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PREFÁCIO

CAPÍTULO 1 – A DIABETES, UMA QUESTÃO DE QUÍMICA

CAPÍTULO 2 – AS GLÂNDULAS E SEUS HORMÔNIOS

CAPÍTULO 3 - O PROCESSO METABÓLICO

CAPÍTULO 4 – A IMPORTÂNCIA DO FÍGADO!

CAPÍTULO 5 - A INCORPORAÇÃO DA INSULINA

CAPÍTULO 6 - ALIMENTOS ANTI-DIABETES

CAPÍTULO 7 - ERVAS CONTRA A DIABETES

CAPÍTULO 8 - SUPLEMENTOS ALIMENTARES ÚTEIS

CAPÍTULO 9 - HOMEOPATIA DIABÉTICA

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AVISO LEGAL
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premissas sugeridas neste e-book.

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SAUDAÇÕES INICIAIS

Todo caminho que o leva longe começa com apenas um primeiro passo:
e você acabou de dá-lo! Parabéns. Você tem em suas mãos este livro, que
consiste em um guia prático para manter o açúcar de sua corrente
sanguínea sob controle.

Apresentamos a você um material inovador que, em primeira instância, lhe


convida a conhecer a fundo todos esses sistemas, órgãos e substâncias
químicas (hormônios, enzimas, etc.) envolvidos no desenvolvimento da
diabetes e em sua gestão; e em segundo lugar, mostramos diferentes
alternativas de solução para este problema de saúde.

Sem pretender ser técnico demais, parece importante para nós que você
aprenda a conhecer seu corpo para saber por que você desenvolveu a
diabetes e como seus sintomas são desencadeados. Sabendo qual é o
caminho percorrido pelo açúcar no seu sangue, você será capaz de
aprender as melhores ferramentas para levá-lo ao lugar correto; e dessa
maneira, você consiga atingir níveis estáveis de glicose no sangue a longo
prazo.

Conheça a si mesmo e aprenderá a dominar seu organismo e,


consequentemente, sua saúde. Descubra também quais são as técnicas
mais apropriadas para manter o seu quadro controlado e evitar
desperdiçar tempo e dinheiro com tratamentos que não servem para nada.
Ou que, no máximo, servem apenas no momento.

Trata-se de você viver mais e melhor, tudo o que quiser, intensa e


despreocupadamente, pelo resto de seus dias. Vamos lá.

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CAPÍTULO 1 - A DIABETES, UMA QUESTÃO DE QUÍMICA

Tudo, absolutamente tudo o que acontece no organismo é devido a uma


reação química. Nosso corpo cumpre suas funções graças as reações que
possibilitam os hormônios; então, nesta seção, abordaremos a incidência
do sistema hormonal na diabetes.

1. O Glucagon

O primeiro elemento que devemos mencionar a esse respeito é o


glucagon, um peptídeo composto por quase 30 aminoácidos que regulam
assimilação de glicogênio. Normalmente é sintetizado através das células
pancreáticas alfa nas ilhotas de Langerhans.

Em muitos casos, a emanação corporal de glucagon causa a diminuição


da frutose bifosfato no sangue e a aceleração do processo de
gliconeogênese, ou seja, a síntese de glicose através de precursores que
não constituem hidratos de carbono.

Se o nível de açúcar no sangue diminui, o organismo estimula as células


alfa a produzir glucagon, o que torna a transformação mais rápida de
glicogênio em glicose no fígado. Por outro lado, se o açúcar aumenta além
do que é conveniente, as células beta são responsáveis pela liberação da
insulina, o qual estimula o metabolismo da glicose e sua subsequente
conversão em glicogênio, que é então armazenado no fígado.

Em alguns casos, o glucagon injetável é usado para compensar os


quadros de hipoglicemia, desde que tenha sido induzida por uma dose de
insulina. Esta medida contribui para o aumento dos níveis de glicose no

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sangue: as células reagem ao glucagon recorrendo a insulina extra para
gerar mais energia.

No entanto, o glucagon injetável desencadeia uma série de efeitos não


desejados sobre o sistema:

• Cataboliza o glicogênio do fígado.


• Desencadeia o processo de cetogênese.
• Produz um efeito prejudicial no coração, semelhante ao estímulo
beta-adrenérgico.
• Causa síndrome do intestino irritável.
• Provoca um aumento de catecolaminas.
• Faz com que menos insulina seja liberada.

1. A insulina

Quem duvidaria disso? Graças a descoberta da insulina, se tornou


possível o desenvolvimento de uma terapia contra a diabetes que
proporcionaria maior expectativa de vida aos pacientes. Antes dessa
descoberta, eles diagnosticavam apenas meses de vida; mas devido a
tratamentos com a insulina, uma pessoa poderia aspirar a viver pelo
menos 50% dos anos que um não diabético viveria. Como você pode ver,
a mudança foi positiva, mas deixava ainda muito a desejar.

A insulina é um hormônio polipeptídico composta por mais de 50


aminoácidos, que produzem e secretam as células beta de ilhotas de
Langerhans. Esta substância química tem a função de sinalizar o fígado
no momento em que a glicose é ingerida e quando deve ser transportada
para o sangue, processo que costuma ocorrer quase imediatamente após
a ingestão.

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Além disso, a insulina estimula o desenvolvimento de mitógenos, que são
moléculas capazes de ativar as células T e B. Existem muitos tipos de
mitógenos, como as lectinas (de origem vegetal), aquelas da parede
bacteriana ou da proteína estafilocócica.

Esta substância é produzida pelo pâncreas através das células


especializadas, que a armazena como reserva para liberá-la rapidamente
depois de comer. Graças à insulina, o corpo pode metabolizar uma grande
variedade de nutrientes, especialmente os hidratos de carbono. Sua falta
causa um tipo especial de diabetes (mellitus), enquanto que seu excesso
causa hiperinsulinismo acompanhado pela consequente Hipoglicemia.

O glucagon aumenta a presença de glicose no sangue, estimulando a


conformação deste carboidrato a partir do glicogênio guardado nos
hepatócitos. Também influencia o metabolismo das proteínas e os lipídios.
Os quadros de hiperglicemia inibem a segregação de glucagon.

• Estágios na síntese de insulina

1. O ribossomo presente no RER (retículo endoplasmático rugoso) cria


pré-pró-insulina, que é transformada em pró-insulina; por sua vez, a
mesma é levada para o complexo de Golgi (que está presente nas células
eucarióticas, exceto nos glóbulos vermelhos e nas células da pele) e aí
muda. Uma fração é eliminada e o restante é unido através de pontes de
bissulfeto.

2. As células beta presentes nas ilhotas de Langerhans secretam insulina


em resposta a um aumento no nível de glicose no sangue.

3. As próprias células liberam glicose lenta e progressivamente, que é


ativada além da presença de açúcar no sangue.

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Nós explicamos o processo em forma resumida, mas parece importante
para nós expandi-lo com um ponto de vista mais técnico.

Ao consumir certos alimentos, a glicose entra nas células beta por meio
do GLUT2, um transportador desta substância. Depois, se oxida para se
tornar energia que é usada para a respiração e a vida das células. Essa
oxidação causa moléculas de ATP com muita energia.

Por sua vez, os canais de potássio dependem desse nível de ATP e, em


consequência da quantidade de glicose presente no fluxo sanguíneo. Os
condutos reagem fechando-se e uma despolarização da membrana celular
é produzida. Diante desse processo, os canais de cálcio se abrem para
permitir que o nutriente entre na célula.

O incremento de cálcio em seu interior faz com que a fosfolipase seja


ativada, que consegue dividir os fosfolipídios presentes na membrana
celular. Ao mesmo tempo, o inositol trifosfato se une aos receptores de
proteínas que se encontram na membrana do RE (retículo
endoplasmático). Tal fato permite que o cálcio seja liberado do retículo por
meio dos canais específicos, o que aumenta sua concentração celular.

Continuando com o processo, a maior proporção de cálcio intracelular faz


com que a sinaptotagmina seja ativada, uma substância química que ajuda
a liberar a insulina já sintetizada e armazenada nas vias secretoras.

É importante ter em conta que a insulina não é somente liberada através


da incorporação de alimentos com hidratos de carbono, mas também por
influência do SNA (Sistema Nervoso Autônomo), embora ainda não seja
conhecido como o corpo regula esses estímulos. Por outro lado, também
pode-se gerar a insulina através da ingestão de proteínas (por ação dos
aminoácidos), por certas células da mucosa intestinal e os peptídeos
dependentes da glicose. Vejamos esses fenômenos com mais detalhes:

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ü Aminoácidos proteicos: a alanina, a glicina e a arginina tem o
comportamento muito semelhante à glicose, transformando a
membrana das células beta.
ü Acetilcolina: esta substância química faz com que a insulina seja
liberada por meio da fosfolipase C.
ü Colecistocinina: reage através do mecanismo da adenilato
ciclase.
ü Hormônio do crescimento: as células-alvo presentes no tecido
adiposo, nos músculos e no fígado dão início a um conjunto de
sinais nervosos que causam aumento da captação da glicose e
seu consequente armazenamento. Isso evita produzir um quadro
de hiperglicemia.
ü Adrenalina: o sistema nervoso simpático, quando visto
estimulado seus receptores adrenérgicos, impede que seja
liberada insulina. No entanto, devemos esclarecer que a
adrenalina que circula no corpo provoca a ativação dos
receptores beta das células das ilhotas de Langerhans para fazer
que seja liberada insulina. Trata-se de um processo fundamental,
devido à que os músculos não podem se beneficiar do aumento
da glicose no plasma devido ao aumento adrenérgico (isto é, a
aceleração da gliconeogênese e da glicogenólise pela baixa
insulina no sangue devido ao glucagon), exceto se a insulina
permitir a transferência de GLUT4 para os tecidos. Assim,
através do processo de inervação, a noradrenalina impede a
segregação de insulina através dos receptores alfa 2 e
consequentemente a adrenalina presente na corrente sanguínea
proveniente da medula adrenal influencia os receptores beta 2
para que eles excretem insulina. Talvez você não saiba, mas a
segregação de insulina é inibida pela noradrenalina, que é um

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hormônio do estresse. Isso explica por que o nível de açúcar no
sangue aumenta quando enfrentamos situações estressantes.

Quando os níveis de glicose caem abaixo do normal, diminuem a


velocidade ou paralisa a segregação da insulina das células beta. Quando
a quantidade de glicose cai para níveis perigosos, é produzido uma
segregação de hormônios hiperglicêmicos; ante todo o glucagon do ilhotas
de Langerhans (célula alfa). Tal fenômeno provoca a segregação de
glicose no sangue desde as reservas celulares do fígado. Através do
aumento da glicose, os hormônios hiperglicêmicos evitam um quadro de
hipoglicemia que pode colocar em perigo a vida da pessoa.

Através do teste de tolerância à glicose, é possível medir a alteração do


processo de segregação de insulina. Na primeira meia hora, você percebe
um aumento acentuado do açúcar no sangue; na próxima hora há uma
queda abrupta e nas horas seguintes uma elevação constante até o nível
normal ou de referência.

• Efeitos da insulina nas células

ü Após a ingestão de hidratos de carbono, é produzido um aumento


na glicose que causa uma resposta insulínica. Isso termina entre 2
e 3 horas depois de comer, que é quando o corpo termina de reduzir
a concentração de açúcar no sangue e a insulina se degrada.
ü Os processos de proteólise, lipólise e gliconeogênese são
reduzidos.
ü Os processos de síntese de glicogênio e ácidos graxos são
aumentados.
ü As células do estômago aumentam a liberação de suco gástrico.

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ü Maior tônus muscular é produzido nas artérias.
ü Aumenta a captação de aminoácidos.
ü O processo de autofagia é reduzido.

C APÍTULO 2 – AS GLÂNDULAS E SEUS HORMÔNIOS

¿Por que algumas pessoas não metabolizam a glicose eficientemente? Na


realidade, a Medicina ainda não conseguiu explicar esse fenômeno de
maneira satisfatória. A única certeza que temos é que certos indivíduos
apresentam hiperglicemia ao acordar e são menos tolerantes a glicose.
Várias causas foram propostas para esse estranho comportamento do
corpo humano: vírus, deficiências do pâncreas, genética, efeitos colaterais
de drogas e até estresse.

Além disso, acredita-se que a fraca reação aos glúcidos seja proveniente
de uma falha em certos catalisadores que se dedicam à produção de
insulina. Estima-se que apenas 10% dos diabéticos não sofram alterações
no pâncreas - órgão responsável pela regulação da glicose -; como esta
não é usada corretamente, o corpo é forçado a retê-la por um tempo na
corrente sanguínea e logo eliminá-la pela urina. Isso explica porque nos
quadros de diabetes, há uma grande expulsão de fluídos pela urina, pela
pele e pela mucosa; por sua vez, esse fenômeno causa a típica
desidratação e o nível ácido do pH do corpo.

Que sintomas podem estar nos dando o alarme sobre um possível caso
de diabetes? São os seguintes:

ü Aumento da urina.
ü Mais sensação de fome e sede.
ü Diminuição do peso corporal.
ü Cicatrização ruim da pele.
ü Pés frios.

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ü Vômitos e tonturas frequentes.
ü Candidíase vaginal nas mulheres e coceira na área vaginal.

Para entender por que você pode estar processando mal o açúcar do seu
organismo, primeiro você precisa conhecer bem o sistema responsável por
esta tarefa.

Aqui o sistema endócrino desempenha um papel fundamental. Está


formado por uma série de glândulas que secretam, dentro do corpo, uma
grande variedade de hormônios na corrente sanguínea. Algumas das mais
conhecidas são as suprarrenais, a glândula pituitária e as ilhotas de
Langerhans. Estas últimas estão localizadas no pâncreas e são essenciais
no momento de controlar a glicose.

As ilhotas de Langerhans são como uma espécie de "sensores" glicídicos,


que monitoram os níveis de glicose e quando esta excede 80 miligramas
por decilitro no sangue, secretam insulina. Pelo contrário, se esta
substância está abaixo de 80 miligramas, as glândulas secretam glucagon.

O pâncreas - que, como antecipamos, é essencial para a gestão da


glicose- consiste em uma glândula complexa com uma arquitetura muito
semelhante a salivares, porém, mais macia. Tem forma alongada e
achatada e está localizado na curva do intestino delgado, de modo que o
limite superior do pâncreas toque a borda superior do duodeno. O lado
direito é chamado de "cabeça", uma área que se conecta ao corpo
principal do pâncreas através do pescoço (um canal ligeiramente estreito);
por sua vez, o lado esquerdo refina-se gradualmente até formar a cauda.
É assim que a maioria de nós imagina o pâncreas como um assento de
bicicleta visto de lado.

Normalmente, esse órgão tem entre 12,5 e 15 centímetros de comprimento


e possui um peso que varia de 60 até 100 gramas. Quase todas as células

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secretoras que se encontram no pâncreas, geram enzimas digestivas que
passam pelo duodeno através do duto pancreático.

O restante das células presentes (apenas 2%) se encontra nas ilhotas de


Langerhans e são responsáveis por produzir hormônios que viajam pela
veia porta. A insulina que essas glândulas secretam passa pelo fígado, e
a maior parte é absorvida lá. Exceto pelo tipo de hormônios peptídeo, a
insulina é devolvida na sua totalidade ao sangue.

Dentro do fígado, esta substância química causa diferentes efeitos:


aumenta a capacidade do corpo de absorver glicose e transformá-la em
glicogênio e gordura, mas também aumenta a oxidação glicídica que gera
temperatura e dióxido de carbono.

No entanto, a insulina tem muitos efeitos no fígado, pois passa,


aumentando a absorção de glicose e sua conversão em glicogênio e
gordura. Além disso, a insulina aumenta a oxidação da glicose, que produz
CO2 e calor.

• Glândulas do sistema endócrino

O sistema em questão é composto por 2 classes de glândulas, as


exócrinas e as endócrinas.

1. Glándulas exócrinas

O tecido exócrino é responsável pela liberação de enzimas digestivas. As


mesmas são segregadas através de uma rede de dutos que se unem à via
pancreática fundamental, que percorre todo o órgão. As células exócrinas
do pâncreas são chamadas "acinares"; os grupos de células acinares

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formam ácinos, e os grupos destes se unem em lóbulos como se fosse um
cacho de uva.

Esses ácinos são responsáveis por gerar as enzimas digestivas típicas do


suco pancreático, que desempenham um papel fundamental no processo
da digestão. Esses sucos são transportados pelo pâncreas até o intestino
delgado. As enzimas das células acinares são levadas até o ducto biliar
sem ativar-se; no entanto, assim que entram no duodeno, elas são
ativadas para cumprir suas funções. Ao mesmo tempo, o tecido exócrino
libera bicarbonato, que é responsável pela regulação do ácido estomacal
que possa haver no intestino delgado.

