Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Esse receptor é formado por duas subunidades alfa e duas subunidades beta.
A beta é transmembranar e tem atividade tirosina quinase intrínseca, ou seja,
consegue fosforilar resíduos de tirosina. A alfa é extracelular e tem uma função
regulatória. Na ausência da insulina, a alfa abraça a beta, inibindo sua função de
tirosina quinase. Com a chegada da insulina, ela se liga na subunidade alfa, leva a
uma mudança de conformação na alfa, o que acaba fazendo com que ela se afaste da
beta. O mecanismo regulatório vai ser perdido, e a subunidade beta vai iniciar um
processo de transfosforilação: uma fosforila a outra e vice-versa. Quem vai ser
fosforilado vão ser os resíduos de tirosina. Essa fosforilação da subunidade beta serve
como ponto de ligação para proteínas intracelulares como IRS e SH2. Essas proteínas
são ativadas e consequentemente ativam suas respectivas vias de sinalização,
culminando nos efeitos da insulina.
b) Glinidas
c) Biguanidas
Exemplo: metformina.
d) Glitazonas
e) Análogos do GLP-1
f) Inibidores da DPP4
Atuam no pâncreas, inibindo a DPP4, que é uma enzima que degrada o GLP-1,
assim potencializa os efeitos desse hormônio.
g) Inibidores da alfa-glicosidase
Exemplo: acarbose.
h) Inibidores do SGLT2
e o de GLP-1.
Critérios diagnosticos:
Existem diversos tipos dediabetes: diabetes mellitus tipo 1, diabetes mellitus tipo 2,
diabetes gestacional, diabetes MODY. O que todos tem em comum é a hiperglicemia. O
que osdiferencia sao os mecanismos fisiopatogenicos.
Diabetes mellitus tipo 1: etiologia autoimune. Existem alguns fatores
desencadeantes - virus, alimentos. Mais comum em pctes jovens.
Diabetes mellitus tipo 2: defeitos na acao da insulina - resistencia a insulina.
Fatores genéticos e ambientais - obesidade, sedentarismo.
o Obesidade: a medida que a celula adiposa comeca acrescer ela comeca a
liberar adipocinas ()fator de necrose tumora) e ácidos graxos. Essas
adipócitos e ácidos graxos irao atuar no tecido adiposo, no músculo
esquelético e no figado. Essas substancias irao ativar a proteina quinase
C -> ela ira fosforilam resíduos de serina e treonina. Ao fosforilar esses
resíduos, havera uma desensibilizacao do receptor de insulina. Dessa
forma, mesmo que exista insulina circulante e que ela se ligue ao seu
receptor nao iremos observar s acao. Dessa forma, o níveis de glicose
continuam altos. E ai as celulas beta começará trabalhar de forma
exaustiva, de maneira exagerada -> os níveis de insulina irao aumentar. E
ai: pode manter os níveis de glicose dentro do normal, deixar os níveis de
glicose um pouco mais altos (pre-diabetes), nao conseguir controlar os
noves glicêmicos. Apos um periodo, trabalhando exaustivamente, a
celula beta ira começará entrar em falência. Alem disso, a propria glicose
das adipocinas sao toxias para as celulas beta.
Insulinoterapia:
A mais usada atualmente é a insulina recombinante humana inativa - regular.
O uso mais comum é a subcutânea ou intramuscular. Estão sendo lançados outras
apresentações de insulina como or via oral e inalatoira, mas ainda soa muito caras.
As insulinas sao classificadas de acordo com seu tempo de acao em: ultrarrápidas,
rápidas, de acao intermediaria e de longa duração.
mecanismo de ação, embora uma estrutura química muito distinta dos fármacos
anteriores, mas com melhor absorção e ação mais rápida, e uma curta meia-vida
(em torno de 1 hora). Por isso, sao agentes usadas para controle glicêmico pos-
prandial. São representantes: Repaglinida e Nateglinida. Esta última é
importante na liberação inicial de insulina, impedindo que o glucagon estimule a
síntese de glicose endógena na fase pós-prandial. Além disso, pode ser usada
tranquilamente em pacientes renais;
Biguanidas: anti-hiperglicemiante que também aumenta a sensibilidade à
insulina. O metformina é o principal representante e age se ligando ao receptor
OCT1 no complexo 1 da cadeia respiratória, reduzindo a síntese de ATP,
aumentando AMP que ativa a proteína quinase dependente de AMP (AMPK),
responsável por reduzir a neoglicogênese e a gligenólise. Por isso, impende a
hipglicemia. Ela tambem auxilia na transladação do glut 4 para a membrana.
