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Bioquímica Básica - Regulação da glicemia - Prof.

ª: Aline Pereira
Regulação da glicemia
BIOQUÍMICA BÁSICA
Anatomia e fisiologia do pâncreas

 O pâncreas é uma glândula de 15 a 25 cm de


extensão localizada no abdômen, atrás do
estômago e entre o duodeno e o baço, que
integra os sistemas digestivo e endócrino.
 O pâncreas é formado por dois tipos principais de
tecidos, os ácinos, que secretam o suco digestivo
no duodeno, e as ilhotas de Langherans, que
secretam insulina e glucagon diretamente no
sangue.
 As ilhotas contêm três tipos celulares principais, as
células alfa, beta e delta, distinguidas entre si,
devido às suas características morfológicas
e de coloração.

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Ilhotas de Langerhans

→ As células alfa secretam glucagon.

→ As células beta são encontradas no centro de cada


ilhota e secretam insulina e amilina, hormônio que é,
com frequência, secretado em paralelo com a
insulina, apesar de sua função ainda não estar bem
esclarecida.

→ As células delta secretam somatostatina.

→ As interrelações entre esses tipos celulares


possibilitam a comunicação intercelular e o controle
direto da secreção de alguns dos hormônios por
outros hormônios. Por exemplo, a insulina inibe a
secreção de glucagon, a amilina inibe a secreção
de insulina e a somatostatina inibe a secreção tanto
da insulina como do glucagon.

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Regulação da glicemia

 A regulação da glicemia no organismo depende dos hormônios glucagon e


insulina.
 A ação do glucagon é estimular a produção de glicose pelo fígado, e a da
insulina é bloquear essa produção, além de aumentar a captação da glicose
pelos tecidos periféricos insulino-sensíveis. Com isso, eles promovem o ajuste,
minuto a minuto, da homeostasia da glicose.
 Os níveis normais de glicose no sangue são de até 99mg/dl pré-prandial (período
que antecede a alimentação), e até 140 mg/dl pós-prandial (1 ou 2 horas após a
alimentação). Níveis alterados desses valores podem sugerir crises hiperglicêmicas
ou hipoglicêmicas.

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Regulação da glicemia

❑ A hiperglicemia caracteriza-se pelo excesso de glicose no sangue, podendo


ocorrer em duas fases:
▪ Hiperglicemia de jejum, que é o nível de glicose acima das taxas consideradas
normais após jejum de 8 horas;
▪ Hiperglicemia pós-prandial, que é o nível de glicose acima dos considerados
normais nesse período de 1 ou 2 horas após a alimentação.
❑ A hipoglicemia ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de glicose,
frequentemente abaixo de 70 mg/dl, com aparecimento rápido de sintomas,
sendo alguns deles fome, fadiga, tontura, palidez, pele fria e úmida, visão turva e
confusão mental. Se não for tratada, pode levar ao coma.

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Regulação da glicose pelo pâncreas

Aumento da Estimulação do Liberação do


glicemia pâncreas glucagom

Estímulo da
Diminuição da Quebra do
liberação da
glicemia glicogênio
insulina

Aumento da
Aumento da
Formação de concentração
captura de
glicogênio de glicose no
glicose
sangue

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Diabetes mellitus

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Diabetes mellitus

 O diabetes mellitus é síndrome do metabolismo defeituoso de carboidratos, lipídios e


proteínas, causado tanto pela ausência de secreção de insulina como pela diminuição da
sensibilidade dos tecidos à insulina.
 Existem dois tipos gerais de diabetes mellitus:
1. O diabetes tipo I, também chamado de diabetes mellitus dependente de insulina
(DMID), é causado pela ausência de secreção da insulina.
2. O diabetes tipo II é inicialmente causado pela diminuição da sensibilidade dos tecidos-
alvo ao efeito metabólico da insulina. Essa sensibilidade reduzida à insulina é chamada
de resistência insulínica.
 Em ambos os tipos de diabetes mellitus, o metabolismo de todos os nutrientes está alterado.
O efeito básico da ausência de insulina ou da resistência à insulina sobre o metabolismo da
glicose é impedir a captação eficiente e a utilização da glicose, pela maioria das células do
organismo, exceto pelo cérebro. Como resultado, a concentração de glicose sanguínea
aumenta, a utilização celular da glicose cai ainda mais e a utilização dos lipídios e das
proteínas aumenta.
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Diabetes tipo I

 É causado por uma agressão autoimune às células β−pancreáticas, resultando na


destruição do sítio produtor de insulina e na deficiência desse hormônio, que
necessita reposição externa (insulinoterapia).
 Pode ocorrer em qualquer idade, incluindo na fase adulta, após distúrbios que
levem à destruição das células beta pancreáticas. O diabetes tipo I pode se
desenvolver de modo abrupto, em período de alguns dias ou semanas, com três
sequelas principais:
1) glicose sanguínea aumentada;
2) aumento da utilização dos lipídios como fonte de energia e para formação de
colesterol pelo fígado; e
3) depleção das proteínas do organismo.
 Aproximadamente 5% a 10% das pessoas com diabetes mellitus apresentam a
forma tipo I da doença.

