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Manobras fundamentais em

cirurgia
 Diérise
 Hemostasia
 Exérese
 Síntese
DIÉRESE
 Conjunto de manobras realizadas para a abordagem do
objetivo cirúrgico. Dividida em Incisão e Divulsão.
 Incisão: Deve ser utilizada uma lâmina afiada e de
tamanho adequado para que a incisão seja facilitada e
realizada suavemente com apenas um movimento. Nesse
caso, o movimento deve ser firme e contínuo, pois
movimentos repetidos e hesitantes aumentam a
quantidade de tecido danificado.
 A incisão deve ser realizada com o bisturi em posição
perpendicular à superfície epitelial para facilitar a
adequação das bordas durante a sutura.
 Divulsão: para atingir planos anatômicos mais
profundos, pode-se utilizar a manobra de divulsão, ou
seja, a interrupção da continuidade dos tecidos a partir
do traçado incisional. Ela deve ser praticad separando-
se os tecidos por meio de instrumentos especiais, como
as tesouras rombas. As tesouras são introduzidas
fechadas na intimidade dos tecidos e retiradas abertas.
Retalho em cirurgia
 Irrigação sanguínea do retalho: a microcirculação
tecidual do retalho deve ser mantida pela sua base, que
deve ser maior ou igual à sua porção terminal. Sem
essa observância, pode haver necrose tecidual com
exacerbação da inflamação, esgarçamento do tecido e
facilitação da entrada de microrganismos, originando
um quadro séptico com atraso da reparação tecidual.
 Visualização adequada do campo operatório: o traçado
incisional deve possibilitar a obtenção de um retalho
que, quando divulsionado, permita expor amplamente
o campo operatório com o mínimo de trauma.
Tipos de retalho
 acesso
Resumo
Exérese
 Manobras cirúrgicas fundamentais pelas quais
retiramos uma porção ou o todo de um órgão.
 Divide –se em:
➢ Osteotomia
➢ Avulsão
➢ Curetagem
Osteotomia
 Remoção do tecido ósseo. Pode ser praticada com
cinzéis com ou sem auxílio do martelo; por pinças
especiais chamadas de osteótomos ou pinça goiva;
limas para osso e instrumentos rotatórios como brocas
para osso.
Curetagem
Realizada com o uso de curetas para remover quaisquer
fragmentos estranhos presentes no campo operatório.
Avulsão
Retirada total ou parcial de um órgão utilizando força
mecânica.Representada em odontologia pela avulsão
dentária, é praticada com o uso de fórceps e
elevadores.
Hemostasia
 Bloqueio da lesão vascular
Síntese
 Sutura
 São as manobras realizadas para reposicionar as
estruturas anatômicas que foram rompidas ou
interrompidas durante o ato cirúrgico. Favorecem a
imobilização dos tecidos, criam condições para a
estabilização do coágulo e, por isso, são de
fundamental importância para a cicatrização da ferida
cirúrgica.
 A tensão exercida pelos fios de sutura deve ser
suficiente para manter o retalho em posição, sem
mobilidade, mas não deverá ser excessiva, pois causará
redução da microcirculação regional, o que pode
acarretar necrose tecidual. Através da sutura, as bordas
cruentas dos retalhos devem ser reposicionadas e os
tecidos homólogos devem ser unidos plano a plano,
para que a cicatrização seja bem sucedida.
Vídeo
 https://www.youtube.com/watch?v=v2oKsunlOZo
Planejamento das exodontias
 Cirurgias devem ser previamente planejadas.
 Para as extrações de dentes inferiores, o paciente deve
ser posicionado de forma que seu plano oclusal inferior
permaneça paralelo ao solo numa altura
correspondente à do cotovelo do cirurgião. Para os
dentes superiores, o paciente deve ser posicionado de
forma que o plano oclusal dos dentes forme um ângulo
de 45° em relação ao solo situado à altura do ombro do
operador.
Instrumental cirúrgico
 Fórceps
 Elevadores/alavancas
Fórceps
Exodontia pela técnica primeira
 Uso de fórceps
 Para conseguirmos uma via desimpedida à remoção
dentária, devemos reduzir a resistência oposta por
dilatação do alvéolo, por exemplo, que produzirá,
também, a luxação do dente. Para isso, deve-se realizar
movimentos com o fórceps de intrusão, pendular,
rotação e tração.
Exodontia pela técnica segunda
 Uso de elevadores/alavancas
 Os elevadores dentais podem ser utilizados em casos
de dentes não irrompidos, cariados, ectópicos ou com
inclinação acentuada, ou em raízes residuais ou
fraturadas, além do uso em conjunto com o do fórceps
para auxiliar na luxação do elemento dental. Para os
elevadores, deve-se atentar aos princípios mecânicos
nos quais o instrumento é baseado, como o princípio
da alavanca, o princípio de cunha e o princípio de roda.
Exodontia pela técnica terceira
 Retalho
 Osteotomia
 A resistência à avulsão dentária pode ser reduzida pela
exérese óssea (osteotomia), pela fragmentação do
dente (odontossecção) ou pelo uso de ambos os
recursos com o auxílio de instrumentos acessórios, que
são os rotatórios cortantes cirúrgicos e o cinzel de
duplo bisel.
Biópsia em odontologia
Biópsia
 Procedimento cirúrgico simples
 Rápido e seguro
 Em que parte da lesão ou toda a lesão é
removida
 Para estudo de suas características
microscópicas
 Permite fazer uma correlação entre os
achados clínicos e histopatológicos
 Determinando, na grande maioria dos
casos, o diagnóstico definitivo
Indicações
Toda lesão cuja história e características clínicas
não permitam elaboração do diagnóstico