Não implica aumento de peso, reduz a captação da glicose como efeito
secundário e diminui a produção de glicose pelo fígado, reduzindo
neoglicogênese e glicogenólise. Além disso, aumenta a sensibilidade à insulina e
a captação de glicose pelas células. É administrado por via oral e possui curta
meia-vida (2h), podendo desencadear reações gastrintestinais (estímulo da
produção de serotonina e de histamina) e acidose lática (inibição da cadeia
respiratória e aumento de ácido lático).
A metformina étransportada para dentro d hepatocito por meio do
transportador. Uma vez no interiordacelula, a metformina interage coma
cadeia respiratoria reduzindo a producao de atp. Pela reducao dos níveis de atp
havera aumento dos níveis de amp. Dessa forma, havera ativacao da enzima
amp quinase. Dependendo do tipo celular, havera diferentes efeitos: no figado
- reducao da producao hepatica glicose por inibir a glicogenolise e a
gliconeiogenese. No musculo esqtico eno tecido adiposo - aumento da
sensibilidade a insulina, por facilitar a transladação do glut 4 docitosol para a
membrana. No intestino - reducao da captação de glicose.
A principal reacao adversa da metformina é a diarreia, pois ela estimula a
liberação de serotoninas histamina no tgi. Maneiras de combater essse efeito é
a titulação da dose - ir aumentando a dose devagar. Além disso, podemos
administra-las junto com as refeições.
Glitazonas: os dois principais representantes são a Rosiglitazona (saiu do
mercado, pois estava aumento a incidencia da ICC) e a Pioglitazona. São
fármacos que atuam como agonistas do receptor nuclear gama ativado por
proliferação peroxissomal (PAARy), estimulando a gordura visceral
transformar-se em gordura subcutânea, aumentando a expressão de GLUT4 no
músculo esquelético e no tecido adiposo (tambem tem maior expressao de FATP
- transportado de ácidos graxos., também diminui a expressao de adipocinas).
Além disso, estes fármacos aumentam a expressão dos receptores de ácido graxo
no tecido adiposo, aumenta a lipogênese e reduz a gliconeogênese. São
administrados por VO e possuem meia vida entre 3-4h. Pode causar algumas
reações adversas como: edema, insuficiência cardíaca congestiva (a
rosiglitazona apresenta maior risco cardiovascular), e ganho de peso, devido à
sua ação renal que estimula a reabsorção de sódio. Ele tem efeito lento, pois atua
em recetores nucleares - efeito terapêutico so sera obersantre 2 -3 semanas apos
sua administração. Reações adversas sao edema (atuação dê-se receptor no rim
gera retenção de sódio), insuficiencia cardíaca congestiva, ganho de peso.
Glp-1: análogo ao glicano. Estimula a liberação de insulina. O glp-1 nao pode ser
utilizado na tática clinica, pois o seu metabolismo é rápido - tempo de meia-
vida baixo.
Análogos do GLP-1: não são fármacos de primeira indicação. Os principais
representantes são a Liraglutida e a Exenetida. Eles agem aumentando a
liberação da insulina (por aumento da massa de células beta), por meio da
ativação do receptor do GLP-1 que aumenta a secreção e a produção desse
hormônio, dá saciedade, reduz o apetite e reduz o esvaziamento gástrico. Seus
efeitos sao dependentes da glicose, por isso chama atencao para evitar himia. A
Exenetida pode ser usada com tranquilidade em pacientes que apresenta
depuração de creatinina até 30ml/min, abaixo disso merece reajuste de dose. A
liraglutida pode reduzir os níveis de Hb glicada. São administrados por via SC e
são caros. Podem causar náuseas, vômitos e diarreia, pode ainda ocorrer
pancreatite necrosante fatal (Exenetide), cefaleia e reações imunes, pancreatite e
alterações na tireoide (liraglutida);
O receptor de glp-1 existe em diversos outrossitiosdonosso orgnismo - tendo
outros efeitos: reduz saciedade e aumenta apetite,reduz esvaziamento
gástrico, reduz a producao hepatica de glicose, reducao da liberação de glicano,
e aumenta a captação da glicógeno tecido muscular e adiposo.