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Diabetes tipo II

 O diabetes tipo II está associado ao aumento da concentração da insulina


plasmática (hiperinsulinemia).
 Isso ocorre como resposta compensatória das células beta pancreáticas à
sensibilidade diminuída dos tecidos-alvo aos efeitos metabólicos da insulina,
condição referida como resistência à insulina.
 A redução da sensibilidade à insulina prejudica a utilização e o armazenamento
dos carboidratos, aumentando o nível da glicose sanguínea e estimulando o
aumento compensatório da secreção de insulina.
 Algumas causas da resistência à insulina: obesidade, gestação, síndrome do
ovário policístico (SOP), excesso de glicocorticoides (síndrome de Cushing),
autoanticorpos.

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Diabetes mellitus gestacional

 É a intolerância à glicose diagnosticada pela primeira vez durante a gravidez,


podendo ou não persistir após o parto.
 Estima –se que esta anormalidade seja encontrada entre 1- 20% das grávidas. No
entanto, somente ao redor de 3% é diabetes mellitus gestacional verdadeira.
 Em pacientes diabéticas grávidas, o controle insatisfatório da glicose está
associado com alta incidência de morte intra-uterina e má formação fetal.
 Tolerância à glicose alterada e hiperglicemia estão relacionadas com o aumento
na incidência de macrossomia fetal e hipoglicemia neonatal. Na maioria destes
casos, a resposta ao TOTG (teste oral de tolerância à glicose) volta ao normal
depois da gravidez, no entanto, ao redor de 50% destas pacientes desenvolvem
diabetes mellitus nos sete anos seguintes.

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Pré-diabetes

 O pré-diabetes é considerada um estágio intermediário entre o padrão


tido como saudável e o diabetes mellitus tipo 2. Acontece quando a Reduzir o consumo de
glicose não é metabolizada, nem aproveitada o suficiente, de modo a açúcar, gorduras, farinha
acumular no sangue. branca e sal.
É indicado dar preferência
 Uma pessoa é classificada como pré-diabética ao medir a sua glicemia para refeições com
em jejum e atingir entre 100 e 125 mg/dl. verduras com folhas verde-
escuras, que atuam no
 É recomendado que todas as pessoas com idade a partir de 45 façam
combate do excesso de
testes regulares de glicemia. Quem está abaixo dessa faixa etária, mas tem
açúcar concentrado no
fatores de risco — como hipertensão, histórico familiar de diabetes tipo 2, sangue, verduras e legumes
diabetes na gestação, ovário policístico e excesso de peso — também em geral, frutas com casca
deve ser testado. e bagaço, grãos integrais,
 Medidas para tratamento: mudança de hábitos alimentares, prática leguminosas, produtos
regular de exercícios físicos. lácteos desnatados e
gorduras boas.

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DIABETES MELLITUS

Principais sintomas: poliúria, polidipsia, polifagia, fadiga e perda de peso.

Diagnóstico:
→ Glicemia de jejum: igual ou menor que 126 mg/dL.
→ Glicemia pós prandial: maior que 200 mg/dL.
→ Hemoglobina glicada: maior ou igual a 6,5 mg/dL.

Tratamento DM1
Os indivíduos com diabetes tipo 1 dependem da insulina exógena, administrada
por via subcutânea por injeção periódica ou por infusão contínua assistida por
bomba, para controlar a hiperglicemia e a cetonemia.

Tratamento DM2
→ O objetivo do tratamento do diabetes tipo 2 é manter as concentrações
sanguíneas de glicose dentro de limites normais.
→ Redução de peso, exercício e terapia nutricional médica (modificações na
dieta) frequentemente corrigem a hiperglicemia.
→ Os agentes hipoglicemiantes orais diminuem a reabsorção renal de glicose.
→ A terapia de insulina subcutânea pode ser necessária para atingir níveis de
glicose plasmática satisfatórios.

