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Metabolismo de

lipídios e anatomo-
fisiologia do
pâncreas
SEÇÃO 3.2
Pâncreas: o pâncreas é uma glândula (15–25 cm) que se
localiza no abdômen posterior ao estômago, em associação
com o duodeno.
O pâncreas tem funções bioquímicas de natureza
ENDÓCRINA: produz hormônios como insulina, glucagon e
somatostatina, que regulam o metabolismo energético do
organismo.
e EXÓCRINA: envolve enzimas e sucos digestivos que são
secretados no intestino.
.
O pâncreas possui o ducto pancreático (ducto de Wirsung)
que percorre todo o pâncreas e termina na segunda porção
do duodeno (ampola de Vater). Nesse local, o ducto biliar
comum se une ao ducto pancreático.
Artérias e veias
O pâncreas recebe a artéria mesentérica superior, que
origina as artérias pancreático-duodenais inferiores.
A artéria gastroduodenal origina as artérias pancreático
duodenais superiores.
A artéria esplênica origina as artérias pancreáticas.
A drenagem venosa é feita por veias pancreáticas que
vêm das veias esplênica e mesentérica superior.
A veia porta hepática é formada pela união da veia
mesentérica superior e veia esplênica posteriormente ao
colo do pâncreas.
Geralmente, a veia mesentérica inferior se une à veia
esplênica atrás do pâncreas.
Ilhotas de Langerhans
O pâncreas é composto por ácinos (secretam sucos
digestivos no duodeno) e ilhotas de Langerhans
(secretam hormônios no sangue).

Quando essas células se cansam ou diminuem o ritmo de


trabalho, podem causar o diabetes, que, por sua vez,
regulam os níveis de glicose sanguíneos.

No entanto, o pâncreas exócrino produz enzimas que


digerem o alimento.
Existem quatro tipos de células nas ilhotas de Langerhans
classificadas de acordo com sua secreção:

1 - células beta (β): secreta a insulina e amilina, que têm a


função de reduzir a taxa de açúcar no sangue;
2 - células alfa (α): secreta glucagon, que tem a função de
aumentar a taxa de açúcar no sangue;
3 - células delta (δ): secreta a somatostatina com a função de
inibir o pâncreas endócrino;
4 - células PP (PP): secreta o polipeptídio pancreático com a
função de inibir o pâncreas exócrino.
O pâncreas exócrino possui dois tipos de secreção: os íons
bicarbonato e as enzimas digestivas, como amilase
pancreática, tripsina e quimotripsina, estimuladas pela
colecistoquinina (CCK).
Glucagon e insulina atuam no controle glicêmico: proteínas
transportadoras de glicose – GLUTs. O glucagon é um
hormônio produzido no pâncreas e nas células dispersas
pelo trato gastrointestinal.
A função principal é aumentar a glicemia (níveis de glicose
no sangue), tendo efeito contrário aos efeitos da insulina.

O glucagon é um hormônio produzido pelas células alfa das


ilhotas de Langerhans do pâncreas.

A principal ação é promover a degradação do glicogênio


armazenado em células hepáticas, favorecendo a saída de
glicose para o sangue.
O glucagon mantém os níveis de glicose no sangue
quando se liga aos receptores do glucagon nos
hepatócitos (células do fígado). O fígado libera a glicose
(armazenada na forma de glicogênio) através da
glicogenólise.

Assim, quando as reservas de glicogênio diminuem, o


hormônio glucagon faz com que o fígado sintetize uma
quantidade adicional de glicose pelo processo da
gliconeogênese. A glicose é, então, lançada na corrente
sanguínea, prevenindo o aparecimento da hipoglicemia.
Deficiência de insulina
Quando há a deficiência de insulina no diabético,
desenvolve-se a hiperglicemia por processos como:
gliconeogênese, glicogenólise acelerada e diminuição da
utilização periférica de glicose.
A deficiência de insulina é absoluta ou insuficiente para
controlar ou inibir a ação dos hormônios
contrarreguladores da insulina.
Essas alterações interferem no metabolismo lipídico,
proteico e dos carboidratos, favorecendo a formação de
corpos cetônicos e estimulando a gliconeogênese, com
consequente aumento de glicemia.
A concentração de glicose no sangue (glicemia) e a produção e
secreção de insulina pelas células beta do pâncreas são submetidas
a um mesmo mecanismo de controle. 
Quando os valores de glicemia estão altos, as células beta do
pâncreas produzem mais insulina para o sangue, originando uma
menor concentração de glicose sanguínea.
Ao contrário, quando a glicemia atinge valores mínimos, a
produção e a secreção de insulina diminuem. 
No final, esse mecanismo de controle garante que a glicemia não
ultrapasse valores limites, pois, se os valores caem muito abaixo do
limite, aparecem a crise hipoglicêmica e coma.
A hiperglicemia, que caracteriza o diabetes, é provocada por uma
insuficiente produção e/ou atividade da insulina, hormônio
fabricado pelas células beta das ilhotas de Langerhans do pâncreas.
O transporte de glicose do sangue para as células só acontece
porque existem os GLUTs (que são transportadores de glicose);
fundamental para o metabolismo energético da célula.
Diabetes mellitus tipo I
O diabetes mellitus do tipo 1 é causado por produção
insuficiente de insulina por parte das células beta do
pâncreas, que pode ter uma predisposição genética.
Por outro lado, é possível que esta insuficiência também
possa ser provocada por mecanismos autoimunes, pois no
sangue existem anticorpos que destroem as células beta do
pâncreas. 
O diabetes mellitus do tipo 1 é também conhecido por
diabetes juvenil, pois manifesta-se entre 10 e 16 anos, sendo
diagnosticado por volta dos 25 anos de idade. A baixa ou
escassa, por vezes nula, produção pancreática de insulina,
provoca uma dependência da administração periódica desse
hormônio, por isso essa patologia é conhecida como diabetes
insulinodependente.
Diabetes mellitus tipo 2
Produção insuficiente da insulina, que aparece em
idades avançadas.

Nesse caso, as pessoas não estão totalmente


dependentes da administração do hormônio,
conhecida por esse motivo como diabetes do adulto
ou diabetes não insulinodependente.
A terapia insulínica envolve opções de tratamento para o
controle dos níveis de glicose no sangue, sendo o ponto-chave
para tratar o diabetes e reduzir o risco de complicações,
dependendo da cronicidade da doença.

1 – Terapia de insulina: usada no diabetes tipo 1, que precisa


tomar insulina, pois o organismo não produz mais esse
hormônio, ou o produz em quantidade insuficiente. Já se a
pessoa que tem o diabetes tipo 2, um dia pode ser que
necessite usar insulina, mas, muitas vezes, a alimentação e o
medicamento via oral podem ser suficientes para tratar a
doença.
Existem diferentes formas de se tomar insulina, incluindo a
ampola, seringa, canetas de insulina e terapia com bomba de
infusão de insulina. São usados ampola e seringa administrada
ou injetada manualmente, uma vez por dia. Também a caneta
de insulina: que é um cartucho contendo insulina colocada em
caneta giratória com agulha descartável na ponta, permitindo
que as doses de insulina sejam mais precisas, enquanto
bombas de infusão de insulina liberam insulina continuamente.

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