Principais reacoes adversas: náuseas e vomitos. Quanto a hipoglicemia sao
agentes relativamente seguros.
Inibidores da DPP4 – gliptinas: Sitagliptina, Saxagliptina, Linagliptina. Esses
fármacos agem inibindo a enzima que degrada o GLP-1 e aumenta os níveis
deste, potencializando sua ação e reduzindo os níveis de glicose sanguínea.
Todos os efeitos dos análogos doglp-1 sao observados nesses farmacos. Cabe
ressaltar que o GLP-1 é glicose dependente para sua liberação, assim o risco de
hipoglicemia é bem reduzido. O mecanismo de ação destes fármacos é por
inibição competitiva da enzima DPP4. Podem reduzir os níveis de Hb glicada.
Podem provocar cefaleia, infecções do trato respiratório superior e urinário,
edema, hipoglicemia e hipersensibilidade;
Inibidores da alfa-glicosidase: principal representante é a Acarbose, que age
por meio de inibição competitiva da glicosidase (responsavel por
clivarpolissacarideosem glicose, para que ela seja absorvida), impedindo a
absorção da glicose, frutose e polisscarídeos, como o amido, aumentando sua
excreção. Pode ocasionar flatulência, distensão abdominal e diarreia, devido ao
maior tempo de permanência dos carboidratos no intestino, sendo cultura para as
bactérias do TGI.
Inibidores da SGLT2 (transportador de sódio e glicose): principais
representantes – dopagliflozina e canagliflozina. Atuam no rim, impedindo a
reabsorção de glicose, ocasionando glicosúria. Como a glicose é um agente
osmótico, ao eliminarmos glicose pela urina tambem eliminamos agua, por isso,
esses medicamentos também auxiliam no controle da pressao arterial. Podem
causar perda de peso e aumento de glicose. Administrados por via oral, sao bem
tolerados.
XigDuo.
Hipoglicemiantes
Por: George Felipe
1. Tipos de Diabetes
1.1 Diabetes tipo 1: Se dá pela destruição autoimune das células β, levando a um déficit
total na síntese de insulina. Possui influência de fatores genéticos e ambientais (como exposição
a vírus), predominando na infância e adolescência (pico na puberdade). Seus sintomas
costumam surgir de maneira abrupta, sendo os principais: fadiga, polidipsia, poliúria, perda de
peso, polifagia e cetoacidose.
1.2 Diabetes tipo 2: Cursa primariamente com resistência periférica à insulina, que ao
longo do tempo se associa à disfunção das células beta por exaustão secretória. O diagnóstico
costuma ser tardio, uma vez que os pacientes podem passar décadas assintomático. A doença é
multifatorial, sendo a obesidade central um importante fator preditivo. Com ela, há maior
acúmulo de ácidos graxos no fígado, músculo e tecido adiposo, liberando adipocinas (como o
TNF-α) que promovem resistência insulínica. O pâncreas responde com maior produção do
hormônio, porém, à longo prazo, suas células entram em exaustão por um mecanismo de
lipotoxicidade. Após isso, há morte das células por apoptose, gerando um hipoinsulinismo que
progride para a DM2. O paciente típico, nesse contexto, apresenta mais de 45 anos, é obeso e
sedentário. Seus sintomas costumam aparecer de maneira gradual, sendo as principais
complicações o AVC, a retinopatia, a neuropatia e a nefropatia.
2. Insulina
2.1 Síntese e liberação: Na célula β, ribossomos produzem a Pré-Pro-Insulina, que é
translocada para o RER. Ali, um peptídeo de sinalização é clivado, formando a pró-insulina que,
por sua vez, sofre maturação. A pró-insulina vai ao Complexo de Golgi, onde é clivada em
insulina + peptídeo C. Ambos os metabólitos resultantes são armazenados e prontos para
exocitose. Apesar de não ter uma função biológica definida, o peptídeo C tem tempo de meia
vida significativamente maior que a insulina, sendo utilizado para medida indireta do hormônio.