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Exames laboratoriais

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Investigação laboratorial

 As várias desordens do metabolismo dos carboidratos podem estar associadas


com (a) aumento da glicose plasmática (hiperglicemia); (b) redução da glicose
plasmática (hipoglicemia) e (c) concentração normal ou diminuída da glicose
plasmática acompanhada de excreção urinária de açúcares redutores diferentes
da glicose (erros inatos do metabolismo da glicose). Os seguintes testes
laboratoriais investigam alguns destes distúrbios.
❑ Exames de glicemia (jejum e pós prandial);
❑ Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG);
❑ Teste de Hemoglobina Glicada
❑ Frutosamina
❑ Glicosúria

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Coleta de amostra para exame

Amostra Tipo de Critérios de aceitação Armazenamento e


frasco transporte
Plasma Cinza • Sangue coletado com • Temperatura ambiente
anticoagulante fluoreto de até 4 h.
potássio + EDTA K3. • Sob refrigeração (2-8
• Após centrifugação do ºC) até 24 h.
sangue, o plasma deve ser livre
Exame de hemólise, turbidez e Método
hemácias suspensas.
Bioquímica Enzimático colorimétrico,
automatizado

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1. GLICEMIA DE JEJUM

A determinação da glicemia é realizada com o paciente em jejum de 12-14 h.


Resultados normais não devem excluir o diagnóstico de distúrbios metabólicos
dos carboidratos.

• Valores de referência

Os critérios para a avaliação em homens e mulheres não-gestantes são:

→ Normais: até 110 mg/dL


→ Glicemia de jejum inapropriada: de 110 a 126 mg/dL
→ Diabéticos: acima de 126 mg/dL

O valor de 126 mg/dL foi estabelecido pois níveis superiores provocam


alterações microvasculares e elevado risco de doenças macrovasculares.

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2. GLICEMIA PÓS-PRANDIAL

A concentração da glicemia duas horas após a ingestão de 75 g de glicose em


solução aquosa a 25% (ou refeição contendo 75 g de carboidratos) é de
considerável utilidade na avaliação do diabetes.
Normalmente, após a ingestão de carboidratos, a glicose sanguínea tende a
retornar ao valor de jejum dentro de duas horas.

• Valores de referência

Interpretação após duas horas de sobrecarga:

→ Desejável: menor que140 mg/dL.


→ Tolerância à glicose alterada: entre 140 e 200 mg/dL.
→ Diabéticos: acima de 200 mg/dL.

Obs.: Medicamentos, agentes químicos, desordens hormonais e dietas devem ser


considerados ao examinar estes resultados. Além disso, os valores tendem a crescer com a
idade (10 mg/dL por década de vida, após a idade de 40 anos). Deste modo,
concentrações acima de 200 mg/dL podem ser encontradas em indivíduos idosos que não
apresentam diabetes.

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3. TESTE ORAL DE TOLERÂNCIA À GLICOSE (TOTG) OU
CURVA GLICÊMICA

• A curva glicêmica, ou teste de tolerância à glicose, é


considerada o padrão-ouro para diagnosticar o diabetes
mellitus.
• Para essa finalidade, administra-se 75 g de glicose anidra
(dextrose) por via oral para adultos ou 1,75 g/kg de peso para
crianças. Colher amostra em jejum e após a administração da
glicose oral, nos tempos conforme a solicitação médica.

Valores de referência

Interpretação da curva glicêmica após duas horas:

→ Normal: inferior a 140 mg/dL;


→ Tolerância diminuída à glicose: entre 140 e 199 mg/dL;
→ Diabetes: igual ou superior a 200 mg/dL.

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4. HEMOGLOBINA GLICADA (HbA1C)

• A hemoglobina glicada (A1C) é um termo usado para descrever uma série de


componentes estáveis menores da hemoglobina, formados lentamente e de
forma não-enzimática por meio da hemoglobina e da glicose.
• Os níveis de A1C refletem o controle glicêmico das últimas 12 semanas.
• A dosagem de hemoglobina glicada é de interesse para o controle do diabetes
em médio e longo prazos, sendo indicada para todos os diabéticos.
• O nível de A1C não é considerado como critério diagnóstico para o diabetes
mellitus e não pode ser interpretado em indivíduos sem a doença.
• Não necessita jejum para a coleta.

Valores de referência

→ Pré-diabetes: 5,7 a 6,4%


→ Diabetes: igual ou superior a 6,5%

Obs.: Este teste não é indicado para diagnóstico em situações que alterem esta determinação,
como: deficiência de ferro, anemia hemolítica, hemoglobinopatias, leucemia, insuficiência
hepática e renais graves.