Pois bem, é importante destacar que as enzimas pancreáticas não são


todas iguais. Existem três grandes classes que são as seguintes:

ü Lipase: tem um papel essencial na quebra de lipídios. Unidas a bílis,


é responsável por quebrar as moléculas gordurosas para que sejam
absorvidas e utilizadas pelo corpo como energia. A falta de lipase
pode causar má absorção de vitaminas lipossolúveis e gorduras em
geral; manifesta-se através de fezes de aspecto gorduroso e
diarreia.
ü Protease: é essencial pela ação que exerce sobre as proteínas.
Além de quebrar as proteínas, impede o desenvolvimento de
colônias de bactérias, fungos e outros microorganismos no intestino.
Uma deficiência de protease faz com que as proteínas não sejam
digeridas completamente, e isso pode causar alergias ou formações
tóxicas no organismo. Por outro lado, a ausência de protease
aumenta o risco de parasitas intestinais.

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ü Amilasa: presente em parte da saliva, é responsável por decompor
os hidratos de carbono em maltose e glicose. Graças a amilase, o
amido dos carboidratos se fragmenta em açúcar simples, que é mais
fácil de assimilar. Sua falta causa diarreia, devido ao forte efeito da
presença de amidos não digeridos no intestino grosso.

De maneira geral, podemos dizer que as enzimas do pâncreas são


substâncias naturais responsáveis pela decomposição de diferentes
substâncias químicas provenientes dos alimentos (proteínas, gorduras e
carboidratos). Estima-se que um pâncreas saudável secrete cerca de 8
xícaras por dia de sucos próprios no intestino delgado. Como já
explicamos, é um suco que contém enzimas digestivas e que também
regula o pH do ácido estomacal durante sua entrada ao duodeno.

2. Glándulas endócrinas

Como explicado acima, a glândula pancreática endócrina é formada pelas


ilhotas de Langerhans, na cauda do pâncreas. Estes compõem 1% das
células do órgão e são responsáveis pela liberação de hormônios no
sangue.

As ilhotas são compostas de conjuntos de células que possuem ácinos


pancreáticos ao seu redor. Os mesmos são:

ü Células alfa: são responsáveis pela liberação de glucagon.


ü Células beta: criam insulina. As ilhotas contêm esse tipo de células
em sua maior parte.
ü Células delta: liberam somatostatina, uma substância química que
também é liberada por outras células endócrinas do sistema.

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É importante levar em conta que cada uma dessas células não estão
espalhadas aleatoriamente nas ilhotas. As do tipo beta são encontradas
na área central da glândula e elas são abraçadas por um cinto das outras
células (alfa e delta). Além das substâncias que mencionamos (insulina,
glucagon, etc.), existem outros hormônios que são secretados como
subprodutos das células pancreáticas, embora não desempenhem um
papel tão definitivo.

As ilhotas de Langerhans se encontram conectadas ao corpo por uma


ampla série de veias vasculares; assim, os hormônios que secreta são
distribuídos rapidamente por todo o sistema. Embora essas glândulas
representem menos de 2% do volume pancreático total, podem receber
até 15% do sangue que circula pelo órgão. Por outro lado, se encontram
inervados pelas células do sistema nervoso; tais neurônios são
responsáveis por regular eficientemente a secreção de insulina e outras
substâncias.

• As ilhotas de Langerhans

Do ponto de vista anatômico, essas glândulas são distribuídas em todo o


pâncreas dos mamíferos. As ilhotas de Langerhans são aproximadamente
1 milhão em cada órgão, embora sejam tão pequenas que pesam apenas
algumas gramas.

Por si só, cada ilhota é composta de várias classes de células, que são
responsáveis por secretar um determinado hormônio. Aproximadamente
¾ do total celular está representado pelas células beta, as quais expelem
a insulina. A maioria se encontra no centro das ilhotas, mas algumas
também podem ser encontradas nas áreas periféricas.

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Além das células alfa, beta e gama, há uma pequena quantidade de outras
células responsáveis pela secreção de hormônios. Geralmente, as
mesmas tem a função de inibir ou estimular a secreção celular no resto
das ilhotas.

Certamente, as ilhotas de Langerhans representam muito mais do que um


mero grupo de células. Elas estão interligadas por vias que abrem caminho
para a livre circulação de substâncias químicas mais leves
(molecularmente falando) entre diferentes células. É assim que as células
presentes nas ilhotas compõem o mesmo citoplasma. Tal característica
colabora com a secreção hormonal.

• As células beta

Sem dúvidas, essas são unidades fundamentais para o bom


funcionamento do nosso organismo. As células beta são capazes de
manter grandes volumes de insulina em seu citoplasma, uma substância
que é vista em cor escura quando vista sob uma lente de microscópio.

Sempre que o açúcar no sangue atinge níveis prejudiciais, em apenas


segundos a insulina se cristaliza na membrana celular das ilhotas de
Langerhans e é liberada através dos capilares sanguíneos, para atingir a
corrente desde o fígado e a veia porta.

Cabe ressaltar que o sistema de liberação de insulina das ilhotas não


segue um padrão linear. Na primeira instância, ocorre uma resposta rápida
e curta, mas depois diminui a velocidade e aumenta durante o processo
de assimilação de alimentos. Tal comportamento do organismo humano é
difícil de emular com métodos artificiais; portanto, é melhor permitir que as

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próprias células das ilhotas de Langerhans controlem a produção de
insulina.

CAPÍTULO 3 - O PROCESSO METABÓLICO

Neste capítulo, falaremos sobre o processo metabólico visto como um


fenômeno integral: aquele pelo qual diferentes sistemas corporais
intervêm na elaboração e incorporação de todos os tipos de substâncias
químicas para cumprir as funções vitais fundamentais. E uma delas
consiste, precisamente, no gerenciamento do nível de açúcar no sangue
ao comer ou em estado de jejum.

Como você certamente deve saber, graças à circulação do sangue é


possível transportar a insulina do pâncreas para o fígado e depois para o
resto do sistema corporal.

O coração é responsável por bombear o fluxo duplamente, primeiro para


trocar gases com os pulmões e, em segundo lugar, chegar ao resto do
organismo. Além disso, às vezes o sangue circula entre os tecidos antes
de retornar ao coração.

O tipo mais importante de circulação é aquele que corresponde à veia


porta, localizada entre 2 plexos. O segundo tipo de circulação é o intestinal,
inclui o pâncreas e chega até o fígado. O processo de nutrição do fígado
é realizado de duas maneiras: o sangue com oxigênio que vem do coração
através de uma artéria especializada, e o sangue com nutrientes que
acaba de ser absorvido pela veia porta.

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O intestino incorpora os carboidratos contido nos alimentos, junto a glicose
e outros nutrientes; enquanto não incorporemos comida, permanece mais
ou menos inativo. O fluxo sanguíneo nele presente é coletado no
mesentério através dos vasos sanguíneos; é transladado para o fígado
através da veia porta e depois para a reserva de plasma.
Consequentemente, o fígado é o primeiro órgão que recebe sangue rico
em nutrientes em comparação com o resto do sistema.

Qual é o marco fundamental desse processo em relação a diabetes? O


fato da insulina e os nutrientes circularem, antes de mais nada, pelo fígado.

As ilhotas de Langerhans estão preparadas para levar insulina a circulação


portal e isso é possível em qualquer área abdominal, embora o principal
responsável pelo equilíbrio de açúcar no sangue seja o fígado.

Após uma ingestão abundante de carboidratos, este órgão elimina metade


do excesso de glicose sintetizando-a como glicogênio e depois gordura.

1. O metabolismo dos carboidratos

O glicogênio hepático consiste em um polímero de glicose que transforma-


se facilmente e é semelhante ao glicogênio muscular.

Quando nenhuma ingestão é realizada entre as refeições ou um jejum


prolongado é realizado- assim como durante a prática de atividade física
– o fígado fornece pelo menos 90% da glicose necessária para as células
do corpo através de dois processos. A glicogenólise, em primeiro lugar, é
o movimento do glicogênio; e a gliconeogênese, em segundo, consiste na
transformação metabólica da proteína em glicose.

A regulação metabólica a curto prazo dos carboidratos resulta da síntese


dos processos mencionados. Existem 3 fatores responsáveis por esse
equilíbrio, e são as quantidades de substrato, os volumes hormonais e o

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nível de atividade dos nervos hepáticos. Em um período de tempo maior,
o controle diário dos hidratos de carbono é determinado pela ingestão de
alimentos ricos em carboidratos em forma suficiente ou maior que as
próprias demandas metabólicas.

Em um metabolismo saudável, um "excesso de combustível" reduz o


apetite e aumenta a atividade metabólica (ou seja, a capacidade de
transformar nutrientes em energia). Tal processo ocorre principalmente
graças a gordura marrom, uma classe de células lipídicas que usam os
ciclos metabólicos para transformar a glicose em dióxido de carbono e
calor.

2. O metabolismo da energia

Não é novidade que 100% das células do corpo requerem glicose (energia)
para funcionar. No entanto, tanto os músculos quanto as células lipídicas
são capazes de armazenar essa energia, como um excedente resultante
do processo de captação de glicose. Tanto essa última, quanto a insulina
promove o armazenamento atuando de maneira sinérgica.

Talvez você não saiba, mas seu corpo é capaz de mobilizar imediatamente
cerca de 5% da glicose na corrente sanguínea por minuto. Isso explica por
que a atividade física é capaz de compensar, em grande parte, o
metabolismo da insulina e, portanto, é um fator importante para controlar
quadros de diabetes.

Na verdade, todo o processo metabólico pelo qual os alimentos passam é


impulsionado pela insulina. A glicose presente nas comidas é absorvida
no fígado e lá é transformada em gordura e glicogênio. Em situações de

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abstinência de alimentos, os músculos e o fígado transformam o glicogênio
em energia (glicose); com a gordura acontece a mesma coisa, embora o
processo seja muito mais lento.

Durante os jejuns longos, os músculos conseguem degradar suas próprias


proteínas em aminoácidos, que são capturados pelo fígado para
transformar-se em glicose. Dessa forma, diante de uma situação de fome
nosso organismo desarma os músculos para que sua glicose nutra o
cérebro, que usa apenas esse elemento como nutriente.

Na ausência grave de insulina, se detém o processo de nutrição normal e


o mecanismo de emergência é ativado. A liberação das gorduras nas
células lipídicas são inibidas, bem como a emanação muscular de
aminoácidos; além do mais, deixa de se transformar em glicose a reserva
de glicogênio. Os tecidos param de absorver glicose quando se reduz a
taxa de insulina, pois cada célula mantém no mínimo este elemento
apenas para suas próprias necessidades.

Como as células musculares requerem maiores quantidades de energia,


elas recorrem as reservas de gordura. Com o objetivo de atender as
necessidades energéticas do resto do organismo (pelo menos, para que o
o cérebro receba os nutrientes necessários e não morra) o fígado se vê
obrigado a produzir grandes volumes de glicose. Em certas ocasiões ele
deve criá-la através da quebra do tecido muscular. Então as proteínas
musculares se transformam em aminoácidos e são transportadas para o
fígado para se transformar em glicose.

Se o corpo não recebe um tratamento através das injeções usuais de


insulina, esse consumo de massa muscular fornece o açúcar necessário.

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Pouco a pouco, o tecido diminui e a pessoa parece mais magra, o que
pode levar à morte. Antes da descoberta da insulina, os diabéticos
sobreviviam graças ao jejum. Nos pacientes desta doença, o nível de
açúcar no sangue pode ser extremamente alto, um grande número de
vezes maior que o normal. Por exemplo, em vez de 4 gramas de glicose
podem ser apresentados não menos que 30. Tal concentração chega até
aos rins e, assim, a urina acaba tendo gosto doce.

3. O metabolismo da glicose

Como explicamos nestas páginas, a glicose é a principal fonte de energia


do organismo humano, uma vez que é usada por todas as células para
permanecerem vivas. Inclusive existem órgãos como o cérebro que vive
unicamente desse nutriente.

Graças à circulação sanguínea, a glicose é transportada pelo corpo de


acordo com suas necessidades. Tão importante é esse combustível, que
naturalmente nosso organismo conta com um sistema de criação,
assimilação e consumo do mesmo, o que lhe permite manter um nível
estável de glicose no sangue a cada minuto.

Dessa maneira, cada uma de nossas células garante o volume de glicose


necessário para funcionar (geralmente 80 miligramas por decilitro).

ü Os alimentos, provenientes do processo de decomposição dos


hidratos de carbono no intestino.
ü A reserva hepática.
ü A glicose gerada a partir das proteínas do fígado.

Cada vez que incorporamos alimentos ricos em hidratos de carbono, a


glicose é absorvida no intestino e transportada para o fígado, o que cria
uma reserva e administra-a para manter os níveis sanguíneos estáveis. O
excesso é armazenado como glicogênio ou é transformado em gordura.

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Entre uma ingestão e outra, o fígado é responsável por manter normais as
concentrações de glicose no sangue, às vezes recorrendo a tais
reservatórios.

• O teste glicêmico e sua importância

É um teste que visa medir a quantidade de glicose presente em uma


amostra de sangue fornecida. Normalmente é usado sangue em jejum ou
extraído de forma aleatória. Se o paciente fizer o teste pela manhã sem ter
comido, tem que haver transcorrido 8 horas sem ingestão; por outro lado,
o teste aleatório é realizado a qualquer hora do dia, uma vez que os
resultados estão relacionados à ingestão e a atividade da pessoa.

Até agora, a análise laboratorial do índice de glicose no sangue em jejum


e o teste de tolerância à glicose são os melhores métodos para
diagnosticar um quadro de diabetes. Eles devem ser feitos sempre que o
o paciente tenha experimentado mudanças no comportamento de seu
corpo, tenha tido um desmaio ou convulsionou.

• As medições de glicose

Estima-se que até 100 miligramas por decilitro sejam normais quando se
mede a glicemia em jejum. Quando uma pessoa tem até 125 miligramas,
apresenta um quadro de pré-diabetes, o que representa um risco para o
desenvolvimento de diabetes tipo II.

Por outro lado, se o paciente exceder 125 miligramas por decilitro em um


teste em jejum, é porque ele é diabético. De qualquer maneira, a escala
de valores do que é considerado normal ou anormal podem variar de

23
acordo com o laboratório em questão; portanto, o melhor é que os
resultados sejam avaliados por um profissional.

Em suma, é importante ter em conta que algumas condições de saúde


podem desencadear níveis de glicose no sangue sem que seja uma
diabetes:

Hipertiroidismo e hipotiroidismo.

ü Hipertireoidismo e hipotireoidismo
ü Pre-diabetes
ü Câncer pancreático ou pancreatite.
ü Acromegalia.
ü Síndrome de Cuching.
ü Glucagonoma.
ü Diabetes mellitus.
ü Hipopituitarismo.
ü Excesso de medicamentos para a diabetes.
ü Alimentação escassa.
ü Muito estresse.
ü AVCs.
ü Ataques cardíacos.
ü Cirurgias prévias.

Por outro lado, você deve considerar que existe uma longa lista de
medicamentos que podem aumentar os volumes de glicose no sangue e
alterar essas medições, como por exemplo:

ü Contraceptivos orais.
ü Antidepressivos.
ü Antipsicóticos.
ü Beta-bloqueadores.

24
ü Corticoides.
ü Diuréticos.
ü Estrógenos.

Por sua vez, existem alguns medicamentos de laboratório que podem


causar quedas repentinas de açúcar no sangue, como por exemplo:

ü Álcool
ü Clofibrato.
ü Disopiramida.
ü Esteroides.
ü Paracetamol.
ü Sulfonilureias (de vários tipos).

• O que é o índice glicêmico e para que serve?

O índice glicêmico (mais conhecido por sua sigla, IG) representa um


método para medir a resposta glicêmica de um determinado alimento, que
inclui o mesmo volume de hidratos de carbono que um alimento X de
referência.

Graças a este sistema, é possível comparar o comportamento de diversos


carboidratos contidos nos alimentos separadamente. O IG é representado
por uma tabela numérica baseada em medições de glicemia após a
ingestão.

A maioria dos alimentos inclui, em diferentes proporções, hidratos de


carbono. No entanto, do ponto de vista nutricional, não importa unicamente
esses dados, mas também a velocidade com que são assimilados no
organismo. Saber isso pode ser crucial na luta contra a diabetes e ao fazer
atividade física, já que o IG nos diz quais alimentos são ideais para obter
energia rapidamente ou recuperar os valores energéticos normais.

25
O índice glicêmico de uma comida é estabelecido sempre em jejum; depois
de ingerir uma quantidade X da mesma. Os especialistas realizam o teste
fornecendo o volume de alimento necessário para cobrir 50 gramas de
hidratos de carbono biologicamente disponíveis. As medições glicêmicas
são realizadas por intervalos de tempo determinados, por no máximo 2 a
3 horas.

Em seguida, as medidas são comparadas com um alimento de referência,


como por exemplo 50 gramas de pão feito com farinha branca, que
(arbitrariamente) atribuiu um índice 100. O resultado que dão as
respectivas áreas da curva, é o índice glicêmico.

Embora os açúcares simples – como a glicose ou a lactose- sejam


comumente considerados causadores de reações glicêmicas mais rápidas
do que os açúcares complexos (por exemplo, o glicogênio ou o amido), a
verdade é que alguns amidos são capazes de gerar um pico glicêmico
mais alto que certos açúcares simples, como a sacarose.