As células β secretam INSULINA diretamente da Ilhota pancreática, conforme o controle
exercido por uma série de moléculas. → Moléculas que estimulam a secreção de insulina: a)
Glicose: Promove aumento das concentrações de ATP, permitindo o fechamento dos canais de
potássio e acúmulo do íon. Com isso, há a abertura dos canais e influxo de cálcio, o que
funciona enquanto estímulo à degranulação. b) Ácidos Graxos; c) Aminoácidos; d) GLP-1; e e)
ACh. → Moléculas que inibem a secreção de insulina: Noradrenalina; adrenalina e
somatostatina. 2.2 Mecanismo de ação: 1. A insulina liga-se a um receptor específico (tirosina-
quinase) presente na superfície das células-alvo, que é composto de 2 subunidades alfa e 2 beta.
2. O hormônio liga-se na subunidade alfa e ativa a quinase, que está na subunidade beta. 3. A
atividade da tirosina quinase inicia uma cascata de fosforilação celular que ↑ ou ↓ a atividade
das enzimas intracelulares, incluindo o substrato de receptor de insulina. A consequência disso
será o aumento na captação de glicose, a partir da translocação de GLUT 4 do citosol para a
membrana celular (sobe estímulo da PKB).
2.3 Efeitos da insulina: a) Fígado: há inibição da glicogenólise; ativação da glicogênese;
e aumento da lipogênese. b) Músculo esquelético: há aumento da captação de glicose;
ativação da glicogênese; e aumento da síntese de proteínas. c) Tecido adiposo: há aumento da
captação de glicose; indução do armazenamento de lipídios; e inibição da lipase.
2.4 Insulinoterapia: Seus principais usos se dão no Diabetes gestacional (único
hipoglicemiante a não atravessar a barreira placentária); DM1; e DM2 (em alguns casos), tendo
o intuito de prevenir as complicações agudas e crônicas associadas à hiperglicemia. No geral, a
velocidade de absorção é maior no abdômen, seguida do braço, nádegas e coxa. Uma das
formas de se fazer a insulina ter maior tempo de ação é complexá-la com Zn2+ e protamina em
tampão fosfato, assim como ocorre com o NPH. Obs.: A Glargina demora muito porque tem
muitos hexâmeros para dissociar, e os mais rápidos, tem menos hexâmeros.
3. Mecanismo de ação dos hipoglicemiantes orais
a) Sulfoniluréias: São exemplos a glibenclamida (2a geração) e a tolbutamida (1a geração).
Funcionam como inibidores dos canais de K+, ampliando o Ca+ intracelular e a liberação de
insulina (secretagogos). Diminuem o metabolismo hepático da insulina por mecanismo não
conhecido. São ineficazes no tratamento de DM1, pois nesse caso não há insulina para ser
liberada.
b) Não sulfoniluréias: São, também, moduladores dos canais de K+, tendo modo de ação
semelhante às sulfoniuréias. Seus principais representantes são a repaglinida e nateglinida.
c) Biguanidas (Metformina): Atuam bloqueando o complexo I da cadeia respiratória na
mitocôndria, gerando menos ATP. Assim, ampliam a atividade da Proteína Quinase dependente
de AMP (AMPK). São também utilizados como anti-hiperglicêmicos e sensibilizadores da
insulina. Seus efeitos são: 1. Intestino - diminuem a captação de glicose. 2. Fígado - diminuem a
gliconeogênese e glicogenólise. 3. Tecido adiposo + músculo esquelético - geram aumento da
sensibilidade à insulina e, dessa forma, aumentam a captação de glicose nele. Obs: Não induzem
ao aumento de peso, sendo indicadas no DM2 em pacientes obesos. É contraindicada em casos
de insuficiência renal.
d) Glitazonas: Atuam no receptor nuclear envolvido na expressão de genes relacionados ao
metabolismo de lipídios e glicose (expresso no tec. adiposo, músculo e fígado). São
representadas pela Rosiglitazona e a Pioglitazona. O receptor nuclear é ligado e recebe uma
heterodimerização; o heterodímero recruta correguladores que podem ser coativadores ou
correpressores; e os efeitos dependem do tipo de tecido (no geral, aumentam a diferenciação dos
adipócitos e redistribuem a gordura, retirando das vésceras levando para o tec. subcutâneo).
