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Alergia na pele: sintomas,

causas, tipos e tratamento


Revisão médica: Dr.ª Clarisse Bezerra

Médica de Saúde Familiar

outubro 2022

1. Sintomas
2. Tipos
3. Causas
4. Tratamento
A alergia na pele é uma reação inflamatória que surge devido a uma
resposta exagerada do sistema imunológico a substâncias, como
desodorante, látex, pelo de animais, alimentos, sol ou frio, ou picadas de
insetos, levando ao surgimento de sintomas como vermelhidão, coceira e
bolinhas brancas ou avermelhadas na pele de qualquer região do corpo,
como mãos, pés, face, braços, axilas, pescoço, pernas, costas ou barriga,
por exemplo.

Existem diferentes tipos de alergia na pele, como urticária, dermatite de


contato, ou dermatite atópica, por exemplo, que podem ser controladas
evitando a exposição às substâncias que as desencadeiam, ou realizando o
tratamento com o uso de remédios anti-histamínicos ou corticoides, na
forma de comprimidos ou pomadas, indicados pelo dermatologista ou
alergologista. 

Em casos graves de alergia na pele, podem surgir sintomas de anafilaxia,


como inchaço na boca, língua ou garganta, dificuldade para respirar,
devendo-se procurar o pronto socorro mais próximo imediatamente, pois
pode colocar a vida em risco. Nestes casos, normalmente são
administrados remédios aplicados diretamente na veia ou no músculo, por
exemplo. Veja como é feito o tratamento da anafilaxia. 
Sintomas de alergia na pele
Os principais sintomas de alergia na pele são:

 Coceira intensa;
 Vermelhidão;

 Descamação;

 Irritação;

 Manchas avermelhadas 

 Bolinhas brancas;

 Ressecamento da pele;

 Crostas ou casquinhas;

 Sensação de ardor ou queimação;

 Alteração da sensibilidade da pele.

Estes sintomas podem aparecer poucos minutos ou até horas após o


contato com o alérgeno, sendo importante, lavar a pele com água
abundante e sabão com pH neutro assim que surgem os sintomas. 

Nos casos mais graves e menos comuns, a alergia na pele pode também
levar ao aparecimento de sintomas graves de reação anafilática ou
anafilaxia, como inchaço nos olhos e boca, dificuldade para respirar e
desconforto na garganta, sendo nestes casos muito importante procurar
atendimento médico imediatamente ou o pronto-socorro mais próximo, pois
pode colocar a vida em risco.

Como confirmar o diagnóstico


O diagnóstico da alergia na pele é feito pelo dermatologista ou alergologista
através da avaliação dos sintomas, exames de sangue ou o teste de alergia,
que é realizado no consultório médico aplicando diferentes substâncias na
pele, para verificar o surgimento dos sintomas. Veja como é feito o teste de
alergia.  

Tipos de alergia na pele


Os principais tipos de alergia na pele são:

1. Urticária
A urticária é um tipo de alergia na pele, que pode ser causada por picadas
de inseto, medicamentos, alergias a alimentos, como amendoim, ovo ou
frutos do mar, alergia ao tecido da roupa, pólen, látex, suor, ou variações de
temperatura, como calor ou frio extremo, por exemplo. Veja outras causas
da urticária.  
Normalmente, os sintomas da urticária duram até 24 horas, desaparecendo
sem deixar marcas ou cicatrizes. Porém, as manchas na pele podem voltar
a surgir em outras partes do corpo, mantendo-se por cerca de 6 semanas,
sendo este tipo de urticária chamada de urticária crônica. 

2. Dermatite de contato
A dermatite de contato é um tipo de alergia na pele que surge após o
contato com alguma substância ou objeto irritante, como cosméticos,
perfumes, sabonete, produto de limpeza, bijuteria, planta ou poeira, por
exemplo. 

Além disso, a dermatite de contato também pode ser causada pelas fezes
ou urina, sendo comum em bebês. Confira outras causas da dermatite de
contato. 

3. Dermatite atópica
A dermatite atópica, também conhecida como eczema atópico, é uma
reação alérgica crônica da pele, mais comum em bebês e crianças com até
5 anos, mas também pode ocorrer em adultos, geralmente causada por
várias fatores, como frio ou calor, fumaça, poluição, detergentes e sabão de
lavar roupa muito concentrados e contato com tecidos sintéticos, por
exemplo.

Esse tipo de alergia na pele é mais comum nas dobras dos braços e
joelhos, mas também pode surgir nas bochechas e próximo às orelhas dos
bebês, ou no pescoço, mãos e pés em adultos. Saiba identificar a dermatite
atópica. 

4. Rash cutâneo
O rash cutâneo, também conhecido como exantema, pode surgir devido ao
contato com substâncias irritantes, como detergentes, borracha ou látex ou
até mesmo por infecções virais como dengue ou Zika. Veja outras causas
do rash cutâneo.

Conheça melhor sobre a alergia na pele no vídeo a seguir:

Possíveis causas
A alergia na pele pode ter diversas causas, que incluem:

 Picadas de insetos;

 Calor ou frio extremos;

 Suor;
 Bijuteria;

 Medicamentos, como antibióticos, fenitoína, carbamazepina ou lamotrigina; 

 Alimentos, como amendoim, ovo, frutos do mar;

 Plantas ou pelos de animais;

 Poeira ou poluição;

 Roupas, cintos ou a alguns tipos de tecido, como lã ou jeans;

 Produtos de limpeza, como detergente ou sabão de lavar roupa;

 Materiais, como látex ou borracha; 

 Substâncias irritantes, como produtos de beleza e cosméticos, maquiagem,

perfume, shampoo, desodorante, gel de banho, sabonete, cera ou mesmo

ao creme depilatório.

A alergia na pele pode manifestar-se causando diversos sintomas, sendo


muito importante conseguir identificar sua causa para que esta possa ser
evitada.

Como é feito o tratamento


O tratamento da alergia na pele deve ser feito com orientação do
dermatologista ou alergologista, e varia de acordo com a causa, o tipo de
alergia na pele e intensidade dos sintomas.

Os principais tratamentos para alergia na pele que podem ser indicados


pelo médico são:

1. Uso de pomadas
As pomadas para alergia na pele que podem ser indicadas pelo médico são:

 Corticoides, como a hidrocortisona ou mometasona;

 Anti-histamínicos, como maleato de dexclorfeniramina;

 Imunossupressores, como o pimecrolimo ou tacrolimo.

Essas pomadas ajudam a reduzir a inflamação na pele, aliviando os


sintomas como coceira, vermelhidão ou inchaço na pele.
2. Uso de comprimidos
Os comprimidos para alergia na pele geralmente são indicados pelo médico
quando o uso de pomadas não foi eficaz para melhorar os sintomas.

Geralmente, os comprimidos mais indicados são os antialérgicos, como a


loratadina, cetirizina ou hidroxizina, ou corticoides, como a prednisona ou
prednisolona. Além disso, dependendo do tipo de alergia na pele, podem
ser indicados o uso de imunossupressores, como ciclosporina, azatioprina,
micofenolato ou metotrexato, por exemplo.

Esses remédios também podem ser indicados na forma de xaropes ou


gotas, devendo ser usados somente com indicação médica.

3. Hidratantes 
Os hidratantes podem ser indicados pelo médico para hidratar e manter a
umidade da pele, aliviar o ressecamento, a sensação de pele áspera, a
coceira ou irritação da pele.

Os hidratantes mais recomendados para alergia na pele são aqueles sem


perfume, neutros e que possuem maior quantidade de óleos, como Loção
Corporal Hidratante Fisiogel AI Stiefel, Stelatopia Mustela Bebê creme
hidratante infantil ou Loção Infantil Hidratante HidraKids Biolab, devendo ser
aplicados logo após o banho, com a pele ainda úmida.

Opções de remédios caseiros 


Algumas opções de remédios caseiros para alergia na pele são cremes ou
loções com ação calmante como camomila ou alfazema, para aliviar o
desconforto e acalmar a irritação na pele, ajudando também a manter a sua
hidratação

Além disso, a água termal também é uma excelente opção para usar nestas
situações, pois hidrata a pele e reduz a coceira e a irritação.
Conheça outros remédios caseiros para tratar a alergia na pele.  

O uso destes, ou de qualquer outro remédio caseiro, não deve substituir os


remédios indicados pelo médico, sendo apenas uma forma de ajudar a
aliviar mais rapidamente os sintomas.

Alergia na pele é mais comum na gravidez?


