hormônio peptídeo glucagon, que
eleva os níveis de glicose no sangue. Fazem parte de 20% do volume total de
células de cada ilhota. Para elevar os níveis de glicose, o glucagon se liga a
receptores nos hepatócitos e em algumas outras células como por exemplo,
células renais. Isso ativa a enzima glicogênio fosforilase , dentro do hepatócito
para hidrolisar o glicogênio em glicose. Este processo é denominado
glicogenólise. As células alfa também geram GLP-1 e podem ter efeito protetor
e regenerativo nas células beta. Eles possivelmente podem se transdiferenciar
em células beta para substituir as células beta perdidas.
Células-δ correspondem a 3% a 10% das células da ilhota, secretam a
somatostatina, que tem a função de inibir o pâncreas endócrino e por
conseguinte impede a secreção da insulina e do glucagon.

Células PP existem em menor número e produzem o polipeptídeo pancreático


e as células épsilon que produzem grelina.

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3) Tipos:

3.1 Diabetes mellitus tipo 1:

A Diabetes mellitus tipo 1

É uma doença crônica caracterizada pela destruição parcial ou total das células
Beta das ilhotas de Langerhans, resultando na incapacidade progressiva de
produzir insulina. Na diabetes tipo 1, quando o sangue passa pelo pâncreas,
não ocorre a liberação de insulina.

É geralmente característica da infância, onde os sintomas começam a se


manifestar. É caracterizada como uma doença auto imune. A falta da insulina
acarretará na ação e prevalência dos hormônios contrarreguladores (que
estimulam o aumento da glicose sanguínea) acarretando na hiperglicemia. São
eles:

- Catecolaminas: norepinefrina, epinefrina e dopamina.

- Glucagon.

- Cortisol.

Seus sintomas serão evidentes quando cerca de 80% das ilhotas pancreáticas
forem destruídas. As causas podem ser genéticas, fatores ambientais,
substancias químicas e outras drogas.

Sintomas gerais: cansaço, sede, aumento do apetite, emagrecimento.

3.2 Diabetes mellitus tipo 2

A Diabetes mellitus tipo 2, chamada de síndrome metabólica, geralmente é


adquirida, e pode ser causada por estilo de vida sedentário, obesidade,
genética, fumo entre outros fatores. É caracterizada como uma resistência
tecidual para com o hormônio da insulina. A insulina é liberada no sangue, mas
não consegue ativar os receptores. Ou ainda pelo excesso de ingestão
alimentar, que demanda maior produção de insulina pelo pâncreas para que
seja degradado o açúcar.

Este excesso faz com que o pâncreas trabalhe mais para produzir maior
número de insulina. Como o número de receptores de insulina da célula é em
um número limitado, grande parte da glicose permanece na corrente
sanguínea, ocorrendo, além de hiperglicemia, também a hiperinsulinemia
(grande quantidade de insulina). Com o passar do tempo o pâncreas diminui
significativamente a quantidade de insulina produzida, podendo tornar o
paciente insulinodependente também na diabetes tipo 2. diminuindo
consequentemente a quantidade de

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insulina absorvida na célula, deixando a quantidade de glicose na corrente
sanguínea em excesso.

O excesso de glicose na corrente sanguínea aumenta o débito cardíaco e


também aumenta a retenção de sódio e água no organismo, levando
consequentemente ao aumento da pressão arterial, inchaço em membros
superiores e inferiores, problemas como visão turva, entre outros.

Os principais sintomas são:

poliuria – aumento da produção de urina

Polifagia – aumento da fome

Polidipsia – aumento da sede

Perda involuntária de peso.

Também fadiga, fraqueza, letargia, prurido cutâneo, infecções de repetição,


formigamento e lenta cicatrização.

3.3 Diabetes mellitus tipo 2 gestacional:

É definido como qualquer grau de intolerância à glicose com início ou primeira


detecção durante a gravidez. Pode ocorrer em 1 a 14% das gestações e, em
geral, é diagnosticado na segunda metade da gravidez. Os fatores de risco
para seu desenvolvimento incluem: idade superior a 25 anos, obesidade ou
ganho excessivo de peso durante a gestação atual, deposição e central
excessiva de gordura corporal, história familiar de diabetes em parentes de pri-
meiro grau, baixa estatura (< 1,5 m), crescimento fetal excessivo, poliidramnia,
hipertensão arterial ou pré-eclâmpsia, antecedentes obstétricos de morte fetal
ou neonatal, macrossomia ou DG prévio. O DG pode aumentar a
morbimortalidade tanto materna quanto fetal. Os filhos de mães com DG têm
maior risco de evoluírem com macrossomia e hipoglicemia neonatal. Alguns
casos diag- nosticados como DG podem incluir pacientes portadoras de dia-
betes não diagnosticado previamente à gestação. Nestes casos, a presença de
hiperglicemia no início da gestação (fase de organo- gênese) aumenta o risco
de abortamento e defeitos congênitos. O acompanhamento pré-natal de
pacientes diabéticas grávidas (pré-gestacionais e gestacionais) deve incluir um
programa de educação fornecido por equipe multidisciplinar. As pacientes que
apresentam DG devem ser reclassificadas quanto ao diagnostico após 4 a 6
semanas de puerpério

4). Diagnóstico:

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Diagnóstico de diabetes mellitus (dm) deve ser estabelecido pela identificação
de hiperglicemia. Para isto, podem ser usados a glicemia plasmática de jejum,
o teste de tolerância oral à glicose (totg) e a hemoglobina glicada. Em algumas
situações, é recomendado rastreamento em pacientes assintomáticos.
Principais exames para diabetes exame de glicemia. Este exame é realizado
tanto para o diagnóstico como para o monitoramento do diabetes: Teste de
tolerância oral à glicose ou curva glicêmica; Hemoglobina glicada; Glicemia
pós-prandial; Frutosamina. O diagnóstico do diabetes tipo 1 é feito por meio da
mensuração dos níveis de glicose presentes na corrente sanguínea , quando o
paciente está em jejum. Se os valores obtidos por meio de um exame de
sangue estiverem acima de 126mg/dl, o paciente já é considerado um
diabético.
O diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2.

