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Aluno: Carlos Eduardo Pires Monreal

Insulina e Glucagon:
Qual o papel da Insulina e do Glucagon?

A insulina e o glucagon são dois hormônios que regulam os níveis de glicose no sangue. A
insulina é produzida pelas células beta das ilhotas de Langerhans do pâncreas em resposta
ao aumento dos níveis de glicose no sangue, enquanto o glucagon é produzido pelas
células alfa das ilhotas de Langerhans em resposta à diminuição dos níveis de glicose no
sangue.

A principal função da insulina é aumentar a captação de glicose pelos tecidos corporais, tais
como músculos e fígado, ajudando a baixar os níveis sanguíneos dessa substância. A
insulina promove essa captação através da ativação dos transportadores GLUT4 na
membrana plasmática das células musculares e hepáticas, o que permite a entrada efetiva
de glicose nessas células para ser utilizada como fonte energética.

Por outro lado, o glucagon tem a função oposta: ele estimula a liberação da glucose
armazenada pelo fígado na forma do açúcar chamado "glicogênio" na corrente sanguínea.
Isso ocorre pois quando há uma diminuição nos níveis sanguíneos de glicose – por exemplo
durante um jejum prolongado – as moléculas do glucagon se ligam aos seus receptores nas
células hepáticas resultando na liberação gradual do armazenamento existente para repor
os estoques.

Em conjunto, portanto Insulina aumenta a captação já disponível e Glucagon percebe-se


necessário liberar mais numa condição escassa ou deficiente. Essa coordenação hormonal
entre a insulina e o glucagon nos ajuda a manter os níveis de glicose no sangue dentro do
limite saudável.

- No Caso da Insulina:

Quando comemos, os alimentos são transformados em açúcar (glicose). Essa glicose é o


principal combustível do corpo e, justamente por isso, precisa ser armazenada para
momentos de jejum ou falta de comida.
Após as refeições, o sangue irá apresentar picos glicêmicos e, a partir daí, o pâncreas entra
em ação.
O pâncreas irá produzir insulina, que é o hormônio responsável por transportar à glicose do
sangue para dentro das
células. A insulina faz isso com as células do tecido muscular esquelético, adiposo e
hepático.

Enquanto todo o corpo consome glicose para manter-se vivo, o fígado armazena
aproximadamente 1% desse açúcar dentro de suas células em forma de glicogênio.

Desse modo, a insulina retira o açúcar da circulação sanguínea e o carrega para dentro das
células do corpo e fígado.

Quando o pâncreas não funciona ou funciona de maneira deficiente, ocorre a falta ou a


baixa produção de insulina, provocando Diabetes Tipo 1, Diabetes Tipo 2 ou Diabetes
Gestacional, doenças caracterizadas pelo excesso de glicose no sangue (hiperglicemia).
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- O glucagon faz o papel inverso da insulina. E juntos, insulina e glucagon equilibram


e controlam o teor de açúcar no organismo.

O glucagon é produzido pelo pâncreas para os momentos de hipoglicemia, ou seja, quando


a glicose presente nas células começa a cair para níveis em que falta combustível ao corpo.

Veja os números de referência para controle glicêmico:

* Nível normal de glicose no sangue: de 70 mg/ dL a 100 mg/ dl;


* Hiperglicemia: acima de 120 mg/dL => atuação da insulina;
* Hipoglicemia: abaixo de 6O mg/ dL => atuação do glucagon;
* Diabetes: acima de 126 mg/dL em jejum

Como falamos, após as refeições é normal haver picos glicêmicos, mas se a pessoa for
saudável logo a insulina irá trabalhar para metabolizar a glicose e reequilibrar a glicemia no
sangue.

A situação oposta é justamente a hipoglicemia, que pode ocorrer em jejuns ou longos


intervalos entre as refeições.
Tonturas, fraqueza, dores de cabeça e até desmaios são um sinal de que falta glicose para
o cérebro.

Os sintomas de hipoglicemia funcionam como um sinal de alerta para à pessoa se alimentar


rapidamente. No entanto, o corpo não pode ficar parado esperando por comida.

Ao menor sinal de hipoglicemia, imediatamente o pâncreas irá produzir o hormônio


glucagon, que por sua vez estimula o fígado a transformar o glicogênio armazenado em
moléculas de glicose.

Após fazer isso, o glucagon carrega a glicose do fígado para a corrente sanguínea e o teor
de açúcar no sangue é novamente normalizado.
Note que nesse processo, a insulina e o glucagon também ajudam a regular a fome.

- Hipoglicemia e Hiperglicemia:

A hipoglicemia é a diminuição excessiva da glicose no sangue, abaixo do nível normal de


70 mg/dL. Pode ser causada por medicamentos para diabetes, excesso de atividade física,
consumo inadequado de carboidratos ou doenças como insulinomas e insuficiência
hepática. Sintomas são:

-Fome repentina
-Cansaço
- Suor excessivo
- Tonturas
- Visão turva
-Dor de cabeça
- Tremores
- Batimentos cardíacos acelerados
-Dormência nos lábios e língua
-Confusão mental
- Convulsões

Já a hiperglicemia é o aumento excessivo da glicose no sangue acima do nível normal de


100 mg/dL em jejum ou 140mg/Dl em qualquer momento após uma refeição. É comumente
associada ao diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2 e pode ocorrer também em outras condições
como pancreatite aguda, síndrome de Cushing e uso prolongado de corticoides.

Sintomas são:
-Sede excessiva
-Urina em excesso
-Aumento de apetite
-Respiração acelerada
-Náuseas / vômitos
-Dor abdominal
-Desidratação
-Alteração do nível de consciência

- Apontar os órgãos que controlam a glicose e suas funções:

De acordo com Guyton, os órgãos que controlam a glicose no corpo humano são o
pâncreas e o fígado.

O pâncreas secreta insulina para diminuir os níveis de glicose no sangue quando estão
elevados, enquanto o glucagon é liberado em resposta à queda nos níveis de glicose para
aumentá-los.
O fígado armazena glicogênio e libera glicose na corrente sanguínea quando necessário.
Ele também produz glucose a partir do lactato, aminoácidos ou outros substratos através da
neoglicogênese.

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