Interagem com os ligantes do receptor γ, ativado por proliferação peroxissomal no hepatócito,
provocando diminuição da gliconeogênese. No musculo esquelético, isso acarreta em abertura
do GLUT4 para entrada da glicose. Por último, no adipócito o PPARy
ativa o RXR que vai ativar não só o GLUT4 como o FATP (que deixa o ac. graxo entrar na
celula). Também vai aumentar a lipogênese, provocar diferenciação dos adpócitos e a
diminuição do TNF alpha., Aumentam a captação de glicose (sensibilizadores da insulina),
reduzem a gliconeogênese e a expressão do TNF alpha e induzem a diferenciação de adipócitos.
No final acabam por reduzir toda a glicemia. Pode dar aumento de peso, edema, e problemas
nos cardiopatas. Usados no tratamento do Diabetes tipo 2 como Monoterapia ou associado à
sulfoniluréias ou metformina.
e) Análogos do GLP-1: São incretinas secretadas no intestino pelas células na presença de ac.
Graxos. O GLP-1 estimula a formação de novas celulas betas, diminuem a apoptose e ainda
aumentam a produção de insulina. Aumenta a gligogenese no fígado, aumenta a captação de
glicose no tec. adiposo. Análogos não são metabolizados pela Dipeptidil peptidase 4 (DDP4).
Causam liberação de insulina dependente de glicose (secretagogos). Retarda o esvaziamento
gástrico. Reduz a liberação de glucagon. Reduz a ingestão de alimentos (aumenta a saciedade e
reduz apetite). Tratamento do Diabetes tipo 2 em monoterapia ou em associação com outros
agentes.
f) Inibidores da DDP4: Gliptinas Sitagliptina Saxagliptina Vildagliptina Alogliptina Inibem
competitivamente a DDP4 (serina protease), que normalmente cliva o GLP-1. Potencializa a
ação do GLP1-endógeno (liberação de insulina dependente de glicose). Retarda o esvaziamento
gástrico e reduz a liberação de glucagon. Reduz a ingestão de alimentos.
g) Inibidores da α-glicosidade: Acarbose é um dos principios ativos. Inibem a alpha glicosidase,
fazendo que o polissacarídeo não seja quebrado ou absorvido no intestino. Inibem
competitivamente a enzima α-glicosidase e impedem a absorção intestinal de glicose.
h) Inibidores do SGLT2: São exemplos a dapagliflozina, a canagliflozina e a empagliflozina.
São utilizados para inibir a reabsorção da glicose no túbulo contorcido proximal.
4. Algoritmo terapêutico para tratamento da diabetes tipo 2
✓ Começo: Inicia-se o tratamento com metformina. Se houver tolerância, ou reação adversa a
metformina, usa-se Tiazolidinedionas; ou Inibidores da DDP-4; ou Análogos do GLP-1; ou
Inibidores da α-glicosidase.
✓ Intermediário: Se houver diminuição da secreção de insulina (DM2), é Metformina +
sulfodiuréias, ou ainda + outros farmacos.
✓ Avançado (perda de peso, comorbidades): Reposição de insulina noturna. Avançadíssimo
Insulinoterapia e mais um agente ressensibilizador de insulina (Tiazolidindionas {glitazonas}).
Insulina e hipoglicemiantes orais
O diabetes é um distúrbio metabólico que leva a hiperglicemia, que pode ser causada
por um defeito na secreção ou na ação da insulina (DM-1 e DM-2). E essa
hiperglicemia, se não tratada, pode levar a uma série de alterações macrovasculares
(placas ateroscleróticas), metabólicas e microvasculares.
Regulação da glicose sanguínea
o Durante o jejum, os níveis de glicose devem ser entre 60 e 99 mg/dL, e é ela
que provê as demandas energéticas do SNC (dependente de glicose). Ela é
produzida ou fornecida pelo fígado, pela glicogenólise ou gliconeogênese. Esse
processo é regulado pelo glucagon.
o Após a alimentação, observamos um aumento dos níveis de glicose, os quais
serão prontamente balanceados pela insulina, que vai inibir a produção hepática
de glicose e vai estimular seu armazenamento na forma de glicogênio. Também
atua no músculo esquelético e tecido adiposo para que estes captem a glicose
sanguínea. (120-140 mg/dL)
Pâncreas
o Exócrino: produção de enzimas digestivas
o Endócrino (ilhotas de Langerhans)
Célula alfa: glucagon
Célula beta: insulina
Célula delta: somatostatina
Célula PP: peptídeo pancreático
Controle da liberação da insulina
o O aumento da glicose sanguínea será detectado pelas células beta através do
receptor GLUT2, ela então vai seguir as vias metabólicas para formar ATP. O
aumento das concentrações do ATP nas células beta inibe os canais de potássio
sensíveis ao ATP, fechando-os. O potássio então se acumula no interior da
célula, ocasionando retenção de cargas positivas e consequente despolarização
da membrana, levando a uma abertura de canais de cálci insulina o. A entrada
de cálcio na célula serve de gatilho para a liberação de.