A alergia na pele na gravidez pode acontecer devido às alterações
hormonais e do sistema imune que ocorrem naturalmente durante este
período, o que pode deixar a grávida mais sensível ao surgimento de uma
alergia na pele indesejada.
Nestes casos, é recomendado que tente acalmar a pele com cremes ou
loções que ajudam a aliviar o desconforto e a irritação na pele, sendo
recomendado que consulte o dermatologista ou alergologista logo que
possível.

Geralmente, a alergia na pele na gravidez não prejudica o bebê, porém se


os sintomas da alergia forem intensos é recomendado ir no pronto socorro
ou hospital.

Esta informação foi útil?


Sim Não

 
Escrito por Flávia Costa - Farmacêutica. Atualizado por Karla S. Leal - Nutricionista, em outubro
de 2022. Revisão médica por Dr.ª Clarisse Bezerra - Médica de Saúde Familiar, em dezembro
de 2021.

Bibliografia
 SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA. Fotossensibilidade. Disponível em:
<https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/fotossensibilidade/8/>. Acesso
em 17 fev 2020
 NHS. Food allergy. Disponível em: <https://www.nhs.uk/conditions/food-allergy/>. Acesso em
17 fev 2020

 SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA. Dermatite de contato. Disponível em:


<https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/dermatite-de-contato/2/>.
Acesso em 17 fev 2020
 ANTUNES, Adriana A. et al. Guia prático de atualização em dermatite atópica - Parte I:
etiopatogenia, clínica e diagnóstico. Arq Asma Alerg Imunol. Vol.1, n.2. 131-156, 2017
 AMERICAN ACADEMY OF ALLERGY, ASTHMA & IMMUNOLOGY.. Drug Allergy. Disponível
em: <https://www.aaaai.org/conditions-and-treatments/allergies/drug-allergy>. Acesso em 17
fev 2020
 ROSMANINHO, Isabel; MOREIRA, Ana; SILVA, José P. M. Dermatite de contacto: revisão da
literatura. Rev Port Imunoalergologia. Vol.24, n.4. 197-209, 2016
 UNIVALI. Reações adversas a cosméticos e o profissional da estética. 2010. Disponível em:
<http://siaibib01.univali.br/pdf/Ana%20Ang%C3%A9lica%20Candiotto,%20Ana%20Fl
%C3%A1via%20Freire%20Wayhs.pdf>. Acesso em 17 fev 2020
Considerações gerais sobre o envenenamento

Por 

Gerald F. O’Malley  

, DO, Grand Strand Regional Medical Center;

Rika O’Malley  

, MD, Grand Strand Medical Center

Avaliação/revisão completa mai 2022

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FATOS RÁPIDOS

 Sintomas
 Primeiros socorros para intoxicação
 Diagnóstico
 Prevenção
 Tratamento
 Mais informações

Recursos do assunto

 Análises laboratoriais (0)


 Áudio (0)
 Imagens (0)
 Modelos 3D (0)
 Tabelas (2)
 Vídeo (0)
Intoxicação ou envenenamento é o efeito prejudicial que ocorre quando uma
substância tóxica é ingerida, inalada ou entra em contato com a pele, os olhos ou
as membranas mucosas, como as da boca ou do nariz.

 As possíveis substâncias venenosas incluem medicamentos com e sem


prescrição médica, drogas ilícitas, gases, produtos químicos, vitaminas,
alimentos, cogumelos, plantas e veneno de animais.
 Alguns venenos não causam danos, enquanto outros podem causar danos graves
ou morte.
 O diagnóstico baseia-se nos sintomas, nas informações recolhidas das pessoas
envenenadas e testemunhas e, por vezes, nos exames de sangue e de urina.
 Os medicamentos devem ser sempre armazenados nos recipientes originais, com
proteção para crianças e fora do alcance delas.
 O tratamento inclui dar suporte às funções orgânicas da pessoa, evitando a
absorção adicional do veneno, aumentando a eliminação do veneno e, às vezes,
administrando um antiveneno específico.

Todos os anos mais de 2 milhões de pessoas sofrem algum tipo de envenenamento nos
Estados Unidos. Medicamentos com e sem prescrição médica e drogas são fontes
comuns de envenenamentos sérios e de mortes devido a envenenamentos
(consulte Intoxicação por paracetamol  e Intoxicação por aspirina ). Outros venenos
comuns incluem gases (por exemplo, monóxido de carbono ), produtos domésticos
(consulte Intoxicação por substâncias cáusticas ), produtos agrícolas, plantas, metais
pesados (por exemplo, ferro e chumbo), vitaminas, veneno de animais e alimentos
(principalmente certas espécies de cogumelos e peixes ósseos e mariscos ). No entanto,
quase qualquer substância ingerida em grandes quantidades pode ser tóxica
(venenosa).
Intoxicação acidental
O envenenamento é a causa mais frequente de acidentes não fatais em casa. As
crianças, devido à sua curiosidade e tendência para explorar, são especialmente
vulneráveis à intoxicação acidental em casa, assim como os idosos, geralmente devido
a uma confusão com os medicamentos que deveriam tomar. Como as crianças
geralmente partilham comprimidos e substâncias encontrados, irmãos e amiguinhos
podem também ter sido envenenados. Pessoas internadas também são vulneráveis à
intoxicação acidental (por erros com medicamentos), bem como trabalhadores
industriais (devido à exposição a produtos químicos tóxicos).

Intoxicação deliberada
A intoxicação pode, ainda, ser intencional, no caso de homicídio ou suicídio. A
maioria dos adultos que tenta se suicidar por intoxicação ingere mais de um
medicamento e álcool. A intoxicação pode ser usada para incapacitar uma pessoa (por
exemplo, para estuprá-la ou roubá-la). Raramente, pais com perturbações psiquiátricas
envenenam seus filhos para causar doença e, desta forma, obter assistência médica
(um distúrbio chamado transtorno factício imposto a outro , previamente chamado
Síndrome de Munchausen por procuração).
Sintomas de intoxicação
Os sintomas causados por intoxicação dependem do veneno, da quantidade ingerida,
da idade e do estado de saúde da pessoa que o toma. Alguns venenos não são muito
potentes e causam problemas apenas em razão de uma exposição prolongada ou
ingestão repetida de grandes quantidades. Outros venenos são tão potentes que uma
única gota sobre a pele pode provocar sintomas graves.

Alguns venenos causam sintomas numa questão de segundos, ao passo que outros
somente o fazem várias horas, dias ou mesmo anos depois. Alguns venenos originam
poucos sintomas óbvios até já terem causado danos nos órgãos vitais, como nos rins
ou no fígado, por vezes permanentemente.

Toxinas ingeridas e absorvidas geralmente causam sintomas no corpo todo, muitas


vezes porque privam as células do organismo de oxigênio ou porque ativam ou
bloqueiam enzimas e receptores. Os sintomas podem incluir alterações de consciência,
temperatura corporal, frequência cardíaca, respiração e muitas outras, dependendo dos
órgãos afetados.
Substâncias cáusticas ou irritantes danificam as membranas mucosas da boca,
garganta, do trato gastrointestinal e dos pulmões causando dor, tosse, vômito e falta de
ar.
O contato da pele com toxinas pode causar vários sintomas, por exemplo, erupções
cutâneas, dor e formação de bolhas. Exposições prolongadas podem causar dermatite.
O contato dos olhos com toxinas pode danificar o olho, causando dor ocular,
vermelhidão e perda de visão.
Alguns produtos de limpeza domésticos não tóxicos*
Alguns produtos de limpeza domésticos não tóxicos*

Adesivos
Antiácidos
Óleo de banho†
Brinquedos de banheira (flutuantes)
Alvejante (concentração doméstica: menos de 6% de hipoclorito de sódio e menos de
0,5% de hidróxido de sódio)
Condicionadores para o corpo
Sabões para o banho (detergentes)†
Velas
Carbowax (Polietilenoglicol)
Carboximetilcelulose (material de desidratação com película, livros e outros produtos)
Óleo de rícino
Álcool cetílico (também chamado óleo palmitílico, uma substância usada em
determinados produtos cosméticos, tais como xampus e condicionadores)
Calcita (carbonato de cálcio)
Colônias
Contraceptivos
Corticosteroides (aplicados na pele)
Cosméticos
Lápis de cera
Desodorantes
Desodorizantes, sprays e refrescantes
Creme e pomada para eritema causado por fralda
Pilha seca (alcalina)
Amaciadores de roupa
Produtos brilhantes, tais como bastões luminosos e colares brilhantes
Glicerol
Monoestearato de glicerilo
Grafite
Gomas (tais como acácia, ágar e ghatti)
Loções e cremes para as mãos
Peróxido de hidrogênio (3% medicinal)
Incenso
Marcadores permanentes
Tinta (a quantidade em uma caneta esferográfica)
Sais de iodeto
Caulim (argila branca)
Lanolina
Lápis de “chumbo” (que na verdade são feitos de grafite)
Ácido linoleico
Óleo de linhaça (não aquecido)
Marcadores mágicos
Fósforos
Metilcelulose
Óleo mineral†
Massa de modelagem
Jornal
Tinta (aquarela ou à base de água)
Perfumes
Vaselina
Alimentos vegetais (domésticos)
Polietilenoglicol, tal como estearato de polietilenoglicol
Polissorbato
Massa de vidraceiro
Sachês (óleos essenciais, pós)
Loções e cremes de barbear
Sílica (dióxido de silício)
Sabonete e produtos de limpeza para pele (incluindo sabonete para as mãos)
Espermacete
Amido e apresto
Ácido esteárico
Protetores solares
Talco (exceto quando inalado)
Dióxido de titânio
Pasta de dentes com ou sem flúor
Triacetina (triacetato glicérico)
Vitaminas (suplementos multivitaminados para crianças com ou sem ferro)
Vitaminas (suplementos multivitaminados sem ferro)
Cera ou parafina
Óxido de zinco
Óxido de zircônio

* Quase qualquer substância ingerida em grandes quantidades pode ser tóxica.