Isso é explicado da seguinte maneira: esses amidos de rápida assimilação


mantêm uma arquitetura ramificada que permite a hidrólise da amilase, um
processo que libera glicose. A amilase consiste em uma enzima que
colabora na digestão dos hidratos de carbono, produzida nas glândulas da
boca e no pâncreas.

É muito possível que, de fato, não haja hidratos de carbono de absorção


rápida ou lenta em si mesmo; na verdade, a reação do organismo se deve
ao tempo que permanecem no sangue. Por exemplo, o açúcar é
transportado para o sangue dentro de meia hora após sua ingestão,
aumentando a glicose no sangue; e após 3 horas da incorporação, tais
valores voltam ao normal no plasma.

26
Muitas vezes, quando as pessoas se referem ao Índice Glicêmico, dizem
que uma refeição com baixo IG possui poucos hidratos de carbono; por
sua vez, pensam que os alimentos com poucos carboidratos devem
envolver necessariamente um baixo IG. No entanto, este índice só faz
sentido naqueles elementos nutricionais com altas quantidades de
carboidratos. De fato, a expressão "alimentos com baixo IG" é
frequentemente usado para referir-se a alimentos ricos em carboidratos
(não é muito significativo, por exemplo, tomar o IG como fator em
alimentos como laticínios ou carne).

O índice glicêmico de cada alimento é sempre determinado no laboratório,


com base em condições controladas que não são equivalentes a aqueles
sob os quais é consumido na dieta diária. Assim, o IG de cada ingrediente
da dieta como um todo dependerá de muitos fatores: a variedade da
alimentação, o modo de preparação, a combinação de ingredientes em
cada prato, etc.

Em indivíduos que seguem dietas com IG diferente, não foram


comprovados diferenças significativas em seus níveis de açúcar ou
insulina no sangue, mas sim nos de leptina. Esse hormônio é gerado por
células adiposas e outros órgãos, como os ovários e o hipotálamo.

Além disso, as investigações produziram dados conflitantes entre si: por


exemplo, as batatas fritas têm menos IG do que as cozidas e as assadas,
mais IG do que as outras.

27
4. O metabolismo do glicogênio

Esse polissacarídeo representa a principal maneira em que se armazena


a glicose nas células de animais e humanos. Encontra-se sob a forma
granular citoplasmática em uma ampla variedade de células. As do fígado,
por exemplo, tem uma concentração de 100 a 120 gramas por indivíduo
(o maior de todo o organismo). Em outras regiões como os músculos,
representa apenas 1% da massa muscular.

Por outro lado, também existem pequenos volumes de glicogênio nos rins
e em algumas células cerebrais e sanguíneas (glóbulos brancos). Este
elemento desempenha um papel fundamental no ciclo da glicose. De fato,
os erros no metabolismo do glicogênio levam a quadros de diabetes. Nesta
doença, diante de volumes poucos habituais de insulina, o glicogênio
hepático pode esgotar-se ou se acumular de maneira anormal.

Como explicado acima, o glicogênio é o responsável por um mecanismo


simples para a mobilização da glicose. Dado que se trata de um polímero
ramificado de resíduos de glicose, é capaz de seccionar-se para gerar
moléculas de glicose sempre que o organismo exigir energia.

A maioria desses resíduos estão ligados por glicosídicos, moléculas que


produzem polímeros helicoidais. Por outro lado, outros vínculos geram fios
praticamente retos que compõem fibrilas como a celulose, que tem
finalidades estruturais.

O glicogênio não é reduzido tanto quanto os ácidos graxos e, por isso, não
é capaz de produzir grandes quantidades de energia. De todas as formas,
este elemento representa um reservatório de combustível fundamental por
várias razões; entre elas, que existe uma dissecção controlada de
glicogênio e um aumento na emanação de glicose entre uma comida e

28
outra. Assim, o glicogênio funciona como um amortecedor quando se trata
de manter os níveis de açúcar no sangue estáveis.

Como sugerimos anteriormente, o glicogênio é essencial para manter os


volumes de glicose adequados no plasma, especialmente pelo consumo
que o cérebro faz desse elemento. Por outro lado, o açúcar que é gerado
a partir do glicogênio pode ser facilmente usado, pelo qual representa uma
excelente fonte de energia que pode ser usada sempre que exista uma
atividade súbita e fisicamente muito exigente. Ao contrário do que
acontece com os ácidos graxos, a glicose gerada é capaz de fornecer
energia sem oxigênio e, por isso, é uma fonte de combustível para
atividades anaeróbicas.

Os setores mais importantes de armazenamento de glicogênio são o


músculo esquelético e o fígado, embora este último seja o local onde se
concentra a maior quantidade. No entanto, geralmente há mais glicogênio
armazenado nos músculos porque eles têm mais volume (massa).

O glicogênio se encontra no fluxo aquoso do citoplasma das células,


chamado "citosol". É constituído por grânulos com diâmetro entre 10 e 40
nanômetros. Dentro do fígado, a síntese e decomposição de glicogênio
são regulados para manter os volumes de glicose no plasma sempre que
necessário e, portanto, responde à demanda orgânica geral. Ao invés
disso, os mesmos processos dados no interior do músculo esquelético,
atende às demandas de energia propriamente musculares.

O processo de degradação e síntese do glicogênio é um fenômeno


bioquímico simples, composto por 3 etapas:

1. A segregação de glicose 1 fosfato desde o glicogênio.


2. A alteração deste substrato para obter uma maior degradação.

29
3. A transformação da glicose 1 fosfato em 6 fosfato, para poder ser
metabolizada pelo organismo.

Pois bem, qual é a utilidade que o corpo humano dá a esse elemento


transformado? Em primeiro lugar, a glicose 6 fosfato é a base da glicólise;
em segundo, permite a formação de riboses e NADPH; por último, é
plausível a transformação em glicose para ser liberada no sangue. O
processo de conversão é feito no fígado e - em menor proporção - no
aparelho renal e intestinal. Essa classe especializada de glicose é usada
tanto para estabilizar os níveis de açúcar no sangue quanto para criar
combustível nos músculos.

É importante mencionar que o processo de síntese do glicogênio precisa


de uma versão ativa da glicose chamada "difosfato de uridina". Isto é
formado através da reação da UDP e da UTP, se adicionando ao limite
das moléculas de glicogênio. Assim como acontece durante sua
degradação, eles precisam ser remodelados para permitir a síntese
ininterrupta.

Esses processos são regulados por mecanismos orgânicos delicados.


Existem várias enzimas responsáveis pelo metabolismo do glicogênio e
que reagem aos metabólitos que sinalizam os requisitos de energia de
cada célula. Essas respostas permitem que a ação das enzimas seja
ajustada para responder as necessidades das células onde se encontrem.

Por outro lado, esse fenômeno metabólico também é regulado por certos
hormônios liberados pela glândula pituitária e pelo hipotálamo. As mesmas
fazem fosforilar reversivelmente as enzimas, alterando seu
comportamento cinético (movimento). Graças a esses hormônios, o
metabolismo do glicogênio se adapta à verdadeira demanda corporal.

30
Em ambos mecanismos, o processo de degradação glicogênica se vê
integrado com a síntese do glicogênio.

CAPÍTULO 4 – A IMPORTÂNCIA DO FÍGADO!

Nesta seção, analisamos o papel que o fígado desempenha nagestão do


açúcar no sangue, a insulina e aqueles exames médicos que visam
verificar seu desempenho, que são essenciais nas pessoas diabéticas, a
fim de direcionar melhor seu tratamento.

• Testes de desempenho hepático em diabéticos

Os pacientes com diabetes tipo II apresentam mais alterações nos testes


de desempenho do fígado em comparação com pessoas saudáveis. Com
o passar do tempo, vários testes mostraram um leve aumento crônico da
transaminase, substância que revela a resistência a insulina. Os exames
dão resultados 3 vezes maiores que o limite normal, embora os mesmos
não proíbam a incorporação de agentes antidiabéticos. Pelo contrário,
essas substâncias parecem reduzir bastante o nível de alanina
aminotransferase.

Os testes de desempenho hepático acima mencionados são geralmente


usados para detectar doenças do fígado, monitorar o desenvolvimento de
uma doença já conhecida e manter sob controle os efeitos colaterais de
medicamentos que causam toxicidade hepática.

Quais são as substâncias químicas cuja presença é avaliada através


desses testes?

ü Aminotransferase sérica
ü Fosfatase alcalina.
ü Bilirrubina.
ü Albumina.

31
ü Protrombina.

O que chamamos de "aminotransferase" consiste em uma substância


química responsável pelo volume de enzimas hepáticas dentro das
células, quando elas conseguiram filtrar-se para o plasma e, assim,
revelam lesões no hepatócitos. Esta substância é normalmente
encontrada no corpo em concentrações inferiores a 30 ou 40 unidades.
Quando os níveis excedem mais de 8 vezes o limite normal, é porque
existe uma doença base como a hepatite viral, a dependência de drogas
ou certas lesões no fígado.

De qualquer forma, os testes frequentemente revelam elevações mais


leves da aminotransferase, embora cronicamente. Geralmente trata-se de
menos de 250 unidades durante pelo menos mais de meio ano. Com
frequência, este quadro está presente em diabéticos tipo II.

Por outro lado, a fosfatase, a transferase e a bilirrubina são responsáveis


pelas funções biliares e colestase. Por sua vez, a protrombina e a albumina
mostram como a síntese se desenvolve no fígado.

Por que os testes hepáticos fornecem esses resultados em


diabéticos?

Como você certamente sabe, o fígado é responsável por manter os níveis


de glicose plasmática normais quando jejuamos ou entre as refeições do
dia. Quando os efeitos da insulina hepática são perdidos, ocorre uma
glicogenólise e aumenta a produção dessa substância pelo fígado. As
alterações nas reservas de triglicerídeos e lipólise em certos tecidos que
respondem à insulina (como o fígado) manifestam precocemente aquelas
doenças que se distinguem por uma forte resistência à insulina.

Embora geralmente se pense que existem razões genéticas, ambientais e


metabólicas para desenvolver essa disfunção, a série de etapas que

32
lideram o caminho para a resistência à insulina não são totalmente
compreendidos.

Por exemplo, em certos testes, a hiperinsulinemia crônica leva o fígado a


uma resistência relativa à insulina, que mostra um déficit dessa substância
diante de sinais metabólicos que causam aumentos. O controle dos
esteróis que regulam a proteína SREBP-1C, causa um aumento da
lipogênese. Assim, um quadro de hiperinsulinemia pode levar à uma
resistência do fígado à insulina através da doença chamada "fígado
gorduroso".

De fato, em muitos quadros de resistência à insulina mostram um excesso


de ácidos graxos. Esses elementos são altamente tóxicos para os
hepatócitos. As consequências de suas ações são profundas: distúrbios
nas membranas celulares devido à grande concentração, problemas nas
mitocôndrias, criação de toxinas e desordem nas fases necessárias para
regular o metabolismo.

Por outro lado, alguns cientistas tentaram explicar o aumento da


transaminase em quadros de resistência à insulina, dado o estresse que
provocam algumas respostas inflamatórias do organismo. Além disso,
essa anomalia também causa aumentos nas citocinas pró-inflamatórias,
como na necrose tumoral que leva a lesões nas células hepáticas. É muito
provável que existam ligações genéticas ou uma certa inclinação para o
fígado gorduroso no DNA ou uma deficiência na sinalização da insulina -
em vez de uma lesão no nível dos hepatócitos - que possam explicar a
resistência a insulina.

33
1. Teste da função hepática e diabetesest de la función del
hígado y diabetes

Existe uma enzima chamada "GGT" que é um marcador não específico


muito abundante em pacientes diabéticos tipo II. Certas pesquisas
mostraram que está associada a altos níveis de:

ü Ácido único
ü Álcool no sangue (consumo frequente)
ü Frequência cardíaca
ü Hematócritos
ü IMC (Índice de Massa Corporal)
ü Pressão arterial
ü Tóxicos do tabaco
ü Triglicerídeos

Ao mesmo tempo, a GGT mantém uma relação inversa com o grau de


atividade física da pessoa. Diante de um quadro de diabetes e de um IMC
maior, mais significativa é a presença dessa enzima; por isso hoje em dia
é tomado como um dos marcadores da resistência à insulina.

Para determinar se uma GGT aumentada poderia ser responsável por uma
possível diabetes tipo II, foram realizadas pesquisas com quase 7.500
pessoas saudáveis entre 40 e 60 anos, por mais de uma década. A média
da enzima GGT no início do estudo era muito maior na maioria dos 190
indivíduos que desenvolveram diabetes tipo II durante esses anos, do que
naqueles indivíduos sem diabetes. É importante esclarecer que foi
realizado uma ligação independente entre o IMC e a glicose sérica. No
entanto, quando a enzima foi introduzida em um modelo preditivo da
diabetes tipo II, foi descoberto que não era útil para esse fim.

34
Por outro lado, a enzima ALT em pessoas não diabéticas representava um
fator de risco para o desenvolvimento da diabetes além de fatores como o
sobrepeso, a concentração de bilirrubina, o histórico médico familiar, etc.
Os cientistas detectaram que as enzimas GGT, ALT e AST estavam
relacionadas à quantidade de gordura corporal. Depois de categorizar de
acordo com sexo, idade e porcentagem de gordura no grupo de estudo,
foi mensurado a sensibilidade à insulina e notou-se um aumento da ALT,
que foi associado a um aumento na produção de glicose pelo fígado.

Posteriormente, o aumento dos volumes de ALT foi relacionado a uma


diminuição da sensibilidade à insulina hepática e consequentemente um
aumento do risco de desenvolver diabetes tipo II. Os pesquisadores
concluíram que o aumento da ALT constitui um fator de risco para a
doença e, além disso, indica processos inflamatórios e de gluconeogênese
no fígado.

Por sua vez, normalmente as pessoas com diabetes tipo I mostram níveis
mais altos de bilirrubina. Contudo, o aumento dos exames do fígado
raramente apresentavam mais que o dobro dos limites normais.

O aumento da ALT também foi associado ao desenvolvimento da diabetes


na faixa etária maior e com a dieta. Em seguida, foi iniciada uma
investigação mais ampla; de pacientes com diabetes tipo II, a prevalência
no aumento da enzima foi de quase 8%, enquanto nas pessoas que não
são diabéticas foi inferior a 4%. Por sua vez, a ALT elevada mais de 3
vezes da faixa normal não mostrou grandes diferenças entre indivíduos
saudáveis e diabéticos. Aqueles que sofriam de excesso de peso ou
obesidade mostraram ter maior propensão para uma ALT elevada. O
estudo exibiu uma prevalência próxima a 11% em diabéticos obesos, em
comparação com quase 7% dos pacientes obesos sem diabetes.

35
2. Fígado gorduroso em pessoas não diabéticas e diabéticas

A comunidade médica descobriu que a principal causa dos altos índices


nos testes de desempenho hepático de pacientes com diabetes tipo II, é o
fígado gorduroso. Esta doença é causada pelo excesso de gordura
acumulada nos hepatócitos, geralmente sem inflamação, embora com um
elemento necroinflamatório que pode causar uma fibrose.

O fígado gorduroso de origem não alcoólica ocorre em pessoas abstêmias


ou que consomem muito pouco álcool, embora as biópsias mostrem uma
esteatose no nível macro-vesicular, que inclui (nem sempre) uma
necroinflamação. Obviamente, os médicos costumam diagnosticar essa
doença quando não há sinais de outra doença hepática.

A ciência ainda não conseguiu elucidar completamente seu perfil


patogênico, embora sabe-se que sua principal qualidade é o acúmulo de
triglicerídeos no interior dos hepatócitos. Nesse sentido, se supõe que a
resistência a insulina desempenha um papel fundamental no processo.
Uma grande quantidade de ácidos graxos no interior das células, o
estresse oxidativo, deficiências de ATP e disfunções nas mitocôndrias
causam lesões nos hepatócitos e inflamações, o que acaba
desenvolvendo quadros de fibrose.

Assim, normalmente os exames laboratoriais em pacientes com fígado


gorduroso mostram um aumento leve a moderado da aminotransferase
sérica. Igual ao exame histológico de diabéticos com resultados anormais
em testes de comportamento hepático, o grau de aumento das
transaminases em quadros de fígado gorduroso não é capaz de antecipar
a gravidade do estado histológico do fígado.

36
Sem dúvidas, o estudo da síndrome do fígado gorduroso confirmou que
nem o álcool nem a hepatite viral são as causas mais comuns da elevação
das variáveis em testes de comportamento hepático a longo prazo.

Esse fato é comum para pessoas diabéticas e não diabéticas. Calcula-se


que entre 60 e 95% dos pacientes com fígado gorduroso sofrem de
obesidade, até 55% têm diabetes tipo II e até 92% sofrem de
hiperlipidemia.

De fato, em um estudo realizado com mais de 1.100 adultos, mais de 80


tinham predisposição a uma etiologia desconhecida, com base na falta de
certos marcadores séricos de quadros de hepatite B e C, bem como
distúrbios da tireóide, doenças autoimunes ou fatores hereditários de
problemas hepáticos. Da mesma forma, eles também não usavam álcool
ou drogas. É importante esclarecer que não foram encontrados mais
fatores para explicar o aumento das transaminases, como certas
anomalias musculares, doença celíaca ou insuficiência renal; de qualquer
forma, quase todos os participantes apresentaram esteatose em maior ou
menor grau.