o A glibenclamida inibe os canais de potássio sensíveis ao ATP —> leva a uma
liberação de insulina —> agente secretagogo
o Esse processo também pode ser regulado por vários hormônios e
neurotransmissores. Receptores acoplados à proteína G podem dificultar ou
facilitar essa liberação da insulina, como os receptores para as catecolaminas e
para a somatostatina. Temos também receptores muscarínicos para a
acetilcolina e receptores para o GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon), que
é produzido pelo intestino e a ativação de seu receptor estimula e facilita a
secreção de insulina.
o A primeira fase é composta pela liberação de insulina de vesículas próximas à
membrana e a segunda fase de vesículas mais distantes, recém sintetizada.
Mecanismo de ação da insulina
o O receptor de insulina é ubíquo, ou seja, está presente em todas as células do
organismo. Fígado, músculo esquelético e tecido adiposo expressam ele maior
quantidade. Ele possui duas subunidades alfa (extracelulares) de função
regulatória e duas subunidades beta (transmembranares), que possuem função
de tirosina quinase.
o Com a chegada a insulina, ela se liga a subunidade alfa, leva a uma mudança de
conformação dela, afastando-a da subunidade beta, e esta inicia um processo de
transfosforilação (uma fosforila a outra).
o A fosforilação da subunidade beta serve como ponte de ligação para proteína
intracelulares, como as proteínas IRS e SH2. Elas se ligam à subunidade beta e
são fosforiladas, acarretando em sua ativação e iniciam uma via de sinalização
intracelular que resulta nos efeitos da insulina.
o No tecido adiposo e músculo esquelético, a tirosina quinase ativa uma enzima
chamada PKB, a qual é responsável por levar o receptor GLUT4 do citosol para
a membrana dessas células. O GLUT4 tem alta afinidade pela glicose, funciona
como canal de escoamento, o que estiver passando entra nele. No músculo
esquelético essa glicose será armazenada em forma de glicogênio e no tecido
adiposo ela será armazenada em forma de triglicerídeos.
Efeitos da insulina
o Fígado
Inibe a produção hepática de glicose
Estimula a glicogênese
Aumenta a lipogênese - excesso de glicose resulta em ácidos graxos,
que serão transportados em forma de VLDL
o Músculo esquelético
Estimula a captação de glicose
Formação de glicogênio
Aumenta a síntese de proteínas
o Tecido adiposo
Aumenta a captação de glicose
Induz o armazenamento de lipídios
Inibição da lipase
Deficiência na liberação de insulina = hiperglicemia
o Alterações no metabolismo lipídico - aumento de VLDL e LDL
o Alterações no metabolismo protéico - maior degradação de proteínas
Diabetes
o Glicemia de jejum ≥126 mg/dL
o Glicemia pós prandial ≥200 mg/dL
o Hemoglobina glicada >6,5%
Tipos de diabetes
o Tipo 1 - autoimune - insuficiência na produção da insulina
o Tipo 2 - síndrome metabólica - insuficiência na ação da insulina
o Gestacional
o MODY
Diabetes tipo 1
o Destruição autoimune das células beta levando a uma deficiência de insulina
o 5% dos pacientes diabéticos
o Etiologia: fatores genéticos e ambientais
o Predomina na infância adolescência (pico na puberdade)
o Sexo: F=M
o Clínica: polifagia, polidipsia, poliúria, cetoacidose, fadiga, perda de peso
Diabetes tipo 2
o Defeitos na ação (resistencia a insulina) e secreção da insulina.