† Substâncias moderadamente viscosas (espessas), como óleos e detergentes, não são


tóxicas quando ingeridas, mas podem causar lesões pulmonares significativas se forem
inaladas ou aspiradas em direção aos pulmões.

Primeiros socorros para intoxicação


A prioridade ao ajudar uma pessoa envenenada consiste em evitar que os colegas
também fiquem envenenados.

As pessoas expostas a gases tóxicos devem ser retiradas da fonte de gases


rapidamente, preferencialmente para um local ao ar livre, mas as tentativas de
salvamento devem ser realizadas por profissionais. Deve-se ter em conta treinamento
e precauções especiais de modo a não ficar envolvido por gases tóxicos e produtos
químicos durante tentativas de salvamento. (Consulte também Considerações gerais
sobre incidentes envolvendo armas de aniquilação .)
Nos casos de derrame de substâncias químicas, todas as roupas contaminadas,
incluindo meias, sapatos e joias, devem ser removidas imediatamente. Deve-se lavar
muito bem a pele com água e sabão. Se os olhos tiverem sido expostos, devem ser
enxaguados abundantemente com água ou salina. Socorristas devem tomar precauções
para não se contaminarem.
Se a pessoa parecer estar muito doente, é preciso contatar a assistência médica com
urgência (911 na maioria das áreas dos Estados Unidos). As testemunhas devem
realizar reanimação cardiopulmonar (RCP) , caso necessário. Se a pessoa não parecer
estar muito doente, as testemunhas podem contatar o centro antiveneno mais próximo
para obter aconselhamento. Nos Estados Unidos, é possível contatar o centro
antiveneno local através do telefone 800-222-1222. Encontram-se disponíveis mais
informações no site Web da American Association of Poison Control Centers
(www.aapcc.org ). Se a pessoa que fizer o telefonema conhecer ou conseguir descobrir
a identidade da substância tóxica e a quantidade ingerida, é possível iniciar o
tratamento no local, caso seja recomendado pelo centro antiveneno.
Os recipientes das substâncias tóxicas e todos os medicamentos que possam ter sido
ingeridos pela pessoa envenenada (incluindo produtos sem prescrição médica) devem
ser guardados e entregues ao médico ou pessoal socorrista. O centro antiveneno pode
recomendar a administração de carvão ativado  à pessoa intoxicada antes da chegada
ao hospital e, em casos raros, a administração de xarope de ipecacuanha para induzir
vômito, sobretudo quando o hospital fica a uma grande distância. Contudo, a não ser
que se encontre especificamente prescrito, o carvão e xarope de ipecacuanha não
devem ser fornecidos em casa ou pelos primeiros socorristas (tal como pessoal de
ambulâncias). O xarope de ipecacuanha possui efeitos imprevisíveis, provoca
frequentemente o vômito prolongado e pode não remover quantidades substanciais de
veneno do estômago.
Diagnóstico de intoxicação
 Identificação do veneno
 Às vezes, análises de sangue e urina
 Raramente, radiografias abdominais

A identificação do veneno é útil para o tratamento. O rótulo dos frascos e a obtenção


de informações da pessoa, de seus familiares ou de colegas de trabalho são as
melhores formas de o médico ou o centro antiveneno identificar tóxicos ou venenos.
Se não existirem rótulos, é possível identificar regularmente os medicamentos através
de suas identificações e cor no comprimido ou cápsula. Os testes de laboratório
possuem menos probabilidades de identificarem o veneno, sendo que muitos
medicamentos e venenos não podem ser prontamente identificados ou avaliados por
parte do hospital. Por vezes, no entanto, as análises da urina e do sangue podem ser
úteis para essa identificação. Por vezes, as análises do sangue revelam a gravidade do
envenenamento, mas somente com um número muito pequeno de venenos.

Os médicos examinam as pessoas para procurar sinais sugestivos de um certo tipo de


substância. Por exemplo, os médicos procuram marcas de agulhas ou marcas
reveladoras sugestivas de que a pessoa possa ter injetado drogas (consulte Uso de
drogas injetáveis ). Os médicos também examinam as pessoas para procurar sintomas
característicos de certos tipos de intoxicação. Os médicos procuram verificar se as
pessoas têm traços de uma droga ou substâncias em sua pele ou, no caso de drogas
absorvidas pela pele, se há adesivos ocultos em dobras de pele, no céu da boca ou
debaixo da língua.
No caso de determinados envenenamentos, as radiografias abdominais podem mostrar
a presença e o local das substâncias ingeridas. Os venenos que podem ser visíveis nas
radiografias incluem ferro, chumbo, arsênico, outros metais e grandes embalagens de
cocaína ou outras drogas ilícitas ingeridas pelos próprios indivíduos, chamados “body
packers” ou correios de droga (consulte Deglutição ou ocultação de drogas no corpo
para transporte ). Baterias e ímãs também são visíveis em radiografias, bem como
presas, dentes, espinhas cartilaginosas e outras partes de animais que podem quebrar e
permanecer fincadas no corpo depois do ataque ou envenenamento por um animal.
Teste de drogas
Atualmente, os kits para identificar drogas na urina podem ser adquiridos sem
prescrição médica. A precisão destes kits pode variar significativamente. Logo, os
resultados não devem ser tidos como prova do consumo ou não de uma determinada
droga. O teste deve ser realizado consultando um profissional. Caso seja realizado sem
a presença de um profissional, os resultados devem ser discutidos com um profissional
que possua experiência em testes de drogas. O profissional pode ajudar as pessoas a
interpretarem os resultados de testes e tirarem as devidas conclusões.

Prevenção de envenenamento
Nos Estados Unidos, o uso disseminado dos recipientes com proteção para crianças
com tampas de segurança diminuiu consideravelmente o número de mortes por
envenenamento em crianças com menos de 5 anos de idade. Para prevenir o
envenenamento acidental, os medicamentos e outras substâncias potencialmente
perigosas devem ser mantidos em seus recipientes originais e estes devem ser
guardados fora do alcance de crianças. Substâncias tóxicas tais como inseticidas e
agentes de limpeza não devem ser colocadas em garrafas e copos, mesmo que por
breves momentos. Outras medidas preventivas incluem

 Colocar rótulos bem evidentes nos produtos domésticos


 Guardar medicamentos (principalmente opioides) e substâncias tóxicas ou
perigosas em armários trancados e fora do alcance de crianças
 Usar detectores de monóxido de carbono

Os medicamentos fora da validade devem ser eliminados juntamente com pedras


higiênicas para gatos ou outra substância que não seja tentadora, colocando-os em um
contentor do lixo inacessível a crianças. Também é possível contatar uma farmácia
local para obter mais informações acerca da eliminação correta de medicamentos. É
aconselhável ler o rótulo antes de se tomar qualquer medicamento ou usar produtos
domésticos.

Limitar a quantidade de analgésicos sem prescrição médica em um único recipiente


reduz a gravidade dos envenenamentos, particularmente com paracetamol, aspirina ou
ibuprofeno. As marcas de identificação impressas nos comprimidos e cápsulas por
parte do fabricante do medicamento podem ajudar a prevenir confusão e erros por
parte dos farmacêuticos, profissionais da área da saúde e outros.

Você sabia que...


 Nos Estados Unidos, é possível contatar o centro antiveneno local através do
telefone 1-800-222-1222.

Tratamento de envenenamento ou intoxicação


Algumas pessoas que foram intoxicadas devem ser internadas. Com uma rápida
assistência médica, a maioria se recupera por completo.