3. Hepatite C

Talvez você não saiba, mas esta doença representa a primeira causa de
morte por doenças hepáticas nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, trata-
se de um importante preditor do desenvolvimento de diabetes tipo II, uma
alteração endócrina que ocorre mesmo em pessoas que não sofrem de
cirrose.

No entanto, as infecções por hepatite C não são mais prevalentes em


pessoas diabéticas do que no resto. De qualquer maneira, um grande
número de pacientes apresenta altos índices em testes de desempenho

37
pulmonar. Isso indica que todo indivíduo diabético que mostra elevações
no teste hepático, tem que realizar uma análise da presença de Hepatite
C.

Estatinas em pacientes diabéticos tipo 2 com transaminases altas

Uma investigação realizada em indivíduos com alto risco de doenças


vasculares (incluindo diabéticos), mostrou que as altas taxas de ALT (2
vezes acima do limite superior) aumentaram em pessoas que consumiam
medicamentos para o colesterol. Além disso, foram identificados alguns
casos de mialgia.

Os tratamentos com doses significativas de estatinas estão associados a


maiores alterações nos testes hepáticos, embora ainda seja considerado
pouco frequente. Essa característica provavelmente afetará
negativamente em doenças cardíacas se os médicos detectarem maiores
concentrações de AST ou ALT. Atualmente, sugere-se aos pacientes de
diabetes tipo II, que também apresentam riscos coronários, consumir
estatinas para prevenir complicações vasculares importantes; não
obstante, também são recomendados para realizar testes de função
hepática com certa frequência.

Hoje em dia, não se contraindica o início, continuação ou avanço de um


tratamento com estatinas em pacientes diabéticos, desde que os níveis de
transaminase sejam -3 vezes o limite superior do normal. No entanto, esta
medida deve envolver uma supervisão constante dos médicos.

Atualmente, não há consenso sobre a frequência dos controles a serem


realizados, bem como sobre o fato do aumento das transaminases no
tratamento com estatina que implique um quadro de toxicidade hepática.

Em diabéticos com mais de 40 anos e em pessoas com fatores de risco


para o desenvolvimento de doenças cardíacas, as consequências

38
potenciais da terapia com estatinas do ponto de vista da toxicidade
hepática, foram superadas pelos benefícios comprovados na redução do
risco de um acidente vascular.

• Medicamentos contra transaminases elevadas

Nota Especial: Lembre-se sempre de consultar seu médico sobre qualquer


conceito e mais ainda tudo relacionado a medicamentos. Não se
automedicar é OBRIGATÓRIO.

Décadas atrás, foi introduzido um medicamento conhecido como


"troglitazona", concebido para sensibilizar o organismo para a ação da
insulina. No entanto, alguns quadros de toxicidade hepática levaram a
estudar o risco que sofriam - como efeito colateral - pacientes com
diabetes tipo II que estavam tomando medicamentos orais.

Apenas 1,5% dos pacientes estudados relataram padecer de uma doença


hepática durante o período da investigação, embora pode ter sido uma
simples predisposição. Em geral, não se considera que que os
medicamentos antidiabéticos provoquem ou inclusive agravem um quadro
hepático. É provável que a reação hepática (que causou a morte de alguns
pacientes que tomaram troglitazona) não estava diretamente relacionada
ao tratamento.

Devido à controvérsia suscitada, essa substância foi retirada do mercado


e substituída por pioglitazona. Um incidente da disfunção hepática foi
detectado em pacientes diabéticos tipo II que foram tratados com esta
substância química, se comparados aos efeitos de outros medicamentos
orais para diabetes. No entanto, a pioglitazona não envolve maior risco do
que outras opções de laboratório.

39
De fato, o aumento da ALT +3 vezes o limite mais alto que o normal foi
quase idêntico entre as pessoas que tomavam pioglitazona e as que
tomavam um placebo. Além disso, 100% dos níveis de enzimas foram
restaurados em todos os participantes que viram um aumento da ALT por
este medicamento específico.

Por outro lado, não há evidência de efeitos tóxicos no fígado em pacientes


que consomem rosiglitazona. Assim, se evidência uma forte conexão entre
o controle glicêmico, o grau de resistência a insulina e a melhoria desta
última resposta metabólica. O controle adequado e as medidas
necessárias podem deter a elevação a longo prazo das transaminases em
diabéticos.

Os diabéticos tipo II apresentam maior incidência de doenças hepáticas


em comparação com aqueles sem diabetes. Toda pessoa diabética que
apresente um aumento a longo prazo da ALT ou um aumento maior a 250
unidades por mais de 6 meses, deve verificar seu diagnóstico inicial e
prestar atenção a possíveis casos de hepatite B, C e hemocromatose.

Em indivíduos nos quais um histórico médico e exames bem monitorados


relevantes não mostram outras possíveis causas de teste hepático
elevado (por exemplo, consumo de medicamentos, consumo de álcool,
presença de distúrbios autoimunes, herança genética, aumento da
bilirrubina, reação fraca da protrombina, redução de albumina, etc.), não
há contraindicações a esse respeito.

Por outro lado, o teste de rotina do desempenho pulmonar em diabéticos


tipo II deve ser feito no início do tratamento com medicamentos, e sempre
que o paciente apresente sintomas de um aumento na insuficiência do
fígado. De qualquer forma, é importante falar com o seu médico para
levantar revisões periódicas. Não se deve esquecer que o aumento da

40
transaminase nem sempre está diretamente relacionada a anormalidades
das células hepáticas.

Por fim, resta esclarecer que o aumento da ALT +3 que o normal não
impede o início de uma terapia com antidiabéticos orais ou um tratamento
modificador lipídico. Muito pelo contrário, os medicamentos antidiabéticos
geralmente mostram eficácia na redução da ALT.

C APÍTULO 5 - A INCORPORAÇÃO DE INSULINA

Vimos nas seções anteriores o quão importante é que o organismo crie e


libere insulina suficiente para poder garantir um equilíbrio no seu açúcar
no sangue em todos os momentos.

Em pessoas cujo organismo não é capaz de produzir e liberar insulina


natural em forma suficiente, são utilizadas insulinas de origem sintética.
Estas são fabricadas através de processos de engenharia genética,
embora não exista total consenso entre a comunidade científica sobre sua
eficácia, em comparação - pelo menos - com a insulina de origem animal.

Geralmente em quadros de diabetes tipo I (e em certas ocasiões, em


diabetes tipo II) é necessária uma injeção de insulina para garantir que o
açúcar no sangue permaneça estável. Que tipos de insulina existem?

ü De ação imediata.
ü A curto prazo.
ü A médio prazo.
ü A longo prazo.

41
Dependendo do quadro específico de cada paciente, podem ser
combinados tipos diferentes de insulina no mesmo tratamento para
diabetes. Por outro lado, também pode-se estabelecer uma classificação
pela área em que é injetada:

ü Subcutânea: a maioria das insulinas de ação imediata ou retardada


ü Endovenosa: apenas insulinas de ação imediata sem retardadores.
únicamente las insulinas de acción inmediata sin retardantes.

Por sua vez, de acordo com o retardador usado, podem se dividir os tipos
de insulina em:

ü Aquelas que usam zinco como agente retardador.


ü Aquelas que recorrem a outras proteínas (por exemplo, protamina).
• Outras opções comparadas à insulina injetável

Nos últimos anos, a comunidade científica tem se esforçado para


desenvolver novas alternativas à insulina injetável, para que a vida dos
pacientes não seja tão dura. Quais são as que existem até agora?

1. Insulina para inalar

No início de 2006, a Comissão Europeia aprovou uma insulina inalada para


tratar quadros de diabetes tipo I e II. Consistia, nada menos, que a primeira
alternativa à insulina injetável desde a época de sua descoberta.

A insulina inalável foi proposta como uma opção para pacientes que por
várias razões, não podiam se injetar com frequência, e também nem
consumir drogas orais. No entanto, desde que surgiu no mercado muitos
médicos consideraram menos eficaz que a insulina subcutânea, uma vez
que esta última é dosada em CC (Centímetros Cúbicos) enquanto a outra

42
em UI (unidades). Quando você respira, você não tem consciência da
quantidade que realmente é absorvida pelo organismo.

Segundo seus defensores, esta versão da insulina melhora a qualidade de


vida dos diabéticos, reduzindo as lesões invasivas e dolorosas injeções
diárias. Deve ser esclarecido que a insulina inalável não exclui as injeções
por completo, pois os pacientes devem continuar com esta prática de
tempos em tempos, de acordo com as instruções do médico.

Por outro lado, não pode ser utilizado em adultos mais velhos nem em
crianças. Devido a suas restrições e sua margem limitada de vantagens,
essa proposta não era atraente e, em alguns países, os grandes
laboratórios responsáveis por sua fabricação retiraram do mercado a
insulina inalável devido a poucas vendas.

2. Células-tronco

Nos últimos tempos, os cientistas observaram que nas células-tronco


presentes no cordão umbilical dos bebês humanos é gerada a insulina.
Uma investigação realizada entre especialistas dos Estados Unidos e da
Grã-Bretanha descobriu que essas células, se removidas do cordão de um
recém-nascido, podem ser manipuladas para produzir insulina. Portanto,
se espera que, num futuro próximo, possam ser utilizados como
tratamento para diabetes.

Esta pesquisa foi publicada na revista científica Cell Proliferation e dirigida


por um médico da Universidade do Texas, nos Estados Unidos. Seus
membros afirmam ser os primeiros a cultivar um grande volume de células-
tronco e manipulá-las para que pareçam com as células beta que

43
produzem insulina. A descoberta representa um potencial tratamento
alternativo contra a diabetes.

3. Somatostatina

Esta substância é secretada por algumas áreas do SNC (Sistema Nervoso


Central), tais como o hipotálamo e a glândula pineal. Se trata de um
hormônio que impede que seja sintetizado ou liberado o hormônio do
crescimento a partir da adenoipófise; portanto, representa um "hormônio
anti-crescimento". Além disso, a somatostatina inibe a tríade da hipofisi-
hipotalâmica-tireoide, a qual bloqueia a resposta da glândula tireoide na
produção do hormônio TRH.

Por outro lado, vale esclarecer que a somatostatina não se secreta apenas
desde o hipotálamo, graças ao sistema nervoso central (como
neurotransmissor), mas também através do pâncreas e da mucosa do tubo
digestivo. De fato, os tumores carcinoides são capazes de gerar
receptores de somatostatina. A nível fisiológico, quais efeitos isso implica?

ü Reduz a velocidade da digestão e a assimilação de nutrientes no


sistema gastrointestinal para uso posterior.
ü Inibe a liberação de insulina e glucagon.
ü Reduz a mobilidade do intestino, do duodeno e da vesícula biliar.
ü Diminui a liberação de ácido clorídrico e outras substâncias como as
enzimas pancreáticas, a gastrina, a secretina e a pepsina.
ü Impede que a mucosa intestinal absorva glicose e triglicerídeos.

A somatostatina representa uma proteína recombinante (isto é, que é


obtida a partir de um tipo de células diferente das originais) que é causada
pela bactéria Escherichia coli. Tal descoberta foi tomada por todo o
sucesso na comunidade acadêmica, pois foi a primeira vez que foi possível

44
extrair uma proteína desse tipo. No entanto, não trouxe consigo um
sucesso econômico, pois só poderia ser usado em pacientes que
apresentaram alterações em seu crescimento, com uma estatura
excessiva (gigantismo).

Esse hormônio foi descoberto em biópsias do hipotálamo e foi identificado


como o hormônio que inibia a liberação do hormônio do crescimento. Mais
tarde, verificou-se que também era liberado de uma grande variedade de
tecidos como os que mencionamos.

Em relação à arquitetura e síntese da somatostatina, se sintetizam as


formas SS-14 e SS-28, que expressam o comprimento na cadeia de
aminoácidos. Ambos são gerados através da divisão protolítica de
prosomatostatina, que naturalmente vem da pré-pró-somatostatina.
Através dos resíduos de cisteína que permanecem no SS-14, se conforma
o peptídeo (ponte bissulfeto interna).

A quantidade de SS-14 em comparação com a SS-28 depende de cada


tecido. Por exemplo, o SNC é especializado em segregar a primeira forma
enquanto o intestino faz isso na segunda. Por outro lado, as diversas
formas de somatostatina têm ação biológica diferente. A forma mais longa
(SS-28) é cerca de 10 vezes mais poderosa ao inibir a segregação do
hormônio do crescimento, embora a SS-14 possa inibir muito melhor o
glucagon.

Por outro lado, até o momento foram identificados 5 receptores corporais


de somatostatina. Todos eles pertencem ao grande conjunto de receptores
acoplados às proteínas G. Cada receptor configura um mecanismo de
sinalização diferente dentro das células, embora todas sejam direcionadas
para inibir a mesma substância (adenilato ciclase). De fato, 4 dos 5
receptores não são diferentes nem da SS-14 nem da SS-28.

45
Do ponto de vista fisiológico, a somatostatina atua nos órgãos endócrinos
e exócrinos causando uma reação nas células alvo, que podem interagir
com os hormônios por possuir receptores específicos aos quais aquelas
se unem. A maior parte da somatostatina circulante parece vir do pâncreas
e do trato digestivo.

De alguma forma, se tivéssemos que expressar o efeito desse elemento


no organismo humano em geral, teríamos que dizer que ele é responsável
por inibir uma grande variedade de hormônios. Vejamos isso com mais
detalhes. Quais efeitos isso causa em cada sistema corporal?

ü Na hipófise: como já explicamos, a somatostatina inibe a liberação


de hormônios do crescimento através da glândula pituitária. Pelo
menos a partir da pesquisa sobre isso, todas as experiências que
foram feitas com o fornecimento de somatostatina acabou causando
esse efeito. Da mesma forma, animais que foram tratados com anti-
soros ou geneticamente modificados em relação à somatostatina,
apresentaram grandes quantidades de hormônio do crescimento no
sangue. A ciência concluiu que a liberação do hormônio do
crescimento é causado pela combinação do hormônio liberador
respectivo hormônio e a somatostatina. Ambos vêm das glândulas
do hipotálamo.
ü No páncreas: As células de ilhotas de Langerhans emanam
somatostatina, glucagon e insulina. A primeiro atua em forma
exócrina evitando a secreção das outras duas substâncias
químicas. Além disso, suprime as secreções exócrinas pancreáticas
através da inibição da colecistocinina, que induz a liberação de
enzimas e secretina.
ü No sistema digestivo: A somatostatina também é secretada através
de diferentes células presentes nas paredes do trato digestivo.

46
Vários estudos mostraram que inibe a liberação do resto dos
hormônios gástricos e intestinais (peptídeos intestinais, gastrina,
etc.). Além disso, a somatostatina reduz a secreção de ácido
clorídrico, diminui a taxa de esvaziamento estomacal, reduz os
movimentos peristálticos e a presença de sangue no intestino.
Combinados entre si, esses efeitos podem impactar negativamente
na absorção de nutrientes durante a digestão.
ü No SNC: A somatostatina funciona frequentemente modulando os
neurônios do sistema nervoso central. Aparentemente causa vários
efeitos na transmissão de sinais nervosos; assim mostram os
estudos feitos em ratos, que experimentam menor reação motora,
menos tempo de sono e um aumento da excitação.

Farmacologicamente, a somatostatina (em versões sintéticas) é usada


para o tratamento de neoplasias e certas anomalias relacionadas ao mau
funcionamento do hormônio do crescimento, tais como a acromegalia e o
gigantismo.

CAPÍTULO 6 - ALIMENTOS ANTI-DIABETES

Na verdade, a chave para gerenciar a diabetes não está na incorporação


de insulina à grosso modo, mas na manutenção de um estilo de vida
saudável a longo prazo, antes de tudo baseado em uma alimentação
natural. Felizmente, existem diversas comidas que fornecem nutrientes
úteis para combater e prevenir os sintomas da diabetes.

• Chicória

Tecnicamente, é conhecida como cichorium intybus. Pode ser usada em


chá (a raiz) ou ser comida como salada (as folhas; esta é a mais popular).

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O caule da chicória tem ferro, lactonas e potássio; a raiz contém um ácido
específico poderoso: o isoclorogênico e inulina.

Com a raiz da chicória é preparado uma versão do café moído que é muito
mais barato que este e fornece muito mais benefícios à saúde.

Ayuda con dolencias biliares.

ü Ajuda com doenças biliares.


ü Reduz a dispepsia e alivia a constipação.
ü Alivia a inflamação testicular.
ü Colabora na expulsão de parasitas intestinais.
ü Fornece um efeito diurético.
ü Aumenta o apetite.
ü Reduz a pressão sanguínea e, portanto, também reduz a
taquicardia.
ü Acalma quadros de artrite e sintomas de gota.
ü Possui efeitos energizantes.
ü Representa um antibiótico magnífico.
• Cebola

Este vegetal é chamado cientificamente de allium cepa. É geralmente


usado o bulbo (que fornece bissulfetos, inulina, açúcar, flavonoides, cálcio
e quercetina), embora também seja possível usar as folhas, que incluem
flavonoides e vitaminas A - B - C.