o 90% dos pacientes diabéticos
o Etiologia: fatores genéticos e ambientais (obesidade, sedentarismo)
o Maior número de adipócitos de maior volume —> maior secreção de
adipocinas (como o TNF-alfa) e ácidos graxos —> atuam no próprio tecido
adiposo, músculo esquelético e fígado —> ativam enzimas como a PKC —>
fosforila o receptor de insulina, fazendo com que ele se torne irresponsivo —>
célula beta começa a produzir mais insulina —> hiperinsulinemia e glicose em
níveis normais ou aumentados —> exaustão das células beta e excesso de
ácidos graxos no sangue causam lipotoxicidade —> células beta começam a
morrer —> insulinopenia —> hiperglicemia
o Alguns pacientes já tem hiperglicemia franca, mas ainda um componente forte
de resistência à insulina, enquanto em outros a hiperglicemia já se deve a uma
insuficiência das células beta
o Complicações: AVC, retinopatia, neuropatia, IAM, nefropatia, doença vascular
periférica, pé diabético
Tratamento do diabetes
o Insulinoterapia
DM-1
DM-2 quando necessário (já com insulinopenia)
Diabetes gestacional
o Hipoglicemiantes orais
DM-2
Aumentam a secreção de insulina
Aumentam a sensibilidade da insulina
Bloqueiam a absorção de carboidratos
Aumentam a eliminação de glicose
o Objetivo: prevenir os efeitos agudos e as complicações crônicas relacionadas à
hiperglicemia.
Insulinoterapia
o Insulina recombinante humana nativa (regular) ou análogos (mudanças na
absorção e no tempo de ação)
o Administração: IV, IM (emergência) e SC (preferível para o tratamento
crônico)
o Divididas de acordo com o tempo de ação:
Ultra-rápidas/rápida: Lispro, Asparte, Glulisina, regular
Intermediária: NPH
Prolongada: Detemir, Glargina e Degludec
o Velocidade de absorção
A insulina regular existe em hexâmetros, quando é aplicada na pele,
apenas um monômero é absorvido, sendo seu tempo de ação rápido.
A insulina NPH está também em hexâmeros, mas estes estão
complexados entre si com moléculas de zinco. Então, para se absorvido
um monômero, primeiro os hexâmeros precisam se descomplexar para
depois o hexâmero liberar os monômeros. Por isso, seu tempo de ação é
intermediário.
Uma vez no plasma, a insulina dura 5 minutos.
o Regime terapêutico
Associação de insulinas de ação rápida e insulinas de ação lentas
o Fatores que afetam a absorção
Local da injeção - altera a velocidade de absorção
Abdome > braço > coxa > nádegas
É importante também para evitar a lipodistrofia
Para análogos, a velocidade é a mesma em todos os locais
Tipo de insulina
Fluxo sanguíneo cutâneo
Atividade muscular
Profundidade da injeção
o Reações adversas
Hipoglicemia
Lipohipertrofia
Hipoglicemiantes orais ou antidiabéticos
o Sulfonilureias, Glinidas, análogos do GLP-1 e inibidores de DPP4 —> atuam
no pâncreas estimulando a secreção da insulina (secretagogos)
o Biguanidas (Metformina) —> atuam no fígado reduzindo a produção hepática
de glicose
o Glitazonas —> atuam no tecido adiposo, músculo esquelético e fígado,
aumentando a utilização periférica de glicose
o Inibidores da alfa-glicosidase (Acarbose) —> reduz a absorção de glicose pelo
intestino
o Inibidores do SGLT2 —> aumentam a eliminação de glicose pelos rins.
Sulfonilureias
o 1ª geração: Tolbutamida, Tolazamida, Clorpropamida
o 2ª geração: Glibenclamida, Glimepirida, Glipizida
o Agentes moduladores dos canais de potássio, inibindo-os, levando à
despolarização da membrana e liberação de insulina. Podem diminuir o
metabolismo hepático da insulina endógena por mecanismo não muito bem
esclarecidos.
o Indicadas para o tratamento da diabetes tipo 2 para pacientes que já apresentam
problemas na secreção da insulina
o Redução da glicemia de jejum 60-70 mg/dL (preconiza-se também a redução
da hemoglobina glicada)
o Mecanismo de ação: ligam-se a uma subunidade do canal de potássio, levando
ao seu bloqueio —> secreção da insulina.