Os princípios para o tratamento de todos os envenenamentos são idênticos:

 Suportar as funções vitais, tais como a respiração, pressão arterial, temperatura


corporal e frequência cardíaca.
 Prevenir absorção adicional
 Aumentar a eliminação do veneno
 Fornecer antídotos específicos (substâncias que eliminam, inativam ou
combatem os efeitos do veneno), se disponíveis
 Prevenir novas exposições
O objetivo comum do tratamento hospitalar é manter os pacientes com vida até que o
veneno tenha desaparecido ou tenha se tornado inativo pelo organismo. Finalmente, o
fígado inativa a maior parte das substâncias tóxicas, que também podem ser expelidas
na urina.

Prestar cuidados de apoio


O envenenamento geralmente requer tratamento e cuidados médicos designados, de
modo a estabilizar o coração, a pressão arterial e a respiração até que o veneno
desapareça ou se torne inativo. Por exemplo, uma pessoa que fique muito sonolenta ou
em estado de coma pode necessitar de um tubo de ventilação, introduzido na traqueia.
O tubo é fixo a um ventilador mecânico  que mantém a respiração da pessoa. Ele
impede que o vômito entre nos pulmões e o ventilador assegura uma respiração
adequada.
Pode igualmente ser necessário tratamento para controlar convulsões, febre ou vômito.
Se um veneno causar febre alta, a pessoa pode necessitar de ser resfriada, por
exemplo, com um cobertor de arrefecimento ou, por vezes, aplicando água fria ou gelo
na pele.

Se os rins deixarem de funcionar, deve-se recorrer à hemodiálise. Se o dano hepático


for extenso, pode ser necessário um tratamento para a insuficiência hepática . Caso o
fígado ou os rins apresentem um dano permanente grave, pode ser necessário
um transplante de fígado  ou transplante de rim .
Retirar o veneno dos olhos e da pele
Venenos nos olhos ou na pele geralmente devem ser lavados com grandes quantidades
de solução salina (soro fisiológico) ou água corrente. Às vezes, usa-se água e sabão na
pele.

Prevenir a absorção de substâncias tóxicas


Muito poucos venenos ingeridos são absorvidos tão rapidamente que não seja possível
tentar medidas para mantê-los fora da corrente sanguínea. No entanto, essas medidas
são eficazes apenas para certos venenos e situações.

O esvaziamento do estômago (indução de vômito ou lavagem de estômago), outrora


usado comumente, atualmente costuma ser evitado, pois remove apenas uma pequena
quantidade do veneno e pode causar complicações sérias. O esvaziamento do
estômago raramente melhora o estado do paciente. Contudo, o esvaziamento do
estômago pode ser realizado muito raramente se um veneno excepcionalmente
perigoso estiver envolvido ou se a pessoa estiver muito doente.
Neste procedimento, uma sonda é inserida pela boca até ao estômago. Através desse
tubo, é injetada água no estômago, que é drenada de imediato (lavagem gástrica). Este
procedimento é repetido várias vezes. Se as pessoas ficarem sonolentas devido ao
veneno, os médicos geralmente colocam em primeiro lugar um tubo respiratório de
plástico na traqueia (intubação endotraqueal). A intubação endotraqueal evita a
entrada do líquido da lavagem gástrica nos pulmões.

Os médicos costumavam administrar xarope de ipecacuanha, um medicamento que


causa vômito, a crianças que ingeriram substâncias venenosas. No entanto, esse
tratamento não costumava remover quantidades significativas da substância engolida.
Atualmente, os médicos usam ipecacuanha apenas para substâncias que são altamente
tóxicas e quando levaria muito tempo para levar a pessoa ao pronto-socorro. No
hospital, os médicos não administram xarope de ipecacuanha para esvaziar o
estômago visto que seus efeitos são inconsistentes.

Às vezes, os prontos-socorros de hospitais administram carvão ativado a pessoas que


ingeriram venenos. Este liga-se ao veneno que fica no aparelho digestivo e impede
que o sangue o absorva. O carvão é geralmente tomado por via oral se a pessoa estiver
alerta e cooperativa. Não é recomendado introduzir carvão ativado através de um tubo
colocado no nariz ou boca em pessoas que estão letárgicas ou não cooperativas. Por
vezes, os médicos administram carvão em intervalos de 4 a 6 horas para ajudar a
limpar o organismo do veneno. Nem todos os venenos são inativados por carvão. Por
exemplo, o carvão não se une a álcool, ferro, nem a vários produtos químicos
domésticos.
A irrigação intestinal total é um tratamento concebido para eliminar um veneno do
trato digestivo. Este método apenas é usado ocasionalmente, por exemplo, no caso de
envenenamento sério causado por venenos que ficam presos no trato digestivo ou que
necessitam ser movidos fisicamente (tais como pacotes de droga escondida
transportada clandestinamente) ou venenos que são absorvidos lentamente (tais como
alguns medicamentos de liberação sustentada) ou que não são absorvidos por carvão
ativado (tais como ferro e chumbo).
Aumentar a eliminação do veneno
Se um veneno continuar a ser potencialmente mortal, apesar do uso do carvão e
dos antídotos, pode ser necessário um tratamento mais complexo. Os tratamentos mais
comuns são hemodiálise e hemoperfusão com carvão.
No caso da hemodiálise, é utilizado um rim artificial (dialisador) para filtrar os
venenos diretamente da circulação sanguínea.
Na hemoperfusão com carvão, o sangue da pessoa passa sobre o carvão ativado para
ajudar a eliminar os venenos (consulte a tabela Hemofiltração e hemoperfusão: outras
maneiras de filtrar o sangue ).
Em qualquer um desses métodos introduzem-se pequenos tubos (cateteres) nos vasos
sanguíneos, um tubo para drenar o sangue de uma artéria e outro para devolver o
sangue a uma veia. Antes de ser devolvido ao organismo, o sangue passa por filtros
especiais para eliminar a substância tóxica antes de regressar ao corpo.

Às vezes é usada a diurese alcalina. Com este procedimento, é administrada uma


solução contendo bicarbonato de sódio por via intravenosa para tornar a urina mais
alcalina ou básica (em vez de ácida). Isto pode aumentar a excreção de determinados
medicamentos (tais como aspirina e barbitúricos) na urina.
Antídotos
Apesar de a maioria dos venenos e medicamentos não possuir antídotos específicos
(ao contrário da percepção popular proveniente da televisão e de filmes), alguns têm,
de fato, antídotos próprios. Algumas substâncias comuns que podem necessitar de
antídotos específicos incluem paracetamol (o antídoto é a N -acetilcisteína ) e opioides
como heroína e fentanila (o antídoto é a naloxona). Algumas mordidas e picadas
venenosas também têm antídotos (consulte Mordidas de serpentes ). Nem todas as
pessoas que foram expostas a um veneno precisam tomar seu antídoto. Muitas pessoas
recuperam espontaneamente. Mas, no caso de envenenamento grave, os antídotos
podem salvar a vida da pessoa.
TABELA

Antídotos específicos comuns


Avaliação da saúde mental
Pessoas que tentam suicídio  por envenenamento necessitam de uma avaliação
psiquiátrica, bem como de um tratamento apropriado.

Envenenamento

O envenenamento ou intoxicação aguda ocorre quando uma pessoa inala, entra em


contato direto com a pele ou ingere alguma substância tóxica. A maior parte dos casos
de envenenamento ocorre dentro de casa, envolvendo crianças. O mais seguro é guardar
inseticidas, remédios, produtos de limpeza e outros produtos tóxicos dentro de armários
trancados.

O envenenamento pode acontecer quando a pessoa respira alguma substância tóxica,


como fumaça negra, vapor de gasolina ou gás de cozinha; quando tem contato direto
com produtos químicos ou encosta a pele em alguma espécie de planta venenosa;
quando engole acidentalmente ou em grandes quantidades alguma substância tóxica,
como alimentos deteriorados, produtos de limpeza, inseticidas ou remédios; quando é
picada por insetos ou animais venenosos, como cobras, escorpiões, aranhas.

Em qualquer situação de envenenamento, coloque a vítima deitada, observe sua


respiração e, se for necessário, aplique a técnica de respiração artificial (boca-a-boca);
aqueça a vítima para evitar estado de choque e eleve suas pernas (se não houver suspeita
de lesão na coluna). O socorro médico é indispensável.

Como suspeitar de que alguém está envenenado:

– vestígios de substâncias tóxicas, químicas ou naturais na boca ou na pele da vítima,


indicando que ela tenha mastigado, engolido, aspirado ou entrado em contato com tais
substâncias;
– hálito diferente;
– coloração dos lábios e do interior da boca alteradas;
– respiração fraca;
– temperatura baixa;
– dor ou queimação na boca, garganta ou estômago;
– confusão mental, sonolência ou mesmo inconsciência;
– estado de coma, alucinações e delírios;
– diminuição ou retenção do fluxo urinário;
– hemorragias (sangramentos);
– lesões na pele, vermelhidão ou queimaduras;
– enjôos, vômitos, muito suor, salivação e convulsões.