ü Possui efeitos antibióticos e expectorantes que tratam quadros de


gripes, resfriados e febre.
ü Elimina parasitas no intestino.
ü Combate o hipertireoidismo.
ü Trata as nevralgias devido ao seu poder anti-inflamatório.
ü Reduz o colesterol.

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ü Suaviza os sintomas da arteriosclerose.
ü Faz o cabelo crescer.
ü Apaga sardas e acelera a cicatrização da pele.
ü É repelente de insetos e alivia o desconforto causado pelas picadas.
ü Reduz varizes e alivia hemorroidas graças aos seus efeitos
benéficos na circulação sanguínea.
ü Alivia quadros de gota e o reumatismo.
ü Diminui a dor ciática.
ü Previne anomalias cardíacas.
ü Evita a insônia.
ü Possui grandes efeitos na visão (aumenta a visão noturna, alivia a
fadiga ocular, ajuda com a catarata e reduz a miopia).

Recomenda-se consumir a cebola em sua forma natural - crua -, embora


também seja possível embranquecê-la imergindo-a em água fervente ou
macera-la em azeite para dar um sabor melhor.

É aconselhável abster-se da cebola diante de problemas de acidez ou


úlceras estomacais.

• Tremoço

A lupinus luteus é uma leguminosa que fornece grandes quantidades de


nutrientes essenciais. Contém proteínas, fibras alimentares, alcaloides,
flavonoides, ácido fítico, saponina, polifenóis

ü Retarda o desenvolvimento de síndrome metabólica.


ü Estimula a segregação de insulina e reduz o açúcar no sangue.
ü Reduz o colesterol.
ü Previne o câncer.
ü Protege o fígado de várias doenças.

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É essencial remover a amargura do tremoço mergulhando a leguminosa
em água e sal por mais de 1 hora. No caso da versão doce, não há
necessidade.

Vários estudos realizados em animais com diabetes induzida mostram que


a administração de lupinus (na forma de sementes, extrato, etc.) consegue
reduzir a hiperglicemia e o colesterol. É possível que os alcaloides e os
nutrientes saponínicos sejam responsáveis por tais efeitos, pois
demonstrou inibir o processo de gluconeogênese no fígado, bem como a
glicogenólise. Por outro lado, esses compostos ativam a produção de
insulina e aceleram o metabolismo da glicose.

Outros alimentos que podemos incluir em nossa lista antidiabética são os


seguintes:

ü Pêssego
ü Endívias
ü Morango
ü Leite de amêndoas
ü Limão
ü Maçã
ü Laranja
ü Toranja
ü Batata
ü Cogumelos

CAPÍTULO 7 - ERVAS CONTRA A DIABETES

Embora seja importante ser metódico em controles médicos e tratamentos


específicos contra a diabetes tipo II -e, além disso, com a alimentação- a
verdade é que também existem várias ervas naturais que podem ajudar a

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restaurar a saúde e o bem-estar geral de todo o organismo. Abaixo
descrevemos os mais importantes.

• Feno grego

Seu nome científico é trigonella foenum graecum. É uma planta com muita
proteína, colina e gordura. Também fornece mucilagens, fitina, trigonelina
e galactomanano. Esclarecemos que se usa apenas as sementes.

ü É um grande estimulante do sistema endócrino, cardiovascular e


nervoso.
ü Representa um forte anabolizante natural para ganho de peso.
Estimula o apetite, tem uma suave ação laxante e melhora o
processo de digestão, evitando a dispepsia.
ü Elimina muitos tipos de infecções: pele, fungos (na vagina) e
quadros de faringite.
ü Possui ação expectorante e acalma a dor de garganta.
ü Estimula a saúde uterina e reduz a dor menstrual.
ü Diminui o colesterol e o açúcar no sangue.
ü Melhora a função das glândulas suprarrenais, do pâncreas e do
aparelho reprodutor.
ü É um bom tônico (externo e interno) para os seios caídos.
ü Rejuvenesce a derme se as máscaras forem preparadas com sua
farinha.
ü Mejora la función de las glándulas suprarrenales, del páncreas y del
aparato reproductor.
ü Es un buen tónico (externo e interno) para las mamas caídas.
ü Rejuvenece la dermis si se preparan mascarillas con su harina.

• Bardana

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A comunidade científica a chama de arctium lappa e apenas sua raiz é
usada. Contém magnésio, cálcio, artiopicrina, ácidos alcoólicos, inulina,
taninos e polienos. Inclusive, esta planta é um antibiótico magnífico contra
o estafilococo. Age sinergicamente com outras ervas em terapias de
limpeza (fumaria) e contra infecções (echinacea).

✓ E um ótimo agente antidiabético com efeito hipoglicêmico.


✓ Possui ação desintoxicante, principalmente a nível cutâneo.
Combate a acne, a dermatose, o vitiligo, a psoríase e a queda de
cabelo.
✓ É um excelente antibiótico. Trata a maioria das infecções,
especialmente o sarampo e a amigdalite.
✓ Reduz os quadros de gota.

✓ Diminui os níveis de ácido úrico.


✓ Inclui efeitos antitumorais.

✓ Diminui a febre aumentando o suor.


✓ Serve para lavar feridas infectadas, tratar infecções na vagina e
doenças causadas por fungos.

• Copalchi

Cientificamente chamada de coutarea latiflora ou rubiacea contarea


speciosa, a cascara que cobre o caule desta planta oferece numerosos
usos medicinais. Misturada com bardana e travalera, constitui um remédio
natural eficiente para domar a diabetes.

ü Diminui os níveis de glicose no sangue. Ela é especialmente eficaz


contra a diabetes incipiente, quando ainda há atividade pancreática.
Permite a combinação com insulina para reduzir a dose desta última.

52
ü Baixa a febre..

• Eucalipto

No campo da ciência, é chamado eucalyptus globulus. Fornece óleos


essenciais (eucaliptol), aldeídos, cetonas, flavona, taninos, canfeno,
pineno e azuleno. São utilizados, com fins medicinais, tanto os frutos
quanto as folhas. Pode ser usado como uma pomada tópica para esfregar
na pele, ou ser evaporado no ambiente para criar vapor e desinfetar
ambientes fechados.

ü Oferece certos efeitos benéficos contra a diabetes e as colônias de


parasitas no intestino. Possui ação hipoglicemiante.
ü Alivia os sintomas de resfriado, sinusite, doenças pulmonares, febre
de origem respiratória, gripe, graças aos seus efeitos antissépticos,
estimulantes, antitérmicos e desobstrutivos (limpa a obstrução das
vias aéreas).
ü É útil contra as infecções urinárias, a malária e o paludismo.

• Ginseng

Seu nome científico é panax quinquefolium. Suas inúmeras propriedades


podem ser obtidos na raiz (de no mínimo 6 anos). Fornece numerosos
nutrientes: vitamina B e C, estrógenos, ácido panáxico, ginsenósido,
saponina e fosfato.

ü Apresenta um efeito hipoglicemiante leve e estabiliza os quadros de


diabetes.
ü Estimulante do sistema nervoso, usado para tratar sintomas de
declínio, cansaço extremo, fadiga física e intelectual, falta de

53
memória, suprimento insuficiente de sangue para o cérebro,
disfunção sexual.
ü Corrige alterações hormonais da menopausa.
ü Aumenta as defesas.
ü Regula a pressão arterial.

No uso de ginseng, não é recomendável consumir mais de 2 gramas por


dia. Por outro lado, é necessário ter cuidado com o local onde comprar,
pois versões adulteradas com açúcar e raízes mais jovens do que o
adequado geralmente são oferecidas.

• Oliveira

Originalmente, a planta é chamada de olea europea. As folhas e o óleo


das azeitonas (o fruto da oliveira) contêm inúmeras propriedades. Incluem
oleanol, resinas, oleuropeina, glicose, manitol, vitaminas A e D, ácido
palmítico, ácido linoleico, sal mineral e ácido oleico.

ü Reduz a glicose no sangue, aliviando a diabetes.


ü Diminui a pressão arterial (combinada com espinheiro).
ü Possui propriedades anti-arterioscleróticas, favorecendo a dilatação
coronária e controle da arritmia.
ü Reduz o colesterol.
ü Tem um efeito laxante e ajuda a evacuar a bile. Também traz
ü efeitos diuréticos leves.
ü Topicamente, nutrem e rejuvenescem a derme.
ü aja la presión arterial (combinado con espino blanco).

• Travalera

Originalmente chamada centaurea aspera, a base das flores nos galhos e


as flores mesmo fornecem uma grande quantidade de nutrientes; entre

54
eles, flavonóides, lactonas, heterosídeos cianogenéticos e elementos
derivados de B-sitosterol.

ü Proporciona efeitos hipoglicêmicos e, portanto, ajuda a controlar a


diabetes.
ü É útil contra a dispepsia e a discinesia hepática-biliar.
ü É usado no tratamento de casos de anorexia.
• Vagem de feijão

As vagens dessas leguminosas (phaseolus vulgaris) são muito ricas em


elementos benéficos: clorofila, vitaminas A - B - C, iodo, cálcio, ferro,
celulose, gordura, açúcar, arginina, alantoína, tirosina, inositol.

ü Combate a hiperglicemia em pacientes com diabetes leve ou não


dependente de insulina.
ü Possui ação diurética.
ü Brinda uma sensação de energia.
ü Reduz a celulite (combinada com estigmas de milho)
ü Inclui ação diurética contra a retenção de urina e uma excelente
quantidade de albumina na micção.
ü Purifica a pele.
ü Combate o reumatismo.
ü Diminui ligeiramente a pressão arterial.

• Alcachofra

O coração da cynara scolymus (vegetal que todos conhecemos como


"Alcachofra") fornece ácido cítrico, cinarina, ácido málico, cinarosídeos,
ácido lático, ácido caféico e flavonóides. Esta é a parte da planta que
costumamos comer, embora a parte mais poderosa medicinalmente são
as folhas e os galhos.

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ü Permite uma melhor síntese dos hidratos de carbono.
ü Aumenta o apetite, principalmente nas crianças.
ü Representa um incrível laxante e diurético, estimulando a ação renal
suavizando quadros de constipação. Também trata a hidropisia.
ü Colabora com o processo de digestão, principalmente da gordura.
ü É usada no tratamento de doenças biliares do fígado.
ü Reduz e corrige o colesterol alto no sangue.
ü Reduz a pressão arterial.
ü É capaz de tratar efetivamente a arteriosclerose usada com
frequência.
ü Purifica os pulmões e alivia doenças relacionadas com este órgão
(pneumonia, etc.).
ü Ajuda a tratar sintomas de escorbuto e icterícia.

• Dente-de-leão

Seu nome científico é Taraxacum officinale. Normalmente se utilizam as


folhas em chás de ervas ou frescas em saladas (contêm cumarina,
vitaminas e flavonóides) e as raízes torradas e moídas como uma bebida
semelhante ao café (fornecem resina e inulina).

ü Favorece a expulsão da bile na vesícula biliar.


ü Fornece efeitos laxantes e diuréticos, razão pela qual colabora com
a constipação.
ü Facilita o processo da digestão.
ü Alivia patologias hepáticas.
ü Dissolve os cálculos biliares.
ü Trata quadros de arteriosclerose.
ü Ajuda a reduzir o sobrepeso e a obesidade.

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ü Colabora na derme contra doenças de pele. Também remove
verrugas (a seiva presente na raiz).
ü Alivia os sintomas de reumatismo e gota.

CAPÍTULO C8 – SUPLEMENTOS ALIMENTARES ÚTEIS

Como você já deve ter percebido nos capítulos anteriores, a natureza


fornece um amplo espectro de nutrientes úteis para combater não apenas
a diabetes mas muitas outras condições de saúde. Então, para a lista de
alimentos anti-diabéticos e ervas específicas, devemos adicionar
diferentes elementos nutricionais que podem ser consumidos na forma de
suplementos dietéticos.

• Cromo

O cromo constitui um dos principais fatores de tolerância a glicose, o qual


permite o uso adequado da glicose orgânica. Este elemento estimula a
função da insulina e facilita o transporte da glicose para cada célula; é
assim que promove a transformação de tal composto de glicogênio no
fígado.

Desempenha um papel fundamental como coenzima durante o


metabolismo da glicose. O que ele faz é mover as reservas para a corrente
sanguínea quando o açúcar no sangue estiver mais alto que o normal. Por
outro lado, estabiliza a presença de lipídios no sangue, porque também é
uma coenzima do metabolismo da gordura. Favorece sua passagem
através das paredes vasculares para impedir a formação de obstruções.

Em geral, podemos dizer que é responsável por regular o comportamento


de toda a gordura corporal: triglicerídeos, colesterol, lipoproteínas, etc.
Além disso, o cromo incentiva o consumo da gordura acumulada como
energia. Dessa forma, constitui um fator essencial da produção de energia.

57
Esta substância favorece o transporte de aminoácidos e
consequentemente facilita o processo de crescimento nas crianças.
Devido ao fato de atuar no centro do cérebro que regula o apetite, controla
o peso corporal; além disso, melhora a resistência geral contra doenças e
permite que o cérebro tenha um desempenho mais eficiente em suas
funções cognitivas. Vejamos quais são os usos medicinais do cromo:

ü Arteriosclerose
ü Baixa produção de espermatozoides no sexo masculino
ü Cataratas
ü Celulite
ü Distúrbios do sistema nervoso (esquecimento, confusão,
nervosismo, estados irritáveis, depressão etc.)
ü Diabetes
ü Disfunções hepáticas crônicas
ü Envelhecimento
ü Excesso de peso
ü Má absorção de aminoácidos
ü Pobre síntese de proteínas
ü Problemas do pâncreas a longo prazo
ü Traumas circulatórios (trombose, ateroma, etc.)

• Zinco

Este mineral poderoso representa um grande regulador das funções


pancreáticas, estabiliza a ação da hipófise e controla o bom desempenho
dos órgãos sexuais. Nesse sentido, desempenha um papel essencial na
constituição do líquido seminal e no bom desempenho prostático.

Por outro lado, protege a estrutura do DNA e a membrana celular; melhora


a síntese de ácido láctico e aumenta as defesas. Também colabora no

58
crescimento durante a infância, mantém as glândulas suprarrenais
saudáveis e previne o envelhecimento precoce.

Além disso, o zinco permite que os sentidos perceptivos (visão, paladar,


olfato) se mantenham funcionando da melhor maneira. Cientificamente
para que se usa esse mineral?

ü Acetonemia em crianças
ü Adenoma prostático
ü Gordura genital
ü Alopecia
ü Amenorreia
ü Astenia
ü Criptorquidia
ü Deterioração prematura
ü Diabetes
ü Diarreia
ü Nanismo devido à influência da hipófise
ü Enurese
ü Esterilidade nas mulheres
ü Excesso de peso
ü Falta de desenvolvimento sexual em meninos
ü Flatulência
ü Lesões na pele (acne, feridas, etc.)
ü Baixo desempenho da prostaglandina
ü Prostatite

• Manganês

O manganês não "nutre", como o restante dos minerais, no sentido estrito


do termo; na verdade funciona como um catalisador, característica

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absolutamente necessária para o cumprimento de funções vitais dentro do
organismo. É assim como na verdade ele intervém em muitos tipos de
diferentes funções corporais.

Embora os estudos específicos sobre o manganês sejam incipientes,


sabe-se que tem um papel importante na formação fetal durante a gravidez
(já que forma o ácido nucleico) e nas contrações uterinas que dão início
ao trabalho de parto. Além disso, os especialistas afirmam que altos níveis
desse elemento no organismo brindam um parto sem dor ou complicações.

Graças à sua ação na síntese de proteínas, colabora no processo de


crescimento infantil. Entre outras propriedades, esse mineral reduz a
predisposição a sofrer alergias e artrite ou artrose; e caso estas doenças
já foram declaradas, tende a encurtar seu desenvolvimento.

O manganês é considerado essencial para o bom funcionamento do SNC;


por outro lado, influencia no bom metabolismo de certas vitaminas
(especificamente, B, C, E e H). Também ajuda a formar a hemoglobina e
é - em parte- produtor de energia.

Além disso, é responsável pela produção de hormônios da tireoide, do


pâncreas e dos órgãos sexuais. Serve como um catalisador para manter
os níveis de colesterol e glicogênio estáveis dentro do organismo.
Contribui também para regenerar os tecidos cartilaginosos, ossos e
articulações.

Finalmente, o manganês otimiza a resposta do sistema imunológico contra


infecções, estimulando a criação de novos anticorpos e também de
interferão. Entre os usos que a Medicina dá a esse mineral, nós
encontramos:

ü Acetonemia
ü Alergias e asma

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ü Artrite, artrose, reumatismo
ü Ataxia
ü Mudanças de comportamento (ansiedade, irritabilidade, etc.)
ü Cegueira
ü Colesterol alto
ü Colite e úlceras gastrointestinais
ü Déficits cardíacos
ü Degeneração hepática
ü Desequilíbrios na pressão arterial
ü Diabetes
ü Distrofia muscular
ü Dores ciáticas
ü Epilepsia em crianças
ü Esclerose múltipla
ü Esquizofrenia (leve)
ü Excesso de cobre no organismo
ü Falta de drenagem de elementos catabólicos
ü Hipertireoidismo
ü Infecção urinária feminina
ü Intolerâncias digestivas variadas
ü Enxaqueca vascular ou hepática
ü Tonturas e vômitos
ü Parotite (caxumba)
ü Pouca memória
ü Pouca energia
ü Problemas de pele (prurido, eczema, urticária, alergia)
ü Problemas do ciclo sexual feminino e complicações antes do parto
ü Prostatite renal e litíase / tuberculose
ü Sedimentação globular

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ü Taquicardia
ü Zumbido no ouvido e perda auditiva

• Óleo de prímula

Este alimento é extremamente útil em quadros de neuropatia de origem


diabética, seja no sentido de prevenção ou tratamento. Com efeito, há uma
degeneração gradual dos nervos que, em muitos casos, é causada por
quadros de diabetes.