o Adm VO - alimentos diminuem a absorção
o Meia-vida de 3-4h, mas seu efeito dura mais tempo
o Metabolizada pelo fígado e excretadas pela urina (cautela em pacientes
insuficiencia hepática e renal)
o Reações adversas e precauções
Hipoglicemia
Aumento de peso (1-3 kg)
Atravessam a barreira placentária e são secretadas no leite
Glinidas
o Repaglinida
o Nateglinida
o Duração de ação em torno de 1h - usados no controle glicêmico pós-prandial
o Rapidamente absorvidos
o Metabolizados pelo fígado e excretados pela urina
o Reações adversas
Cefaleia
Ansiedade
Taquicardia
Ganho discreto de peso corporal
Biguanidas
o Metformina
o Evita a hiperglicemia, melhora os efeitos da insulina no nosso organismo
o O seu mecanismo de ação ainda não é muito bem conhecido, mas acredita-se
que tenha ativação da AMPK
o Não induz aumento de peso (estimula a oxidação de ácidos graxos) —>
indicada para pacientes obesos
o Reduz a glicemia de jejum de 60-70 mg/dL
o Mecanismo de ação: entra na célula pelo receptor OCT1, bloqueia a cadeia
respiratória levando a redução de ATP e aumento de AMP, ativando a via da
AMPK, reduzindo a captação de glicose no intestino. Atua no músculo
esquelético estimulando a exteriorização do GLUT4, aumentando a captação de
glicose e sensibilidade à insulina. Acredita-se que também atua diminuindo a
gliconeogênese no fígado.
o Administrada VO
o Meia vida terminal de 12h
o Excretada inalterado na urina
o Reações adversas
Reações adversas gastrointestinais (10-20% dos pacientes) - náuseas,
indigestão e cólica abdominal
Glitazonas
o Pioglitazona
o Ligante do receptor y ativado por proliferação peroxissomal (PPARy), o qual
está relacionado a transcrição de genes relacionados ao metabolismo lipídico e
glicídico.
o Aumentam a captação de glicose nos tecidos, reduz a gliconeogênese e induz a
diferenciação de adipócitos.
o Pode ser usado na DM-2 como monoterapia ou associado
o Redução de 35-65 mg/dL
o Ela se difunde pela membrana plasmática e se liga ao seu receptor no núcleo.
o Efeito lento - demora até 1 mês para alcançar seu efeito máximo.
o Músculo esquelético: maior expressão de GLUT4
o Estimula a lipogênese, a diferenciação dos adipócitos, reduz a produção de
adipocinas
o No fígado, reduz a gliconeogênese.
o Administração via oral
o Meia-vida de 3-4h
o 2-3 semanas para o início do efeito terapêutico
o Metabolizados pelo fígado e excretados na urina e na bile
o Reações adversas
Causa edema (ativação do PPARy nos rins, aumenta a expressão dos
canais de sódio, estimulando a retenção de água)
Ganho de peso
Pode causar ICC
Análogos do GLP-1
o Liraglutida
o GLP-1 é um hormônio que estimula a produção de insulina no pâncreas,
induz a saciedade, aumenta a lipólise, aumenta a captação de glicose pelo
músculo esquelético, retarda esvaziamento gástrico, reduz a liberação de
glucagon, induz a perda de peso
o A liraglutida, ao contrário do GLP-1, não é metabolizada pela DPP4 e dura
mais tempo na circulação, podendo ser utilizada como medicamento.
o Mecanismos de ação: ativa seu receptor na célula beta, gera de AMPc, ativa a
PKA, estimula o processo de exocitose e aumenta a produção da insulina.
o Desvantagem: são caros e administrados por injeção (SC)
o Excretado na urina
o Reações adversas
Náuseas e vômitos
Hipoglicemia quando associado a outros agentes
Inibidores da DPP4: Gliptinas
o Essa enzima degrada o GLP-1, aumentando a sua meia-vida e potencializando a
sua ação
o Efeitos iguais aos do GLP-1
o Sitagliptina, Saxagliptina, Vildagliptina, Alogliptina
o Bem tolerado, reacoes adversas semelhantes ao placebo
Inibidores da alfa-glicosidase
o Bloqueia a enzima que degrada os polissacarídeo, reduzindo a taxa de absorção
intestinal da glicose
o Acarbose
o Reações adversas: flatulência, distensão abdominal, diarreia
Inibidores do SGLT2
o Inibem a recaptação de glicose pelo tubo contorcido proximal, promovendo a
glicosúria
o Acaba ajudando na redução da pressão arterial
o Dapagliflozina, Canagliflozina e Empagliflozina
o VO
o Bem tolerados
TRATAMENTO