O que é Alergia?

O que é alergia?
A alergia é uma resposta exagerada e excessiva do sistema imunológico contra
substâncias diversas que entram em contato com o organismo, seja pela via respiratória,
pela via cutânea ou até mesmo por ingestão. 
Essas substâncias podem ser bastante variadas e são chamadas de alérgenos. Alguns
exemplos de causadores comuns de alergia incluem os ácaros, presentes na poeira, os
fungos, certos tipos de medicamentos, os pelos de animais domésticos, nozes de todas
as variedades, a picada de um inseto, certos tipos de plantas, alguns frutos do mar, o
pólen das flores e alguns metais, como a prata.
Algumas pessoas podem ainda ter alergias peculiares, como a alergia ao suor, chamada
também de alergia ao calor porque acontece com mais frequência durante o verão,
quando suamos com mais intensidade. Quem tem esse tipo de alergia fica, por exemplo,
com bolhas avermelhadas no pescoço e nas regiões onde o suor acontece com mais
intensidade, como as axilas, além de coceira intensa.
Na alergia, o próprio corpo ataca a si mesmo, causando diversas consequências, que
podem ser mais ou menos graves. Algumas pessoas também são mais sensíveis que as
outras, sendo assim, uma substância pode causar uma grande reação alérgica em uma
pessoa, enquanto outras não sentem nada de diferente ou adverso e outras ainda sentem
leves reações, como um olho que fica mais seco ou pequenas erupções que surgem na
pele.
É por conta dessa sensibilidade e hipersensibilidade que os sintomas de alergia são tão
variados. Eles variam diretamente de acordo com os tipos de alergia que a pessoa
possui.
Muitas pessoas sentem a alergia na pele, apresentando erupções cutâneas, bolhas,
vermelhidão, coceira intensa na pele e inchaço, enquanto outras sentem sintomas
respiratórios, como coriza constante, espirros, tosse, chiado no peito e dificuldade para
respirar, causados pela alergia respiratória. 
A alergia alimentar se apresenta por meio de sintomas como diarreia, náusea, vômitos e
até mesmo erupções cutâneas, com direito a um formigamento na região dos lábios.
Na alergia ocular, a pessoa acaba ficando com o olho mais seco ou que lacrimeja mais
do que o normal, causando uma conjuntivite alérgica.
Dependendo da sensibilidade da pessoa em relação à substância, ela pode entrar em um
processo chamado anafilaxia ou choque anafilático. Nele, o sistema imunológico toma
atitudes extremas, com o objetivo de defender o organismo desse “ataque” feito pela
substância causadora de alergia. A glote, que é a estrutura do trato gastrointestinal
responsável por impedir a passagem de comida ao pulmão, se fecha, impedindo que a
pessoa consiga respirar normalmente. Na anafilaxia, a língua fica inchada, há variações
na pressão arterial, os olhos incham bastante e a pessoa deixa de enxergar. Outros
sintomas, como vômitos, também podem acontecer, dependendo diretamente da
sensibilidade que a pessoa tenha.
Esse choque anafilático é uma ameaça à vida e, quando um indivíduo possui uma
hipersensibilidade assim, pode ter que carregar consigo medicamentos como a
epinefrina, que aliviam os efeitos do choque anafilático, para ter uma ação rápida caso
ele entre acidentalmente em contato com o alérgeno.

Alergia é uma resposta exagerada do sistema imunológico após a exposição a uma


série de agentes, em indivíduos predispostos geneticamente. É também chamada de
reação de hipersensibilidade.
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Agentes que costumam causar alergias são:

 Ácaros

 Fungos

 Insetos

 Pelos de animais

 Pólen

 Alimentos

 Medicamentos

A herança genética é a base para se ter alergia. Entretanto, ela só será desencadeada
com a exposição a fatores ambientais.

Pode atingir indivíduos em qualquer faixa etária, sendo atualmente considerada um


problema de saúde pública por acometer cerca de 10% a 20% da população mundial,
comprometendo de forma significativa a qualidade de vida de adultos e crianças.

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A gravidade das alergias varia de pessoa para pessoa e pode causar desde uma
irritação menor a anafilaxia - uma emergência potencialmente fatal.

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Embora a maioria das alergias não possa ser curada, os tratamentos podem ajudar a
aliviar os sintomas da alergia.

Causas

As alergias, em geral, têm vários fatores causais, dependendo de cada tipo.

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Por exemplo, uma pessoa com rinite pode ter alergia a ácaros (que ficam no pó de
casa).

Uma criança pode ser alérgica a leite, podendo apresentar diarreia, lesões de pele,
inchaço nos lábios ou sintomas respiratórios.

Tipos

Existem algumas doenças alérgicas como:

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Alergia respiratória

As alergias respiratórias são doenças inflamatórias crônicas que acometem as vias


respiratórias, sendo a asma e a rinite alérgica as doenças mais comuns.

Asma: A asma se manifesta clinicamente por crises de falta de ar ou cansaço, chiado


no peito e sensação de aperto no peito, geralmente acompanhada de tosse. Cerca de
80% dos pacientes que tem asma, apresentam também rinite.
Os principais fatores desencadeantes das crises de asma são: a exposição aos
alérgenos inalantes como ácaros da poeira de casa, fungos (mofo), pelos de animais,
baratas, pólens e fatores irritantes como:

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 Odores fortes
 Mudanças de temperatura

 Fumaças e poluição

 Infecções causadas por vírus e bactérias

 Alguns tipos de medicamentos

 Fatores emocionais

 Exercício físico

 Refluxo gastroesofágico

 Fatores relacionados ao trabalho

Rinite alérgica: A rinite alérgica  manifesta-se por crises de espirros repetidos,


coriza liquida e abundante, coceira (em nariz, olhos, garganta e ouvidos), congestão
nasal, alteração do olfato e do paladar, olhos avermelhados e irritados.

Nos casos de gotejamento de secreção pós-nasal e sinusite associada, pode


ocorrer tosse, em geral, seca e com piora noturna acentuada.
A repetição das crises de rinite pode desencadear complicações como infecções
(sinusite, amigdalites, faringites e otites repetidas), levando à necessidade de uso
repetido de antibióticos.
O diagnóstico da rinite alérgica e asma se baseia em uma análise do histórico dos
antecedentes pessoais e familiares, dos sintomas, aliados aos achados do exame
físico. Os testes alérgicos realizados na pele ou no sangue definem o diagnóstico
etiológico.

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O tratamento se baseia em:

 Avaliação e controle de fatores que podem causar ou agravar a doença

 Controle dos ácaros da poeira no ambiente da casa, em especial no dormitório do


alérgico

 Uso de medicamentos, utilizados no alívio das crises, controle da doença e prevenção de


novas crises

 Imunoterapia (vacina para alergia), que é o único tratamento capaz de modificar a


história natural da doença

Alergia a ácaros: Os ácaros são os principais responsáveis (dentre este grupo) pelo
sintoma de alergia respiratória.
São seres não visíveis a olho nu e suas fezes representam o maior grau de
alergenicidade do ácaro. Alimentam-se de pele descamada, de fungos e de outras
substâncias ricas em proteína.
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Desenvolvem-se em locais com muito pó, com temperatura entre 18 a 26 graus,


pouca luminosidade e umidade maior que 50%. São encontrados em colchões,
travesseiros, tapetes, carpetes, brinquedos de pelúcia, etc.

Alergia a fungos: Os fungos são encontrados em suspensão no ar e em ambientes


fechados como sótãos, porões, armários, malas, podendo aparecer também em
banheiros, cozinhas, nos rejuntes de azulejos, em umidificadores e em locais quentes
e mal ventilados.
São seres que gostam muito de umidade e por isso abundantes em regiões próximas
ao mar.

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Locais com umidade elevada e poeira podem ser uma ótima oportunidade para
instalação de fungos, por isso podem estar presentes também em ar condicionado sem
manutenção, colchões e travesseiros.

Alergia a animais: A alergia a animais prevalece em cachorros e gatos, porém, ao


contrário do que pensam, os pelos não são considerados os mais alergênicos: as
proteínas da saliva e urina ligadas ao pelo são os alérgenos mais importantes, assim
como o epitélio descamado, que são as caspas.
Os antígenos podem ser carregados nas roupas para as escolas, escritórios,
automóveis, locais onde o animal nunca apareceu.