A dose indicada está entre 400 e 600 miligramas por dia, ou seja, entre 4
e 6 gramas de óleo de prímula. É um ingrediente rico em ácidos graxos
essenciais.

Um estudo com 2 grupos - um de controle e outro testado – fez com que


mais de 110 indivíduos diagnosticados com neuropatia por diabetes
recebes sem 480 miligramas por dia de óleo de prímula ou um placebo.
Após 1 ano inteiro, o grupo que consumiu prímula mostrou muito mais
melhorias de patentes do que o grupo de controle. Outras investigações
menores mostraram resultados semelhantes.

Por outro lado, algumas evidências mostram que a prímula pode ser mais
eficaz neste quadro específico combinada com ácido lipóico.

Ácido lipóico

Também chamado de "ácido alfa-lipóico", consiste em um ácido com


presença de sulfetos. Está naturalmente presente em todas as células do
corpo, pois permite gerar a energia essencial para o organismo
permanecer vivo e cumprir suas funções. De fato, representa uma peça
chave do mecanismo metabólico destinado a transformar o açúcar no
sangue em energia.

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Por outro lado, também possui fortes propriedades antioxidantes, razão
pela qual consegue neutralizar os radicais livres no corpo; enquanto outros
antioxidantes atuam apenas em meios aquosos (como a vitamina C) ou
graxos (como a E), o ácido lipóico faz isso em ambos. Assim, oferece uma
ampla gama de ação antioxidante. Além disso, graças a esta qualidade
altamente solúvel é capaz de penetrar em todos os cantos das células
nervosas e protegê-las contra qualquer dano.

Vários estudos de peso mostraram que o ácido em questão, se é incluído


na dieta de um diabético tipo II, aumenta em 1/3 os níveis de insulina
recomendada e otimiza o uso da glicose no sangue.

Com base em todos esses fatos, a ciência considera que o ácido lipóico
seja útil no tratamento de neuropatias de origem diabética. Se
naturalmente nosso corpo abriga reservas desse elemento, existem
muitas doenças cujos sintomas incluem um baixo nível de ácido lipóico;
especialmente a diabetes, a cirrose hepática e a aterosclerose.

Para os pacientes diabéticos que desejam evitar as complicações de uma


neuropatia, recomenda-se incorporar entre 100 e 200 miligramas de ácido
lipóico 3 vezes ao dia. Normalmente, você precisa permanecer com o
tratamento por várias semanas até que os efeitos desejados entrem em
vigor.

Por outro lado, há evidências de que os suplementos baseados neste


nutriente pode tratar outras facetas da diabetes como o alto nível de
glicose no sangue, doença cardíaca, doença renal e a má circulação
sanguínea. Mesmo o ácido lipóico parece ser útil na chamada "síndrome
da boca ardente", caracterizada por uma sensação de queimação e calor
dentro da boca.

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Uma pesquisa feita em animais sugere que essa substância química pode
evitar o glaucoma e a perda auditiva devido à idade. Outras pesquisas
apontam a catarata como possível doença a ser controlada graças ao
consumo de ácido lipóico.

Aparentemente, é mais eficaz em combinação com o ácido gama-linoleico


se trata-se de reduzir os sintomas da neuropatia periférica com origem
diabética. Nestes casos, recomenda-se uma dose de 600 miligramas 3
vezes por dia. Há testemunhos de que esse tratamento diminui os
sintomas pela metade.

De qualquer forma, é importante ter em conta que não se sabe se o ácido


lipóico é seguro em crianças pequenas, mulheres grávidas ou lactantes, e
até mesmo em pacientes com doenças graves hepáticas ou renais.

Vitamina D

Várias investigações práticas mostraram que os indivíduos que consomem


vitamina D melhoram suas células beta em até 30%. Estas células são
responsáveis por gerar insulina no pâncreas. Então, entende-se que essa
vitamina pode ser útil para estabilizar o açúcar no sangue.

Em estudos recentes foi relatado o papel que brinda uma falta crônica de
vitamina D no desenvolvimento de doenças cardíacas. O ruim é que uma
grande proporção de diabéticos apresenta esse mesmo déficit; assim, as
evidências mostram que esta vitamina desempenha um papel essencial
na sensibilidade à insulina e na sua preparação natural.

Por que alguém pode carecer de vitamina D? Principalmente por uma dieta
mal equilibrada, mas também pode ser devido à falta de exposição à luz
solar. Esse fenômeno é comum no inverno, quando está frio, os dias são
mais curtos e as pessoas ficam mais tempo nos interiores.

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Um importante estudo científico realizou a avaliação de 3 mil sujeitos
diabéticos tipo I, e detectou uma diminuição nos riscos da doença em
aqueles que consumiram suplementos à base de vitamina D. Por outro
lado, investigações observacionais de indivíduos com diabetes tipo II
também mostraram que tomar suplementação, neste caso, pode ser um
fator importante para prevenir complicações.

Segundo as palavras dos especialistas, um maior controle sobre o déficit


da vitamina D pode ser uma técnica simples e eficaz para melhorar os
níveis de açúcar no sangue e evitar complicações relacionadas à saúde
com a diabetes.

Dessa forma, mesmo aqueles que estão em risco de ter diabetes têm que
começar a controlar seus níveis de vitamina imediatamente.

DHEA

Esse hormônio foi detectado na urina humana a princípio dos anos 30 por
um médico alemão. No entanto, duas décadas tiveram que passar para
que os cientistas Mijeon e Plager também o encontrassem no plasma, e
detectar que veio das glândulas suprarrenais.

Foi então confirmado que seus níveis diminuíram em mulheres e homens


ao longo do tempo e foi estudado os efeitos da administração de DHEA
por via oral e intravenosa. No início apenas foi investigado os resultados
em homens.

Na década de 1970, vários efeitos benéficos foram palpavelmente


confirmados da substância em ratos, que foram fornecidos com
alimentos.Dessa forma, verificou-se que os animais estudados viveram
mais tempo, reduziram o peso corporal, eram mais enérgicos e vigorosos.

65
No entanto, o uso de DHEA sintético em humanos teve que esperar até
meados dos anos 90. Naquela época, um professor da Universidade de
San Diego, na Califórnia, EUA, mostrou resultados positivos de
experimentos que confirmaram um efeito antienvelhecimento por parte do
DHEA. Então foi descoberto que a administração desse hormônio em
idosos causou uma série de efeitos positivos a nível físico, biológico e
mental. Desde então, o DHEA é conhecido como o "hormônio da
juventude".

Hoje em dia sabe-se que o de-hidro-epiandro-esterona (DHEA) é um


hormônio criado pelas glândulas suprarrenais, precursor de outras
substâncias importantes como os estrogênios, os esteroides e a
testosterona. É um composto cuja presença diminui com a idade em
homens e mulheres.

No entanto, muitas pesquisas indicam que, se administrado oralmente, é


capaz de otimizar as funções cognitivas e as defesas, bem como muitas
doenças resultantes do estresse. Inclusive protege contra certos tipos de
câncer, problemas cardíacos e doenças do pâncreas.

O DHEA é um hormônio endógeno que - como já sugerimos – é precursor


de vários hormônios sexuais em mulheres e homens, precisamente
aquelas que começam a diminuir após a terceira década da vida. Certas
condições médicas fazem com que o organismo tenha déficits desse
hormônio (AIDS, diabetes tipo II, problemas renais, anorexia,
insuficiências da glândula suprarrenal e doenças graves em geral). Por
outro lado, o nível de DHEA também pode ser afetado pelo consumo de
certas substâncias como esteroides, opiáceos, corticoides e insulina.

Sua forma sintética provém do inhame selvagem e é obtida em diferentes


versões: androstenediona, metiltestosterona, clenbuterol, DHAS,

66
dehiroepiandrosterona, etc. Geralmente é prescrito como suplemento à
dieta porque representa um pró-hormônio, que estimula a secreção de
outros dentro do organismo.

O corpo humano começa a produzir quantidades gradualmente maiores


de DHEA a partir dos 7 anos, até que aos 25 chega à concentração
máxima; depois disso, a produção natural do hormônio diminui 20% por
década de vida.

A curto prazo, a administração do DHEA aumenta a vitalidade e a energia,


aumenta as defesas, diminui o desconforto da menopausa, previne a
osteoporose. A longo prazo, consegue melhorar a resposta do organismo
ao câncer, soluciona quadros cardiovasculares, combate a diabetes,
previne o excesso de peso, serve para o Alzheimer e o lúpus.

A mesma pesquisa também mostrou que os indivíduos que receberam um


tratamento com o hormônio, sentiram um maior bem-estar físico e mental.
Recomenda-se tomar 1 dose matinal entre 25 e 50 miligramas de DHEA.
Quais são os usos desse hormônio em sua versão sintética?

ü Evita o envelhecimento prematuro.


ü Aumenta a expectativa de vida.
ü Aumenta a sensação de vitalidade e energia.
ü Estimula o desejo sexual.
ü Preserva o volume de massa muscular.
ü Estabiliza a insulina.
ü Aumenta a densidade óssea e a saúde óssea.
ü Fortalece a cognição e a memória, combatendo doenças
neurologicamente degenerativas, como o mal de Parkinson ou
Alzheimer e a demência. Também cura a depressão e os quadros
de irritabilidade, ansiedade e insônia.

67
ü Ajuda na perda de peso e gordura muscular.
ü Ajuda nas lesões cancerígenas no colo do útero, se for administrada
vaginalmente.
ü Combate à fadiga crônica.
ü Reduz a incidência de doenças terminais, Crohn, etc.
ü É útil contra a AIDS.
ü Regula a insuficiência cardíaca.
ü Regulariza distúrbios do sistema reprodutivo feminino (dor, sintomas
da menopausa etc.)
ü Trata a síndrome do olho seco.
ü Evita o envelhecimento da pele.
ü Cura disfunções eréteis.

Apesar de seus inúmeros benefícios, é necessário levar em consideração


algumas precauções ao administrar esse hormônio. Não é recomendado
o seu uso contra quadros de câncer hormonal devido a dependência ou
predisposição e sua incorporação na área de Medicina desportiva é motivo
de evidência de doping.

No entanto, o DHEA pode ser prescrito a pacientes de controles


prostáticos e a mulheres que estão passando pela menopausa.

Pregnenolona

É um pró-hormônio obtido através do metabolismo do colesterol. Possui


um amplo espectro de ação em outros hormônios de origem natural.
Representa uma substância química essencial para a criação de
estrógenos e testosterona (hormônios sexuais), cortisol e cortisona
(hormônios do estresse) e até o próprio DHEA.

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Como este último, a produção corporal de pregnenolona diminui com a
idade; assim, aquelas funções orgânicas que dependem da liberação do
hormônio esteroide também é reduzida.

Talvez você não saiba, mas o consumo regular de suplementos à base de


pregnenolona causa uma ativação da função metabólica, cura uma ampla
gama de doenças e geralmente previne o envelhecimento típico da idade.
Assim como o DHEA, é considerado pela comunidade científica um
hormônio antienvelhecimento.

O metabolismo da pregnenolona é bastante complexo. Qualquer elemento


que pertença a este tipo de substâncias químicas baseados em
hormônios, mantém uma característica comum: uma arquitetura esteroide
definida. A substância da qual falamos representa o primeiro metabólito
lipídico com origem dietético (o colesterol), bem como o elemento
construtivo essencial para a síntese de hormônios esteroides pelo
organismo. Por ser um precursor, apoia a criação natural de uma ampla
gama de esteroides necessários ao organismo. Como já sugerimos, o
volume de pregnenolona endógena diminui com a passagem de tempo da
mesma maneira em homens e mulheres.

Pode aparecer no organismo sem ser transformada ou pode ser convertida


em DHEA e funcionar dessa maneira. No entanto, também pode ser
convertida em progesterona para executar funções do sistema reprodutivo
feminino como regra. Esse processo ocorre de acordo com a necessidade
física ou mental do organismo, ou por condições de saúde e alterações
hormonais (como a menopausa). Além disso, a pregnenolona permite
sintetizar hormônios do estresse e vários outros de natureza sexual.

Se a pregnenolona e o DHEA forem incorporados juntos, os benefícios de


ambos são potencializados, porque a primeira acaba sendo um elemento

69
precursor do segundo. Embora vários efeitos da pregnenolona sejam
atribuídos diretamente a esse hormônio (como a otimização das funções
cognitivas), em muitos outros casos, é devido à influência que exerce
sobre outros hormônios que são derivados dele.

Vamos ver alguns dos principais benefícios obtidos com a incorporação de


suplementos de pregnenolona na dieta:

ü Monitorar a diabetes. Várias investigações mostraram certo poder


da pregnenolona na renovação das células pancreáticas beta.
Assim, pacientes acima de 40 anos devem usá-la, embora também
possa ser aplicado em diabéticos de menor idade ou que sofrem de
diabetes juvenil.
ü Remedia quadros inflamatórios devido a artrite.
ü Compensa a fadiga crônica.
ü Diminui o estresse.
ü Combate a insônia, a depressão e a ansiedade.
ü Melhora a memória, prevenindo doenças degenerativas como o
Alzheimer. Pessoas saudáveis podem tomar a pregnenolona para
melhorar suas funções cognitivas gerais.
ü Serve para infecções e disfunções ginecológicas; alivia o
desconforto do período menstrual e da menopausa.
ü Otimiza o desempenho diário. Combinada com a melatonina, ajuda
a reparar a energia durante o descanso noturno. Em conjunto, os
dois hormônios contribuem para o balanço energético, aumentam a
resistência ao estresse e regeneram as células do corpo. Em geral,
a pregnenolona com a melatonina é um excelente amálgama para
preservar a saúde de todo o sistema até a entrada na meia-idade.

70
Esta sustancia solo se puede usar en mayores de 25 años, con dosis que
van de los 15 a los 200 miligramos diarios. Es importante evitar su
administración a pacientes epilépticos.

• Alanina

A alanina pode ser obtida através da dieta, especialmente de produtos de


origem animal: leite, ovos, peixe, carne vermelha, frango. De qualquer
maneira, certos vegetais ricos em proteínas também o contêm.

Naturalmente, a alanina está concentrada nos músculos e é de fato um


dos aminoácidos que o corpo mais utiliza para construir a proteína que
precisa. Calcula-se que 9% da estrutura da proteína é formada por alanina.
Além disso, seu excesso pode ser degradado como glicose e, portanto,
servir como fonte de energia para o SNC e o aparelho muscular.

Também é encontrada no líquido da próstata e é essencial para a saúde


deste órgão. Até agora, estudos realizados em ratos demonstraram que
pode diminuir o colesterol ruim no sangue.

A alanina é essencial para metabolizar certas substâncias químicas


(triptofano e piridoxina); além disso, contribui para o processo metabólico
dos ácidos e dos açúcares. Por isso colabora na estabilização da glicose
em pacientes hipoglicêmicos.

Por outro lado, é capaz de parar ou diminuir o nível de neurotransmissão


cerebral e estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos.

Glicina

É um composto formado a partir da serina e, ao mesmo tempo, integra a


glutationa. Atua como precursor da glicose em fases anteriores ao

71
chamado "ciclo de Krebs". A serina torna-se glicina graça a intervenção de
uma enzima, a serina hidroximetiltransferase.

Incluímos a glicina neste livro, dada sua importância no metabolismo da


glicose. Quando uma pessoa jejua ou realiza exercícios exigentes
fisicamente, o fígado captura a alanina para convertê-la em glicose através
da gliconeogênese. Dessa forma, é possível equilibrar uma dieta rica em
carboidratos e controlar a cetose que produz depois de praticar esportes.
De fato, a glicina é um poderoso elemento de recuperação após uma
sessão de treinamento intenso.

A ciência considera um dos neurotransmissores fundamentais na inibição


do sistema nervoso dos vertebrados, especialmente a nível da medula
espinhal. Como outras substâncias químicas, impede o disparo dos
neurônios, embora com um processo farmacologicamente diferente. Neste
sentido, a glicina regula doenças e anomalias onde as manifestações
nervosas são muito fortes e frequentes.

Outro benefício a destacar é seu papel na expansão da capacidade


intelectual e o desenvolvimento cognitivo, devido à sua influência sobre os
neurotransmissores.

Existem vários aminoácidos capazes de ativar os receptores de glicina,


como a prolina, a taurina, a l-serina, a b-alanina e a l-alanina.
Organicamente, este composto permite a formação de ácido nucleico e o
sal biliar; além disso, é um magnífico agente de balanceamento da
transaminase do fígado.