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HEMOGLOBINA GLICADA (Hb1AC)

Nível de controle HbA1C Glicemia Glicose


mg/dL mmol/L
14,0 380 21.1
13,0 350 19.3
Mal controle
Aumentando o 12,0 315 17.4
perigo 11,0 280 15.6
10,0 250 13.7
9,0 215 11.9
Necessidade de 8,0 180 10.0
ação 7,0 150 8.2
Valores excelentes 6,0 115 6.3
5,0 80 4.7
hipoglicemia 4,0 50 2.6

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5. FRUTOSAMINA (PROTEÍNA GLICADA)

• A frutosamina é o nome genérico de proteínas cetoaminas, presente na


albumina e que representa a maioria das proteínas glicosiladas circulantes.
• A determinação da frutosamina mede a glicemia das últimas 2-3 semanas,
sendo um parâmetro de controle metabólico do diabético.
• Útil em portadores de algumas hemoglobinopatias (que alteram a determinação
de HbA1c) e na avaliação precoce do efeito de terapias.

Valores de referência: 1,8 a 2,8 mmol/L.

6. GLICOSÚRIA (GLICOSE NA URINA)

• A presença de glicosúria é sugestiva de diabetes e requer confirmação com


dosagem sanguínea. Está geralmente presente nas glicemias elevadas, acima de
180 mg/dl, mas depende ainda do estado de hidratação do paciente e de
patologias renais.
• Útil no controle da eficácia do tratamento do diabetes, mas não no diagnóstico.

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Glossário de termos técnicos

• Polidipsia • Bradicardia
• Polifagia • Taquicardia
• Poliúria • Acinesia
Pesquisar e anotar no caderno • Anúria • Discinesia
os seguintes termos técnicos, • Glicosúria • Bradicinesia
amplamente utilizados na área • Poliúria • Acatisia
da saúde: • Oligúria • Bradipneia
• Nictúria • Apneia
• Hematúria • Eupneia
• Uremia • Hiperpneia
• Xerostomia • Dispneia
• Sialorreia • Taquipneia
• Midríase • Hipotermia
• Miose • Hiperpirexia
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• Pirose
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(INAZ DO PARÁ – 2019 – Pref. Araraquara/SP) O diabetes pode ser diagnosticada
através do exame:

a) Glicemia pós-prandial - Dosagem da glicose, em uma amostra de sangue


coletada após 8-12h jejum, em seguida, ingestão 75g de glicose para adultos
ou 1,75 g/Kg de peso para crianças (máximo de 75 g). Depois de 120 min da
ingestão, coleta-se nova amostra de sangue e procede-se à dosagem da
glicemia. Valores abaixo de 140 mg/dL na segunda amostra são considerados
normais.
b) Glicemia em jejum - Dosagem da glicose plasmática, em amostra coletada
após 8-12h jejum. Atualmente, segundo recomendação da Associação
Americana de Diabetes (ADA), o limite máximo normal desse exame é de
99mg/Dl.
c) Teste oral de tolerância à glicose - Dosagem da glicose plasmática em
amostra coletada duas horas após a ingestão de uma refeição regular.
d) Proteína glicada – dosagem de glicose proteica. Valores abaixo de 140 mg/dL
na segunda amostra são considerados normais.

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(COVEST/COPSET – 2019 – UFPE) Na história natural do diabetes mellitus (DM),
alterações fisiopatológicas estão presentes antes que os valores glicêmicos
atinjam níveis supranormais. A condição na qual os valores glicêmicos estão
acima dos valores de referência, mas ainda abaixo dos valores diagnósticos de
DM, denomina-se pré- diabetes. Na maioria dos casos de pré-diabetes, a
“doença” é assintomática, e o diagnóstico deve ser feito com base em exames
laboratoriais. No tocante a esses exames, é correto afirmar que:

a) A hemoglobina glicada oferece vantagens ao refletir níveis glicêmicos dos


últimos 3 a 4 meses, e ao sofrer menor variabilidade no dia a dia e depender
do estado de jejum para sua determinação.
b) A hemoglobina glicada é uma medida indireta da glicemia, que sofre
interferência de algumas situações, como anemias, hemoglobinopatias e
uremia, nas quais é preferível diagnosticar o estado de tolerância à glicose.
c) O TOTG permite avaliar a glicemia após sobrecarga, com ingestão de 75 g de
glicose dissolvida em água, a qual pode ser a única alteração detectável no
início do DM, refletindo a perda da última fase da secreção de insulina.
d) A confirmação do diagnóstico de DM requer repetição dos exames alterados,
idealmente o mesmo exame alterado em amostra única de sangue, na
ausência de sintomas inequívocos de hiperglicemia.
e) Pacientes com sintomas clássicos de hiperglicemia, tais como oligúria,
polidipsia, polifagia e emagrecimento, devem ser submetidos à dosagem de
glicemia ao acaso e independente de jejum.
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