Não apresente evidência de cura dentro de um


período não superior a duas semanas

Tecidos retirados cirurgicamente, quando ainda


não se tem um diagnóstico prévio

Lesões intra-ósseas que não possam ser


positivamente identificadas através de exames de
imagem
Contra-indicações
Tumores
encapsulados • Ex.: Adenoma
(para não
provocar
pleomórfico em
difusão para glândula
tecidos
vizinhos)
parótida

Lesões • (Ex.:
angiomatosas hemangioma)
Tipos de Biópsia
Biópsia incisional
 Apenas parte da lesão é removida
 Indicada em caso de lesões extensas ou de localização
de difícil acesso
 Presença de sinais de malignidade

Biópsia excisional
 Toda a lesão é removida
 É indicada em lesões pequenas e de fácil acesso
 Ausência de sinais de malignidade
Sequência técnica biópsia
 Infiltração da solução anestésica na periferia da lesão ou
usar-se de anestesia regional
 Incisão do tecido a ser biopsiado (bisturi ou punch)
 Preensão da peça com pinça "dente de rato"
 Corte ou remoção da peça com tesoura ou mesmo bisturi
 Colocação do tecido removido em vidro com formol 10%
 Sutura da região quando necessário
 Relatório do espécime e envio ao laboratório
Obtenção da Amostra
 Eleger em primeiro lugar a área a ser biopsiada
 De forma que esta seja a região mais representativa da lesão

Disponível em: http://www.revistacirurgiabmf.com/2004/v4n1/pdf/v4n1.5.pdf


Acesso em 27 abr. 2020
Envio da biópsia
ao laboratório
 Data da biópsia
 Nome, idade e sexo do paciente
 Nome do operador
 Local da biópsia
 Descrição breve dos aspectos
clínicos da lesão
 Hipóteses diagnósticas
 Em caso de biópsia óssea enviar
radiografia

https://profissaodentista.com/2017/01/05/instrumentacao-em-periodontia-e-orientacao-
clinica/
Biópsia incisional com Punch
 O punch é um instrumento cilíndrico oco
 Extremidade afiada e biselada
 Com vários diâmetros - os mais utilizados
de 4,5 e 6 mm
 A outra extremidade é o cabo que irá
auxiliar a pressão e a rotação do
instrumento sobre o tecido a ser biopsiado
 A peça em forma cilíndrica é liberada
seccionando-se com um tesoura e
tracionando-a com auxílio de uma pinça
"dente de rato“
 Os espécimes são de muita boa qualidade,
não macerados, facilitando o trabalho do
patologista
Disponível em: https://images.app.goo.gl/xRyK7HJLqHscv28i9
Acesso em 05 mai. 2020
Principais causas de erros e
falhas das biópsias

 Falta de representatividade do material


colhido
 Manipulação inadequada da peça
 Fixação inadequada
 Introdução de anestésico sobre a lesão
 Uso de substâncias anti-sépticas corantes
 Informações deficientes
 Troca de material pelo clínico ou pelo
laboratório
Obrigada. Deus abençoe

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