É também uma parte central do processo de formação de colágeno e


elastina; é assim que favorece a criação do tecido muscular e epidérmico.
Como já mencionamos, facilita a síntese de ácido nucleico e a proteína
para a mesma finalidade. Graças à glicina, o corpo pode autorreparar suas

72
feridas e danos aos tecidos; esta substância também evita a formação de
cicatrizes queloides e tecidos não elásticos na pele. Tais efeitos são
aprimorados através da combinação com arginina e creatinina.

Como se fosse pouco, a glicina estimula a absorção de novos aminoácidos


durante a digestão, permitindo que se tornem proteínas específicas. Mas
especificamente, para que serve a glicina?

ü Incentiva o desenvolvimento de massa muscular.


ü Repara tecidos feridos por traumas, por exemplo na terceira idade.
ü Resolve patologias relacionadas ao sistema nervoso, como a
distrofia muscular, esclerose múltipla, mal de Parkinson, síndrome
da espinha bífida e a ataxia.
ü Suaviza estados emocionais negativos, como a ansiedade, a
violência, a raiva e a agressão.
ü Facilita o sono e evita pesadelos.
ü Equilibra a produção de ácido gástrico.
ü Regula o colesterol porque alcança uma melhor absorção de ácidos
graxos.
ü Evita uma motilidade intestinal excessiva.
ü Previne hipertrofias prostáticas e estimula a glândula pituitária,
porque desempenha um papel antienvelhecimento importante.
ü Controla secreções das glândulas endócrinas, especialmente da
zona sexual e pancreática.
ü Regula arritmias, taquicardias e outras anomalias do ritmo cardíaco

• Arginina

ü Neutraliza os efeitos resultantes de uma dose excessiva de insulina.

73
ü ✓ Corrige problemas vasculares em pacientes diabéticos, alguns
dos que causam disfunção sexual.
ü Ajuda o hormônio do crescimento a se formar em casos de déficits
(não neutraliza a influência da genética).
ü Aumenta o volume de massa muscular, graças ao fato de favorecer
a síntese proteica.
ü Ajuda na perda de peso, transformando a gordura em energia mais
facilmente (especialmente combinada com carnitina).
ü Torna a ação do sistema imunológico mais eficaz, especialmente
dos Linfócitos T3.
ü Impede a expansão de células malignas ainda sem um estado de
metástase.
ü Previne o excesso de amônia no cérebro, graças à qual evacua
rapidamente o álcool no sangue quando se bebe demais.
ü Aumenta a intervenção de aminoácidos essenciais para o cérebro
(como os de cadeia longa e ramificada).
ü Colabora na segregação do líquido seminal com o esperma maduro
em abundância (combinado com vitamina E).
ü Remedia a disfunção erétil, pois facilita a liberação de óxido nítrico
no corpo.
ü Evita que o fígado fique saturado com toxinas e evita a degeneração
lipídica deste órgão.
ü Acelera a cicatrização de feridas, especialmente na derme
queimada.
ü Rejuvenesce os homens porque beneficia o sistema reprodutivo, as
artérias e a assimilação de cálcio.
ü Permite que o corpo aproveite o manganês, um oligoelemento
fundamental.
ü Regula o nível de colesterol no sangue.

74
ü Melhora a memória em idosos (principalmente se for combinado
com a glutamina).
ü Mantém os tendões elásticos.
ü Alivia o estresse e a fadiga.
ü Previne o envelhecimento prematuro.
ü Evita o desgaste físico em ginastas profissionais.
ü Cura mais rápido traumatismos, quebras e golpes em idosos.

Normalmente, pessoas que consomem álcool em excesso levam uma


dieta rica em gordura (com colesterol abundante) e não se exercitam,
carecem de arginina suficiente em seu corpo.

A obesidade e o consumo de hormônios anabólicos também são outros


fatores que contribuem para seu déficit.

L-Carnitina

Sob as formas de acetil-l-carnitina ou propionil-l-carnitina, trata-se de um


aminoácido que o organismo usa para transformar sua gordura em
energia. Geralmente não é considerada um elemento nutricional
importante porque o corpo pode gerar naturalmente toda a quantidade que
necessita.

No entanto, um suplemento à base de l-carnitina pode aumentar a


capacidade de certos tecidos na produção de energia. Tal efeito tem
levado ao uso deste composto em doenças de origem muscular e
cardíaca.

Atualmente, não se prescreve uma dieta específica para incorporar a l-


carnitina no organismo (está presente no leite e na carne). No entanto,
existem indivíduos que devido a falha genética não têm a capacidade
suficiente para gerá-la naturalmente. Isso pode ser devido a doenças
cerebrais, renais ou cardíacas.

75
Por outro lado, certos medicamentos específicos (especialmente
antiepiléticos) reduzem os volumes corporais de l-carnitina; no entanto,
ainda não foi constatado que a incorporação desse aminoácido como
suplemento possa ser capaz de equilibrar a situação.

Contudo, deve-se ter em mente, que o tecido muscular que cobre o


coração é muito sensível à falta de L-carnitina, porque precisa de muita
energia para funcionar.

Do ponto de vista terapêutico, a dose apropriada desse aminoácido está


entre 500 e 1000 miligramas diários, 3 vezes ao dia. Em crianças até 50
miligramas por quilo de peso corporal foram usados 2 vezes ao dia, mas
não mais de 4 gramas por dia.

Por sua vez, a acetil-l-carnitina constitui um derivado do aminoácido


principal, plausível de ser sintetizado pelo organismo graças à metionina
e a lisina. Este composto é formado com uma enzima transferases no
cérebro, rins e fígado.

Até hoje, ainda não foi possível determinar exaustivamente como a acetil-
l-carnitina reage. Aparentemente, funciona como um
parassimpaticomimético graças à sua semelhança arquitetônica com a
acetilcolina. Dessa maneira, consegue atuar como um neurotransmissor
colinérgicos, estimulando o metabolismo dos neurônios a nível
mitocondrial.

Ao garantir níveis adequados desse aminoácido, a morte excessiva de


células neuronais pode ser evitada. Inclusive já foi demonstrado que
poderia estimular o processo de crescimento de neurônios em certas áreas
do cérebro.

Embora a acetil-l-carnitina se concentre mais do que qualquer coisa no


cérebro, ela aparece em outros tecidos também. E devido ao fato de que

76
sua produção natural pelo organismo diminui com a idade, geralmente é
prescrito na forma de suplemento dietético.

Geralmente, este composto é prescrito em 3 versões diferentes (embora


sempre na mesma proporção) de acordo com a condição do paciente:

ü Propionil-l-carnitina (para problemas cardíacos)


ü Acetil-l-l-carinthina (no caso de mal de Alzheimer)
ü L-carnitina (para um espectro mais amplo de doenças)

Em geral, quais aplicações medicinais a l-carnitina oferece? Vejamos:

ü Reduz as dores típicas da neuropatia diabética. Também otimiza as


funções do sistema nervoso periférico.
ü Melhora os distúrbios metabólicos causados por polineuropatias
diabéticas.
ü Controla o nível de açúcar no sangue em adultos com diabetes tipo
II
ü Combate doenças cardíacas, especialmente insuficiências
congestivas.
ü Previne a angina de peito e melhora seus sintomas. Além disso,
reduz o medicamento específico para essa condição médica.
ü Alivia a claudicação intermitente (um estreitamento arterial nas
pernas que causam dor após uma caminhada).
ü Aumenta a resistência à atividade física em pacientes com
enfisema.
ü Evita a fadiga crônica.
ü Reduz o desconforto do hipertireoidismo.
ü Neutraliza o mal de Alzheimer e a depressão. Também reduz
traumas circulatórios no cérebro.

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ü Suaviza as consequências para a saúde do consumo excessivo de
álcool.
ü Otimiza o desempenho do esperma masculino e, portanto, é útil
contra a infertilidade.

De acordo com estudos preliminares, uma anomalia genética chamada


"Síndrome do cromossomo X frágil" - que causa retardo mental,
mudanças comportamentais, distúrbios físicos e até autismo – poderia
suavizar com o consumo de acetil-l-carnitina. De fato, uma pesquisa
realizada com 17 crianças hiperativas devido a doença, conseguiu
reduzir tais comportamentos com a administração do composto.

• Ácido tióctico

Em vários países da Europa, o ácido tióctico é usado há anos para


tratamento de casos de polineuropatias de origem diabética. Diferentes
estudos clínicos demonstraram conclusivamente a eficácia deste
composto, que ajuda a reduzir dores musculares típicas da neuropatia.

• Inositol

Comumente conhecido como "vitamina B8", o inositol é encontrado em


qualquer tecido animal, mas muito mais no coração e no cérebro. Integra
a membrana celular e colabora com o fígado no processamento das
gorduras, bem como as funções do sistema nervoso e muscular.

Acredita-se que uma deficiência de inositol possa explicar os quadros de


depressão. As pessoas frequentemente deprimidas têm proporções muito
mais baixas de vitamina B8 no líquido espinhal. Além disso, este composto
influencia a ação da serotonina no organismo.

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Um dado fundamental a considerar é que aumenta a sensibilidade a
insulina, essencial para controlar a diabetes. Mesmo o inositol reduz
processos associados à doença, como a hiperinsulinemia e a resistência
à insulina, principalmente em mulheres. De fato, um forte déficit dessa
substância pode causar um desequilíbrio nos volumes de açúcar no
sangue.

Um dos suplementos alimentares desenvolvidos pela ciência tem sido o


hexa-fosfato de inositol, que visa aumentar a produção natural de insulina
no corpo. Este ingrediente é facilmente absorvido e não causa efeitos
colaterais; uma vez consumido, é transformado em trifosfato e, assim,
ajuda a estabilizar a glicose no sangue.

O nositol é geralmente combinado com fosfatos para permitir a criação de


ácido fítico, uma substância química essencial no controle da diabetes.

ü Alivia distúrbios mentais como o pânico, a depressão, a


bipolaridade, o déficit de atenção, os TOCs, o mal de Alzheimer.
ü Reduz os sintomas da neuropatia diabética.
ü É útil contra a bulimia.

• Picnogenol

Este composto está presente no extrato de semente de uva e na casca de


pinheiro. Além disso, uma grande variedade de alimentos contém essa
substância química: o vinho tinto, o chá (fermentado ou não), os mirtilos e
as groselhas, a cebola, todas as leguminosas, a salsa e o espinheiro-
branco. No entanto, geralmente o suplemento alimentar é fabricado a partir
dos primeiros ingredientes mencionados, pois são aqueles que contêm
picnogenol em proporção maior.

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Aparentemente, o composto sintético OPC não fornece desempenho
idêntico à versão natural dentro do organismo, mas as funções são
bastante parecidas. Da perspectiva do processo saúde-doença, quais
aplicações o OPC possui?

ü Detém o envelhecimento da pele.


ü Neutraliza alergias.
ü Cura a asma.
ü Evita a arteriosclerose.
ü Combate neuropatias e retinopatias de origem diabética.
ü Reduz a pressão arterial.
ü Melhora a visão noturna.
ü Alivia a cirrose do fígado.
ü Lúpus.
ü Cura quadros de periodontite.
ü Remedia a insuficiência venosa crônica. Por isso é usado para tratar
varizes, hemorroidas e inchaços que geralmente aparecem após
uma lesão ou uma cirurgia. Ajuda a fortalecer os vasos sanguíneos
para evitar derrames e vazamentos de plasma.
ü Fortalece a elastina e o colágeno, compostos que formam a
estrutura capilar, cartilagem, pele e tecido muscular.
ü Diminui o colesterol. Quando combinado com o cromo, potencializa
seus efeitos e também ajuda a curar a diabetes.

Apesar de todos os benefícios que traz, é aconselhável consultar um


médico antes de consumir OPC, pois tem efeitos anticoagulantes se
incorporados em altas doses. Então, pacientes que tomam geralmente
drogas diluidoras de plasma (heparina, aspirina, etc.) devem falar com um
médico por precaução.

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• Oxerutina

É uma substância química proveniente de um bioflavonóide natural, o


rutosídeo. Esse suplemento tem sido usado na Europa desde os anos '60
para tratar doenças nas quais ocorre um vazamento de fluído de plasma
ou vasos linfáticos.

ü Hemorroidas.
ü Alivia a insuficiência venosa, acalmando a dor, sensação de
cansaço e inflamação nas pernas.
ü Reduz os sintomas da diabetes.
ü Luta contra o linfedema e edema pós-operatório.
ü Resolve quadros de vertigem, especialmente derivadas da doença
de Ménière (uma doença que causa um excesso de líquido filtrado
para os capilares e a parte interna do ouvido).
ü Acalma a inflamação dos membros inferiores, típica dos pacientes
diabéticos, sem alterar o nível de açúcar no sangue.

Outra utilidade da oxerutina que vale a pena mencionar é o alívio nos


danos do sistema linfático. Certas mulheres que tiveram câncer de mamas
e foram submetidas a cirurgia, geralmente mostram uma inflamação nos
membros inferiores causada por danos à linfa. Este sistema, combinado
com o venoso, ajuda o retorno do plasma ao coração; no entanto, se o
fluido estiver danificado, ele pode se acumular.

3 investigações com grupos de teste e controle com mais de cem pessoas


comprovaram a eficácia da oxerutina administrada por ½ ano para diminuir
a sensação de desconforto, as inflamações, o estado de imobilidade e
outras manifestações próprias do linfedema.

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• Selênio

Em diferentes versões (dióxido ou levedura de selênio, selenito etc.),


parece ser um elemento prejudicial aos quadros de diabetes. A
comunidade científica encontrou evidências a esse respeito.

• Vitamina C

ü Evita o acúmulo excessivo de proteínas na urina (albuminúria). Esse


fenômeno é comum em pacientes diabéticos tipo II. Tal efeito
também pode prevenir doenças renais.
ü Mantém níveis estáveis de açúcar no sangue. Pessoas com baixos
índices de vitamina C mostram maiores concentrações de
hemoglobina glicosilada em testes laboratoriais. Estes indicam a
taxa de ligação do açúcar à hemoglobina.
ü Representa um poderoso antioxidante que evita danos às células
gerados por radicais livres, que são muito insidiosos em diabéticos.
ü Reduz o colesterol ruim do sangue e os triglicerídeos.
ü Retarda a glicação (processo de envelhecimento e transformação
do sangue) que causa complicações de saúde em diabéticos.
ü Diminui a concentração de sorbitol nas células. Trata-se de um tipo
de álcool que é gerado nas células nervosas de diabéticos e lhes
causa grandes danos. De fato, pensa-se que esta substância
colabora no desenvolvimento de catarata ocular durante a diabetes.

É importante não esquecer que a vitamina C pode aumentar a presença


de açúcar no sangue. Em mulheres adultas idosas com diabetes, as
doses +300 miligramas por dia aumenta o risco de morte por falha
cardíaca. É essencial não consumir esse nutriente em quantidades
maiores que aqueles presentes em suplementos multivitamínicos
básicos.

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De fato, algumas pesquisas sugerem que a vitamina C faz com que o
cromo se absorva mais. Ninguém deve incorporar juntos grandes
proporções de vitamina C e cromo. De qualquer maneira, não se sabe
se a separação da dose por horas poderia evitar tal sinergia.

• Cromo

Mais uma vez, falamos sobre o cromo e sua importância: a ciência


descobriu um fato muito interessante sobre esse elemento: a proporção
orgânica do cromo diminui com a idade, justamente quando se iniciam as
doenças degenerativas. É assim que as funções do cromo têm sido
associadas aos órgãos responsáveis pelo envelhecimento.

De um modo geral, contribui para regular a concentração de lipídios no


plasma e favorece seu consumo como energia. Equilibra o metabolismo
de qualquer gordura, entre as quais se encontram as lipoproteínas densas,
o colesterol e os triglicerídeos.

Especificamente, trata-se de uma coenzima que intervém no metabolismo


da gordura, facilitando sua passagem pelas paredes vasculares, processo
que impede a formação de ateromas.

De fato, esse papel como coenzima também influencia o metabolismo da


glicose. O cromo consegue mover as reservas de insulina do corpo quando
a quantidade de açúcar no sangue exceder o nível apropriado. Na
verdade, faz parte do fator de tolerância à glicose, uma substância química
que permite um uso eficaz da glicose natural.

Como já mencionamos, o cromo facilita a transformação da glicose em


glicogênio dentro do fígado, pois é capaz de transportá-la para o interior
das células.

83
Além disso, esse elemento estimula o desenvolvimento na infância, pois é
veículo essencial de aminoácidos essenciais. Como se isso não bastasse,
aumenta de maneira geral a resistência contra doenças de todos os tipos.
Diante de todas essas ações positivas, que usos médicos são dados ao
cromo?

ü Permite um bom desempenho das funções cognitivas.