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Alergia a pólen: Os pólens são grãos microscópicos destinados à fecundação das


plantas. Determinadas espécies são levadas pelo ar numa época determinada chamada
de período de polinização.
Os grãos de pólens das plantas produzem alergia respiratória por inalação. A doença
polínica é mais frequente nas regiões da Europa, Argentina e Estados Unidos.

No Brasil pode ser encontrada essa alergia principalmente nos estados da região Sul.

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Entenda mais sobre os sintomas, fatores de risco e tratamento para alergias


respiratórias !
Alergia na pele

As alergias na pele são doenças que também atingem indivíduos que tenham
tendência hereditária (genética). As principais manifestações são: dermatite atópica ,
dermatite de contato, urticária , angioedema e estrófulo (alergia a picadas de
mosquitos e pulgas).
Dermatite atópica : As manifestações estão relacionadas com uma predisposição
genética (hereditária) para maior produção de anticorpos IgE, determinado uma
hiper-reatividade da pele, em que os pacientes reagem exageradamente aos estímulos
ambientais (alérgenos e irritantes).
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Manifesta-se como eczema, que são lesões inflamatórias crônicas e/ou recorrentes da


pele, acompanhadas de coceira intensa e pele seca.
As localizações das lesões variam com a idade e podem se manifestar de forma leve
até casos graves, onde as lesões são intensas e disseminadas.

Dermatite de contato : As reações a substâncias em contato com a pele podem


ocorrer pela ação direta sobre a pele (dermatite de contato irritativa, por exemplo, a
detergentes e água sanitária) e por mecanismos alérgicos, por exemplo, bijuterias e
esmaltes.
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Caracteriza-se pelo aparecimento da lesão na área da pele que entrou em contato com
o alérgeno, e a base do tratamento consiste na descoberta da causa e seu afastamento.

Urticária: É multifatorial, podendo ser desencadeada por alimentos, medicamentos,


picadas de insetos himenópteros (abelha, vespa e formiga), infecções, doenças
autoimunes, doenças hematológicas, distúrbios hormonais... E uma parcela pode ser
idiopática, onde a causa não é detectada ou não identificável.
As lesões são em forma de placas avermelhadas, com coceira intensa, de localização
variável e duração fugaz. As urticárias podem ser agudas ou crônicas (as que tem
mais de 6 semanas de evolução).

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O tratamento consiste em identificar a causa que originou o problema, com base na


história clínica e em exames complementares.

O tratamento com anti-histamínicos serve para alívio dos sintomas e geralmente


tende a ser de uso prolongado, e por mais que não se tenha a cura, é possível obter
melhor qualidade de vida.

Denomina-se angioedema quando atinge as camadas mais profundas da pele,


atingindo lábios, pálpebras, mãos, pés, genital e face.
Estrófulo: Refere-se as alergias causadas por picadas de insetos, como pernilongo,
borrachudos, mosquitos e pulgas.
Alergia ao látex: A alergia a látex é definida como uma reação imunológica contra
as partículas do látex da borracha natural após sensibilização prévia. É preciso,
portanto, haver um contato anterior para que ocorra a reação.
Conheça os sintomas, diagnóstico e tratamento para alergia de pele !
Alergia alimentar
A maioria dos casos de reações adversas aos alimentos são de origem não-alérgica,
como é o caso das reações tóxicas (diarreia  após ingestão de alimentos com toxinas
bacterianas) e as intolerâncias alimentares (por dificuldade de digestão do alimento,
como nos casos de intolerância à lactose).
Em se tratando de alergia alimentar, é necessário o envolvimento do sistema
imunológico que responde de forma exagerada e anormal contra constituintes dos
alimentos independentemente da quantidade ingerida, e constituem ainda um grande
desafio quanto ao diagnóstico e tratamento.

As principais manifestações de alergia alimentar são: dermatológicas


(urticária, angioedema, dermatite atópica), gastrointestinais (vômitos e diarreia)
e anafilaxia.
Vários alimentos podem causar reações alérgica:

 Leite de vaca

 Ovo

 Amendoim

 Soja

 Peixes e frutos do mar, sendo que o camarão é a principal causa de alergia alimentar em
adultos no nosso país

 Nozes

Saiba quais são os sintomas, diagnóstico e tratamento para alergia alimentar !


Alergia a medicamentos

A Alergia a medicamentos, ou alergia medicamentosa, é uma reação adversa,


segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), com qualquer efeito
nocivo, não-intencional e indesejado de uma droga, observado nas doses terapêuticas
habituais em seres humanos para fins terapêuticos, profiláticos ou diagnósticos.

As reações adversas a medicamentos classificam-se em previsíveis e imprevisíveis.

A alergia medicamentosa ocorre quando há envolvimento do sistema imunológico,


que interpreta o medicamento como uma substância que causará algum dano ao corpo
e o ataca.

Na primeira vez que isso ocorre, um anticorpo específico é acionado. A partir da


segunda exposição haverá uma manifestação clínica.

Conheça os sintomas, diagnóstico e tratamento para alergia medicamentosa


aqui.
Alergia ocular (conjuntivite alérgica)

A conjuntivite  alérgica é causada por reação de hipersensibilidade tipo I e relaciona-


se intimamente com exposição direta ao alérgeno. É a forma mais comum de alergia
ocular.
Saiba mais sobre os sintomas, tratamentos e complicações da conjuntivite
alérgica .
Sintomas

Sintomas de alergia, que dependem da substância envolvida, podem afetar suas vias
aéreas, passagens e seios nasais, pele e sistema digestivo. As reações alérgicas podem
variar de leves a graves.

Em alguns casos graves, as alergias podem desencadear uma reação fatal conhecida
como anafilaxia .
A rinite alérgica pode causar:
 Espirros

 Comichão no nariz, olhos ou no céu da boca

 Coriza (nariz escorrendo, entupido)

 Olhos lacrimejantes, vermelhos ou inchados (conjuntivite)

Uma alergia alimentar pode causar:


 Formigamento na boca

 Inchaço dos lábios, língua, face ou garganta

 Urticária

 Anafilaxia

Uma alergia a picadas de insetos pode causar:


 Grande área de inchaço (edema) no local da picada
 Coceira ou urticária em todo o corpo

 Tosse, aperto no peito, chiado ou falta de ar

 Anafilaxia

Uma alergia a medicamentos pode causar:


 Urticária

 Comichão na pele

 Erupção cutânea

 Edema facial
 Chiado

 Anafilaxia

A alergia na pele pode apresentar os seguintes sintomas:


 Vermelhidão

 Inchaço (edema)

 Coceira ou urticária em todo o corpo

 Descamação

 Irritação

 Manchas ou de borbulhas (bolhas avermelhadas ou brancas)

 Anafilaxia

Saiba mais: Entenda o que é uma anafilaxia e veja seus sintomas e primeiros


socorros.

Por conta da imunidade que está se


formando ainda, alergia dermatológica costuma ser comum em bebês e precisa de
atenção - Foto: Shutterstock

Diagnóstico

O diagnóstico das alergias e doenças alérgicas é realizado principalmente por meio


do histórico clínico e do exame físico do paciente. Quando necessário, exames são
utilizados para complementação e/ou confirmação do diagnóstico clínico.

Fatores de risco

Uma pessoa pode desenvolver uma alergia em qualquer idade, mas você pode estar
mais propenso a desenvolver uma alergia se:
 Tiver um histórico familiar de asma ou alergias, como, urticária e rinite

 Tiver asma ou outra condição alérgica


Exames

Os principais exames utilizados em alergia são:

 Testes cutâneos de leitura imediata e de contato

 Exames laboratoriais, como a dosagem de IgE total e IgE específica no sangue

 Diagnóstico por imagem, como radiografia e tomografia


 Testes de provocação

 Dietas de eliminação

Na consulta médica

Especialistas que podem diagnosticar as alergias são:

 Clínico geral

 Pediatra

 Alergista

 Imunologista.

Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo.


Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:

 Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram;

 Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou


suplementos que ele tome com regularidade;

 Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.

O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:

 Você esteve resfriado ou teve alguma infecção respiratória recentemente?

 Seus sintomas tendem a piorar em algum horário?

 Existe alguma coisa que parece melhorar ou piorar seus sintomas?

 Você tem animais? Se sim, eles dormem com você?


 Você fuma?

Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela
mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas
relevantes antes da consulta acabar. Para alergia, algumas perguntas básicas incluem:

 Quais as prováveis causas para meus sintomas?

 Existem outras prováveis causas?

 Preciso fazer testes de alergia?

 Eu preciso procurar um alergista?

 Qual tratamento você recomenda?

 Eu tenho outras condições de saúde, como posso conciliar elas?

Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta.