Glicemia de jejum _> 126 mg/dl e hemoglobina glicada> 6,5% (ambos


alterados), está confirmado o diagnóstico de diabetes; se hemoglobina glicada
e glicemia de jejum apresentam resultados discordantes, o exame que indica
diabetes deve ser repetido para confirmação. Assim como realizado em um
paciente comum, a gestante deverá se apresentar em jejum de 8 horas. Será
coletada uma quantidade de sangue e posteriormente uma dose de glicose
deverá ser ingerida para realização de uma nova coleta de sangue.

Diagnóstico de diabetes gestacional

Glicemia em jejum> 126 mg/dl ou hba1c> 6,5% sugerem o diagnóstico de


diabetes mellitus prévio a gestação. Glicemia de jejum entre 92 mg/dl e 125
mg/dl sugere o diagnóstico de diabetes millitus gestacional.

5). Tratamento

 Dieta

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 Atividade física
 Perda de peso
 Educação

Diabetes tipo 1, Os pacientes que apresentam diabetes do Tipo 1 precisam de


injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores
considerados normais.

Para essa medição, é aconselhável ter em casa um aparelho, chamado


glicosímetro, que será capaz de medir a concentração exata de glicose no
sangue durante o dia-a-dia do paciente.

Os médicos recomendam que a insulina deva ser aplicada diretamente na


camada de células de gordura, logo abaixo da pele. Os melhores locais para a
aplicação de insulina são barriga, coxa, braço, região da cintura e glúteo.

Além de prescrever injeções de insulina para baixar o açúcar no sangue,


alguns médicos solicitam que o paciente inclua, também, medicamentos via
oral em seu tratamento, de acordo com a necessidade de cada caso.

Já para os pacientes que apresentam diabetes Tipo 2, o tratamento consiste


em identificar o grau de necessidade de cada pessoa e indicar, conforme cada
caso, os seguintes medicamentos/técnicas:

Inibidores da alfaglicosidase: impedem a digestão e absorção de carboidratos


no intestino;

Sulfonilureias: estimulam a produção pancreática de insulina pelas células;

Glinidas: agem também estimulando a produção de insulina pelo pâncreas.

O Diabetes Tipo 2 normalmente vem acompanhado de outros problemas de


saúde, como obesidade, sobrepeso, sedentarismo, triglicerídios
elevados e hipertensão.

Por isso, é essencial manter acompanhamento médico para tratar, também,


dessas outras doenças, que podem aparecer junto com o diabetes. 

Para tratar o diabetes, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece medicamentos


de graça. São seis medicamentos financiados pelo Ministério da Saúde e
liberados nas farmácias credenciadas.

Além disso, os pacientes portadores da doença são acompanhados pela


Atenção Básica e a obtenção do medicamento para o tratamento tem sido
fundamental para reduzir os desfechos mais graves da doença.

Desta forma, os doentes têm assegurado gratuitamente o tratamento integral


no Sistema Único de Saúde, que fornece à população as insulinas humana
NPH – suspensão injetável 1 e insulina humana regular, além de outros três
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medicamentos que ajudam a controlar o índice de glicose no sangue:
Glibenclamida, Metformida e Glicazida.

Em março de 2017, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no


SUS (CONITEC) incorporou ao SUS duas novas tecnologias para o tratamento
do diabetes.

A caneta para injeção de insulina, para proporcionar a melhor comodidade na


aplicação, facilidade de transporte, armazenamento e manuseio e maior
assertividade no ajuste da dosagem;

Insulina análoga de ação rápida, que são insulinas semelhantes às insulinas


humanas, porém com pequenas alterações nas moléculas, que foram feitas
para modificar a maneira como as insulinas agem no organismo humano,
especialmente em relação ao tempo para início de ação e duração do efeito. 

Para os que já têm diagnóstico de diabetes, o Sistema Único de Saúde (SUS)


oferta gratuitamente, já na atenção básica,  atenção integral e gratuita,
desenvolvendo ações de prevenção, detecção, controle e tratamento
medicamentoso, inclusive com insulinas.

Para monitoramento do índice glicêmico, também está disponível nas Unidades


Básicas de Saúde reagentes e seringas. O programa Aqui Tem Farmácia
Popular, parceria do Ministério da Saúde com mais de 34 mil farmácias
privadas em todo o país, também distribui medicamentos gratuitos, entre eles o
cloridrato de metformina, glibenclamida e insulinas. 

6). Referencias bibliográficas:

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https://bvsms.saude.gov.br/diabetes/#:~:text=Diabetes%20Mellitus%20(DM)
%20%C3%A9%20uma,insulina%20exercer%20adequadamente%20seus
%20efeitos

https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/files/ssaude/pdf/prot-hip-diab-cap-5.pdf

https://www.significados.com.br/diabetes/

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/diabetes

https://bvsms.saude.gov.br/diabetes/#:~:text=Diabetes%20Mellitus%20(DM)
%20%C3%A9%20uma,insulina%20exercer%20adequadamente%20seus
%20efeitos

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