ü Regula o excesso de peso, pois influencia o centro do cérebro
relacionado ao apetite.
ü Reduz os sintomas da diabetes.
ü Controla a obesidade.
ü Diminui a celulite.
ü Alivia problemas circulatórios, como a arteriosclerose, a trombose e
a criação de placas de ateroma.
ü Neutraliza o uso indevido de aminoácidos no organismo.
ü Corrige disfunções no fígado e no pâncreas, especialmente as de
longo prazo.
ü Controla problemas no sistema nervoso, como a irritabilidade, a falta
de memória, a confusão e a ansiedade. Também combate a
depressão.
ü Acaba com a catarata precoce.
ü Aumenta a produção de espermatozoides.
ü Melhora a síntese de proteínas.
ü Neutraliza o envelhecimento precoce.

• Biotina

Também chamada vitamina H8, é uma coenzima que intervém no


metabolismo da gordura e da glicose. Colabora no uso de diferentes
nutrientes como o ácido fólico e o pantotênico, a vitamina B12.

84
Em geral, desempenha um papel importante durante o metabolismo dos
carboidratos, gorduras e proteínas. Influencia uma grande variedade de
funções vitais, algumas das quais aparecem apenas em animais:

ü O catabolismo da isoleucina e a leucina.


ü O metabolismo da coenzima A.
ü O processo de carboxilação no ácido pirúvico.
ü A criação de citrulina (substância química intermediária no
processo de síntese da ureia)
ü A conformação de ácidos aspárticos.
ü A formação protoplasmática.

Além disso, a biotina é um elemento essencial para que tanto as gorduras


como as albuminas sejam usadas corretamente pelo organismo. Atribuem-
lhe efeitos benéficos ao aparelho respiratório.

Em geral, a deficiência de biotina provoca que se alterem todos os tecidos


do corpo e suas células. Isso é evidenciado por um forte declínio na
atividade cerebral; essa falta de energia causa por sua vez alterações de
humor, sensação de cansaço a longo prazo, depressão, inflamação na
língua, deterioração da qualidade dos cabelos, doenças de pele.

A falta de biotina se manifesta corporalmente através da fadiga e a dor


muscular, acompanhados de anemia e um estado geral de apatia. Nesse
sentido, são comuns os quadros de fibromialgia e mialgia. Também
aparecem aumentos do colesterol no sangue, alterações no ritmo
cardíaco, má digestão e metabolismo de nutrientes.

A nível da pele, são indícios a seborreia dérmica, a presença de


furúnculos, a psoríase, a descamação oleosa e irritante na pele, má
pigmentação dos cabelos e derme; inclusive perde-se pele ao redor das
órbitas oculares e depois em diferentes partes do corpo. Anomalias

85
genitais e málformações no feto são outras possíveis consequências de
uma deficiência de vitamina H8.

Estes sintomas são geralmente frequentes em animais, mas não em


pessoas. Os seres humanos, diante da falta de biotina, costumam sofrer
quadros benignos de dermatite que desaparecem com um tratamento
adequado. Geralmente, ocorrem alterações cutâneas nas extremidades.

Em crianças, a falta de vitamina H8 se manifesta através da dermatite


seborreica, a descamação da pele, os atrasos físico-mentais, a
conjuntivite, a alopecia e a falta de resistência do sistema imunológico.

A necessidade diária de biotina é difícil de estabelecer, porque as bactérias


intestinais são capazes de sintetizá-la em grandes volumes e então
eliminam o excedente pela urina. Geralmente quando o o paciente sofre
de carências de vitamina H8, são prescritos um pouco mais de 5
miligramas diariamente por via intramuscular. Este tratamento causa
efeitos benéficos em apenas alguns dias. Quais são as contribuições da
biotina, então?

ü Melhora a saúde do sistema nervoso, prevenindo estados


depressivos e apáticos.
ü Aumenta a qualidade do tecido dérmico e muscular.
ü Mantém cabelos saudáveis.
ü Evita alterações na pele.
ü Estabiliza o nível de açúcar no sangue, colaborando com a ação da
insulina.
ü Diminui a glicose após uma ingestão.
ü Retarda e impede o desenvolvimento de doenças degenerativas e o
envelhecimento precoce, graças ao aumento da produção de ácido
ribonucleares endogenamente.

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ü Evita malformações congênitas.
ü Previne doenças de ordem genética.

• Piridoxina

É mais conhecida como vitamina B6. Trata-se de um nutriente essencial


para evitar o desenvolvimento de neuropatias diabéticas. Além disso, alivia
os sintomas em pacientes com esta doença. Ajuda a parar a glicação
proteica, um processo que causa grandes complicações de saúde em
diabéticos.

Alguns estudos descobriram que a vitamina B6 pode ser útil na diabetes


gestacional. Uma investigação mostrou que, complementando a dieta com
100 miligramas por dia de piridoxina, puderam reverter o diagnóstico de
diabetes gestacional em 12 de 14 mulheres. Entre as aplicações médicas
deste nutriente, podemos mencionar:

ü Evita tonturas durante a viagem, bem como os vômitos e as náuseas


típicas do primeiro trimestre de gravidez.
ü Evita doenças causadas por deficiência de proteína.
ü Neutraliza os sintomas da hipoplasia medular causada por anemia.
ü Alivia os quadros de colite aguda e de longo prazo.
ü Ajuda a tratar a anorexia.
ü Regula anomalias hepáticas.
ü Previne doenças cardíacas e suaviza as consequências de
acidentes vasculares.
ü Melhora a memória.
ü Aumenta o desenvolvimento muscular.

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ü Serve para tratar o alcoolismo crônico e alivia estados de ressaca,
prescrita em uma dose única de 300 miligramas.
ü Evita alopecia em sinergia com as vitaminas do grupo B.
ü Cura lesões residuais de pelagra.
ü Trata a acne, administrada com vitamina A em doses de 250
miligramas.
ü Previne a encefalite, graças à sua ação no SNC.
ü Estimula o descanso noturno.
ü Neutraliza problemas neuromusculares como o mal de Parkinson,
os tremores e a paralisia.
ü Inverte a perda auditiva (em suas diversas variantes) combinada
com vitaminas A e B1.
ü Evita pedras nos rins, pois favorece a conversão da glicina para o
glioxílico, um composto muito mais fácil de evacuar.
ü Previne a porfiria se consumida com vitamina E.

• Vitamina E

É conhecida por diversos nomes, de acordo com suas diferentes variantes:


alfa-tocoferol, d-tocoferol, d-alfa-tocoferol, d-beta-tocoferol, d-gamma-
topoferol, etc.

Pesquisas recentes na Nova Zelândia mostraram que a dose diária de


vitamina E produz melhorias na resistência do corpo a insulina e uma
queda mais longa na quantidade de enzimas hepáticas relacionadas a
diabetes. Como você certamente sabe, a resistência a insulina é um fator
precursor do desenvolvimento da diabetes tipo II.

Este estudo durou meio ano; na primeira metade do tempo foi usada uma
dose de vitamina E de 800 miligramas, que mais tarde foi aumentada em
50% para a segunda fase.

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Por sua vez, novas pesquisas na Universidade do Texas mostraram que
este nutriente reduziu o risco de ataques cardíacos em um grupo de 75
diabéticos. Tais efeitos foram devidos à vitamina E, reduzindo a
inflamação vascular do coração.

Por outro lado, um estudo publicado no Diabetes Care sugere que os


diabéticos com variação de haptoglobina no plasma (na forma de proteína
2-2) têm 5 vezes mais riscos de sofrer anomalias cardíacas. Entretanto,
um grupo de pacientes complementou sua alimentação com 400
miligramas diárias de tocoferol e conseguiu reduzir mais de 40% a
incidência de ataques cardíacos; da mesma forma, o risco de morte por
essa causa caiu 55%.

Em quadros de neuropatia de origem diabética e suas consequências


(como a catarata), um estudo com grupos de teste e controle que durou
quatro meses mostrou que a administração de 600 gramas diárias de
vitamina E ajudava no alívio dos sintomas.

Por outro lado, sabe-se que os pacientes idosos normalmente não


respondem bem às vacinas. Uma pesquisa sugere que o tocoferol poderia
aumentar a reação do sistema imunológico a eles. De acordo com os
resultados, uma dose de 200 miligramas de vitamina E - e, em alguns
casos, de até 800 miligramas aumentaram acentuadamente a resposta do
sistema imunológico.

Até hoje, ainda não foi possível determinar a dose ideal de vitamina E para
usos terapêuticos. A maioria dos estudos oscila entre 50 e 800 unidades
por dia e, às vezes, volumes maiores têm sido usados. Para dar uma
equivalência, estaríamos diante de doses entre 50 e 800 miligramas
diárias de tocoferol sintético, ou entre 25 e 400 miligramas de tocoferol

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natural. Então, vamos ver quais são os usos médicos do tocoferol ou
vitamina E:

ü Ajuda a tratar a infertilidade masculina em sinergia com a vitamina


A, quando houve uma degeneração no epitélio dos órgãos sexuais.
ü Trata a criptorquidismo em crianças menores de 6 anos, como
alternativa à administração do hormônio gonadotrofina.
ü Garante boa absorção nutricional pelo embrião durante a gravidez e
garante a saúde da placenta.
ü Previne abortos espontâneos e o parto prematuro em sinergia com
a vitamina C.
ü Evita a metrorragia.
ü Previne quadros de trombose juntamente com a aspirina e previne
o desenvolvimento de úlceras varicosas.
ü Reduz a síndrome da adiposidade genital durante a puberdade e em
pessoas obesas.
ü Alivia os sintomas da menopausa, principalmente nos primeiros
tempos.
ü É usada para sintomas de vaginite devido à mucosa seca e acalma
a coceira da vulva.
ü Evita anomalias nos tecidos conjuntivos.
ü Previne alterações oculares.
ü Evita o cretinismo, graças à sua intervenção na formação do
hormônio da tiroide.
ü Ajuda contra derrames, quadros de aterosclerose, degenerações do
tecido miocárdio e insuficiências coronárias devido aos seus efeitos
antioxidantes.
ü Previne a degeneração gordurosa do fígado e protege este órgão,
evitando a cirrose.

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ü Alivia enxaquecas em sinergia com a vitamina A.
ü Evita a piorreia junto ao grupo de vitaminas A - B - C.
ü Fortalece o sistema imunológico em combinação com as vitaminas
A e C.
ü Alivia os sintomas do lúpus eritematoso em suas manifestações
escleróticas, mas também durante a fase crônica.
ü Para a distrofia muscular em sinergia com o selênio.
ü Ajuda em febres reumáticas em combinação com o cobre.
ü Interrompe o envelhecimento precoce, evitando rugas.
ü Estimula a ação da glândula pineal.

• Magnésio

É um mineral que ativa uma ampla gama de enzimas, como por exemplo
a fosfatase alcalina ou o tri-fosfato de adenosina. Cumpre funções na
criação da arquitetura macromolecular do ácido ribonucleico e do DNA.
Além disso, o magnésio é essencial para promover a ação do pirofosfato
de tiamina, uma versão ativa da vitamina B1.

É também um cofator para a síntese da vitamina B2. Também cumpre um


papel muito importante no metabolismo de outros minerais como o fósforo
e o cálcio. Quanto à sua importância para a diabetes, mantém o colesterol
e a glicemia estáveis. Além disso, o mineral mantém os sistemas
articulares e ósseos fortes.

Este elemento também é essencial para o movimento do corpo humano


(porque estimula o processo de contração muscular) e devido ao seu
desempenho semelhante ao cálcio, é um fator de crescimento nas
crianças. No entanto, em quantidades excessivas, pode causar
interferências no metabolismo do cálcio ou efeitos indesejados.

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O magnésio também impede a formação de pedras de oxalato na área
renal; equilibra a temperatura do corpo; atua como um cofator na produção
hormonal; ajuda a transmitir os impulsos nervosos dos neurônios; permite
que os músculos relaxem. Neste último sentido, é um bom balanceador
das contrações cardíacas e impede que o músculo seja demasiado
estimulado.

Geralmente os pacientes diabéticos apresentam deficiências de


magnésio. Embora ainda não se saiba de que maneira, a ciência descobriu
que esse déficit agrava os sintomas da diabetes, principalmente a do tipo
II. Aparentemente, quando os volumes celulares de magnésio são baixos,
o desempenho dos receptores de insulina é reduzido.

Zinco

Representa um nutriente muito necessário para que funcione


corretamente o sistema sexual masculino, uma vez que forma fluídos
seminais e garante o bom desempenho da próstata.

Por outro lado, o zinco protege a estrutura do DNA e a membrana celular.


É um mineral que, como antagonista do cobre, permite o melhor uso
orgânico dos ácidos lácticos. Também aumenta as defesas devido à sua
influência nos linfócitos; regula o funcionamento do pâncreas e da glândula
hipófise.

Em geral, podemos dizer que preserva a saúde das glândulas suprarrenais


e sua adaptabilidade. Graças ao seu poder regulatório de hormônios, é
decisivo para o desenvolvimento infantil.

O zinco também contribui para a boa saúde dos receptores sensíveis


(olfato, paladar e visão) e previne o envelhecimento precoce. Agora bem,
que influência isso tem sobre a diabetes?

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Sabe-se que desempenha um papel fundamental na criação e segregação
de insulina pancreática. Assim, acredita-se que um déficit do mineral
aumenta os danos celulares ao pâncreas, especialmente em quadros de
diabetes tipo I. Nesse sentido, algumas pessoas insulinodependentes
foram capazes de diminuir seu volume de glicose graças à suplementação
com zinco. Além disso, os cientistas argumentam que sua falta é um fator
agravante na diabetes tipo II, porque prejudica a capacidade natural do
corpo para controlar a insulina.

Pacientes com diabetes geralmente apresentam baixos níveis de zinco,


porque eles eliminam boa parte dele ao urinar. Várias pesquisas provaram
a utilidade do mineral para reduzir o estresse oxidativo celular contra casos
de diabetes tipo II, e os resultados são esperançosos. Portanto, é
aconselhável suplementar a dieta com uma dose de 15 a 25 miligramas
de zinco diariamente.

CAPÍTULO 9 – HOMEOPATÍA DIABÉTICA

Quase chegando ao final da abordagem de tratamentos contra a diabetes,


nos resta mencionar um último recurso válido que é o da homeopatia. Esta
disciplina inspirada na natureza oferece um conjunto de suplementos
específicos que orientam a ação de várias enzimas, hormônios, nutrientes
e substâncias químicas dentro do organismo para neutralizar a diabetes.

Natrum sulfuricum CH4

É prescrito para condições que afetam o fígado e o pâncreas,


especialmente no gerenciamento da bile. Também é usado para combater
quadros de gota.

Este composto suaviza sintomas psicológicos como a tristeza, o


desinteresse e a apatia, a sensibilidade excessiva aos ruídos e à luz. É

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usado quando há dor intensa na cabeça, tonturas, sabor amargo na boca,
asma.

O natrum sulfuricum CH4 é muito útil para doenças digestivas como a


alternância entre constipação e colite, as ventosidades, a indigestão
frequente, o inchaço abdominal.

Sempre que as manifestações físicas e desconfortos aumentam durante


períodos de clima chuvoso e à noite, é bom incluir este suplemento.

Arsênico CH6

Representa um tratamento eficaz para infecções profundas


acompanhadas de grande sensibilidade ao frio e com uma sensação de
dor que atenua com temperaturas mais altas. Serve também para remediar
infecções intestinais e da uretra / vagina, sintomas de asma, anginas,
neuralgia e distúrbios da pele (dermatite, psoríase, etc.).

Árnica CH4

Geralmente é usado para choques psíquicos e concussões cerebrais em


que sentem as extremidades frias e o rosto quente. Resolve hemorragias
no nariz e na retina (após cirurgias), alivia os sintomas de sarampo, reduz
a dor pós-parto.

A arnica CH4 ataca quadros de laringite, reduz a fadiga, cura mais rápido
as fraturas, alivia dores nas costas e ciático, representa um tratamento
válido para a anuria e a epistaxe. Também geralmente recomendado para
mulheres grávidas.

Finalmente, ajuda a eliminar furúnculos e outras doenças da pele


envolvendo uma infecção.

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Outros compostos homeopáticos

Acidum lacticum CH4, Urânio nitricum CH6 e acidum phosphoricum CH2


são outros elementos que brinda a ciência homeopática para curar
doenças de vários tipos e sintomas relacionados a diabetes.

NOTA

Se você chegou até aqui, é porque realmente assumiu um compromisso


consigo mesmo, de acabar com a diabetes de uma vez por todas. Chega
de tratamentos crônicos, enormes desembolsos de dinheiro com
medicamentos que só o tornam cada vez mais dependente, chega da
peregrinação em consultórios médicos.

Nisso, ninguém tem a resposta definitiva; caso contrário, a diabetes já teria


sido extinta para sempre. Teria sido erradicada como uma dessas
epidemias dos séculos passados. No entanto, infelizmente não é assim.

Então, é hora de você confiar em si mesmo e se comprometer a mudar de


uma vez por todas. Agora você tem ao seu alcance ferramentas para
diminuir os sintomas da diabetes e solucionar o seu quadro de forma
duradoura.

E o melhor de tudo: naturalmente. Aqui falamos sobre a homeopatia,


nutrientes, suplementos, alimentação. Nós não falamos sobre cirurgias,
dispositivos ou drogas. Finalmente, uma proposta diferente, uma proposta
de mudança real. Não se deixe enganar e não desista.

Nós estamos do seu lado. Até sempre.

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