Buscando ajuda médica

Qualquer pessoa com sintomas de alergia deve procurar o especialista, mas se os


sintomas forem graves (falta de ar, inchaço nos lábios ou olhos) a procura pelo
serviço de emergência é indicada.

Tratamento

A alergia e as doenças alérgicas são tratadas com a associação do tratamento clinico


às medidas de controle ambiental, para o sucesso e controle do quadro.

Em caso de falha no tratamento clínico, pode-se utilizar a imunoterapia alergeno-


específica, que é o único tratamento que interfere no mecanismo básico da doença
alérgica.

Saiba mais: Vídeo: especialista tira dúvidas sobre alergias


Medicamentos

Os medicamentos mais usados para o tratamento de alergias são:

 Anti-histamínicos orais, também chamados de anti-alérgicos: primeira geração (ou


sedantes) e segunda geração (ou não sedantes)

 Anti histamínicos orais associados a descongestionantes sistêmicos


 Anti histamínicos tópico nasal

 Corticoides sistêmicos

 Corticoides intra nasais

 Corticoides pulmonares (associados ou não aos bronco dilatadores de longa duração)

 Corticoides tópicos para uso cutâneo

 Vasoconstritores tópicos nasais

Imunoterapia

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso das vacinas com alérgenos
está indicado em pacientes que apresentam reações graves (anafiláticas) a insetos
(abelhas, vespas, marimbondos e formigas) e nos indivíduos sensíveis a alérgenos
ambientais que apresentem manifestações clínicas, como rinite, asma, conjuntivite.
Medicamentos

Os medicamentos mais usados para o tratamento de alergias são:

 Afrin

 Androcortil
 Allegra
 Budecort Aqua
 Dexametasona
 Dexclorfeniramina

 Fenergan Expectorante
 Loratadina
 Prednisona
 Polaramine
 Claritin
 Claritin D
 Coristina D
 CremeFenergan
 Decongex
 Decongex Plus

 Dexason
 Drenison
 Fenergan
 Fenergan Expectorante
 Hixizine
 Loratamed
 Maleato de Dexclorfeniramina (gotas)
 Maleato de Dexclorfeniramina (xarope)
 Maleato de Dexclorfeniramina + Sulfato de Pseudoefedrina + Guaifenesina
 Meticorten
 Oto Betnovate

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso,
bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as
orientações do seu médico e NUNCA se automedique.

Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo


mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as
instruções na bula.

Tem cura?

De maneira geral, falamos em controle da alergia porque a pessoa precisa evitar os


fatores desencadeantes por toda a vida, mas o tratamento é bastante efetivo.

Prevenção

Em termos de prevenção, a orientação de aleitamento materno por pelo menos 4


meses teria um efeito benéfico na diminuição do aparecimento de alergias.

Existe muita discussão a respeito dos probióticos e prebióticos, mas não há uma
definição ainda sobre os seus efeitos.

Convivendo (Prognóstico)

Dicas para uma casa saudável

 Ventilação: manter janelas abertas durante o dia. Não tenha receio: vento não faz mal

 Móveis: o mobiliário deve ser simples, com bordas lisas e de fácil limpeza

 A limpeza: deve ser feita diariamente, com água, sabão e produtos de limpeza
adequados. Evitar produtos com odor ativo, como os derivados de amoníaco. Evitar,
também, usar vassouras e espanadores, bem como aspiradores que não tenham filtros
para reter partículas bem pequenas

 Colchões e travesseiros: trocar travesseiros uma vez por ano e preferir modelos com
espuma inteiriça. Evitar penas ou flocos. Encapar colchões e travesseiros com capas
especiais contra ácaros e trocar as roupas de cama semanalmente
 Animais: evitar no quarto de dormir

 Cuidados no armazenamento de roupas: lavar roupas guardadas antes do uso

 Controle de fatores irritantes: fumaça de cigarro, odores e umidade.

Saiba mais: Vídeo: aprenda a deixar sua casa com ar mais saudável


Dicas para alergias

Dicas para prevenir e combater alergias em casa

 Ventilação: manter janelas abertas durante o dia. Não tenha receio, vento não faz mal.
 Móveis: o mobiliário deve ser simples, com bordas lisas e de fácil limpeza.
 Limpeza: deve ser diária, com pano úmido com água, sabão e produtos de limpeza
adequados. Evitar produtos com odor ativo, como os derivados de amoníaco. Evitar,
também, usar vassouras e espanadores, bem como aspiradores que não tenham filtros
para reter partículas bem pequenas. Não esquecer da limpeza de ventiladores e dos
filtros do ar-condicionado. Consertar focos de infiltração e umidade.
 Colchões e travesseiros: trocar travesseiros uma vez por ano e preferir modelos com
espuma inteiriça. Evitar penas ou flocos. Encapar colchões e travesseiros com capas
especiais contra ácaros e trocar as roupas de cama semanalmente.
 Animais: evitar no quarto de dormir.
 Cuidados no armazenamento de roupas: lavar roupas guardadas antes do uso
 Controle de fatores irritantes: fumaça de cigarro, odores, perfumes fortes e umidade.
Complicações possíveis

Anafilaxia ou choque anafilático

A anafilaxia (popularmente conhecida como “choque anafilático”) é uma reação


alérgica grave, generalizada, podendo acometer diversos órgãos e sistemas.
As causas mais comuns de anafilaxia são:

 Alimentos

 Medicamentos

 Látex

 Veneno de insetos

Saiba mais: Vídeo: aprenda a respirar corretamente


O diagnóstico é clínico e acompanha-se de placas vermelhas na pele, falta de ar,
chiado no peito, cólicas abdominais, aceleração cardíaca, alteração da pressão
arterial, podendo evoluir para choque e óbito.

A anafilaxia pode ser evitada em muitos casos por meio da correta investigação de
reações alérgicas anteriores e pela adoção de cuidados preventivos.
O uso da adrenalina pode salvar vidas quando aplicada precocemente evitando as
reações mais graves.

É uma emergência médica que requer cuidado imediato e um acompanhamento


posterior com o alergista.

Links Úteis

Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia


Associação Brasileira de Asmáticos
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Referências

Intoxicações e Envenenamentos

Devemos fazer tudo para que nossa casa seja um lugar seguro. Para tanto devemos
observar importantes itens de segurança.

Nas residências são utilizados vários produtos químicos, tornando-se necessário o


conhecimento dos efeitos dos mesmos para que se evitar danos à
saúde. Numerosas substâncias químicas são potencialmente tóxicas para adultos,
crianças e animais domésticos.

Curiosidade é um estágio natural do desenvolvimento da criança, por isso devemos


prevenir contra os risco de envenenamento e intoxicação não acidental.

Quando expostas ao veneno, as crianças sofrem conseqüências mais sérias, pois elas são
menores, têm metabolismo rápido e seus organismos são menos capazes de lidar com
toxinas químicas.

Procure conhecer as substâncias químicas que você adquire e armazena em sua casa.

Intoxicações ou envenenamentos e até mesmo incêndios podem ocorrer por negligência


ou ignorância no manuseio de substâncias químicas tóxicas.

Intoxicação é a introdução de uma substância tóxica no organismo. As intoxicações


podem ocorrer por medicamentos e por substâncias químicas. Existem vários tipos de
intoxicação, mas os acidentes em geral ocorrem com a ingestão de excesso de
medicamentos ou por substâncias químicas.

Fatores importantes do processo de intoxicação:


 tempo de exposição - quanto maior for o tempo em que a pessoa ficou exposta
aos produtos químicos, maiores serão as possibilidades deste produto causar
danos à sua saúde.
 concentração do agente - quanto maior for a concentração do agente químico,
maior será a chance de poder causar um efeito danoso à saúde.
 toxicidade - algumas substâncias são mais tóxicas que outras, se comparadas a
uma mesma concentração.
 natureza da substância química – se é um gás, um líquido, vapor, etc. Isto tem
relação com a forma de entrada deste tóxico no organismo, que veremos mais
abaixo.
 susceptibilidade individual - algumas pessoas são mais sensíveis do que outras a
determinados agentes químicos.

A absorção das substâncias químicas pelo organismo humano se dá por diferentes


formas:

 Por inalação – podemos absorver uma substância química nociva pela


respiração, quando estamos em um local contaminado.
 Pela pele - certas substâncias podem penetrar no organismo através da pele,
mesmo que o contato seja breve, mesmo sem escoriações ou ferimentos.
 Por ingestão – podemos ingerir substâncias químicas nocivas acidentalmente
quando nos alimentamos em locais contaminados ou através das mãos, por
hábitos inadequados de higiene.

Quais são os efeitos destas substâncias ao nosso organismo?

 Podemos ter desde uma simples irritação até mesmo intoxicações que podem
levar à morte.
 Irritação dos olhos, nariz, garganta, pulmões ou pele, geralmente causada por
produtos que se apresentam na forma de gases ou vapores, como os vapores de
ácidos, amoníacos, solventes (removedores), cimento, poeiras, etc.
 Asfixia. Podemos exemplificar algumas substâncias químicas que são
asfixiantes: monóxido de carbono, dióxido de carbono, acetileno, metano, etc.
 Anestesia - provocada por determinados gases ou vapores que após inalados,
causam sonolência ou tonturas. Exemplos: éter etílico, acetona, clorofórmio, etc.

Intoxicações que podem ser agudas ou crônicas. O benzeno, por exemplo, pode causar
aplasia de medula e leucemia.

Como suspeitar de intoxicação e/ou envenenamento

A primeira conduta a ser tomada é a verificação se realmente houve a intoxicação ou o


envenenamento. Uma pessoa, que tenha simplesmente deglutido alguma substância, não
estará necessariamente intoxicada. Algumas substâncias são inócuas e não requerem
tratamento. Entretanto, podemos suspeitar de envenenamento ou intoxicação em
qualquer pessoa que manifeste os sinais e sintomas descritos abaixo.
 Sinais evidentes, na boca ou na pele, de que a vítima tenha mastigado, engolido,
aspirado ou estado em contato com substâncias tóxicas, como por exemplo:
salivação, aumento ou diminuição das pupilas dos olhos, sudorese excessiva,
respiração alterada e inconsciência.
 Hálito com odor estranho.
 Modificação na coloração dos lábios e interior da boca, dependendo do agente
causal.
 Dor, sensação de queimação na boca, garganta ou estomago.
 Sonolência, confusão mental, torpor ou outras alterações de consciência.
 Náuseas e vômitos.
 Diarréia.
 Lesões cutâneas, queimaduras intensas com limites bem definidos ou bolhas.
 Convulsões.
 Queda de temperatura, que se mantém abaixo do normal.
 Paralisia
 Os conhecimentos básicos de primeiros socorros são fundamentais, pois podem
salvar uma vida. Procure ler o Manual de Primeiros Socorros da Fundação
Oswaldo Cruz.

Em todos os casos de envenenamentos e intoxicações, é importante investigar da área


onde a pessoa foi encontrada, na tentativa de identificar com a maior precisão possível o
agente causador do envenenamento, ou encontrar pistas que ajudem nesta identificação.
Muitos indícios são úteis nesta dedução: frascos de remédios, produtos químicos,
materiais de limpeza, bebidas, seringas de injeção, latas de alimentos, caixas e outros
recipientes.

Muitas pessoas supõem que exista um antídoto para a maioria ou a totalidade dos
agentes tóxicos. Infelizmente isto não é verdade. Existem apenas alguns produtos
específicos para certos casos e que, mesmo assim, necessitam de orientação médica para
serem usados.

Recomendações básicas:

Pouco sabemos a respeito de muitas das substâncias químicas que são utilizadas em
qualquer lar, e por esta razão na maioria das vezes são tratadas e manuseadas como
substâncias inofensivas. Vejamos alguns exemplos:

 Os detergentes que prometem lavar mais branco, possuem em sua composição


soda caustica, fosfatos e cloro.
 Os desinfectantes possuem ácido clorídrico e amônia.
 No bar temos vinho, wisky e aguardente, que possuem na sua composição o
álcool etílico.
 O álcool que utilizamos na limpeza doméstica é álcool etílico.
 Os refrigerantes possuem na sua composição ácido fosfórico
 Os desodorizantes possuem tetracloroidróxido de alumínio e estearato.
 O agradável pinho silvestre, por exemplo, pode conter amônia e compostos
benzênicos.
 Os inseticidas "spray" possue esteres ácidos (permetrina e piridina).
 Nos perfumes e loções, que possuem um agradável aroma, poderão ser
encontrados, derivados cianídricos; derivados benzênicos e tolueno.
Como você pode ver observar é uma infinidade de substâncias químicas que nem temos
noção que aqueles produtos que consideramos “tão inofensivos” possam conter.

Porém, existem algumas recomendações que são interessantes de serem observados por
todos nós, na rotina da nossa residência:

 Fumaça e gases provenientes da queima de borracha, plástico, cloro, solventes,


detergentes, papel, etc. contém substâncias tóxicas, portanto, devemos eliminar a
fonte da fumaça e ventilar o ambiente.
 Não guardar produtos como soda cáustica, querosene, detergentes, álcool, água
sanitária, removedores, amoníaco e desinfectantes em geral embaixo da pia,
tanque ou na parte baixa de armários de banheiros, cozinhas e áreas de
serviços, pois são locais de fácil acesso para crianças.
 O uso de qualquer medicamento deve ser feito com orientação médica. Guardar
fora do alcance de crianças. Os psicotrópicos (tranqüilizantes, hipnóticos, etc)
devem ser mantidos em locais trancados.
 Não ligar o automóvel em garagem fechada.
 Evitar a permanência de pessoas perto da descarga de veículo.
 Não comprar enlatados cujas embalagens estejam velhas, estufadas ou
enferrujadas.

Plantas tóxicas

Se você tem plantas tóxicas em casa do tipo: “comigo ninguém pode”, mamona,


pinhão paraguaio, ou aquelas cuja seiva queima ou espinhosas tipo: coroa de cristo,
seria bom, mantê-las em locais inacessíveis a crianças.

Consulte o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas –


SINITOX da FIOCRUZ

É importante você ensinar as crianças a identificar as plantas venenosas, caso não tenha
plantas tóxicas em casa.

Animais e insetos

Existe uma série de animais e insetos que devem ser conhecidos por nós, pois podem
picar ou morder e causar infecções. Se você possui sítio ou casa de praia, cuidado com
tábuas ou materiais empilhados que eles podem estar escondendo escorpiões ou
aranhas, e se você ou seu filho gosta de andar pelo mato, usem botas para prevenir
picadas de cobra.

Ao detectar uma colméia de abelhas ou um vespeiro, evite que seus filhos fiquem por
perto, abelhas e vespas enfurecidas podem matar uma pessoa.

Informe-se de como você deve se proteger sem agredir a natureza.

Pilhas

Cuidado com as pilhas e crianças pequenas que levam a boca tudo eu encontram. Se
você notar que seu filho engoliu uma pilha cilíndrica ou do tipo botão, usada em
máquinas calculadoras e relógios, leve-o imediatamente ao médico. A ação digestiva
fará com que os elementos químicos tóxicos da pilha tais como: mercúrio, manganês,
prata e outros, sejam liberados, ocasionando sérios problemas de esôfago, estômago e
intestino.

Como proteger uma criança de um envenenamento/intoxicação:

 Guarde todos os produtos de higiene e limpeza e medicamentos trancados, fora


da vista e do alcance de crianças;
 Mantenha os produtos em suas embalagens originais. Nunca coloque um
produto tóxico em outra embalagem para que não seja confundido com algo sem
perigo;
 Saiba quais produtos domésticos são tóxicos. Produtos comuns como
enxaguantes bucais podem ser nocivos para crianças;
 Dê preferência a embalagens de segurança. Tampas de segurança não garantem
que a criança não abra a embalagem, mas podem dificultar bastante, a tempo que
alguém intervenha;
 Nunca deixe produtos venenosos, sem atenção enquanto os usa;
 Não crie novas soluções de limpeza misturando diferentes produtos designados
para outro fim;
 Sempre leia os rótulos e bulas, siga corretamente as instruções para dar remédios
às crianças, baseado no peso e idade, e use apenas o medidor que acompanha as
embalagens de medicamentos infantis;
 Nunca se refira a um medicamento como doce. Isto pode levar a criança a
pensar que não é perigoso ou que é agradável de comer. Como as crianças
tendem a imitar os adultos, evite tomar medicamentos na frente delas;
 Quando adquirir um brinquedo para a criança, certifique-se que ele é atóxico, ou
seja, não contém componentes tóxicos;
 Jogue fora medicamentos com data de validade vencida e outros venenos
potenciais. Procure em sua garagem, banheiro ou outras áreas de
armazenamento por produtos de limpeza ou de trabalho que você não utiliza;
 Instale detectores de fumaça em sua casa. É estimado que estes detectores,
projetados para soar um alarme antes que o nível de monóxido de carbono
(fumaça) acumulado seja perigoso, podem prevenir metade das mortes por
envenenamento por monóxido de carbono. Se o alarme soar, deixe a casa
imediatamente e ligue para o departamento de Bombeiros ou serviço de
emergência médica;
 Mantenha telefones de emergência próximos aos aparelhos de telefone de sua
casa. Peça para os avós, parentes e amigos fazerem o mesmo.

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